Você está na página 1de 20

DESCONTO

1. CONCEITOS BÁSICOS: VALOR NOMINAL, VALOR DESCONTADO E DESCONTO


Algumas operações financeiras envolvem a antecipação de um recebimento
relacionado, por exemplo, a um título ou de um pagamento relacionado a um empréstimo.
Essas operações devem prever a aplicação de um desconto, já que com a antecipação, os
juros incidem por um menor prazo.
Esses descontos podem ser vistos sob duas perspectivas. Nas antecipações de
pagamentos de empréstimos, o desconto corresponde a uma recompensa pela
antecipação. Por outro lado, se considerarmos a antecipação de um recebível (título,
restituição de imposto de renda, cheques pré-datados), o desconto é visto como um ônus
ou encargo.
Sob a perspectiva de desconto, chamamos de valor nominal o montante que será
resgatado ou pago na data de seu vencimento. O valor descontado corresponde a uma
atualização do valor nominal quando há uma antecipação do recebimento ou pagamento.
Portanto, o desconto é a diferença entre o valor nominal e o valor descontado. Por
definição:
𝐷 = 𝑁 − 𝑉𝑑 ⇔ 𝑉𝑑 = 𝑁 − 𝐷 (4.1)
em que 𝑫 é o desconto, 𝑵 é o valor nominal e 𝑽𝒅 é o valor descontado.

Definição. Valor nominal (N): é o valor que deve ser recebido ou pago na data de
vencimento de um título ou dívida.

Definição. Valor descontado (𝑉𝑑): é o valor atualizado de um título ou de uma dívida


quando o recebimento/pagamento é antecipado.

Definição. Desconto (D): é a diferença entre o valor nominal e o valor descontado.

As operações de desconto podem seguir um regime de capitalização simples, em


geral, para operações que envolvam um curto período de tempo. Operações de longo prazo
geralmente envolvem o regime de capitalização composta.
DESCONTO
A noção de desconto não é novidade em nosso estudo. Trata-se da ideia de atualização de um
valor futuro para uma data anterior, conforme expresso na fórmula (2.4), para o regime de
capitalização simples, e a fórmula (3.2), para o regime de capitalização composta.

2. DESCONTO SIMPLES
2.1. Desconto racional ou “por dentro”
O desconto racional simples envolve a noção básica dos juros simples. Isso
implica que os juros incidem sobre o valor descontado. Dessa forma, admitindo um valor
descontado pelo critério racional de 𝑉𝑟, uma taxa de juros 𝑖 e um prazo de antecipação de
𝑛, temos:
𝐷𝑟 = 𝑛 ∙ 𝑖 ∙ 𝑉𝑟 (4.2)
em o subscrito 𝑟 indica desconto racional.

Definição. Desconto racional simples (𝐷𝑟): é o desconto obtido a partir da aplicação


convencional dos juros simples.

Dada a formação do desconto como expresso na fórmula (4.2), o valor descontado


𝑉𝑟 é obtido atualizando o valor nominal 𝑁 para a data da operação. Como o desconto
racional segue a lógica convencional dos juros simples, basta aplicarmos a fórmula (2.4)
sobre o valor nominal, chegando a:
𝑁
𝑉𝑟 = (4.3)
(1 + 𝑛 ∙ 𝑖 )
Da mesma forma, podemos adaptar a fórmula (2.3) para desconto e obter:
𝑁 = (1 + 𝑛 ∙ 𝑖) ∙ 𝑉𝑟 (4.4)
Outros rearranjos possíveis são:

𝑖 = 1 ∙ (𝑁 − 1) = 𝐷𝑟 𝑛 = 1 ∙ (𝑁 − 1) = 𝐷𝑟
𝑛 𝑉𝑟 𝑛∙𝑉𝑟 𝑖 𝑉𝑟 𝑖∙𝑉𝑟

Embora o desconto racional incida sobre o valor descontado (𝑉𝑟), é usual calcular
esse desconto a partir do valor nominal (𝑁). Como vimos, por definição, o desconto racional
é dado por:

𝐷𝑟 = 𝑁 − 𝑉𝑟
Utilizando a fórmula (4.3) para substituir o termo 𝑉𝑟, temos:
𝑁 (1 + 𝑛 ∙ 𝑖) ∙ 𝑁 − 𝑁 𝑁+𝑛∙𝑖∙𝑁−𝑁 𝑛∙𝑖∙𝑁
𝐷𝑟
𝑛∙𝑖 𝑛∙𝑖∙𝑁
𝐷𝑟 = ∙𝑁 = (4.5)
(1 + 𝑛 ∙ 𝑖 ) (1 + 𝑛 ∙ 𝑖 )
em que 𝑛∙𝑖 é chamado de fator de desconto. Os rearranjos obtidos a partir da fórmula
(1+𝑛∙𝑖)

(4.5) são equivalentes aos obtidos pela fórmula (4.4), apresentados anteriormente.
DESCONTO

Reitera-se que o desconto racional incide sobre o valor descontado. A fórmula (4.5) é
construída com base nesse princípio.

Exercício 4.1: Um empréstimo deve ser saldado no final de 01 ano com o pagamento de $
3.800,00. Considerando uma taxa de juros de 30% 𝑎. 𝑎., qual será o desconto e o valor
descontado de uma antecipação de 04 meses na liquidação do empréstimo?
Resposta:
As informações são:
𝑁 = $ 3.800,00

𝑖 = 30% 𝑎. 𝑎. 𝑛

= 4 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 𝐷𝑟

=? ? ?

𝑉𝑟 =? ? ?
Como o período de antecipação do pagamento está em uma unidade de tempo diferente
da unidade de tempo expressa pela taxa de juros, é necessário achar a taxa de juros
equivalente. No caso dos juros simples, essa equivalência é dada pela proporcionalidade.
Aplicando a fórmula (2.5), temos:

𝑖𝑝 ⇒ 𝒊𝒑 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟓 = 𝟐, 𝟓% 𝒂. 𝒎.
O desconto racional é calculado pela fórmula (4.4). Temos:
𝑛∙𝑖∙𝑁 4 ∙ 0,025 ∙ 3.800,00
𝐷𝑟 ⇒ 𝑫𝒓 ≈ $ 𝟑𝟒𝟓, 𝟒𝟓
O valor descontado pode ser obtido de duas formas. A primeira forma é rearranjando a
definição de desconto. Temos:
𝐷𝑟 = 𝑁 − 𝑉𝑟 ⇒ 𝑉𝑟 = 𝑁 − 𝐷𝑟 = 3.800,00 − 345,45 ⇒ 𝑽𝑟 = $ 𝟑. 𝟒𝟓𝟒, 𝟓𝟓 A
segunda forma é aplicando a fórmula (4.3):

𝑉𝑟 ⇒ 𝑽𝑟 = $ 𝟑. 𝟒𝟓𝟒, 𝟓𝟓
Exercício 4.2: Um título de valor nominal de $ 14.000,00 foi negociado 03 meses antes de
sua data de vencimento, resultando em um valor descontado de $ 12.846,20. Qual foi a taxa
de juros mensal considerada nesse desconto?
Resposta:
As informações são:
𝑁 = $ 14.000,00 𝑖
=? ? ?
DESCONTO
𝑛 = 3 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠

𝑉𝑟 = $ 12.846,20
O desconto dado foi de:
𝐷𝑟 = 𝑁 − 𝑉𝑟 = 14.000,00 − 12.846,20 ⇒ 𝑫𝒓 = 𝟏. 𝟏𝟓𝟑, 𝟖𝟎 Aplicando
um dos rearranjos da fórmula (4.5), temos:
𝐷𝑟 1.153,80
𝑖= =⇒ 𝒊 ≈ 𝟎, 𝟎𝟐𝟗𝟗 = 𝟐, 𝟗𝟗% 𝒂. 𝒎.
𝑛 ∙ 𝑉𝑟 3 ∙ 12.846,20
2.2. Desconto bancário ou “por fora”
2.2.1. Critério básico de desconto bancário ou “por fora”
O desconto bancário simples difere do desconto racional por incidir sobre o valor
nominal do título e não sobre o valor descontado. Dessa forma, o valor do desconto bancário
é maior, indicando maiores encargos sobre operação de antecipação de recebíveis.
Admitindo um valor nominal 𝑁 e um prazo de antecipação de 𝑛, temos:
𝐷𝑏 = 𝑛 ∙ 𝑑 ∙ 𝑁 (4.6)
em o subscrito 𝑏 indica desconto bancário e 𝑑 é a taxa de juros correspondente ao desconto
bancário.

Definição. Desconto bancário simples (𝐷𝑏): é o desconto que incide sobre o valor
nominal do título, gerando maiores encargos em relação à operação.

Aplicando a definição de valor descontado apresentada na fórmula (4.1) na fórmula


(4.6), temos:

𝑉𝑏 = 𝑁 − 𝑛 ∙ 𝑑 ∙ 𝑁 ⇒ 𝑽𝒃 = (𝟏 − 𝒏 ∙ 𝒅) ∙ 𝑵
𝑉𝑏 = (1 − 𝑛 ∙ 𝑑) ∙ 𝑁 (4.7)
Rearranjando a fórmula (4.7), temos,
𝑉𝑏
𝑁= (4.8)
(1 − 𝑛 ∙ 𝑑 )
Outros rearranjos possíveis são:

𝑑 𝐷𝑏 𝑛 𝐷𝑏
𝑛 𝑁 𝑛∙𝑁 𝑑 𝑁 𝑑∙𝑁

Exercício 4.3: Um empréstimo deve ser saldado no final de 01 ano com o pagamento de $
3.800,00. Considerando uma taxa de juros de 30% 𝑎. 𝑎., qual será o desconto “por fora” e o
valor descontado de uma antecipação de 04 meses na liquidação do empréstimo?
Resposta:
As informações são:
𝑁 = $ 3.800,00 𝑑
= 30% 𝑎. 𝑎.
DESCONTO
𝑛 = 4 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠
𝐷𝑏 =? ? ?

𝑉𝑏 =? ? ?
Como o período de antecipação do pagamento está em uma unidade de tempo diferente
da unidade de tempo expressa pela taxa de juros, é necessário achar a taxa de juros
equivalente. No caso dos juros simples, essa equivalência é dada pela proporcionalidade.
Aplicando a fórmula (2.5), temos:

𝑖𝑝 ⇒ 𝒊𝒑 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟓 = 𝟐, 𝟓% 𝒂. 𝒎.
O desconto bancário é calculado pela fórmula (4.6). Temos:
𝐷𝑏 ⇒ 𝑫𝒃 = $ 𝟑𝟖𝟎, 𝟎𝟎
O valor descontado pode ser obtido de duas formas. A primeira forma é rearranjando a
definição de desconto. Temos:
𝐷𝑏 = 𝑁 − 𝑉𝑏 ⇒ 𝑉𝑏 ⇒ 𝑽𝑏 = $ 𝟑. 𝟒𝟐𝟎, 𝟎𝟎
A segunda forma é aplicando a fórmula (4.7):

𝑉𝑏 ⇒ 𝑽𝑏 . 𝟒𝟐𝟎, 𝟎𝟎
Exercício 4.4: Um título de valor nominal de $ foi negociado 03 meses antes de
sua data de vencimento, resultando em um valor descontado de $ 12.846,20. Qual foi a taxa
de juros mensal, considerando um desconto bancário?
Resposta:
As informações são:
𝑁 = $ 14.000,00 𝑑
=? ? ?
𝑛 = 3 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠

𝑉𝑏 = $ 12.846,20
O desconto dado foi de:
𝐷𝑏 = 𝑁 − 𝑉𝑏 = 14.000,00 − 12.846,20 ⇒ 𝑫𝒃 = 𝟏. 𝟏𝟓𝟑, 𝟖𝟎 Aplicando
um dos rearranjos da fórmula (4.8), temos:
𝐷𝑟 1.
𝑑 ⇒ 𝒅 𝟎, 𝟎𝟐𝟕𝟒 = 𝟐, 𝟕𝟒% 𝒂. 𝒎.
𝑛 𝑁

2.2.2. Incluindo as despesas bancárias


Em geral, as instituições financeiras cobram taxas adicionais para cobrir despesas
administrativas e operacionais. É usual adotar taxas prefixadas sobre o valor nominal do
título e incorporá-la na taxa de desconto. Dessa forma,
DESCONTO
𝐷𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜 "𝑝𝑜𝑟 𝑓𝑜𝑟𝑎" 𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎 𝑏𝑎𝑛𝑐á𝑟𝑖𝑎

𝐷𝑏 = ⏞𝑛 𝑁 + 𝜏⏞ 𝑁 ⇒ 𝑫𝒃 𝑵
𝐷𝑏 𝑁 (4.9)

em que 𝜏 é a taxa prefixada cobrada para cobrir despesas bancárias. Temos:


Segue-se, que:
𝑉𝑏
𝑁 ⇒ 𝑽𝒃 𝑵
𝑉𝑏 𝑁 (4.10)

𝑉𝑏
(4.11)
𝑁
Outros rearranjos possíveis são:

𝑑 𝐷 𝑏 𝑁 𝑛 𝐷 𝑏 𝑁
𝑛 𝑁 𝑛𝑁 𝑑 𝑁 𝑑𝑁

Exercício 4.5: Refaça os exercícios 4.3 e 4.4 supondo uma taxa administrativa de 1% sobre
o valor do título Resposta:
Considerando o Exercício 4.3, as informações são:
𝑁 = $ 3.800,00 𝑑
= 30% 𝑎. 𝑎.

𝑛 = 4 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 𝐷𝑏

=? ? ?

𝑉𝑏 =? ? ?

𝜏 = 1%
Já sabemos que a taxa de juros mensal será de 5%. Aplicando a fórmula (4.9), temos:

𝐷𝑏 ⇒ 𝑫𝒃 $ 𝟒𝟏𝟖, 𝟎𝟎
Cabe observar que parte do desconto se refere às taxas bancárias. Temos:
𝐷𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜 "𝑝𝑜𝑟 𝑓𝑜𝑟𝑎" 𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎 𝑏𝑎𝑛𝑐á𝑟𝑖𝑎 𝐷𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎 𝑏𝑎𝑛𝑐á𝑟𝑖𝑎
𝐷𝑏 = ⏞𝑛 𝑁 + 𝜏⏞ 𝑁

𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎 𝑏𝑎𝑛𝑐á𝑟𝑖𝑎 𝐷𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜


"𝑝𝑜𝑟 𝑓𝑜𝑟𝑎"

= 380,00 + 38⏞ ,00 ⇒ 𝑫𝒃 = $ 𝟒𝟏𝟖, 𝟎𝟎

O valor descontado pode ser obtido de duas formas. A primeira forma é rearranjando a
definição de desconto. Temos:
𝐷𝑏 = 𝑁 − 𝑉𝑏 ⇒ 𝑉𝑏 ⇒ 𝑽𝑏 = $ 𝟑. 𝟑𝟖𝟐, 𝟎𝟎
A segunda forma é aplicando a fórmula (4.10):

𝑉𝑏 ⇒ 𝑽𝑏 = $ 𝟑. 𝟑𝟖𝟐, 𝟎𝟎
DESCONTO
Considerando o Exercício 4.4, as informações são:
𝑁 = $ 14.000,00 𝑑
=? ? ?
𝑛 = 3 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠

𝑉𝑏 = $ 12.846,20

𝜏 = 1%
O desconto dado foi de:
𝐷𝑏 = 𝑁 − 𝑉𝑏 = 14.000,00 − 12.846,20 ⇒ 𝑫𝒃 . 𝟏𝟓𝟑, 𝟖𝟎 Aplicando
um dos rearranjos da fórmula (4.10), temos:
𝐷𝑏 𝜏𝑁

𝑑 𝒊 𝟎, 𝟎𝟐𝟒𝟏𝟒 = 𝟐, 𝟒𝟏𝟒% 𝒂. 𝒎.
𝑛 𝑁
Cabe observar que parte do desconto se refere às taxas bancárias. Temos:
𝐷𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜 "𝑝𝑜𝑟 𝑓𝑜𝑟𝑎" 𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎 𝑏𝑎𝑛𝑐á𝑟𝑖𝑎 𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎 𝑏𝑎𝑛𝑐á𝑟𝑖𝑎
𝐷𝑏 = ⏞𝑛 𝑁 + 𝜏⏞ 𝑁

𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎 𝑏𝑎𝑛𝑐á𝑟𝑖𝑎 𝐷𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜


"𝑝𝑜𝑟 𝑓𝑜𝑟𝑎"

… 1.013,80 + ⏞140 , 00 ⇒ 𝑫𝒃 = $ 𝟏. 𝟏𝟓𝟑, 𝟖𝟎

2.2.3. Taxa de juros implícita do desconto bancário ou “por fora”


Como vimos, o desconto “por fora” considera o valor nominal como base de
incidência dos juros. Isso faz com que a taxa de juros efetiva seja maior do que a taxa de
juros anunciada.
Considere, por exemplo, um título de valor nominal de $ 10.000,00, descontado 03
meses antes de seu vencimento a uma taxa de juros de 10% 𝑎. 𝑚. Pelo critério de desconto
“por fora”, temos:

𝐷𝑏 ⇒ 𝑫𝒃 . 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎

𝑉𝑏 ⇒ 𝑽𝒃 . 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎
No entanto, o valor descontado e o valor nominal ($ 10.000,00) não são
equivalentes financeiros a uma taxa de juros de . Se levarmos o valor descontado
para a data de vencimento, aplicando a fórmula (2.3) para capitalização simples, temos:
𝑀 𝐶⇒𝑁
…⇒𝑵 . 𝟏𝟎𝟎, 𝟎𝟎 $ 𝟏𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎
Alternativamente, podemos trazer o valor nominal para a data de antecipação. Aplicando a
fórmula (2.4), temos:
DESCONTO
𝑀
𝐶 ⇒ 𝑉𝑑 ⇒ 𝑉𝑑 $ 𝟕. 𝟔𝟗𝟐, 𝟑𝟏 $ 𝟕. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎
A taxa de juros simples que torna esses valores equivalentes entre si, denominada
de taxa de juros implícita, pode ser calculada a partir de um rearranjo da fórmula (4.4),
dado por:
1 𝑁 𝐷
𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙 í𝑐𝑖𝑡𝑎 = ∙ ( − 1) = (4.12)
𝑛 𝑉𝑑 𝑛 ∙ 𝑉𝑑
Portanto,

𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎 𝑛 ∙ 𝑉(3 ∙ 7.000,00) ⇒ 𝒊𝒊𝒎𝒑𝒍í𝒄𝒊𝒕𝒂 ≈ 𝟎, 𝟏𝟒𝟐𝟖𝟔 = 𝟏𝟒, 𝟐𝟖𝟔% 𝒂. 𝒎.


𝑑

Ou seja, a taxa de juros implícita da operação (14,286% 𝑎. 𝑚. ) é superior à taxa de juros


anunciada para o desconto (10% 𝑎. 𝑚. ). Observe que a taxa de juros implícita corresponde
ao critério de desconto racional. Segue-se que:
𝑁 = (1 + 𝑛 ∙ 𝑖) ∙ 𝑉𝑏 = (1 + 3 ∙ 0,14286) ∙ 7.000,00 ⇒ 𝑵 = $ 𝟏𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎

𝑉𝑏 ⇒ 𝑽𝒃 = $ 𝟕. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎

Definição. Taxa de juros implícita: de modo geral, corresponde à taxa de desconto


racional equivalente à taxa de desconto bancário, admitindo o mesmo regime de
capitalização do desconto bancário. Aqui especificamente, corresponde à taxa de
juros simples equivalente à taxa de desconto bancário simples.

A taxa de juros implícita pode ser calculada diretamente a partir da taxa de desconto
bancário simples por meio da seguinte expressão:
𝑑
𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙 í𝑐𝑖𝑡𝑎 = (4.13)
(1 − 𝑛 ∙ 𝑑 )
Considerando nosso exemplo, temos:

𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎 ⇒ 𝒊𝒊𝒎𝒑𝒍í𝒄𝒊𝒕𝒂 ≈ 𝟎, 𝟏𝟒𝟐𝟖𝟔 = 𝟏𝟒, 𝟐𝟖𝟔% 𝒂. 𝒎.


Pela fórmula (4.13), podemos constatar que para uma dada taxa de desconto bancário
simples (𝑑), a taxa de juros implícita e crescente em relação ao prazo. Ou seja, quanto
maior o prazo considerado, mantendo-se constante o valor nominal e a taxa de desconto
simples, maior será a taxa de juros implícita.
Da mesma forma, a taxa de desconto bancário simples pode ser obtida a partir da
taxa de juros implícita. Temos:
𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎
𝑑= (4.14)
1 + 𝑛 ∙ 𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎
Veja que,

𝑑 ⇒ 𝒅 = 𝟎, 𝟏 = 𝟏𝟎% 𝒂. 𝒎.
1 + 𝑛 ∙ 𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎 1 + 0,14286
DESCONTO
Constatamos pela fórmula (4.14) que a relação entre a taxa de desconto bancário simples
e o prazo de antecipação é decrescente, mantendo-se inalterado a taxa de juros implícita e
o valor nominal do título ou dívida.
Exercício 4.6: Considere um título de valor nominal igual a $ 75.000,00 antecipado em 03
meses. Qual será o valor do desconto e do valor descontado considerando uma taxa de
juros de 2,7% 𝑎. 𝑚., considerando que a instituição financeira adote o desconto “por fora”?
Qual é a taxa de juros implícita?
Resposta:
As informações são:
𝑁 = $ 75.000,00 𝑑
= 2,7% 𝑎. 𝑚.

𝑛 = 3 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 𝐷𝑏

=? ? ?

𝑉𝑏 =? ? ?
Aplicando a fórmula (4.6), temos:
𝐷𝑏 = 𝑛 ∙ 𝑑 ∙ 𝑁 = 3 ∙ 0,027 ∙ 75.000,00 ⇒ 𝑫𝒃 = $ 𝟔. 𝟎𝟕𝟓, 𝟎𝟎
Como vimos, o valor descontado pode ser obtido de duas formas. A primeira forma é
rearranjando a definição de desconto. Temos:
𝐷𝑏 = 𝑁 − 𝑉𝑏 ⇒ 𝑉𝑏 = 𝑁 − 𝐷𝑏 = 75.000,00 − 6.075,00 ⇒ 𝑽𝑏 = $ 𝟔𝟖. 𝟗𝟐𝟓, 𝟎𝟎 A
segunda forma é aplicando a fórmula (4.7):
𝑉𝑏 = (1 − 𝑛 ∙ 𝑑) ∙ 𝑁 = (1 − 3 ∙ 0,027) ∙ 75.000,00 ⇒ 𝑽𝑏 = $ 𝟔𝟖. 𝟗𝟐𝟓, 𝟎𝟎
A taxa de juros implícita pode ser obtida a partir das fórmulas (4.12) ou (4.13). Temos:

𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎 ⇒ 𝒊𝒊𝒎𝒑𝒍í𝒄𝒊𝒕𝒂 ≈ 𝟎, 𝟎𝟐𝟗𝟒 = 𝟐, 𝟗𝟒% 𝒂. 𝒎.


𝑛 ∙ 𝑉𝑑 3 ∙ 68.925,00
Ou

𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎 ⇒ 𝒊𝒊𝒎𝒑𝒍í𝒄𝒊𝒕𝒂 ≈ 𝟎, 𝟎𝟐𝟗𝟒 = 𝟐, 𝟗𝟒%


Exercício 4.7: Qual é a taxa de desconto bancário simples associada a uma taxa de juros
implícita de 4,27% 𝑎. 𝑚., considerando prazos de 02, 04 e 06 meses?
Resposta:
A taxa de desconto “por fora” é calculada a partir da fórmula (4.14). Temos:

− Para 𝑛 = 2:

𝑑 ⇒ 𝒅 ≈ 𝟎, 𝟎𝟑𝟗𝟑 = 𝟑, 𝟗𝟑% 𝒂. 𝒎.
DESCONTO
1 + 𝑛 ∙ 𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎 1 + 2 ∙ 0,0427 −

Para 𝑛 = 4:

𝑑 ⇒ 𝒅 ≈ 𝟎, 𝟎𝟑𝟔𝟓 = 𝟑, 𝟔𝟓% 𝒂. 𝒎.
1 + 𝑛 ∙ 𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎 1 + 4 ∙ 0,0427 −

Para 𝑛 = 6:

𝑑 ⇒ 𝒅 ≈ 𝟎, 𝟎𝟑𝟒 = 𝟑, 𝟒% 𝒂. 𝒎.
1 + 𝑛 ∙ 𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎 1 + 6 ∙ 0,0427

2.2.4. Taxa de juros efetiva do desconto bancário ou “por fora”


Vimos que a taxa de juros implícita de uma operação de desconto simples por fora
corresponde à taxa de juros simples que gera o mesmo resultado. No entanto, o regime de
capitalização simples não fornece bons parâmetros para comparação, já que não resulta
em equivalentes financeiros em períodos fracionados. Nosso parâmetro de comparação
deve partir do regime de capitalização composta.
Retornando a nosso exemplo anterior, em que gostaríamos de antecipar em 03
meses um título de valor nominal de $ 10.000,00, considerando uma taxa de desconto
bancário simples de 10% 𝑎. 𝑚. Utilizando esse critério para levar o valor descontado para a
data de liquidação do título ou empréstimos, ou seja, aplicando a fórmula (3.1), temos:
𝐹𝑉 = (1 + 𝑖)𝑛 ∙ 𝑃𝑉 ⇒ 𝑁 = (1 + 𝑖)𝑛 ∙ 𝑉𝑑 = (1 + 0,1)3 ∙ 7.000,00 ⇒ ⋯

⇒ 𝑵 = $ 𝟗. 𝟗. 𝟑𝟏𝟕, 𝟎𝟎 ≠ $ 𝟏𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎


Fazendo o movimento inverso, ou seja, trazendo o valor nominal para o prazo da
antecipação utilizando o critério de regime de capitalização composto aplicando a fórmula
(3.2), temos:
𝐹𝑉 𝑁 10.000,00
𝑃𝑉 = ( 1 + 𝑖)𝑛 ⇒ 𝑉𝑑 = ( 1 + 𝑖)𝑛 = (1 + 0,1)3 ⇒ 𝑽𝒅 ≈ $ 𝟕. 𝟓𝟏𝟑, 𝟏𝟓 ≠
$ 𝟕. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎

Portanto, a aplicação do critério de desconto bancário simples também não resulta em


equivalentes financeiros sob a ótica da capitalização composta.
Como vimos anteriormente, a taxa de juros compostos que tornam esses valores
equivalentes é chamada de taxa de juros efetiva e pode ser obtida a partir de uma
adaptação da fórmula (3.11). Temos:
𝑛𝑁

𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 = √ − 1 (4.15)
𝑉𝑏
Temos,

𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 ⇒ 𝒊𝒆𝒇𝒆𝒕𝒊𝒗𝒂 ≈ 𝟎, 𝟏𝟐𝟔𝟐 = 𝟏𝟐, 𝟔𝟐% 𝒂. 𝒎


DESCONTO
A taxa de juros efetiva pode ser obtida diretamente a partir da taxa de desconto
bancário simples (𝑑) a partir da seguinte expressão:
𝑛 1 (4.16)
𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 = √ −1
1−𝑛∙𝑑
Temos:

𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 ⇒ 𝒊𝒆𝒇𝒆𝒕𝒊𝒗𝒂 ≈ 𝟎, 𝟏𝟐𝟔𝟐 = 𝟏𝟐, 𝟔𝟐% 𝒂. 𝒎.


É possível demonstrar que a fórmula (4.16) expressa uma relação crescente entre a taxa
de juros efetiva e o prazo de antecipação, mantendo-se constante a taxa de desconto
bancário simples.
Segue-se, a partir da fórmula (4.16), que:
𝑛
(1 + 𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎) − 1
𝑑= (4.17)
𝑛
𝑛 ∙ (1 + 𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎)
Temos:

𝑛 3− 1
(1 + 𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎) − 1 (1 + 0,1262)
𝑑= 𝑛= 3 ∙ (1 + 0,1262)3 ⇒ 𝒅 = 𝟎, 𝟏 = 𝟏𝟎% 𝒂. 𝒎.
𝑛 ∙ (1 + 𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎)
Exercício 4.8: Considere os valores do exercício 4.6 e calcule a taxa de juros efetiva da
operação.
Resposta:
As informações são:
𝑁 = $ 75.000,00 𝑑
= 2,7% 𝑎. 𝑚.

𝑛 = 3 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 𝐷𝑏

=? ? ?

𝑉𝑏 =? ? ?
Já vimos que,
𝐷𝑏 = $ 6.075,00

𝑉𝑏 = $ 68.925,00
Portanto, aplicando a fórmula (4.15), temos:

𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 ⇒ 𝒊𝒆𝒇𝒆𝒕𝒊𝒗𝒂 ≈ 𝟎, 𝟎𝟐𝟖𝟔 = 𝟐, 𝟖𝟔% 𝒂. 𝒎.


Alternativamente poderíamos aplicar a fórmula (4.16).
DESCONTO

𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 ⇒ 𝒊𝒆𝒇𝒆𝒕𝒊𝒗𝒂 ≈ 𝟎, 𝟎𝟐𝟖𝟔 = 𝟐, 𝟖𝟔% 𝒂. 𝒎.


Exercício 4.9: Qual é a taxa de desconto bancário simples associada a uma taxa de juros
efetiva de 6,48% 𝑎. 𝑚., considerando prazos de 02, 04 e 06 meses?
Resposta:
A taxa de desconto “por fora” é calculada a partir da fórmula (4.17). Temos:

− Para 𝑛 = 2:

𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 ⇒ 𝒅 ≈ 𝟎, 𝟎𝟕𝟏𝟖𝟕 = 𝟕, 𝟏𝟖𝟕% 𝒂. 𝒎.

− Para 𝑛 = 4:

𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 ⇒ 𝒅 ≈ 𝟎, 𝟎𝟕𝟖 = 𝟕, 𝟖% 𝒂. 𝒎.

− Para 𝑛 = 6:

𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 ⇒ 𝒅 ≈ 𝟎, 𝟎𝟖𝟓𝟓 = 𝟖, 𝟓𝟓% 𝒂. 𝒎.

2.2.5. Considerações sobre o desconto bancário ou “por fora”


O desconto bancário apresenta algumas peculiaridades, entre as quais se destacam:
(a) O desconto bancário não obedece aos fundamentos da Matemática Financeira,
devendo ser interpretado como um critério particular das instituições financeiras.
(b) O critério de desconto bancário deve ser utilizado para o curto prazo. Para prazos
muito grandes, é possível que o valor descontado seja negativo, ou seja, o detentor
do título deve pagar na operação de resgate. Isso ocorre porque 𝑛 ∙ 𝑑 > 1 . Considere,
por exemplo, um título de 15.000,00 resgatado com 24 meses de antecedência a
uma taxa de juros de 5% 𝑎. 𝑚.. Sob o critério de desconto “por fora”, temos:
𝑉𝑏 = (1 − 𝑛 ∙ 𝑑) ∙ 𝑁 = (1 − 24 ∙ 0,05) ∙ 15.000,00 ⇒ 𝑽𝒃 = −$ 𝟑. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎
(c) A taxa de juros implícita de uma aplicação de desconto “por fora” é crescente em
relação ao prazo. Considere, por exemplo, uma taxa de juros de 3% 𝑎. 𝑚. sob o
critério de desconto “por fora”. Temos:

𝑛 = 1 ⇒ 𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎 ⇒ 𝒊𝒊𝒎𝒑𝒍í𝒄𝒊𝒕𝒂 ≈ 𝟎, 𝟎𝟑𝟏 = 𝟑, 𝟏% 𝒂. 𝒎.

𝑛 = 2 ⇒ 𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎 ⇒ 𝒊𝒊𝒎𝒑𝒍í𝒄𝒊𝒕𝒂 ≈ 𝟎, 𝟎𝟑𝟐 = 𝟑, 𝟐% 𝒂. 𝒎.


DESCONTO

𝑛 = 3 ⇒ 𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎 ⇒ 𝒊𝒊𝒎𝒑𝒍í𝒄𝒊𝒕𝒂 ≈ 𝟎, 𝟎𝟑𝟑 = 𝟑, 𝟑% 𝒂. 𝒎.

𝑛 = 4 ⇒ 𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎 ⇒ 𝒊𝒊𝒎𝒑𝒍í𝒄𝒊𝒕𝒂 ≈ 𝟎, 𝟎𝟑𝟒 = 𝟑, 𝟒% 𝒂. 𝒎.


(d) A taxa de juros efetiva de uma aplicação de desconto “por fora” também é crescente
em relação ao prazo. Isso indica que, quanto maior o prazo de antecipação, maior
será o custo efetivo da operação. Considere, por exemplo, uma taxa de juros de 3%
𝑎. 𝑚. sob o critério de desconto “por fora”. Temos:

𝑛 = 1 ⇒ 𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 ⇒

… ⇒ 𝒊𝒆𝒇𝒆𝒕𝒊𝒗𝒂 ≈ 𝟎, 𝟎𝟑𝟏 = 𝟑, 𝟏% 𝒂. 𝒎.

𝑛 = 2 ⇒ 𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 ⇒

… ⇒ 𝒊𝒆𝒇𝒆𝒕𝒊𝒗𝒂 ≈ 𝟎, 𝟎𝟑𝟏𝟒 = 𝟑, 𝟏𝟒% 𝒂. 𝒎.

𝑛 = 3 ⇒ 𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 ⇒

… ⇒ 𝒊𝒆𝒇𝒆𝒕𝒊𝒗𝒂 ≈ 𝟎, 𝟎𝟑𝟐 = 𝟑, 𝟐% 𝒂. 𝒎.

𝑛 = 4 ⇒ 𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 ⇒

… ⇒ 𝒊𝒆𝒇𝒆𝒕𝒊𝒗𝒂 ≈ 𝟎, 𝟎𝟑𝟐𝟓 = 𝟑, 𝟐𝟓% 𝒂. 𝒎.

(e) Dada uma determinada taxa de juros implícita, a taxa de desconto “por fora” é
decrescente em relação ao prazo de antecipação. Veja a resposta do exercício 4.7.
(f) Dada uma determinada taxa de juros efetiva, a taxa de desconto “por fora” é
decrescente em relação ao prazo de antecipação. Veja a resposta do exercício 4.9

2.3. Desconto para um conjunto de títulos


Algumas situações envolvem o resgate de um conjunto de títulos com valores
nominais e prazos de antecipação distintos. Quando isso ocorre, é comum adotar o critério
de desconto racional e considerar um prazo médio. O valor descontado toma como
referência a soma dos valores nominais de cada título.
Considere, por exemplo, que uma empresa resgatou o conjunto de títulos listados no
quadro a seguir, tendo recebido um valor líquido de $ 22.850,00 após o resgate do borderô
de títulos.
Título Valor nominal ($) Prazo de antecipação
DESCONTO
A 2.500,00 50 dias
B 12.000,00 15 dias
C 6.800,00 90 dias
D 3.700,00 75 dias

Total 25.000,00 -

Para o cálculo da taxa de juros efetiva, considerando o desconto racional, temos:


𝑁 = $ 25.000,00
𝑉𝑟 = $ 22.850,00

𝐷𝑟 = 𝑁 − 𝑉𝑟 = 25.000,00 − 22.850,00 ⇒ 𝐷𝑟 = $ 2.150,00

𝑛= ⇒ 𝑛 = 57,2 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠


Aplicando um dos rearranjos da fórmula (4.4),
𝐷𝑟 2.150,00
𝑖= =⇒ 𝒊 ≈ 𝟎, 𝟎𝟎𝟏𝟔𝟒𝟓 = 𝟎, 𝟏𝟔𝟒𝟓% 𝒂. 𝒅.
𝑛 ∙ 𝑉𝑟 57,2 ∙ 22.850,00
Ou
𝐷𝑟 2.150,00
𝑖= =⇒ 𝒊 ≈ 𝟎, 𝟎𝟒𝟗 = 𝟒, 𝟗% 𝒂. 𝒎.
𝑛 ∙ 𝑉𝑟 1,917 ∙ 22.850,00

3. DESCONTO COMPOSTO
O desconto composto racional ou “por dentro” segue as relações usuais do regime
de capitalização composta, tendo como base as fórmulas (3.1), (3.2) e (3.5). Fazendo as
adaptações para a notação de desconto, temos:

𝑁 = (1 + 𝑖 )𝑛 ∙ 𝑉𝑟 (4.18)
𝑁
𝑉𝑟 = (4.19)
(1 + 𝑖 )𝑛
(1 + 𝑖 )𝑛 − 1
𝐷𝑟 = [ ]∙𝑁 (4.20)
(1 + 𝑖 )𝑛
Tome como exemplo um título cujo valor nominal seja de $ 35.000,00 resgatado com
04 meses de antecedência. Considerando uma taxa de juros de 3,5% 𝑎. 𝑚. e um critério de
desconto racional composto, temos:

𝐷𝑟 ⇒ 𝑫𝒓 ≈ $ 𝟒. 𝟒𝟗𝟗, 𝟓𝟐

𝐷𝑟 = 𝑁 − 𝑉𝑟 ⇒ 𝑉𝑟 = 𝑁 − 𝐷𝑟 = 35.000,00 − 4.499,52 ⇒ 𝑽𝒓 = $ 𝟑𝟎. 𝟓𝟎𝟎, 𝟒𝟖 Alternativamente,


𝑁 35.000,00
𝑉𝑟 = ( 1 + 𝑖)𝑛 = (1 + 0,035)4 ⇒ 𝑽𝒓 = $ 𝟑𝟎. 𝟓𝟎𝟎, 𝟒𝟖
DESCONTO
Como se trata de um desconto fundamentado no regime de juros compostos, a taxa
de juros efetiva é a própria taxa de juros considerada na operação. Utilizando a fórmula
(4.15), temos:

𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 ⇒ 𝒊𝒆𝒇𝒆𝒕𝒊𝒗𝒂 = 𝟎, 𝟎𝟑𝟓 = 𝟑, 𝟓% 𝒂. 𝒎.


A aplicação do desconto bancário ou “por fora” com o regime de capitalização
composta não é usual, sendo raras suas aplicações na prática. Como vimos, no desconto
bancário, a taxa de juros incide sobre o valor nominal e não sobre o valor descontado.
Adaptando as fórmulas (4.7) e (4.8) para o regime de juros compostos, temos
𝑉𝑏 = (1 − 𝑑)𝑛 ∙ 𝑁 (4.21)

𝐷𝑏 = [1 − (1 − 𝑑)𝑛] ∙ 𝑁 (4.22)
Considerando o exemplo anterior, temos:

𝐷𝑏 = [1 − (1 − 𝑑)𝑛] ∙ 𝑁 = [1 − (1 − 0,035)4] ∙ 35.000,00 ⇒ 𝑫𝒃 ≈ $ 𝟒. 𝟔𝟒𝟖, 𝟕𝟎

𝐷𝑏 = 𝑁 − 𝑉𝑏 ⇒ 𝑉𝑏 = 𝑁 − 𝐷𝑏 = 35.000,00 − 4.648,7 ⇒ 𝑽𝒃 = $ 𝟑𝟎. 𝟑𝟓𝟏, 𝟑𝟎 Alternativamente,

𝑉𝑏 = (1 − 𝑑)𝑛 ∙ 𝑁 = (1 − 0,035)4 ∙ 35.000,00 ⇒ 𝑽𝒃 = $ 𝟑𝟎. 𝟑𝟓𝟏, 𝟑𝟎 A

taxa de juros efetiva é dada por:

𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 ⇒ 𝒊𝒆𝒇𝒆𝒕𝒊𝒗𝒂 = 𝟎, 𝟎𝟑𝟔𝟐𝟕 = 𝟑, 𝟔𝟐𝟕% 𝒂. 𝒎.

Como era esperado, a taxa de juros efetiva (3,627% 𝑎. 𝑚. ) é superior à taxa de juros nominal
(3,5% 𝑎. 𝑚. ) em uma aplicação do critério de desconto “por fora”.
A taxa de juros efetiva pode ser obtida diretamente a partir da fórmula a seguir.
𝑑
𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 = (4.23)
1−𝑑
Temos,
0,035
𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 = ⇒ 𝒊𝒆𝒇𝒆𝒕𝒊𝒗𝒂 ≈ 𝟎, 𝟎𝟑𝟔𝟐𝟕 = 𝟑, 𝟔𝟐𝟕% 𝒂. 𝒎.
1 − 0,035
Rearranjando a fórmula (4.23), temos:
𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎
𝑑= (4.24)
1 + 𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎
Aplicando em nosso exemplo,
𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 0,03627
𝑑= =⇒ 𝒅 = 𝟎, 𝟎𝟑𝟓 = 𝟑, 𝟓% 𝒂. 𝒎.
1 + 𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 1 + 0,03627
DESCONTO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSAF NETO, Alexandre. Matemática financeira e suas aplicações. 15ª ed. Barueri-SP:
Atlas, 2022.
PUCCINI, Abelardo de Lima. Matemática financeira: objetiva e aplicada. 11ª ed. São
Paulo: SaraivaUni, 2022.

QUESTÕES PARA REVISÃO

1. Defina (apresente gráficos, exemplos e fórmulas, quando for possível):


(a) Valor nominal, valor descontado e desconto;
(b) Desconto racional e desconto bancário simples;
(c) Desconto bancário simples;
(d) Desconto racional e desconto bancário composto.

2. Explique a diferença entre taxa de juros implícita e taxa de juros efetiva.

3. “O desconto corresponde a um ônus. Nesse sentido, quanto maior o desconto, maior é


o encargo associado à operação”. Explique essa afirmação.

4. Apresente e explique as quatro considerações sobre o desconto “por fora” simples.


DESCONTO

PROBLEMAS

1. Considere um título cujo valor nominal é de $ 25.000,00. O detentor do título deseja


resgatá-lo com 03 meses de antecedência. O banco “A” oferece uma taxa de juros de 2,4%
𝑎. 𝑚. e adota o critério de desconto racional simples. O banco “B” adota o critério de
desconto “por fora”, admitindo uma taxa de juros simples de 2,1% 𝑎. 𝑚. O banco “C” oferece
uma taxa de juros simples de 1,8% 𝑎. 𝑚. sob o critério de desconto “por fora”, mas cobra
um percentual de 0,5% sobre a transação. Faça o que se pede a seguir.
(a) Qual dos bancos oferece a melhor proposta? Fundamente sua resposta.
(b) Quais são as taxas de juros implícitas nas operações oferecidas pelos bancos “B” e
“C”?
(c) Quais são as taxas de juros efetivas oferecidas pelos três bancos?

2. Uma operação de regaste resultou em um valor descontado de $ 27.800,00 ,


considerando uma antecedência de 100 dias. Qual é o valor nominal desse título,
considerando:
(a) Critério de desconto racional e uma taxa de juros simples de 15% 𝑎. 𝑎.
(b) Critério de desconto “por fora” e uma taxa de juros simples de 18% 𝑎. 𝑎.
(c) Critério de desconto “por fora”, taxa de juros simples de 22% 𝑎. 𝑎. e uma taxa de
administração de 1,5%.

3. Considere que uma operação de resgate de um título seja realizada a uma taxa de
juros simples de 6,8% 𝑎. 𝑚. sob o critério de desconto “por fora”. Determine as taxas de
juros implícitas e efetivas mensais para os seguintes prazos de antecipação:
(a) 01 mês;
(b) 03 meses; (c) 05 meses.

4. Considere que uma operação de resgate de um título resulte em uma taxa implícita
de 7,3% 𝑎. 𝑚. Admitindo um critério de desconto por fora”, determine a taxa de juros nominal
(𝑑) relacionadas aos prazos de antecipação a seguir.
(a) 02 meses;
(b) 04 meses; (c) 06 meses.

5. Considere que uma operação de resgate de um título resulte em uma taxa efetiva de
5,42% 𝑎. 𝑚. Admitindo um critério de desconto por fora”, determine a taxa de juros nominal
(𝑑) relacionadas aos prazos de antecipação a seguir.
DESCONTO
(a) 02 meses;
(b) 04 meses; (c) 06 meses.

6. Um cliente apresenta ao banco um conjunto de títulos para resgate antecipado. O


banco adota o critério de desconto racional simples, considerando uma taxa de juros de
3,5% 𝑎. 𝑚. Calcule o valor descontado e o desconto resultante dessa operação,
considerando o borderô de título a seguir.
Título Valor nominal ($) Prazo de antecipação

A 12.500,00 90 dias
B 5.800,00 20 dias
C 18.700,00 125 dias
D 2.450,00 15 dias
E 9.280,00 50 dias
F 25.000,00 160 dias

7. Considere que um título cujo valor nominal é de $ 18.500,00 seja resgatado com um
prazo de antecedência de 45 dias e uma taxa de juros compostos de 3,7% 𝑎. 𝑚. Faça o que
se pede a seguir.
(a) Calcule o valor descontado e o desconto considerando um critério de desconto
racional.
(b) Calcule o valor descontado e o desconto considerando um critério de desconto “por
fora”. Qual é a taxa de juros efetiva?

APÊNDICE

A.1. DEDUÇÃO DA FÓRMULA DE TAXA DE JUROS IMPLÍCITA


Por definição, a taxa de juros implícita é a taxa de desconto racional equivalente à
taxa de desconto bancário, considerando o regime de capitalização da taxa de desconto
bancário.
Iniciaremos com o regime de capitalização simples. A formação do valor descontado
a partir do valor nominal do título é dada pelas fórmulas (4.3) e (4.7), respectivamente para
o desconto racional e o desconto bancário simples. Temos:
𝑁
𝑉𝑟
DESCONTO
𝑉𝑏 = (1 − 𝑛 ∙ 𝑑) ∙ 𝑁
Sendo 𝑖 a taxa de juros implícita à 𝑑, temos:
𝑁 1
𝑉 𝑟 = 𝑉𝑏 ⇒ = (1 − 𝑛 ∙ 𝑑) ∙ 𝑁 ⇒ = (1 − 𝑛 ∙ 𝑑) ⇒ ⋯
(1 + 𝑛 ∙ 𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎) (1 + 𝑛 ∙ 𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎)
1 1 1−1+𝑛∙𝑑

…⇒ 𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎) ⇒ 𝑛 ∙ 𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎
𝑛∙𝑑 𝒅
… ⇒ 𝑛 ∙ 𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎 ⇒ 𝒊𝒊𝒎𝒑𝒍í𝒄𝒊𝒕𝒂
Utilizando o mesmo raciocínio para o regime de capitalização composta, iremos
comparar as fórmulas (4.19) e (4.21), respectivamente para desconto racional e bancário
composto. Ou seja,
𝑁
𝑉𝑟 = ( 1 + 𝑖)𝑛

𝑉𝑏 = (1 − 𝑑)𝑛 ∙ 𝑁

Sendo 𝑖 a taxa de juros implícita, temos

𝑉 𝑟 = 𝑉𝑏 ⇒ 𝑁𝑛 = (1 − 𝑑)𝑛 ∙ 𝑁 ⇒ 1𝑛 = (1 − 𝑑)𝑛 ⇒ ⋯
(1 + 𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎) (1 + 𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎)
1

…⇒( 1 −1𝑑)𝑛 = (1 + 𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎)𝑛 ⇒ [( 1 −1𝑑)𝑛]𝑛 = [(1 + 𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎)𝑛]𝑛1 ⇒ ⋯

1 1 1−1+𝑑 𝒅
… ⇒ 𝑖 + 𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎 = ⇒ 𝑖𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎 = 1−𝑑 1− −1= ⇒ 𝒊𝒊𝒎𝒑𝒍í𝒄𝒊𝒕𝒂
=
1−𝑑 𝑑 𝟏−𝒅

A.2. DEDUÇÃO DA FÓRMULA DE TAXA DE JUROS EFETIVA


Por definição, a taxa de juros efetiva é a taxa de juros compostos equivalente à taxa
de desconto bancário. A obtenção dessas equivalências segue o mesmo raciocínio utilizado
anteriormente para a dedução da taxa de juros implícita. No caso do regime de capitalização
simples, devemos comparar as fórmulas (4.7) e (4.19), respectivamente,

𝑉𝑏 = (1 − 𝑛 ∙ 𝑑) ∙ 𝑁
𝑁
𝑉𝑟 = ( 1 + 𝑖)𝑛
DESCONTO
Sendo 𝑖 a taxa de juros efetiva, temos
𝑁 1
𝑉𝑟 = 𝑉𝑏 ⇒= (1 − 𝑛 ∙ 𝑑) ∙ 𝑁 = 𝑛⇒ (1 − 𝑛 ∙ 𝑑) = 𝑛⇒ ⋯
(1 + 𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎) (1 + 𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎)
1

… ⇒ (1 + 𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎) 𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎) (1 − 𝑛 ∙ 𝑑)

… ⇒ (1 + 𝑖𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎) ⇒ 𝒊𝒆𝒇𝒆𝒕𝒊𝒗𝒂 𝟏

No caso do regime de capitalização composta, a taxa de juros efetiva é igual a taxa


de juros implícita de uma operação de desconto bancário composto.

A.3. VALOR DESCONTADO NO CRITÉRIO DE DESCONTO BANCÁRIO “POR FORA”


COMPOSTO
Considere um título de valor nominal 𝑁 descontado com uma antecedência de 𝑛
períodos. Temos
− Ao final do 1º período:

𝐷𝑏1 = 𝑑 ∙ 𝑁

𝑉𝑏1 = 𝑁 − 𝐷𝑏1 = 𝑁 − 𝑑 ∙ 𝑁 ⇒ 𝑉𝑏1 = (1 − 𝑑) ∙ 𝑁

− Ao final do 2º período:
𝐷𝑏2 = 𝑑 ∙ (1 − 𝑑) ∙ 𝑁

𝑉𝑏2 = 𝑉𝑏1 − 𝐷𝑏2 = (1 − 𝑑) ∙ 𝑁 − 𝑑 ∙ (1 − 𝑑) ∙ 𝑁 = (1 − 𝑑) ∙ (1 − 𝑑) ∙ 𝑁 ⇒ ⋯

… ⇒ 𝑉𝑏2 = (1 − 𝑑)2 ∙ 𝑁

− Ao final do 2º período:

𝐷𝑏3 = 𝑑 ∙ (1 − 𝑑) ∙ 𝑁
2

𝑉𝑏3 = 𝑉𝑏1 − 𝐷𝑏3 = (1 − 𝑑)2 ∙ 𝑁 − 𝑑 ∙ (1 − 𝑑)2 ∙ 𝑁 = [(1 − 𝑑)2 − 𝑑 ∙ (1 − 𝑑)2] ∙ 𝑁 =

= (1 − 𝑑) ∙ (1 − 𝑑)2 ∙ 𝑁 ⇒ 𝑉𝑏3 = (1 − 𝑑)3 ∙ 𝑁

E assim por diante. Considerando 𝑛 períodos, temos:


𝑽𝒃 = (𝟏 − 𝒅)𝒏 ∙ 𝑵

Pela definição de desconto, expressa na fórmula (4.1), temos:

𝐷𝑏 = 𝑁 − 𝑉𝑏 = 𝑁 − (1 − 𝑑)𝑛 ∙ 𝑁 ⇒ 𝑫𝒃 = [𝟏 − (𝟏 − 𝒅)𝒏] ∙ 𝑵

Você também pode gostar