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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO


BÁSICA/PARFOR
ASSESSORIA DE INTERIORIZAÇÃO

MATEMÁTICA I

Artur Silva Santos


Lago da Pedra - MA
2018
2

Carga horária: 30h


Número de créditos: 02
Pré-requisitos: não tem
Objetivos: revisar e aprofundar conceitos básicos de matemática do Ensino
Fundamental, proporcionando ao aluno um melhor aproveitamento do seu curso.
Ementa: sistemas de numeração. Operações aritméticas em sistemas de numeração.
Conjunto dos números naturais: operações de adição e multiplicação.Adição.
Subtração. Multiplicação. Divisão. Números Naturais. Critérios de divisibilidade.
Números primos.
Sumário
1

CAPÍTULO 1

SISTEMAS DE NUMERAÇÃO

Compreender a matemática como construção


humanana, relacionando o seu desenvolvimento
com a transformaçaõ da sociedade.

Vinı́cio de Macedo Santos

1.1 Introdução

Quando se começa estudar a matemática surgem várias dúvidas dentre elas,


podemos destacar: quando começou a matemática? quando surgiram os números?
as formas? as ideias básicas sobre contagem? e as operações aritméticas?
Para essas e outras dúvidas, o que podemos dizer é que toda civilização
demonstra algum nı́vel de conhecimento matemático.
Segundo a história da matemática, os objetos pré-históricos mais antigos que
mostram nı́vel de conhecimento matemático foram encontrados por antropólogos
na África e datam com mais de 37 mil anos.
Historicamente, o que se sabe é que os primeiros seres humanos viviam da
caça. E com o passar do tempo, seus descendentes desenvolveram a agricultura, o
pastoreio e o comércio. Surgindo, assim, as primeiras cidades e os grandes impérios.
Com o surgimento de grandes impérios veio o desenvolvimento de grandes
sociedades, tornando necessário contar quantidades cada vez maiores. Daı́, surge a
exigência de se buscar maneiras mais adequadas para escrever números e
efetuar cálculos, o que ficaria muito dı́ficil sem uma sistematização do processo de
contagem e, paralelamente, do procedimento para escrever os números. Essa
necessidade de contagem ou origem à numeração dos objetos; os conceito de número
veio mais tarde. A linguagem serviu como procedimento simplificador na evolução
da enumeração para a numeração, dando origem aos sistemas de numeraçao.
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Ao longo da história, foram criados vários sistemas de representação de números
até se chegar ao sistema que utilizamos hoje, o sistema indo-arábico.
Os primeiros sistemas de escrita numérica que se conhece são os dos egı́pcios e
os dos sumérios, surgidos por volta de 3500 a.C. Os sistemas são semelhantes, pois
ambos atribuem sı́mbolos aos números 1, 10, 100, 1000, etc. e fazem a representação
dos outros como sendo a soma desses ˝principais˝. Desde modo, o número 236 era
a soma de dois cens, três trintas e seis uns.
Apresentaremos aqui, dois sistemas de numeração: o sistema romano e o indo-
arábico. Porém não pretendemos que o leitor se torne um experto em escrever
números usando essas representações. Queremos apenas que o leitor compreenda
melhor o nosso próprio sistema numérico.

FIQUE POR DENTRO!.


O número é um conceito abstrato que representa a ideia de
quantidade.

FIQUE SABENDO!.
Um sistema de numeração é um conjunto de sı́mbolos e
regras, culturalmente aceites, que possibilita a escrita de números.
É determinado fundamentalmente pela base, a qual indica a
quantidade de sı́mbolos e o valor de cada sı́mbolo.

1.2 Sistema de numeração romano

O sistema de numeração usado pelos romanos era bastante diferente do que


HOJE chamamos de sistema romano. Esse sistema foi amplamente utilizado na
Europa até o século XIV e ainda hoje é utilizado em diversas situações, como nos
mostradores de alguns relógios, na escrita dos números dos séculos, na numeração
de capı́tulos de livros e de leis, na designação de reis e papas de mesmo nome, etc.
No sistema de numeração romano atual são utilizados sete sı́mbolos que
correspondem às letras maiúsculas do alfabeto latino.
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Sı́mbolo Valor
I 1
V 5
X 10
L 50
C 100
D 500
M 1.000

Os demais números são escritos combinando os sı́mbolos que aparecem no


quadro acima.

ATENÇÃO!.
Na numeração romana, os sı́mbolos I, X, C e M, podem se repetir até
três vezes para escrever um número. Enquanto que os sı́mbolos V, L e
D, só podem aparecer uma única vez.

Exemplo 1. Escrever os valores dos algarismos romanos na tabela a seguir.


Algarismo romano Valor
II 2
VI 6
XXXVIII 38
CLXXII 172
CCCII 302
DCCLVI 756
MDCLIII 1.653

NÃO ESQUEÇA!.
Todo algarismo romano colocado à esquerda de um algarismo romano
de valor superior é descontado o seu valor.

Exemplo 2. Escrever os valores dos algarismos romanos na tabela a seguir.


Algarismo romano Valor
IV 5-1=4
IX 10 - 1 = 9
XL 50 - 10 = 40
XC 100 - 10 = 90
CD 500 - 100 = 400
CM 1.000 - 100 = 900
MLDIX 1.000 + 400 + 9 = 1.409
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1.6 Sistema de numeração indo-arábico

A civilização hindu se desenvolveu no vale do rio Indo (que atualmente faz


parte do Paquistão). Os matemáticos e astrônomos hindus criaram ao longo do
tempo, um sistema de numeração cujo documento mais antigo é um livro
publicado há, aproximadamente, 1.500 anos.
O sistema de numeração utilizado atualmente, na maioria de nossas
culturas contemporâneas, é denominado sistema indo-arábico. Trata-se de um
sistema decimal, daı́ por que usualmente nos referimos a ele chamando-o de
sistema de numeração decimal. A palavra decimal tem sua origem na palavra latina
˝decem˝, que significa dez, pois, assim como vários sistemas de numeração antigos,
o nosso sistema atual tem base dez, ou seja, os agrupamentos são sempre feitos de
dez em dez. Isso pode ter ocorrido, provavelmente, por que o homem tem dez dedos
e usa as mãos para contar.
A denominação indo-arábico para o nosso sistema de numeração deve-se ao
fato de seus sı́mbolos e suas regras terem sido inventadas pelo antigo povo indiano
e divulgados pelos árabes.
Sabe-se que desde o século III a.C. eram utilizados na Índia sı́mbolos gráficos
para identificar os números, isso por que foram encontradas inscrições em pedra
desse perı́odo. Nessas inscrições ficava claro que Indus adotavam nove sı́mbolos
independentes para representar quantidades de 1 a 9.
Como não podiam representar os números grandes por algarismos, eles tive-
ram desde muito cedo a ideia de exprimi-los, como se diria hoje ,˝por extenso˝. Sem
o saber, eles tomavam o caminho que os levaria um dia à descoberta do princı́pio de
posição e, consequentemente, a criação do zero. Apesar de oral, esta numeração foi
de excelente qualidade (IFRAH, 1989, p.267).
Era atribuı́do um nome particular a cada um dos nove primeiros números
inteiros, conforme mostrado abaixo.

Nome Número
eka 1
dvi 2
tri 3
catur 4
pañca 5
sat 6
sapta 7
asta 8
nava 9

E Também atribuı́a as potências de 10 nomes totalmente independentes uns


dos outros, conforme mostrado abaixo.
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Nome Número
dasa 10
sata 100
sahasra 1.000
ayuta 10.000
laksa 100.000
prayuta 1.000.000
koti 10.000.000

Abu Jafar Muhamed Ibn Musa AL-Khowarizmi, matemático, astrônomo e


geógrafo mulçumano do século IX, foi um dos responsáveis pela divulgação do
sistema de numeração indo-arábico na Europa. Seus trabalhos de aritmética, álgebra
e geometria foram traduzidos para o latim e influenciaram definitivamente o
ocidente.
No entanto os europeus demoraram muito para aceitar a novidade. Nessa
época, os cálculos eram realizados em ábacos, e apenas uma casta privilegiada sabia
manusear essas calculadoras, os demais viviam na mais completa ignorância
(GORDON, 2002, p. 28).
Segundo Duarte (1987, p. 22-24), houve forte resistência à aceitação da
utilização dos sı́mbolos pagãos na Europa. Essa resistência só foi vencida depois que
a expansão do comércio europeu tornou mais forte que os preconceitos
culturais a necessidade de um sistema numérico que servisse ao cálculo.

Quando se viram diante da numeração e dos métodos de cálculo


vindo da Índia, os árabes tiveram suficiente presença de espı́rito
para apreciar suas vantagens, reconhecer sua superioridade e
adotá-los. Ao contrário, os cristãos da Europa ficaram tão
agarrados os seus sistemas arcaicos e foram tão reticentes diante da
novidade que foi preciso esperar durante séculos até que o triunfo
do algoritmo, como era então denominado o cálculo escrito, fosse
finalmente total e definitivo (IFRAH, 1989, p. 303 - 304).

Mas de qualquer forma, o nome de AL-Khowarizmi se tornou o sı́mbolo da


importância da matemática árabe. Dele surgiram termos como algoritmo e também
algarismo, este último termo é utilizado para designar os sı́mbolos do nosso atual
sistema de numeração.
Os sı́mbolos do sistema indo-arábico nem sempre tiveram a forma que
conhecemos hoje.
Inicialmente, o sistema hindu não utilizava o zero e caracterizava-se como não
posicional. A partir do momento que eles aprimoraram o sistema existente para um
posicional foi necessária à criação de um sı́mbolo para representar o nada, ou seja,
o nada existente na posição indicada. O zero foi uma das grandes invenções dos
hindus e no século IX o sistema indiano já apresentava um sı́mbolo para o mesmo.
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Outra questão a ser analisada é a mudança do traçado dos sı́mbolos numéricos,
pois antes da invenção da imprensa, no século XV, os livros eram copiados manu-
almente. Como cada copista tinha uma caligrafia própria, as letras e os sı́mbolos
para representar números foram sofrendo muitas modificações durante todos esses
séculos de cópias manuais. Além disso, como o sistema de numeração criado na
ı́ndia foi adotado pelos árabes e passado aos europeus, é natural que a forma de
escrever os dez algarismos fosse sofrendo alterações (IMENES, 1992, p.39).
Atualmente, na Arábia, há a coexistência de dois traçados simbólicos.
Na Índia, também há o reconhecimento de dois traçados simbólicos.
E quanto a nós, hoje em dia, representamos os dez algarismos com o traçado
apresentado no sistema decimal: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9.
O traçado dos algarismos sofreu várias mudanças, devido ao fato de todos os
registros da época ser escritos a mão. Com a invenção da imprensa, a forma dos
numerais foi fixada. A influência da imprensa foi tão estabilizadora que os
algarismos atuais têm, essencialmente, a mesma aparência dos do século XV.

NÃO ESQUEÇA!.
Todos esses fatos históricos contribuı́ram para a evolução dos
números e dos sistemas de numeração. Atualmente o sistema de
numeração indo-arábico tem se mostrado eficiente e prático sendo
adotado por grande parte dos paı́ses, inclusive pelo Brasil.
7

CAPÍTULO 2

CONJUNTOS MUMÉRICOS

Os números governam o mundo.


Pitágoras

Neste capı́tulo, foi estabelecida uma linguagem simples, necessária para o bom
entendimento da matemática básica.
Representamos, com muito cuidado, os conjuntos numéricos, , devido à sua
grande importância no nosso cotidiano.
As seções contém comemntários de natureza histórica e exercı́cios que
ajudarão ao leitor a assimilar melhor os tópicos apresentados.
Esperamos que ao final deste capı́tulo, o leitor tenha fixado as propriedades
básicas dos conjunto numéricos e suas operações. Bem como, ser capaz de
fazer comparações, estimativas, aproximações decimais e resolver desigualdades de
números reais.

2.1 Conjunto dos números naturais

Desde os primórdios, a noção de número está ligada aos processos de contar


e medir. Atualmente, na nossa educação, o conceito de número é abordado em
paralelo ao conceito de conjunto: um número natural é a caracterı́stica de todos
aqueles conjuntos que têm a mesma quantidade de elementos.

O nosso ponto de partida é o conjunto dos números naturais,


denotado por N, tal que
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, . . .}
cujos elementos são números naturais e as reticências indicam que
a contagem continua indefinidamente.
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Para alguns autores, o número 0(zero) não representa contagem. Por essa
razão, eles excluem o número 0(zero) do conjunto dos núumeros naturais, por mera
conveniência.
A introdução do zero no conjunto dos números naturais é relativamente nova
na história da matemática.

FIQUE POR DENTRO: usa-se N∗ para denotar um subconjunto do


conjunto dos números sem o zero. Isto é,
N∗ = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, . . .}

2.1.1 Operações básica dos números naturais

Nesta subseção, apresentamos as operações básicas dos números naturais. Há duas
operacões básicas que podem ser efetuadas com os números naturais: ADIÇÃO e
MULTIPLICAÇÃO.

ADIÇÃO: é uma operação aditiva, denotada pelo simbolo ˝+˝, que


permite combinar dois ou mais números naturais, chamados termos
ou parcelas, num único número natural chamado soma ou total.
Noutras palavras: um número natural c é soma de dois números
naturais a e b quando a + b = c.
aditiva soma ou total
↓ ↓
a+b = c
ր տ
parcela parcela

Exemplo 3. 100 + 500 = 600.

MULTIPLICAÇÃO: é uma operação multiplicativa, denotada


pelo ponto ˝·˝ ou pelo sı́mbolo ˝×˝, que permite combinar dois ou mais
números naturais, chamados fatores e o resultado de produto.
Noutras palavras: um número natural c é produto de dois
números naturais a e b quando a · b = c.
multiplicativa produto multiplicativa produto
↓ ↓ ↓ ↓
a·b = c ou a×b = c
ր տ ր տ
fator fator fator fator
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Exemplo 4. 3 · 2 = 6 e 10 · 0 = 0.

FIQUE SABENDO: a multiplicação é uma forma simples de se


adicionar uma quantidade finita de números iguais, onde o termo
que se repete é chamado de multiplicando, o número de termos
repetidos, chama-se multiplicador e o resultado de produto.

Exemplo 5. 5 · 3 = 3 + 3 + 3 + 3 + 3 = 15 ou 5 · 3 = 5 + 5 + 5 = 15

2.1.2 Propriedades dos números inteiros

Propriedades da adição

COMUTATIVA: significa que a ordem da adição de dois termos não


altera o resultado da operação.
NOUTRAS PALAVRAS: dados dois números naturais a e b,
temos a + b = b + a.

Exemplo 6. Se 3 + 7 = 10 e 7 + 3 = 10, então 3 + 7 = 7 + 3.

ASSOCIATIVA: significa que à adição de três termos pode ser


feita associando-se os dois primeiros ou os dois últimos termos
indiferentemente.
NOUTRAS PALAVRAS: dados três números naturais a, b e c,
temos (a + b) + c = a + (b + c).

Exemplo 7. Se (5 + 7) + 10 = 12 + 10 = 22 e 5 + (7 + 10) = 5 + 17 = 22, então


(5 + 7) + 10 = 5 + (7 + 10).

ELEMENTO NEUTRO: significa que o termo 0 (zero) não


altera o resultado dos demais termos da adição.
NOUTRAS PALAVRAS: dados dois números naturais 0 e a,
temos a + 0 = 0 + a = a.

Exemplo 8. 100 + 0 = 100 e 0 + 55 = 55.

NÃO ESQUEÇA! O número 0 é chamado elemento neutro da


adição.
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FECHAMENTO: significa que a soma de dois números naturais é


sempre um número natural.
NOUTRAS PALAVRAS: se a ∈ N e b ∈ N, então a + b ∈ N.

Exemplo 9. Se 8, 9 ∈ N, então 8 + 9 = 17 ∈ N.

Propriedades da multiplicação

COMUTATIVA: significa que a ordem da multiplicação de dois


termos não altera o resultado da operação.
NOUTRAS PALAVRAS: dados dois números naturais a e b,
temos a · b = b · a.

Exemplo 10. Se 3 · 7 = 21 e 7 · 3 = 21, então 3 · 7 = 7 · 3.

ASSOCIATIVA: significa que a multiplicação de três termos pode


ser feita associando-se os dois primeiros ou os dois últimos termos
indiferentemente.
NOUTRAS PALAVRAS: dados três números naturais a, b e c,
temos (a · b) · c = a · (b · c).

Exemplo 11. (3 · 6) · 2 = 18 · 2 = 36 e 3 · (6 · 2) = 3 · 12 = 36, então (3 · 6) · 2 = 3 · (6 · 2).

ELEMENTO NEUTRO: significa que o termo 1 (um) não


altera o resultado dos dermais termos da multiplicação.
NOUTRAS PALAVRAS: dados dois números naturais 1 e a,
temos a · 1 = 1 · a = a.

Exemplo 12. 8 · 1 = 8 e 1 · 3 = 3.

NÃO ESQUEÇA! O número 1 é chamado elemento neutro da


multiplicação.

FECHAMENTO: significa que a multiplicação de dois números


naturais é sempre um número natural.
NOUTRAS PALAVRAS: se a ∈ N e b ∈ N, então a · b ∈ N.

Exemplo 13. Se 6, 7 ∈ N, então 6 · 7 = 42 ∈ N.


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Primeira lista de terapias

1. Relacione as propriedades da adição dos números naturais da primeira coluna


com as igualdades da segunda.
1) Comutativa ()2+0=2
2) Associativa ( ) Se 3 ∈ N e 12 ∈ N, então (3 + 12) ∈ N
3) Elemento neutro ( ) (3 + 5) + 7 = 3 + (5 + 7)
4) Fechamento ( ) 11 + 20 = 20 + 11
()0+5=5
( ) (2 + 3) + 6 = 2 + (3 + 6)
()9+4=4+9

2. Tico comprou uma caixa de lápis de cor com 12 lápis e Teco ganhou uma caixa
de lápis de cor com 6 lápis. Juntando os lápis de cor de Tico e Teco, quantos
lápis eles possuem juntos?

3. Leia as afirmações abaixo e classifique com V se é o caso é de adição ou com F


se é o caso não é de adição
( ) Joãozinho ganhou 15 figurinhas de seu irmão e 12 figurinhas de seu primo.
( ) Ribinha ganhou 20 bolinhas de gude de seu pai e perdeu 8 bolinhas jogando
apostado.
( ) Mariazinha ganhou 10 bombons de chocolate de sua mãe e deu 5 bombons
para a sua irmã.
( ) Para fazer um bolo, Ritinha precisou de 6 ovos para fazer a massa e 4 ovos
para fazer o recheio.

4. Para a prova do segundo bimestre do ano letivo, a professora de Luizinho


indicou para os alunos de sua turma, dois livros de matemática para
estudarem, um com 37 páginas e o outro com 28 páginas. Nesses dois livros,
quantas páginas, ao todo, cada aluno tinha que estudar?

5. No Colégio Militar 2 de Julho, as aulas do turno vespertino iniciam-se às


13h10min, sendo que cada hora-aula tem duração de 45 minutos. Com base
nesses dados, qual o horário que termina a terceira aula do turno vespertino?

6. Relacione as propriedades da multiplicação dos números naturais da primeira


coluna com as igualdades da segunda.
1) Comutativa ( ) Se 5 ∈ N e 6 ∈ N, então 5 · 6 ∈ N
2) Associativa ( ) 4·1= 4
3) Elemento neutro ( ) 3·6= 6·3
4) Fechamento ( ) (7 · 2) · 3 = 7 · (2 · 3)
( ) 1 · 10 = 10
( ) 6 · 70 = 70 · 6
( ) (1 · 2) · 9 = 1 · (2 · 9)
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Leia os dados a seguir para responder as questões de 7 a 11.
Um ano tem 12 meses, 2 semestres, 3 quadrimestres, 4 trimestres, 6 bimestres
e 12 meses. 


 1 semestre = 6 meses
 1 quadrimestre = 4 meses


Onde 

 1 trimestre = 3 meses
 1 bimestre = 2 meses

Cada mês tem 4 semanas e cada semana tem 7 dias.


(
1 ano = 360 dias
Considerando o ano comercial, temos
1 mês = 30 dias
7. Quantos dias têm 22 semanas completas?
8. Quantos dias têm um bimestre?
9. Quantas semanas têm um quadrimestre?
10. Quantos dias têm 51 meses completos?
11. Quantos dias têm 7 anos completos?
12. Quantos dias têm um trimestre?
13. Apoena1 tinha um saldo de R$ 112.100,20 na sua caderneta de poupança. No
último quadrimestre, recebeu R$ 12.526,50 de juros e correção monetária.
Qual o novo saldo na caderneta de poupança de Apoena?
A) R$ 120.710 6,70 B) R$ 121.826,70 C) R$ 122.896,70 D) R$ 123.956,70
E) R$ 124.626,70

14. Baquara2 comprou um aparelho de TV LCD de 50 polegadas para presentear


a sua namorando, gastando R$ 4.212,50. A seguir, pagou R$ 211,38 pelo frete.
Quanto Baquara gastou ao todo?
A) R$ 4.323,88 B) R$ 4.383,88 C) R$ 4.423,88 D) R$ 4.433,88
E) R$ 4.413,88
15. Vamos ajudar o nosso amigo Cari3 a fazer compras no supermercado Itaoca 4 ,
sabendo-se que ele comprou 10 quilos de farinha a R$ 4,50 o quilo; 20 quilos
de arroz a R$ 2,32 o quilo; 12 latas de sardinha a R$ 1,13 a lata e 5 barras de
sabão a R$ 1,89 a barra. Podemos afirmar que Cari gastou nas compras:
A) R$ 111,91 B) R$ 112,21 C) R$ 113,51 D) R$ 114,41
E) R$ 115,81

1 Tupi-guarani: aquele que enxerga longe.


2 Tupi-guarani: sabedor de coisas - esperto - sabido - vivo.
3 Tupi-guarani: o homem branco - a raça branca.
4 Tupi-guarani: casa de pedra.
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2.2 Conjunto dos números inteiros

Como os números naturais mostraram-se insuficientes para resolver os problemas


do cotidiano. Nos séculos XV e XVI foi desenvolvida uma linguagem padrão para
designar perdas, débitos, prejuı́zos, etc.
A terminologia adotada consiste em preceder a quantidade numérica do sinal
˝-˝. Assim, uma perda de 5 unidades monetárias é simbolizada por -5. Estes são os
números inteiros negativos.

Juntando os números inteiros negativos ao conjunto dos números


naturais, obtemos o conjunto dos números inteiros, denotado por
Z, tal que
Z = {. . . , −3, −2, −1, 0, 1, 2, 3, . . .}
cujos elementos são números inteiros e as reticências indicam que a
contagem continua indefinidamente.

FIQUE ATENTO: em oposição aos números inteiros negativos,


os números naturais diferentes de zero são chamados números
inteiros positivos.

FIQUE SABENDO: usam-se Z∗ , Z+ , Z− , Z∗+ , Z∗− para denotar os


subconjuntos do conjunto dos números inteiros, tais que
Z∗ = {. . . , −3, −2, −1, 1, 2, 3, . . .} conjunto dos números
inteiros sem o zero.
Z+ = {0, 1, 2, 3, . . .} conjunto dos números inteiros não
negativos.
Z− = {. . . , −3, −2, −1, 0} conjunto dos números inteiros não
postivos.
Z∗+ = {1, 2, 3, . . .} conjunto dos números inteiros positivos.
Z∗− = {. . . , −3, −2, −1} conjunto dos números inteiros
negativos.

ATENÇÃO!
Das definições de N e Z, temos que Z+ = N ⊂ Z.
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2.2.1 Operações básica dos números inteiros

Nesta subseção, apresentamos as operações básicas dos números inteiros. Há quatro
operacões básicas que podem ser efetuadas com os números inteiros: ADIÇÃO,
SUBTRAÇÃO, MULTIPLICAÇÃO e DIVISÃO.

SUBTRAÇÃO: é uma operação denotada pelo sı́mbolo ˝-˝ que


permite combinar dois números inteiros, chamados minuendo e
subtraendo, num único número inteiro chamado diferença.
Noutras palavras: um número inteiro a é diferença de dois
números inteiros b e c quando b − c = a.
subtração diferença
↓ ↓
b−c = a
ր տ
minuendo subtraendo

Exemplo 14. 21 - 8 = 13 e 5 - 0 = 5.

ADIÇÃO e SUBTRAÇÃO: essas duas operações devem ser


efetuadas levando em consideração as regras de sinais, conforme os
casos a seguir.

1º CASO: quando os termos têm sinais iguais.


Neste caso, somam-se os termos em valores absoluto, mantendo o
sinal dos termos.

Exemplo 15. 12 + 1 = 13 e -6 - 9 = -(6 + 9) = -15.

2º CASO: quando os termos têm sinais diferentes.


Neste caso, subtrai-se o termo de menor valor absoluto do termo
de maior valor absoluto, mantendo o sinal do termo de maior valor
absoluto.

Exemplo 16. -2 + 7 = +(7 - 2) = 5 e 8 - 11 = -(11-8) = -3.


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DIVISÃO: é uma operação denotada pelo sı́mbolo ˝÷˝ que permite


dividir dois números inteiros, chamados dividendo (a quantidade
a ser dividida), divisor ou fator (a quantidade de vezes que o
dividendo está sendo dividido) e o resultado chamado quociente.
Noutras palavras: um número inteiro a é quociente de dois
números inteiros b e c quando b ÷ c = a.
divisão quociente
↓ ↓
b÷c = a
ր տ
dividendo divisor

Exemplo 17. 50 ÷ 5 = 10 e 100 ÷ 25 = 4.

FIQUE DE OLHO! No conjunto dos números inteiros só pode ser


efetuadas divisões exatas.

MULTIPLICAÇÃO e DIVISÃO: essas duas operações devem ser


efetuadas levando em consideração as regras de sinais, conforme os
casos a seguir.

1º CASO: quando os termos da multiplicaçao ou da divisão


têm sinais iguais.
Neste caso, o sinal do resultado da multiplicação ou da divisão é
positivo.
Multiplicação Divisão
(+) · (+) = (+) (+) ÷ (+) = (+)
(−) · (−) = (+) (−) ÷ (−) = (+)

Exemplo 18.
a) 3 · 7 = 21;
b) (−2) · (−8) = 16;
c) 10 ÷ 5 = 20;
d) (−100) ÷ (−20) = 5.
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2º CASO: quando os termos da multiplicaçao ou da divisão têm


sinais diferentes.
Neste caso, o sinal do resultado da multiplicação ou da divisão é
negativo.
Multiplicação Divisão
(+) · (−) = (−) (+) ÷ (−) = (−)
(+) · (−) = (+) (−) ÷ (+) = (−)

Exemplo 19. −6 · 9 = −54 e −20 ÷ 4 = −5.

2.2.2 Propriedades dos números inteiros

Nesta subseção, apresentamos as propriedades básicas dos números inteiros.

Propriedades da adição

COMUTATIVA: dados dois números inteiros a e b, temos


a+b = b+a

Exemplo 20. Se 4 + 6 =10 e 6 + 4 = 10, então 4 + 6 = 6 + 4.

ASSOCIATIVA: dados três números inteiros a, b e c, temos


(a + b) + c = a + (b + c)

Exemplo 21. Se (1 + 3) + 5 = 4 + 5 = 9 e 1 + (3 + 5) = 1 + 8 = 9, então


(1 + 3) + 5 = 1 + (3 + 5).

ELEMENTO NEUTRO: dado um número inteiro a, temos


a+0 = a e 0+a = a
onde 0 é um número inteiro.

Exemplo 22. 10 + 0 = 10 e 0 + 5 = 5.

ELEMENTO SIMÉTRICO: dado um número inteiro a, temos


a + (−a) = 0 e − a + a = 0
onde −a é um número inteiro chamado simétrico de a.

Exemplo 23. 7 + (-7) = 7 - 7 = 0 e -7 + 7 = 0.

FECHAMENTO: se a ∈ Z e b ∈ Z, então a + b ∈ Z.
Exemplo 24. Se 6 ∈ Z e 5 ∈ Z, então 6 + 5 = 11 ∈ Z.
Prof. Me. Artur Silva Santos 17

Propriedades da multiplicação

COMUTATIVA: dados dois números inteiros a e b, temos


a·b = b·a

Exemplo 25. Se 3 · 5 = 15 e 5 · 3 = 15, então 3 · 5 = 5 · 5.

ASSOCIATIVA: dados três números inteiros a, b e c, temos


(a · b) · c = a · (b · c)

Exemplo 26. Se (2 · 3) · 5 = 6 · 5 = 30 e 2 · (3 · 5) = 2 · 15 = 30, então (2 · 3) · 5 = 2 · (3 · 5).

ELEMENTO NEUTRO: dado um número inteiro a, temos


a·1= a e 1·a = a
onde 1 é um número inteiro.

Exemplo 27. 12 · 1 = 12 e 1 · 8 = 8.

FECHAMENTO: se a ∈ Z e b ∈ Z, então a · b ∈ Z.

Exemplo 28. Se 8 ∈ Z e 9 ∈ Z, então 8 · 9 = 72 ∈ Z.

FIQUE POR DENTRO! Temperatura é uma grandeza fı́sica que


mensura a energia cinética média de cada grau de liberdade de cada
uma das partı́culas de um sistema em equilı́brio térmico. O Sistema
Internacional de Unidades estabelece uma escala especı́fica para a
temperatura absoluta.
Para as aplicações cotidianas, normalmente usa-se a escala
Celsius, no qual 0°C é o ponto de fusão da água e 10°C é o seu
ponto de ebulição, sob a pressão atmosférica ao nı́vel do mar.
As temperaturas acima de 0°C são representadas por números
positivos e as temperaturas abaixo de 0°C, por números
negativos.

FIQUE POR DENTRO! Nas agências bancárias, os créditos


são saldos positivos e representados por números positivos,
enquanto que os débitos são saldos negativos, representados por
números negativos.
Prof. Me. Artur Silva Santos 18

2.2.3 Segunda lista de terapias

1. Resolva as operações a seguir.


a) 2 + 20 b) (26 - 17) + 13 c) -6 + 8 d) 100 ÷ (−25) e) (−11) · (−12)
f) 15 + (-18) g) 13 · 13 h) (−20) ÷ (−4) i) −16 · 8 j) -(-5) - (-6)
k) -(2 + 17) + (-9 + 3) - (11 - 15) l) (-6 + 4) - (-25 + 11) + (-16 + 11)

2. Represente com números inteiros, as temperaturas a seguir.


a) 10ºC abaixo de zero b) 25ºC acima de zero

3. Tico comprou um tênis de futsal por R$ 149,00 e vendeu por R$ 193,00. Quanto
Tico ganhou nessa transação financeira?
A) R$ 28,00 B) R$ 32,00 C) R$ 36,00 D) R$ 40,00 E) R$ 44,00

4. Represente com números inteiros, as situações financeiras a seguir.


a) Crédito de R$ 100,00 b) Débito de R$ 65,00

5. Mariazinha foi ao banco e verificou que o saldo da sua conta corrente estava
com um débito de R$ 112,00. Qual o valor que Mariazinha deve depositar na
sua conta corrente para que ela fique com um crédido de R$ 91,00?
A) R$ 195,00 B) R$ 203,00 C) R$ 215,00 D) R$ 225,00 E) R$ 231,00

6. Joãozinho tinha um débido de R$ 325,00 na sua conta corrente no banco.


Para cobrir esse saldo negativo, ele foi ao banco e efetuou um deposito de
R$ 1.100,00 na sua conta corrente. Após a efetivação do depósito, Joãozinho
pagou com o seu cartão de débito R$ 217,00 de supermercado e R$ 373,00
com despesas de água e energia. Com base nesses dados, qual o saldo atual na
conta corrente de Joãozinho?
A) R$ 175,00 B) R$ 197,00 C) R$ 205,00 D) R$ 212,00 E) R$ 256,00

7. Qual é a maior diferença que podemos obter quando subtraimos dois números
diferentes de dois algarimos?

8. Qual é a menor soma que podemos obter quando adicionamos dois números
distintos de três algarismos?

9. (SAAE) De quatro em quatro anos temos um ano bissexto. Qual é o total dos
dias referentes a dois anos bissextos?
A) 732 B) 365 c) 731 C) 366 E) 730
Prof. Me. Artur Silva Santos 19

2.3 Conjunto dos números racionais

Definição 1. Sejam p e q dois números inteiros com q diferente de


zero. Um número racional é qualquer número que pode ser escrito
p
da forma ·
q
O conjunto dos números racionais será representado por Q. Desde
modo,
( )
p
Q= ; p, q ∈ Z, q , 0
q

1 11 7
Exemplo 29. Os números , e são racionais.
2 8 4

FIQUE SABENDO!.
Todo número inteiro pode ser pensado como um número racional, ou
seja como uma fração. Então, vale a relação
N⊂Z⊂Q

NÃO ESQUEÇA!.
No conjunto Q dos números racionais temos duas operações
aritméticas, a adição e a multiplicação, definidas a partir das
correspondentes operações de adição e multiplicação no conjunto dos
números inteiros.

ATENÇÃO!.
O estudo completo sobre o conjunto dos números racionais será
estudado noutra oportunidade, pois não faz do conteúdo
programático desta disciplina.
20

CAPÍTULO 3

DIVISIBILIDADE

FIQUE POR DENTRO!.


Quando um número D pode ser dividido exatamente (deixa resto
zero) por um número d, dizemos que d divide D.

Exemplo 30.
a) 4 divide 16, pois a divisão de 16 por 4 é exata.
16
= 4 com resto 0.
4
b) 5 não divide 23, pois a divisão de 23 por 5 nao é exata.
23
= 4 com resto 3.
5

Para alguns números existem regras que permitem verificar a divisibilidade


sem se efetuar a divisão. Essas regras são chamadas de critérios de divisibilidade.

ATENÇÃO!.
Para alguns números existem regras que permitem verificar a
divisibilidade sem se efetuar a divisão. Essas regras são chamadas
critérios de divisibilidade.

NÃO ESQUEÇA!.
Um CRITÉRIO DE DIVISIBILIDADE é uma regra que permite
verificar se um dado número inteiro positivo é ou não divisı́vel por
outro número inteiro positivo, sem que seja necessário efetuar a
divisão.
Prof. Me. Artur Silva Santos 21

3.1 Critérios de divisibilidade

Divisibilidade por 2: um número inteiro é divisı́vel por 2 quando ele termina


em 0, 2, 4, 6 ou 8, isto é, quando ele é par.
Exemplo 31. Os números a seguir são divisı́veis por 2, pois são pares.
a) 100 b) 452 b) 3256 b) 453008

Divisibilidade por 3: um número inteiro é divisı́vel por 3 quando a soma dos


valores absolutos de seus algarismos é divisı́vel por 3.
Exemplo 32. Os números a seguir são divisı́veis por 3.
a) 1323
De fato: 1 + 3 + 2 + 3 = 9 que é divisı́vel por 3.
b) 100002
De fato: 1 + 0 + 0 + 0 + 0 + 2 = 3 que é divisı́vel por 3.

Divisibilidade por 4: um número inteiro é divisı́vel por 4 quando os dois


últimos algarismos formam um número divisı́vel por 4.
Exemplo 33. O número 425167828 é divisı́vel por 4.
De fato: como 28 = 4 × 7 com resto 0, então 425167828 é divisı́vel por 4.

ATENÇÃO!.
Para saber o resto da divisão de um número inteiro por 4, basta
calcular o resto da divisão dos dois últimos algarismos por 4.

Exemplo 34. Calcular o resto da divisão, de cada número a seguir, por 4.


a) 1251677471.
Resolução: basta calcular o resto da divisão de 71 por 4. Daı́,
71
= 17 com resto 3.
4
b) 3598804315.
Resolução: basta calcular o resto da divisão de 15 por 4. Assim,
15
= 3 com resto 3.
4

Divisibilidade por 5: um número inteiro é divisı́vel por 5 quando o último


algarismo for 0 ou 5.
Exemplo 35.
a) 2240 é divisı́vel por 5, pois termina em 0;
b) 7192145 é divisı́vel por 5, pois termina em 5.
Prof. Me. Artur Silva Santos 22

ATENÇÃO!.
Para saber o resto da divisão de um número inteiro por 5, basta
calcular o resto da divisão do seu últimos algarismo por 5.

Exemplo 36. Calcular o resto da divisão de 12839 por 5.


Resolução: basta calcular o resto da divisão de 9 por 5. Assim,
9
= 1 com resto 4.
5

Divisibilidade por 6: um número inteiro é divisı́vel por 6 quando é divisı́vel


por 2 e por 3 ao mesmo tempo.
Exemplo 37.
a) 8412 é divisı́vel por 6.
De fato: 8412 é divisı́vel por 2, pois é par. Como 8 + 4 + 1 + 2 = 15 e 15 é
divisı́vel por 3, então 8412 é divisı́vel por 3. Isto implica que 8412 é divisı́vel
por 6, pois é divisı́vel por 2 e por 3 ao mesmo tempo.
b) 23716 não é divisı́vel por 6.
De fato: 23716 é divisı́vel por 2, pois é par. Como 2 + 3 + 7 + 1 + 6 = 19 e 19 não
é divisı́vel por 3, então 23716 é não divisı́vel por 3. Isto implica que 23716 não
é divisı́vel por 6, pois é divisı́vel por 2 mas não é divisı́vel por 3.

Divisibilidade por 7: um número inteiro é divisı́vel por 7 quando a diferença


entre o dobro do último algarismo e o número formado pelos
demais algarismos resulta num número divisı́vel por 7.
Exemplo 38. O número 41909 é divisı́vel por 7.
De fato: a justificativa será feita passo a passo.
Passo 1: subtrair 9 de 41909 e calcular o seu dobro, isto é, 2 × 9 = 18. Em
seguida, calcular a diferença entre 4190 e 18, ou seja, 4190 − 18 = 4172.
Passo 2: subtrair 2 de 4172 e calcular o seu dobro, isto é, 2 × 4 = 4. Em
seguida, calcular a diferença entre 417 e 4, ou seja, 417 − 4 = 413.
Passo 2: subtrair 3 de 413 e calcular o seu dobro, isto é, 2 × 3 = 6. Em
seguida, calcular a diferença entre 41 e 6, ou seja, 41 − 4 = 35.
Conclusão: como 35 é divisı́vel por 7 que é igual a 5, então 41909 é
divisı́vel por 7.

Divisibilidade por 8: um número inteiro é divisı́vel por 8 quando os três


últimos algarismos forma um número divisı́vel por 8.
Exemplo 39.
a) 39736 é divisı́vel por 8, pois 736 = 8 × 92;
b) 878162 não é divisı́vel por 8, pois 162 não é divisı́vel por 8.
Prof. Me. Artur Silva Santos 23

ATENÇÃO!.
As potências de 10, a partir de 1000, são todas divisı́veis por 8.
Porém, 10 e 100 não são divisı́veis por 8. Por exemplo,
a) 1000 = 8 × 125;
b) 10000 = 8 × 1250;
c) 1000000 = 8 × 125000.

FIQUE SABENDO!.
Para saber o resto da divisão de um número inteiro por 8, basta
calcular o resto da divisão dos três últimos algarismos por 8.

Exemplo 40. Calcular o resto da divisão, de cada número a seguir, por 8.


a) 218576436
Resolução: basta calcular o resto da divisão de 436 por 8. Daı́,
436
= 54 com resto 4.
8
b) 5398840315.
Resolução: basta calcular o resto da divisão de 315 por 8. Assim,
315
= 39 com resto 3.
8

Divisibilidade por 9: um número inteiro é divisı́vel por 9 quando a soma dos


valores absolutos de seus algarimos forma um número divisı́vel por 9.
Exemplo 41. O número 32697 é divisı́vel por 9.
De fato: como 3 + 2 + 6 + 9 + 7 = 27 e como 27 é divisı́vel por 9, então 32697 é
divisı́vel por 9.

Divisibilidade por 10: um número inteiro é divisı́vel por 10 quando o último


algarismo for 0.
Exemplo 42. O número 582690 é divisı́vel por 10, pois termina em 0.

Divisibilidade por 11: um número inteiro é divisı́vel por 11 quando a diferença


entre a soma dos valores absolutos dos algarismos de ordem ı́mpar e a soma
do algarismos de ordem par for igual a 0 ou 11.
Exemplo 43.
a) O número 632610 é divisı́vel por 11.
De fato: sejam 6 + 2 + 1 = 9 a soma dos algarismos de ordem ı́mpar (SI) e
3 + 6 + 0 = 9 a soma dos algarismos de ordem par (SP). Então, SI − SP resulta
9 − 9 = 0.
Prof. Me. Artur Silva Santos 24
Como SI − SP = 0, então o número 632610 é divisı́vel por 11.
b) O número 94578 é divisı́vel por 11.
De fato: sejam 9 + 5 + 8 = 22 a soma dos algarismos de ordem ı́mpar (SI)
e 4 + 7 = 11 a soma dos algarismos de ordem par (SP). Então, SI − SP resulta
22 − 11 = 11.
Como SI − SP = 11, então o número 94578 é divisı́vel por 11.

Divisibilidade por 12: um número inteiro é divisı́vel por 12 quando ele é


divisı́vel por 3 e por 4 ao mesmo tempo.

Exemplo 44. O número 7320 é divisı́vel por 12.


De fato: como 7 + 3 + 2 + 0 = 12 e 12 é divisı́vel por 3, então 7320 é divisı́vel
por 3. Note que 20 são os dois últimos algarismos e 20 é divisı́vel por 4. Logo,
7320 é divisı́vel por 4.
Portanto, 7320 é divisı́vel por 12 pois é divisı́vel por 3 e por 4 ao mesmo
tempo.

Divisibilidade por 15: um número inteiro é divisı́vel por 15 quando ele é


divisı́vel por 3 e por 5 ao mesmo tempo.

Exemplo 45. O número 4362105 é divisı́vel por 15.


De fato: como 4 + 3 + 6 + 2 + 1 + 0 + 5 = 21 e 21 é divisı́vel por 3, então 4362105
é divisı́vel por 3. Também é divisı́vel por 5, pois termina em 5.
Portanto, 4362105 é divisı́vel por 15 pois é divisı́vel por 3 e por 5 ao mesmo
tempo.
25

CAPÍTULO 4

NÚMEROS PRIMOS E NÚMEROS COMPOSTOS

Nesta capı́tulo, usaremos os conceitos de múltiplos e divisores (que também


chamamos de fatores).

FIQUE SABENDO!.
Um número inteiro positivo p é chamado de número primo quando
seus únicos divisores são o número 1 e ele mesmo.

Exemplo 46. Os números 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17 e 19 são primos, pois os seus únicos
divisores são, o número 1 e ele mesmo.

ATENÇÃO!.
O número 2 é o único número primo par.

4.1 Reconhecimento de um número primo

FIQUE DE OLHO!.
Para verificar se um número é primo ou não, basta dividir
esse número pelos números primos 2, 3, 5, 7, 11, etc., até obter uma
divisão com resto zero ou uma divisão com quociente menor
que o divisor e o resto diferente de zero.
No caso da divisão com resto zero, o número não é primo. Caso
contrário, o número é primo.
Prof. Me. Artur Silva Santos 26
Exemplo 47. Verificar se os números abaixo são primos ou não.
a) 131.
Verificação: sejam
• 131 não é divisı́vel por 2, pois não é par.
• 1 + 3 + 1 = 4 e 4 não é divisı́vel por 3, portanto 131 não é divisı́vel por 3.
• 131 não é divisı́vel por 5, pois não termina em 0 nem em 5.
131
• 131 não é divisı́vel por 7, pois = 18 com resto 5. O quociente 18 é maior
7
que o divisor 7 e o resto é diferente de zero.
131
• = 11, com resto zero.
11
Como 131 dividido por 11 deixa resto zero, então 131 é umm número não
é primo.

b)277.
Verificação: sejam
• 277 não é divisı́vel por 2, pois não é par.
• 2 + 7 + 7 = 16 e 16 não é divisı́vel por 3, portanto 277 não é divisı́vel por 3.
• 289 não é divisı́vel por 5, pois não termina em 0 nem em 5.
277
• 289 não é divisı́vel por 7, pois = 39 com resto 4. O quociente 39 é maior
7
que o divisor 7 e o resto é diferente de zero.
277
• 277 não é divisı́vel por 11, pois = 25 com resto 2. O quociente 25 é maior
11
que o divisor 11 e o resto é diferente de zero.
277
• 277 não é divisı́vel por 13, pois = 21 com resto 4. O quociente 21 é maior
13
que o divisor 13 e o resto é diferente de zero.
277
• 277 não é divisı́vel por 17, pois = 16 com resto 5. O quociente 16 é menor
17
que o divisor 17 e o resto é diferente de zero.
Como 277 dividido por 17 tem quociente 16 e resto 5, então 277 é um
número primo, pois o quociente é menor que o divisor e além disso, o resto é
diferente de zero.

4.2 Decomposição em fatores primos

NÃO ESQUEÇA!.
Um número inteiro positivo p é chamado de número composto
quando ele pode ser decomposto num produto de dois ou mais fatores
primos não necessariamente distintos.
Prof. Me. Artur Silva Santos 27
Exemplo 48. Os números a seguir são compostos.
a)12
De fato: 12 = 2 × 2 × 3 ou 12 = 22 × 3.
b) 210
De fato: 210 = 2 × 3 × 5 × 7.

FIQUE POR DENTRO!.


Todo número inteiro não-primo é composto.

FIQUE SABENDO!.
Todo número inteiro positivo, maior que 1, pode ser decomposto num
produto de dois ou mais fatores primos. Tal decomposição é chamada
de fatoração.

FIQUE DE OLHO!.
DISPOSITIVO PRÁTICO PARA FATORAÇÃO
Para fatorar um número composto, basta seguir os passos a seguir.
Passo 1: traçar uma linha vertical à direita do número.
Passo 2: dividir o número pelo seu menor divisor primo e
escrever o divisor primo à direita da linha vertical.
Passo 3: dividir o quociente obtido no passo 2 pelo seu
menor divisor primor e escrever o divisor primo à direita da
linha vertical.
Passo 4: dividir o quociente obtido no passo 3 pelo seu
menor divisor primor e escrever o divisor primo à direita da
linha vertical.
De modo análogo, seguimos conforme os passos acima até
obter o quociente 1.

Exemplo 49. Decompor o número 520 em fatores primos.


Resolução: usando o dispositivo prático para fatoração, obtemos
520 2
260 2
130 2
65 5
13 13 = 23 × 5 × 13
1
Prof. Me. Artur Silva Santos 28
Logo, 520 = 23 × 5 × 13.
Prof. Me. Artur Silva Santos 29

4.3 Quantidade de divisores de um número

ATENÇÃO!.
Para calcular a quantidade de divisores de um número composto,
basta fatorar o número e fazer o produto de cada expoente acrescido
de uma unidade.

Exemplo 50. Calcular o número de divisores do número 450.


Resolução: usando o dispositivo prático para fatoração, obtemos
450 2
225 3
75 3
25 5
5 5 = 2 × 32 × 52
1
Logo, 450 = 2 × 32 × 52 .
Note que, 
1 é o expoente do fator 2 =⇒ 1 + 1 = 2 


2 é o expoente do fator 3 =⇒ 2 + 1 = 3 =⇒ 2 × 3 × 3 = 18.



2 é o expoente do fator 5 =⇒ 5 + 1 = 3


Portanto, o número 450 possui 18 divisores.

4.4 Conjunto dos divisores de um número

NÃO ESQUEÇA!.
Para encontrar o conjunto dos divisores de um número, que é
finito, basta seguir os passos abaixo.
Passo 1: decompor o número em fatores primos.
Passo 2: traçar uma linha vertical à direita dos fatores primos
e escrever o número 1 acima do 1º fator primo.
Passo 3: multiplicar os fatores primos pelos números acimas
da coluna da direita, escrevendo o resultado à direita sem os
repetir.

ATENÇÃO!. Os divisores já obtidos não precisam ser repetidos.

Exemplo 51. Encontrar o conjunto dos divisores do número 450.


Resolução: vamos encontrar os divisores passo a passo.
Prof. Me. Artur Silva Santos 30
Passo 1: decompor o número em fatores primos.
450 2
225 3
75 3
25 5
5 5
1

Passo 2: traçar uma linha vertical à direita dos fatores primos e escrever o número
1 acima do 1º fator primo.
1
450 2
225 3
75 3
25 5
5 5
1

Passo 3: multiplicar os fatores primos pelos números acimas da coluna da direita,


escrevendo o resultado à direita sem os repetir.
1
450 2 2
225 3 3, 6
75 3 9, 18
25 5 5,10, 15, 30, 45, 90
5 5 25, 50, 75, 150, 225, 450
1

Logo, D(450) = {1, 2, 3, 5, 6, 9, 10, 15, 18, 25, 30, 45, 50, 75, 90, 150, 225, 450}.

4.5 Máximo divisor comum

NÃO ESQUEÇA!.
O maior divisor comum entre dois ou mais números, denotado por
mdc, é chamado máximo divisor comum desses números.

Exemplo 52. Calcular o mdc entre os números 20 e 40.


Resolução: vamos resolver passo a passo.
1º passo: calcular individualmente os divisores de 20 e 40.
Prof. Me. Artur Silva Santos 31
D(20) = {1, 2, 4, 5, 10, 20}.
D(40) = {1, 2, 4, 5, 10, 20, 40}.
2º passo: calcular a interseção entre os divisores de 20 e 40.
D(20) ∩ D(40) = {1, 2, 4, 5, 10,✚✚ ∩ {1, 2, 4, 5, 10, ✚
20} ✚ 40} = {20}.
20,
Conclusão: mdc(20, 40) = 20.
Prof. Me. Artur Silva Santos 32

4.5.1 Propriedades do máximo divisor comum

Propriedade 1: o mdc entre dois ou mais números, quando


fatorados é o produto dos fatores comuns a eles, cada um elevado ao
menor expoente.

Exemplo 53. Calcular o mdc entre os números 36, 84 e 90.


Resolução: sejam os divisores de cada número.
D(36) = 22 × 32 .
D(84) = 22 × 3 × 7.
D(90) = 22 × 32 × 5.
Observe que os divisores comuns dos três números são: 2 e 3. Como o menor
expoente de 2 é 2 e o menor expoente de 3 é 1, então
mdc(36, 84, 90) = 22 × 3 = 4 × 3 = 12.
Exemplo 54. Calcular o mdc entre os números 30, 480 e 840.
Resolução: sejam os divisores de cada número.
D(30) = 2 × 3 × 5.
D(480) = 25 × 3 × 5.
D(840) = 23 × 3 × 5 × 7.
Note que os divisores comuns dos três números são: 2, 3 e 5. Como o menor
expoente de 2 é 1, o menor expoente de 3 é 1 e o menor expoente de 5 é 1, então
mdc(30, 480, 840) = 2 × 3 × 5 = 30

Propriedade 2: dois ou mais números são primos entre si quando


o máximo divisor comum entre eles é o número 1.

Exemplo 55.
a) mdc(17, 100) = 1, pois 17 e 100 são primos entre si;
b) mdc(25, 60) = 5, pois 25 e 60 não são primos entre si.

Propriedade 3: dados dois ou mais números, se um deles é divisor


de todos os outros, então ele é o mdc dos números dados.

Exemplo 56. Calcular o mdc entre os números 21, 378 e 420.


Resolução: sejam
D(21) = 3 × 7.
Prof. Me. Artur Silva Santos 33
D(378) = 2 × 33 × 7.
D(420) = 23 × 3 × 5 × 7.
Como 21 divide 378 e 420, então o mdc(21, 378, 420) = 21.

4.5.2 Processo das divisões sucessivas para calcular o mdc

Neste processo efetuamos várias divisões até chegar a uma divisão exata. Para
isso, vamos lançar mão de um dispositivo prático chamado algoritmo de Euclides.

ATENÇÃO!.
O divisor da divisão exata no processo do algoritmo de Euclides é
o mdc entre os números em questão.

FIQUE DE OLHO!.

ALGORITMO DE EUCLIDES
Passo 1: dividir o número maior pelo número menor.
Passo 2: dividir o divisor do passo 1 pelo resto da divisão do
passo 1.
Passo 3: dividir o divisor do passo 2 pelo resto da divisão do
passo 2.
De modo análogo, seguimos conforme os passos acima até
obter uma divisão exata. O mdc entre os numeros dados é o
divisor da divisão exata.

Exemplo 57. Calcular o mdc entre os números 49 e 84.


Passo 1 Passo 2 Passo 3 Passo 4
Quociente → 1 1 2 2
84 49 35 14 7
Resto → 35 14 7 0
Como 7 é o divisor da divisão exata, então o mdc(49, 84) = 7.
Exemplo 58. Calcular o mdc entre os números 12588 e 6345.
Passo 1 Passo 2 Passo 3 Passo 4 Passo 5 Passo 6
Quociente → 1 1 61 4 1 1
12588 6345 6243 102 21 18 3
Resto → 6243 102 21 18 3 0
Prof. Me. Artur Silva Santos 34
Como 3 é o divisor da divisão exata, então o mdc(12588, 6345) = 3.

4.6 Minı́mo múltiplo comum

ATENÇÃO!.
O menor múltiplo comum é outra utilização da decomposição em
números primos.

Definição 2. Sejam a e b dois números inteiros positivos, com b , 0.


Dizemos que a é múltiplo de b, se a é divisı́vel por b.
O conjunto dos múltiplos do número a será denotado por M(a).

FIQUE POR DENTRO!.


Os múltiplos de um número são calculados multiplicando-se esse
número por cada elemento do conjunto dos números naturais.

Exemplo 59. Calcular os múltiplo de 5.


Resolução: basta multiplicar 5 por cada elemento do conjunto N. Assim,
M(5) = {5 × 0, 5 × 1, 5 × 2, 5 × 3, 5 × 4, 5 × 5, . . .}
= {0, 5, 10, 15, 20, 25, . . .}.

ATENÇÃO!.
1. Um número tem infinitos múltiplos.
2. Zero é múltiplo de qualquer número inteiro positivo.

NÃO ESQUEÇA!.
O menor múltiplo comum entre dois ou mais números, diferentes
de zero, denotado por mmc, é chamado mı́nimo múltiplo comum
desses números.
Prof. Me. Artur Silva Santos 35

FIQUE DE OLHO!.
Um número inteiro positivo m é o mı́nimo múltiplo comum entre
os números não nulos a e b, denotado por mmc(a, b) = m, quando
satisfaz as condições a seguir.
i) m > 0.
ii) m é divisı́vel por a e por b.
iii) Se existe um inteiro positivo c > 0 tal que c é divisı́vel por a e
por b, então m ≤ c.

4.6.1 Processo para calcular o mmc

Utilizaremos a fatoração para calcular o mmc entre dois ou mais números


inteiros positivos, conforme os casos a seguir.
Caso 1: decomposição separada dos números em fatores primos.
Neste caso, o mmc é o produto dos fatores comuns e não-comuns a eles, cada
um elevado ao maior expoente.
Exemplo 60. Calcular o mı́nimo comum entre os números 15, 18 e 84.
Resolução: sejam os divisores dos números
D(15) = 3 × 5
D(18) = 2 × 32
D(84) = 22 × 3 × 7
Como a maior potência de 2 é 2, a maior potência de 3 é 2, a maior potência de
5 é 1 e a maior potência de 7 é 1. Então, mmc(15, 18, 84) = 22 × 32 × 51 × 71 = 1260.

Caso 2: decomposição simultânea dos números em fatores primos.


Neste caso, todos os números são fatorados ao mesmo tempo e o mmc é o
produto dos fatores primos comuns e não-comuns a eles.

ATENÇÃO!.
Quando o fator primo não for divisor comum a todos os números, o
número não decomposto deverá ser repetido.

Exemplo 61. Calcular o mmc entre os números 90, 144 e 162.


Resolução: vamos calcular o mmc passo a passo, conforme a seguir.
Passo 1: traçar uma linha vertical à direita dos números e decompor todos, ao
mesmo tempo, em fatores primos. Em seguida, escrever os fatores primos à direita
da linha vertical.
Prof. Me. Artur Silva Santos 36
90, 144, 162 2
45, 72, 81 2
45, 36, 81 2
45, 18, 81 2
45, 9, 81 3
15, 3, 27 3
5, 1, 9 3
5, 1, 3 3
5, 1, 1 5
1, 1, 1

Passo 2: multiplicar todos os fatores primos obtidos na decomposição do passo 1. O


mmc é o resultado do produto. Desde modo,
mmc(90, 144, 162) = 2 × 2 × 2 × 2 × 3 × 3 × 3 × 3 × 5 = 6480.

4.6.2 Propriedades do mmc

Propriedade 1: dados dois ou mais números, se um deles é múltiplo


de todos os outros, então ele é o mmc entre eles.

Exemplo 62. Calcular o mmc entre os números 9, 27 e 81.


Resolução: usando o processo para calcular o mmc, temos
9, 27, 81 3
3, 9, 27 3
1, 3, 9 3
1, 1, 3 3
1, 1, 1 /3 × 3 × 3 × 3 = 81

Como 81 é múltiplo de 9 e de 27, então 81 é o menor múltiplo comum entre 9,


27 e 81. Ou seja, mmc(9, 27, 81) = 81.

Propriedade 2: o mmc entre dois ou mais números primos entre si é


o produto entre eles.

Exemplo 63. Calcular o mmc entre os números 2, 7 e 13.


Resolução: usando o processo para calcular o mmc, temos
2, 7, 13 2
1, 7, 13 7
1, 1, 13 13
1, 1, 1 / 2 × 7 × 13 = 182
Como os números 2, 7 e 13 são primos entre si, então o mı́nimo múltiplo
comumo entre eles é o produto entre eles. Isto é, mmc(2, 7, 13) = 2 × 7 × 13 = 182.
Prof. Me. Artur Silva Santos 37

Respostas da primeira lista de terapias

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
 18  65   154 60 28 1530 2520 180 E C D

1. 3-4-2-1-3-2-1 3. V-F-F-V 5. 15h25mim 6. 4-3-1-2-3-1-2

Respostas da segunda lista de terapias

1a 1b 1c 1d 1e 1f 1g 1h 1i 1j 1k 1l 2a 2b 3
22 20 2 -4 132 -3 169 5 -128 17 -21 7 -10ºC +25ºC E
4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
 B C 89 300 A

4a. +R$ 100,00 4b. -R$ 65,00

7. Resolução: sejam 10 o menor número formado por dois algarismos e 99 o


maior. Então, 99 - 10 = 89.

8. Resolução: sejam 100 o menor número formado por três algarismos e 200 o
maior. Então, 100 + 200 = 300.

8. Resolução: como um ano bissexto tem 366 dias, então dois anos bissextos é
igual a 2 · 366 = 732 dias.
38

REFERÊNCIAS

Básica

1. BIGODE, A.J.L. Coleção matemática hoje é feita assim. 5ª a 8ª séries. São


Paulo: FTD, 2000.
2. BONJORNO, J.R; BONJORNO, R.A. Pode contar comigo. 3ª série. São Paulo,
FTD, 2001.
3. DOMINGUES, H.H. Fundamentos de aritmética. São Paulo: Atual 1998.
4. IEZZI, Gelson; MURAKAMI, Carlos. Fundamentos de matemática
elementar: conjuntos e funções. 9. ed. São Paulo: Atual, 2013. 416p. v.1.
5. SILVA, E.R. Matemática criativa. 4ª série. São Paulo: Saraiva, 2003.

Complementar

1. ANDRETTA, M.; GRASSESCHI, M.; SANTOS, Aparecida. PROMAT 4 - Projeto


Oficina de Matemática. Editora FTD.
2. BIANCHINI, E. Matemática. 5. ed. São Paulo: Moderna, 2002.
3. IMENES, L.M.P.; LELLIS, I. Matemática 5ª a 8ª séries. São Paulo: Scipione,
1997.
4. KAMII, Constance; DECLARK, Geórgia. Reinventando a aritmética. 6.ed.
Papirus.
5. PARÂMETROS CURRIULARES NACIONAIS: matemática (5ª a 8ª séries). MEC.
Brası́lia, 1998.
6. BERLINGHOFF, William P. A matemática através dos tempos: um guia fácil
e prático para professores e entusiastcas. Tradução, prefácio e notas de Elza
Gomide e Helena Castro. São Paulo: Edgar Blücher, 2008.
7. VICENTINO, C. História Geral. São Paulo: Scipione, 1997.

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