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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA


CAMPUS DE TUCURUÍ

Professor: Dr. André Cruz Disciplina: Laboratório de


Curso: Engenharia Elétrica Eletromagnetismo

Aluno 1: André Luiz da Silva Aranha Matricula: 201833940018


Aluno 2: Camila Negrão Costa Matricula: 201733940033
Aluno 3: Daniel Aviz Gomes Matricula: 201833940009
Aluno 4: Jaciane Bastos da Silva Matricula: 201833940014
Data dos procedimentos: 10/05/22 a 21/06/22 Turma: 1
Experimento 3: LINHAS DE CAMPO MAGNÉTICO
Experimento 4: FORÇA MAGNÉTICA: BALANÇO MAGNÉTICO E MOTOR CC
ELEMENTAR
RELATÓRIO DE EXPERIMENTOS
Experimento 3 : LINHAS DE CAMPO MAGNÉTICO

1. Experimento 3A
1.1. Instrumentos e Materiais utilizados
Este experimento baseia-se na medição experimental e da nossa discussão sobre o
conceito de linhas de campo magnético, para isso utilizamos ferramentas necessárias para
observar este fenômeno e comprovar o que é visto dentro da teoria eletromagnética. Nesse
procedimento utilizamos algo de fundamental importância do magnetismo. O ímã. É através
dele que utilizaremos como base para a observação do comportamento das limalhas de ferro.
Abaixo se encontra três geometrias de ímãs diferentes para a realização dos experimentos.

Figura 1. Disposições dos ímãs em formato de anel, disco e retangular.

(a)Anel (b) disco (c) retangular

As limalhas de ferro é um material constituído por pequenas partículas de ferro, que


no experimento, estão inseridas dentro de uma placa de acrílico. São essas pequenas partículas
que irão interagir com os ímãs de formatos dado na figura acima. Sua representação pode ser
dada na figura abaixo.

Figura 2. Limalha de ferro em um ímã | Fonte: Aney via Commons Wikipedia

Colocando em prática o que é visto na teoria, percebemos que o comportamento


dessas limalhas de ferro não nos mostra exatamente em que direção se encontra este campo, o
que é observado é apenas o formato das limalhas quando o aproximamos do ímã, e
comprovamos que ali existem linhas imaginárias de campo magnético. É por isso que
usufruímos de uma outra ferramenta chamada de bússola. Ela será utilizada no final deste
experimento para mostrar essa direção.

Figura 3. Representação de uma bússola | Fonte: Wikipedia

Por fim utilizamos outros objetos como folha de papel sulfite, caneta e régua como
elementos adicionais.

1.2. Procedimento Experimentais


Em uma bancada totalmente plana, utilizamos um papel sulfite para desenhar o
contorno do imã retangular com uma caneta, em seguida, movimentamos a placa acrílica com
a limalha de ferro, para que as limalhas fiquem bem espalhadas na placa. Tivemos bastantes
dificuldades ao espalhar as limalhas, por que algumas placas de acrílico estavam com a
limalha densa (grudado devido a umidade). Primeiro pegamos a placa de acrílico com
limalhas de ferro e balançamos o objeto para que esse “fluido ferromagnético” ficasse o mais
uniformemente possível, a ponto de ser verificado as linhas imaginárias com maior precisão.
O ímã que utilizamos nessa primeira parte é do tipo anelar, e as informações desse objeto se
encontram logo abaixo.
1.2.1. Ímã anelar
 Raio interno – 9,2 mm
 Raio externo – 20mm
 Diferença entre os raios – 10,8 mm
 Largura do ímã – 6,8 mm
 Diâmetro interno – 18,4 mm
 Diâmetro externo – 40 mm
 Volume – 6,736 dm3

Repetimos este procedimento com uma certa frequência até percebermos uma
constância no padrão observado. A figura (a) mostrada logo abaixo mostra a configuração
dessas linhas imaginárias entrando em uma das faces do ímã, e na figura (b) temos uma
representação da vista superior de como essas linhas estariam entrando

Figura 4. Configuração das linhas magnéticas | Fonte: autor

(a) Imagem do experimento (b) desenho das linhas magnéticas

Isso equivale tanto para a configuração da face superior quanto para a face inferior
devido à uniformidade do ímã.
Depois mudamos a posição do ímã e colocamos em cima da folha de papel sulfite de
forma que a sua projeção ficasse no formato de um retângulo. Lembrando que a configuração
dessas linhas imaginárias não se dar como no ímã retangular propriamente dito, mas sim
como se fosse uma espécie de toroide, como podemos visualizar logo abaixo na figura (b).

Figura 5. Configuração das linhas magnéticas | Fonte: autor

(a) Imagem do experimento (b) Desenho das linhas magnéticas


Realizando o mesmo procedimento, fizemos agora para o ímã em formato de disco,
suas informações estão contidas logo abaixo.

1.2.2. Ímã em formato de disco


 Diâmetro Total – 16,9 mm
 Largura do ímã – 8 mm
 Volume – cm3

Assim como no ímã anelar, no ímã circular aproximamos as limalhas de ferro para que
o comportamento dessas linhas ficasse o mais uniforme possível. Como sempre as linhas
saem do polo norte e vai em direção ao polo sul, mas só saberemos essa orientação quando
utilizarmos a bússola. Abaixo se encontra uma imagem do experimento e outra uma
representação da sua projeção.

Figura 6. Configuração das linhas magnéticas para ímã circular | Fonte: autor

(a) Imagem do experimento (b) desenho das linhas magnéticas


Pela disposição lateral do ímã, temos:

Figura 7. Configuração das linhas magnéticas para ímã circular: projeção | Fonte: autor

(a) Imagem do experimento (b) desenho das linhas magnéticas


1.2.3. Ímã em formato retangular
Cálculo das Faces e Volume para o ímã pequeno:
𝐿𝑦 = 0.6cm
𝐿𝑥 = 1.2 cm
𝐿𝑧 = 2.8cm
Área da Face Superior e inferior – 0.72cm2
Área da Face Lateral – 1.68cm2
Área da Face Frontal – 3.36cm2
Volume – 2.01cm3

Cálculo das Faces e Volume para o ímã grande:


𝐿𝑦 = 1 cm
𝐿𝑥 = 2.2 cm
𝐿𝑧 = 4.1cm

Área da Face Superior e inferior – 2.2cm2


Área da Face Lateral – 4.1cm2
Área da Face Frontal – 9.020cm2
Volume – 9.02cm3

Figura 8. Imã retangular

Após conseguirmos espalhar uniformemente a limalha na placa de acrílico, colocamos


o imã retangular em sua marcação na folha de papel sulfite e movimentamos a placa até
formar linhas de campo magnético na limalha, repetimos esse processo várias vezes até
percebermos uma constância na forma de linha na limalha. Realizamos esse procedimento
para todas as posições diferentes da face do imã retangular, utilizamos dois imãs retangulares
(grande e pequeno). Os resultados estão nas imagens destacadas abaixo.

Figura 9. Configuração das linhas magnéticas para ímã retangular: Face Superior | Fonte: autor

(a) Imagem do experimento (b) desenho das linhas magnéticas


Figura 10. Configuração das linhas magnéticas para ímã retangular: Face Frontal | Fonte: autor

(a) Imagem do experimento (b) desenho das linhas magnéticas


Figura 11. Configuração das linhas magnéticas para ímã retangular: Face Lateral | Fonte: autor

(a) Imagem do experimento (b) desenho das linhas magnéticas


Retomando ao ímã anelar realizamos o procedimento utilizando agora uma bússola.
Até este momento não sabíamos o sentido dessas linhas quando aproximávamos a limalha de
ferro, apenas as configurações dessas linhas. Agora com o recurso de uma bússola podemos
ver onde seria o polo sul e polo norte do ímã.

Figura 12. Mapeamento das linhas de campo: Ímã Figura 13. Mapeamento das linhas de campo: Ímã em
anelar | Fonte: autor formato de disco | Fonte: autor

Através dos mapeamentos podemos verificar que no ímã anelar o polo Sul seria o lado
azul do objeto, já que as linhas de campo magnético sempre saem do polo norte e vai em
direção ao polo sul. O que justifica o fato de que o polo norte da bússola está orientado para o
polo sul do ímã.
No mapeamento das linhas para o Ímã em formato de disco os princípios são os
mesmos, o polo sul da bússola está orientado para o polo norte do ímã indicando que as linhas
que saem do polo norte do ímã está repelindo a agulha norte imantada da bússola. E este
processo se repete para a geometria do ímã retangular, e independentemente de qualquer
configuração a agulha imantada da bússola vai sempre se orientar para o lado oposto do ímã.
2. Experimento 3B
2.1. Instrumentos e Materiais utilizados
Dando continuidade nos experimentos utilizamos uma bobina de vários enrolamentos,
mais especificamente, um solenoide. Nesse procedimento utilizamos uma fonte de tensão DC,
cabos garra para fazer a alimentação do solenoide, limalhas de ferro e outros diversos
equipamentos que fizeram parte do circuito.
Resumidamente o solenoide é uma bobina composta por várias espiras, cuja finalidade
é produzir um campo magnético uniforme em um volume de espaço que poderíamos ter. Para
isso fizemos o uso da fonte de tensão para fornecer uma determinada corrente elétrica no
circuito a ponto de visualizarmos o que de fato está na teoria. Abaixo temos uma figura do
solenoide que utilizamos.

Figura 14. Solenoide de uma bobina | Fonte: Autor

2.2. Procedimentos Experimentais


Na primeira parte do experimento utilizamos um solenoide de uma bobina. Fizemos os
ajustes na fonte de tensão DC para 2V e depois manipulamos o valor da corrente para que a
fonte fornecesse a mesma diferença de potencial (ddp) para o circuito.
Depois desligamos a fonte para fazer as conexões com a bancada de acrílico e a pô
sobre o papel sulfite. Sempre se lembrando das suas devidas conexões para não haver
inversão de corrente e assim alterar o resultado esperado.
Ligamos a fonte e fomos jogando limalhas de ferro sobre o solenoide para observar o
fenômeno. Aqui a fonte está fornecendo 1A de corrente elétrica, e que isso vai ser necessário
para o cálculo da intensidade de campo magnético.
O resultado obtido é o que está sendo mostrado na figura abaixo:

Figura 15. Solenoide de um enrolamento | Fonte: autor


Em uma segunda folha sulfite, fizemos um esboço das linhas de campo sobre a placa
de acrílico, como podemos ver na imagem abaixo.

Figura 16. Desenho das linhas de campo do solenoide de um enrolamento | Fonte: autor

Na segunda parte do experimento 3B Com o auxílio de um multímetro ajustamos a


tensão da fonte CC em 2V e a corrente no mínimo no limite do indicador de curto circuito.
Desligando a fonte, colocamos uma folha de papel sulfite sobre a bancada, conectamos a
fonte nos terminais da placa de acrílico do solenoide de três enrolamentos sobre a folha.
Ligando a fonte, ajustamos a corrente da fonte até 3A, em seguida polvilhamos a placa de
acrílico com o solenoide de três enrolamentos com limalhas de ferro, e percebemos que as
limalhas tendem a forma uma linha de campo. Registramos as linhas de campo do solenoide
de três enrolamentos em desenho na figura 17.

Figura 17. Desenho das linhas de campo do solenoide de três enrolamentos | Fonte: autor

Figura 18. Mapeamento das linhas de campo: Solenoide de três enrolamentos | Fonte: autor
2.3. Discussão e Comentários
I. Defina os conceitos de campo magnetostático e de magnetização.
Um campo magnetostático pode ser determinado como a concentração de uma força criada
em volta de carga em um determinado espaço. Conforme a biografia do SADIKU, 3º ed. Um
campo magnetostático é gerado por um fluxo de corrente constante, sendo que este fluxo de
corrente pode se constituir de correntes de magnetização, como as correntes no interior de
um ímã permanente. A magnetização M (Ampères/metro) é o momento de dipolo magnético
por unidade de volume.

II. Defina teórica e matematicamente como o campo magnético é gerado no


experimento a e no experimento b, abordando as leis do eletromagnetismo.
Tanto o campo magnético produzido por ímãs naturais quanto aquele produzido pela
passagem de corrente elétrica em um condutor são resultados da movimentação das cargas
elétricas no interior dos ímãs. Nos materiais magnéticos, como é o caso do experimento 3A o
campo magnético é resultado do alinhamento de grande número de domínios magnéticos. E
no experimento 3B temos um campo magnético gerado pela presença de corrente elétrica em
um condutor, já que segundo a lei do eletromagnetismo, todo campo elétrico gera um campo
magnético, assim como todo campo magnético gera um campo elétrico.
Existem duas leis fundamentais que governam os campos magnetostáticos (1) lei de Biot-
Savart e (2) lei circuital de ampère. São regidas duas equações básicas do magnetismo que
define matematicamente como esses campos são gerados.

𝜇0 𝐼 𝑑𝒍 𝑋 𝒂𝑅 ∮ 𝑯 . 𝑑𝒍 = 𝐼𝑒𝑛𝑐
𝑑𝑩 =
4 𝜋 𝑅2 (2)
(1)
III. Defina os conceitos de fluxo magnético e polos magnéticos, e discuta como a
bússola pode definir os polos magnético da fonte de campo.
O fluxo magnético pode ser entendido como sendo o número de linhas de indução que
atravessam a superfície. Quanto maior o número de linhas que atravessam a superfície maior
será o valor do fluxo magnético.
Os polos magnéticos são regiões onde as linhas de fluxo sempre se fecham sobre si mesmas,
isso se deve ao fato de que não é possível ter um polo magnético isolado ou cargas
magnéticas. Como defende a segunda equação de maxwell para o eletromagnetismo “uma
carga magnética isolada não existe.”
Como sabemos o fluxo magnético é o caminho, na região do campo magnético, em relação
ao qual B é tangente em cada ponto. É a linha na qual a agulha de uma bússola se orienta se
estiver sob a ação deste campo.

IV. Descreva o fenômeno de alinhamento das limalhas de ferro com o campo


magnético e se a distribuição das linhas observadas está coerente com esperado a partir
da teoria.
As limalhas de ferro em presença de campo magnético se magnetizam, transformando-se em
um pequeno ímã. Estes pequenos ímãs se orientam no campo magnético, interagem entre si,
alinhando-se e ordenando-se aproximadamente segundo as linhas de campo, formando assim
um espectro (do campo) magnético. A distribuição das limalhas está de acordo com a teoria,
porque o campo magnético é a região em torno de um ímã onde acontecem as interações
magnéticas. Um ímã é, assim, representado por meio de vetor denominado indução
magnética. Da mesma forma que as cargas elétricas criam em torno delas um campo elétrico,
o ímã cria em torno de si o campo magnético.

V. Defina o conceito de indutância e como esta propriedade macroscópica é afetada


ou pode afetar os fenômenos observados nos experimentos a e b.

Um indutor é um elemento de circuito, sob o qual existe uma certa voltagem. O exemplo
típico é um solenoide, pelo qual passa uma corrente variável. Esta gera uma variação do
fluxo magnético através do indutor, que induz uma voltagem induzida em suas extremidades.
A indutância pode afetar os fenômenos observado nos experimentos, pois quando a bobina
captar das linhas de campo gerada pelo imã, vai gerar uma variação do fluxo
eletromagnético do imã.

2.4. Análise dos Dados Experimentais


2.4.1. Experimento 3B
2.4.1.1. Solenoide de um enrolamento
Aqui notamos algo interessante. Pela regra da mão direita, o sentido da corrente é o
que está sendo representado pelo polegar da mão, e que o sentido do campo magnético pelos
restantes dos dedos. Então o resultado esperado seria que em todo o contorno do condutor
estivesse campo magnético saindo e entrando, atendendo assim a teoria eletromagnética.
Abaixo podemos ver uma representação de como essa corrente estaria em conformidade com
o campo magnético gerado.

Figura 19. Regra da mão direita | Fonte: site/guia de estudo-Força magnética

2.4.1.2. Solenoide de três enrolamentos


A figura 17 mostra, o desenho das linhas de campo no solenoide de três enrolamentos,
essas linhas seguem um campo eletromagnético gerado pela indução de corrente no solenoide.
A Lei de Biot-Savart é uma equação do Eletromagnetismo que fornece o campo magnético
gerado por uma corrente elétrica constante no tempo. Essa equação é válida no domínio da
Magnetostática.
A polaridade do campo eletromagnético está relacionada com sentido da corrente
elétrica induzida no solenoide, com o auxílio de uma bússola identificamos o sentido do
campo magnético, percebemos que na figura 18 o ponteiro vermelho da bussola mostra que o
campo magnético está no sentido anti-horário e também porque o terminal positivo da fonte é
o preto. Com isso, a regra da mão direita é verdadeira, por que o polegar da mão direita indica
o sentido da corrente que parte do terminal preto, e os outros dedos, ao envolverem o
condutor por onde passa a corrente, dão o sentido das linhas de campo magnético, no mesmo
sentido da bússola.
Após desligar a fonte de tensão, medidos a largura, o diâmetro do solenoide e
contamos o número de espiras no enrolamento do solenoide da figura 18. Os dados obtidos
estão descritos abaixo.
Raio das espiras = 2,5 cm;
O espaçamento dos enrolamentos = 3cm;
O Número de espiras = 21;

2.5. Simulações
2.5.1. Experimento 3A
Na primeira parte da simulação comentamos a linha 8, referente a discretização da
malha para plot do campo vetorial para gerar a figura dada acima. E podemos observar que. Já
na segunda parte da simulação, comentamos a linha 7 e descometamos a linha 8. Isso
acontece porque o objetivo seria obter o campo vetorial B com melhor visualização. Desses
vetores, e o resultado esperado encontra-se abaixo.

Figura 20. Linhas de campo do imã Grande | Fonte: Figura 21. Campo vetorial do imã Grande | Fonte:
autor autor

Figura 22. Linhas de campo do imã pequeno | Fonte: Figura 23. Campo vetorial do imã pequeno | Fonte:
autor autor

Figura 24. Linhas de campo do imã anelar | Fonte: Figura 25. Campo vetorial do imã anelar | Fonte: autor
autor

Figura 26. Linhas de campo do imã disco | Fonte: Figura 27. |Campo vetorial do imã disco | Fonte: autor
autor
2.5.2. Experimento 3B
Figura 28. Campo vetorial do solenoide de um enrolamento | Fonte: autor

Figura 29. Campo vetorial do solenoide de três enrolamentos | Fonte: autor

Experimento 4: FORÇA MAGNÉTICA: BALANÇO MAGNÉTICO E MOTOR CC


ELEMENTAR
3. Instrumentos e Materiais utilizados
 1 Fonte de Corrente CC com regulagem de nível de corrente;
 1 Base de acrílico para conexão das hastes com apoio condutivo aos terminais da fonte
de corrente CC;
 2 Hastes com apoio condutivo;
 1 Balanço de latão 70x155 mm;
 1 Imã permanente no formato de U;
 1 Multímetro digital;
 2 cabos tipo banana-banana;
 1 Condutor cilíndrico móvel;
 1 espira condutora para os suportes Condutor.
3.1. Experimento 4A
3.1.2. Procedimentos Experimentais
Para o início ao experimento, efetuamos as aferições de todas as dimensões do balanço de
latão, das hastes condutoras e do imã em U.
Abaixo, figura 30, encontra-se as medidas obtidas, com o auxílio de uma régua.

Figura 30. Instrumentos utilizados e suas medidas.

Fonte: De autoria.

Uma medida importante para o experimento é o valor da resistência elétrica do


circuito fechado pelas hastes e o balanço de latão. Para obter essa medida, montamos a
bancada como foi indicado, conectando as hastes condutoras á base de acrílico e apoiamos
sobre elas o balanço de latão, figura 31. Com o uso de cabos bananas, fizemos a conexão
entre os terminais da base de acrílico ao multímetro. Conseguinte, obtivemos o valor da
resistência do circuito, que era de 0,2 Ω. Por fim, desconectamos o multímetro do circuito,
posicionamos no lugar dele uma fonte de tensão CC de 0,6 V (desligada até o momento),
fonte que foi previamente regulada com o auxilio de um multímetro, e com sua corrente
regulada ao mínimo.
Dados da fonte: Fonte DC 3/3, de 0-30V e 0-3 A.

Figura 31. Configuração inicial da banca.

Fonte: De autoria.
Da mesma forma, inserimos em série com esse circuito um multímetro, atuando como
um amperímetro no circuito, conforme a figura 32 demonstra, assim como, posicionamos o
imã em formato de U sobre a bancada de acrílico, de forma que a parte inferior do balanço
esteja centralizada ao máximo com o imã, e de forma que o campo magnético interno ao imã
seja orientado de cima para baixo, como ilustrado na figura 33.

Figura 32. Demonstração do circuito proposto.

Fonte: Roteiro, experimento 4A.

Figura 33. Disposições do imã em U, no experimento do balanço magnético.

Fonte: Roteiro, experimento 4 A.

Com isso, ligamos a fonte de alimentação DC e aumentamos lentamente a regulagem


de corrente até a condição de o balanço mudar. Verificando a alteração da posição inicial do
balanço, aferimos o deslocamento que ele teve, assim como, verificamos, através do
multímetro, a alteração que a corrente sofria em relação a esse deslocamento.
Essa aferição se repetiu para as três disposições do imã em U descritas na figura 33. A
fonte de alimentação foi desligada antes de alterarmos aposição do imã, para que assim fosse
evitado qualquer acidente, assim como, para evitar a excessiva dissipação de calor no circuito.
Para o posicionamento correto do Imã, segundo a disposição da figura 33, utilizamos
uma bússola para indicar a devida orientação do campo magnético.
Para uma melhor análise, nos foi orientado pelo professor em sala que fizéssemos a
medida de corrente para 4 deslocamentos diferentes, portanto, para padronizar o experimento,
em todas as disposições do imã em U, mantivemos a aferição da corrente CC nos mesmos
pontos de deslocamento.
Registramos todos os dados obtidos nas tabelas abaixo.

Tabela 1: Disposição 1 do imã U, Norte – Sul. Tabela 2: Disposição 2 do imã U, Sul – Norte.

Distância (cm) Corrente (A) Distância (cm) Corrente (A)


0,5 0,53 0,5 0,28
1 0,89 1 0,73
1,5 1,20 1,5 1,43
2 1,30 2 2,20
Fonte: De autoria. Fonte: De autoria.

Tabela 3: Disposição 3 do imã U com a Tabela 4: Disposição 4 do imã U com a


concavidade virada para cima, Norte – Sul. concavidade virada para cima, Sul – Norte.
Distância (cm) Corrente (A) Distância (cm) Corrente (A)
0,5 0,66 0,5 0,34
1 1,06 1 0,61
1,5 1,86 1,5 1,05
2 2,46 2 1,57
Fonte: De autoria. Fonte: De autoria.

Abaixo, encontram-se imagens registradas em laboratório do experimento realizado.

Imagem 1. Imã em U, Utilizado no experimento. Imagem 2 : Medindo o deslocamento do balanço.

Fonte: De autoria Fonte: De autoria


Imagem 3 : Orientação do campo magnético. Imagem 4 : Configuração do imã em U, deslocamento
do balanço, Norte - Sul

Fonte: De autoria. Fonte: De autoria.

Imagem 5 : Configuração do imã em U, deslocamento Imagem 6 : Corrente medida, deslocamento do


do balanço, Sul -Norte. balanço, Sul-Norte.

Fonte: De autoria. Fonte: De autoria.

Imagem 7 : Configuração do imã em U, balanço Imagem 8 : Configuração do imã em U,


centralizado. deslocamento do balanço.

Fonte: De autoria. Fonte: De autoria.


Imagem 9: Configuração do imã em U, deslocamento do balanço.

Fonte: De autoria.

Notamos que o sentido da corrente é invertido, o campo magnético muda de direção e


a força é contrária a anterior, ou seja, quando mudamos a polaridade, o sentido da corrente se
inverte e todas essas consequências acontecem.
Então a diferença notória é o sentido do deslocamento que se alterou devido o sentido
que foi posicionado o imã. Novamente utilizando uma bussola para verificar a direção do
fluxo magnético do imã. Aplicando a regra da mão direita e comprovamos mais uma vez que
a nova direção de deslocamento do balanço está de acordo a direção esperada para a pratica,
obedecendo a lei de Faraday e a força de Lorentz ao interagir com o novo sentido do campo
constante do imã e o sentido da corrente no balanço.

3.2. Experimento 4B
Dando continuidade ao experimento 4, força magnética: balanço magnético e motor cc
elementar, usamos cobre esmaltado, disponibilizado em laboratório, para fabricarmos duas
espiras retangulares, uma possuindo 10 voltas e a outra 20, de forma que estas tivessem o
tamanho suficiente para girar em torno do eixo entre o Imã em formato de U.
Tanto o imã em formato de U e as expiras deveriam ser posicionados entre as hastes
metálicas afixadas na base de acrílico, como demonstrado na figura 31, usada na parte A do
experimento 4, contudo, tivemos dificuldades em fixar de modo correto as espiras
retangulares nos ganchos das hastes metálicas.
Usamos, portanto, outra configuração de bancada, mostrada na imagem abaixo
Figura 34. Disposições do imã em U no experimento da espira móvel – motor CC

Imagem 11: Base de acrílico e hastes usadas no experimento 4 B.

Fonte: De autoria.

Com o imã em U já posicionado na base acrílica, sem haver contato com as hastes,
conforme o esquema da figura 10, regulamos a fonte de tensão com uma ddp de 3V, usamos
um multímetro para confirmar que a saída da fonte estava entregando o que o leitor
informava, reduzimos o ajuste de corrente para zero nesse momento. Feito isso, conectamos a
fonte de tensão desligada, a base de acrílico onde se encontravam as hastes condutoras. Para
que o circuito se interligue por completo, raspamos, com certa dificuldade, 180º dos dois
condutores em ambos os lados.
Feito isso, ligamos a fonte de alimentação e regulamos a corrente entregue ao circuito
até que a condição da espira mudasse, ou seja, começasse a se movimentar, de forma que
desses indícios que ia começar a rotacionar. Em alguns momentos, foi nescessário dá
pequenas batidas na expira, para que ela começasse a se movimente. Quando notávamos que
o circuito ainda não se encontrava fechado, ou seja, a espira ainda estava sem contato direto
com as hastes, raspávamos mais as pontas das espiras.
Obtendo um movimento de rotação contínuo das expiras, solicitamos a presença do
professor, para que o mesmo desse aval para que fizéssemos a medição da velocidade de
rotação da espira, com o auxílio de um tacômetro.
Posto isso, desligamos a fonte de tensão e invertemos a polaridade do imã em U, e
ligando a fonte de tensão novamente, realizamos os mesmos procedimentos acima para que
assim fosse possível uma melhor análise do comportamento do campo magnético. Por fim,
paramos a espira com a mão, com a fonte de alimentação ligada, e registramos a tensão e as
corrente aplicadas a expira.
Repetimos todos os passos acima para a expira de 20 volta.
Assim como a tensão, corrente e resistência elétrica, registramos as dimensões nas
tabelas abaixo.

Tabela 5: Valores obtidos na medição, expira de 10 voltas.

Tensão Corrente(A) Resistência (Ω) Dimensão(cm)


1,7 mV 1,45 0,19 1,5/2,4
Fonte: De autoria.

Tabela 6: Valores obtidos na medição, expira de 20 voltas.

Tensão Corrente(A) Resistência (Ω) Dimensão(cm)


1,27 mV 1,50 0,20 1,5/2,8
Fonte: De autoria.

Tabela 7: Rpm, expira de 10 Voltas. Tabela 8: Rpm, expira de 10 Voltas.


Expira de 10 Voltas Rpm Expira de 20 Voltas Rpm
Sentido Norte – Sul 946.6 Sentido Norte – Sul 762.2
Sentido Sul – Norte 983.5 Sentido Sul – Norte 565.1
Fonte: De autoria. Fonte: De autoria.

Em seguida, alguns registros feitos em laboratório do experimento 4B.

Imagem 12: Expira de 10 voltas.


Imagem 13: Expira de 20 voltas.

Fonte: De autoria.
Fonte: De autoria.
Imagem 14: RPM espira de 10 voltas. Imagem 15: RPM espira de 10 voltas polaridade
invertida.

Fonte: De autoria. Fonte: De autoria.

Imagem 16: RPM espira de 20 voltas. Imagem 17: RPM espira de 20 voltas polaridade
invertida

Fonte: De autoria. Fonte: De autoria.

Considerações:
Podemos observar nesse experimento que uma tensão é gerada á medida que a bobina
gira na presença do campo magnético, esse comportamento é muito encontrado em máquinas
elétricas, com motores, geradores e alternadores.
Em relação ao item 5 e 6, percebemos que era nescessário que apenas 180º do
condutor estivesse raspada, para que houvesse a rotação. O condutor nesse caso funciona
como uma "chave", abrindo e fechando o circuito, para que assim aconteça o movimento,
caso contrário não seria possivel, as forças atuando sobre a bobina se "cancelariam", uma
força entraria em choque com a outra, fazendo que houvesse uma oscilação, mas não a
rotação da bobina. No nosso caso, foi importante que déssemos um toque nas bobinas, um
primeiro torque mecânico, para que depois ele continuasse o movimento através da parte
elétrica do circuito.
Se a espira for colocada paralelamente a um campo a um campo magnético, ela sofre
uma força que tende a girá-la. O torque sobre uma espira é o produto vertorial entre a F e o
braço de alavanca.

3.3. Simulação
Software: Matlab

Figura 35: Dados obtidos com o código do Matlab, Figura 36: Dados obtidos com o código do Matlab,
Bob_CC. Espira de 10 Voltas. Bob_CC. Espira de 20 Voltas.

Fonte: De autoria. Fonte: De autoria.

Dados obtidos com o código do Matlab: Força_Mag.m

Figura 37: Imã com polaridade Norte-Sul, em C.


Figura 38: Imã com polaridade Sul – Norte, em C.

Figura 39: Imã com polaridade Norte-Sul, concavidade para cima.


Figura 40: Imã com polaridade Norte-Sul, concavidade para baixo.

QUESTÕES PARA DISCUSSÃO A PARTIR DOS EXPERIMENTOS

I. Descreva fisicamente como surge a força magnética sobre uma linha de corrente
na presença de um campo magnético constante.
Todas as propriedades magnéticas da matéria são explicadas em termos de movimento de
elétrons e das cargas positivas associadas aos átomos e moléculas. Essa força surge quando
uma partícula carregada move-se em uma região de campo magnético. A força magnética é o
resultado da interação entre dois corpos dotados de propriedades magnéticas, como ímãs ou
cargas elétricas em movimento. Ela pode ser tanto atrativa quanto repulsiva e surge em
corpos eletricamente carregados e que se encontra em movimento em relação a algum campo
magnético exterior. Essa força é sempre perpendicular aos vetores de velocidade do corpo e
de campo magnético.

II. Levante hipóteses sobre os fatores que podem alterar a intensidade e direção da
força magnetostática sobre uma linha de corrente.
Pode ser pela direção e intensidade da corrente elétrica aplicada na linha de carga, a
intensidade e sentido do campo do imã, quanto maior a corrente sobre presença de um
campo magnético constate, maior será a força exercida devido a corrente produzir um campo
magnético mais intenso que interage com o campo constante do imã. Assim virmos que
alterando o sentido da corrente ou o sentido do campo magnético constante, conseguimos
alterar a direção da força magnética sobre a linha de carga.

III. No Experimento 4.a, descreva o movimento do pêndulo magnético levando em


consideração as forças envolvidas.
Essa relação é representada pela regra da mão direita: o polegar da mão direita indica o
sentido convencional da corrente elétrica; e os outros dedos, ao envolverem o condutor por
onde passa a corrente, dão o sentido das linhas de campo magnético. As forças que exerce
sobre o pendulo (balanço) é possível determinar através dessa regra, como vimos na
realização do experimento aplicando a regra da mão direita e comprovamos mais uma vez
que a nova direção de deslocamento do balanço está de acordo à direção esperada para a
pratica, obedecendo a lei de Faraday e a força de Lorentz ao interagir com o novo sentido do
campo constante do imã e o sentido da corrente no balanço.

V. No Experimento 4.b, descreva a importância de um dos lados do condutor da espira,


em contato com alimentação fonte de corrente, estar metade isolada e metade raspada,
enquanto que o outro lado está completamente desprovido de isolação.
É necessário que as espiras estejam com metade da parte que fica conectada as hastes
raspadas, para que conduza corrente em apenas 180, percebemos que era necessário que
apenas 180º do condutor estivesse raspada, para que houvesse a rotação. O condutor nesse
caso funciona como uma "chave", abrindo e fechando o circuito, para que assim aconteça o
movimento, caso contrário não seria possível, as forças atuando sobre a bobina se
"cancelariam", uma força entraria em choque com a outra, fazendo que houvesse uma
oscilação, mas não a rotação da bobina.

VI. No Experimento 4.b, caso ambos os lados do condutor da espira, em contato com
alimentação fonte de corrente, estivessem completamente desprovidos de isolação, qual
deveria ser o movimento esperado para a espira?
Se estivessem completamente desprovidos de isolação, apareceria outra força magnética na
segunda metade do giro, porém de sentido oposto a primeira força e esse mesmo problema
pode ser explicado pela regra da mão direita, isso faz com que a bobina fique indo e voltando
sem finalizar um giro.
Comentários Gerais
Com a realização do experimento proposto, nos foi possível o estudo e visualização da
força que um campo magnético exerce sobre partículas carregadas, elementos de correntes e
espiras de corrente.
Como estudado previamente, sabemos que há pelo menos três maneiras de a força
magnética se manifestar. Gerando essa força devida á: ao movimento de partículas carregadas
em um campo magnético, á presença de um elemento de corrente em um campo externo, á
interação entre dois elementos de corrente.
A força magnética experimentada por uma carga Q em movimento, com velocidade u
em um campo magnético B, é:
𝑭 = 𝑄𝒖 𝑥 𝑩
Isso mostra que que a força magnética é perpendicular tanto a velocidade, quanto ao
campo magnético.
Tendo considerado a força sobre uma espira de corrente em um campo magnético,
podemos determinar o torque sobre ela. O conceito de torque sobre uma espira de corrente
quando sob ação de um campo magnético é de fundamental importância para entender o
comportamento de partículas carregadas em orbita, de motores de corrente contínua, e de
geradores. Visto que, se a espira for colocada paralelamente a um campo magnético, ela sofre
uma força que tende a gira-la.

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