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Elementar dos
Números
Material Teórico
Sistemas de Numeração e Mudanças de base
Revisão Técnica:
Prof. Ms. Fabio Douglas Farias
Revisão Textual:
Profa. Esp.Vera Lídia de Sá Cicarone
Sistemas de Numeração e Mudanças de base
• Introdução
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Unidade: Sistemas de Numeração e Mudanças de base
Contextualização
CUIP/University of Chicago
A evolução do homem, no sentido numérico, sempre foi na tentativa de construir um sistema
de numeração que nos permitisse compreender a utilização dos números na vida e que tornasse
mais rápida e eficaz a realização dos cálculos.
Nesta unidade, a proposta é esta: o conhecimento e o processo de construção do sistema de
numeração decimal.
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Introdução
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Unidade: Sistemas de Numeração e Mudanças de base
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Dessa forma, trocando cada dez marcas iguais por uma nova, eles escreviam todos os
números de que necessitavam.
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Unidade: Sistemas de Numeração e Mudanças de base
Esse quadro mostra as transformações que o sistema de numeração egípcio sofreu em virtude
da rapidez que os escribas dos faraós necessitavam para escrevê-los.
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Talvez fosse a inflexibilidade do material do escriba mesopotâmio, talvez fosse
uma centelha de inspiração o que fez com que os babilônios percebessem que os
seus dois símbolos para unidades e dezenas bastavam para representar qualquer
inteiro, por maior que fosse sem excessiva repetição. Isso se tornou possível pela
invenção que fizeram, há cerca de 4.000 anos, da notação posicional – o mesmo
princípio que assegura a eficácia de nossa forma numeral. Isto é, os antigos
babilônicos viram que seus símbolos podiam ter função dupla, tripla, quádrupla
ou em qualquer grau, simplesmente recebendo valores que dependessem de
suas posições relativas na representação de um número (BOYER, 1996, p.18).
Letras Valores
I 1
V 5
X 10
L 50
C 100
D 500
M 1000
Se, à direita de uma cifra romana, se escreve outra de valor igual ou menor, o valor desta se
soma ao valor da anterior.
VI = 6 XXI = 21 LXVII = 67
A letra “I” colocada diante da “V” ou de “X”, subtrai uma unidade; a letra “X”, precedendo
a letra “L” ou a “C”, subtrai-lhes dez unidades; e a letra “C”, diante da “D” ou da “M”, subtrai-
lhes cem unidades.
IV = 4 IX = 9 XL = 40 XC = 90 CD = 400 CM = 900
Em nenhum número pode-se pôr uma mesma letra mais de três vezes seguidas.
XIII = 13 XIV = 14 XXXIII = 33 XXXIV = 34
As letras “V”, “L” e “D” não podem se duplicar, porque outras letras (“X”, “C”, “M”)
representam seu valor duplicado.
X = 10 C = 100 M = 1.000
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Se, entre duas cifras quaisquer, existir outra menor, o valor desta pertencerá à letra seguinte a ela.
XIX = 19 LIV = 54 CXXIX = 129
Quando o valor dos números romanos for multiplicado por mil, são colocadas barras
horizontais em cima deles.
Para Ifrah (2001, p. 185), “os romanos acabaram complicando esse sistema, introduzindo
nele a regra segundo a qual todo signo numérico colocado à esquerda de um algarismo de valor
superior é abatido”.
O desenvolvimento dos povos do mundo antigo trouxe a necessidade de mais e mais contas,
mas ainda não havia surgido um sistema que tornasse essas operações mais simples. Os números
romanos foram usados em toda a Europa até 1.200 anos depois de Cristo. As dificuldades
encontradas ao se representar números muito grandes implicaram em mudanças sofridas pelo
sistema numérico romano.
Fonte :http://numeros-g06.blogspot.com.br/
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Sistema de Numeração Decimal
Um sistema de numeração é um conjunto de princípios constituindo o artifício lógico de
classificação em grupos e subgrupos das unidades que formam os números. A base de um
sistema de numeração é uma certa quantidade de unidades que deve constituir uma unidade
de ordem imediatamente superior. Os sistemas de numeração têm seu nome derivado da sua
base, ou seja, o sistema binário tem base dois, o sistema septimal tem base sete e o decimal tem
base dez, etc.
Nesse sistema, os números são representados por um agrupamento de símbolos que chamamos
de algarismos ou dígitos. Esse sistema de numeração apresenta algumas características:
» utiliza apenas os algarismos indo-arábicos 0-1-2-3-4-5-6-7-8-9 para representar
qualquer quantidade.
» cada 10 unidades de uma ordem forma uma unidade da ordem seguinte.
Observe.
· 10 unidades = 1 dezena = 10
· 10 dezenas = 1 centena = 100
· 10 centenas = 1 unidade de milhar = 1000
Outra característica é que ele segue o princípio do valor posicional do algarismo, isto é, cada
algarismo tem um valor de acordo com a posição que ele ocupa na representação do numeral.
Ou seja, 7000 + 100 + 50 + 6 é igual a 7.156, que lemos sete mil, cento e cinquenta e seis.
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Unidade: Sistemas de Numeração e Mudanças de base
Mudança de Base
Observando o exemplo anterior, em que o número aparece decomposto em potências da
base três, podemos ver que a simples resolução das operações indicadas na base desejada irá
resultar no número escrito em tal base.
A indicação a.n5 + b.n4 + c.n3 + d.n2 + e.n1 + f.n0 define o processo para transformar um
número da base dez para outra base. Como pode ser notado, o trabalho consiste em
converter o número em uma soma de potências inteiras da base multiplicada pelos dígitos
que ela utiliza. Isso se consegue dividindo o número dado pela base. O resto da divisão
será o primeiro algarismo da direita do número em tal base. Dividindo o quociente pela
base, o resto será o próximo algarismo. O processo deve-se repetir até que o quociente se
torne menor que a base.
Logo, temos 1.55 + 4.54 + 4.53 + 1.52 + 0.51 + 2.50 = 3.125 + 2.500 + 500 + 25 + 2 = 6.152
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1) Transformar 1101001(2) para a base 10.
Escrevendo na forma de produto de potências, temos
1101001(2) = 1.26 + 1.25 + 0.24 + 1.23 + 0.22 + 0.21 + 1.20 = 64 + 32 + 0 + 8 + 0 + 0 + 1 = 105
2) Transformar 2263 para a base 3.
Efetuando as divisões por 3,
Portanto, 2263 = 10002211(3) . Observe bem a ordem em que são tomados os restos das
divisões, do último para o primeiro.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Base 2 0 1 10 11 100 101 110 111 1000 1001 1010
Base 3 0 1 2 10 11 12 20 21 22 100 101
Base 4 0 1 2 3 10 11 12 13 20 21 22
Base 5 0 1 2 3 4 10 11 12 13 14 20
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Base 6 0 1 2 3 4 5 10 11 12 13 14
Base 8 0 1 2 3 3 5 6 7 10 11 12
Lembre-se de que algoritmo é o procedimento utilizado para realizar o cálculo. No caso da divisão,
os números devem ser colocados obedecendo unidades, dezenas, centenas, etc., pois utilizaremos o
agrupamento referente à base, ou seja, base 10: agrupamento 10; base 3: agrupamento 3, etc.
1210
+ 1002
(2212)3 = 2.33 + 2.32 + 1.31 + 2.30 = 54 + 18 + 3 + 2 = 77 = 48 + 29
Com essa adição, podemos perceber que o algoritmo da adição sempre será o mesmo,
independente da base utilizada. Nesse caso, não foi necessário nenhum agrupamento.
28 = 103(5) 17 = 32(5)
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Nesse caso, foi necessário fazer um agrupamento da unidade, ou seja, 5 unidades em base 5
viraram uma unidade subsequente, que foi acrescentada ao 3, resultando 140(5).
322
- 110
(212)4 = 2.42 + 1.41 + 2.40 = 32 + 4 + 2 = 38 = 58 – 20
Com essa subtração, podemos perceber que o algoritmo da subtração sempre será o mesmo
independente da base utilizada. Nesse caso, não foi necessário nenhum agrupamento.
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Temos 4 para tirar 5; não dá. Pegamos emprestado da casa posterior, no caso o 4. Como é
base 6, empresta 6, mais 4 = 10 tira 5 = 5.
Segunda casa era 4, emprestou, ficou com 3 para tirar 5; não dá; empresta da casa posterior,
no caso o 2; empresta 6 mais 3 = 9 tira 5 = 4.
Terceira casa, 1 menos 0 = 1, resultado 145(6)
Nesse caso, foi necessário fazer um empréstimo. Como é base 6, cada unidade emprestada
“vale 6”, resultando 145(6).
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Material Complementar
Para pesquisar e aprofundar seus estudos sobre os Sistemas de Numeração e sua história,
sugerimos os sites e as referências a seguir.
• www.m3.ime.unicamp.br - Esse é o portal principal da coleção M³ Matemática Multimídia,
que contém recursos educacionais multimídia, em formatos digitais desenvolvidos pela
Unicamp com financiamento do FNDE, SED, MCT e MEC, para o Ensino Médio de
Matemática no Brasil.
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Referências
BOYER, Carl B: História da matemática. Tradução de Elza F. Gomide. 2ª ed. São Paulo:
Edgard Blucher, 1996.
IFRAH, Georges: Os números: história de uma grande invenção, 10ª ed. São Paulo: GLOBO, 2001.
MILIES, César Polcino, COELHO, Sonia Pitta: Números, uma introdução à Matemática.
São Paulo: EDUSP, 2003.
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Anotações
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