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Figure 6-6
The development of induced torque in an induction motor. (a) The rotating stator field BS induces
a voltage in the rotor bars; (b) the rotor voltage produces a rotor current flow, which lags behind
the voltage due to rotor inductance; (c) the rotor current produces a magnetic field BR lagging
rotor current by 90o. Interaction between BR and BS produces a torque in the machine.
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O número de pólos do motor é obtido através da forma de execução dos
enrolamentos de campo; este número sempre é inteiro e par. Assim, pode-se
construir motores com qualquer número de pólos, embora no comércio
estejam disponíveis apenas motores de 2, 4, 6 ou 8 pólos.
Frequência do rotor:
Frequência do rotor = frequência de escarregamento: fr = s x f
Velocidade do campo do rotor
3 ESTRUTURA E CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
A Figura 6 mostra a estrutura de motor de indução:
Rotor de um motor de indução
A estrutura de motor de indução é composta de:
• Estator
É construído com chapas de material magnético e recebe o enrolamento
de campo, cujas espiras são colocadas em ranhuras, como mostra a Figura 7.
Aí se situa o enrolamento de campo, que pode ser mono ou trifásico. A
maneira como esse enrolamento é construído determina o número de pólos do
motor, entre outras características operacionais. Suas pontas (terminais) são
estendidas até uma caixa de terminais, onde pode ser feita a conexão com a rede
elétrica de alimentação.
• Rotor
O enrolamento de armadura é montado no rotor. No caso mais comum, ele é constituído
de condutores retilíneos interligados nas duas extremidades por anéis de curto-circuito
(Figura 8a), o que lhe dá a forma de uma gaiola. Existe um outro tipo de rotor, dito
bobinado, onde os terminais das fases do enrolamento de armadura são ligados a anéis
deslizantes, permitindo a inserção de elementos que auxiliem na partida do motor.
Na Figura 8b mostra-se o rotor completo, com o eixo posicionado, na ponta do qual há uma
flange.
Fazem parte do motor, ainda, as tampas dianteira e traseira, que servem de
proteção, e o ventilador que auxilia no resfriamento dos enrolamentos.
Além das dimensões, uma importante característica dos motores é seu índice de
proteção, dado pelas letras IP seguidas de dois algarismos. O primeiro indica a
proteção contra a penetração de corpos sólidos estranhos e contato acidental; o
segundo refere-se à proteção contra a penetração de água. O significado dos
algarismos é dado na Tabela 1.
Fonte: WEG
Obviamente, não se podem encontrar motores com quaisquer combinações
desses dois algarismos. Os índices de proteção mais comuns são: 12, 22, 23, 44,
54 e 55; os 3 primeiros são considerados motores abertos e os demais são
motores fechados.
O único ponto desfavorável é que os motores trifásicos necessitam de rede trifásica para
a alimentação, o que nem sempre está disponível nas instalações.
As principais características dos motores de indução são indicadas na placa de identificação,
semelhante à mostrada na Figura 7.10.
As principais informações obtidas nesta placa são apresentadas a seguir.
Chama-se fator de serviço (FS) ao fator que, aplicado à potência nominal, indica
a carga permissível que pode ser aplicada continuamente ao motor, sob condições
especificadas. Todo o motor é capaz de fornecer potência superior à nominal a fim
de atender a picos de exigências das cargas, porém só é capaz de fazê-lo por breves
instantes sem correr o risco de danos. Este valor está na faixa de 1,0 a 1,35 e, de
maneira geral, pode-se dizer que motores menores têm maior FS, conforme pode
se observar na Tabela 2.
4.2 Freqüência Nominal
Os motores são projetados para trabalhar com uma determinada freqüência, referente à
rede de alimentação, admitida uma variação máxima de ±5% (NBR 7094/96).
No Brasil, a freqüência padronizada é 60Hz; entretanto, existem muitos equipamentos
importados de países onde a freqüência é 50Hz. A Tabela 3 mostra as alterações que
acontecem a motores de indução bobinados para 50Hz quando ligados em rede de 60Hz.
4.3 Velocidade Nominal
É aquela desenvolvida pelo motor quando utilizando sua potência nominal, alimentado
por tensão e freqüência nominais. Não deve ser confundida com a velocidade síncrona
(ns). Já se viu que a velocidade de um motor sempre será menor que a síncrona; a
diferença entre a velocidade nominal e a síncrona é dada pelo escorregamento nominal:
Para a maioria dos tipos de motores de indução, este escorregamento está na faixa de 3-5%.
4.4 Tensão Nominal. Ligação de Motores Trifásicos
Na partida dos motores de indução é solicitada uma corrente muitas vezes maior
que a nominal. À medida que o motor acelerada, a corrente vai diminuindo até
atingir valor próximo ao de regime.
A corrente de partida é relacionada à corrente nominal (In) através dos valores de
Ip/In dados na Tabela 4. Em certos motores, a corrente de partida é dada por uma
letra código (COD), estabelecida pela relação dada em kVA/cv. Os valores das
letras código são dados na Tabela 4.
Alguns problemas decorrentes desta elevada corrente de partida são:
• queda de tensão na rede de alimentação;
• aumento da bitola dos condutores de alimentação e
• necessidade de transformadores de maior potência.
α = relação de espiras
Circuito equivalente de um motor de indução
Circuito equivalente de um motor de indução
R1 = Resistência do estator/fase
X1 = Reatância do estator/fase
OBS:
gm – condutância de perdas no ferro; 1/Rc
bm – susceptância de magnetização. 1/ Xm
• Diferentemente de um transformador, em um motor de
indução, devido a presença de um entreferro (air gap), a
corrente de magnetização é significativa e seu efeito não pode
ser desprezado. No entanto, a resistência de perdas no núcleo
pode ser removida do circuito equivalente e seu efeito
considerado incluindo-se as perdas no núcleo nos cálculos.
Pg Pm
Pu
Pe
potência mecânica útil
Pa + Pv Ps no eixo do motor
Pc2
Pf
Pc1
Pu = Pm – Pa – Pv – Pf - Ps
Figure 6-13
The power-flow diagram of an induction motor
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Potência Mecânica Útil
Descontando-se da potência mecânica interna as perdas por atritos, ventilação,
perdas no ferro (no caso de ter sido considerada a condutância de perdas no ferro
“gm”) e perdas suplementares, tem-se a potência mecânica útil no eixo do motor:
Pu = Pm – Pa – Pv – Pf - Ps
As perdas por atritos (Pa), ventilação (Pv) e no ferro (Pf) são determinadas
conjuntamente no ensaio a vazio do motor.
PSCL
Pc1
= 3 II22
R1 1
21 R
Alternativamente,
R2
PPg
AG
3I 2
2
s
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• A potência elétrica convertida para forma mecânica (Pm) é
dada por
PPm
conv
P
Pg
AG
- Pc
PRCL2
Pc
P 2
RCL
3I 2
2
R2
P
Pm
conv
(1 s )PPg
AG
sync 2
s
Potência e Torque em um Motor de Indução
• O Torque induzido em um motor de indução é :
Pconv Pg
PAG 3 R2
ind I
2
m sync sync 2
s
PAG 3VTH2 R2 /s
ind = =
sync sync RTH + R2 /s + XTH + X 2
2 2
Máximo
Partida
Plena carga
PAG 3VTH2 R2 /s
ind = =
sync sync RTH + R2 /s + XTH + X 2
2 2
d ind
=0
ds
R2
smax =
R + X TH + X 2
2 2
TH
3VTH2
max =
2 w sync RTH + RTH + XTH + X 2
2 2
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Exercício
Performance curve for induction motor Induction motor classification (NEMA)
CATEGORIA (ABNT)
Desempenho do Motor de Indução
CLASSES (NEMA)
• A: torque máximo maior que B e escorregamento ≤ 5%. Para
aplicações específicas.
• B: uso geral com escorregamento típico de 3 à 5%
• C: alto torque de partida para uma dada corrente de partida e
baixo valor de escorregamento. Para cargas normais em
funcionamento, mas que demandam alto torque na partida.
• D: torque de partida elevado, alto valor de escorregamento
(típico de 13%), baixa corrente de partida e baixa velocidade à
plena carga.
Seleção de motores de indução
Fatores importantes
• Faixa de variação da velocidade.
• Necessidades de torque.
• Torque de partida e de funcionamento.
– O excesso de torque disponível na partida determina a característica
de aceleração do motor.
• A desaceleração deve ser avaliada para verificar a necessidade
de freio externo.
• Fator de serviço
• Propriedades de aquecimento (classe do isolamento)
– Perdas internas e ventilação
Ensaios Elétricos no Motor de Indução
• Ensaio à vazio: para obter as perdas rotacionais e informação
da reatância de magnetização. Motor operando em tensão
nominal e sem carga.
PinP=e P
=SCL
Pc1++
Pcore
Pf ++ P a&v++P
PF&W s = PSCL
Pmisc Pc1+P
+rotProt
2
Pc1
P SCL = 3 I1,nl R1
2
Prot = P
Prot Pein - 3 I1,nl R1
V
Zeq = X1 + X M
I1,nl
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• Ensaio DC: para obter a resistência do estator, R1. Uma
tensão dc ajustável é aplicada entre dois terminais do circuito
do estator para que a corrente da armadura passe pelas
resistências de duas fases.
VDC
R1 =
2 IDC
Teste de rotor bloqueado para um motor de indução: (a) circuito de teste; (b) circuito equivalente
do motor
• Reatância de rotor bloqueado (LR) na frequência de teste (≤
25% da f nominal), X’LR, é obtida de
V VT
ZLR = =
I1 3 IL
PPein
Cos LR =
3 VT IL
ZLR = RLR + jX LR
'
ZLR LR
•Reatância de rotor bloqueado (LR) na frequência nominal, XLR, é
frated '
X LR = X LR = X1 + X 2
ftest
76
77
80
5 - MOTORES MONOFÁSICOS.
CARACTERÍSTICAS NOMINAIS
Com relação à corrente de partida, esta pode ser calculada a partir da relação
Ip/In. Considerando que a maioria dos motores monofásicos é de baixa
potência, a corrente de partida usualmente não traz maiores problemas.