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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECATRONICA


MAQUINAS ELETRICAS

Antonio Ricardo Jose Teramai Mussororo

RESUMO DA AULA TEORICA 04

DOCENTE:
Eng. Alberto Ch. Seco

BEIRA, SETEMBRO DE 2023


INDICE

INTRODUÇÃO 3

MÁQUINAS CC 4

ROTAÇÃO DAS FACES DOS POLOS 5

COMUTAÇÃO EM 4 VOLTAS SIMPLES 5

A TENSÃO INDUZIDA EM UMA ESPIRA EM ROTAÇÃO 6

O FLUXO DE POTÊNCIA E DE PERDAS EM MÁQUINAS DE CORRENTE


CONTÍNUA (DC) 7

CONCLUSÃO 9

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 10
INTRODUÇÃO

As máquinas CC são geradores que convertem a energia mecânica em energia elétrica


CC e motores que convertem a energia elétrica CC em energia mecânica. A maioria das
máquinas CC é como as máquinas CA no sentido de que elas contêm tensões e correntes
CA em seu interior – as máquinas CC têm um saída CC somente porque existe um
mecanismo que converte as tensões CA internas em tensões CC em seus terminais. Como
esse mecanismo é denominado comutador, as máquinas CC são também conhecidas como
máquinas de comutação.
Os princípios fundamentais envolvidos no funcionamento das máquinas CC são muito
simples. Infelizmente, algumas vezes essa simplicidade fica obscurecida pela construção
complicada das máquinas reais.

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MÁQUINAS CC

As máquinas de corrente contínua (CC) são dispositivos eletromecânicos que convertem


energia elétrica em energia mecânica, ou vice-versa. Elas funcionam com base no
princípio da indução eletromagnética e usam uma corrente contínua para criar um campo
magnético constante.

Os fundamentos das máquinas de corrente contínua incluem conceitos como:

➢ Princípio de Funcionamento: Essas máquinas operam através da interação entre


um campo magnético gerado por ímãs ou bobinas e uma corrente contínua que
flui por bobinas no rotor ou no estator.
➢ Constituição: Uma máquina de corrente contínua consiste em um rotor (a parte
que gira) e um estator (a parte fixa). O rotor pode ser do tipo anel ou disco,
enquanto o estator possui ímãs ou bobinas que geram o campo magnético.
➢ Comutador e Escovas: Esses componentes permitem inverter a direção da
corrente nas bobinas do rotor, o que por sua vez altera a direção do campo
magnético e causa a rotação.
➢ Lei de Faraday: Essa lei estabelece que um condutor em movimento em um
campo magnético induz uma força eletromotriz (FEM) proporcional à velocidade
do condutor e à intensidade do campo magnético.
➢ Circuito Equivalente: É usado para representar o comportamento elétrico da
máquina, relacionando as correntes e tensões no rotor e no estator.
➢ Tipos de Excitação: Máquinas de corrente contínua podem ser excitadas com um
campo magnético constante ou com excitação independente (ligação de um ímã
permanente ao rotor).
➢ Aplicações: Essas máquinas são usadas em diversas aplicações, como motores de
tração elétrica, geradores e sistemas de controle de velocidade.
➢ Controle:O controle de velocidade e direção em máquinas de corrente contínua é
alcançado variando a corrente fornecida ao rotor por meio de técnicas como
regulação de tensão ou modulação de largura de pulso (PWM).

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ROTAÇÃO DAS FACES DOS POLOS

➢ Comutação: À medida que as bobinas do rotor giram, a comutação ocorre quando


as escovas passam de um segmento isolado do comutador para outro. Isso inverte
a direção da corrente nas bobinas.
➢ Inversão do Campo Magnético: A inversão da direção da corrente nas bobinas
provoca a inversão da direção do campo magnético produzido pelo rotor.
➢ Interação com o Campo Estator: Esse campo magnético variável interage com o
campo magnético constante do estator, causando um torque que gira o rotor.
➢ Movimento Contínuo: O ciclo de comutação ocorre repetidamente à medida que
o rotor gira, permitindo que o rotor continue girando de forma contínua.

Portanto, a rotação das faces dos polos é uma parte fundamental do funcionamento das
máquinas de corrente contínua, permitindo a conversão contínua de energia elétrica em
energia mecânica ou vice-versa.

COMUTAÇÃO EM 4 VOLTAS SIMPLES

A comutação em 4 voltas simples se refere a um ciclo completo de comutação em uma


máquina de corrente contínua, onde a direção da corrente é invertida quatro vezes durante
uma volta completa do rotor. Isso é necessário para garantir um fluxo de energia suave e
contínuo na máquina.
Para entender melhor:

➢ Uma Volta Completa (360 graus): Durante uma volta completa do rotor, a
comutação ocorre quatro vezes. Isso significa que a direção da corrente nas
bobinas do rotor é invertida quatro vezes, em ângulos igualmente espaçados de 90
graus.
➢ Comutação e Inversão do Campo Magnético: Cada vez que a comutação ocorre,
a direção da corrente é invertida nas bobinas. Isso, por sua vez, causa a inversão
da direção do campo magnético gerado pelo rotor.
➢ Interpretação do Fluxo de Energia: Essas inversões regulares do campo magnético
são cruciais para garantir um fluxo de energia contínuo. Elas ajudam a manter o
movimento suave do rotor e permitem uma operação eficiente da máquina.

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➢ Redução de Flutuações: A comutação em quatro voltas simples ajuda a minimizar
as flutuações na saída da máquina, proporcionando um torque mais uniforme e
estável ao longo de uma rotação completa.

A TENSÃO INDUZIDA EM UMA ESPIRA EM ROTAÇÃO

Quanta tensão é produzida por uma máquina CC real? A tensão induzida em qualquer
máquina dada depende de três fatores:
➢ O fluxo _ da máquina
➢ A velocidade _m do rotor da máquina
➢ Uma constante que depende da construção da máquina

A tensão induzida em uma espira em rotação é um fenômeno que ocorre quando uma
espira (um pedaço de fio enrolado em forma de círculo) gira dentro de um campo
magnético. Quando a espira está em movimento, as linhas do campo magnético cortam
as voltas da espira, criando uma mudança no fluxo magnético através dela.

Essa mudança no fluxo magnético gera uma força eletromotriz (f.e.m.) na espira, de
acordo com a Lei de Faraday da indução eletromagnética. A f.e.m. é essencialmente uma
diferença de voltagem (tensão) que surge na espira devido a essa mudança no fluxo
magnético. Essa tensão induzida pode ser usada para gerar eletricidade em geradores
elétricos ou para detectar movimento em dispositivos como sensores.

Lei de Faraday: A Lei de Faraday da indução eletromagnética estabelece que a tensão


induzida em uma espira é diretamente proporcional à taxa de variação do fluxo magnético
através dela. O fluxo magnético é o produto do campo magnético pela área da espira
perpendicular às linhas do campo.

Mudança no Fluxo Magnético: Quando a espira gira em um campo magnético, a área


da espira que é atravessada pelas linhas do campo magnético muda continuamente. Isso
resulta em uma variação no fluxo magnético através da espira.

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Tensão Induzida: A mudança no fluxo magnético gera uma tensão induzida na espira,
de acordo com a Lei de Faraday. Essa tensão é dada pela fórmula: \( \text{Tensão
Induzida} = -\frac{\Delta \Phi}{\Delta t} \), onde \( \Delta \Phi \) representa a mudança
no fluxo magnético e \( \Delta t \) é o intervalo de tempo em que ocorre essa mudança.

Direção da Tensão: A direção da tensão induzida segue a regra da mão direita: se você
esticar o polegar da sua mão direita na direção do movimento da espira e os outros dedos
na direção das linhas do campo magnético, o dedo indicador apontará para a direção da
tensão induzida.

Aplicações: A tensão induzida em uma espira em rotação é a base de funcionamento de


geradores elétricos, onde a energia mecânica é convertida em energia elétrica. Também é
usada em sensores de rotação, como os encontrados em velocímetros de carros e em
muitos dispositivos de detecção de movimento.

O FLUXO DE POTÊNCIA E DE PERDAS EM MÁQUINAS DE CORRENTE


CONTÍNUA (DC)

Fluxo de Potência em Máquinas de DC:


- Em máquinas de corrente contínua, como motores ou geradores DC, a potência flui
entre a fonte de alimentação (geralmente uma fonte de tensão DC) e a carga (como um
motor ou resistor).
- O fluxo de potência começa na fonte de alimentação, onde a tensão é aplicada aos
terminais da máquina DC.
- Essa tensão cria uma corrente elétrica que flui através dos enrolamentos do campo
magnético e do enrolamento da armadura (ou rotor) da máquina.
- A potência é transferida da fonte para a máquina e, em seguida, para a carga,
realizando trabalho (no caso de um motor) ou gerando energia elétrica (no caso de um
gerador).

Perdas em Máquinas de DC:


- Em máquinas reais, sempre há perdas de energia devido a vários fatores, que podem
ser classificados em duas principais categorias:

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➢ Perdas Elétricas: Estas são perdas devido à resistência elétrica dos condutores
e enrolamentos da máquina. A corrente elétrica ao passar pelos condutores
encontra resistência, o que gera perdas na forma de calor de acordo com a Lei
de Joule (P = I²R).
➢ Perdas Mecânicas: São perdas devido à fricção mecânica e outros atritos no
sistema da máquina DC. Isso inclui atrito nos rolamentos, escovas,
engrenagens e outros componentes mecânicos.

- A soma das perdas elétricas e mecânicas diminui a eficiência da máquina, ou seja, a


fração da potência de entrada que é convertida em potência útil e a fração perdida como
calor e atrito.

Eficiência da Máquina de DC:


- A eficiência de uma máquina de DC é uma medida importante e é definida como a
razão entre a potência útil na carga e a potência de entrada da fonte.
- Eficiência (%) = (Potência Útil / Potência de Entrada) x 100%

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CONCLUSÃO

Podemos entender que quando uma espira gira em um campo magnético, isso cria uma
tensão induzida na espira devido à mudança no fluxo magnético, de acordo com a Lei de
Faraday
Em resumo, a tensão induzida em uma espira em rotação é um princípio fundamental da
indução eletromagnética, onde a variação no fluxo magnético devido ao movimento da
espira gera uma tensão elétrica na mesma. Isso é amplamente utilizado na geração de
eletricidade e em diversas aplicações tecnológicas. E com isso podemos dizer que o fluxo
de potência em máquinas de corrente contínua envolve a transferência de energia da fonte
para a carga, enquanto as perdas elétricas e mecânicas representam a energia dissipada
durante esse processo. A eficiência da máquina é uma medida crítica para avaliar o quão
bem ela converte a energia elétrica em trabalho mecânico (no caso de motores) ou energia
elétrica gerada (no caso de geradores).

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

I. Mora, Jesús Fraile. Maquinas Eelctricas - 5ª Edição


II. Fitzgerald & Kingsley's Electric Machinery, 7th Edition
III. Electric Machinery Fundamentals, 5th Edition
IV. Martignoni, Alfonso. MAQUINAS ELÉTRICAS DE CORRENTE CONTINUA

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