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Conceitos financeiros essenciais à Engenharia Econômica

Taxa de Juros Variáveis com o Tempo: Juros Composto

Da mesma forma do caso de juros simples, para o caso de taxas não são constantes ao
longo do período de aplicação torna-se necessário analisar o caso considerando a
incidência das taxas de juros nos valores anteriores. Desta forma, parte-se da equação
partindo de um principal P e montante M:

𝑀 =𝑃× 1+𝑖

Considerando que as taxas de juros i diferentes em cada instante, tem-se o conjunto i:


𝑖 = 𝑖1 , 𝑖2 , 𝑖3, … 𝑖𝑖−2 , 𝑖𝑛−1 , 𝑖𝑛

Para k=1

𝑀1 = 𝑃 × 1 + 𝑖1
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No segundo montante, utiliza-se o valor anterior acrescido da taxa nova:


Para k=2
𝑀2 = 𝑀1 × 1 + 𝑖2 = 𝑃 × 1 + 𝑖1 × 1 + 𝑖2

Para o 3º. Termos, tem-se:


Para k=3
𝑀3 = 𝑀2 × 1 + 𝑖3 = 𝑃 × 1 + 𝑖1 × 1 + 𝑖2 × 1 + 𝑖3

.
.
.

Para k=n
𝑀𝑛 = 𝑀𝑛−1 × 1 + 𝑖𝑛
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𝑀𝑛 = 𝑃 × 1 + 𝑖1 × 1 + 𝑖2 × 1 + 𝑖3 × ⋯ × 1 + 𝑖𝑛−1 × 1 + 𝑖𝑛
𝑛

𝑀𝑛 = 𝑃 × ෑ 1 + 𝑖𝑘
𝑘=1

A expressão 𝑀𝑛 representa a acumulação de capital aplicando diferentes taxas de


juros 𝑖𝑘 num determinado tempo de aplicação n.

Para o caso onde as taxas de juros são constantes, ou seja, 𝑖1 = 𝑖2 = 𝑖3= … = 𝑖𝑖−2 =
𝑖𝑛−1 𝑖𝑛 = 𝑖, tem-se:

𝑛
𝑀𝑛 = 𝑃 × 1 + 𝑖
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No entanto é necessário calcular a taxa de juros efetiva. Portanto é necessário usar a


expressão a seguir:

𝑀𝑛 = 𝑃 × 1 + 𝑖 𝑛

Transformando i em 𝑖𝑒𝑓 , tem-se:


𝑛
𝑛
𝑃 × 1 + 𝑖𝑒𝑓 = 𝑃 × ෑ 1 + 𝑖𝑘
𝑘=1

𝑛
𝑛
1 + 𝑖𝑒𝑓 = ෑ 1 + 𝑖𝑘
𝑘=1
1ൗ
𝑛 𝑛
𝑖𝑒𝑓 = ෑ 1 + 𝑖𝑘 −1
𝑘=1
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Para cálculo de juros de uma principal P para taxas diferentes 𝑖𝑘 ao longo do


tempo n pode-se calcular da seguinte forma:
𝑛

𝐽𝑛 = 𝑀𝑛 − 𝑃 = 𝑃 × ෑ 1 + 𝑖𝑘 − 𝑃
𝑘=1

𝐽𝑛 = 𝑃 × ෑ 1 + 𝑖𝑘 − 1
𝑘=1
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Exemplo: Seja um principal P de R$ 100.000,00 aplicado por 6 meses, à taxa de


2,5% ao mês. Analisar os resultados do regime juros simples e juros composto.
Montar a tabela de ganho mensal de juros, juros acumulados e montantes ao
longo do período n.

Para solucionar o problema, é necessário das expressões dos dois regimes de


cálculo de juros:

Fórmulas Juros Simples Juros Compostos


Juros Mensais 𝑗𝑘 = 𝑃 × 𝑖 𝑗𝑘 = 𝑀𝑘−1 × 𝑖
𝑘
Juros Acumulados 𝐽𝑘 = 𝑃 × 𝑘 × 𝑖 𝐽𝑘 = 𝑃 × 1 + 𝑖 −1

Montantes 𝑀𝑘 = 𝑃 × 1 + 𝑘 × 𝑖 𝑀𝑘 = 𝑃 × 1 + 𝑖 𝑘
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Solução:
1) Para o caso do regime de juros simples
Para calcular o ganho mensal de juros, basta que faça, k=1, 2, ..., 5, 6:

𝑗𝑘 = 𝑃 × 𝑖 = 𝑗1 = . . . = 𝑗6 = 100.000,00 × 0,0250 = 2.500,00

Para cálculo de juros acumulados mensalmente:

𝐽𝑘 = 𝑃 × 𝑘 × 𝑖

Para k=1:
𝐽1 = 100.000,00 × 1 × 0,0250 = 2.500,00

Para k=2:
𝐽2 = 100.000,00 × 1 + 2 × 0,0250 = 5.000,00 calcular até k=6.
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Para calcular o montante mensal, basta que faça, k=1, 2, ..., 5, 6:

𝑀𝑘 = 𝑃 × 1 + 𝑘 × 𝑖

Para k=1:

𝑀1 = 100.000,00 × 1 + 1 × 0,0250 = 102.500,00

Para k=2:

𝑀2 = 100.000,00 × 1 + 2 × 0,0250 = 105.000,00


....

Calcular até k=6:

𝑀6 = 100.000,00 × 1 + 6 × 0,0250 = 100.000,00 × 1 + 6 × 0,1500 = 115.000,00


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2) Para o caso do regime de juros compostos


Para calcular o ganho mensal de juros, basta que faça, k=1, 2, ..., 5, 6:
𝑗𝑘 = 𝑀𝑘−1 × 𝑖

Para k=1:
Considere M0=P
𝑗1 = 100.000,00 × 0,0250 = 2.500,00

Para cálculo de juros acumulados mensalmente:


𝐽𝑘 = 𝑃 × 1 + 𝑖 𝑘 − 1
𝐽1 = 100.000,00 × 1 + 0,0250 1 − 1 = 2.500,00

Para cálculo de montante mensal


𝑀𝑘 = 𝑃 × 1 + 𝑖 𝑘
1
𝑀1 = 100.000,00 × 1 + 0,0250 = 102.500,00
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Para k=2:
𝑗2 = 𝑀1 × 0,0250 = 102.500,00 × 0,0250 = 2.562,50

2
𝐽2 = 100.000,00 × 1 + 0,0250 − 1 = 5.062,50

𝑀2 = 100.000,00 × 1 + 0,0250 2 = 105.062,50

Para k=3:
𝑗3 = 𝑀2 × 0,0250 = 105.062,5 × 0,0250 = 2.626,56

2
𝐽3 = 100.000,00 × 1 + 0,0250 − 1 = 7.689,06

Calcular até k=6.


𝑀6 = 115.969,34 𝑗6 = 2.828,52 𝐽6 = 15.969,34
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Resumo envolvendo taxas de juros e valores mensais constantes


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Conceitos financeiros essenciais à Engenharia Econômica

Exemplo: Seja um principal P de R$ 100.000,00 aplicado por 6 meses, submetido à


taxa mensal variante. Calcular juro mensal usando regime simples e composto.
Analisar os resultados do regime juros simples e juros composto. Montar a tabela de
ganho mensal de juros, juros acumulados e montantes ao longo do período n.

Período (k) 1 2 3 4 5 6
i k (%) 1,2000 1,0000 1,3000 1,3500 1,5000 1,1000
Para solucionar o problema, é necessário das expressões dos dois regimes de cálculo
de juros:
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Fórmulas Juros Simples Juros Compostos


Juros Mensais 𝑗𝑘 = 𝑃 × 𝑖𝑘 𝑗𝑘 = 𝑀𝑘−1 × 𝑖𝑘
𝑛 𝑛
Juros Acumulados
𝐽𝑛 = 𝑃 × ෍ 𝑖𝑘 𝐽𝑛 = 𝑃 × ෑ 1 + 𝑖𝑘 − 1
𝑘=1 𝑘=1
𝑛 𝑛
Montantes
𝑀𝑛 = 𝑃 × 1 + ෍ 𝑖𝑘 𝑀𝑛 = 𝑃 × ෑ 1 + 𝑖𝑘
𝑘=1 𝑘=1
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Solução:
1) Para o caso do regime de juros simples
Para cálculo, basta que faça, k=1, 2, ..., 5, 6:
Para k=1:
Cálculo do ganho juros mensal
𝑗1 = 𝑖1 × 𝑃 = 0,0120 × 100.000,00 = 1.200,00

Cálculo do ganho juros acumulados:


1

𝐽1 = 𝑃 × ෍ 𝑖𝑘 = 100.000,00 × 0,0120 = 1.200,00


𝑘=1

Para o montante:
𝑀1 = 100.000,00 × 1 + 0,0120 = 101.200,00
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Para k=6:
Cálculo do ganho juros mensal
𝑗6 = 𝑖6 × 𝑃 = 0,0110 × 100.0000 = 1.100,00

Cálculo do ganho juros acumulado:


6

𝐽6 = 𝑃 × ෍ 𝑖𝑘 = 100.000,00 × 0,07450 = 7.450,00


𝑘=1

Para o montante:
𝑀6 = 100.000,00 × 1 + 0,07450 = 107.450,00
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2) Para o caso do regime de juros compostos:
Para cálculo, basta que faça, k=1, 2, ..., 5, 6:
Para k=1:
Cálculo do ganho juros mensal
𝑗1 = 𝑖1 × 𝑃 = 0,0120 × 100.000,00 = 1.200,00

Cálculo do ganho juros acumulados:

𝐽1 = 𝑃 × ෑ 1 + 𝑖𝑘 − 1 = 100.000,00 × 1 + 0,0120 − 1 = 1.200,00


𝑘=1
Cálculo do montante mensal:
1
𝑘 1
𝑀1 = 𝑃 × ෑ 1 + 𝑖𝑘 = 𝑃 × 1 + 𝑖1 = 101.200,00
𝑘=1
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Para k=6:
Cálculo do ganho juros mensal
𝑗6 = 𝑀5 × 𝑖6 = 106.145,74 × 0,011 = 1.171,64

Cálculo do ganho juros acumulados:

𝐽6 = 𝑃 × ෑ 1 + 𝑖𝑘 − 1 = 100.000,00 × 0,0768 = 7.684,27


𝑘=1

Cálculo do montante mensal:


6

𝑀6 = 𝑃 × ෑ 1 + 𝑖𝑘 𝑘 = 𝑃 × 1,0768 = 107.684,27
𝑘=1
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Taxa Rendimento (R$)


Período (k) i k (%) Juros Simples Juros Compostos
Mensal Acumulado Montante Mensal Acumulado Montante
1 1,2000 1.200,00 1.200,00 101.200,00 1.200,00 1.200,00 101.200,00
2 1,0000 1.000,00 2.200,00 102.200,00 1.012,00 2.212,00 102.212,00
3 1,3000 1.300,00 3.500,00 103.500,00 1.328,76 3.540,76 103.540,76
4 1,3500 1.350,00 4.850,00 104.850,00 1.397,80 4.938,56 104.938,56
5 1,5000 1.500,00 6.350,00 106.350,00 1.574,08 6.512,63 106.512,63
6 1,1000 1.100,00 7.450,00 107.450,00 1.171,64 7.684,27 107.684,27

Resumo envolvendo taxas de juros valores mensais diferentes


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Cálculo de montante final generalizado para regime de juros compostos
Supondo que cada instante tem valores diferentes de principal P e de índices da
taxa de juros i, conforme a figura:
M (1) Final

M (2) Final

M (3) Final

M (n-2) Final

M (n-1) Final
P2
P1 M (n) Final
Pn-2
P3
Pn
Pn-1

0 1 2 3 n-2 n-1 n
i1 i2 i3 in-2 in-1 in

Pretende-se calcular o valor do montante final.


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Dado um conjunto de valores diferentes aplicados respectivamente diferentes no período.
Neste caso, um conjunto de valores de principal {P1 , P2 , P3 , ... Pn-2 , Pn-1 , Pn} e o conjunto de
taxas de juros {i1 , i2 , i3 , ... in-2 , in-1 , in}.

É necessário que se calcule para cada aplicação ao longo do período. Para P1 , o seu montante
final M1 Final:

𝑀 1 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃1 × 1 + 𝑖1 × 1 + 𝑖2 × 1 + 𝑖3 × . . .× 1 + 𝑖𝑛−2 × 1 + 𝑖𝑛−1 × 1 + 𝑖𝑛

ෑ(1 + 𝑖𝑘 ) = 1 + 𝑖1 × 1 + 𝑖2 × 1 + 𝑖3 × . . .× 1 + 𝑖𝑛−2 × 1 + 𝑖𝑛−1 × 1 + 𝑖𝑛


𝑘=1

𝑀 1 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃1 × ෑ(1 + 𝑖𝑘 )
𝑘=1
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Para P2 , o seu montante final M2 Final:

𝑀 2 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃2 × 1 + 𝑖2 × 1 + 𝑖3 × . . .× 1 + 𝑖𝑛−2 × 1 + 𝑖𝑛−1 × 1 + 𝑖𝑛

ෑ(1 + 𝑖𝑘 ) = 1 + 𝑖2 × 1 + 𝑖3 × . . .× 1 + 𝑖𝑛−2 × 1 + 𝑖𝑛−1 × 1 + 𝑖𝑛


𝑘=2

𝑀 2 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃2 × ෑ(1 + 𝑖𝑘 )
𝑘=2
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Para P3 , o seu montante final M3 Final:

𝑀 3 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃3 × 1 + 𝑖3 × . . .× 1 + 𝑖𝑛−2 × 1 + 𝑖𝑛−1 × 1 + 𝑖𝑛

ෑ(1 + 𝑖𝑘 ) = 1 + 𝑖3 × . . .× 1 + 𝑖𝑛−2 × 1 + 𝑖𝑛−1 × 1 + 𝑖𝑛


𝑘=3

𝑀 3 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃3 × ෑ(1 + 𝑖𝑘 )
𝑘=3
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Sucessivamente para os 3 últimos termos:

Para Pn-2 , o seu montante final Mn-2 Final:

𝑀(𝑛−2) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃𝑛−2 × 1 + 𝑖𝑛−2 × 1 + 𝑖𝑛−1 × 1 + 𝑖𝑛


𝑛

ෑ (1 + 𝑖𝑘 ) = 1 + 𝑖𝑛−2 × 1 + 𝑖𝑛−1 × 1 + 𝑖𝑛
𝑘=𝑛−2

𝑀 𝑛−2 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃𝑛−2 × ෑ (1 + 𝑖𝑘 )


𝑘=𝑛−2
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Sucessivamente para os 3 últimos termos:

Para Pn-1 , o seu montante final Mn-1 Final:

𝑀(𝑛−1) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃𝑛−2 × 1 + 𝑖𝑛−1 × 1 + 𝑖𝑛


𝑛

ෑ (1 + 𝑖𝑘 ) = 1 + 𝑖𝑛−1 × 1 + 𝑖𝑛
𝑘=𝑛−1

𝑀 𝑛−1 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃𝑛−1 × ෑ (1 + 𝑖𝑘 )


𝑘=𝑛−1
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Sucessivamente para os 3 últimos termos:

Para Pn , o seu montante final Mn Final:

𝑀(𝑛) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃𝑛 × 1 + 𝑖𝑛
𝑛

ෑ(1 + 𝑖𝑘 ) = 1 + 𝑖𝑛
𝑘=𝑛

𝑀 𝑛 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃𝑛 × ෑ(1 + 𝑖𝑘 )
𝑘=𝑛
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Fazendo a soma de todas as expressões de montante para cada principal P, obtém-se o MTotal:

𝑀𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑀(1) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝑀(2) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝑀(3) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 + . . .

+ 𝑀(𝑛−2) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝑀(𝑛−1) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝑀(1) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙

Finalmente tem-se a expressão geral do montante final:

𝑛 𝑛

𝑀𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = ෍ 𝑃𝑗 × ෑ(1 + 𝑖𝑘 )
𝑗=1 𝑘=𝑗
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Prova da fórmula para cálculo de montante final generalizado para juros compostos

Prova 1: Neste caso, um conjunto de valores {P1 , P2 , P3 , ... Pn-2 , Pn-1 , Pn}sendo principal
P igual para todo período ou Pk =P e o conjunto de taxas de juros {i1 , i2 , i3 , ... in-2 , in-1 , in}.

É necessário que se calcule para cada aplicação ao longo do período. Para k=1 o seu
montante final M1 Final:

𝑀 1 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃 × 1 + 𝑖1 × 1 + 𝑖2 × 1 + 𝑖3 × . . .× 1 + 𝑖𝑛−2 × 1 + 𝑖𝑛−1 × 1 + 𝑖𝑛

Para k=2, o seu montante final M2 Final:

𝑀(2) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃 × 1 + 𝑖2 × 1 + 𝑖3 × . . .× 1 + 𝑖𝑛−2 × 1 + 𝑖𝑛−1 × 1 + 𝑖𝑛


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Para k=3, o seu montante final M3 Final:

𝑀(3) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃 × 1 + 𝑖3 × . . .× 1 + 𝑖𝑛−2 × 1 + 𝑖𝑛−1 × 1 + 𝑖𝑛

Sucessivamente para os 3 últimos termos:

Para Pn-2 , o seu montante final Mn-2 Final:

𝑀(𝑛−2) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃 × 1 + 𝑖𝑛−2 × 1 + 𝑖𝑛−1 × 1 + 𝑖𝑛

Para Pn-1 , o seu montante final Mn-1 Final:


𝑀(𝑛−1) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃 × 1 + 𝑖𝑛−1 × 1 + 𝑖𝑛

Finalmente para Pn , o seu montante final Mn Final:

𝑀(𝑛) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃 × 1 + 𝑖𝑛
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Fazendo a soma de todas as expressões de montante para cada principal P, obtém-se o


MTotal:

𝑀𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑀(1) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝑀(2) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝑀(3) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 + . . .

+ 𝑀(𝑛−2) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝑀(𝑛−1) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝑀(1) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙

Finalmente tem-se a expressão geral do montante final:

𝑛 𝑛

𝑀𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = ෍ 𝑃 × ෑ(1 + 𝑖𝑘 )
𝑗=1 𝑘=𝑗
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Prova 2: Neste caso, somente com principal P e o conjunto de taxas de juros {i1 , i2 , i3 , ... in-2 ,
in-1 , in}.

Neste caso somente com k=1 o seu montante final M1 Final:

𝑀 1 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃 × 1 + 𝑖1 × 1 + 𝑖2 × 1 + 𝑖3 × . . .× 1 + 𝑖𝑛−2 × 1 + 𝑖𝑛−1 × 1 + 𝑖𝑛

Para qualquer valor de 𝑘 ≥ 2, o seu montante final Mk Final:

𝑀(𝑘) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 0 × 1 + 𝑖2 + 𝑖3 + 𝑖4 . . . + 𝑖𝑛−2 + 𝑖𝑛−1 + 𝑖𝑛 = 0

Por indução, tem-se:


𝑛

𝑀𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑃 × ෑ(1 + 𝑖𝑘 )
𝑘=1
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Prova 3: Neste caso, somente com principal P e o conjunto de taxas de juros {i1 , i2 , i3 , ... in-2 ,
in-1 , in}.

Para o caso onde as taxas de juros são constantes, ou seja, 𝑖1 = 𝑖2 = 𝑖3= … = 𝑖𝑖−2 =
𝑖𝑛−1 = 𝑖𝑛 = 𝑖.

𝑀𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃 × 1 + 𝑖1 × 1 + 𝑖2 × 1 + 𝑖3 × . . .× 1 + 𝑖𝑛−2 × 1 + 𝑖𝑛−1 × 1 + 𝑖𝑛

Onde:
𝑛 𝑛

𝑀𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = ෑ(1 + 𝑖𝑘 ) = ෑ 1 + 𝑖 = (1 + 𝑖)𝑛


𝑘=1 𝑘=1

𝑀𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑃 × (1 + 𝑖)𝑛
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Quadro de resumo de fórmulas para regime de juros compostos

Descrição Fórmula
Um conjunto de valores de principal 𝑛 𝑛
P diferentes para todo período e o
conjunto de taxas de juros i
𝑀𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = ෍ 𝑃𝑗 × ෑ(1 + 𝑖𝑘 )
diferentes. 𝑗=1 𝑘=𝑗
𝑛 𝑛
Um conjunto de valores P igual para
todo período ou 𝑃𝑘 = 𝑃 e o conjunto 𝑀𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = ෍ 𝑃 × ෑ(1 + 𝑖𝑘 )
de taxas de juros i diferentes. 𝑗=1 𝑘=𝑗
𝑛
Somente com principal P e o
conjunto de taxas de juros diferentes.
𝑀𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑃 × ෑ(1 + 𝑖𝑘 )
𝑘=1
Para principal P no início da
aplicação e taxas de juros i 𝑀𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑃 × (1 + 𝑖)𝑛
constantes.
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Exemplo: Seja um principal P de R$ 100.000,00 aplicado por 6 meses, submetido à


taxa mensal variante. Calcular juro mensal usando regime simples e composto.
Analisar os resultados do regime juros simples e juros composto. Montar a tabela de
ganho mensal de juros, juros acumulados e montantes ao longo do período n.

Período (k) 1 2 3 4 5 6
i k (%) 1,2000 1,0000 1,3000 1,3500 1,5000 1,1000
Para solucionar o problema, é necessário das expressões dos dois regimes de cálculo
de juros:
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Solução:
Para o caso do regime de juros simples:

Já o montante final:

𝑀𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃 × 1 + ෍ 𝑖𝑘 ⇒ 𝑀6 = 100.000,00 × 1 + 0,07450 = 107.450,00


𝑘=1

Para o caso do regime de juros compostos:

𝑀𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃 × ෑ 1 + 𝑖𝑘 𝑘 = 100.000,00 × 1,0768


𝑘=1

𝑀6 = 107.684,27
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Exemplo: Calcule os montantes finais para regimes de juros composto. Considere uma
aplicação de R$ 100.000,00 ao longo do período conforme a tabela abaixo:

k 1 2 3 4 5 6
i k (%) 1,20 1,00 1,30 1,35 1,50 1,10

Solução:
𝑛 𝑛

𝑀𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = ෍ 𝑃 × ෑ(1 + 𝑖𝑘 )
𝑗=1 𝑘=1

𝑀 1 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃 × 1 + 𝑖1 × 1 + 𝑖2 × 1 + 𝑖3 × 1 + 𝑖4 × 1 + 𝑖5 × 1 + 𝑖6
𝑀 1 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 100.000,00 × 1,0768 = 107.684,27

𝑀 2 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃 × 1 + 𝑖2 × 1 + 𝑖3 × 1 + 𝑖4 × 1 + 𝑖5 × 1 + 𝑖6
𝑀 2 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 100.000,00 × 1,0641 = 106.407,3
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𝑀 3 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃 × 1 + 𝑖3 × 1 + 𝑖4 × 1 + 𝑖5 × 1 + 𝑖6
𝑀 3 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 100.000,00 × 1,0535 = 105.353,85

𝑀 4 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃 × 1 + 𝑖4 × 1 + 𝑖5 × 1 + 𝑖6
𝑀 4 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 100.000,00 × 1,0529 = 105.293,18

𝑀 5 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃 × 1 + 𝑖5 × 1 + 𝑖6
𝑀 5 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 100.000,00 × 1,0262 = 102.616,50

𝑀 6 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃 × 1 + 𝑖6
𝑀 6 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 100.000,00 × 1,0110 = 101.100,00

𝑀𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑀(1) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝑀(2) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝑀(3) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝑀(4) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝑀(5) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝑀(6) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙
𝑀𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 628.455,18
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Exemplo: Calcule os montantes finais para regimes de juros composto. Considere uma
aplicação conforme a tabela abaixo:
k 1 2 3 4 5 6
i k (%) 1,20 1,00 1,30 1,35 1,50 1,10
Pk 100.000,00 125.000,00 85.000,00 60.000,00 80.000,00 120.000,00
Solução:
𝑛 𝑛

𝑀𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = ෍ 𝑃𝑘 × ෑ(1 + 𝑖𝑘 )
𝑘=1 𝑘=1

𝑀 1 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃1 × 1 + 𝑖1 × 1 + 𝑖2 × 1 + 𝑖3 × 1 + 𝑖4 × 1 + 𝑖5 × 1 + 𝑖6
𝑀 1 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 100.000,00 × 1,0768 = 107.684,27

𝑀 2 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃2 × 1 + 𝑖2 × 1 + 𝑖3 × 1 + 𝑖4 × 1 + 𝑖5 × 1 + 𝑖6
𝑀 2 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 125.000,00 × 1,0641 = 133.009,23
Conceitos financeiros essenciais à Engenharia Econômica

𝑀 3 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃3 × 1 + 𝑖3 × 1 + 𝑖4 × 1 + 𝑖5 × 1 + 𝑖6
𝑀 3 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 85.000,00 × 1,0535 = 89.550,77

𝑀 4 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃4 × 1 + 𝑖4 × 1 + 𝑖5 × 1 + 𝑖6
𝑀 4 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 60.000,00 × 1,0529 = 62.401,09

𝑀 5 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃5 × 1 + 𝑖5 × 1 + 𝑖6
𝑀 5 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 80.000,00 × 1,0262 = 82.093,20

𝑀 6 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑃6 × 1 + 𝑖6
𝑀 6 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 120.000,00 × 1,0110 = 121.320,00

𝑀𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑀(1) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝑀(2) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝑀(3) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝑀(4) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝑀(5) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝑀(6) 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙
𝑀𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 596.058,57
Conceitos financeiros essenciais à Engenharia Econômica

Na maior parte dos compêndios de matemática financeira, quer de autores


nacionais ou estrangeiros, as taxas são classificadas como nominal ou efetiva em
função da divisão de certo período (normalmente um ano), em subdivisões de
períodos de capitalização (mensal, trimestral, semestral), segundo uma
conceituação extremamente confusa e cuja dificuldade de entendimento.

Exemplo: Calcular a taxa efetiva anual de juros correspondente à taxa nominal de


10% ao ano, capitalizada mensalmente.
Solução:
1. Taxa mensal

𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑎𝑛𝑢𝑎𝑙 0,10


𝑖= = = 0,00833
𝑛 12

Em que n representa o número de períodos de capitalização


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2. Taxa equivalente anual:


𝑛 𝑛
𝑖𝑒𝑞 = 1 + 𝑖 − 1 = 1 + 0,00833 −1

𝑖𝑒𝑞 = 1,00833 12 − 1 = 0,10471 ou 𝑖𝑒𝑞 = 10,47%

Se esse problema fosse "calcular a taxa efetiva anual de juros, correspondente à


taxa nominal de 10% ao ano, capitalizada trimestralmente", a solução seria:

0,10
𝑖= = 0,025
4
4
𝑖𝑒𝑓 = 1,025 − 1 = 0,10381 ou 𝑖𝑒𝑓 = 10,38%

A solução do problema implica a utilização de cálculos feito segundo regimes


distintos de capitalização: simples e composto.
Conceitos financeiros essenciais à Engenharia Econômica
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Na prática faz sentido o raciocínio em termos de capitalização composta, a


utilização da taxa nominal de juros é totalmente inadequada, visto as distorções que
apresenta quando se consideram diferentes períodos de capitalização. A taxa efetiva
como índice real para ser pago ou recebido em uma operação. E por outro lado, a
taxa nominal não representa o rendimento ou custo, comumente encontrado em
operações contratuais.

Exemplo: Um banco admite em 60% ao ano a sua taxa nominal de juros, válida para
qualquer plano de pagamento: mensal, trimestral, semestral ou anual a critério do
cliente. De acordo com o conceito corrente de taxa nominal e considerando que o
banco calcula suas taxas efetivas com base no regime de capitalização composta,
monte a tabela de cada plano.
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Como pode se observar que a adoção de uma taxa nominal faz com que as operações
com pagamentos de menor periodicidade tenham uma taxa efetiva mais elevada.
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Exemplo: Dada a taxa efetiva de 60% a.a., determinar a taxa equivalente ao mês, ao
trimestre e ao semestre. Considere o principal P de R$ 100.000,00.

O conceito de taxa equivalente estabelece que as taxas, referentes a períodos


distintos de capitalização, são equivalentes quando produzem o mesmo montante M,
no final de um determinado tempo, pela aplicação de um principal P de mesmo valor.
Conceitos financeiros essenciais à Engenharia Econômica
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A Inflação Associada ao Investimento

Uma certa quantia P no instante de tempo zero, capitalizado a uma taxa de juros real i
por período, resultará no final de um período num montante M correspondente à
seguinte-equação:

𝑀 =𝑃× 1+𝑖

Por outro lado, considerando-se que num regime inflacionário existe perda de poder
aquisitivo da moeda, a fim de que o investidor não tenha o seu patrimônio aviltado, o
capital aplicado deveria ser indexado à taxa de inflação do período de forma a manter seu
poder aquisitivo.
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Este capital resultaria então no seguinte montante, admitindo-se que φ corresponde à


taxa de inflação do período:
𝑀1 = 𝑃 × 1 + 𝜑

O capital corrigido M1, aplicada a uma taxa real i, produziria então:

𝑀2 = 𝑀1 × 1 + 𝑖 = 𝑃 × 1 + 𝜑 × 1 + 𝑖

𝑀2 = 𝑃 × 1 + 𝑖 + 𝜑 + 𝑖 × 𝜑

O termo entre parênteses, na expressão acima, equivale a taxa aparente iA de


remuneração do capital inicial investido, ou seja:

𝑖𝐴 = 𝑖 + 𝜑 + 𝑖 × 𝜑
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Dado a tabela do histórico de inflação do índice IPCA (Índice Nacional de Preços ao


Consumidor Amplo) publicado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística). 1) Calcule a inflação acumulada desde a sua data de nascimento até o ano
de 2022, 2) bem como a média anual. Apresentar o memorial de cálculo. Adote 4
dígitos significativos.
Ano i(%) Ano i(%) Ano i(%) Ano i(%) Ano i(%)
1.980 99,28 1.990 1.620,97 2.000 5,97 2.010 5,91 2.020 4,52
1.981 95,65 1.991 472,69 2.001 7,67 2.011 6,50 2.021 10,06
1.982 104,61 1.992 1.119,09 2.002 12,53 2.012 5,84 2.022 5,78
1.983 164,00 1.993 2.477,15 2.003 9,30 2.013 5,91
1.984 215,28 1.994 916,43 2.004 7,60 2.014 6,41
1.985 242,25 1.995 22,41 2.005 5,69 2.015 10,67
1.986 79,66 1.996 9,56 2.006 3,14 2.016 6,29
1.987 363,41 1.997 5,22 2.007 4,46 2.017 2,95
1.988 980,22 1.998 1,66 2.008 5,90 2.018 3,75
1.989 1.972,91 1.999 8,94 2.009 4,31 2.019 4,31
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Dado a tabela do histórico de inflação do índice IPCA (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo) publicado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e
da taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) publicada pelo Banco
Central (BC), calcule o valor atual se no ano do seu nascimento foi realizado um depósito
de R$ 1.000,00 considerando que as taxas de inflação e SELIC foram integralmente
incorporadas.
IPCA SELIC IPCA SELIC
Na data de 01/07/1994 foi implantado o
Ano Ano Plano Real no Brasil.
𝜑(%) i(%) 𝜑(%) i(%)
1995 22,4089 53,0800 2009 4,3120 9,9239
1996 9,5638 27,4061 2010 5,9091 9,7825
1997 5,2247 24,7689 2011 6,5031 11,6158
1998 1,6556 28,7859 2012 5,8386 8,4823
1999 8,9399 25,5895 2013 5,9108 8,2134
2000 5,9743 17,4464 2014 6,4076 10,9101
2001 7,6733 17,3181 2015 10,6735 13,2858
2002 12,5303 19,1725 2016 6,2881 14,0284
2003 9,2999 23,3343 2017 2,9473 9,9556
2004 7,6006 16,2354 2018 3,7455 6,4215
2005 5,6897 19,0437 2019 4,3060 5,9459
2006 3,1418 15,0807 2020 4,5173 2,7538
2007 4,4573 11,8592 2021 10,0611 4,4357
2008 5,9023 12,4810 2022 5,7848 12,3805
Conceitos financeiros essenciais à Engenharia Econômica

Problema 1: Quanto receberá uma pessoa ao resgatar hoje um título no


valor de R$ 12.000,00, cujo vencimento ocorrerá ao fim de 3 meses, se o
banco cobra uma taxa de 4% ao mês?

Problema 2: Qual o montante produzido por R$ 2.000,00 depositados


anualmente a uma taxa de 6% ao ano durante 5 anos?
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Problema 3: 0 Sr. Ângelo tomou emprestados R$ 50.000,00 a uma taxa de


3% ao mês, com promessa de saldar o compromisso após 1 ano. Atualmente,
decorridos sete meses, foi procurado pelo seu credor, que lhe propôs a quitação
por uma quantia de R$ 65.000,00. Será vantajoso aceitar esta proposta?

Problema 4: No problema anterior, qual a taxa de juros que estaria sendo


efetivamente paga, se a dívida fosse liquidada pelos R$ 65.000,00?

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