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CONHEÇA A ELETROELETRÔNICA BÁSICA

Eng. Mecânico e Técnico Segurança do Trabalho – Edval Piatti


Instrutor SENAR – AR/SP
1. BREVE HISTÓRICO

As primeiras observações a respeito da


eletricidade remontam da Grécia antiga, quando
o filósofo Tales de Mileto (640 - 546 a.C)
observou que o âmbar atritado era capaz de
atrair pequenos objetos (era a carga elétrica
estática).
Tales de Mileto
1. BREVE HISTÓRICO

Mas teoria da eletricidade começou a


fundamentar-se, de fato, ao que tudo indica, com as
teorias de Benjamin Franklin (1706 - 1790). Ele
considerava a eletricidade como um fluxo invisível
que "escoava" de um corpo a outro. Se esse fluxo
ocorresse de um corpo com mais "fluido" para um
corpo com menos "fluido", dizia-se que os corpos
eram positivos e negativos respectivamente.

Benjamin Franklin
1. BREVE HISTÓRICO
Charles Coulomb aperfeiçoou os conceitos sobre cargas elétricas em meados do
século XVIII. O século XIX testemunhou uma rápida expansão sobre o conhecimento da
eletricidade e do magnetismo, culminando com as grandes experiências de Michael
Farady (1791 - 1867) e James Clark Maxwell.

Michael Farady
1. BREVE HISTÓRICO
Na primeira metade deste século, Georg Simon Ohm desenvolveu a lei de
Ohm, relacionado os conceitos de proporção entre corrente e tensão.
1. BREVE HISTÓRICO

Nesse mesmo período Gustav Robert Kirchoff


desenvolveu as chamadas "Leis de Kirchoff". Em
1897, o físico inglês J. J. Thomson descobriu o elétron
e determinou que sua carga era negativa. Em 1909, o
físico americano Robert Millikan descobriu que a
carga elétrica podia ser quantificada.

J. J. Thomson
1. BREVE HISTÓRICO
Assim os conceitos em eletricidade e suas
teorias foram sendo desenvolvidas até que,
finalmente em 1949 , John Barbeen, Walter Bratain e
Willian Shokley, todos da Bell Telephone Laboratories
iniciaram uma revolução na eletrônica, com a
invenção do transístor. Da invenção do transistor até
os dias de hoje a eletrônica têm tomado cada vez
mais e com maior intensidade todas as áreas,
revolucionando o modo de vida contemporâneo.

Vídeo de Introdução
2. Estrutura atômica da matéria
Antes de iniciarmos nossas discussões a respeito dos componentes e
dispositivos eletroeletrônicos, vamos recordar e firmar alguns conceitos que
definem as diferenças entre os materiais do ponto de vista atômico.
2.1. O átomo e os materiais
Quando o átomo foi descoberto, os cientistas acreditavam que essa seria a
menor partícula em que a matéria poderia se dividir, e por isso o seu nome (A = não ;
TOMO = divisível). De um modo geral, para efeito dos estudos em eletricidade, o
átomo pode ser dividido em duas partes distintas : o núcleo e o orbital de elétrons. O
núcleo é formado basicamente por partículas carregadas positivamente (os prótons)
e por partículas sem carga relevante, também chamadas neutras (os neutrons). O
orbital de elétrons ou simplesmente eletrosfera é composta pelos elétrons que são
partículas carregadas negativamente. É basicamente na eletrosfera que está a
diferença entre por exemplo, um material condutor e um material isolante.
2.1. O átomo e os materiais
No material isolante os átomos estão fortemente
ligados ao núcleo por uma força de atração, de modo que
não existem elétrons circulando pela estrutura do material.
Para romper-se com essa ligação entre elétron e núcleo é
necessário fornecer à estrutura muita energia, por
exemplo na forma de calor ou potencial elétrico. Quanto
mais perto do núcleo está o elétron, mais forte é a força
que os une. Do mesmo modo, quanto mais forte a atração
entre elétron e núcleo, melhor o isolante (com algumas
ressalvas).
2.1. O átomo e os materiais
Dizemos nesse caso que os elétrons têm um nível de energia muito baixo. No material
condutor, os átomos das camadas superiores possuem níveis de energia relativamente altos,
desprendendo-se facilmente do "laço" com o núcleo. Normalmente os metais possuem em
sua última camada (chamada camada de valência) elétrons livres que dão ao material
propriedades condutoras.
2.1. O átomo e os materiais
Da mesma forma que no material isolante, mas de maneira inversa, quanto mais
afastado no núcleo está o elétron, melhor condutor será o material. Em qualquer material
sólido, podemos descriminar esta "distancia" assumida pelos elétrons (que são os níveis de
energia) como o que chamaremos de bandas de energia.
Vamos observar a figura a seguir:
2.1. O átomo e os materiais
Podemos observar que na estrutura de bandas acima, os elétrons podem assumir dois
níveis : - O nível inferior onde o elétron está preso por ação de uma força ao núcleo e o nível
superior onde o elétron pode circular livremente de modo a tornar o material condutor. Existe
entre estes níveis uma região onde o elétron não pode permanecer, é a chamada região
proibida ou simplesmente GAP. Quanto maior o gap do material, menor a possibilidade do
material de tornar-se condutor. Vamos observar as diferenças entre um isolante e um
condutor:
2.1. O átomo e os materiais
Como podemos notar, nos materiais condutores praticamente não existe um
gap definido, porque as bandas de condução e valência se confundem umas nas
outras. Já nos materiais isolantes o gap é muito grande e os elétrons que estão na
banda de valência têm que superar um obstáculo muito grande para atingir a banda
de condução. Este aspecto basicamente define as diferenças entre as propriedades
condutoras ou isolantes de um sólido qualquer. Mais adiante veremos que um
material semicondutor tem características bem definidas com relação às bandas de
valência e condução e que o dimensionamento do gap é muito importante nesses
materiais.
2.2. Grandezas físicas e elétricas
Pode ser definido como grandeza, de um modo geral tudo
aquilo que pode ser atribuído a uma certa quantidade e dessa forma
tornar-se mensurável, ou seja, qualquer coisa que represente um valor
ou uma quantidade definida em uma certa unidade de medição é uma
grandeza. São exemplos de grandezas : - Velocidade -Aceleração -
Pressão - Intensidade de luz - Calor E todas essas grandezas podem ser
medidas e associadas a uma unidade, por exemplo : - A velocidade é
medida em metros por segundo (m/s). - A aceleração é medida em
metros por segundo ao quadrado (m/s²). - A pressão pode ser medida,
por exemplo, em milímetros de mercúrio (mmHg).
2.2. Grandezas físicas e elétricas
São esses apenas alguns exemplos de uma
infinidade de grandezas que existem.
Passaremos agora a discutir com ênfase uma
série de grandezas que fazem parte do rol das
grandezas elétricas fundamentais. MÚLTIPLOS E
SUBMÚLTIPLOS DE GRANDEZAS : Muitas vezes uma
grandeza assume valores muito grandes ou muito
pequenos, tornando inviável a sua representação na
unidade corrente.
2.2. Grandezas físicas e elétricas
Dessa maneira, existem alguns "multiplicadores " que ajudam a representar os
valores das grandezas de forma mais "agradável". Vejamos alguns múltiplos e submúltiplos
fundamentais em eletrônica:
2.3. Tensão elétrica
Podemos definir a tensão elétrica em um circuito como sendo a diferença de
potencial entre dois pólos distintos. Em todo circuito elétrico é necessário a
existência de uma fonte de tensão (ou fonte de corrente em alguns casos, como
veremos mais adiante) para fornecer energia ao circuito. No S.I (Sistema
Internacional) a tensão elétrica, cujo símbolo é a letra U, é medido em volts (V). A
notação dessa grandeza deve ser feita da seguinte maneira:
2.3. Tensão elétrica

Muitas vezes, para efeito didático,


considera-se a letra V como sendo o símbolo da
tensão. No nosso caso utilizaremos a notação V,
(pelo motivo citado anteriormente) muito
embora a notação U seja a recomendado ao
utilizarmos as unidades no SI.
2.4. Tensão alternada
É aquela que varia no tempo, ou seja, é o tipo de tensão que descreve uma
função que varia de valor com o passar do tempo. A mais comum das tensões
alternadas é a tensão senoidal, que assume uma infinidade de valores no decorrer do
tempo. É importante notar que uma tensão alternada oscila em uma determinada
frequência.
2.5. Tensão contínua
Pode ser definida como a tensão que descreve uma constante, ou seja,
seu valor não varia ao longo do tempo. Notar, portanto, que uma tensão contínua
não "tem" frequência.
2.6. TENSÃO DE PICO
Vamos considerar a figura abaixo:

Esta onda senoidal é um gráfico do tipo : v = Vp sen θ onde :


v = tensão instantânea
Vp = Tensão de pico θ
= ângulo em graus
Observe que a tensão aumenta de zero até o máximo positivo em 90°, diminui para
zero novamente 180° , atinge um máximo negativo em 270° e volta a zero em 360°.
2.6. TENSÃO DE PICO

O valor de pico é o máximo valor atingido em cada semiciclo. O valor de pico


a pico desse sinal ( ou de qualquer outro ) é a diferença entre o seu máximo e
mínimo algébrico : Vpp = Vmax - Vmin Para a senóide acima, o valor de pico a pico
será portanto de : Vpp = Vp - (-Vp) = 2Vp , ou seja, o valor de pico a pico de uma onda
senoidal é o dobro do valor de pico.
2.7. Valor de tensão eficaz (RMS)
Se uma tensão senoidal aparecer através de um resistor, ela produzirá uma
corrente senoidal em fase através do resistor (como firmaremos mais adiante) . O
produto da tensão instantânea pela corrente dá a potência instantânea, cuja média
durante um ciclo resulta numa dissipação média de potência (também este tópico
será melhor discutido adiante).
2.7. Valor de tensão eficaz (RMS)
Em outras palavras, o resistor dissipa uma quantidade constante de calor como se
houvesse uma tensão contínua através dele. Podemos definir o valor rms de uma onda
senoidal, também chamado de valor eficaz ou valor de aquecimento como a tensão contínua
que produz a mesma quantidade de calor que a onda senoidal. Matematicamente, a relação
entre a tensão rms e de pico é a seguinte: Vrms = 0,707 Vp
2.8. Valor médio de tensão
O valor médio de uma onda senoidal ao longo de um ciclo é zero, porque a
onda senoidal é simétrica, ou seja, cada valor positivo da primeira metade é
compensado por um valor igual negativo. Veremos mais adiante, após o estudo de
circuitos retificadores, como obter um valor médio de tensão a partir de uma onda
senoidal retificada.
2.9. Medição de tensão contínua e
alternada com o multímetro
Quando utilizamos um multímetro para medições de
tensão em cc , o valor obtido será sempre o valor médio da
tensão, ou seja, um multímetro em escala de tensão cc mede
valores médios. Quando utilizarmos um multímetro para
medições de tensão ac, o valor obtido será sempre o valor eficaz
de tensão, ou seja, um multímetro em escala de tensão ac mede
valores em rms. Na prática isso significa que se medirmos com
um multímetro um valor de tensão cc e um valor de tensão ac
iguais, ambas as tensões produzirão sobre um mesmo resistor a
mesma dissipação de potência.
2.10. Tensão em circuitos trifásicos senoidais
Uma particularidade dos circuitos trifásicos é que a fase de cada senóide fica
defasada uma das outras em 120°, de modo que cada fase assume valores instantâneos
diferentes no mesmo instante, o que resulta em um valor de tensão eficaz entre fases
distinto do circuitos monofásicos. Vejamos o circuito abaixo:
2.10. Tensão em circuitos trifásicos senoidais
No caso do nosso exemplo, a tensão medida, por exemplo entre os pontos
A e B, será de 220V. Chamaremos a essa tensão entre fontes de tensão de linha .
A relação entre tensão e fase (Vf) e tensão de linha (Vl) é aproximadamente a
seguinte : Vl = Vf x 1,732 Sendo que a constante 1,732 é a aproximação da raiz
quadrada de três. Essa noção de tensão de linha e tensão de fase será
imprescindível nos tópicos posteriores quando discutiremos corrente e potência
em circuitos trifásicos. Por fim, será importante ter em mente que em circuitos
trifásicos em configuração triângulo a tensão de saída será sempre a tensão de
linha, pois Vl = Vf.
2.10. Tensão em circuitos trifásicos senoidais
A tensão de cada fonte geradora é de 127 V, de modo que nessa
configuração, chamada configuração em estrela, a tensão de cada fonte
independente, medida entre seu terminal e o terra será também de 127V.
Vamos chamar essa tensão entre fonte e terra de tensão de fase . Agora se
medirmos a tensão através de duas fontes geradoras, por exemplo entre os
pontos A e B, notaremos que a tensão não será o dobro de 127V (ou seja
254V) porque existe uma diferença de fase entre cada fonte geradora de
120°, resultando em um valor de tensão que leva em conta não só a
amplitude de cada fonte mas também a sua fase.
2.11. Fonte de tensão ideal

Uma fonte de tensão ideal ou perfeita produz uma tensão de saída que
não depende do valor da resistência de carga. Desse modo, uma fonte de tensão
ideal é aquela que tem uma resistência interna igual a zero. Nas fontes de tensão
reais, no entanto, não é possível obter-se uma resistência interna nula. À
resistência interna de uma fonte chamamos de resistência intrínseca.
2.11. Fonte de tensão ideal
Dependendo da aplicação que faremos de uma determinada fonte, sua
resistência intrínseca deve ser levada em conta. Esquematicamente a resistência
intrínseca deve ser colocada em série com a bateria.
A figura abaixo ilustra uma bateria real e uma bateria ideal:
2.12. Corrente elétrica
Podemos definir uma corrente elétrica como
sendo o fluxo ordenado de elétrons por um meio
condutor. De fato, ao submetermos um material
condutor a uma diferença de potencial, os elétrons
fluirão do ponto de maior concentração de elétrons para
o ponto de menor concentração com sentido ordenado.
O deslocamento dos elétrons pelo circuito recebe o
nome de fluxo (que é de fato a corrente). Esse fluxo pode
ser chamado de fluxo convencional ou fluxo eletrônico. A
diferença entre fluxo convencional e eletrônico pode ser
ilustrado com a figura ao lado:
2.12. Corrente elétrica
No fluxo eletrônico a corrente flui do pólo negativo
da bateria para o positivo, pois é o que ocorre realmente,
afinal o pólo negativo possui grande concentração de
elétrons, enquanto que o pólo positivo é carente de elétrons.
O fluxo ocorre justamente para que haja um equilíbrio entre
os pólos. No fluxo convencional a corrente flui do pólo
positivo para o negativo, de modo que esse sentido não
condiz com a realidade. No entanto, para efeito prático e
didático o fluxo convencional é largamente utilizado. No
nosso caso, a partir de agora utilizaremos o fluxo
convencional, salvo menção em contrário.
2.12. Corrente elétrica

No S.I a corrente elétrica , cujo símbolo é I, é medida em ampères ( A ).


A notação dessa grandeza deve ser feita da seguinte maneira : I = 10 A onde :
I - é a grandeza corrente
10 - é seu valor numérico
A - é a unidade em que o valor foi medido (ampères)
2.13. Resistência elétrica
Podemos definir resistência elétrica como sendo um
obstáculo à passagem da corrente elétrica oferecido por um
circuito. Em todo circuito elétrico existe uma resistência elétrica
qualquer que dificulta a passagem da corrente. Até mesmo um
condutor de cobre possui sua resistência à corrente. A resistência
elétrica , cujo símbolo é a letra R, é medida em Ohm ( Ω ). A
notação dessa grandeza deve ser feita da seguinte maneira: R = 100
Ω onde:
R - é a grandeza resistência
100 - é o seu valor numérico
Ω - é a unidade em que o valor foi medido ( Ohm )
2.14. Associação de resistências em série
A associação de resistências em série é feita de tal modo que o fim de uma
resistência fique interligado com o começo da outra. Esse é um tipo de circuito que oferece
um só caminho à passagem da corrente elétrica. Vejamos o esquema:

A resistência total ou equivalente do circuito será a soma das resistências parciais e,


portanto, a resistência total será maior que a maior resistência : Req = R1 + R2 + R3 + ... + Rn
Para o nosso exemplo a resistência equivalente será, portanto : Req = 10 + 30 + 20 +
40 = 100 Ω
2.15. Associação de resistências em paralelo
A associação de resistências em paralelo é feita de tal modo que todas
fiquem ligadas a um mesmo ponto ou "nó". Esse é um tipo de circuito que oferece
tantos cominhos à corrente elétrica quanto forem as resistências associadas.
Vejamos o esquema:
2.15. Associação de resistências em paralelo
A resistência equivalente do circuito será igual a soma de suas condutâncias, de modo
que a resistência final seja menor que a menor resistência do circuito:
1
Req = 1 1 1 1
( + + + …+ )
𝑅1 𝑅2 𝑅3 𝑅𝑛
Para o nosso exemplo a resistência equivalente será, portanto:
1
Req = 1 1 1 1 = Req 4,8 Ω.
( + + + )
10 30 20 40
É importante ressaltar que muitos circuitos podem fazer uma da combinação de
circuitos série e paralelo. Estas circuitos são os circuitos mistos, e uma forma de encontrar a
resistência equivalente nestes circuitos é minimizar partes a partir das associações
fundamentais. Veremos mais adiante quais são os componentes em eletrônica que oferecem
2.16. A lei de Ohm
Poderíamos afirmar que a Lei de Ohm é a lei fundamental da eletrônica. O enunciado
da lei de Ohm é o seguinte :
Num circuito elétrico fechado, a intensidade de corrente elétrica é diretamente
proporcional à tensão aplicada ao circuito e inversamente proporcional à resistência do
mesmo. Matematicamente essa lei pode ser expressa da seguinte maneira :

I = U / R onde:
I = intensidade de corrente em ampères
U = tensão aplicada ao circuito em volts
R = Resistência equivalente do circuito em ohms Exemplo : Em um circuito cuja resistência
equivalente é igual a 180 Ω, aplicou-se uma tensão de 24 V.
2.16. A lei de Ohm
Qual a corrente que flui pelo circuito?
Se : U = 24 V
R = 180 Ω
I = U / R = 24 / 180 = 0,13333 A ou 133 mA
As variações na fórmula da lei de Ohm podem ajudar a obter qualquer
uma das grandezas, tendo-se em mãos as outras duas ; dessa forma :
U=IxR
R=U/I
2.17. Potência elétrica
Fisicamente podemos definir potência como sendo a energia consumida
ou liberada em um intervalo de tempo. Em eletricidade, diz-se que a energia de
um Joule ( 1 J ) , liberada ou consumida em um segundo ( 1 s ) equivale a um
watt . De fato, a potência elétrica, cujo símbolo é a letra P, é medida em Watt (
W ). A notação para potência é a seguinte:
2.17. Potência elétrica
Ainda do ponto de vista elétrico, sempre que um circuito fechado, onde
existe uma tensão aplicada, tem uma corrente circulante, a potência "gasta" na
circuito será diretamente proporcional ao produto da tensão pela corrente no
circuito. Matematicamente, a potência elétrica é definida da seguinte maneira:
2.17. Potência elétrica
Exemplo: Em um circuito alimentado por uma tensão de 220 V, circula
uma corrente de 35 A. Qual a potência total do circuito?
2.19. Relação entre potência e a lei de Ohm

Finalmente, vamos procurar unir todas


a grandezas fundamentais da eletricidade em
um conjunto que possa expressar qualquer
valor de tensão, corrente, resistência ou
potência. O círculo de fórmulas ao lado
expressa todas as relações:
Questionário:
1. O que é eletricidade?
2. O que é Tensão continua e sua principal aplicação?
3. O que é Tensão alternada e sua principal aplicação?
4. O que é amperes?
5. O que é watts?
6. O que é ohm?
7. O que é tensão trifásica e quais são seus tipos de ligação?
8. Qual a importância da bitola dos fios na eletricidade?
Calcule as resistências dos circuitos abaixo:

75 30

75

20 75 35
Calcule as resistências dos circuitos abaixo:
Calcule as grandezas elétricas abaixo:

P=? U = 127 V P = 8,5 KW


U = 400 V R=? U=?
I = 30 A I = 0,060 A I = 35 A

P = 7000 W U = 380 V P=?


U = 220 V R = 450 Ω U = 28 V
I=? I=? I = 450 A

U = 24 V U = 127 V P = 12,5 KW
R = 150 Ω R=? U = 380 V
I=? I = 0,10 A I=?

U=? U=? P=?


R = 390 Ω R = 100 Ω U = 110 V
I = 0,044 A I = 0,089 A I = 90 A
Calcule as resistências dos circuitos abaixo:

75 30 105 Ω

75
235 Ω

20 75 35
185 Ω
3. COMPONENTES PASSIVOS DA ELETROELETRÔNICA

Conheceremos os componentes passivos da eletroeletrônica bem como


suas principais funções em um circuito.

Vídeo
3.1. Resistores
Um dos componentes mais versáteis em eletrônica, resistores são
componentes de circuitos elétricos que possuem a função de limitar os valores
da corrente elétrica de acordo com necessidades específicas. A sua função é resistir
à passagem da corrente elétrica, por isso, a maior parte deles é feita com carvão em
pasta, componente que é isolante elétrico. Quando um determinado circuito
elétrico for ilustrado, o símbolo abaixo será utilizado para identificar um resistor:
3.1.1. Especificações técnicas dos resistores
Os resistores devem ser especificados pelos seguintes itens:
- Valor em ohms
- Potência de dissipação em watts
- Tipo de material empregado na construção.
3.1.2. Valores padrão de resistores
Sabemos que é impossível fabricar e manter nos estoques das lojas, todo e qualquer
valor imaginável de resistores. Então os fabricantes encontraram a seguinte solução: adotar
um sistema de séries ou de grupos de valores que a partir de uma lógica, explicada a seguir, é
possível encontrar todos os valores de resistores que são comercializados. Veremos que
dentro dessa lógica existe um conceito importante, a tolerância, que é a diferença
percentual, para baixo ou para cima, entre o valor real e o valor nominal inscrito na peça.
Existem três séries comerciais de valores para resistores, sendo eles:
Série E6 - 1,0 - 1,5 - 2,2 - 3,3 - 4,7 - 6,8 (Tolerância 20% (Não tem a quarta faixa colorida).
3.1.2. Valores padrão de resistores

Série E12 - 1,0 - 1,2 - 1,5 - 1,8 - 2,2 - 2,7 - 3,3 - 3,9 - 4,7 - 5,6 - 6,8 - 8,2 (Tolerância 10%
(Quarta faixa na cor prateada).

Série E24 - 1,0 - 1,1 - 1,2 - 1,3 - 1,5 - 1,6 - 1,8 - 2,0 - 2,2 - 2,4 - 2,7 - 3,0 - 3,3 - 3,6 - 3,9 - 4,3 -
4,7 - 5,1 - 5,6 - 6,2 - 6,8 - 7,5 - 8,2 - 9,1 (Tolerância 5% (Quarta faixa na cor dourada).

É a partir desses números base que (em múltiplos e sub-multiplos) surgem todos
valores disponíveis no mercado, ou seja, basta multiplicar 10-1 ,100, 10, 102, 103, 104, 105,
106. Exemplo:
Com o número base 22, temos os seguintes valores nominais: 0,22 – 2,2 – 22 – 220 – 2K2 –
22K – 220K – 2M2.
3.1.3. Códigos de cores

Em resistores com tamanho muito reduzido fica inviável a impressão


do valor da resistência no corpo do componente. Então, foi criado um
código de cores que nos indica além da resistência em ohm, a tolerância do
resistor analisado.
3.1.3. Códigos de cores
3.1.4. Resistores Variáveis (Potenciômetros)
São resistores capazes de variar suas resistências dentro de uma faixa de
valores determinada através do deslocamento manual de alguma haste.
3.1.5. Varistores
São resistores que possui sua resistência alterada de forma inversamente
proporcional a tensão aplicada nos seus terminais, ou seja, conforme a tensão
aumenta, a resistência diminui. Devido a essa capacidade são muito utilizados como
dispositivo de proteção contra picos de tensão, pois limita a tensão do circuito
conectado em paralelo com o varistor.
3.1.6. Termistores
São resistores que de acordo com a temperatura na qual estão submetidos possuem
sua resistência alterada de forma não linear. Dois tipos de termistores se destacam: O PTC
(Positive Temperature Coefficient), ou seja, a medida que a temperatura aumenta, sua
resistência também aumenta e o NTC (Negative Temperature Coefficient), ou seja, a medida
que a temperatura aumenta, sua resistência diminui.
3.1.7. LDR (Light dependent Resistor)
São resistores quem tem sua resistência elétrica alterada conforme a intensidade
da incidência da luz no qual está submetido. Na medida em que mais luz incide no LDR
sua resistência diminui, e assim como a intensidade diminui, sua resistência aumenta.
3.2. Capacitor
É um componente eletrônico construído a partir de duas placas ou
superfícies (armadura) condutoras, separadas por um meio isolante (dielétrico). O
capacitor possui a propriedade de acumular cargas elétricas em sua estrutura, e a
essa propriedade chamamos de Capacitância, sendo definida por:
3.2. Capacitor
E devido a essa propriedade, podemos afirmar que o capacitor é capaz de
armazenar energia no campo elétrico estabelecido pela diferença de potencial aplicada em
seus terminais.
De forma similar aos resistores, os capacitores também possuem séries de
números básicos que geram os valores dos capacitores encontrados comercialmente.
3.2. Capacitor
Dentre elas a mais comum é a E-12 com os seguintes valores:
Série E12 - 10–12–15–18–22–27–33–39–47–56–68–82
Por exemplo, número básico 22 gera os seguintes valores:
2p2F – 22pF - 220pF – 2n2F – 22nF – 220nF - 22pF
2μ2F – 22μF - 220μF – 2.200μF – 22.000μF
3.2. Capacitor
Os capacitores em geral possuem
diversas formas, tamanhos e modelos.
Normalmente alguns modelos são mais
indicados para determinadas aplicações por
exemplo, o capacitor de plate e o cerâmico
são bem pequenos fisicamente se apresentam
com uma grande diversidade de valores baixos
de capacitância.
3.2. Capacitor
O capacitor de poliéster é um dos tipos mais
comuns, alguns possuem faixas coloridas para leitura
da sua capacitância de forma similar aos resistores e
pode ser usado em quase todas aplicações, exceto em
circuitos de altas frequência, onde os capacitores de
mica são mais indicados. Os capacitores eletrolíticos e
de tântalo são capacitores polarizados e são os tipos
que possuem capacitância mais elevadas e por isso são
muito usados para filtragem, desacoplamento e
acoplamento.
3.2.1. Leitura de parâmetros dos capacitores
Em capacitores de corpo relativamente grande, os fabricantes imprimem na
carcaça do componente parâmetros como capacitância, tolerância e tensão
máxima de trabalho de modo que a leitura é feita diretamente, sem maiores
complicações. No caso de componentes bem pequenos a leitura desses
parâmetros é feita através de códigos e caracteres alfanuméricos.
3.2.1. Leitura de parâmetros dos capacitores

No caso dos capacitores de poliéster mais antigos apesar de terem um


tamanho físico grande a leitura dos dados importante é realizada a partir de um
código de cores similar ao dos resistores.
3.2.1. Leitura de parâmetros dos capacitores
Diferentemente dos resistores em que a leitura é feita diretamente na grandeza
correspondente em Ohms, nos capacitores a leitura é sempre em picofarads.
Outro sistema utilizado, esse sim mais comum, para indicar os parâmetros do
capacitor é o código de três algarismo. Este código é normalmente mais utilizado em
capacitores disco cerâmicos e de poliéster devido seu tamanho reduzido. A figura a seguir
ilustra alguns exemplos:
3.2.1. Leitura de parâmetros dos capacitores
1º algarismo: representa o primeiro algarismo;
2º algarismo: representa o segundo algarismo;
3º algarismo: representa a quantidade de zeros após os dois primeiros algarismos;
Letra: representa a tolerância da capacitância, em percentual de acordo com a tabela
seguir:
3.2.1. Leitura de parâmetros dos capacitores
Exemplo: se no capacitor estiver inscrito o código 472K, isto quer dizer que a
capacitância é: 4700pF, ou ainda 4,7nF. E que a capacitância real do componente
pode diferir em 10% do valor nominal lido. A leitura da capacitância pelo código de
três algarismo também é feita em picofarads.
Quanto aos capacitores de valores muito pequenos, eles são representados
pelo código de três algarismo da seguinte forma: é utilizado o algarismo 9 no
terceiro digito, para indicar que os dois primeiros algarismos serão na verdade
divididos por 10 sendo o resultado final também picofarads. Por exemplo, se no
corpo do componente estiver inscrito 479, o resultado será: 47 dividido por 10, ou
seja, 4,7 pF (picofarads).
3.2.1. Leitura de parâmetros dos capacitores

No caso dos capacitores de tântalos geralmente seu valor é impresso


diretamente em microfarads e nos de plate a impressão é em nanofarads.
No mercado frequentemente podemos nos deparar com diferente
maneira expressar a mesma capacitancia já em farads, por exemplo:
2n2 é equivalente a: 2,2nF = 2,2KpF
n1 é equivalente a: 100pF
5p6 é equivalente a: 5,6 pF
4μ7 é equivalente a: 4,7 μF
3.3. Diodo
Diodo é um dispositivo eletrônico o qual, permite que a corrente
elétrica o atravesse em apenas um sentido.
3.3. Diodo
Na natureza, além de encontrarmos materiais que se comportam muito
bem como condutores ou como isolantes, também podemos encontrar materiais
que pertencem a uma classe intermediária, chamada de semicondutores.
Exemplos de materiais semicondutores são: silício, germânio, arseneto de gálio.
Os semicondutores são materiais que possuem uma estrutura cristalina formada
com 4 elétrons na camada de valência. Com o processo de dopagem, podemos
obter um semicondutor do tipo N ou do tipo P. Ao dopar um semicondutor,
estamos adicionando impurezas que podem ser átomos pentavalente ou
trivalente na sua estrutura.
3.3. Diodo
Para cada átomos pentavalente adicionado teremos um elétron extra na
estrutura do semicondutor, com isso, obtemos um semicondutor do tipo N. Agora,
se em vez de adicionarmos átomos pentavalente adicionarmos átomos trivalentes
teremos na estrutura do semicondutor lacunas que representam a falta de elétrons,
que são lugares disponíveis para receber elétrons livres.
3.3. Diodo
Ao juntar esses dois semicondutores dopados, os elétrons da camada N migram
rapidamente para as lacunas próximas a eles. Após essa migração, a região entorno da
junção entra em equilíbrio criando uma camada de depleção, também chamada de barreira
de potencial. Esta barreira é capaz de bloquear a migração dos demais elétrons livres da
junção N para a junção P. A diferença de potencial da barreira para semicondutores de silício
é de 0,7V e para germânio é de 0,3V.
3.3. Diodo

Portanto os diodos são construídos a partir da junção de um material


semicondutor do tipo N e do tipo P.
3.3.1. Polarização Direta
Ao conectar uma fonte de tensão como mostra a figura a seguir, esta
fornece energia suficiente para que os elétrons da região N vença a barreira de
potencial e consigam migrar para a região P, permitindo que a corrente elétrica
possa ser estabelecida no circuito de modo que o diodo tenha um
comportamento similar de chave fechada.
3.3.1. Polarização Direta

É importante lembrar que quando o diodo está polarizado diretamente, e


devido à barreira de potencial, a corrente ao passar pelo diodo produz uma
queda de tensão aproximadamente de 0,7V para os diodos de silício e de 0,3V
para os de germânio.
3.3.2. Polarização Reversa
Se conectarmos uma fonte de tensão como sugerido na próxima figura, os elétrons
da região N são atraídos para o polo positivo da fonte ao mesmo tempo em que as lacunas
da região P são atraídas para o polo negativo da fonte. Isso faz com que a barreira de
potencial aumente impedindo que os elétrons a atravessem e consequentemente não
teremos corrente elétrica. Desta maneira, o diodo se comporta de forma similar a uma
chave aberta, pois nenhuma corrente elétrica é estabelecida no circuito.
3.3.2. Polarização Reversa
Observe que nesta situação em que não há circulação de corrente no circuito, a
queda de tensão no resistor Rs é nula e portanto, toda tensão da fonte está sendo aplicada
no diodo, satisfazendo a lei das malhas de Kirchhoff.
Podemos concluir que os diodos são componentes que quando polarizados
diretamente permitem a circulação de corrente elétrica por ele, e quando polarizado
reversamente a corrente não consegue o atravessar.
3.3.2. Polarização Reversa

Ao trabalhar com diodos é muito importante respeitar alguns parâmetros,


como Tensão de Ruptura ou Máxima Tensão Reversa e a Corrente Máxima Direta. A
primeira diz respeito ao máximo valor de tensão que se pode aplicar no diodo,
quando está reversamente polarizado, a segunda, trata da máxima corrente que o
diodo suporta quando polarizado diretamente. Na tabela a seguir, temos alguns
modelos de diodos com suas respectivas características principais.
3.3.2. Polarização Reversa
3.3.2. Polarização Reversa
Em um diodo a relação entre tensão e corrente não é linear como nos
resistores, ou seja, a corrente não é proporcional a corrente. A não-linearidade
está apresentada na figura a seguir, chamada de Curva do Diodo .
3.3.2. Polarização Reversa

A partir dessa figura encontrada nas folhas de dados dos diodos, pode
se retirar algumas informações como a tensão de ruptura e o comportamento
do diodo, quando a tensão se aproxima de 0,7V, onde a corrente começar
aumentar rapidamente para pequenos acréscimos de tensão.
3.3.3. Diodo Zener
Diferentemente dos diodos convencionais em
que jamais devem funcionar na região de ruptura, pois
isso pode danificá-los permanentemente, o diodo Zener
através de algumas variações na dopagem do silício é
capaz de operar na região de ruptura ou região Zener.
Nessa região, mesmo com algumas variações na
corrente que o atravessa, é possível obter nível
especifico de tensão estável em seus terminais e é por
isso, que a sua principal aplicação é como regulador de
tensão.
3.3.3. Diodo Zener
A figura a seguir representa a curva de um diodo Zener, nela é possível verificar
que quando o diodo Zener está polarizado diretamente, seu comportamento é idêntico a
um diodo convencional, ou seja, começar conduzir corrente por volta de 0,7V em seus
terminais. Mas quando se encontra polarizado reversamente ele apenas permite a
circulação de corrente quando se aproxima de um valor especifico de tensão (tensão
Zener).
3.3.3. Diodo Zener

Note que a partir de uma Corrente Mínima, chamada de IZK ou IZm, a


tensão nos terminais do Zener se aproxima de VZ, pois o mesmo começar a
trabalhar na região de ruptura. Mas é quando a corrente é igual a IZT , Corrente de
Teste, que temos a garantia da tensão VZ sobre o diodo Zener. Outro parâmetro
importante é a Máxima Corrente de Trabalho, IZM, cujo valor que se for
ultrapassado pode danificar o componente. E ainda a Máxima Potência Dissipada,
PD.
3.3.3. Diodo Zener
Quando está em um circuito podemos visualizar o diodo Zener de duas
formas. A primeira é considera-lo como ideal, ou seja, desprezar a queda de tensão
interna e verificar a tensão Zener nos terminais do componente. A segunda forma,
mais apurada, é levar em conta sua resistência Zener, RZT, que é descrita na folha de
dados para a mesma corrente de teste IZT usada para medir VZ.
3.3.3. Diodo Zener

Na próxima tabela temos alguns modelos de diodo Zener disponíveis no


mercado com suas respectivas tensões Zener e potência máxima dissipada.
3.3.3. Diodo Zener
3.4. Transistor
Os transistores podem ser considerados
como um tipo de interruptor. Eles são usados
em uma variedade de circuitos. Eles são
centrais para a eletrônica e existem dois tipos
principais; NPN e PNP. A maioria dos circuitos
tendem a usar NPN. Existem centenas de
transistores que trabalham em tensões
diferentes, mas todos eles se enquadram
nestas duas categorias.
3.4. Transistor
Transistores são fabricados em diferentes formas, mas eles possuem três
leads (pernas) diferentes:
➢ Base: o principal responsável pela ativação do transistor;
➢ Coletor: perna positiva do transistor;
➢ Emissor: perna negativa do transistor.
3.4. Transistor
Em um transistor de forma básica, quando o interruptor é pressionado,
uma corrente passa através do resistor na base do transistor. O transistor então
permite que a corrente flua, dando energia para o próximo componente do
circuito. O transistor tem que receber uma tensão em sua ‘base’ e até que isso
aconteça, o componente não é ligado.
O resistor está presente para proteger o transistor, pois eles podem ser
danificados facilmente por uma tensão/corrente muito alta. Os transistores são um
componente essencial em muitos circuitos e às vezes são usados para amplificar
um sinal.
3.4.1. Tipos de transistores e suas aplicações
Existem muitos tipos diferentes de transistores
e cada um deles varia em suas características,
vantagens e desvantagens. Alguns tipos de transistores
são usados principalmente na comutação. Outros
podem ser usados tanto como interruptores quanto
para a amplificação. Ainda outros transistores estão em
um grupo especializado próprio, tais como
fototransistores, que respondem à quantidade de luz
que brilha sobre ele para produzir fluxo de corrente.
3.4.1. Tipos de transistores e suas aplicações
Abaixo vamos mostrar uma lista dos vários tipos de transistores;
examinando as características e aplicações de cada um.
Este é um transistor simples, que funciona como um interruptor na
construção de um circuito.
a) Transistor bipolar de junção

São constituídos por 3 regiões: a


base, o coletor e o emissor. São
dispositivos controlados pela corrente.
Uma pequena corrente que entra na
região de base do transistor provoca um
fluxo de corrente muito maior do emissor
para a região do coletor.
a) Transistor bipolar de junção
Transistores bipolar de junção vem em dois
tipos principais, NPN e PNP. Um transistor NPN é
aquele em que a maioria dos elementos
transportados são elétrons. O elétron que flui do
emissor para o coletor forma a base da maioria do
fluxo de corrente através do transistor. O outro tipo de
carga, os buracos, são uma minoria. Os transistores
PNP são o oposto, a maioria de cargas transportadas
são os buracos.
a) Transistor bipolar de junção
Em geral, esses transistores são o único tipo de
transistor que é ativado pela entrada de corrente (entrada na
base). Isso ocorre porque eles têm a menor impedância de
entrada de todos os transistores. A baixa impedância (ou
resistência) permite que a corrente flua através da base do
transistor. Devido a esta baixa impedância também estes
transistores tem a maior amplificação de todos. A
desvantagem deles é porque possuem baixa impedância de
entrada, e podem extrair corrente significativa de um circuito,
perturbando assim a fonte de alimentação do mesmo.
b) Transistor de efeito de campo

São constituídos por 3 regiões, uma


porta, uma fonte e um dreno. Ao contrário dos
transistores bipolares, os FETs são dispositivos
controlados por tensão. Uma tensão colocada
na porta controla o fluxo de corrente da fonte
para o dreno do transistor.
b) Transistor de efeito de campo
Os transistores de efeito de campo, tem impedância de entrada muito alta,
resistência a valores muito maiores. Esta impedância de entrada alta faz com que eles
tenham muito pouca corrente correndo através deles. Assim esses tipos de transistores
buscam muito pouca corrente da fonte de alimentação de um circuito. Isto é ideal
porque não perturbam os elementos de potência do circuito original aos quais estão
ligados. Eles não irão sobrecarregar a fonte de alimentação. A desvantagem dos FETs é
que eles não fornecerão a mesma amplificação que poderia ser obtida a partir de
transistores bipolares. Transistores bipolares são superiores porque eles fornecem maior
amplificação, mas FETs são melhores por causar menos sobrecarga, são mais baratos e
mais fáceis de fabricar.
b) Transistor de efeito de campo
Os Transistores de Efeito de Campo vêm em 2 tipos principais: JFETs e
MOSFETs.
Ambos são muito semelhantes, mas MOSFETs tem valores de impedância
de entrada ainda mais elevados do que JFETs. Isso provoca ainda menos
sobrecarga em um circuito.
3.4.2. Tipos de transistor por função
Vamos examinar os tipos de transistores por função, ou seja, o que eles
fazem ou são projetados para fazer. Alguns transistores são usados
principalmente como interruptores. Outros mais para amplificação.
a) Transistores de pequenos sinais
São transistores usados principalmente para
amplificar sinais de baixo nível, mas também podem
funcionar bem como interruptores. Os transistores vem com
um valor, que denota como um transistor pode amplificar os
sinais de entrada. Os valores típicos de hFE para transistores
de sinal pequeno variam de 10 a 500, com valores máximos
de Ic (corrente de coletor) de cerca de 80 a 600 mA. Eles
vem em com construção NPN e PNP. As frequências
operacionais máximas variam entre 1 e 300.
a) Transistores de pequenos sinais
Estes transistores são usados principalmente quando amplificando sinais
pequenos, como alguns volts e somente quando se usam miliamperes
como corrente. Quando se utiliza maior tensão e corrente (maior potência),
usando muitos volts ou amperes de corrente, um transistor de potência deve ser
usado.
b) Transistores de comutação pequenos

Pequenos transistores de comutação são


transistores que são usados principalmente
como comutadores, mas que também podem
ser usados como amplificadores. Os valores
típicos de hFE para pequenos transistores de
comutação variam de 10 a 200, com valores de
Ic (corrente de coletor) máximos de cerca de 10
a 1000 mA. Eles são fabricados tanto como NPN
quanto PNP.
b) Transistores de comutação pequenos
Para um projeto, eles são usados principalmente como interruptores.
Embora possam ser utilizados como amplificadores, o seu valor de hFE varia
apenas cerca de 200, o que significa que não são capazes de amplificar sinais o
que significa que eles não são capazes de uma amplificação de um transistor de
pequenos sinais, capazes de amplificar um sinal até 500. Isto torna os pequenos
transistores de comutação mais úteis para a comutação, embora possam ser
utilizados como amplificadores básicos para proporcionar ganhos. Quando você
precisar de mais ganho, outros modelos funcionam melhor como
amplificadores.
c) Transistores de força
São adequados para aplicações onde muita
energia está sendo usada (corrente e tensão). O coletor
do transistor é conectado a uma base de metal que
atua como um dissipador de calor para dissipar o
excesso de potência. As potências típicas variam de
cerca de 10 a 300 W, com frequências entre 1 a 100
MHz. Os valores máximos de Ic variam entre 1 a 100 A.
Os transistores de potência vem em estruturas NPN,
PNP e Darlington (NPN ou PNP).
d) Transistores de alta frequência
São usados para sinais pequenos que funcionam
em altas frequências para aplicações de comutação de
alta velocidade. Devem ser capazes de ligar e desligar
em velocidades muito altas. Transistores de alta
frequência são usados em amplificadores HF, VHF, UHF,
CATV e MATV e aplicações de oscilação. Tem uma
frequência máxima de cerca de 2000 MHz e correntes Ic
(coletor) máximas de 10 a 600 mA. Eles estão
disponíveis tanto como NPN quanto PNP.
e) Fototransistores
São transistores sensíveis à luz. Um tipo comum de
fototransistor assemelha-se a um transistor bipolar com o seu
chumbo da base removido e substituído por uma área
sensível à luz. É por isso que um fototransístor tem apenas 2
terminais em vez dos habituais 3. Quando esta superfície é
mantida escura, o dispositivo está desligado. Praticamente
nenhuma corrente flui do coletor para a região do emissor.
No entanto, quando a região sensível à luz é exposta à luz, é
gerada uma pequena corrente de base que controla uma
corrente de coletor para o emissor muito maior.
e) Fototransistores
Assim como os transístores regulares, os
fototransístores podem ser transístores bipolares ou de
efeito de campo. Ao contrário dos transistores
fotobipolares, os fototransistores de efeito de
campo usam luz para gerar uma tensão de porta que é
usada para controlar uma corrente do dreno-fonte. são
extremamente sensíveis a variações na luz e são mais
frágeis, eletricamente falando, do que fototransistores
bipolares.
Tudo que você precisa saber é que um transistor funciona como um
amplificador ou um interruptor, usando uma pequena corrente para ligar um
maior.
3.5. Reles
Os relés basicamente são dispositivos elétricos que tem
como função produzir modificações súbitas, porém
predeterminadas em um ou mais circuitos elétricos de saída. O
relé tem um circuito de comando, que no momento em que é
alimentado por uma corrente, aciona um eletroímã que faz a
mudança de posição de outro par de contatores, que estão
ligados a um circuito ou comando secundário. Resumidamente
podemos dizer que todo relé se configura como um contato que
abre e fecha de acordo com algum determinado fator ou
configuração. Alguns relés são bem pequenos e fáceis de serem
manipulados, testados e trocados.
3.5. Reles
As partes de um relé são:
➢ Bobina
➢ Induzido
➢ Núcleo
➢ Contatos da bobina
➢ Contatos do relé

A parte principal é a bobina de cobre que está envolvendo um núcleo de ferrite,


uma espécie de eletroímã. No momento em que você acionar a bobina, o núcleo irá
atrair o induzido que ao mesmo tempo que se desloca em direção a bobina, também irá
empurrar o contato A do relé na direção do contato B, fechando este contato.
3.5.1. Tipos de relés
Atualmente no mercado existem 3 gerações de relés e a variação destas gerações
depende dos componentes estruturais e da forma de funcionamento:
➢ Relés eletromecânicos – Primeira geração
➢ Relés de estado sólido – Segunda geração
➢ Relés digitais – Terceira geração
Seguindo com os tipos de relés, eles ainda podem ser classificados de acordo
com a função é muito importante não fazer confusão quanto a função de cada
componente. O relé em si, apenas liga ou desliga algum circuito, mas existem diversos
componentes eletrônicos que fazem com que cada relé atue em uma determinada
função, observe a seguir:
a) Relés temporizadores

As temporizações podem variar de menos de


1 segundo até vários minutos, dependendo da
aplicação e do modelo deste relé escolhido. Eles são
usados com grande frequência nos quadros de
comando, mas também estão presentes em
lâmpadas e vários eletrônicos com programação para
desligar.
b) Relés térmicos

Podem ser utilizados em


qualquer ambiente onde seja necessário
controlar a temperatura. Neste caso a
lista de exemplos é enorme, por
exemplo: chocadeiras, sistemas de ar
condicionado, ventilação, incubadoras,
frigoríficos, aquários e etc.
c) Relés de proteção

Esse tipo de relé trabalha de acordo o


funcionamento das correntes elétricas,
podendo criar campos eletromagnéticos que
podem causar mudanças de estados dos
contatos, ligando ou desligando aquele
dispositivo. Na maioria dos casos, estes relés
são de terceira geração e podem medir
grandezas de tensão, isolamento, sequência de
fase e outros.
d) Relé Fotoelétrico
É um dos mais comuns e mais utilizados. Ele
tem como função principal, o acionamento ou
desligamento automático de um determinado circuito
através da quantidade de luz. Com isso, permite uma
infinidade de configurações para uma instalação. Um
exemplo bem clássico de utilização do relé fotoelétrico,
é nas ligações das lâmpadas dos postes, que acendem
automaticamente quando escurece.
e) Relé Automotivo
Os relés automotivos são programados para
abrir e fechar uma corrente elétrica, permitindo ou
bloqueando a passagem do fluxo de eletricidade.
Seu acionamento acontece quando uma bobina é
estimulada por meio elétrico.
Os relés automotivos são divididos em duas
categorias: os auxiliares e os eletrônicos.

Exemplo ligação de um relê 5 pinos automotivo:


3.6. Fusíveis
Os fusíveis são compostos por um condutor de seção reduzida montados
em uma base de material isolante. A estrutura física é a base que o suporta o porta
fusível e o anel de proteção que visa proteger e evitar o contato da rosca da base
com o circuito. O fusível em si é a parte substituível e todo fusível deve ter a
descrição do valor de corrente que ele suporta expressa em seu corpo.
O curto-circuito pode causar incêndios e vários danos aos equipamentos
elétricos e justamente por isso que os fusíveis são tão utilizados. Os fusíveis são
dispositivos usados para proteção contra sobrecorrente, curto-circuito e
sobrecarga de longa duração.
3.6.1. Características principais dos fusíveis
a) Corrente nominal
É o valor de corrente que o fusível suportar sem se fundir. Esta informação de
corrente, normalmente vem descrita no corpo do fusível.

b) Corrente de ruptura
É o valor máximo de corrente que o fusível consegue interromper.

c) Corrente convencional de atuação


É o valor específico de corrente que causa a atuação do dispositivo de
proteção em um tempo determinado.
3.6.1. Características principais dos fusíveis
d) Curva característica
É a relação entre o tempo necessário para a interrupção em função de corrente.
Os fusíveis podem ser classificados como rápidos ou retardados e isso depende do
tempo de atuação de cada um. Os fusíveis retardados são mais usados para a proteção de
motores por causa do pico de corrente que ocorre na partida.
3.6.1. Características principais dos fusíveis
d) Curva característica
Outra característica que diferencia um fusível do outro é o tempo que o mesmo leva
para se fundir. Este tempo é proporcional ao quadrado da corrente aplicada e da inércia
térmica do material empregado ao elo. Exatamente por isso que a variação do material
utilizado interfere na velocidade de ação daquele fusível, ou seja, a velocidade de ação pode
ser muito lenta, lenta, rápida ou muito rápida.
3.6.2. Classificação dos fusíveis
A categoria e especificação das classes de serviço dos fusíveis é definida
através de duas letras, sendo a primeira minúscula e a segunda maiúscula, assim
como mostra a tabela abaixo:
3.6.2. Classificação dos fusíveis
Para entender melhor esta utilização de acordo com a classificação, vamos
mostrar alguns exemplos:
➢ “aM” – A primeira letra é um a minúsculo que indica que a atuação é contra curto. A
segunda letra é M maiúsculo que indica que este fusível é para proteção de motores;
➢ “gL/gG” – A primeira letra é um g minúsculo que indica que a atuação é contra
sobrecarga e curto. A segunda letra é L e G que indica que este fusível é para
proteção de cabos e uso geral;
➢ “aR” – A primeira letra é um a minúsculo que indica que a atuação é contra curto. A
segunda letra é um R maiúsculo que indica que este fusível é para proteção de
semicondutores.
3.6.3. Tipos de fusíveis
De acordo com a aplicação e tipo de sistema elétrico, é indicado um
modelo diferente de fusível.
a) Fusível de lamina

Além de ser usado em veículos e motos,


também é muito utilizado em máquinas agrícolas,
aparelhos eletrônicos de baixa tensão, elevadores,
tratores e em muitos outros equipamentos,
inclusive equipamentos industriais.
a) Fusível de lamina
Um fusível de lâmina possui elemento condutor que é protegido por uma capa
termoplástica de alta resistência térmica, os valores da sua capacidade de amperagens
variam até 40 A, e são sinalizadas pela cor da capa termoplástica que possuem
classificação universal. Segue a tabela:
➢ Cor violeta: possui 3 amperes;
➢ Cor rosa: 4 amperes;
➢ Cor laranja: 5 amperes;
➢ Cor marrom: 7,5 amperes;
➢ Cor vermelha: 10 amperes;
➢ Cor azul:15 amperes;
➢ Cor amarela 20 amperes;
➢ Cor cristal 25 amperes;
➢ Cor verde 30 amperes;
➢ Cor âmbar 40 amperes.
a) Fusível de lamina
O fusível de lâmina é instalado entre os circuitos elétricos dos veículos, motos e
máquinas diversas. Ele possui um padrão energético e quando a corrente elétrica se
encontrar no valor padrão do fusível está tudo protegido, porém quando ela ultrapassa
esse valor, o fusível de lâmina acaba por desviar a corrente elétrica por não suportar a
carga e queima, por isso a importância de verificar a capacidade de cada circuito.
Quando o fusível de lâmina interrompe a corrente elétrica sobrecarregada e
queima, com isso toda a dissipação de sobrecarga passa para os fios, inutilizando estes
também. Os fusíveis de má qualidade acabam por não queimar, muitos derretem, ou
seja, não barram a corrente elétrica, o que eles podem causar é até mesmo um curto
circuito no veículo ou na máquina onde estão instalados. (imagem fusível bom e ruim)
b) Fusível de potencia

O fusível de potência foi desenvolvido


para altas correntes em circuitos de até 500
Amperes. É ideal para a proteção de bateria e
alternador e em outros circuitos que exijam
gabaritos pesados e cabos de alta corrente. O
Fusível de Potência também é muito utilizado
pelo mercado de som automotivo.
b) Fusível de potencia

Cada fusível de potência tem uma intensidade de corrente elétrica diferente


e deve ser utilizado de acordo com a função para a qual ele foi dimensionado.
Um fusível de potência é desenvolvido para suportar altos valores específicos
de energia, quando essa energia do circuito ultrapassa o padrão suportado, ele
rompe. Quando rompe, o fusível de potência evita que a sobrecarga atinja outros
níveis do sistema, mas vale observar, não basta trocar a peça, é necessário verificar o
motivo de falha, pois pode ser que aconteça outra vez, sendo assim, a manutenção é
indicada.
b) Fusível de potencia

É essencial sempre comprar fusível de potência de qualidade garantida para


garantir resultados assertivos e impedir qualquer tipo de danos indesejáveis.
É importante comprar um fusível de potência em fabricantes que possuem
métodos de fabricação certificados e rigidamente controlados, para isso deve-se
observar se no produto há o nome da fabricante, pois os fusíveis sem nome dos
fabricantes, não tem garantia de qualidade e procedência duvidosa, podem ao
invés de ajudar, comprometer ainda mais as maquinas.
c) Fusível de cinta
O fusível de cinta tem como principal função proteger
o sistema elétrico dos automóveis contra possíveis
sobrecargas na bateria que são capazes de causar enorme
dano no sistema elétrico do veículo, podendo provocar até
mesmo curto circuito.
Trata-se de uma pequena peça metálica localizada
junto à bateria dos veículos protegendo os equipamentos que
utilizam as correntes de maior potência, o fusível de
cinta possui corrente nominal de 30 a 175 A. Conheça
algumas informações importantes sobre o fusível de cinta.
c) Fusível de cinta

Essa peça faz a função de elo por onde passa a


corrente elétrica, a partir do momento em que a variação
da corrente é acima do padrão pelo qual ele foi
desenvolvido para comportar, o fusível de cinta acaba
superaquecendo, isso causa derretimento e,
consequentemente, o corte da eletricidade no dado
sistema.
c) Fusível de cinta

Caso o dimensionamento do fusível de cinta não


for compatível ele não irá pegar fogo, pois foi
desenvolvido justamente para a prevenção de
incêndios elétricos, porém, o que irá acontecer é a
queima e perda da fiação do circuito elétrico e os
aparelhos que estão ligados a ele. Em casos extremos o
comprometimento se estende para mais sistemas
elétricos do carro.
d) Fusível de vidro
O fusível de vidro ainda é muito usado no segmento automotivo, pois sua principal
função é proteger o sistema elétrico desses veículos, realizando o direcionamento da
passagem da corrente elétrica em caso de sobrecarga e impedindo a chegada da descarga
elevada na fiação do circuito.
Há muitos modelos de fusíveis no mercado, cada um deles tem um destino final
mais indicado e também tem a sua capacidade energética, o fusível de vidro é indicado
para correntes menores, sem alto fluxo de energia. Conheça algumas informações
importantes para a aquisição de fusíveis.
d) Fusível de vidro
Um fusível de vidro é desenvolvido para suportar sobrecargas e proteger a
fiação do sistema elétrico do veículo, tendo um limite de interrupção de 30 amperes,
quando esse valor é ultrapassado, o fusível de vidro queima e interrompe a
continuidade da corrente elevada. Se mesmo após a substituição queimar novamente
vale se atentar ao fato de que a falha pode ser de outro componente do veículo,
sendo assim indicada a manutenção.

Vídeo
3.7. Condutores
Denomina-se condutor elétrico a todo corpo que é capaz de conduzir ou transmitir
a eletricidade. Os materiais mais usados para a fabricação de condutores elétricos são o
cobre e o alumínio. Ainda que ambos os metais tenham uma condutividade elétrica
excelente, o cobre constitui o elemento principal na fabricação de condutores pelas suas
notáveis vantagens mecânicas e elétricas. Os condutores elétricos podem ser sólidos (fios),
ou flexíveis, formados por vários fios finos encordoados. Os condutores elétricos são
compostos de três partes diferenciadas:
• A alma ou elemento condutor
• A isolação
• As coberturas
3.7.1. Alma ou elemento condutor

A alma é fabricada de cobre e seu


objetivo é servir de caminho para a energia
elétrica desde seus pontos geradores para os
centros de distribuição (caixa distribuição
elétrica), para alimentar aos diferentes
consumidores (faróis, motores elétricos,
controladoras etc).
3.7.2. A isolação
O objetivo do material isolante em um condutor é evitar que a energia
elétrica que circula nele entre em contato com as pessoas ou com objetos. Do
mesmo modo, a isolação deve evitar que condutores em diferentes potenciais
elétricos possam fazer contato entre si. Os diferentes tipos de isolações dos
condutores se diferenciam por seu comportamento técnico e mecânico,
considerando o meio ambiente, a linha elétrica que se usará, a resistência aos
agentes químicos, aos raios solares, à umidade, à alta temperatura, chamas, etc.
Entre os materiais empregados para a isolação dos condutores, podemos
mencionar o cloreto de polivinila (PVC), o polietileno (PE), a borracha EPR, o
neoprene e o náilon.
3.7.3. Coberturas
O objetivo fundamental das coberturas é proteger a
integridade da isolação e da alma condutora contra danos
mecânicos, tais como atritos, golpes, etc. Normalmente, as
coberturas são feitas em material polimérico. No entanto, quando
as proteções mecânicas são de aço, latão ou outro material
resistente, estas se denominam armaduras. A armadura pode ser
de fita, fio ou malha. Os condutores também podem ser dotados
de uma proteção de tipo metálico formado por fitas de alumínio ou
cobre. Em caso da proteção, em vez de fita, ser constituída por fios
de cobre, se denominam blindagem.
3.7.4. Classificação dos condutores elétricos
de cobre
A classificação dos condutores elétricos de cobre é a seguinte:
a) Conforme o grau de dureza:
De cobre de têmpera dura, tem as seguintes características:
➢ Condutividade de 97% em relação ao de cobre puro.
➢ Resistividade de 0,018 (mm²/m) à temperatura ambiente 20 °C.
➢ Capacidade de ruptura à carga; oscila entre 37 a 47 kg/mm².
➢ Utiliza-se em linhas de condutores nus para o transporte de energia
elétrica.
3.7.4. Classificação dos condutores elétricos
de cobre
a) Conforme o grau de dureza:
De cobre de têmpera mole, tem as seguintes características:
➢ Condutividade de 100% em relação ao de cobre puro.
➢ Resistividade de 0,01724 (mm²/m) à temperatura ambiente 20 °C.
➢ Capacidade de carga de ruptura média 25 kg/mm².
➢ Como é dúctil e flexível utiliza-se na fabricação de condutores isolados.
3.7.4. Classificação dos condutores elétricos
de cobre
b) Conforme sua constituição
Dependendo de como está constituída a alma ou elemento condutor,
classificam-se em:
➢ Fio (sólido) - A alma condutora está formada por um só elemento ou fio condutor.
➢ Cabo - A alma condutora está formada por uma série de fios condutores; isto faz
com que seja flexível.
3.7.4. Classificação dos condutores elétricos
de cobre
c) Conforme o número de condutores
Dependendo da quantidade de condutores que podem trabalhar em forma
independente, estes se classificam em:
➢ Unipolar: É o condutor elétrico que tem uma só alma condutora com isolação e com ou
sem cobertura.
➢ Multipolar: É o condutor elétrico que tem duas ou mais almas condutoras , envolvidas cada
uma com sua respectiva isolação e com uma cobertura comum.
3.7.4. Classificação dos condutores elétricos
de cobre
d) Conforme sua utilização

Dependendo do tipo de uso, os


condutores elétricos são empregados para
transportar energia elétrica em média e baixa
tensão. A escolha do tipo de condutor está em
função das características do meio na qual a
instalação prestará seus serviços.
3.7.5. Condutor isolado em PVC

Condutor de cobre eletrolítico mole, sólido ou


flexível; com isolação de cloreto de polivinila (PVC),
podem operar até 70 °C e sua tensão de serviço é
450/750 V. Utilizados em instalações internas de luz e
força em prédios residenciais, comerciais e
industriais, etc. em circuitos de distribuição e em
circuitos terminais. Instalação em condutos fechados.
3.6. Emenda dos condutores

2 Vídeos
4. Ferro de Solda
O ferro de solda é
uma ferramenta manual usada para soldar ou dessoldar os
componentes, fios, conectores eletrônicos. Ele tem uma
ponta no qual aquece a altas temperaturas para derreter a
solda-estanho, de modo que ela possa ficar em estado
líquido para a união de duas partes.
Um ferro de solda é composto por uma ponta de
metal, normalmente feita de cobre, uma resistência que
aquece essa ponta, corpo metálico e um cabo de
material isolante térmico.
4. Ferro de Solda

O aquecimento pode ser feito por gás, liquido


ou elétrico, o mais comum é o ferro de solda elétrico, seu
aquecimento é feito através da passagem de uma
corrente elétrica (pode ser da rede elétrica ou baterias)
através de um elemento resistivo de aquecimento
(resistência).
4. Ferro de Solda
Ferros de solda sem fio podem ser aquecidos por combustão de gás armazenado
num pequeno tanque, muitas vezes utilizando um aquecedor catalítico , em vez de uma
chama. Ferros mais simples, utilizados no passado eram simplesmente um grande pedaço de
cobre com uma alça, aquecido por uma fogueira.

Com uma enorme variedade de ferros de solda


disponíveis no mercado, escolher o mais adequado para as suas
necessidades pode ser um exercício de paciência e por muitas
vezes quase sempre erramos na escolha.
Primeiro existem fatores sobre um ferro de solda que
você deve levar em conta, eles são, o tipo de ferro de
solda, o sistema de controle de temperatura e a sua potência.
4.1. Tipo de Ferros de solda
Existem basicamente, a nível técnico/amador 4 tipos de ferros de solda, que
estão abaixo descritos.
4.1.1. Ferro de solda tipo Lápis ou comum
O ferro de solda tipo Lápis ou comum é o mais
básico e simples das ferramentas de solda de
eletrônica, ele pode ser usado por hobistas ou mesmo
em oficinas de eletrônica mais sofisticadas. Este tipo
de ferro de solda é o mais barato, mas seu preço pode
variar muito, pois quanto mais sofisticação o ferro é,
mais o seu preço vai aumentar.
4.1. Tipo de Ferros de solda
4.1.1. Ferro de solda tipo Lápis ou comum
Não compre ferro de solda de potência muito alta ou baixa demais,
a exposição ao calor durante a solda pode danificar alguns componentes e até
mesmo soltar trilhas da placa de circuito impresso, mas a baixa temperatura
dificulta o trabalho. Um ferro de solda de 30 Watts ou 40 Watts é o ideal para
começar, escolha os de resistência cerâmica, isso evita muitos problemas com
estática.
A vantagem deste ferro de solda é a fácil utilização, fácil manutenção e
baixo preço. A desvantagem é sua potência é fixa.
4.1. Tipo de Ferros de solda
4.1.2. Ferro de solda tipo Pistola
O ferro de solda tipo pistola, durante muitos anos foi o ferro de solda
mais usado, o seu funcionamento é simples. Um transformador converte a
tensão da rede domiciliar de CA em uma tensão mais baixa, como o
enrolamento secundário do transformador tem apenas algumas voltas, o
transformador é capaz de produzir uma baixa tensão só que com uma corrente
altíssima.
A vantagem destes tipos de ferros de solda é que precisam de um
curto tempo de aquecimento e são facilmente ligados e desligados em tempo
muito curto. Isso facilita o trabalho e economiza energia.
4.1. Tipo de Ferros de solda
4.1.2. Ferro de solda tipo Pistola
A Desvantagem que é muito pesado, ele
tem um grande poder de aquecimento para ser
usado em placas de circuito impresso finas e
pode gerar campos elétricos altos, não deve ser
usado em alguns componentes mais sensíveis.
Recomendado apenas para usuários
intermediários
4.1. Tipo de Ferros de solda
4.1.3. Estações de solda

Uma estação de solda é basicamente um


ferro de solda tipo lápis ligado a uma central de
controle de temperatura. Esta central pode
controlar as configurações de temperatura para a
ponta do ferro de solda, através de um controle
eletrônico de temperatura que permite definir e
manter a temperatura com grande precisão.
4.1. Tipo de Ferros de solda
4.1.3. Estações de solda
Sua vantagem é que ajusta a temperatura eletrônica
automaticamente mantendo uma temperatura adequada na
ponta do ferro dependendo do trabalho executado. Devido à
sua capacidade de controle de temperatura, estas estações de
solda são seguras para ser usado com a maioria dos projetos de
solda como solda através de ilhas e componentes de
montagem de superfície finas.
Sua desvantagem é o preço se comparado ao ferro de
solda tipo lápis, porém muito recomendado quando se trabalha
em serviços de soldagens profissionais.
4.1. Tipo de Ferros de solda
4.1.4. Estação De Retrabalho
Uma estação de retrabalho é uma
ferramenta completa e complexa de plataforma de
solda que é mais comumente usada por
profissionais em oficinas ou na indústria. Estas
estações de retrabalho têm uma combinação de
várias peças de mão que inclui ferro de solda,
pistolas de ar quente, sugador a vácuo, termo-pinça,
etc. A estação de retrabalho é para uso profissional.
4.1. Tipo de Ferros de solda
4.1.5. Ferro de Solda tipo Machadinha

O ferro de solda tipo machadinha é


ideal apenas para ser usado em soldas mais
específicas como em chassis de aparelhos
antigos a válvula, soldagem de malhas e
blindagem. Seu uso é profissional.
4.1. Tipo de Ferros de solda
4.1.6. Ferro de solda tipo Pinça

O ferro de solda tipo Pinça foi


especialmente desenvolvido para trabalho em
SMD, evitando o contato com componentes
adjacentes sensíveis as altas temperaturas. A
pinça remoção e colocação de CIs em SMD uma
tarefa fácil e rápida. Seu uso é profissional.
4.2. Utilização do Ferro de Solda
➢ Para evitar queimaduras, sempre ache que o ferro de solda está quente. No
máximo aproxime a mão para sentir seu calor, nunca toque as partes quentes
diretamente com a mão;
➢ Nunca descanse o ferro de solda ligado em qualquer lugar, use um suporte.
Esse comportamento pode resultar em incêndio, danos nos equipamentos e
ferimentos graves em você;
➢ Nunca utilize uma quantidade excessiva de solda. Gotas de solda que caem do
ferro durante o trabalho podem causar queimaduras e curto-circuitos nos
equipamentos;
4.2. Utilização do Ferro de Solda
➢ Nunca chacoalhe ou balance o ferro de solda para remover o excesso de solda da
ponta. A solda quente pode causar queimaduras e você estaria espalhando solda
por todo ambiente de trabalho, use uma esponja para tirar o excesso de solda;
➢ Para limpar a ponta do ferro de solda, utilize um pano de limpeza de fibra natural
ou uma esponja vegetal. Nunca use produtos sintéticos, que derretem ou lixe a
ponta do ferro. Coloque o pano ou a esponja sobre uma superfície fixa e adequada,
em seguida, limpe a ponta do ferro;
➢ Segure pequenas peças a serem soldadas com um alicate, morsa ou um dispositivo
de fixação adequado para evitar queimaduras. Jamais segure a peça em sua mão;
4.2. Utilização do Ferro de Solda

➢ Não use um ferro que tem um cabo desgastado ou plugue danificado, faça a
manutenção preventiva, evite problemas;
➢ Não solde equipamentos eletrônicos a menos que o equipamento
esteja desconectado do circuito da fonte de alimentação;
➢ Os melhores ferros de solda para a eletrônica tem pontas intercambiáveis que
variam em tamanho e forma para diferentes tipos de trabalho.
4.2. Utilização do Ferro de Solda
Ferros de soldas mais antigos e baratos normalmente usam pontas feitas de cobre,
estas pontas dissolve-se gradualmente com o uso, sofrem corrosão e erosão mais rápido
tendo que ser trocadas regularmente. Para evitar a oxidação da ponta do ferro de solda é
manter ela sempre estanhada, a exposição do chapeamento faz com que o processo de
oxidação se torne mais rápido. Se a ponta for mantida estanhada com solda a oxidação é
inibida.
Uma pequena esponja vegetal umedecida com água, pode ser usado para limpar a
ponta do ferro durante o trabalho. Já quem usa a solda sem chumbo, a limpeza tem que
ser um pouco mais agressiva, por exemplo, usando uma esponja de aparas de
metal. Mergulhar a ponta do ferro em fluxo de solda ajuda a remover a oxidação e manter
a ponta do ferro em bom estado.
4.2. Utilização do Ferro de Solda
Como falamos, as pontas de ferro de solda são feitas de cobre revestidas
com ferro. Esse revestimento é fino e todo cuidado é pouco para manter
ele intacto. A utilização de solda que já contém uma pequena quantidade de cobre
pode reduzir a corrosão das pontas de cobre.
Em casos de oxidação grave, que não pode ser removida por métodos mais
suaves, a abrasão com algo forte o suficiente pode ser feita para remover o óxido,
mas com muito cuidado.
Uma escova de arame de bronze, ou outro material pode ser usado com
cuidado. Lixas e outras ferramentas abrasivas podem ser usadas, mas os riscos
de danificar o revestimento da ponta do ferro é mais fácil.
5. Alicates de crimpar

Os alicates de crimpar são muito importantes e


muito utilizados na manutenção ou montagem de uma
rede de computadores.
Esse alicate serve basicamente para pressionar o
conector na extremidade do cabo rede e dessa forma
transforma-lo em cabo para enviar e receber
informações em um ambiente de rede.
5. Alicates de crimpar
Existem diversos e variados modelos de alicate
para crimpar, porém alguns possuem outras
funcionalidades até da própria crimpagem, como:
➢ Desencapar fios e corte do mesmo;
➢ Crimpagem de terminal elétrico para cabos flexíveis;
➢ Alicate para apertar e cortar abraçadeiras de Nylon;
➢ Alicate para crimpar RJ de 8 vias em cabos de rede
para informática.
5.1. Instrução de utilização do alicate
de crimpar
Utilize o modelo de alicate de corte e decape de
cabos flexíveis e corte o cabo do tamanho necessário em
seguida com o mesmo alicate desencape o cabo, faça com
cuidado e que o desencape seja aproximadamente de 1,5
cm a 2 cm. Estique todos os fios e os coloque na ordem de
cor correta, de acordo com o padrão que está utilizando,
deixe os fios todos do mesmo tamanho.
5.1. Instrução de utilização do alicate
de crimpar
Coloque os fios no conector, seguindo a ordem
correta das cores e empurre até o limite até chegar à ponta
do conector, verifique se os fios continuam alinhados, devem
estar retos e no lugar correto antes de crimpar, os fios
coloridos devem ficar todos dentro do conector para que
fique um trabalho de boa qualidade e não ocorra o
desencaixe dos fios na hora de utilizar, a qualidade do cabo
de rede está diretamente ligada a forma como foi realizada a
crimpagem.
5.1. Instrução de utilização do alicate
de crimpar
Utilize o alicate de crimpagem de terminal elétrico para
cabos flexíveis para crimpar, coloque o conector no alicate já
com os fios posicionados e pressione o alicate até os fios terem
contato com a parte interna metálica de cobre do conector,
antes de efetivar verifique novamente a posição dos fios no
conector, uma vez crimpado não irá conseguir desfazer e
utilizar o mesmo conector. Teste o cabo e veja se ocorre a
transmissão dos dados de uma ponta a outra.
6. Ferramenta de remoção de fios
dos terminais
Esta ferramenta é projetada para a remoção de fios elétricos dos terminais
sem provocar danos ou emperramento dos mesmos.
Para sua utilização, o usuário deverá seguir as recomendações do fabricante,
devido grande número de modelos diferentes destas ferramentas.
7. Multímetro
O multímetro (ou multiteste) é sem
sombra de dúvida um equipamento de bancada
imprescindível no dia-a-dia do técnico. Com ele
será possível realizar leituras de diversas
grandezas elétricas.
Sem ele os reparos, ensaios,
comparações e outras atividades tornariam-se
extremamente difíceis de serem realizadas.
7.1. Multímetro analógico

O multímetro analógico reinou absoluto


durante muito tempo. Foi um dos primeiros
sistemas de leitura para bancada. Com o
tempo, vem perdendo espaço para
os equipamentos digitais, porém, devido a
características próprias, ainda é útil para o
técnico, justificando sua utilização.
7.1. Multímetro analógico
1 – galvanômetro
2 – ponteiro de leitura
3 – parafuso de ajuste da posição infinito (α) do ponteiro
4 – escalas de leitura
5 – indicador de isolação do multímetro
6 – ajuste de zero ohm
7 – chave seletora de escala de leitura
8 – ponto de instalação da ponta de prova preta( –)
9 – indicador de limites máximos de leitura
10 – ponto de instalação da ponta de prova vermelha(+ )
7.2. Multímetro digital

Com o advento do display digital,


mais especificamente o de cristal líquido
(LCD, do inglês liquid cryst al display) e do
conversor analógico/digital, os multímetros
ganharam uma nova dimensão: mostrar os
valores lidos diretamente, com grau de
precisão superior aos seus irmãos
analógicos.
7.2. Multímetro digital
1 – display de cristal líquido(LCD)
2 – chave seletora de escala de leitura
3 – posição de teste de continuidade sonoro(buzer)
4 – posição de teste de junção semicondutora
5 – ponto de instalação da ponta de prova vermelha(+) para leitura de
correntes na posição 10A
6 – indicador de corrente máxima de leitura na posição 10A
7 – ponto de instalação da ponta de prova preta(-)
8 – indicador de limites máximos de leitura além da posição 10A
9 – ponto de instalação da ponta de prova vermelha(+) para leituras
além da posição 10A
7.3. Utilização do multímetro
Segue abaixo alguns exemplos de utilização do multímetro.

7.3.1. Leitura de tensão

Uma das grandezas que o multímetro pode


ler é a tensão (voltagem) basicamente, sempre será
possível ler tensões em corrente continua (Vcc) e
corrente alternada (Vca).
7.3. Utilização do multímetro

a) Exemplo de leitura Vcc:


Note para alguns detalhes: a chave seletora está na
posição 2 DCV. A leitura efetuada pelo multímetro foi de
1.485, então a tensão lida é de 1,485 Vcc. A ponta de prova
vermelha toca o polo mais positivo (+) e a preta o polo
mais negativo ( -) da pilha. Se as pontas de prova fossem
invertidas, a leitura seria de –
1.485, sinalizando uma leitura de tensão negativa.
7.3. Utilização do multímetro
b) Exemplo de leitura Vca:

Aqui, a chave seletora encontra-se na


posição 200 ACV. A leitura efetuada pelo
multímetro foi de 112.7, então a tensão lida foi
de 112,7 Vca.
Neste caso, a posição das
pontas de prova é indiferente, não interferindo
na leitura.
7.3. Utilização do multímetro
7.3.2. Leitura de resistência
Uma das grandezas possíveis de efetuar leitura com o
multímetro é a de resistência. Medir resistores, junções de
semicondutores, verificar continuidade
em cabos, placas e terminais de componentes são
algumas das facilidades que
esta escala proporciona. Em alguns multímetros, você
encontrará na escala um teste de continuidade, que “apita”
quando a resistência praticamente é um curto. Poderá
encontrar também uma posição simbolizada por um diodo a
qual lerá a junção de dispositivos semicondutores.
7.3. Utilização do multímetro
7.3.2. Leitura de resistência

O resistor possui os anéis amarelo, lilás,


vermelho e prata.
O multímetro está na escala 20K
OHM. A leitura efetuada foi de 4.62,
portanto
o valor lido foi de 4.620 Ohm, muito próxi
mo da leitura dos anéis(4,7K Ohm).
7.3. Utilização do multímetro
7.3.2. Leitura de resistência
a) Exemplo de leitura de diodo

Com a chave na
posição junção, foi efetuada leitura de um
diodo 1N4148. O valor lido foi de 568. A ponta
de prova vermelha toca o anodo e a preta o
catodo do diodo. Invertendo-se as pontas de
prova a leitura seria infinito.
7.3. Utilização do multímetro
7.3.3. Leitura de corrente
Outra grandeza passível de leitura com
o multímetro é a corrente elétrica contínua.
Com o alicate amperímetro você poderá ler
corrente elétrica alternada.
Os multímetros possuem geralmente
uma entrada extra na qual pode-se ler
correntes elevadas( repare no MHID-1 a
posição 10A) .
Exemplo de leitura de corrente contínua:
7.3. Utilização do multímetro
7.3.3. Dicas práticas de utilização do multímetro

➢ Nunca leia resistência em um circuito alimentado;


➢ Procure sempre ter o componente fora da placa para leitura;
➢ No caso de componentes com dois terminais, se não for possível retirá-
lo totalmente procure levantar um dos terminais para efetuar a leitura;
➢ No caso de componentes com mais de dois terminais, tente cortá-los em um
ponto onde poderiam ser soldados novamente para poder efetuar leituras em
aberto;
7.3. Utilização do multímetro
7.3.3. Dicas práticas de utilização do multímetro

➢ Antes de iniciar qualquer leitura, sempre coloque a chave seletora no maior valor
possível da escala da grandeza que irá ler;
➢ Para saber se uma ponta de prova está aberta, coloque o multímetro na
menor escala de resistência e junte as pontas: você tem que obter uma
leitura de resistência quase nula(próximo de zero) ;
7.3. Utilização do multímetro
7.3.3. Dicas práticas de utilização do multímetro

➢ Para evitar falsas leituras no multímetro analógico quando visualizado de lado,


use a escala espelhada para ver o ponto exato do ponteiro;
➢ O multímetro digital normalmente oscila sua leitura em escalas menores
dificultando a compreensão dos valores; nesses casos uma solução é aumentar
a escala até obter um valor fixo, canibalizando a precisão.

2 Vídeos
Questionário:
1. Explique a diferença entre Volts, Amperes, Ohm e Watt?
2. O que são Resistores? Qual a sua simbologia?
3. Qual a função de um resistor variável?
4. O que são fusíveis e quais os modelos utilizados? Explique resumidamente cada um.
5. Qual a função do condutor? Quais são os tipos utilizados?
6. Quais são os modelos de ferro de solda, explicando resumidamente cada um deles?
7. Qual a função do multímetro? Quais são os modelos que existem?
8. Qual a função do Transistor e quais são seus modelos? Explique cada um dele
resumidamente.
9. Qual a função do capacitor e qual é a sua simbologia?
10.Qual a função do diodo e qual a sua simbologia?
Calcule as grandezas elétricas abaixo:

P = 1,3 KW U = 220 V P = 3 KW
U=? R=? U=?
I = 45 A I = 0,16 A I = 35 A

P=? U = 380 V P=?


U = 220 V R=? U = 12 V
I = 62 A I = 844 mA I = 200 A

U = 110 V U = 220 V P=?


R=? R=? U = 380 V
I = 160 mA I = 0,5 A I = 33 A

U = 24 V U=? P = 8000 W
R = 390 Ω R = 300 Ω U = 127 V
I=? I = 0,1 A I=?
Calcule as resistências dos circuitos abaixo:

a) 33Ω 23Ω b) 10Ω 50Ω 45Ω

c) 33Ω 85Ω d) 53Ω 50Ω 30Ω 45Ω

e) 30Ω 50Ω 45Ω


Fórmulas para avaliação

Associação de Resistências
Fórmula 1

Fórmula 2
1
1 1 1 1
( + + + …+ )
𝑅1 𝑅2 𝑅3 𝑅𝑛

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