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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EJA

Prefeitura de Montes Claros – MG


Secretaria Municipal de Educação

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA

Alessandro Dias Domingues


Analista Curricular de Matemática – Autor

Humberto Guimarães Souto


Prefeito

Rejane Veloso Rodrigues


Secretária Municipal de Educação

Elisângela Mesquita Silva


Diretora Técnico-Pedagógica

Sidnéia Sales
Gerente Pedagógica

Vanusa Karine Ribeiro Xavier


Coordenadora da EJA

Av.Gov. Magalhães Pinto, nº 4000, Bairro Jaraguá.


CEP:39404-166/Montes Claros - MG – Tel.: (38) 2211-8401
2022

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HISTÓRIA DOS NÚMEROS E SISTEMA DE NUMERAÇÃO

Há milhares de anos, os seres humanos moravam em grutas e cavernas para se

proteger dos animais selvagens, da chuva e do frio. Foram encontrados, em

escavações arqueológicas, ossos, pedras e pedaços de madeira de 30 mil anos atrás

com marcas — evidências das primeiras indicações de quantidade. Para registrar a

pesca de quatro peixes, por exemplo, as pessoas daquela época faziam quatro

marcas em uma vara ou quatro riscos em um osso. Dessa maneira, representavam

cada peixe pescado, estabelecendo a correspondência um a um.

De acordo com alguns estudos, além de objetos (pedras, cordas, ossos etc.), os

seres humanos pré-históricos usavam os dedos das mãos e outras partes do corpo

para contar.

Com o passar do tempo, os métodos de contagem e de registro de quantidades foram se


aprimorando, algumas civilizações começaram a criar símbolos e sistemas de numeração próprios.

 SISTEMA DE NUMERAÇÃO MAIA

Os maias – indígenas que viveram na América Central


– formaram uma civilização bastante avançada para a sua
época. Seus conhecimentos de astronomia eram
impressionantes. Veja como eles escreviam os números de
0 a 19:

Cinco pontinhos eram trocados por um tracinho


horizontal. Assim, para contar até 19, eles agrupavam as
unidades em grupos de cinco. Para contar a partir de 20, eles
usavam outras combinações dos símbolos.

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 SISTEMA DE NUMERAÇÃO EGÍPCIO

Os egípcios desenvolveram um sistema de numeração que também


possibilitava a escrita de grandes números. Para construir-se os números,
no sistema de numeração egípcio, são utilizados sete símbolos, os hieróglifos,
eram baseados, entre outros elementos, na fauna e na flora do Rio Nilo.
As repetições e combinações desses símbolos tornam possível a expressão
de números ainda maiores.

Características desse sistema:


Os símbolos são agrupados de 10 em 10; não é posicional;
O símbolo é utilizado no máximo 9 vezes; não existe a representação do número zero.

Para obter a representação de outras quantidades, cada símbolo pode ser repetido até 9 vezes e
eles podem ser combinados em qualquer ordem. O valor do número representado é obtido
adicionando o valor de cada símbolo representado.

Veja os exemplos a seguir:

6 + 5 . (10) + 4 . (100) =
= 6 + 50 + 400 =
= 456

 O SISTEMA DE NUMERAÇÃO ROMANO

Os antigos romanos também possuíam um sistema de numeração formado por sete símbolos:

I V X L C D M
1 5 10 50 100 500 1 000

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Para formar outros números romanos utiliza-se as letras acima repetindo-as uma, duas ou três
vezes (nunca mais de três). Sendo que as letras V, L e D não podem ser repetidas.
No sistema romano encontramos:

VIII = V + III, ou seja, 8 é representado com 5 + 3.

No entanto, para representar o 9, em vez de VIIII, escreve-se IX.

IX 9
10 – 1
I antes do X

Da mesma forma:
XL 40
50 – 10
X antes do L

Um traço horizontal colocado sobre um número indica que o seu valor deve ser multiplicado por
mil.
̅ =5 x 1 000 = 5 000
𝐕 𝐋𝐗 = 60 x 1 000 = 60 000

Veja mais representações no quadro a seguir:

NÚMEROS ROMANOS DE 1 A 1000


I 1 X 10 C 100
II 2 XX 20 CC 200
III 3 XXX 30 CCC 300
IV 4 XL 40 CD 400
V 5 L 50 D 500
VI 6 LX 60 DC 600
VII 7 LXX 70 DCC 700
VIII 8 LXXX 80 DCC 800
IX 9 XC 90 CM 900

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Ainda hoje a numeração romana antiga é usada em algumas situações, como em nomeações de
imperadores, papas e reis, em marcadores de relógio ou em indicações dos volumes de uma coleção
de livros.

•Numeração dos volumes de •Denominação de reis e •Marcadores de • D. Pedro II,


uma coleção de livros. papas relógios. 1875.

 O SISTEMA INDO -ARÁBICO

Pense em todos os números que você já escreveu, pensou ou leu.


Todos eram representados usando os símbolos hindus (que hoje você
conhece como 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9), certo? Em cada número eles
aparecem em uma posição específica, que diz se eles valem unidades,
dezenas e centenas. Por exemplo: no número 123 sabemos que:
➢ 1 vale 100 (1 x 100), ➢ 2 vale 20 (2 x 10), ➢ 3 vale 3 (3 x 1)

Além de diminuir a quantidade de símbolos, o que já facilita, o sistema indiano permitiu


calcular mais rápido. Foi isso que encantou Al-khowarizmi, um árabe que se dedicou ao estudo
da matemática hindu. Para espalhar a novidade, ele escreveu um livro com detalhes deste sistema
de numeração.

Como o sistema foi criado pelos hindus e divulgado pelos árabes, ficou conhecido como
indo-arábico. Pronto, finalmente chegamos ao sistema que hoje utilizamos. Como você pôde
ler, até chegar à numeração hoje aceita foram milhares de anos. O homem já contou de diversas
formas, a partir de diferentes necessidades.

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 SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL

O sistema de numeração decimal é o sistema que utilizamos para realizar a representação das
quantidades, ou seja, a representação dos números.
Um sistema de numeração é a forma lógica em que se organizam os símbolos de representação
de diferentes quantidades. O nosso sistema de numeração é posicional, e essas posições são divididas
em classes e ordens.
Nosso sistema é conhecido como decimal porque ele possui 10 símbolos:
{0,1,2,3,4,5,6,7,8,9}.
Conhecemos como ordem a posição ocupada pelo algarismo e cada uma recebe um nome, como
a unidade, dezena, centena, unidade de milhar, dezena de milhar, centena de milhar. Classes são o
conjunto de três ordens. São elas: classe das unidades simples, classe dos milhares, classe dos
milhões e assim sucessivamente.

Ordens e classes
Sempre da direita para a esquerda, a posição de cada algarismo ocupa uma ordem e cada
agrupamento de três ordens forma uma classe.

Veja no quadro de ordens e classes a representação do número 8.948.623.

QUADRO DE ORDENS E CLASSES


4ª classe ou classe dos 3ª classe ou classe dos 2ª classe ou classe dos 1ª classe ou classe das
bilhões milhões milhares unidades simples
12ª 11ª 10ª 9ª 8ª 7ª 6ª 5ª 4ª 3ª 2ª 1ª
ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem

centenas dezenas unidades centenas dezenas unidades centenas dezenas unidades


de de de de de de de de de centenas dezenas unidades
bilhão bilhão bilhão milhão milhão milhão milhar milhar milhar

8 9 4 8 6 2 3

SISTEMA MONETÁRIO NACIONAL


Sistema Monetário pode ser definido como sendo o conjunto de moedas em circulação em um
determinado país. O primeiro dinheiro do Brasil foi à moeda-mercadoria, e durante muito tempo o
comércio foi feito por meio da troca de mercadorias, e isso continuou mesmo após a introdução da
moeda de metal, sendo assim o início do Sistema Monetário Nacional. As primeiras moedas metálicas,
por exemplo as de ouro, prata e cobre, chegaram com o início da colonização portuguesa, e
consequentemente a unidade monetária de Portugal, o Real, foi usada no Brasil durante todo o período
colonial.
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No século XX, o Brasil adotou nove sistemas monetários ou nove moedas diferentes (em outras
palavras os mil-réis, cruzeiro, cruzeiro novo, cruzeiro, cruzado, cruzado novo, cruzeiro, cruzeiro real,
e o real).

Unidades do Sistema Monetário Brasileiro

Nossa moeda atual é o Real, criada em 1994, o real foi primeiro URV (unidade real de valor), um
indexador determinado diariamente pelo governo. Na época do seu lançamento, cada real equivalia a
1 URV, ou 2,750 cruzeiros reais.

Moeda corrente nacional

A Moeda corrente pode ser definida como o dinheiro utilizado em um território. Ou seja, é o tipo
de dinheiro que vale dentro de um país; e em geral a moeda é emitida e controlada
pelo governo do país, que é o único que pode fixar e controlar seu valor.
Então, a moeda corrente adotada no Brasil (atualmente o real) não vale o mesmo quantitativo da
moeda corrente utilizada nos Estados Unidos da América (o dólar).
No entanto, existem exceções, pois alguns países que fazem parte da União Europeia podem
utilizar a mesma moeda. Na U.E. o euro é a moeda corrente que circula nos diversos territórios.
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Por muito tempo, os objetos de metal foram mercadorias muito apreciadas, pois como sua
produção exigia, além do domínio das técnicas de fundição, o conhecimento dos locais onde o metal
poderia ser encontrado. Essa tarefa, naturalmente, não estava ao alcance de todas as pessoas, portanto
a valorização, cada vez maior, destes instrumentos levou à sua utilização como moeda e ao
aparecimento de réplicas de objetos metálicos, em pequenas dimensões, que circulavam como
dinheiro.
Surgem, então, no século VII a.C., as primeiras moedas com características das atuais: são
pequenas peças de metal, com peso e valor definidos e também com a impressão do cunho oficial, em
outras palavras a marca de quem as emitiu, e lhes garante seu valor. A princípio, essas peças eram
fabricadas por processos manuais muito rudimentares e não eram exatamente iguais, por outro lado
as de hoje são peças absolutamente iguais umas às outras.

Moedas utilizadas no Brasil (Real)

As moedas utilizadas oficialmente no Brasil, e que acima de tudo compõem o Sistema Monetário
Brasileiro são:

Fonte: https://colecaosfm.files.wordpress.com/2015/06/moedas-de-real.jpg

É interessante notar que a moeda de 1 centavo (R$ 0,01) foi desativada em 2004.

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 CÉDULAS UTILIZADAS NO SISTEMA MONETÁRIO DO BRASIL (REAL)

1ª Família do Real

Fonte: http://www.grupoescolar.com/a/b/EAA0B.gif

As notas da primeira família continuam valendo e podem ser usadas normalmente. Aos poucos
serão substituídas por versões mais recentes: a Segunda Família Real.

2ª Família do Real

Fonte: https://www.bcb.gov.br/cedulasemoedas/segundafamilia

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Por que mudar as notas do sistema monetário?

O Real está consolidado como uma moeda forte, e assim é utilizado cada vez mais nas transações
cotidianas assim como reserva de valor. Com o avanço das tecnologias digitais nos últimos anos, é
necessário dotar as nossas cédulas de recursos gráficos e elementos anti-falsificação mais modernos,
ou seja, capazes de continuar garantindo a segurança do dinheiro brasileiro no futuro.

Características da nota verdadeira

Fonte: https://www.bcb.gov.br/cedulasemoedas/notadeduzentos

MATEMÁTICA FINANCEIRA
Matemática financeira é uma área de aplicação prática
da matemática, que consiste em cálculos direcionados à
melhor organização e ao maior controle do dinheiro.
Mais do que uma ciência, é uma ferramenta bastante útil
no dia a dia, tanto para cuidar das contas pessoais quanto
daquelas que pertencem a uma empresa.

A partir de diferentes fórmulas, sobre as quais vamos


falar aqui, é possível ter uma visão integral sobre as finanças, utilizar bem o dinheiro, aumentar o seu
valor e evitar prejuízos.

É também a partir dos instrumentos de matemática financeira que sonhos são concretizados.
Para entender melhor, basta lembrar da importância da organização e planejamento ao contratar um
empréstimo ou obter um financiamento, seja para aquisição de um veículo ou imóvel.

Exceto se você possui toda a quantia para realizar o pagamento à vista, terá que fazer cálculos para
entender o impacto desse produto financeiro e suas prestações no orçamento pessoal.

Para tanto, são necessários conhecimentos básicos sobre porcentagem, juros e fórmulas que
permitem compreender exatamente o tamanho da conta.
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Sempre lembrando que, nesse tipo de operação, o custo final é diferente do contratado, justamente
devido à incidência de juros.

 CONCEITOS BÁSICOS DA MATEMÁTICA FINANCEIRA

Seja compondo as fórmulas ou no dia a dia da administração das finanças, alguns conceitos estão
na base da aplicação da matemática financeira.

Por isso, entender o que eles significam é um dos primeiros passos para desmistificar qualquer
operação nessa área.
Confira os detalhamentos a seguir:

Capital (C)

Capital é o valor atual, que corresponde à quantia inicial de um investidor ou ao custo inicial de
um produto ou serviço, à vista e sem taxas.
Imagine, por exemplo, que uma pequena confeitaria deseje comprar uma nova batedeira que,
inicialmente, custa R$ 220,00 – este valor é o capital.
Geralmente, o produto se torna mais caro se a compra for parcelada, pois são adicionados juros.
Digamos que a batedeira tenha sido parcelada em 10 vezes, a parcelas de R$ 23,00.

Ao final da compra, a confeitaria terá pago R$ 230,00, ou seja, R$ 10,00 a mais do que o capital.

Juros (J)

Os juros correspondem ao valor remunerado pelo capital, ou seja, são uma espécie de pagamento
pelo uso de um capital.

Uma das formas mais intuitivas para entender os juros é pensar no empréstimo do capital, que é
remunerado através de juros.

Quando tomamos qualquer valor emprestado de um banco, instituição financeira ou até de um


conhecido, é cobrada uma taxa relativa ao período em que ficamos com aquele valor.

A quantia correspondente são os juros.

Mesmo quando parcelamos uma compra no cartão de crédito e há juros – como no exemplo
acima -, estamos, na prática, tomando um empréstimo da administradora do cartão, que adiciona um
valor ao que tomamos inicialmente.

Os juros podem trabalhar ao nosso favor quando escolhemos boas aplicações financeiras, que
rendem valores sobre nosso capital.

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Taxa de Juros (i)

A taxa de juros é a porcentagem que determina o valor adicional ao capital investido ou


emprestado inicialmente.

Esse percentual sempre tem relação com um prazo definido previamente, que pode ser ao dia, ao
mês, ao ano, etc.

Para simplificar a utilização da taxa de juros nas fórmulas de matemática financeira, é comum
converter os períodos em meses.

Montante (M)
Chamamos de montante a quantia total paga por meio de uma operação, incluindo o capital e os
juros.
C = 220
Assim, considerando o exemplo dado mais J = 10
acima, o montante seria calculado assim: M = C + J = 220 + 10 = R$ 230,00.

Acréscimo
Quando um produto ou serviço se torna mais caro, chamamos o valor adicionado de acréscimo.

Diferentemente dos juros, o acréscimo não remunera um investimento de capital, mas acrescenta
uma quantia para a aquisição de um produto/serviço.

Voltando ao exemplo da batedeira, haveria acréscimo se o preço inicial (R$ 220,00) fosse alterado,
por exemplo, para R$ 225,00, mesmo para uma compra à vista.

O acréscimo pode representar uma simples busca pelo aumento no lucro ou u ajuste proveniente
da elevação nos custos de matéria-prima, impostos, mão de obra, entre outros fatores.

Desconto

Representa o valor ou percentual retirado do preço inicial de um produto ou serviço.

Se, ao invés de se tornar mais cara, a batedeira passasse a custar R$ 215,00, haveria um desconto
de R$ 5,00. Também poderíamos calcular a porcentagem que esse desconto representa.
x% de 220 = 5
Vale recordar que o capital corresponde a Temos, então:
100% do valor da batedeira, ou seja, queremos x /100 . 220 = 5
solucionar a sentença: 220x /100 = 5
220x = 500
x = 500/220
x= 2,27.
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Lucro

Lucro é a quantia ganha a partir de uma negociação comercial, excluindo o custo inicial ou valor
de compra de um item.

Digamos que a confeitaria tenha adquirido a batedeira por R$ 220,00, mas decidiu vender o item
num período em que seu modelo estava em falta no mercado.

Assim, repassou a batedeira por R$ 240,00.

O lucro ficou em 240 – 220, ou seja, a venda rendeu RS 20,00 para a confeitaria.

 PRINCIPAIS FÓRMULAS DE MATEMÁTICA FINANCEIRA

Algumas das fórmulas a seguir são básicas e fáceis de usar, mas podem trazer
resultados de suma importância
Agora que alguns dos principais conceitos estão claros, assim como a definição e a
importância da matemática financeira, vamos entrar no campo prático.
Lembrando que, por mais que você não goste de números, cálculos e fórmulas, a
matemática desempenha um papel fundamental no seu bolso.

Juros Simples

Juros simples são uma correção calculada sobre um valor inicial, expressa em porcentagem.
Trata-se de um acréscimo que, como o nome indica, é bastante simples de ser realizado, pode ser
uma cobrança ou recebimento extra por não haver o desembolso total no momento.
Partindo de um valor presente, se aplica uma taxa de juros que leva em conta também o período
da operação.
Vale para vendas a prazo e investimentos (dinheiro que entra) e para compras parceladas e
empréstimos (dinheiro que sai).
A fórmula dos juros simples é bastante enxuta e considera quatro variáveis:
Capital (C): o valor presente, que se refere à quantia total da operação
Juros (J): acréscimo sobre o capital
Tempo (t): a duração da operação (geralmente expressa em meses)
Taxa (i): percentual que determinada a quantidade de juros que incidem na operação.

Assim, chegamos à seguinte fórmula:


J = C . i .t

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Exemplo de juros simples

Você fez uma compra no valor de R$ 1.000,00. Esse é o capital.


A taxa de juros aplicada é de 2% ao mês. Para o cálculo, a porcentagem é convertida em número
decimal, ou seja, 2/100 = 0,02.
A operação foi programada para cinco meses. Esse é o tempo.
Logo, a fórmula a ser aplicada é a seguinte:
J = C . i .t
J = 1000 . 0,02 . 5 = 100.
Ou seja, o custo final da operação com o acréscimo dos juros simples será de R$ 100, o que
significa dizer que a sua compra a prazo representará uma despesa de R$ 1.100,00.

Juros Compostos

Juros compostos representam o juro sobre juro, ou seja, têm aplicação sobre o montante de cada
período.
A melhor forma de entender é justamente comparar com os juros simples.
Observando o exemplo anterior, você vê que há uma previsão clara sobre o acréscimo antes mesmo
de a operação ser realizada, com juros incidindo sobre o valor total da operação.
No caso dos juros compostos, isso muda um pouquinho.
O que acontece é que a cada mês, é aplicada uma correção sobre o capital de momento.
Isso torna a rentabilidade de um investimento mais atrativa, mas, por outro lado, pode elevar uma
dívida se for essa a modalidade de correção utilizada.
No caso dos juros compostos, um novo elemento é somado à fórmula:
M: corresponde ao “montante final”.
Os demais se mantêm: capital (C), taxa de juros (i) e tempo (t).

A fórmula agora é a seguinte:


M = C.(𝟏 + 𝒊)𝒕
Exemplo de juros compostos

Para este exemplo, vamos considerar uma aplicação financeira no valor de R$ 2.000,00 durante
um ano, com juros compostos de 2% ao mês.

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Então, temos o seguinte:


Aplicando a fórmula:
M =? M = C.(𝟏 + 𝒊)𝒕
C = 2.000 M = 2.000 . (1 + 0,02)¹²

i = 2% = 2/100 = 0,02 (decimal) Agora, vamos calcular:

t = 1 ano = 12 meses. M = 2.000 . 1,02¹²

M = 2000 . 1,268242
M = 2.536,48.

Veja, então, que a aplicação de juros compostos pelo período de 12 meses resultou em um
rendimento de R$ 536,48; e um montante de R$ 2.536,48.

 PORCENTAGEM

A porcentagem, também chamada de percentagem, é


uma razão centesimal.
Ou seja, uma unidade de medida que apresenta a
proporção ou relação entre dois valores a partir de uma
fração que tem no 100 o denominador comum.
Dentro da matemática financeira, ela pode ser muito útil
para identificar, por exemplo, quanto do seu orçamento está
comprometido com uma determinada despesa ou qual é a
principal fonte de receita em termos percentuais.
Fonte:https://br.freepik.com/search?format=search
&query=porcentagem

Seria interessante descobrir, por exemplo, que dois clientes representam 56% do seu faturamento,
não é mesmo? Mas quanto equivale esses 56%?
A porcentagem pode ser encontrada a partir de diferentes cálculos.
Um dos mais simples consiste na multiplicação do percentual que deseja descobrir pelo valor
presente.
Para seguir no mesmo exemplo, vamos supor que seu faturamento mensal seja de R$ 14 mil.

Logo, 56% equivalerá ao seguinte: 56 x 14.000 = 784.000 / 100 = R$ 7.840,00

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Exemplo de porcentagem

Seu concorrente tem ofertado 10% de desconto à vista e você pensa em oferecer 12%. Quanto isso
representaria na prática?
12 x 890 = 10.680 / 100 = 106,80
Considerando uma venda no valor de R$890,00 890 – 106,8 = 783,20
temos o seguinte:

Logo, você oferecerá R$ 106,80 de desconto e definirá como preço de venda R$ 783,20.

A matemática do tempo é simples.


Você tem menos do que pensa e precisa mais do que acha.
Kevin Ashton

(Este material não foi produzido por período de escolaridade)

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

DANTE, Luiz Roberto: Teláris matemática, 6º ano: ensino fundamental, anos finais / -- 3. ed. -- São Paulo:
Ática, 2018.
IEZZI, Gelson: Matemática e realidade 6º ano / Gelson Iezzi, Antonio Machado, Osvaldo Dolce. -- 9. ed. -
- São Paulo: Atual Editora, 2018.
PATARO, Patricia Moreno: Matemática essencial 6º ano: ensino fundamental, anos finais /Rodrigo Balestri.
-- 1. ed. -- São Paulo: Scipione, 2018.
SAMPAIO, Fausto Arnaud: Trilhas da matemática, 6º ano: ensino fundamental, anos finais. -- 1. ed. -- São
Paulo: Saraiva, 2018.
SILVEIRA, Ênio Matemática: Compreensão e prática / Ênio Silveira. — 3. ed. — São Paulo: Moderna,
2015.
Disponível em: < https://memoria.ebc.com.br/infantil/voce-sabia/2015/05/conheca-historia-dos-numeros >
acesso em 02/03/2022.
Disponível em: < https://fia.com.br/blog/matematica-financeira/ > acesso em 03/03/2022.
Disponível em: < https://blog.maxieduca.com.br/sistema-monetario-nacional/) > acesso em 04/03/2022.
Disponível em: < http://mundonotarial.org/blog/?p=4205 > acesso em 04/03/2022.

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