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Material de Revisão | Matemática Financeira – MAT200

Introdução
Este material de revisão da disciplina Matemática financeira está estruturado nos
seguintes tópicos:
1. Resumo – Semana 1
2. Resumo – Semana 2
3. Resumo – Semana 3
4. Resumo – Semana 4
5. Resumo – Semana 5
6. Resumo – Semana 6
7. Resumo – Semana 7
8. Respostas às principais dúvidas dos alunos
9. Encerramento

O material está dividido nas semanas de conteúdo da disciplina e apresenta os


pontos que os alunos mais tiveram dúvida, com uma descrição dos conceitos e
fórmulas principais.
1. Resumo – Semana 1
• Princípio básico da Matemática Financeira: O dinheiro tem maior valor no
presente do que no futuro! O dinheiro é útil no presente para comprar produtos
e serviços desejados pela pessoa. Guardar para o futuro representa um
sacrifício que deve ser recompensado com JUROS.
o Os juros (J) são o valor do dinheiro no tempo.
o O capital inicial (C) pode ser chamado de valor presente (PV). A ele
serão adicionados os juros no decorrer do tempo.
o Após um certo tempo, o capital inicial mais os juros formam o montante
(M), também chamado de valor futuro (FV). Temos que M = C + J.
o Os juros então são a diferença entre valor futuro e valor presente: J =
FV – PV.
o Dois tipos de capitalização: simples e composta.

• Juros simples: acúmulo linear de juros. Sempre calculados como uma


porcentagem do capital inicial.
o Fórmula: J = C × i × n = PV × i × n
o Para o cálculo do montante: M = C x (1 + i × n)
o C é o capital inicial ou valor presente, i é a taxa de juros e n é o número
de períodos de capitalização.
o Atenção: É possível manipular as fórmulas isolando C, i ou n, de acordo
com a necessidade de cálculo.
o Nos juros simples, pode-se converter taxas de juros em suas taxas
proporcionais para períodos equivalentes. Por exemplo: uma taxa de
12% a.a. (ao ano) pode ser convertida para 1% a. m. (ao mês), pois
12%/12 meses = 1%. Isso não pode ser feito nos juros compostos.
• Juros compostos: acúmulo exponencial de juros. São calculados juros sobre
juros, ou seja, a taxa é aplicada ao capital mais os juros dos períodos
anteriores.
o Fórmula: 𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 × (1 + 𝑖)𝑛
o Isolando os juros: 𝐽 = 𝑃𝑉 × [(1 + 𝑖)𝑛 − 1]
o É possível calcular a taxa equivalente por meio da fórmula:
𝑞
𝑖𝑞 = √1 + 𝑖 − 1
Por exemplo, calcular taxa trimestral de 12,55% ao ano:
4
𝑖4 = √1 + 0,1255 − 1 = 3%
o Manipulando a taxa equivalente encontramos a fórmula da taxa efetiva:
𝑖𝑓 = (1 + 𝑖)𝑞 − 1. Tente encontrar a taxa anual de 3% a.a.
o Você pode calcular um PV a partir de vários valores futuros. Por
exemplo, para dois valores nos períodos 11 e 12, podemos calcular o
𝐹𝑉1 𝐹𝑉
PV no período zero: 𝑃𝑉 = (1+𝑖)11
+ (1+𝑖)212

2. Resumo – Semana 2
• Descontos: Pagar algo antecipadamente gera uma recompensa, que é
desconto.
• Valor descontado = Valor nominal – Desconto
• Chamamos de valor nominal o valor de resgate do título.
• Desconto racional ou “por dentro” é aplicado sobre o valor atual do título
(capital), assim como nos juros simples.
• Atenção: Há cálculos diferentes para descontos simples e compostos.
• Fórmula – Desconto Racional Simples
𝐷𝑟 = 𝐶 × 𝑖 × 𝑛 = 𝑉𝑟 × 𝑖 × 𝑛
𝐷𝑟 = 𝑁 − 𝑉𝑟
𝑁
𝑉𝑟 = 𝐶 =
1+𝑖×𝑛
𝑁×𝑖×𝑛
𝐷𝑟 =
1+𝑖×𝑛
Em que Dr é o desconto racional, Vr é o valor descontado racional e N é
valor nominal ou de resgate.
• Fórmula – Desconto Racional Composto
𝑁
𝑉𝑟 =
(1 + 𝑖)𝑛
𝐷𝑟 = 𝑁 − 𝑉𝑟
𝑁
𝐷𝑟 = 𝑁 −
(1 + 𝑖)𝑛
• Desconto comercial ou “por fora” é aplicado sobre o valor nominal. Como ele
sempre é maior que o descontado, gera maior quantidade de juros (taxa efetiva
de juros implícita é maior).
• Atenção: Há cálculos diferentes para descontos simples e compostos.
• Fórmula – Desconto por Fora Simples
𝐷𝑓 = 𝑁 × 𝑑 × 𝑛
𝑉𝑓 = 𝑁 − 𝐷𝑓
𝑉𝑓 = 𝑁 × (1 − 𝑑 × 𝑛)
Em que Df é o desconto por fora, Vf é o valor descontado por fora, N é
valor nominal ou de resgate e d é a taxa de juros por fora.
𝐷𝑓
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝐼𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎 (𝑖) =
𝑉𝑓 × 𝑛
• Atenção: O desconto comercial pode gerar valores descontados
negativos. Para não ocorrer valores negativos, deve valer a seguinte
relação:
𝑛×𝑑 <1
• Fórmula - Desconto por Fora Composto
𝑉𝐹 = 𝑁 × (1 − 𝑑)𝑛
𝐷𝐹 = 𝑁 − 𝑉𝐹
𝐷𝐹 = 𝑁 × [1 − (1 − 𝑑)𝑛 ]

• Desconto para vários títulos no mesmo período: usar como prazo um valor
médio ponderado.
𝐷
𝑖=
𝐶×𝑛
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 1 × 𝑝𝑟𝑎𝑧𝑜 1 + 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 2 × 𝑝𝑟𝑎𝑧𝑜 2+. . . +𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑛 × 𝑝𝑟𝑎𝑧𝑜 𝑛
𝑛=
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 1 + 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 2 + . . . + 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑛
Em que 𝑛 é o prazo médio de desconto.

3. Resumo – Semana 3
• Índices de inflação: medem o valor de uma cesta de produtos em um certo
período.
𝑃𝑛
• Taxa de inflação (I): 𝐼 = , em que Pn e Pn-t são os valores do índice em
𝑃𝑛−𝑡
dois momentos diferentes separados por um período t de tempo.
• Corrigir um valor a partir da taxa de inflação:
𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑖𝑛𝑑𝑒𝑥𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑖𝑛𝑓𝑙𝑎çã𝑜 = 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑎𝑡𝑎 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 × (1 + 𝐼). Ex.: se a
inflação no último ano foi de 10%, um aluguel de $100 deveria ser corrigido
para 100 x (1+0,1) = $110.
𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑖𝑛𝑓𝑙𝑎çã𝑜
• 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑖𝑛𝑑𝑒𝑥𝑎𝑑𝑜 = 𝐼
• A inflação leva a uma desvalorização da moeda ou perda do poder de compra
das pessoas naquela moeda. A taxa de desvalorização da moeda (TDM) é
𝐼
calculada por: 𝑇𝐷𝑀 =
1+𝐼
• Em operações de mercado, normalmente é utilizada uma taxa nominal, que
inclui efeitos inflacionários. Podemos calcular uma taxa real, livre desses
efeitos.
1 + 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 (𝑖)
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙(𝑟) = −1
1 + 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑙𝑎çã𝑜 (𝐼)
• Calculando a taxa nominal a partir da real: 𝑖 = (1 + 𝑟) × (1 + 𝐼) − 1
(1+𝑖)
• Calcular a taxa de inflação a partir da real: 𝐼 = (1+𝑟)
−1
• Fluxos de caixa: conjunto de entradas e saídas dispostas no tempo.
o Série padrão: n pagamentos ou recebimentos (PMTs), finitos, de
mesmo valor, mesmo período entre um e outro e começando do
período 1 (postecipada).
o Valor presente da série uniforme padrão:
𝑃𝑀𝑇 𝑃𝑀𝑇 𝑃𝑀𝑇
𝑃𝑉 = + 2
+. . . +
(1 + 𝑖) (1 + 𝑖) (1 + 𝑖)𝑛
o Fator de valor presente (FPV):
𝐹𝑃𝑉(𝑖, 𝑛) = [(1 + 𝑖)−1 + (1 + 𝑖)−2 + (1 + 𝑖)−3 +. . . +(1 + 𝑖)−𝑛 ]
o Valor presente de série uniforme usando FPV:
𝑃𝑉 = 𝑃𝑀𝑇 × 𝐹𝑃𝑉(𝑖, 𝑛)
o Fórmulas mais usadas para o fator de valor presente:
1 − (1 + 𝑖)−𝑛
𝐹𝑃𝑉(𝑖, 𝑛) =
𝑖
(1 + 𝑖)𝑛 − 1
𝐹𝑃𝑉(𝑖, 𝑛) =
(1 + 𝑖)𝑛 × 𝑖
o Valor futuro da série uniforme padrão:
𝐹𝑉 = 𝑃𝑀𝑇 + 𝑃𝑀𝑇 × (1 + 𝑖) + 𝑃𝑀𝑇 × (1 + 𝑖)2 + ⋯ + 𝑃𝑀𝑇 × (1 + 𝑖)𝑛
o Fator de valor futuro (FFV):
𝐹𝐹𝑉(𝑖, 𝑛) = 1 + (1 + 𝑖) + (1 + 𝑖)2 + ⋯ + (1 + 𝑖)𝑛
o Valor futuro de série uniforme usando FFV:
𝐹𝑉 = 𝑃𝑀𝑇 × 𝐹𝐹𝑉(𝑖, 𝑛)
o Fórmulas mais usadas para o fator de valor futuro:
(1 + 𝑖)𝑛 − 1
𝐹𝐹𝑉(𝑖, 𝑛) =
𝑖
o Fluxo de caixa com carência ou diferido: número de períodos após o
período 1 para início da série uniforme. Se os pagamentos
começarem em n=3, a carência é c=2.
o Valor presente para fluxo diferido:
𝑃𝑉 = 𝑃𝑀𝑇 × 𝐹𝑃𝑉(𝑖, 𝑛) × 𝐹𝐴𝐶(𝑖, 𝑐)
1
Em que FAC é o fator de atualização de capital: 𝐹𝐴𝐶(𝑖, 𝑐) = (1+𝑖)𝑐
• Quando o fluxo de pagamentos apresenta entradas, ela é inserida como um
pagamento no período zero. Portanto, o valor presente com entrada é
calculado por:
𝑃𝑀𝑇 𝑃𝑀𝑇 𝑃𝑀𝑇
𝑃𝑉 = 𝐸𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 + + + ⋯ +
(1 + 𝑖) (1 + 𝑖)2 (1 + 𝑖)𝑛
𝑃𝑀𝑇
• Já para uma série com infinitos PMTs, o valor presente é: 𝑃𝑉 =
𝑖

4. Resumo – Semana 4
• Coeficiente de financiamento: fator que, quando multiplicado pelo valor total
financiado, resulta no PMT necessário para quitá-lo em n parcelas.
𝑃𝑀𝑇 = 𝑃𝑉 × 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑖𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
o Para fluxos uniformes:
𝑖
𝑃𝑀𝑇 = 𝑃𝑉 ×
1 − (1 + 𝑖)−𝑛
o Para séries não uniformes:
1
𝐶𝐹 = 𝑡
∑ 𝐹𝐴𝐶(𝑖, 𝑛)𝑗
𝑗=1
o Para séries com carência (fluxos diferidos):
𝑖
𝐶𝐹 = × (1 + 𝑖)𝑐
1 − (1 + 𝑖)−𝑛
o Para séries com entrada:
𝑖
𝐶𝐹 =
1 − (1 + 𝑖)−(𝑛−1)
1+ 𝑖
• Arrendamento mercantil ou leasing: financiamento com possibilidade de
compra por um valor residual garantido (VRG) ao final do período.
• Crédito direto ao consumidor: financiamento para aquisição de bens móveis e
imóveis, oferecendo recursos financeiros a pessoas físicas e geralmente
amortizado por prestações periódicas e de mesmo valor, com incidência de
impostos sobre operações financeiras (IOF).
o Primeiro calcular PMT sem IOF: 𝑃𝑀𝑇(𝑠𝑒𝑚 𝐼𝑂𝐹) =
𝑖
𝑃𝑉 × 1−(1+𝑖)−𝑛
o Em seguida, inserir o IOF:
𝑃𝑀𝑇(𝑠𝑒𝑚 𝐼𝑂𝐹)
𝑃𝑀𝑇(𝑐𝑜𝑚 𝐼𝑂𝐹) =
𝐼𝑂𝐹
1 − 𝑛 × (100 )
• Período singular de juros: quando o prazo de pagamento da primeira parcela
(ex.: 20 dias do dia zero) é diferente dos demais (de 30 em 30 dias).
o Coeficiente de financiamento para período singular quando o fluxo é
antecipado (prazo da primeira parcela é menor que as demais):
𝑖 1
𝐶𝐹𝑎 = −𝑛
×
1 − (1 + 𝑖) 1 − (1 + 𝑖)(𝑡−𝑎)/𝑡
Em que “t” é o intervalo de tempo padrão e “a” é o intervalo da
primeira parcela no período singular.
o Coeficiente de financiamento para período singular quando o fluxo é
postecipado (prazo da primeira parcela é maior que as demais):
𝑖 1
𝐶𝐹𝑝 = × 𝑝−𝑡
1 − (1 + 𝑖)−𝑛
1 − (1 + 𝑖) 𝑡

Em que “t” é o intervalo de tempo padrão e “p” é o intervalo da


primeira parcela ano período singular.
5. Resumo – Semana 5
• Sistemas de amortização: método para pagar uma dívida. Amortizar é pagar
o principal (valor pego em empréstimo, não conta os juros).
• Para qualquer sistema vale que a parcela (PMT) é a soma da amortização
com os juros pagos no período: PMTt = Amortt + Jt
• Chamamos de saldo devedor (SDt) o valor restante de dívida que falta ser
pago em um certo período t.
• SAC (sistema de amortização constante) → Em todos os períodos, a
amortização permanece a mesma, variando os juros em cada prestação.
o Fórmulas:
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑒𝑚𝑝𝑟é𝑠𝑡𝑖𝑚𝑜 𝑃𝑉
𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡𝑖𝑧𝑎çã𝑜 (𝑆𝐴𝐶) = =
𝑛º𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çõ𝑒𝑠 𝑛
𝑃𝑉
𝐽𝑡 (𝑆𝐴𝐶) = × (𝑛 − 𝑡 + 1) × 𝑖
𝑛
𝑃𝑉
𝑃𝑀𝑇 (𝑆𝐴𝐶) = × [1 + (𝑛 − 𝑡 + 1) × 𝑖]
𝑛
• SPC (sistema de prestação constante) → Cobrança constante nas
prestações, variando-se tanto a amortização quanto os juros a serem
cobrados.
o Fórmulas:
𝑃𝑉 (𝑆𝑃𝐶) = 𝑃𝑀𝑇 × 𝐹𝑃𝑉(𝑖, 𝑛)
𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡𝑡 (𝑆𝑃𝐶) = 𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡1 × (1 + 𝑖)𝑡−1
𝑃𝑉 𝑖
𝑃𝑀𝑇 (𝑆𝑃𝐶) = = 𝑃𝑉 ×
𝐹𝑃𝑉(𝑖, 𝑛) 1 − (1 + 𝑖)−𝑛
𝑆𝐷𝑡 (𝑆𝑃𝐶) = 𝑃𝑀𝑇 × 𝐹𝑃𝑉(𝑖, 𝑛 − 𝑡)
𝐽𝑡 (𝑆𝑃𝐶) = 𝑆𝐷𝑡−1 × 𝑖

Em que n é o número total de parcelas até o pagamento total da


dívida e t é o período entre 0 e n que queremos analisar.
o Quando o período das prestações for menor do que o da taxa de
juros, o cálculo do SPC pode alternativamente usar a taxa
proporcional (linear) ao invés da taxa equivalente. Para saber a taxa
efetiva, calcular 𝑖𝑓 = (1 + 𝑖)𝑞 − 1.

• SAA (sistema americano de amortização) → Amortização ocorre no último


período do contrato, em parcela única. Nos demais períodos, só são pagos
os juros sobre o capital.
• Tabela de amortização. Exemplo para SAC, mas estudar para SPC e SAA.

Saldo devedor
Amortização
Período (anos) (R$) (SDt= SDt- Juros (R$) Prestação (R$)
(R$)
1-Amortt
0 1000 - - -
1 750 250 30,00 280,00
2 500 250 22,50 272,50
3 250 250 15,00 265,00
4 0 250 7,50 257,50
• Com carência: capitalizar o saldo devedor durante o período de carência,
usando a forma usual: 𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 × (1 + 𝑖)𝑡 . Esse FV se tornará o novo valor
presente PV’ para uma nova série de pagamentos. Por exemplo, no SAC
ficaria:
𝑃𝑉′
𝑃𝑀𝑇 = × [1 + (𝑛 − 𝑡 + 1) × 𝑖]
𝑛

• Sistema de amortização misto (SAM): média aritmética entre o SAC e o


SPC.
o Fórmulas:
𝑃𝑀𝑇(𝑆𝐴𝐶) + 𝑃𝑀𝑇(𝑆𝑃𝐶)
𝑃𝑀𝑇(𝑆𝐴𝑀) =
2
𝐽(𝑆𝐴𝐶) + 𝐽(𝑆𝑃𝐶)
𝐽(𝑆𝐴𝑀) =
2
𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡(𝑆𝐴𝐶) + 𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡(𝑆𝑃𝐶)
𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡(𝑆𝐴𝑀) =
2
𝑆𝐷(𝑆𝐴𝐶) + 𝑆𝐷(𝑆𝑃𝐶)
𝑆𝐷(𝑆𝐴𝑀) =
2

6. Resumo – Semana 6
• Análise de investimentos mutuamente excludentes (é possível escolher
apenas uma das opções disponíveis): se os investimentos tiverem
tamanhos muito diferentes, o NPV e o IRR podem divergir bastante. É
preferível usar o NPV.
• Taxa interna de retorno (IRR): método de análise de investimentos voltada a
encontrar a taxa que anula um fluxo de caixa em qualquer período. Por
exemplo, para dois períodos, a IRR é o valor de I quando:
𝐹𝐶1 𝐹𝐶2
𝐹𝐶0 = 1
+
(1 + 𝑖) (1 + 𝑖)2
Em que FC0 é o fluxo no período zero, por exemplo o valor investido e FC1 e
FC2 são os retornos do investimento nos períodos seguintes.
Atenção: Para encontrar i, é aconselhável multiplicar os dois lados da
equação por (1+i)2 e substituir 1+i por x. Assim, cairá em uma equação do
segundo grau. A raiz positiva será a IRR.
o IRR positiva e maior do que uma taxa mínima de atratividade (TMA)
sugerem investimentos viáveis financeiramente.
• Valor presente líquido (NPV): valor presente (no momento zero) de todos os
pagamentos futuros descontados a uma taxa de juros apropriada menos o
custo do investimento inicial. Para três pagamentos, por exemplo:
𝐹𝐶
1 𝐹𝐶 𝐹𝐶
𝑁𝑃𝑉 = [(1+𝑖) + (1+𝑖)2 2 + (1+𝑖)3 3] − 𝐹𝐶0
o NPV maiores que zero sugerem investimentos viáveis
financeiramente.
• Índice de lucratividade: divisão entre o valor presente das entradas (valores
recebidos) pelo valor presente das saídas (valores investidos).
𝑃𝑉(𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠)
𝐼𝐿 =
𝑃𝑉(𝑠𝑎í𝑑𝑎𝑠)
• Substituição de ativos: um ativo deve ser reposto quando seu custo total
anual começar a aumentar de valor.
o O custo total é calculado por: custo total = investimento líquido +
custos operacionais para n períodos.
o Já o investimento líquido é dado por: PV = valor do bem na compra
(investimento bruto) - valor residual atualizado em zero (valor de
revenda).

7. Resumo – Semana 7
• Tipos de investimento
o Renda fixa: investimentos mais conservadores, pois as regras para
calcular a rentabilidade são sabidas desde o momento do aporte
financeiro.
▪ Títulos de renda fixa: CDBs emitidos por instituições
financeiras para pessoas físicas e empresas (menos
arriscado), debêntures (títulos de dívida emitidos por
empresas privadas para financiar projetos internos, mais
arriscados) e títulos públicos (emitidos pelo Tesouro Nacional
para financiar o governo).
▪ Obrigações são títulos de renda fixa, em que investidores
emprestam dinheiro à instituição emissora. Não tem qualquer
influência em questões de propriedade, pois é uma forma de
empréstimo.
o Renda variável: investimentos em ações (fração do capital social de
uma empresa do tipo Sociedade Anônima), tornando-se sócio. São
mais arriscados.
▪ O ganho com o investimento se dá pelo aumento do valor da
ação (crescimento do valor patrimonial da empresa -
valorização) ou da distribuição periódica de dividendos (parte
do lucro).
▪ Ações ordinárias dão direito a voto e participação nas
decisões da companhia. Já ações preferenciais dão
preferência ao recebimento de dividendos e juros sobre
capital próprio.
• Retorno do CDB: existe um retorno bruto e um retorno líquido (descontando
o imposto de renda – IR). Além disso, é necessário inserir a inflação no
período para encontrar o rendimento nominal líquido.
o Rendimento bruto: 𝑟𝑏 = (1 + 𝑖)𝑛 − 1
o Rendimento líquido: 𝑟𝐿 = 𝑟𝑏 × (1 − 𝐼𝑅)
o Rendimento nominal líquido: 𝑖𝐿 = (1 + 𝑟𝐿 ) × (1 + 𝐼𝑛𝑓𝑙𝑎çã𝑜) − 1
• Retorno de ações
o Calculando a taxa K de valorização anual dada uma expectativa de
retorno mensal.
𝐾 = 𝑖𝑎𝑛𝑢𝑎𝑙 = (1 + 𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙 )12
o Valor futuro de uma ação é calculado pela fórmula:
𝑃𝑛
𝑃0 =
(1 + 𝐾)
Em que P0 é o preço atual, Pn é o preço de venda após um certo
período e K é a taxa de retorno no período.
• Título pré-fixado com pagamento de cupons.
o Valor do cupom dada a taxa anual.
1
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑐𝑢𝑝𝑜𝑚 (𝐶) = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 × [(1 + 𝑖𝑎𝑛𝑢𝑎𝑙 )2 − 1]

8. Respostas às principais dúvidas dos alunos

• Tabelas de sistemas de amortização. → Inserida uma tabela de exemplo. As


fórmulas para cada coluna estão no material de revisão e variam para cada
sistema.
• Semanas 4 e 5, Amortização de financiamento, não estou conseguindo usar a
calculadora financeira. → Não é necessário usar a calculadora financeira para
trabalhar os sistemas de amortização.
• Cálculo do coeficiente de financiamento. → Os conteúdos foram revisados na
seção 4. Estude os casos específicos (com entrada, diferido, séries não
uniformes).
• O cálculo do FPV, não consigo assimilar, é possível realizá-lo sem calculadora
financeira? → Sim, é possível com calculadora científica, não financeira. A
1−(1+i)−n
fórmula é FPV(i, n) = i
. Basta substituir i e n e realizar os cálculos em
partes usando a calculadora científica.
• Fluxos de caixa. → Uma dica é sempre desenhar o fluxo (ver imagem na seção
3 para melhorar a visualização.

• Semana 1 - Conceitos gerais juros simples e compostos. → Ver material de


revisão na seção 1.

• Tenho dificuldades com as fórmulas, pois são muito complexas e, na maioria dos
casos, não consigo lembrar em qual conceito se aplicam, por isso não consigo
fazer os exercícios envolvendo cálculos corretamente, erro a maioria deles. → É
importante estudar com atenção as fórmulas, entendendo para que cada uma
serve e quais são as variáveis que as compõem. Com relação aos cálculos,
sugiro resolver por partes a fórmula, calculando primeiro o que está dentro dos
parênteses e copiando os resultados. Isso ajuda a chegar no resultado com mais
chance de acerto. Tome cuidado com o cálculo de potências, principalmente com
expoente negativo e com as raízes. Seguem links com materiais sobre resolução
de equações de 1º e 2º graus e sobre potenciação e radiciação.

Equação do 1º grau | Brasil Escola

Equação do 2º grau | Brasil Escola

Radiciação: o que é, propriedades e exercícios | Toda Matéria

Potenciação | Toda Matéria

• Para padronização, com quantas casas após a vírgula devemos deixar a


calculadora programada? Uma vez que, obviamente, aproximações distintas
geram resultados distintos. → Usando duas a três casas geralmente é suficiente.
As alternativas das questões objetivas costumam ser bastante díspares entre si,
para evitar problemas com arredondamento dos resultados. De qualquer forma,
é recomendável usar os parênteses na calculadora científica para “acumular” o
máximo de fórmula antes de apertar a tecla “=”. Outra tecla útil é a ANS, que
“chama” o resultado do cálculo anterior na fórmula seguinte, usando todas as
casas decimais mostradas na tela.
• Taxa efetiva em financiamentos. → Nos casos em que a taxa linear é usada em
financiamentos. Por exemplo, taxa de 12% ao ano é aplicada como 1% ao mês,
a taxa final não será de 12%, mas maior, dada pela fórmula if = (1 + i)q − 1).
• Descontos simples e composto - Semana 2 → Os conteúdos foram revisados na
seção 4. É recomendável diferenciar desconto por fora (comercial) e por dentro
(racional), bem como se está sendo aplicado regime simples ou composto.
• Inflação - Semana 3. → Os conteúdos foram revisados na seção 3. Estude
principalmente como corrigir valores pela inflação no período, como calcular a
taxa por meio da variação do índice e a taxa de desvalorização da moeda.
• Semanas 4 e 5, tenho dificuldade em memorizar as fórmulas e com a calculadora
cientifica. → É importante a repetição no uso das fórmulas para internalizar seu
uso, e fazer exercícios diferentes ajuda no processo de reconhecimento e
compreensão das fórmulas.

Com relação à calculadora, seguem tutoriais de uma calculadora científica


comum para iniciação nos cálculos principais. Cuidado com a precedência de
operações (potência e raiz, multiplicação e divisão, adição e subtração). Use
parênteses quando necessário!

Como usar calculadora científica | VandoMat

Potência na calculadora científica | Estuda Mais

Raiz quadrada, cúbica etc... na calculadora científica | Estuda Mais

Como usar uma calculadora científica | Engenhando

9. Encerramento

Caro(a) estudante,

Chegamos ao final deste material de revisão de Matemática Financeira. Espero ter


ajudado a esclarecer dúvidas e reforçar conceitos importantes para o sucesso na prova.
Desejo uma boa prova! Lembre-se de que é recomendável levar calculadora científica,
e você pode verificar se o seu polo disponibilizará alguma calculadora no computador
em que será realizada a prova.

Além disso, recomendo que você pratique resolvendo exercícios, tanto aqueles
presentes nas videoaulas quanto nos textos-base da disciplina. Refazer exercícios
resolvidos pode ser uma ótima forma de revisar e fixar os conceitos estudados. Não se
esqueça de utilizar o tempo da prova de forma inteligente e estratégica, lendo
atentamente as questões e utilizando as técnicas aprendidas nas aulas.

Por fim, desejo sucesso e que alcance excelentes resultados!

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