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3.1 – Introdução
O motor de indução trifásico corresponde a, aproximadamente, 25 % da carga elétrica do
Brasil, ou seja, 50 % da carga industrial que, por sua vez, corresponde a 50 % da carga total. Uma
característica que distingue os motores de indução é que eles são máquinas com excitação única.
Embora tais máquinas sejam equipadas tanto com um enrolamento de campo como com um
enrolamento de armadura, em condições normais de utilização a fonte de energia é conectada a um
único enrolamento, enrolamento de campo. Ou seja, os motores de indução trifásicos (MIT) têm a
capacidade de operar sem necessidade de contato elétrico com os enrolamentos do rotor. Isso reduz
significativamente os custos e a manutenção.
A alimentação do motor de indução trifásico (MIT) é em corrente alternada. Normalmente a
alimentação é feita pelo estator. Os enrolamentos do rotor podem ser de dois tipos: “bobinado” ou
“gaiola de esquilo”. O rotor bobinado, menos usado, tem bobinas trifásicas no rotor e anéis
coletores no eixo de forma a permitir o acesso às correntes induzidas nos enrolamentos do rotor. O
rotor tipo gaiola de esquilo é composto de barramentos condutores alojados em ranhuras do rotor e
curto circuitados. Este tipo de enrolamento permite a construção de equipamentos bastante robustos.
É a forma mais comum dos MIT. A velocidade de operação do MIT é aproximadamente constante e
sempre menor que a velocidade síncrona, por esta razão este motor é também chamado motor
assíncrono.
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
3.2.2 - Estator
É formado de um núcleo de chapas magnéticas (também chamado de pacote), o qual possui
ranhuras axiais para alojar o enrolamento do estator. O uso de chapas magnéticas é justificado pela
redução de perdas e melhora do rendimento. O uso de ranhuras além de diminuir o entreferro
efetivo e a corrente de magnetização, também é um meio bastante eficiente de transmissão do calor
para o exterior. O estator também aloja as bobinas do enrolamento estatórico que pode ser tanto
trifásico como monofásico. Entre as chapas e as bobinas do enrolamento existem elementos de
isolação, cuja função é evitar colocar a carcaça e o pacote de chapas sob tensão.
3.2.3 Rotor
É igualmente composto de um núcleo de chapas magnéticas, também dotadas de ranhuras
axiais, onde o enrolamento do rotor é alojado. Os enrolamentos são de dois tipos:
Enrolamento em curto-circuito (rotor em gaiola de esquilo, rotor em curto-circuito):
Formado de barras de alumínio conectadas por anel em ambas as extremidades do pacote de
chapas. Este enrolamento não é acessível, ou seja, não existe nenhum terminal acessível que
permita acessá-lo. A gaiola é injetada sob alta pressão e temperatura não havendo isolação
entre as barras e o pacote de chapas. Os anéis nas extremidades axiais têm também a função
de garantir uma rigidez mecânica ao pacote de chapas. A forma das ranhuras do rotor
influencia o desempenho do motor, especialmente a curva de torque.
Enrolamento de bobinas (rotor bobinado): Feitas em geral de cobre. Trata-se de um
enrolamento semelhante ao enrolamento do estator, em geral trifásico. Os seus terminais são
conectados a anéis coletores e escovas, os quais podem ser acessados externamente. Este
tipo de enrolamento é usado quando se deseja um controle das características de torque e
Componente: Aplicação de Máquinas Elétricas
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
velocidade da máquina. É menos freqüente que o enrolamento em gaiola, uma vez que é
mais caro e menos robusto. A escolha de um motor com rotor bobinado também pode ser
requerida devida ao processo de partida do motor, uma vez que este tipo de motor pode
fornecer um torque mais elevado na partida.
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
mecânico elétrico
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(3.1)
p
Exemplo: Quantos graus mecânicos equivalem à 180º elet. Para uma máquina com 8 pólos:
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
Seguindo no mesmo raciocínio, o eixo da fase b está de 120 graus elétricos da fase a e o da fase c
está deslocado 120 graus elétricos da fase b.
_
Figura 3.5 – Representação das correntes trifásicas equilibradas.
(a) (b)
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
(c)
Figura 3.6 – Representação gráfica do campo girante em três diferentes instantes de tempo: (a) tempo t1, (b)
tempo t2, (c) tempo t3.
No instante de tempo t1, figura 3.5, a corrente na fase a está no seu valor positivo máximo,
enquanto as correntes das fases b e c estão na metade do seu valor negativo máximo. Na figura 3.6 é
suposto arbitrariamente que, quando a corrente numa determinada fase é positiva, ela circula para
ponto é usado no condutor a, como mostra a figura 3.6 (a). Evidentemente, uma cruz é
fora do papel, com relação aos condutores sem apóstrofo. Assim, no tempo t1, ia é positiva e um
usada para a’, porque ela representa a conexão de retorno. Então, pela regra da mão direita, segue-
se que a fase a produz uma contribuição de fluxo direcionada para cima, ao longo da vertical. Além
disso, o módulo desta contribuição é o valor máximo a m .
Para se determinar o sentido e o módulo da contribuição do campo da fase b no tempo t1,
representa o início da fase b deve receber a cruz , ao passo que b’ recebe o ponto . Por isso, a
observa-se que a corrente na fase b é negativa com relação à da fase a. Portanto, o condutor que
contribuição de fluxo da fase b é dirigida para cima ao longo do seu eixo de fluxo e o módulo do
fluxo da fase b é metade do máximo porque a corrente está na metade do seu valor máximo, ou seja,
b m Raciocínio similar leva ao resultado indicado na figura 3.6 (a) para a fase c. Uma analise
1
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vetorial da representação no espaço correspondente ao tempo t1, como ilustrado na figura 3.6 (a),
evidencia que o fluxo por pólo resultante está direcionado para cima e tem um módulo 3 2 vezes o
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
Quando o tempo passa 90 graus elétricos, de t1 para t2, na figura 3.5, a corrente da fase a é
zero, não dando nenhuma contribuição do fluxo. A corrente na fase b é positiva e igual a 3 2
vezes seu valor máximo, b m . A fase c tem o mesmo módulo da corrente, mas é negativa.
3
2
Juntas, as fases b e c se combinam para produzir um fluxo resultante tendo o mesmo módulo que no
ns
120. f
(3.2)
p
Onde:
f = freqüência da corrente, (Hz);
p = Números de pólos;
nS = velocidade síncrona, (rpm).
No que foi discutido acima, foi apontado que a circulação de correntes trifásicas equilibradas
através de um enrolamento trifásico equilibrado produz um campo girante de amplitude e
velocidade constante. Se nenhuma destas condições for perfeitamente satisfeita, é ainda possível se
obter um campo magnético girante mas não terá amplitude constante nem velocidade constante. Em
geral, para uma máquina de q fases, um campo girante de amplitude e velocidade constante resulta
Componente: Aplicação de Máquinas Elétricas
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
quando as duas condições a seguir forem satisfeitas: (1) há um deslocamento no espaço entre os
enrolamentos de fase equilibrados de 2 q graus elétricos, e (2) as correntes que circulam através
dos enrolamentos de fase são equilibradas e deslocadas no tempo 2 q graus elétricos. A única
exceção á regra é a máquina de duas fases. Devido à situação de duas fases ser um caso especial do
sistema de quatro fases, o valor de q igual a 4 deve ser usado.
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
produzir apenas a corrente necessária para desenvolver um torque igual aos torques contrários.
Visto que a corrente do enrolamento do rotor é produzida por indução, deve sempre permitir uma
diferença em velocidade entre o campo do estator (ns) e roto (nr). Essa diferença entre a velocidade
s nS nr
do campo girante (ns) e a velocidade do rotor (nr) é chamada de velocidade de escorregamento (s).
(rpm) (3.3)
onde nr - representa a velocidade real do rotor, em rpm.
Uma forma mais útil da grandeza escorregamento resulta quando é expressa numa base pro
unidade, usando a velocidade síncrona como referência.
nS n
s (3.4)
nS
Em repouso, a freqüência da f.e.m induzida no rotor é igual á freqüência do campo
magnético girante. Por outro lado, se o rotor fosse capaz de girar á mesma velocidade do campo
magnético girante, não haveria tensão induzida no rotor. Logo a freqüência das tensões induzidas
nos condutores do rotor varia inversamente com a velocidade do rotor, desde um máximo
(freqüência da rede) com o rotor em repouso, até a freqüência nula na velocidade síncrona.
p ( n S n)
f2 (3.5)
120
onde f2 é a freqüência da f.e.m e da corrente no enrolamento do rotor. Substituindo o valor do
escorregamento da expressão (3.18) na (3.19), tem-se:
f2 s S sf1
psnS pn
(3.6)
120 120
Portanto conclui-se que:
Na partida (instante), a velocidade relativa entre o rotor e o campo girante é máxima, ou
seja:
nr 0 s 1 (3.7)
Se o rotor alcançar a velocidade síncrona
nr ns s 0 (3.8)
Em carga:
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
Com isto podemos concluir que 0 ≤ s ≤ 1 e ainda, a f.e.m. induzida na armadura tem
módulo e freqüência proporcionais ao escorregamento.
Na condição de rotor bloqueado (ou travado) a velocidade do rotor é zero, portanto o campo
magnético girante produzido pelo estator tem a mesma velocidade com relação aos enrolamentos do
rotor e do estator, é nesta situação que a freqüência das correntes no rotor é a mesma do estator, ou
Exercício proposto.
1) Um motor de indução trifásico de 6 pólos tem no estator 3 ranhuras por pólo e por fase. Sendo 60
Hz a freqüência da rede, pede-se:
a) O número total de ranhuras do estator. (Resp: 54 ranhuras)
b) A velocidade do campo magnético girante. (Resp: 1200 rpm)
c) A velocidade do rotor para um escorregamento de 3%. (Resp: 1164 rpm)
d) A freqüência da corrente do rotor. (Resp: 1,8 Hz)
2) Um motor de indução trifásico de 4 pólos opera a 60 Hz. Se o escorregamento vale 5% a plena
carga, calcule a tensão induzida no rotor:
a) No instante da partida. (Resp: 60 Hz)
b) A plena carga. (Resp: 3 Hz)
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
Figura 3.7 – Circuito equivalente do motor de indução explicitando a resistência rotórica e a resistência fictícia
cuja potência corresponde à potência convertida em mecânica.
Visualizando a figura 3.7 observa-se que, não há diferença entre o circuito equivalente do
motor de indução trifásico daquele do transformador. A diferença consiste somente no módulo dos
parâmetros. Desta forma, a corrente de magnetização total Im, é consideravelmente maior no caso
do motor de indução, porque o circuito magnético necessariamente inclui um entreferro. Enquanto
que num transformador essa corrente é de apenas 2 a 5% da corrente nominal aqui ela é de
aproximadamente 25% a 40% da corrente nominal, dependendo do tamanho do motor. Além disso,
a reatância de dispersão do motor de indução também é maior por causa do entreferro, assim como
por que os enrolamentos do estator e rotor são distribuídos ao longo da periferia do entreferro e não
concentrados em um núcleo, como no transformador.
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
Tp – Torque com rotor bloqueado ou torque de partida ou, ainda, torque de arranque: é o
torque mínimo desenvolvido pelo motor bloqueado, para todas as posições angulares do
rotor, sob tensão e freqüência nominais;
Comentários:
a) Esta definição leva em consideração o fato de que o torque com o rotor bloqueado
pode variar um pouco conforme a posição em que se trava o motor.
b) Na prática, o torque de rotor bloqueado deve ser o mais alto possível, para que o
rotor possa vencer a inércia inicial da carga e possa acelerá-la rapidamente,
principalmente quando a partida é com tensão reduzida.
3.10.1 - Categoria N
Torque de partida normal, corrente de partida normal, baixo escorregamento. Constituem a
maioria dos motores encontrados no mercado e prestam-se ao acionamento de cargas normais, com
baixo torque de partida, como: bombas e máquinas operatrizes.
3.10.2 – categoria H
Torque de partida alto, corrente de partida normal, baixo escorregamento. Usados para
cargas que exigem maior torque na partida, como peneiras, transportadores carregados, cargas de
alta inércia, etc.
3.10.3 - Categoria D
Torque de partida alto, corrente de partida normal, alto escorregamento (mais de 5%). São
usados em prensas excêntricas e máquinas semelhantes, onde a carga apresenta picos periódicos e
cargas que necessitam de torques de partida muito altos e corrente de partida limitada.
As curvas torque x velocidade das diferentes categorias são mostrados na figura 3.10. A
norma NBR-7094 especifica os valores mínimos de torques exigidos para motores de categoria N,
H e D. Estes valores de norma são mostrados nas tabelas (3.1) e (3.2).
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
Tabela 3.1– Torque com rotor bloqueado (Cp), Torque mínimo de partida (Cmín) e Torque máximo (Cmáx) de
motores de categoria N.
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
Tabela 3.2– Torque com rotor bloqueado (Cp), Torque mínimo de partida (Cmín) e Torque máximo (Cmáx) de
motores de categoria H.
Os motores trifásicos de indução com rotor de anéis não se enquadram dentro destas
categorias. Deverão ser atendidos os torques máximos especificados na norma da ABNT-EB 620.
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
Onde: ED
tN
tN tR
100%
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
tN - funcionamento em carga
constante;
tR - tempo de repouso;
tD – tempo de partida;
máx - temperatura máxima
atingida;
ED - Fator de duração do
ciclo.
Onde:
tN tD
ED
tN tD tR
100%
tN - funcionamento em carga
constante;
tR - tempo de repouso;
tD – tempo de partida;
tF – tempo de frenagem;
máx - temperatura máxima
atingida;
ED - Fator de duração do ciclo.
Onde:
tN tD tF
ED
tN tD tF tR
100%
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
Onde: ED
tN
t N tV
100%
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t F1 t N 2
EDb
t D t N1 t F1 t N 2 t F 2 t N 3
100%
tF2 tN3
EDc
t D t N1 t F1 t N 2 t F 2 t N 3
100%
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
3.13.1- Perdas
A potência útil fornecida pelo motor na ponta do eixo é menor que a potência que o motor
absorve da linha de alimentação, isto é, o rendimento do motor é sempre inferior a 100%. A
diferença entre as duas potências representa as perdas, que são transformadas em calor, o qual
aquece o enrolamento e deve ser dissipado para fora do motor, para evitar que a elevação de
temperatura seja excessiva. O mesmo acontece em todos os tipos de motores. No motor de
automóvel, por exemplo, o calor gerado pelas perdas internas tem que ser retirado do bloco pelo
sistema de circulação de água com radiador ou pela ventoinha, em motores resfriados a ar.
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
3.14.1- Altitude
Motores funcionando em altitudes acima de 1000m, apresentam problemas de aquecimento
causado pela rarefação do ar e, conseqüentemente, diminuição do seu poder de refrigeração. A
insuficiente troca de calor entre o motor e o ar circundante, leva a exigência de redução de perdas, o
que significa, também, redução de potência. Os motores têm aquecimento diretamente proporcional
às perdas e estas variam, aproximadamente, numa razão quadrática com a potência. Existem ainda
três soluções possíveis:
a) A instalação de um motor em altitudes acima de 1000 metros pode ser feita usando-se
material isolante de classe superior;
b) Motores com fator de serviço maior que 1,0 (1,15 ou maior) trabalharão satisfatoriamente
em altitudes acima de 1000m com temperatura ambiente de 40ºC desde que seja requerida
pela carga, somente a potência nominal do motor;
c) Segundo a norma NBR 7094, os limites de elevação de temperatura deverão ser reduzidos
de 1% para cada 100m de altitude acima de 1000m. Esta redução deve ser arredondada para
o número de ºC inteiro imediatamente superior.
Exemplo: Motor de 100cv, isolamento B, trabalhado numa altitude de 1500m acima do nível do
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
Tabela 3.4 - Fator de multiplicação da potência útil em função da temperatura ambiente (T) em “ºC” e da altitude (H) em
“m”.
Exemplo: Um motor de 100cv, isolamento B, para trabalhar num local com altitude de 2000m e a
temperatura ambiente é de 55ºC. da tabela 3.4, = 0,70 logo:
P' 0,70 Pn
O motor poderá fornecer apenas 70% de sua potência nominal.
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
Tabela 3.5 - 1º Algarismo: indica o grau de proteção contra penetração de corpos sólidos estranhos e contato acidental.
Tabela 3.6 - 2º Algarismo: indica o grau de proteção contra penetração de água no interior do motor.
As combinações entre os dois algarismos, isto é, entre os dois critérios de proteção, estão
resumidos na tabela 3.7. Nota-se que, de acordo com a norma, a qualificação do motor em cada
grau, no que se refere a cada um dos algarismos, é bem definida através de ensaios padronizados e
não sujeita a interpretações, como acontecia anteriormente.
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
substitui com vantagem os IP21, IP22 e IP23, apresentando maior segurança contra exposição
acidental a poeiras e água. Isto permite padronização da produção em um único tipo que atenda a
todos os casos, com vantagem adicional para o comprador nos casos de ambientes menos exigentes.
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
Figura 3.12 - Representação das bobinas de um motor de indução trifásico com seis terminais.
As bobinas de um motor trifásico, na sua grande maioria, são projetados e fabricados para
um valor de tensão de 220 Vac ou para 380 Vac.
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
Como cada bobina foi projetada para receber 220 Vac, e na rede de alimentação há 220 Vac
entre fases, assim sendo, cada bobina deve ficar ligada entre fases. Pela representação vetorial, o
nome da ligação denomina-se triângulo. Assim como a ligação mostrada abaixo para um motor em
que a Ub é para 380 Vac.
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
Como cada bobina foi projetada para 220 Vac, e na rede de alimentação há 220 Vac entre
fase e neutro, cada bobina deve ficar ligada entre fase e um ponto neutro. Pela representação
vetorial verifica-se que o somatório dos valores das tensões no ponto onde estão conectados os
terminais finais das bobinas do motor é igual a 0, ou seja, um ponto neutro. Para inverter o sentido
de rotação de um MIT, basta inverter a seqüência de fases na alimentação do motor, para tal,
inverte-se apenas duas fases.
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
IN
P N (cv ).736
3.U L . cos .
( A)
Onde:
In - Corrente nominal em ampéres;
Pn - Potência nominal em cavalo-vapor;
UL - Tensão de linha aplicado aos terminais das bobinas do motor;
cos - fator de potência do motor;
- Rendimento: razão entre a potência de saída (potência mecânica na ponta do eixo do motor) e a
potência de entrada (tensão e corrente disponibilizada aos terminais do motor);
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
Se a lâmpada que está colocada nos terminais da bobina 1 acender, a polarização está
invertida. Assim, deve-se trocar 3 por 6 e verificar se a lâmpada continua apagada. Em caso
afirmativo, confirmar a numeração das bobinas do motor.
Observação: A lâmpada a ser utilizada deverá ser de 12V, é possível também utilizar um voltímetro
para fazer o teste.
Figura 3.20 - Representação das bobinas de um motor de indução trifásico com nove terminais.
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
Os motores de indução trifásicos com 9 terminais acessíveis podem ser ligados em redes de
alimentação com valores de tensão de linha iguais ao valor de tensão de bobina e com valor de
tensão de linha igual a duas vezes o valor de tensão de bobina. Se Ub = 220 Vac esse motor pode ser
ligado em UL= 220 Vac ou UL= 440 Vac. Esse motor é usado em chaves de partida do tipo série –
paralelo, sendo que já há a ligação das bobinas de cada fase entre si ligadas em paralelo, quando
usado a chave triângulo série - paralelo (UL= 220 Vac), ou as bobinas estão ligadas em estrela (une-
se os terminais 10, 11 e 12) e usa-se a chave estrela série - paralela (UL= 380 Vac).
Os mesmos esquemas a seguir servem para outras tensões quaisquer, desde que sempre seja
o dobro da tensão de bobina, como por exemplo 220/440 ou 230/460Vac.
3.16.2.1 - Tipos de Ligação do Motor de Indução Trifásico de 9 Terminais com o uso da Chave
Triângulo Série – Paralelo
Triângulo Série
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
Triângulo Paralelo
Na partida as bobinas do motor são ligadas em triângulo série, sendo assim, as bobinas
recebem sobre seus terminais o valor de UL/2, ou seja, 110 Vac. Quando a chave é comutada para
ligação triângulo paralelo, as bobinas recebem sobre seus terminais o valor de UL que é igual ao
valor de Ub.
Esse método de partida é usado para reduzir a corrente de partida consumida pelo motor.
3.16.2.2 - Tipos de ligação do motor de indução trifásico de 9 terminais com o uso da chave
estrela série – paralelo
Estrela Série
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
Estrela Paralelo
Na partida as bobinas do motor são ligadas em estrela série, sendo assim, as bobinas
recebem sobre seus terminais o valor de UF/2, ou seja, 110 Vac. Quando a chave é comutada para
ligação estrela paralelo, as bobinas recebem sobre seus terminais o valor de UF que é igual ao valor
de Ub.
Esse método de partida é usado para reduzir a corrente de partida consumida pelo motor.
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
Figura 3.25 - Representação das bobinas de um motor de indução trifásico com doze terminais.
Triângulo Paralelo
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
Estrela Paralelo
Triângulo Paralelo
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
Estrela Paralelo
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
rotor. As principais relações de mudanças de número de pólos são: 2/4 , 2/6, 2/8, 4/6, 4/8 e 6/8,
sendo a rotação síncrona para um motor de 2 pólos de 3600rpm, 4 pólos de 1800 rpm, 6 pólos de
1200 rpm e 8 pólos de 900 rpm. A primeira utilização do motor dahlander era de obter uma forma
de variação de velocidade. Conforme a ligação feita no motor dahlander a também a possibilidade
de se ter um torque constante, potência constante Com os avanços da microeletrônica e eletrônica
de potência, a variação de velocidade de um motor de indução é conseguida através da variação da
freqüência e tensão fornecida para o motor, com o uso do inversor de freqüência.
Figura 3.30 - Motor com 4 pólos considerando 2 bobinas de umas das fases.
Com a inversão do sentido da corrente em uma das bobinas teremos a formação de apenas 2
pólos.
Figura 3.41 - Inversão do sentido da corrente num motor dahlander para mudança do número de pólos
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Capítulo III – Máquinas de Indução Trifásicas
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