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SISTEMA NACIONAL DE APRENDIZAGEM NACIONAL

Técnico em Automação Industrial

Visita técnica Plataforma P-51

CARLOS ICARO BARBOSA DE AZEVEDO LUZ

Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina


Comunicação e Informática Aplicada do Curso de Automação Industrial, Senai de
Lauro de Freitas.

Docente: Olga Machado


Lauro de Freitas - Ba

2023

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 3
Institucional ....................................................................................................................................................... 3
P-51 ........................................................................................................................................................................ 3
DESENVOLVIMENTO ................................................................................................... 4
Extração do Petróleo ......................................................................................................... 4
Processo Industrial do Petroleo ................................................................................................................. 5
Caminho do Óleo .............................................................................................................................................. 7
Caminho do Gas ................................................................................................................................................ 7
Caminho da Água ............................................................................................................................................. 9
Utilidades ............................................................................................................................................................ 9
CONCLUSÃO ................................................................................................................ 10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................11
Referencias de imagem ....................................................................................................11
Resumo
Este trabalho tem como intuito detalhar uma visita técnica simulada à
plataforma de petróleo P-51, que é a primeira plataforma de produção de gás natural
e petróleo, será citado também o funcionamento da mesma a partir do vídeo P51-
Construção e montagem. Conforme o link presente nas referências.
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INTRODUÇÃO
Institucional
A Petrobras é uma das maiores empresas do mundo no ramo petrolífero,
sendo a maior do Brasil. Foi fundada na década de 50, pelo governo Getúlio Vargas.
No dia 03 de outubro de 2023 a empresa completa 70 anos. A Petrobras também é
conhecida como Petróleo S.A.. Com sede no Rio de Janeiro e tendo presença em
vários países, é uma empresa de capital aberto onde seu maior acionista é o Governo
Brasileiro. A Petrobras trabalha, essencialmente, na exploração, na produção e na
comercialização de petróleo, bem como na distribuição de derivados, entre outros.

Foi em 1938 que o Conselho Nacional do Petróleo (CNP) iniciou a


exploração do petróleo no Brasil. No início um grupo de nacionalista dizia que a
exploração do petróleo deveria ser monopólio do Estado, enquanto outro grupo
defendia a privatização, onde qualquer empresa sendo nacional ou não poderia
explorar. Sobre essa tensão foi feito o Estatuto do Petróleo, em 1948, onde o objetivo
era regularizar a questão da exploração considerando o cenário no exterior. Esta
comissão criou um projeto de lei que desacreditava do governo administrando
sozinho a exploração do petróleo. Os nacionalistas após isso fizeram o movimento
popular que teve como seu grito de guerra “O petróleo é nosso”. Como
consequência, em 1971 a Petrobras é criada, sendo fiscalizada pelo Conselho
Nacional do Petróleo. Anos depois a empresa estatal deixa de ter o privilégio de
explorar sozinha o petróleo brasileiro por conta da Lei nº9478, criada em 1997, mas
apesar disso manteve sua liderança.

P-51
A primeira plataforma de produção de gás natural e petróleo foi a P-51, uma
plataforma integralmente brasileira, no Rio de Janeiro. A construção dessa
plataforma gerou muitos empregos diretos e indiretos. Sendo custeada por vontade 1
Bilhão de dólares, segundo a Wikipédia. A P-51 começou a operar em 2009, na Bacia
de Campos, a 150 km de Macaé, produzindo por volta de 180 mil barris por dia, tudo
isso em uma infraestrutura de 125 metros de comprimento, 110 metros de largura,
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acomodando por volta de 200 pessoas para operar e dar manutenção nessa
plataforma de 48 mil toneladas.

Figura 1:Plata forma P-51

DESENVOLVIMENTO

Extração do Petróleo

A P-51 é uma plataforma semissubmersível, onde é suportada por quatro


submarinos que são interligados entre si, que com o controle remoto de tanques
lastros, válvulas e bombas fazem com que a plataforma fique estável no mar.

Está localizada na Bacia de Campos, é responsável pela extração do petróleo


da rocha que fica abaixo de 13 quilômetros de profundidade. Esta unidade foi a
vanguarda da Petrobrás em exploração de petróleo em águas profundas, ela foi
planejada para que em todos os processos dela sejam seguros, desde a elevação do
petróleo bruto até a separação da água e do gás de maneira que seja autossuficiente e
tenha eficácia nas atividades dentro dela, minimizando os impactos ambientais.
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Figura 2:Bacia de Campos localizada no Rio de Janeiro.

Processo Industrial do Petróleo

O petróleo extraído do fundo do mar é trazido para a P-51 por tubulações


chamadas Risers, são produzidas para resistir a preção exercida da coluna d’água.
Assim que chegam a plataforma, os risers são conectadas aos Manifolds, conjunto de
válvula e instrumentos para trazer flexibilidade as operações na plataforma.

Figura 3: Risers

No mesmo nível estão os lançadores e recebedores de PIG, instrumento que


limpam as linhas por ação mecânica removendo parafina e impurezas das paredes
das tubulações tornando-os indispensáveis para a operação.
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Figura 4: Lançadores de PIG

Quando o óleo chega ao manifold, são direcionados para os Headers de


produção onde coletam o petróleo que vem de vários postos de extração, que já
encaminham o petróleo para os pré-aquecedores, que por troca de calor recupera a
energia que se dispersaria utilizando placas, elevando assim a temperatura do óleo a
48ºC.

Dos pré-aquecedores o petróleo já é encaminhado para o aqtuecedor de


produção, que utilizam trocadores de calor do tipo Casco-tubo, composto por vários
tubos pequenos dentro onde percorre sob pressão água quente, enquanto que o
petróleo vai passar no casco que os envolve fazendo mais uma vez uma troca de
calor.

Figura 5: Trocador de calor Casco tubo

Depois disso o petróleo vai para o separador de produção (também chamado


de separador de 1º estagio), que é um recipiente onde será separado do petróleo a
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água, o óleo e o gás. Dentro desse vaso tem os controladores de pressão, temperatura,
nível água/óleo e nível óleo/gás, onde em conjunto de alguns produtos, e do tempo
pré-estabelecido pelo projeto para a permanência garantem que as fazes água, óleo e
gás sejam separadas e tratadas de maneira individual.

Figura 6: Separador de Produção ou de Primeiro estágio.

Caminho do Óleo

O óleo que sai desse processo vai para um tratador, com o objetivo de
enquadrar o teor de água presente, salinidade e sedimentos, utilizando um campo
elétrico por meio de corrente alternada como desemuficante, o campo elétrico
provoca a junção das gotículas de água presente provocando a decantação. Saindo
desse tratador o óleo vai para um trocador de calor para resfriamento por placas
paralelas utilizando o petróleo, fazendo assim a temperatura sair de 110ºC para 60ºC,
seguindo logo após para um separador atmosférico, seu ultimo estagio antes do
bombeamento para as plataformas de distribuição (P-38, FPSO Marlim Sul, PRA-1).

Caminho do Gás

O gás passa por um tratamento para ser comprimido e envasado. Após sair do
separador de produção, o gás ainda possui uma quantidade de liquido presente ainda
que precisa ser retirada antes de chegar no compressor, essa separação é feita em um
vaso chamado de Safety Gas que é capaz de operar milhares de metro cúbicos de gás
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e cerca de 90m³ de líquidos em um dia, neste vaso se minimiza o arrasto de líquidos


para os compressores evitando danos.

Figura 7: Safety Gas

Cada um dos estágios de compressão tem como parte um resfriador e um


vaso para a separação do condensado que se forma após a compressão e o
resfriamento do gás, sendo assim mandado de volta para o separador de produção
para não haver perdas.

Após a compressão o gás vai para uma torre TEG que desidrata o gás, que
tem como reagente um composto de triatilenoglicol como fluído de absorção,
diminuindo a temperatura e aumentando a pressão do gás se maximiza ainda mais, ao
sair dessa torre o gás pode ser exportado ou consumido como combustível ou gás lift.
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Caminho da Água

A água que sai do tratador de produção ainda carrega em si óleo que precisa
ser separado, o liquido sai ainda com 110ºC para uma bateria de hidro ciclones que
por meio de força centrifuga fará a separação da água do óleo, com a água ainda
quente se utiliza para aquecimento do petróleo nas etapas iniciais, feito isso a água
vai para Flotador, que diminui ainda mais as taxas de óleo e graxa segundo normas
para poder descartada para o mar sem impactos ambientais.

A plataforma capita água do mar para injetar nos poços de petróleo para
manter a pressão dentro deles, essa água do mar passa por uma bateria de processos
para que tire partículas menores que 70 micros, que passam em uma torre
deseareadora que por meio de processo de remoção físico-químico do oxigênio por
vácuo logo após essa água de injeção passa por filtros do tipo cartucho para retirar
sedimentos maiores que 5 micros, após isso é retirado o sulfato ainda presente na
água. Passado esses processos a água vai para as bombas de injeção para fazer a
recuperação suplementar dos poços de petróleo. Parte da água capitada do mar é
utilizada para o abastecimento da plataforma tanto para refreamentos dos
equipamentos, geração de hidrocloreto, e água potável, na P-51 a geração de água
potável pode chegar em até 180m³ no dia a partir da água do mar, isso é possível pois
passa por uma filtragem a vácuo onde a mesma é mineralizada, clorada e esterilizada
por raios ultravioletas, garantindo assim uma ótima qualidade.

Utilidades

Para garantir a energia usada dentro da plataforma a P-51 tem quatro turbo
geradores de 25MegaWatts, biocombustível gás ou diesel, e mais três geradores de
1,2MegaWatts. Somando tudo a geração de energia dentro da plataforma é de
103,6MegaWatts, podendo fornecer energia para uma cidade de 300.000 habitantes,
como Camaçari segundo o censo de 2010 feito pelo IBGE.

Os gases que são queimado dentro da planta, são utilizados para aquecer a
água do sistema até uma temperatura de 180ºC que em conjunto de 2 fornos
garantem todo o aquecimento da plataforma.
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A P-51 é equipada com sensores de chama, fumaça, gases e calor para


fornecer maior segurança, além de 4 bombas para combates de incêndios, 4
embarcações chamadas “Baleiras” que comportam 50 pessoas, 1 bote de resgate,
salva-vidas e boias que são encontradas por toda a unidade.

CONCLUSÃO
A plataforma P-51 é um exemplo impressionante da engenharia avançada e
da tecnologia empregada na exploração de petróleo em águas profundas. Localizada
na Bacia de Campos, essa plataforma semissubmersível desempenha um papel vital
na extração, tratamento e separação de petróleo e gás natural, contribuindo
significativamente para a produção de energia e a economia brasileira.

Além de suas capacidades técnicas notáveis, a P-51 também se destaca por


suas medidas de segurança rigorosas, incluindo sensores de segurança, bombas de
combate a incêndio e embarcações de resgate. Essas medidas garantem a proteção
dos trabalhadores e a prevenção de acidentes em um ambiente operacional
desafiador.

A plataforma também desempenha um papel importante na gestão ambiental,


tratando a água utilizada em seus processos e garantindo que os resíduos sejam
adequadamente separados e tratados antes de serem descartados no mar. Essa
abordagem responsável minimiza o impacto ambiental da operação.

No geral, a P-51 é um exemplo notável da indústria petrolífera brasileira,


demonstrando o compromisso da Petrobras com a inovação, a segurança e a
sustentabilidade em suas operações de exploração e produção de petróleo. Seu
funcionamento exemplifica a importância estratégica da empresa no cenário
energético do Brasil e sua contribuição para o desenvolvimento econômico do país.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• P-51 Construçao e Montagem < https://www.youtube.com/watch?v=jmrjv436-


mI> Ácesso: Setembro,2023.

• GUITARRARA, Paloma: Petrobras: o que e, historia, criaçao, importancia


<https://brasilescola.uol.com.br/brasil/a-petrobras.htm> Acesso: Setembro,
2023
• Wikipedia: Plataforma P-51 – Wikipedia, a enciclopedia livre (wikipedia.org); <
https://pt.wikipedia.org/wiki/Plataforma_P-51> Acesso: Setembro, 2023

Referencias de imagem

• Figura 1: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/ab/Oil_platform_P-
51_%28Brazil%29.jpg/640px-Oil_platform_P-51_%28Brazil%29.jpg
• Figura2:ttps://tnpetroleo.com.br/media/cache/c6/90/c69066f55a687e728488cd87c84c3307.png

• Figura 3 :
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• Figura 4: <images (280×180) (gstatic.com)>
• Figure 5: <images (280×180) (gstatic.com)>
• Figure 6:
<https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.lume.ufrgs.br%2Fbitstream%2Fhandl
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• Figura 7: <59dfb3_672d6dfbf8de4cadbd30cc9d4897f638~mv2_d_2800_2158_s_2.jpg (2500×1926)
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