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1.

Resumo
O experimento realizado se trata da medição da diferença de potencial (ddp) entre
duas placas, uma placa e um anel, dois anéis de mesmo raio e dois anéis concêntricos de raios
distintos. A partir da teoria sobre linhas de força, campo elétrico e superfícies equipotenciais,
foi possível traçar no papel milimetrado, as equipotenciais de cada disposição e determinar
seu campo elétrico sempre perpendicular à essas linhas. Observou-se também que a ddp
sempre aumenta quando aproximada do objeto determinado como polo negativo, isso se deve
ao campo elétrico, que sempre tem direção do polo positivo para o negativo. Assim, foi
possível a análise do campo elétrico em diferentes posições ao redor dos corpos.

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2. Objetivo
Tem-se como objetivo principal, estudar as configurações das linhas de campo
elétrico e de equipotencial para diversos arranjos e formatos de eletrodos.

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3. Introdução teórica
A presença de um campo elétrico pode ser verificada colocando num ponto uma
carga Q. O campo elétrico é formado por superfícies carregadas eletricamente Se estiver uma
força proporcional atuando sobre a carga, dizemos que existe um campo elétrico.

- Linhas de força
São linhas imaginarias introduzido pelo físico inglês Michael Faraday (1791-1867),
para facilitar a visualização da configuração do campo elétrico. Estas linhas são a
representação geométrica convencionada para indicar a presença de campos elétricos, sendo
representada por linhas que tangenciam os vetores campo elétrico resultante em cada ponto,
logo, jamais se cruzam. Por convenção, as linhas de força têm a mesma orientação do vetor
campo elétrico, de modo que para campos gerados por cargas positivas as linhas de força são
divergentes (sentido de afastamento) e campos gerados por cargas elétricas negativas são
representados por linhas de força convergentes (sentido de aproximação).
Quando se trabalha com cargas geradoras sem dimensões, as linhas de força são
representadas radialmente (Figura 1).

Figura 1 – Campo elétrico formado por uma carga geradora

(a) (b)

Nota: (a) campo gerado por uma carga positiva. (b) campo gerado por uma carga negativa.
Fonte: Referencia [2].

- Superfícies equipotenciais

Em Física, superfície equipotencial é o lugar geométrico dos pontos que apresentam


potenciais iguais. Como são em número infinito e contínuas, costumamos representar apenas
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algumas superfícies equipotenciais, correspondendo cada uma a determinado valor de
potencial elétrico.
Os desenhos são, obviamente, cortes nas situações tridimensionais. Assim, as
superfícies aparecem em nossos diagramas como linhas.

Propriedades das superfícies equipotenciais

1. O trabalho da força elétrica durante o deslocamento de uma carga elétrica


puntiforme sobre uma superfície equipotencial é nulo.
2. As superfícies equipotenciais são, em cada ponto, ortogonais à linha de força
que representa o campo elétrico e, consequentemente, ortogonais ao vetor campo elétrico .

Figura 2 – Equipotenciais para distribuição de cargas discreta.

Nota: (a) campo gerado por uma carga positiva. (b) campo gerado por uma carga positiva e uma
negativa. (c) campo gerado por duas cargas negativas
Fonte: Referencia [3].

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4. Materiais utilizados
Os materiais utilizados no experimento foram:
 Fonte ajustável de tensão continua;
 Multímetro digital;
 Cuba de plástico;
 2 barras metálicas;
 2 anéis metálicos de mesmo diâmetro;
 2 anéis metálicos de diâmetros diferentes;
 Becker;
 Agua destilada;
 Papel milimetrado.

5. Procedimento Experimental
Inicialmente, posicionamos os materiais sobre o papel milimetrada e marcamos seu
contorno na folha, de modo que ficassem 18 cm de distancia. Em seguida, fizemos a
marcação individual de cada conjunto: barras metálicas, anéis metálicos, anéis metálicos
concêntricos e anel e barra (Figura 3).
Colocamos uma cuba sobre o papel milimetrado que contem todos os contornos, a
fim de “mapear” o campo elétrico e as linhas equipotenciais do arranjo. Ajustamos a fonte de
tensão continua para (10,00 ± 0,01) V.
Primeiro analisamos as barras metálicas. Colocamos as duas barras sobre a marcação
feita, e conectamos os terminais às barras. Enchemos a cuba com agua, de modo que a agua
cobrisse pouco mais da metade do objeto. Com o multímetro no modo voltímetro, conectamos
uma dos terminais na barra, e deixa-se a outra ponta livre para medir o potencial entre os dois
eletrodos. Mapeamos as linhas equipotenciais e montamos o campo elétrico. Anotando,
também, as observações sobre o potencial elétrico.
Repetimos o procedimento anterior para os outros arranjos (anéis metálicos, anéis
metálicos concêntricos e anel e barra). Verificamos o potencial atrás das barras, dentro dos
anéis concêntricos e fora, e dentro dos anéis metálicos não concêntricos para verificar o que
acontece.

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Figura 3 - Posicionamento dos objetos no papel milimetrado.

Fonte: Elaborado pelo autor.

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6. Resultados e Discussão
Após a realização de todos os procedimentos, “mapeamento” das linhas
equipotenciais e observação do experimentos, obtivemos os resultados para cada caso.
 Barras metálicas paralelas
Ao montar o experimento com as barras metálicas, as linhas equipotenciais
entre elas são retas paralelas e as linhas de campo são perpendiculares as barras
metálicas (Figura 4). Próximo da barra carregada negativa possui uma tensão e um
campo elétrico maior do que próximo da barra carregada negativamente, pois o
campo “sai” da carga positiva e vai pra carga negativa. Ao medir a ddp na parte
externa das duas barras, observamos uma tensão com uma variação desprezível, por
ser quase nada essa variação. No lado externo da barra positiva, obtivemos uma
tensão em torno de 9,50 V, e no lado externo da barra negativa uma tensão tendendo
a zero volts.

Figura 4 – Mapeamento das linhas equipotenciais das barras metálicas

Fonte: Elaborado pelo autor.

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 Anéis metálicos não concêntricos
Para o experimento com os anéis metálicos foi observado que em
determinados pontos, entre os anéis, possuíam o mesmo potencial elétrico, isso porque
esses pontos pertenciam a mesma linha equipotencial. Essas linhas eram curvas e
quanto mais perto do condutor eram mais circulares e a medida que se distanciava do
condutor elas se tornavam mais abertas.
Também foi observado que no interior do anel que continha o eletrodo
negativo o potencial era zero e no interior do eletrodo positivo o potencial era
máximo.
Figura 5 – Mapeamento das linhas equipotenciais dos anéis não concêntricos.

Fonte: Elaborado pelo autor.

 Anéis metálicos concêntricos


Nos anéis metálicos concêntricos observamos que há variação do
potencial entre os dois anéis, que fora dos anéis não há potencial elétrico e que
no interior do anel menor há um potencial elétrico máximo do arranjo
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considerável constante. Entre os dois anéis, as equipotenciais formadas eram
circulares, tendo uma equipotencial maior próxima do anel menor (positivo) e
uma equipotencial menor no anel maior (negativo).

Figura 5 – Mapeamento das linhas equipotenciais dos anéis concêntricos.

Fonte: Elaborado pelo autor.

 Anel e barra metálica


Ao afastarmos o eletrodo móvel do anel, em direção à barra, notamos que a
superfície equipotencial ia se deformando. Com o anel carregado positivo, obtivemos
uma tensão maior, e dentro dele uma tensão máxima constante. Quanto mais próximo

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do anel, mais circulares são as equipotenciais, e conforme se afasta e aproxima da
barra, as equipotenciais ficam paralelas a barra.

Figura 5 – Mapeamento das linhas equipotenciais dos anéis concêntricos.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Por se tratar de um experimento muito simples e de fácil aplicação não ocorreram


grandes problemas que pudessem ocasionar erros absurdos. Os únicos cuidados que tiveram
que ser tomados foram: verificar o paralelismo entre as barras, cuidados para que os centros
dos anéis não se deslocassem, tanto no caso dos concêntricos como dos não - concêntricos, a
correta posição que o eletrodo livre deveria ser passado, anotar os pontos corretos e observar

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se o multímetro estava configurado como voltímetro. Os problemas maiores ocorreram pelo
fato de que algumas tensões não foram exatas.

7. Conclusão
Percebe-se que o experimento obteve sucesso, quando associado à teoria de campo
elétrico, linhas de força e superfícies equipotenciais, verifica-se a veracidade da Lei de Gauss
quando é fácil observar que o potencial dentro dos anéis e na parte externa ao arranjo dos
corpos é constante e que, entre eles, esse potencial se altera de acordo com sua disposição.
Assim, foi possível verificar que a superfície equipotencial, quanto mais próxima do
anel, tem sua linha mais circular, e quanto mais distante, essa linha vai perdendo sua
curvatura.
Os resultados foram muito próximos do que nos foi proposto em teoria, portanto
poderia ser repetido tranquilamente com maior atenção aos detalhes, para que os erros se
diminuam cada vez mais.

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8. Referencias Bibliográficas

[1]. HALLIDAY, D.; RESNICK, R. & WALKER, J. Fundamentos de Física. Vol. III. LTC –
Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. 4a Ed., 1996, Rio de Janeiro/RJ Brasil.
[2]. Disponivel em:<http://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/Eletrostatica/
campo3.php>. Acessado em 22/04/2017 as 15h21.
[3]. Disponivel em:<http://ensinoadistancia.pro.br/ead/Eletromagnetismo/Equipotenciais/
Equipotenciais.html>. Acessado em 22/04/2017 as 15h22.
[4]. Disponivel em:< http://alunosonline.uol.com.br/fisica/superficies-equipotenciais.html>.
Acessado em 22/04/2017 as 15h23.
[5]. Apostila de Laboratório de Física III. p.8. Ilha Solteira. 2014.

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