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Técnico em

Eletrotécnica
Módulo II
MÁQUINAS ELÉTRICAS
Introdução

 Os dispositivos que convertem energia elétrica em energia


mecânica de rotação são conhecidos como motores elétricos.
Uma vez descobertas das relações entre eletricidade,
magnetismo e movimento, foi possível desenvolver motores
elétricos de corrente contínua e alternada, monofásico e
trifásico.
Introdução

 Os dispositivos que convertem energia elétrica em energia


mecânica de rotação são conhecidos como motores elétricos,
de acordo com autores acima citados.

 Uma vez descobertas das relações entre eletricidade,


magnetismo e movimento, foi possível desenvolver motores
elétricos de corrente contínua e alternada, monofásico e
trifásico.
Introdução

 Os motores elétricos têm como base de funcionamento o


princípio da força eletromagnética(FEM): um circuito indutor,
chamado estator, produz um campo magnético fixo para o
circuito induzido, denominado rotor, que entra em
movimento ao ser percorrido por corrente elétrica.

 Michael Faraday, um dos pioneiros na pesquisa dos motores


elétricos, em 1822, durante seus experimentos observou a
manifestação de um movimento circular ao montar um
circuito em série com uma pilha de corrente contínua, ímãs e
dois recipientes cheios de mercúrio.
Introdução

 Em um dos recipientes,
Faraday prendeu um ímã em
forma de barra na posição
vertical e manteve um fio
móvel mergulhado no
mercúrio. Ao fechar o
circuito, nele se estabeleceu
corrente elétrica e o fio
móvel passou a girar ao
redor da barra magnetizada
Experimento de Faraday
Introdução

 De acordo com os autores (Op. cit.), o setor da indústria é


responsável por cerca de 45% de toda energia elétrica
consumida no País, sendo os motores elétricos responsáveis
pelo consumo de 75%. Nesta disciplina, se dará ênfase aos
motores trifásicos de indução, pois representam cerca de 90%
da potência de motores fabricados.

 Para esse tipo de motor serão apresentadas características


técnicas, informações sobre aplicações e os acionamentos. A
finalidade básica dos motores é o acionamento de máquinas
e equipamentos mecânicos, cabendo ao usuário a correta
seleção do motor adequado a cada processo industrial.
Introdução

 O processo de seleção dos motores deve satisfazer


basicamente três requisitos:

a) especificações sobre a alimentação: tipo da fonte, tensão,


frequência, qualidade da energia, harmônicas, etc.;
b) condições ambientais: altitude, temperatura,
agressividade do ambiente, proteção etc.;
c) características, exigências da carga e condições de serviço:
potência solicitada, rotação, conjugados, esforços
mecânicos, ciclo de operação, confiabilidade exigida pelo
processo industrial, etc.
Introdução

 Isto ocorre em função da disponibilidade desse tipo de fonte


de alimentação, além da própria simplicidade de operação e
construção de certos tipos de motores de corrente alternada,
que oferecem grande campo de aplicação, e confiabilidade a
baixo custo.

 As redes das concessionárias públicas ou privadas possuem


dois tipos de alimentação: a monofásica e a trifásica. Neste
sentido, se classificam os motores de corrente alternada em
motores monofásicos e trifásicos.
Introdução

 Os motores monofásicos são, em sua maioria, de uso


residencial ou para pequenas instalações comerciais e
industriais, com potências que atingem até 5 cv.

 Os motores trifásicos são aqueles que, do ponto de vista da


engenharia, apresentam maior importância, uma vez que são
mais frequentes em aplicações em instalações de grande
potência.

 Os motores trifásicos são também conhecidos como motores


assíncronos ou "motores de indução", que são os mais
difundidos e utilizados nas aplicações de engenharia, por sua
simplicidade de utilização, versatilidade e custo.
Princípio de Funcionamento
de Motor Trifásico
 Segundo Santos et al. (2016), o princípio de funcionamento
do motor de indução trifásico. Para eles, este é o mesmo de
todos os motores elétricos, ou seja, baseia-se na iteração do
fluxo magnético com uma corrente em um condutor,
resultando numa força no condutor.

 Eles afirmam que esta força é proporcional às intensidades de


fluxo e de corrente. O estator está ligado à fonte de
alimentação CA. O rotor não está ligado eletricamente a
nenhuma fonte de alimentação.
Princípio de Funcionamento
de Motor Trifásico
 Para exemplificar, poderemos considerar uma superfície
cilíndrica, sobre a qual dispomos de 3 espiras de mesma
impedância e mesmo número de condutores, cujos eixos
de simetria normais à superfície cilíndrica formam ângulo
de 120o entre si.

Espiras dispostas sobre uma superfície cilíndrica


Princípio de Funcionamento
de Motor Trifásico
 Como se sabe, quando uma
corrente i(t) percorre uma
dessas espiras, se estabelece
um campo de indução B, cuja
direção e sentido podem ser
representados pelos vetores
B1, B2 e B3 cuja intensidade é
proporcional a i(t), ou seja, |
B|= Ki(t). Os sentidos dos
campos B nas bobinas ficam Campos B da bobina com
campos determinados
determinados.
Princípio de Funcionamento
de Motor Trifásico
 O campo resultante é a composição vetorial dos campos
das 3 bobinas. Deste modo, se as correntes forem iguais, a
composição dos campos será nula; mas como no trifásico
as correntes são defasadas de 120o no tempo,
consequentemente os campos B também o serão.
Princípio de Funcionamento
de Motor Trifásico
 Em uma máquina trifásica, os enrolamentos das fases do
estator são deslocados de 120 graus elétricos no espaço
(ao longo do entreferro) e são percorridos por correntes
defasadas de 120 graus no tempo (correntes do sistema
trifásico de alimentação). O campo magnético resultante é
girante e sua intensidade é constante
Princípio de Funcionamento
de Motor Trifásico
Logo, as fmm (forças magnetomotrizes) geradas pelas
correntes de cada fase serão respectivamente:

ia(t) = Im cos t
ib(t) = Im cos (t -120o)
ic(t) = Im cos (t -240o)

Campo B da bobina com corrente defasada


Princípio de Funcionamento
de Motor Trifásico
 Este campo magnético girante se forma a cada instante, em
função da composição de cada um dos campos magnéticos
criados por cada enrolamento monofásico.

Fa(t) = Fm cos t
Fb(t) = Fm cos (t -120o)
Fc(t) = Fm cos (t -240o)
 Se considerarmos a composição das fmm em instantes
convenientes, tais como: t = 0o, t = 60o, t = 120o, t =
180o, t = 240o e t = 300o, obteremos como resultante
uma fmm, cuja intensidade será: 3/2 Fm, centrada no eixo
da fase que possui a fmm de maior intensidade em cada
um dos instantes considerados.
Princípio de Funcionamento
de Motor Trifásico
 Os autores observaram que é possível provar a afirmação
acima por meio de análise gráfica (representação vetorial)
e analiticamente (a partir do conceito de ondas
progressivas).

 Verifica-se que o campo resultante tem módulo constante


e sua direção desloca-se com velocidade ω, isto é, descreve
f ciclos por segundo, pois ω=2πf.

 Para inverter o sentido de rotação de um motor trifásico,


basta que seja invertida a alimentação de duas fases.
Princípio de Funcionamento
de Motor Trifásico
 A velocidade de rotação do campo girante é chamada de
velocidade de sincronismo, cujo valor depende da maneira
como estão distribuídas e ligadas as bobinas no estator do
motor, assim como da frequência da corrente que circula pelo
enrolamento estatórico. Prova-se que esta velocidade vale:

60 𝑓
𝑁 𝑠=
𝑝

 Em que:
Ns = velocidade do campo girante em rpm
f = frequência da tensão de alimentação (Hz)
p = número de pares de polos
Princípio de Funcionamento
de Motor Trifásico
 Este campo magnético girante induz tensões nas barras do
rotor de gaiola, que desenvolverão correntes elétricas, que,
por sua vez, em interação com o campo magnético,
produzirão forças (conjugado) arrastando o rotor em direção
a esse campo.

 À medida que a velocidade de rotação do rotor aumenta, a


velocidade em relação ao campo girante diminui. O
conjugado motor será reduzido até atingirmos a condição de
regime na qual se verifica a igualdade:

Cmotor = C resistente da carga


Princípio de Funcionamento
de Motor Trifásico
 De certo que a velocidade do rotor nunca poderá atingir a
velocidade síncrona, uma vez que isso ocorrendo, a posição
relativa da espira e do campo girante permanece
inalterada, não havendo variação de fluxo e,
consequentemente, não havendo geração de correntes
induzidas (Cmotor = 0). Do exposto, resulta a denominação
desta máquina de "motor assíncrono".
Princípio de Funcionamento
de Motor Trifásico
 Do fato acima, define-se escorregamento como sendo a
diferença relativa entre a velocidade Síncrona e a parte
móvel do motor, denominada rotor, expressa em
porcentagem daquela, isto é:

𝑁𝑠 − 𝑁
𝑆= 100
𝑁𝑠

 Em que:

Ns = velocidade do campo girante


N = velocidade do motor
Princípio de Funcionamento
de Motor Trifásico
 Observa-se que em plena carga, usualmente, o
escorregamento de um motor quando opera em regime
permanente está compreendido entre 1,5 e 7%. Atente-se
para o exemplo a seguir, conforme ilustram Santos et al.
(2016).

 Diante de um motor trifásico de indução de 4 polos é


alimentado com tensão de 220 V, 60 Hz e gira a 1740 rpm,
calcular seu escorregamento.
Princípio de Funcionamento
de Motor Trifásico
 A partir da determinação da velocidade síncrona:

60 𝑓 60 𝑥 60
𝑁 𝑠= = =1.800
𝑝 2
𝑁 𝑠 =1.800 𝑟𝑝𝑚

 A partir da determinação de s:

𝑁𝑠 − 𝑁 1800 −1740
𝑆= 100= 𝑥 100=3 ,33 %
𝑁 1800
Motor de Indução com Rotor
em Curto-circuito
 Conforme relataram Gozzi; Parede e Horta (2011) em seus
estudos, o rotor dos motores assíncronos não necessita de
alimentação externa.

 Apesar de não serem diretamente supridos pela fonte de


energia externa, os rotores são postos a girar sob o efeito do
campo magnético formado pelas bobinas do estator (campo
girante).

 Os bobinamentos empregados são dos tipos: “gaiola de


esquilo” (rotor em curto-circuito) e o rotor em anéis (rotor
bobinado).
Rotor em curto-circuito

 O enrolamento do rotor consiste em barras de cobre, de


alumínio ou então de alguma liga metálica que são instaladas
nas ranhuras, formando uma “gaiola”, unidas em cada
extremidade e soldadas entre si (em curto-circuito) por meio
de dois anéis laterais de cobre ou bronze, tornando mais fácil
e robusta a construção do rotor. O rotor tipo gaiola é uma
peça quase indestrutível, podendo suportar altas
temperaturas sem danos.

 É importante ressaltar que não há necessidade de isolamento


entre o núcleo do rotor e as barras condutoras, posto que as
tensões induzidas são muito baixas.
Rotor em curto-circuito

 Tipos mais usados:

Gaiola de esquilo;
Dupla gaiola de esquilo;
Rotor de barras profundas.

 Vantagens:

Menor custo;
Menores despesas com manutenção;
Maior robustez.
Rotor em curto-circuito

 Desvantagens:

Altas correntes de partida (em geral);


Conjugados de partida relativamente baixos;
Dificuldades para o controle de velocidade.
Motor de Indução com Rotor Bobinado

 No rotor do tipo bobinado (enrolado) ou em anéis, os


terminais do enrolamento rotórico são ligados a anéis
coletores em contato com escovas.

 Deste modo, podem ser inseridos resistores, a fim de que


sejam obtidos: conjugados de partida elevados, correntes de
partida reduzidas e um fator de potência melhorado.
Motor de Indução com Rotor Bobinado

 Vantagens:

a) Mediante o uso de resistores adequados, pode-se fazer com


que o conjugado máximo seja obtido a qualquer valor do
escorregamento;
b) A maior parte da perda por efeito Joule (p = r.i2) é dissipada
nos resistores externos, logo, ocorre menor aquecimento do
enrolamento;
c) Para o funcionamento normal, o enrolamento do rotor pode
ser “curto-circuitado” diretamente nas escovas;
d) O rotor em anéis pode ser usado, também, para
acionamento à velocidade variável (controle de velocidade).
Motor de Indução com Rotor Bobinado

 Desvantagens:

a) A principal desvantagem é o maior custo em comparação


com o dos motores com rotor em curto-circuito;
b) Maiores despesas com manutenção (escovas, anéis, etc.).
Fluxo de Potência e Rendimento
do motor de Indução
 O diagrama abaixo é representativo do fluxo de potência
envolvido num motor de indução trifásico:

Pi Po=(Pd-pr)

Pg=(Pi-p1) Pd=(Pg-p2)
p1 p2 pr

Em que:

Pi = potência de entrada do motor pr = perdas rotacionais (atrito, ventilação


p1 = perdas no cobre do estator e suplementares), incluídas as perdas
Pg= potência transferida pelo entreferro no ferro
p2 = perdas no cobre do rotor Po = potência de saída do motor
Pd= potência desenvolvida no eixo
Fluxo de Potência e Rendimento
do motor de Indução
 Em termos quantitativos, se tem:
Fluxo de Potência e Rendimento
do motor de Indução
 Os autores chamam a atenção de que no circuito equivalente,
a potência de entrada no rotor (Pg) está associada à
resistência: R2/s, enquanto as perdas no cobre do rotor (p2),
à componente: R2, e a potência desenvolvida no eixo (Pd), à
componente: R2.[(1 - s) /s].

 O rendimento do motor de indução é definido como a relação


entre a potência de saída (P0) e a potência de entrada do
motor (Pi), ou seja: η=P0/Pi.
Análise do Conjugado x Rotação

 De acordo com Santos et al. (2016), os motores de indução


trifásicos são assíncronos, ou seja, podem operar em uma
faixa de rotação cujo limite superior é a velocidade síncrona
(por exemplo: 3600 rpm, para máquinas com um par de
polos).

 A cada rotação está associado um valor de conjugado (torque,


por exemplo, em Nm). Demonstra-se que a curva do
conjugado desenvolvido em função da velocidade na partida
atinge um valor máximo para chegar a zero no ponto de
sincronismo
Influência da Tensão

 De acordo com Santos et al. (2016), os motores de indução


trifásicos são assíncronos, ou seja, podem operar em uma
faixa de rotação cujo limite superior é a velocidade síncrona
(por exemplo: 3600 rpm, para máquinas com um par de
polos).

 A cada rotação está associado um valor de conjugado (torque,


por exemplo, em Nm). Demonstra-se que a curva do
conjugado desenvolvido em função da velocidade na partida
atinge um valor máximo para chegar a zero no ponto de
sincronismo
Influência da Tensão

 O conjugado varia com o quadrado de tensão de alimentação


do estator. Desta forma, é possível aumentar ou diminuir o
conjugado de um motor, em particular o conjugado máximo,
variando-se a tensão de suprimento.

 Observa-se que, quando se utiliza ligação triângulo ao invés


de estrela, a tensão a qual os enrolamentos do estator ficam
submetidos é 3 vezes a tensão, quando se utiliza a ligação
estrela. Portanto, a utilização da ligação triângulo resulta em
conjugado 3 vezes maior do que a da estrela
Curvas dos Conjugados Motor e
Resistente da Carga
 Conforme seja a natureza de carga mecânica, haverá uma
curva de conjugado resistente associada. Em cargas de
ventilação, o conjugado resistente é proporcional ao
quadrado da velocidade, enquanto que em guindastes,
talhas e pontes rolantes, o
conjugado resistente é
praticamente constante,
havendo apenas um
pequeno sobretorque na
região próxima do repouso.

Conjugados do motor e resistente da carga


Corrente Absorvida da Rede
de Alimentação
 Ao fazer os cálculos para obtenção da corrente absorvida por
um motor trifásico, vamos obter um circuito equivalente.

Circuito equivalente do motor de indução


Corrente de Partida

 A análise de expressão da corrente absorvida indica que no


instante de partida (S = 1) a corrente é bastante elevada,
valendo:
𝑈
𝐼 =𝐾
√ 𝑅 2
+ 𝑋 2

 À medida que o motor vai acelerando, o escorregamento S vai


assumindo valores decrescentes, tendendo a zero e, a
corrente absorvida também vai decrescendo, tendendo ao
valor da corrente em vazio do motor que garante o fluxo de
magnetização.
Influência da Resistência do
Rotor e da Tensão
 Santos et al. (2016) também observaram que a corrente
absorvida da rede é proporcional à tensão de alimentação, o
que significa que a corrente absorvida por um motor com
ligação em estrela é de 57,7% da mesma corrente por fase
absorvida pelo mesmo motor com ligação em triângulo.

 Por outro lado, observa-se que o aumento da resistência do


rotor diminui a corrente de partida, produzindo o
deslocamento da rotação onde ocorre o conjugado máximo.
Influência da Resistência do
Rotor e da Tensão
 As figuras abaixo mostram as curvas da corrente em função
do escorregamento S, explicitando a influência de tensão e de
resistência do estator.

Influência da tensão e da resistência


Corrente de partida
do rotor na corrente de partida
Cálculo da Corrente em Função
da Velocidade de Rotação
 A equação que relaciona a corrente do motor com a rotação
foi mostrada quando do estudo do circuito equivalente do
motor de indução. Ao nos referirmos aos parâmetros ao
estator da máquina, teremos:

𝐸 ′2
𝐼 ′ 2= + 𝑋 ′ 2 ¿¿
2

√ 2 / 𝑠¿¿¿
′ 2
( 𝑅
 Em que:

( 𝑛 𝑠 −𝑛 )
𝑆=
𝑛𝑠
Cálculo da Corrente em Função
da Velocidade de Rotação
 A equação que relaciona a corrente do motor com a rotação
foi mostrada quando do estudo do circuito equivalente do
motor de indução. Ao nos referirmos aos parâmetros ao
estator da máquina, teremos:

𝐸 ′2
𝐼 ′ 2= + 𝑋 ′ 2 ¿¿
2

√ 2 / 𝑠¿¿¿
′ 2
( 𝑅
 Em que:
( 𝑛 𝑠 −𝑛 )
𝑆=
𝑛𝑠
Cálculo da Corrente em Função
da Velocidade de Rotação
 Logo, o processo de cálculo consiste em, conhecidos os
parâmetros do motor, obter o escorregamento
correspondente a cada valor da velocidade de rotação do
rotor e, a partir daí, calcular a corrente correspondente de
rotor referida ao estator.

 A corrente do estator é obtida adicionando-se a parcela


referente ao ramo de magnetização:

𝐼 1=𝐼 ′ 2 + 𝐼 𝑚
Cálculo da Corrente em Função
da Velocidade de Rotação
 Pela teoria do divisor de corrente, aplicada ao circuito
equivalente do motor de indução, temos que as correntes do
ramo de magnetização e do rotor referidas ao estator são
obtidas a partir das equações:
( 𝑅′ 2 / 𝑠+ 𝑗 𝑋 ′ 2 ¿. 𝐼 1
𝐼 𝑚=
𝑅′ 2 / 𝑠 + 𝑗 ( 𝑋 ′ 2 + 𝑋 𝑚 )

𝑋 𝑚. 𝐼 1
𝐼 ′ 2=
𝑅 2 / 𝑠+ 𝑗 ( 𝑋 2 + 𝑋 𝑚 )
′ ′

( 𝑅′ 2 / 𝑠 + 𝑗 𝑋 ′2 ¿ . 𝐼 ′ 2 [¿ . 𝐼 ′2
Então: 𝐼 𝑚= Logo: 𝐼 1 =
𝑋𝑚 𝑋𝑚
Cálculo da Corrente em Função
da Velocidade de Rotação
 Graficamente, a corrente rotórica em função da velocidade de
rotação tem a seguinte forma:

Em que:

Ip = corrente de partida
no =velocidade nominal
In = corrente nominal (plena carga)
ns = velocidade síncrona
Curvas Características Conjugado/Velocidade
das Cargas Mecânicas

 No universo das cargas mecânicas a serem acionadas,


podemos destacar tipos básicos que obedecem a seguinte
equação geral:

2
𝑇 𝑟 =𝑇 𝑜+(𝑇 𝑚 −𝑇 𝑜)¿¿
Em que:
T0 = torque resistente para ω igual a zero
Trn = torque resistente nominal
ωn= velocidade nominal
Cargas de Conjugado Resistente
Constante (a=0):
 São cargas que mantêm inalterado seu conjugado para
qualquer valor da velocidade do acionamento, sendo sua
equação característica dada por: Tr = Trn.

 O gráfico da velocidade em função do torque é representado


por:
Cargas de Conjugado Resistente
Constante (a=0)
 Fazem parte destas cargas:
esteiras transportadoras,
transportadores (pontes
rolantes, guinchos e
pórticos), cadeira do
laminador de chapas,
compressores de válvula
presa, máquinas de atrito
seco.
Cargas de Conjugado Resistente Linear
com a Velocidade (a=1)
 São cargas que possuem seu conjugado variando
linearmente em função da velocidade através da equação
de uma reta dada por:

𝑇 𝑟 =𝑇 𝑜+(𝑇 𝑚 −𝑇 𝑜)
( )
𝜔
𝜔𝑛
Cargas de Conjugado Resistente Linear
com a Velocidade (a=1)
 Assim, o gráfico da velocidade em função do torque é dado
por:

Fazem parte dessas cargas:

 Sistemas de acoplamento hidráulico ou eletromagnético;


 Geradores acionados e alimentando carga de alto fator de potência (resistiva);
 Transmissão de torque por atrito viscoso.
Cargas de Conjugado Resistente Crescente
com o Quadrado da Velocidade (a = 2)
 São cargas na qual o conjugado varia em relação à
velocidade de acordo com uma parábola, dada pela
equação abaixo:

2
𝑇 𝑟 =𝑇 𝑜+(𝑇 𝑚 −𝑇 𝑜)¿¿
Cargas de Conjugado Resistente Crescente
com o Quadrado da Velocidade (a = 2)
 Assim, a representação gráfica da velocidade em função do
torque fica representada pelo gráfico abaixo:

Fazem parte dessas cargas:

 Bombas centrífugas;
 Ventiladores.
Cargas de Conjugado Resistente Inversamente
Proporcional com a Velocidade (a = -1)
 São cargas na qual o conjugado varia em relação à velocidade
de acordo com uma hipérbole, dada pela equação abaixo:

−2
𝑇 𝑟 =𝑇 𝑜+(𝑇 𝑚 −𝑇 𝑜)¿¿
 Assim sendo, o gráfico da velocidade em função do torque fica
representado pelo gráfico:

Fazem parte dessas cargas:

 Brocas de máquinas ferramentas;


 Bobinador, desbobinador;
 Máquinas de sonda e perfuração
de petróleo;
 Máquinas de tração.
Cargas com Predominante Efeito Inercial

 Para os regimes transitórios de aceleração e desaceleração


os momentos de inércia de todas as partes girantes
deverão ser utilizados para o cálculo do conjugado motor,
que deverá ser dado por:

 Uma parcela para vencer a resistência da carga; e


 Uma parcela para aceleração ou desaceleração.
Cargas com Predominante Efeito Inercial

 Para os diferentes conjugados fornecidos pelo motor durante


as fases de um movimento, temos:

 Regime Permanente:
O conjugado fornecido pelo motor Cm é igual ao conjugado
resistente da carga: Cm = Cr.

 Regime Transitório de Aceleração:


O conjugado de partida fornecido pelo motor Cmp deverá vencer o
conjugado resistente da carga e também inercial para aceleração
do acionamento:
𝑑𝜔 𝑑 𝜔 𝐶 𝑚𝑝 − 𝐶 𝑟
𝐶 𝑚𝑝 =𝐶𝑟 +𝐶 𝜕 𝑐 =𝐶 𝑟 + 𝐽 . = >0
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝐽
Cargas com Predominante Efeito Inercial

 Regime Transitório de Desaceleração:


O conjugado de frenagem, fornecido pelo motor Cmf será auxiliado
pelo conjugado resistente da carga, que deverão produzir a
desaceleração do acionamento.

𝑑𝜔 𝑑 𝜔 𝐶 𝑚𝑓 −𝐶 𝑟
𝐶 𝑚𝑓 =𝐶 𝑟 =𝐶 𝑑𝑐 =𝐶 𝑟 + 𝐽 . = >0
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝐽
Cargas com Forte Variação de Conjugado
com a Velocidade
 Existem cargas que possuem um sobreconjugado de partida
que pode atingir várias vezes o conjugado do motor na
velocidade nominal, por isso pode impedir a partida ou tornar
a aceleração muito demorada.

Cargas com variações de conjugado


Cargas com Forte Variação de Conjugado
com a Velocidade
 A Quadro abaixo mostra a escolha do conversor-motor para
alguns tipos de máquinas e suas variações de conjugado
Classificação dos Diferentes tipos de
Motores Elétricos
 Vamos classificar os motores para que possamos ter uma
facilidade na hora da escolha do acionamento. Primeiramente
vamos fazê-lo quanto a:

 Categorias de Conjugado:
Uma vez variando a construção
das ranhuras, o formato dos
condutores dentro dessas
ranhuras e o condutor (cobre,
alumínio ou latão) utilizado
nessa construção, variam os
conjugados, notadamente os
de partida
Variação dos conjugados de partida
Classificação dos Diferentes tipos de
Motores Elétricos
 Tais conjugados têm as seguintes aplicações principais:

 Categoria N: Conjugado e corrente de partidas normais,


baixo escorregamento. Destinam-se a cargas normais tais
como bombas, máquinas operatrizes e ventiladores.
 Categoria H: Alto conjugado de partida, corrente de
partida normal, baixo escorregamento. Recomendado
para esteiras transportadoras, peneiras, britadores e
trituradores.
 Categoria D: Alto conjugado de partida, corrente de
partida normal, alto escorregamento. Usado em prensas
excêntricas, elevadores e acionamento de cargas com
picos periódicos.
Graus de Proteção

 Como já mencionado anteriormente, um dos itens


importantes na designação do motor ideal para uma
determinada aplicação é o das condições ambientais. Assim
sendo, os graus de proteção proporcionados pelos invólucros
dos motores elétricos têm como objetivo:

 Proteção de pessoas contra contato ou aproximação com


partes sob tensão e contra contato com parte sem
movimento dentro do invólucro,
 Proteção do motor contra a penetração de corpos sólidos
estranhos,
 Proteção do motor contra os efeitos prejudiciais da
penetração de água.
Graus de Proteção

 A designação utilizada para indicar o grau de proteção é


formada pelas letras IP, seguidas de dois algarismos
característicos que significam a conformidade com as
condições de proteção exigida pelo projeto do motor.

 O primeiro algarismo característico indica o grau de proteção


proporcionado pelo invólucro a pessoas e também às partes
do interior do motor contra objetos sólidos.

 O segundo algarismo característico indica o grau de proteção


proporcionado pelo invólucro contra efeitos prejudiciais da
penetração de água.
Graus de Proteção

 O Quadro abaixo mostra alguns exemplos de graus de proteção


e o que eles definem. Outros tipos de proteção são encontrados
em tabelas na Norma mencionada (NBR).
Classes de Isolação

 Todo projeto que se usa um motor para acionar uma carga tem
como característica seguir os itens já mencionados para a sua
escolha. Assim, um dos itens que determina o tamanho do
motor, além de outras coisas, é a classe de isolação que se
utiliza nos materiais que compõem o motor.

 Assim, poderemos ter, de acordo com o projeto, motores com


tamanhos ou configurações diferentes (ventilação forçada) para
a mesma potência, já que precisaremos ter uma determinada
área para liberar o calor gerado pelas perdas do motor.
Classes de Isolação

 Baseado na norma NBR 7034, os motores podem pertencer a


uma das seguintes Classes de Temperatura que apresenta a
classificação térmica dos materiais isolantes.
Regimes de Serviço

 Um motor elétrico não vai, necessariamente, ficar ligado o


tempo todo, de modo que, como esse fato vai influir sobre
o dimensionamento da potência necessária para acionar
uma carga, a norma de motores definiu 8 regimes
diferentes, representados no que segue.

 Nessas curvas, a primeira indica a grandeza e o tempo de


circulação da carga ligada (P, em watts), a segunda, as
perdas (joule e magnéticas) que aparecem durante a fase
de funcionamento, e a terceira, a elevação de temperatura
que ocorre devido às perdas citadas.
Regimes de Serviço

 Observe-se que, a temperatura máxima que o motor vai


poder ter (soma da temperatura ambiente mais o
aquecimento devido às perdas) é um valor que depende
dos materiais (sobretudo isolantes) com que o motor é
fabricado.

 Nesse sentido, podemos fazer referência à norma NBR


7034, cuja classificação geral está integralmente
reproduzida mais adiante, e mais um detalhamento de uma
dessas classes, para demonstrar o detalhe dado pela
norma.
Regimes de Serviço
Regimes de Serviço
Formas Construtivas

 Na construção do motor, um dos


aspectos a serem considerados
é a sua fixação, que pode ser
feita de diversas maneiras,
dependendo basicamente do
projeto da máquina mecânica
acionada. A norma brasileira,
baseada na IEC, define as
seguintes formas, identificadas
pelas letras IM (de International
Mounting System), seguido de
uma letra e um ou dois números
característicos.
Controle de Motores

 Gozzi; Parede e Horta (201) estudaram os motores e


observaram que estes devem ser controlados por partida
adequada e, se necessário, por dispositivos de controle.

 Dispositivos de partida podem ser combinados com


dispositivos para assegurar a proteção de motores, nestes
casos, eles devem estar de acordo com as regras aplicáveis
aos dispositivos de proteção.
Controle de Motores

 Os circuitos de controle de motores devem ser projetados de


forma a prevenir a partida automática de um motor após a
parada em função de uma falta ou uma queda de tensão, se
tal partida puder causar risco.

 Os autores ressaltam que esta prescrição pode não ser


satisfeita em certos casos, como por exemplo, quando a
partida de um motor for especificada em intervalos em
resposta a um dispositivo de seccionamento automático, ou
quando a não partida de um motor, após uma breve
interrupção na alimentação, puder causar risco
Controle de Motores

 Onde a frenagem do motor por contracorrente for


empregada, cuidados devem ser tomados para evitar a
reversão do sentido de rotação ao fim da frenagem se tal
reversão puder causar risco.

 Onde a segurança depende do sentido de rotação de um


motor, cuidados devem ser tomados para prevenir a
reversão de operação devida, por exemplo, à queda de uma
fase.
Controle de Motores

 Dispositivos de partida podem ser combinados àqueles que


providenciam proteção ao motor; eles devem satisfazer às
regras aplicáveis aos dispositivos de proteção. Os diferentes
dispositivos para seccionamento e ajuste de um motor, ou de
um conjunto de motores combinados, devem ser agrupados.
Métodos de Partida e Alimentação de Motores:
critérios de dimensionamento, esquemas de
força e comando
 Como já se sabe, a corrente absorvida da rede pelo motor
de indução trifásico durante a partida é bastante elevada,
podendo atingir valores da ordem de 8 vezes a corrente de
funcionamento em regime permanente de operação.

 Esta elevada corrente absorvida pelo motor percorre toda a


rede de alimentação que deverá ser dimensionada para
suportá-la.
Métodos de Partida e Alimentação de Motores:
critérios de dimensionamento, esquemas de
força e comando
 Essas correntes de partida também podem provocar
necessidade de ajuste da proteção, pois o sistema de
proteção deverá de algum modo, "reconhecer" que a
corrente de partida não é uma sobrecarga que deve
provocar o desligamento do motor.
Métodos de Partida e Alimentação de Motores:
critérios de dimensionamento, esquemas de
força e comando
 Analisando-se o circuito equivalente do motor apresentado
anteriormente, observa-se que, para diminuir a corrente
absorvida da rede, é necessário aumentar a impedância
equivalente ou diminuir a tensão de alimentação.

 Métodos de partida são aplicados em razão de atenuar a


intensidade da corrente de partida, e permitir adequado
acionamento do motor-máquina.
Métodos de Partida e Alimentação de Motores:
critérios de dimensionamento, esquemas de
força e comando
 A seguir vamos analisar alguns dos mais usuais desses
métodos de partida, nos quais a estrutura do sistema é dada.
Métodos de Partida e Alimentação de Motores:
critérios de dimensionamento, esquemas de
força e comando
 Critérios para definição do método de partida:

 Característica da máquina a ser acionada;


 Circunstância de disponibilidade da potência de
alimentação;
 Confiabilidade de serviço;
 Distância da fonte de alimentação, devido à condição de
queda de tensão (normal).
Métodos de Partida e Alimentação de Motores:
critérios de dimensionamento, esquemas de
força e comando
 A corrente na partida é muito maior do que a de
funcionamento normal em carga, e a potência absorvida é
determinada pela potência mecânica no eixo, podendo
resultar em sobrecarga na rede.

 São quatros os métodos disponíveis para partida de motores:

 Direta;
 Estrela-triângulo;
 Compensadora com autotransformador;
 Suave (soft-starter) com eletrônica de potência.
Métodos de Partida e Alimentação de Motores:
critérios de dimensionamento, esquemas de
força e comando
 A escolha entre os métodos deve considerar:

 Custos relativos entre motor e sistema de partida;


 Perturbações: introduzidas na rede de alimentação;
 Qualidade da partida: não são admitidos trancos em
certas máquinas;
 Distância da fonte de alimentação: influencia a queda de
tensão.
Partida Direta

 Partida direta é quando o motor é alimentado com sua tensão


nominal. Ao fazer isto, se solicita a fonte com uma corrente de
6 a 8 vezes a corrente nominal do motor.

 Isto pode causar queda de tensão na alimentação que seja


para a rede ou para outros consumidores da mesma
instalação.
Partida Direta

 As normas brasileiras de
instalações elétricas em
baixa tensão NBR-5410
estabelece como limite para
partida direta a potência de
5 cv em quando a
alimentação é fornecida por
concessionária de energia
que não defina limites.

Desenvolvimento de partida
Partida Direta

 Este tipo de partida se aplica a máquinas com qualquer tipo


de carga, máquinas que permitem normalmente suportar o
conjugado (torque) de aceleração, fonte de disponibilidade de
potência para alimentação e que exijam confiabilidade de
serviço pela composição e comando simples.

Formas de composição de um sistema


de partida em base Qualidade de proteção do motor
Partida Direta

 A maioria dos motores instalados atualmente é protegida de


acordo com a primeira solução (1ª coluna). Para as máquinas
de elevada importância e confiabilidade, é aplicada a terceira
solução (3º coluna)

Solução de proteção do motor


Partida Estrela-triângulo

 Para este tipo de partida, o motor deve ter acessíveis as 3


entradas e saídas dos enrolamentos. Uma vez atingida a rotação
e a corrente nominal, se pode comutar para a ligação em
triângulo, quando a corrente será igual à corrente nominal.

Período de partida nominal da partida estrela-triângulo


Partida Estrela-triângulo

 Na passagem de uma posição à outra, há uma elevação brusca


do conjugado que produz um tranco no eixo da máquina,
produzindo uma diminuição na vida útil nesta.

 A corrente absorvida da rede de alimentação, durante a


partida, também é um terço da corrente em regime
permanente. Isto se dá em função de a corrente absorvida da
rede ser igual à corrente que percorre o estator (pois a ligação
durante a partida é estrela), que, por sua vez, é proporcional à
tensão que é aplicada ao estator, que é 3 vezes menor do que
a tensão plena.
Partida Estrela-triângulo

 Gozzi; Parede e Horta (2011) ressaltam que em regime


permanente, além de a tensão aplicada no estator ser plena
(portanto, 3 vezes maior do que aquela aplicada durante a
partida), resultando, desta forma, em corrente no estator 3
vezes maior, a ligação em triângulo que permanece na
operação de regime determina que a corrente absorvida da
rede seja 3 vezes maior do que aquela que percorre a fase (o
estator).
Partida Estrela-triângulo

 Vale dizer, então, que a corrente absorvida da rede durante a


partida é: I abs(partida) = Iestator(em estrela) = (V /√3) / Z, em
que Z é a impedância do motor e, a corrente absorvida da
rede em regime permanente é:

I abs(regime) = √3 Iestator(em triângulo) = √3 (V/ Z);

 Portanto:

I abs(regime) / I abs(partida) = (√3 (V/ Z)) / ((V /√3) / Z) = 3


Partida Estrela-triângulo

 Os autores observaram que, se uma vez passada a fase de


partida, ou seja, o motor estiver alcançado sua rotação
nominal e assim a corrente já forem nominais, então
podemos comutar os enrolamentos para ligação de
funcionamento normal, que, assim, será ligada em triângulo,
como uma corrente nominal (In).

 A comutação da ligação estrela para a ligação triângulo,


dentro de um regime de carga bem definido, é feita
automaticamente, por meio de relé de tempo associado ao
comando de contatores.
Partida Estrela-triângulo

 Temos que lembrar que esta comutação leva a um aumento


de três vezes o valor da corrente, o que acarreta impactos
mecânicos não admissíveis à máquina ou até a fadiga
mecânica da máquina e do eixo do motor, reduzindo a vida
útil das partes mecânicas envolvidas.
Partida Estrela-triângulo

 As características básicas desse acionamento são:

 aplicam-se a acionamentos de máquinas que partem em


vazio ou com conjugado baixo;
 baixa disponibilidade de potência para alimentação;
 a execução da partida é parametrizada em tempo;
 aplicável em motores a serem acionados em grande
distância, otimizando os condutores;
 sua corrente de partida é Ip = 1.8 a 2.6 x In.
Partida Estrela-triângulo

 Na figura abaixo se observa a definição dos valores de


corrente para especificação dos componentes.

Definição dos valores de corrente para a especificação dos


componentes da partida estrela-triângulo
Partida Compensadora com
Autotransformador
 A partida compensadora com autotransformador é uma
solução intermediária entre a partida direta e a estrela
triângulo, no sentido de que permite o acionamento de
máquinas grandes que partem com carga já próxima da plena
carga (GOZZI; PAREDES; HORTA, 2011).

 Para a redução da corrente de partida, usa-se um


autotransformador com duas ou três derivações. A maioria
dos autotransformadores atualmente empregados possuem
duas derivações (65% e 80%).
Partida Compensadora com
Autotransformador
 O procedimento normal é tentar a partida com a derivação de
menor tensão (65%) e se não for conseguida em tempo
razoável a rotação nominal, passar as ligações para a
derivação 80%.

 Além da variação da tensão, é possível acertar o tempo de


partida por um relé de tempo. O comando pode ser feito a
grandes distâncias, otimizando os condutores de força.
Partida Compensadora com
Autotransformador
 Ao se passar da posição final (100% da tensão nominal),
também a máquina sofre um solavanco com a elevação rápida
do conjugado, como indicado no gráfico a seguir.

 O esquema de ligação dos enrolamentos e a definição dos


valores de corrente para especificação dos componentes são
ilustrados pelas figuras a seguir.
Partida Compensadora com
Autotransformador

Esquema de ligação dos enrolamentos


Partida Compensadora com
Autotransformador

Definição dos valores de corrente para especificação dos


componentes em partida por autotransformador

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