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Sidnéia Sales
Gerente Pedagógica
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pesca de quatro peixes, por exemplo, as pessoas daquela época faziam quatro
De acordo com alguns estudos, além de objetos (pedras, cordas, ossos etc.), os
seres humanos pré-históricos usavam os dedos das mãos e outras partes do corpo
para contar.
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Para obter a representação de outras quantidades, cada símbolo pode ser repetido até 9 vezes e
eles podem ser combinados em qualquer ordem. O valor do número representado é obtido
adicionando o valor de cada símbolo representado.
6 + 5 . (10) + 4 . (100) =
= 6 + 50 + 400 =
= 456
Os antigos romanos também possuíam um sistema de numeração formado por sete símbolos:
I V X L C D M
1 5 10 50 100 500 1 000
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Para formar outros números romanos utiliza-se as letras acima repetindo-as uma, duas ou três
vezes (nunca mais de três). Sendo que as letras V, L e D não podem ser repetidas.
No sistema romano encontramos:
IX 9
10 – 1
I antes do X
Da mesma forma:
XL 40
50 – 10
X antes do L
Um traço horizontal colocado sobre um número indica que o seu valor deve ser multiplicado por
mil.
̅ =5 x 1 000 = 5 000
𝐕 𝐋𝐗 = 60 x 1 000 = 60 000
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Ainda hoje a numeração romana antiga é usada em algumas situações, como em nomeações de
imperadores, papas e reis, em marcadores de relógio ou em indicações dos volumes de uma coleção
de livros.
Como o sistema foi criado pelos hindus e divulgado pelos árabes, ficou conhecido como
indo-arábico. Pronto, finalmente chegamos ao sistema que hoje utilizamos. Como você pôde
ler, até chegar à numeração hoje aceita foram milhares de anos. O homem já contou de diversas
formas, a partir de diferentes necessidades.
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O sistema de numeração decimal é o sistema que utilizamos para realizar a representação das
quantidades, ou seja, a representação dos números.
Um sistema de numeração é a forma lógica em que se organizam os símbolos de representação
de diferentes quantidades. O nosso sistema de numeração é posicional, e essas posições são divididas
em classes e ordens.
Nosso sistema é conhecido como decimal porque ele possui 10 símbolos:
{0,1,2,3,4,5,6,7,8,9}.
Conhecemos como ordem a posição ocupada pelo algarismo e cada uma recebe um nome, como
a unidade, dezena, centena, unidade de milhar, dezena de milhar, centena de milhar. Classes são o
conjunto de três ordens. São elas: classe das unidades simples, classe dos milhares, classe dos
milhões e assim sucessivamente.
Ordens e classes
Sempre da direita para a esquerda, a posição de cada algarismo ocupa uma ordem e cada
agrupamento de três ordens forma uma classe.
8 9 4 8 6 2 3
No século XX, o Brasil adotou nove sistemas monetários ou nove moedas diferentes (em outras
palavras os mil-réis, cruzeiro, cruzeiro novo, cruzeiro, cruzado, cruzado novo, cruzeiro, cruzeiro real,
e o real).
Nossa moeda atual é o Real, criada em 1994, o real foi primeiro URV (unidade real de valor), um
indexador determinado diariamente pelo governo. Na época do seu lançamento, cada real equivalia a
1 URV, ou 2,750 cruzeiros reais.
A Moeda corrente pode ser definida como o dinheiro utilizado em um território. Ou seja, é o tipo
de dinheiro que vale dentro de um país; e em geral a moeda é emitida e controlada
pelo governo do país, que é o único que pode fixar e controlar seu valor.
Então, a moeda corrente adotada no Brasil (atualmente o real) não vale o mesmo quantitativo da
moeda corrente utilizada nos Estados Unidos da América (o dólar).
No entanto, existem exceções, pois alguns países que fazem parte da União Europeia podem
utilizar a mesma moeda. Na U.E. o euro é a moeda corrente que circula nos diversos territórios.
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Por muito tempo, os objetos de metal foram mercadorias muito apreciadas, pois como sua
produção exigia, além do domínio das técnicas de fundição, o conhecimento dos locais onde o metal
poderia ser encontrado. Essa tarefa, naturalmente, não estava ao alcance de todas as pessoas, portanto
a valorização, cada vez maior, destes instrumentos levou à sua utilização como moeda e ao
aparecimento de réplicas de objetos metálicos, em pequenas dimensões, que circulavam como
dinheiro.
Surgem, então, no século VII a.C., as primeiras moedas com características das atuais: são
pequenas peças de metal, com peso e valor definidos e também com a impressão do cunho oficial, em
outras palavras a marca de quem as emitiu, e lhes garante seu valor. A princípio, essas peças eram
fabricadas por processos manuais muito rudimentares e não eram exatamente iguais, por outro lado
as de hoje são peças absolutamente iguais umas às outras.
As moedas utilizadas oficialmente no Brasil, e que acima de tudo compõem o Sistema Monetário
Brasileiro são:
Fonte: https://colecaosfm.files.wordpress.com/2015/06/moedas-de-real.jpg
É interessante notar que a moeda de 1 centavo (R$ 0,01) foi desativada em 2004.
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1ª Família do Real
Fonte: http://www.grupoescolar.com/a/b/EAA0B.gif
As notas da primeira família continuam valendo e podem ser usadas normalmente. Aos poucos
serão substituídas por versões mais recentes: a Segunda Família Real.
2ª Família do Real
Fonte: https://www.bcb.gov.br/cedulasemoedas/segundafamilia
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O Real está consolidado como uma moeda forte, e assim é utilizado cada vez mais nas transações
cotidianas assim como reserva de valor. Com o avanço das tecnologias digitais nos últimos anos, é
necessário dotar as nossas cédulas de recursos gráficos e elementos anti-falsificação mais modernos,
ou seja, capazes de continuar garantindo a segurança do dinheiro brasileiro no futuro.
Fonte: https://www.bcb.gov.br/cedulasemoedas/notadeduzentos
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Matemática financeira é uma área de aplicação prática
da matemática, que consiste em cálculos direcionados à
melhor organização e ao maior controle do dinheiro.
Mais do que uma ciência, é uma ferramenta bastante útil
no dia a dia, tanto para cuidar das contas pessoais quanto
daquelas que pertencem a uma empresa.
É também a partir dos instrumentos de matemática financeira que sonhos são concretizados.
Para entender melhor, basta lembrar da importância da organização e planejamento ao contratar um
empréstimo ou obter um financiamento, seja para aquisição de um veículo ou imóvel.
Exceto se você possui toda a quantia para realizar o pagamento à vista, terá que fazer cálculos para
entender o impacto desse produto financeiro e suas prestações no orçamento pessoal.
Para tanto, são necessários conhecimentos básicos sobre porcentagem, juros e fórmulas que
permitem compreender exatamente o tamanho da conta.
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Sempre lembrando que, nesse tipo de operação, o custo final é diferente do contratado, justamente
devido à incidência de juros.
Seja compondo as fórmulas ou no dia a dia da administração das finanças, alguns conceitos estão
na base da aplicação da matemática financeira.
Por isso, entender o que eles significam é um dos primeiros passos para desmistificar qualquer
operação nessa área.
Confira os detalhamentos a seguir:
Capital (C)
Capital é o valor atual, que corresponde à quantia inicial de um investidor ou ao custo inicial de
um produto ou serviço, à vista e sem taxas.
Imagine, por exemplo, que uma pequena confeitaria deseje comprar uma nova batedeira que,
inicialmente, custa R$ 220,00 – este valor é o capital.
Geralmente, o produto se torna mais caro se a compra for parcelada, pois são adicionados juros.
Digamos que a batedeira tenha sido parcelada em 10 vezes, a parcelas de R$ 23,00.
Ao final da compra, a confeitaria terá pago R$ 230,00, ou seja, R$ 10,00 a mais do que o capital.
Juros (J)
Os juros correspondem ao valor remunerado pelo capital, ou seja, são uma espécie de pagamento
pelo uso de um capital.
Uma das formas mais intuitivas para entender os juros é pensar no empréstimo do capital, que é
remunerado através de juros.
Mesmo quando parcelamos uma compra no cartão de crédito e há juros – como no exemplo
acima -, estamos, na prática, tomando um empréstimo da administradora do cartão, que adiciona um
valor ao que tomamos inicialmente.
Os juros podem trabalhar ao nosso favor quando escolhemos boas aplicações financeiras, que
rendem valores sobre nosso capital.
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Esse percentual sempre tem relação com um prazo definido previamente, que pode ser ao dia, ao
mês, ao ano, etc.
Para simplificar a utilização da taxa de juros nas fórmulas de matemática financeira, é comum
converter os períodos em meses.
Montante (M)
Chamamos de montante a quantia total paga por meio de uma operação, incluindo o capital e os
juros.
C = 220
Assim, considerando o exemplo dado mais J = 10
acima, o montante seria calculado assim: M = C + J = 220 + 10 = R$ 230,00.
Acréscimo
Quando um produto ou serviço se torna mais caro, chamamos o valor adicionado de acréscimo.
Diferentemente dos juros, o acréscimo não remunera um investimento de capital, mas acrescenta
uma quantia para a aquisição de um produto/serviço.
Voltando ao exemplo da batedeira, haveria acréscimo se o preço inicial (R$ 220,00) fosse alterado,
por exemplo, para R$ 225,00, mesmo para uma compra à vista.
O acréscimo pode representar uma simples busca pelo aumento no lucro ou u ajuste proveniente
da elevação nos custos de matéria-prima, impostos, mão de obra, entre outros fatores.
Desconto
Se, ao invés de se tornar mais cara, a batedeira passasse a custar R$ 215,00, haveria um desconto
de R$ 5,00. Também poderíamos calcular a porcentagem que esse desconto representa.
x% de 220 = 5
Vale recordar que o capital corresponde a Temos, então:
100% do valor da batedeira, ou seja, queremos x /100 . 220 = 5
solucionar a sentença: 220x /100 = 5
220x = 500
x = 500/220
x= 2,27.
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Lucro
Lucro é a quantia ganha a partir de uma negociação comercial, excluindo o custo inicial ou valor
de compra de um item.
Digamos que a confeitaria tenha adquirido a batedeira por R$ 220,00, mas decidiu vender o item
num período em que seu modelo estava em falta no mercado.
O lucro ficou em 240 – 220, ou seja, a venda rendeu RS 20,00 para a confeitaria.
Algumas das fórmulas a seguir são básicas e fáceis de usar, mas podem trazer
resultados de suma importância
Agora que alguns dos principais conceitos estão claros, assim como a definição e a
importância da matemática financeira, vamos entrar no campo prático.
Lembrando que, por mais que você não goste de números, cálculos e fórmulas, a
matemática desempenha um papel fundamental no seu bolso.
Juros Simples
Juros simples são uma correção calculada sobre um valor inicial, expressa em porcentagem.
Trata-se de um acréscimo que, como o nome indica, é bastante simples de ser realizado, pode ser
uma cobrança ou recebimento extra por não haver o desembolso total no momento.
Partindo de um valor presente, se aplica uma taxa de juros que leva em conta também o período
da operação.
Vale para vendas a prazo e investimentos (dinheiro que entra) e para compras parceladas e
empréstimos (dinheiro que sai).
A fórmula dos juros simples é bastante enxuta e considera quatro variáveis:
Capital (C): o valor presente, que se refere à quantia total da operação
Juros (J): acréscimo sobre o capital
Tempo (t): a duração da operação (geralmente expressa em meses)
Taxa (i): percentual que determinada a quantidade de juros que incidem na operação.
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Juros Compostos
Juros compostos representam o juro sobre juro, ou seja, têm aplicação sobre o montante de cada
período.
A melhor forma de entender é justamente comparar com os juros simples.
Observando o exemplo anterior, você vê que há uma previsão clara sobre o acréscimo antes mesmo
de a operação ser realizada, com juros incidindo sobre o valor total da operação.
No caso dos juros compostos, isso muda um pouquinho.
O que acontece é que a cada mês, é aplicada uma correção sobre o capital de momento.
Isso torna a rentabilidade de um investimento mais atrativa, mas, por outro lado, pode elevar uma
dívida se for essa a modalidade de correção utilizada.
No caso dos juros compostos, um novo elemento é somado à fórmula:
M: corresponde ao “montante final”.
Os demais se mantêm: capital (C), taxa de juros (i) e tempo (t).
Para este exemplo, vamos considerar uma aplicação financeira no valor de R$ 2.000,00 durante
um ano, com juros compostos de 2% ao mês.
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M = 2000 . 1,268242
M = 2.536,48.
Veja, então, que a aplicação de juros compostos pelo período de 12 meses resultou em um
rendimento de R$ 536,48; e um montante de R$ 2.536,48.
PORCENTAGEM
Seria interessante descobrir, por exemplo, que dois clientes representam 56% do seu faturamento,
não é mesmo? Mas quanto equivale esses 56%?
A porcentagem pode ser encontrada a partir de diferentes cálculos.
Um dos mais simples consiste na multiplicação do percentual que deseja descobrir pelo valor
presente.
Para seguir no mesmo exemplo, vamos supor que seu faturamento mensal seja de R$ 14 mil.
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Exemplo de porcentagem
Seu concorrente tem ofertado 10% de desconto à vista e você pensa em oferecer 12%. Quanto isso
representaria na prática?
12 x 890 = 10.680 / 100 = 106,80
Considerando uma venda no valor de R$890,00 890 – 106,8 = 783,20
temos o seguinte:
Logo, você oferecerá R$ 106,80 de desconto e definirá como preço de venda R$ 783,20.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
DANTE, Luiz Roberto: Teláris matemática, 6º ano: ensino fundamental, anos finais / -- 3. ed. -- São Paulo:
Ática, 2018.
IEZZI, Gelson: Matemática e realidade 6º ano / Gelson Iezzi, Antonio Machado, Osvaldo Dolce. -- 9. ed. -
- São Paulo: Atual Editora, 2018.
PATARO, Patricia Moreno: Matemática essencial 6º ano: ensino fundamental, anos finais /Rodrigo Balestri.
-- 1. ed. -- São Paulo: Scipione, 2018.
SAMPAIO, Fausto Arnaud: Trilhas da matemática, 6º ano: ensino fundamental, anos finais. -- 1. ed. -- São
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SILVEIRA, Ênio Matemática: Compreensão e prática / Ênio Silveira. — 3. ed. — São Paulo: Moderna,
2015.
Disponível em: < https://memoria.ebc.com.br/infantil/voce-sabia/2015/05/conheca-historia-dos-numeros >
acesso em 02/03/2022.
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