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Universidade Federal de Goiás

Escola de Engenharia Elétrica e de Computação Goiânia — GO


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Engenharia de Computação – MATUTINO


Raul Almeida de Castro Gomes e Pedro Henrique Aquino Alves
Turma B

LABORATÓRIO DE CONVERSÃO DE ENERGIA I EXPERIMENTO 1: CAMPOS

MAGNÉTICOS

1. Objetivos:
Observar a existência de campo magnético em torno de um ímã e linhas de fluxo
magnético.
Observar a existência de campo magnético em torno de um fio de cobre transportando
corrente elétrica.
Construir um eletroímã a partir de uma bobina em torno de um núcleo ferromagnético.

2. Resumo Teórico:
Utilizando de imãs permanentes, limalha de ferro, bobinas e um núcleo ferromagnético, o
objetivo do experimento é visualizar o campo magnético, uma vez que esse não possui uma definição
sólida na literatura, sendo descrito pelos seus efeitos e propriedades. O campo magnético pode ser
percebido pela presença das linhas de indução ao redor do ímã, apesar de invisíveis, estas foram
observadas com a ajuda da limalha de ferro, uma vez que o campo magnético atrai e ordena a limalha
ao longo das linhas de indução, possibilitando ver o efeito do campo.

3. Material utilizado:
Bússola
Ímãs permanentes.
Fonte de alimentação CC 0-30V – 2A. Bobinas de 600+600 espiras.
Núcleo ferromagnético. Base não magnética.
Limalha de ferro.
Folha de papel A4.
Amperímetro.

4. Procedimento:

4.1 Utilizando-se a bússola, identificar os pólos dos ímãs disponíveis.

N S

Nesse procedimento a bússola, uma agulha imantada sobre um eixo móvel que aponta para o
polo magnético norte da Terra, foi enganada com a presença de um campo magnético mais
forte nas proximidades, e começou a apontar para o polo norte do ímã sobre a mesa, quando
invertido o ímã a bússola apontou para o lado oposto da sala, mostrando a repulsão de polos
iguais

4.2 Cobrir o ímã com uma folha de papel A4 e, cuidadosamente, espalhar limalha de
ferro sobre o papel, observando a disposição das linhas de fluxo magnético formadas.
Alternativamente, na falta de limalhas de ferro, utilizar palha de aço triturada. Esboçar a
disposição das linhas observadas experimentalmente.
Imagem 1 - limalha de ferro em uma folha em branco acima de um ímã

Na imagem acima tem-se limalha de ferro espalhada sobre o imã, o imã em questão é uma
paralelepípedo retangular, chato, com faces positiva e negativa. Aqui vemos o efeito da
atração das linhas de indução que se manifestam saindo de uma das faces e indo em direção à
outra, a limalha de ferro, disposta ligeiramente inclinada demonstra esse fato, uma vez que as
linhas de força são curvas.

Imagem 2 - ilustração da forma das linhas de indução de um ímã

4.3 Juntar outro ímã unindo pólos opostos, conforme ilustrado a seguir. Espalhar limalha
de ferro e observar as linhas de fluxo magnético formadas. Esboçar a disposição das linhas
observadas experimentalmente.

N S N S
imagem 3 - Dois ímãs alinhados
Podemos ver pela imagem 3 a característica dos linhas de indução, saindo do polo norte de
um ímã e indo para o polo sul do outro ímã, devido à disposição da limalha, que parece querer
entrar no plano da folha para alcançar o polo do outro imã

4.4 Separar os ímãs, longitudinalmente conforme ilustrado e, novamente, observar as


linhas de fluxo magnético formadas. Esboçar a disposição das linhas observadas
experimentalmente.
N S N S

imagem 4 - ímãs separados

Na imagem 4 é óbvio o comportamento das linhas de indução, devido à disposição da


limalha, que no canto inferior direito curva de modo a sair do plano e ir em direção ao outro
ímã e no centro em que elas formam linhas quase retas unindo as duas fontes de campo
magnético, mostrando o comportamento esboçado abaixo.

4.5 Inverter a polaridade de forma a tentar juntar pólos iguais e, novamente, observar as
linhas de fluxo magnético formadas. Esboçar a disposição das linhas observadas
experimentalmente.

N S

imagem 5 - imãs com polos iguais aproximados


Nessa disposição observa-se que dentro do mesmo ímã a limalha se comporta saindo do polo
positivo para o negativo, porém entre os ímãs a limalha parece querer sair do plano, seguindo
as linhas de fluxo magnético que se repelem, nos polos de mesma polaridade, que são
mostrados no esboço abaixo.

4.6 Girar um dos ímãs colocando-o a 90º em relação ao outro, conforme indicado, e
repetir o procedimento anterior.

imagem 6 - ímã colocado perpendicularmente a outro

Nesta imagem, devido a forma dos ímãs, a limalha se dispõe de forma em que entre ímãs
iguais ela sai normalmente de um polo a outro, na junção dos magnetos ela demonstra
atração, pois a face superior do imã horizontal atrai a face superior do ima vertical, mostrado
pela limalha formando arcos entre eles

Construindo um Eletroímã.

4.7 Na bobina de (600+600) espiras, aplicar uma corrente elétrica de 1,5 A a partir de
uma fonte CC. Com objetivo de se limitar a corrente da bobina, conectar com a mesma uma
resistência série de 0 (zero) Ohms, conforme ilustrado a seguir:

500
Ω esp
V

Posicionar uma folha de papel A4 sobre a bobina e espalhar limalha de ferro, observando a
distribuição do campo magnético em torno da bobina.
Imagem 7 - campo magnético sobre uma bobina

Nesta imagem, podemos visualizar as linhas de campo magnético gerado da bobina


facilmente por meio da limalha de ferro. Veja que essas linhas estão saindo do polo positivo
bobina, e voltariam para a base da bobina, o polo negativo. O comportamento visualizado
experimentalmente é esperado. A imagem abaixo ilustra bem o fenômeno observado:

4.8 Inserir no núcleo da bobina uma barra ferromagnética na forma de U. Posicionar uma
folha de papel A4 sobre o núcleo magnético e repetir o item anterior.

Imagem 8 - bobina posicionada em barra ferromagnética


Imagem 9 - bobina posicionada em barra ferromagnética

A inserção da bobina nessa barra ferromagnética em U muda o polo negativo, anteriormente


na base da bobina, para o outro lado da barra ferromagnética. Esse comportamento faz então,
com que as linhas de campo magnético saiam do polo positivo localizado na ponta esquerda
da barra em U, onde está a bobina, e entrem no polo negativo localizado na ponta direita da
barra em U. O comportamento observado é ilustrado na figura abaixo:

4.9 Fechar o núcleo magnético colocando uma barra de ferro sobre os terminais do núcleo
em U. Posicionar uma folha de papel A4 sobre o núcleo e espalhar limalha de ferro,
observando a distribuição de campo magnético em torno do núcleo.

Ao fechar o núcleo magnético com uma barra de ferro, a limalha de ferro não reagiu ao
campo magnético do sistema. Isto porque, ao fechar os terminais do núcleo magnético, todo o
campo magnético passou a atuar dentro do condutor.
5. Conclusão:

Por meio dos experimentos efetuados, conclui-se então que conseguimos com êxito
observar a existência do campo magnético experimentalmente nas condições impostas. Pode-
se perceber esse fenômeno em torno de um ímã, sob diferentes circunstâncias e posições.
Além disso, também observamos a existência desse campo em torno de um fio de cobre
com corrente elétrica, ao utilizarmos a bobina, e também analisar o comportamento das linhas
de campo a partir de um eletroímã que fora construído nos últimos 3 procedimentos.
Conclui-se então que os resultados obtidos foram esperados de acordo com o
conhecimento teórico possuído, e que todos os objetivos do experimento foram alcançados
empiricamente.

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