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TERMINOLOGIA

Rede Básica: conjunto de linhas, subestações e demais equipamentos associados de tensão igual ou superior a 230 kV, conforme
definido na Resolução ANEEL nº 166, de 31 de maio de 2000.

Sistema de Transmissão: conjunto de linhas, subestações e demais equipamentos associados de tensão igual ou superior a 69 kV.

Sistema de Sub-transmissão: conjunto de linhas, subestações e demais equipamentos associados de tensão igual a 34,5 kV, com
função de transmissão de energia elétrica entre subestações.

Sistema de Distribuição: conjunto de linhas e demais equipamentos associados de tensão inferior a 69 kV, com função de
distribuição direta em média tensão (34,5 kV e/ou 13,8 kV) ou através de Transformadores de Distribuição.

Rede Elétrica: conjunto integrado pelos Sistemas de Transmissão, Sub-transmissão e Distribuição.

Transformador Interligador: Transformador que interliga dois subsistemas de transmissão de tensões diferentes.

Transformador de Carga: Transformador que alimenta cargas diretamente, ou em baixa tensão (127/220 V) através de uma rede
de distribuição de média tensão (13,8 kV e/ou 34,5 kV) onde estão ligados os Transformadores de Distribuição (média tensão/baixa
tensão).

Transformador de Distribuição: Transformador que alimenta cargas de baixa tensão (220/127 V ou 380/220 V) através de uma
rede de distribuição de média tensão (34,5 kV ou 13,8 kV).

SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA (SEP) – ESTRUTURA DE DISTRIBUIÇÃO

O SEP é composto pela Geração ou Produção, Transmissão ou Transporte, Distribuição e Proteção.

Veja aqui o trajeto da energia elétrica desde a usina onde ela é gerada até chegar à sua casa.

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1 – Geração (Produção)

A energia elétrica é gerada nas Usinas Hidrelétricas, Termelétricas, Termo-nucleares, Eólicas, Fotovoltaicas e Maré-motriz.
No Brasil ainda temos como fonte geradora de energia elétrica as Hidrelétricas devido a nossa grande bacia hidrográfica, embora, as
Termelétricas e Termo-nuclear estão sendo ampliadas e ocupando um patamar considerável.

A base de uma Usina Elétrica é a turbina, a máquina que é movimentada por alguma força externa. Essa força externa pode ser
água em movimento ou vapor sob pressão.

Existem vários tipos de turbinas hidráulicas, à saber:


- Pelton → Podem operar em quedas d’água entre 350 m e 1.100 m, ideais para regiões montanhosas;
- Francis → Operam de 40 m a 400 m;
- Kaplan → Operam de 20 m a 50 m (está em desuso); e
- Bulbo → Operam abaixo de 25 m.

Turbina Francis

Existem dois tipos de Usinas Hidrelétricas:

- Aquelas que se utilizam da Energia Potencial, isto é, aproveitam grandes alturas como na Usina Henry Borden, em Cubatão, que
aproveita uma queda de quase 800 metros.

- Aquelas que se utilizam da Energia da Vazão de água, isto é, aproveitam grandes volumes de água como em Ilha Solteira, Itaipu e
na maior parte das hidrelétricas brasileiras. Estas usinas são relativamente baixas, em torno de 60 metros de altura. Exceção é
Itaipu que apresenta um desnível de quase 115 metros.

A turbina possui um eixo acoplado a um gerador elétrico, que transforma a Energia Mecânica em Energia Elétrica. A Energia
Elétrica é conhecida também como Eletricidade. Essa energia gerada é de baixa tensão por questões de segurança operacional.
Então a tensão gerada precisa ser elevada para poder ser transmitida a longas distâncias.

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O Transformador tem a função de elevar a tensão. Os transformadores de Itaipu, pela potência que devem transformar, são
enormes e pesam mais de 400 toneladas.

Esquema de uma Usina Hidrelétrica (UHE)

Classificação das Usinas Hidrelétricas (UHE’s)

1 – Quanto a sua capacidade de gerar energia:

a) UHE de grande potência (GCH)


Por apresentar vazões regularizadas e ter capacidade de armazenar grande volume d’água, operam interligadas ao sistema elétrico
e permite operação contínua.

b) UHE de pequena potência (PCH)


São utilizadas para alimentarem pequenos centros de carga que não fazem parte do sistema.

c) UHE reversíveis (UHR)


São usinas que operam alternadamente ora como geradora, ora como estação de bombeamento, estando interligada ao sistema
elétrico.
Desta forma, a UHR acumula energia nas horas de demanda mínima e gera energia nas horas de demanda máxima, havendo a
necessidade de dois reservatórios, um superior e outro inferior.

2 – Quanto às condições de armazenamento:

a) Usina Fio-d’água
É aquela em que o volume represado não é suficiente para manter uma vazão mensal ou anual regular, e apresenta as principais
características:
- São viáveis em rios de vazão mínima permanente.
- A capacidade de armazenamento é pequena.
- Interligada no sistema elétrico, acumulam água durante o período fora da ponta, para utilizar na hora da ponta no mesmo dia.
- Quando interligada ao sistema é utilizada para fornecer energia correspondente à ponta do diagrama de carga.

b) Usina de acumulação
São as que possuem reservatórios de grande capacidade, permitindo operação com regularidade durante todo o ano, e apresentam
as principais características:
- Operam atendendo a base da curva de carga.
- Operam atendendo a flutuação, isto é, quando o fluxo do rio é elevado elas operam na base da curva de carga, podendo modificar
gradualmente a sua posição na curva de carga, até que nos períodos secos funcionem atendendo a ponta de carga do sistema.
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As Usinas Hidroelétricas são construídas em locais que tem rio caudaloso ou grandes quedas e esses locais nem sempre ficam
perto das cidades. Então a eletricidade gerada precisa ser transmitidas (ou transportadas) pelas linhas de transmissão até as
cidades.

Outros tipos de turbinas

Turbinas a vapor
Uma turbina a vapor é uma máquina motriz que utiliza a elevada energia cinética da massa de vapor expandido, fazendo com que
forças consideráveis, devidas à variação de velocidade, atuem sobre as pás ao rotor.
As forças, aplicadas às pás, determinam um momento motor resultante, que faz girar o rotor. São usadas para o acionamento de
geradores elétricos, compressores, turbobombas sopradores, etc..

Turbinas a gás
O ciclo termodinâmico que descreve o funcionamento das turbinas a gás denomina-se ciclo de Brayton e foi idealizado por George
Brayton em 1870, recebendo seu nome em homenagem.
Estas turbinas funcionam num ciclo aberto, admitindo ar a pressão atmosférica e descarregando os gases de escape de volta para a
atmosfera.

Turbinas eólicas
As turbinas eólicas, também conhecidas por aerogeradores, têm como função transformar a energia cinética do vento em energia
mecânica e consequentemente em energia elétrica.

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Co-geração
Muitas empresas hoje em dia estão utilizando o sistema de co-geração, isto é, através de um único tipo de combustível gera-se
simultaneamente energia elétrica, mecânica e térmica.

2 – Transmissão (Transporte)

A Linha de Transmissão começa no pára-raios da Subestação da Usina e termina no pára-raios da Subestação de Distribuição.
Cada linha é composta de três fases identificadas pelas letras A, B e C e pelas cores Azul, Branca e Vermelha, que são as três fases
da corrente trifásica.

A tensão de transmissão é elevada para diminuir as perdas pelo efeito Joule (o cabo esquenta pela passagem da eletricidade).
Quanto mais alta a tensão, menores serão as perdas. A linha entre Itaipu e Tijuco Preto tem um comprimento de 700 quilômetros e a
tensão é de 750.000 Volts. Nas proximidades de centros urbanos não é seguro se operar com tensões tão elevadas. Então as linhas
operam com tensão de 230.000 Volts. Dentro da cidade a tensão é menor ainda. Pode ser em 138.000 Volts ou 69.000 Volts.

As torres são bem altas para a segurança das pessoas e veículos que passam debaixo das linhas. As linhas formam uma "barriga"
por causa do seu peso. As torres da travessia do rio Tocantins em Tucuruí, chegam a medir 116 metros de altura. As torres muito
altas, por questões de segurança da navegação aérea, devem ser pintadas de laranja e branco. Os cabos elétricos ficam bem
esticados. Em cada cabo pode haver uma força de 2.000 quilogramas para mantê-lo esticado. A distância média entre uma torre e
outra é de 500 metros. Os cabos ficam tão esticados que na passagem do vento, eles podem vibrar como as cordas de um violão.
Isso é muito perigoso pois o cabo pode entrar em ressonância e arrebentar. Então são instalados dispositivos chamados de
amortecedores de vibração.

Amortecedor de vibração

Algumas torres como as do Linhão da CESP que liga Ilha Solteira com São Paulo, são do tipo duplo, ou seja, carregam dois circuitos
trifásicos. É uma torre inovadora, muito bonita. Na época em que foram construídas não havia igual em outro lugar do mundo. Hoje
em dia temos até do tipo quádrupla. Para evitar que os cabos se enrosquem são instalados separadores.

Separadores
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Na parte de cima dos circuitos existe um cabo fino. Este cabo não é fase e não conduz eletricidade. É um cabo de proteção
chamado Cabo Pára-Raios e ficando por cima dos circuitos formam uma espécie de guarda-chuva eletrostático que vai absorver os
raios provenientes dos relâmpagos que ocorrem em dias de chuvas e tempestades.

Os cabos Pára-Raios são muito finos e em dias nublados quase não são visíveis pelos pilotos de aeronaves de pequeno porte que
voam a baixas altitudes. Essas aeronaves não dispõem de radar ou outra aparelhagem de navegação e seu vôo é visual, isto é, o
piloto precisar ver por aonde ele vai. Geralmente o trajeto é determinado por alguma estrada ou rio. Por exemplo, para ir de São
Paulo para Panoraná o piloto pode escolher entre ir pelo rio Tietê ou pela rodovia Washington Luis.
Para a segurança do vôo, as linhas que atravessam estradas e rios devem possuir sinalizadores. Os mais utilizados são esferas de
plástico pintadas na cor laranja.

Esfera de sinalização

Esses sinalizadores são instalados no cabo mais alto da linha que é o Cabo Pára-Raios. Existem também sinalizadores elétricos,
chamados de balizadores, que tem a vantagem de serem visíveis mesmo à noite.

Balizador

As linhas de transmissão podem ser construídas das seguintes formas:


- Aéreas;
- Subterrâneas; e
- Subaquáticas.

As linhas de transmissão, também, podem ser classificadas em:


- Transmissão propriamente dita, atendendo a grandes consumidores;
- Subtransmissão, também atendendo a grandes consumidores;
- Distribuição Primária atendendo a médios consumidores; e
- Distribuição Secundária atendendo a pequenos consumidores (residencial e comercial).

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Linhas de Transmissão com Corrente Contínua (HVDC)

Nos últimos tempos, algumas novidades têm surgido relacionadas com a transmissão de energia elétrica a longas distâncias. Os
engenheiros e técnicos tem constatado que, para transmissão a distâncias superiores a cerca de 500 km, a corrente contínua
mostra-se mais vantajosa do que a corrente alternada. Isto ocorre principalmente pelos motivos que analisaremos a seguir.

Sabe-se que o método mais adequado para transmitir corrente alternada é o sistema denominado trifásico, que utiliza três cabos
ligando os dois pontos de transmissão (observe o sistema de alta voltagem nos postes de rua, que é exatamente deste tipo,
utilizando três fios). Por outro lado, um sistema de transmissão com corrente contínua seria apenas 2/3 daquele que se tem em uma
linha de corrente alternada. Além disso, pode-se mostrar que, para se obter a mesma perda por efeito Joule, os cabos em corrente
alternada teriam que ser mais grossos do que em corrente contínua.

Verifica-se que, apesar destas vantagens, a corrente contínua apresenta alguns inconvenientes, pois sua voltagem não pode ser
transformada facilmente, como já sabemos.

Assim, para transmissão em corrente contínua, os geradores devem ainda ser de voltagem alternada, e só depois que esta voltagem
é aumentada por meio dos transformadores é que ela é retificada para ser transmitida. Ao chegar ao local de consumo, a corrente
contínua deve ser transformada novamente em corrente alternada para que sua voltagem possa ser reduzida antes de ser
distribuída. É claro que todas estas transmissões, em longas distâncias, as economias feitas com os cabos poderão compensar
estes custos. Em países de grandes dimensões, como a União Soviética, os Estados Unidos e o Brasil, essas condições são fáceis
de ocorrer e, por isso mesmo, o sistema de transmissão com corrente contínua já se encontra em implantação nestes países.

No diagrama acima observamos a existência de uma estação retificadora, que transforma a CA em CC, e de outra estação
conversora que transforma a CC em CA novamente.

Estação conversora HVDC

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Componentes de uma Linha de Transmissão

a) Cabos condutores: Forma o guia de onda para a transmissão da energia elétrica. Um condutor ideal deveria apresentar as
seguintes propriedades:
- Alta condutividade;
- Baixo custo;
- Boa resistência mecânica;
- Baixo peso específico;
- Boa resistência à fadiga; e
- Alta resistência à corrosão.
Os cabos podem ser: simples (homogêneos), compostos (por dois materiais diferentes).

b) Cabos Párarraios: Tem como função principal proteger a LT contra descargas atmosféricas, evitando que os raios atinjam os
condutores de fase diretamente reduzindo o número de desligamentos. Eles têm como função secundária fornecer um caminho para
retorno das correntes de curto-circuito envolvendo a terra, reduzindo a parcela que fluiria pela terra, na sua ausência.

c) Estruturas: Servem para suporte dos condutores e pára-raios, mantendo distâncias mínimas de segurança entre as fases, e entre
estas e o solo ou a estrutura.
Materiais utilizados no Brasil: postes em madeira, postes em concreto aramado e estruturas treliçadas de aço.

d) Pararráios de Linha: Protegem a linha de transmissão de uma sobretensão que pode ser ocasionada pela queda de um raio.

e) Isoladores: Impedem o contato elétrico entre os cabos e a torre.

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f) Cadeia de Suspensão

g) Cadeia de Ancoragem

3 – Distribuição

O sistema de distribuição é composto pelas Subestações de Distribuição e pela Distribuição propriamente dita.

A Subestação de Distribuição tem como função abaixar a elevada tensão de transmissão e de formar os diversos circuitos de
distribuição. Um circuito para o bairro A, outro para o bairro B etc.
Os equipamentos principais da subestação são eles: o disjuntor e o transformador.

O Disjuntor parece uma enorme chave de liga e desliga. São operadas a gás. No seu movimento de liga ou de desliga, a chave
ocasiona o surgimento de uma faísca grande e forte. Esta faísca é tão forte que pode derreter o próprio disjuntor. Então, durante a
manobra, é injetado um gás especial que vai apagar a faísca. É como a gente assoprando uma vela para apagar a sua chama.

O Transformador vai transformar a tensão de transmissão, geralmente elevada, para uma tensão de distribuição em torno de
10.000 a 15.000 Volts..

A rede de Distribuição é feita nas ruas do bairro. Existem, basicamente, 2 tipos de circuitos nos postes da rua: A Rede Primária e
a Rede Secundária.

A Rede Primária é de tensão um pouco elevada (em torno de 10.000 a 15.000 Volts) e a sua trajetória é pelo ponto mais alto dos
postes.

A Rede Secundária é na tensão de fornecimento, em 127 Volts e 220 volts. Há variações podendo-se encontrar tensão de 440 Volts
ou mais dependendo das necessidades.
Nos grandes consumidores como fábricas, o fornecimento pode ser feito diretamente pela rede primária. Nestes casos, a fábrica
precisar ter uma Cabine Primária para fazer, eles mesmos, o abaixamento para as tensões de consumo.
Quem faz o abaixamento da tensão é o transformador instalado no poste da rua.

Em regiões de grande concentração de consumo. As normas de saúde e segurança obrigam que as redes sejam subterrâneas. É a
passagem de uma corrente elétrica elevada pode provocar doenças nas pessoas.
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Assim, na região central das grandes cidades a rede de distribuição é subterrânea e não se vêem postes com fios, cabos e
transformadores nas ruas e avenidas.

Componentes de uma rede de distribuição

1 – Primária

a) Cabos condutores: Serão utilizados condutores de alumínio, cobre e alumínio coberto, com as seguintes bitolas:
Condutores de Alumínio → Recomendado para qualquer situação.
• 02 AWG
• 04 AWG
• 2/0 AWG
• 4/0 AWG
• 336,4 MCM

Condutores de Cobre → Recomendado para área litorânea ou locais sujeitos à corrosão.


2
• 16 mm
2
• 35 mm
2
• 70 mm
2
• 120 mm

Condutores de Alumínio Cobertos com XLPE → Recomendado para áreas rurais ou em condomínios fechados, para
proporcionar maior segurança.
2
• 35 mm - 15 kV
2
• 185 mm - 15 kV
2
• 185 mm - 35 kV

Obs.: Os cabos tanto da rede de distribuição primária ou secundária poderão ser do tipo Multiplexado.

b) Proteção Contra Sobrecorrente: A aplicação de equipamentos de proteção e a sua coordenação visam oferecer ao sistema
de distribuição, segurança, confiabilidade, melhor qualidade no fornecimento, economia para a empresa e minimização do
número de interrupções nas instalações de consumidores quando em condições anormais do sistema. Dentre eles, podemos
citar:

- Religadores;
- Chaves Fusíveis; e
- Chave Fusível Religadora

Chave Fusível Religadora Chave Fusível

c) Proteção Contra Sobretensão: Para proteger os cabos, transformadores etc., contra descargas atmosféricas sobre a Linha.

Esta proteção é feita com a utilização de Pára-raios (15 kV para RD 13,8 kV e 27 kV para RD 34,5 kV)

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d) Cruzetas: Feitas em madeira de lei ou metálico com proteção anticorrosiva, são responsáveis em sustentar os cabos nos
postes através dos isoladores.

e) Seccionamento e Manobra: As seccionadoras de faca unipolares e tripolares para operação em carga, deverão ser utilizadas em
pontos de manobra, visando eliminar a necessidade de desligamentos nas subestações para sua abertura e minimizar o tempo de
interrupção, bem como restringir ao máximo o número de consumidores atingidos pela mesma. As referidas chaves deverão ser
localizadas em pontos de fácil acesso, para maior facilidade de operação.

Seccionadora Unipolar Seccionadora tripolar

f) Religadores

f.1) Em redes de distribuição onde se deseja suprir áreas sujeitas a falhas transitórias, cuja probabilidade elevada de
interrupção tenha sido constatada através de dados estatísticos;

f.2) Em redes de distribuição, após carga cuja continuidade de serviço seja desejada;

f.3) Em circuitos longos onde se deve criar zonas de proteção, através de ajustes apropriados, devido aos níveis de curto-
circuito.

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g) Aterramento: Deverão ser aterrados os pára-raios e tanques de transformadores, de religadores, de reguladores de tensão,
de capacitores e de chaves tripolares para operação em carga.

NOTAS:

1 - Havendo condutor neutro no poste, a ligação a terra (descida de terra) de BT, deverá ser separada e isolada do aterramento
do pára-raios e da carcaça dos equipamentos a serem protegidos ou em estrutura adjacente.

2 - Nas áreas de elevada resistividade do solo, onde a obtenção da resistência de terra desejada depende da extensão do fio de
aço-cobre enterrado, admite-se o afastamento entre hastes de até 10 metros, sendo que a extensão total da malha não deverá
ultrapassar 50 metros, considerando-se que a partir da 5ª haste a redução da resistência de terra torna-se desprezível.

h) Capacitores: Utilizados para corrigir o baixo fator de potência da linha. Com isso temos os seguintes benefícios:

- Redução da corrente da linha;


- Redução das perdas;
- Elevação da tensão até o ponto aplicado; e
- Liberação de capacidade dos transformadores.

2 - Secundária

a) Transformadores de Distribuição: Responsáveis pela transformação da MT da rede primária para BT da rede secundária,
que é de 220 V/127 V ou 254 V/ 127 V.

Tipos e Potências

Serão previstos transformadores para postes nas potências a seguir:

Para Redes em 13,8 kV e 34,5 kV:

Monofásicos (KVA) Trifásicos (kVA)


10, 15, 45, 75, 100 45, 75, 112,5

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NOTA: Quanto à possibilidade de montagem de banco de transformadores. Por exemplo: 3 x 1 x 75 kVA ou 2 x 3 x 112,5 kVA.

b) Condutores da Rede Secundária: Serão utilizados condutores de alumínio e de cobre com bitola compatível com a carga
atendida.

c) Postes: Deverão ser usados postes de concreto armado, seção circular ou duplo T.

d) Aterramento: Aterrar os neutros próximos aos transformadores e a carcaça dos transformadores.

4 - Problemas mais comuns numa rede elétrica

a) Perdas pelo Efeito Corona

O efeito corona normalmente aparece nas superfícies dos condutores das linhas de transmissões de energia elétrica, em
conseqüência dos níveis de tensões de operação, das configurações de fixação dos condutores e das condições climáticas onde
estão construídas.

Esse efeito ocorre devido às partículas de ar, de poeiras e a alta umidade (vapor d`água) encontrada em torno dos condutores, que
quando submetido a um campo elétrico muito elevado e intenso, tornam-se ionizadas e, como conseqüências, emitem luz e um ruído
característico.

A conseqüência mais danosa do efeito corona é a corrosão de todas as partes metálicas da linha de transmissão.
Geralmente, quanto maior a tensão, maior o efeito corona. Este efeito também aumenta com a umidade e chuva porque tornam o ar
mais condutivo. O ruído de corona induzido é geralmente pior durante a chuva, quando a precipitação cai em forma de gotas nas
bordas inferiores das linhas de transmissão.

Uma curiosidade interessante é que o efeito Corona também é conhecido como “Fogo de Santelmo”. O nome Fogo de Santelmo
vem de Santo Elmo, padroeiro dos marinheiros, e surgiu quando antigos marinheiros observavam navios com os mastros envolvidos
por uma tênue luz. Mais tarde, observou-se que tal luz ocorria principalmente nas regiões tropicais, em condições que precediam
tempestades. As nuvens eletrizadas induziam as cargas nas pontas dos mastros, produzindo o efeito corona.

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b) Perdas pelo Efeito Joule

É o aquecimento dos condutores devido ao atrito provocado pela passagem da corrente elétrica com as moléculas que compõem o
elemento condutor.

Para reduzir as perdas por aquecimento nos fios transportadores, a energia elétrica deve ser transmitida com baixa corrente e alta
voltagem. Esta é exatamente a solução adotada pelos engenheiros eletricistas ao projetarem as linhas de transmissão. O valor da
alta voltagem usada em cada caso depende da potência a ser transmitida e da distância entre a usina e o local de consumo. Assim,
são usadas voltagens de 138.000 V, 230.000 V, 400.000 V etc. e, atualmente, já são projetadas transmissões com até 1.200.000 V.
Não é possível, entretanto, elevar indefinidamente o valor destas altas voltagens porque acima de certos valores o ar em volta do fio
torna-se condutor, permitindo o escoamento de eletricidade, o que constituiria outra forma de perda de potência.

c) Spike (Surto de tensão)

É um ruído que se apresenta de forma bem rápida. Normalmente se inicia com uma sobretensão de curtíssima duração, seguida por
uma subtensão também de curta duração.

Causas: chaveamento de componentes estáticos (SCR’s, Triac’s, IGBT’s, etc.) e que controlam cargas indutivas (motores,
solenóides, etc.).

Efeitos: Queima de circuitos de controle.

Soluções: Emprego de varistores ou TVS; filtros RC (snubbers); transformador isolador.

d) Sobretensão

Semelhante ao spike só que o tempo de duração do evento é maior, podendo durar vários ciclos ou ser até permanente.

Causa: problemas de fornecimento da concessionária; e transformador da SE mal empregado.

Efeitos: queima das placas eletrônicas, principalmente dos inversores de freqüência; aquecimento excessivo das etapas de potência
e motorização; e desligamento freqüente das proteções.

Soluções: comunicar a concessionária se o problema for dela; ajustar tap’s do transformador da SE.

e) Subtensão

Problema inverso ao da sobretensão e também pode ter origem da própria concessionária. Os limites aceitáveis para a sobretensão
e subtensão são de 10% na amplitude e 2% na freqüência.

Efeitos: falha de torque dos motores elétricos; falhas na CPU; e queima de placas eletrônicas.

Soluções: comunicar a concessionário se o problema for dela; aumentar a potência do trafo da SE; eliminar a sobrecarga da linha; e
alternar a utilização das máquinas de grande potência.

f) Distorção da forma de onda

A senóide fica toda irregular devido ao excesso de cargas indutivas.

Efeito: mau funcionamento geral, falha esporádica e aquecimento anormal da etapa de potência.

Solução: correção do fator de potência com a colocação de banco de capacitores.

g) Distorção harmônica

A senóide tem a sua forma levemente deformada devido a todos os itens citados acima.

Efeitos: queima de placas eletrônicas; falhas aleatórias na CPU; perda de parâmetros nas máquinas; etc.

Soluções: uso de toróides na alimentação; transformadores isoladores; redução da freqüência de PWM dos inversores de
freqüência; melhoras o aterramento elétrico.

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h) Flicker (Cintilação)

Fenômeno comum em instalações que apresentam uma grande quantidade de reatores eletrônicos para lâmpadas fluorescentes.
Podemos observar a sua presença ao sentir tremular a luminosidade das lâmpadas fluorescentes.

Causa: Uso de reatores eletrônicos.

Efeito: dependendo da intensidade, pode até não trazer efeitos significativos para os circuitos eletrônicos, mas o tremor das
lâmpadas incomoda a visibilidade, causando até ardência dos olhos.

Solução: aterrar as calhas e os reatores; reduzir a distância dos cabos de alimentação; e utilizar toróides na alimentação.

i) Black-out

Efeito que pode durar desde intervalos de ms até algumas horas, podendo destruir equipamentos eletrônicos.

Solução: Como se trata de problemas gerados pela concessionária ou até pelas próprias usinas geradoras, linhas de transmissão
etc., a solução é complexa, mas pequenos consumidores podem fazer uso de no-breaks. Já os grandes consumidores podem-se
utilizar geradores de combustão interna.

j) Distorção da freqüência

Não é um evento muito comum e a sua duração é muito rápida.

Efeitos: perda de sincronismo nos monitores de vídeo; e aquecimento da etapa de potência.

Solução: dependendo da intensidade de variação, um transformador isolador pode ajudar.

5 – Subestações abaixadoras AT/BT (SE)

Os consumidores que tenham uma demanda superior a 150 kVA (AMPLA) ou 300 kVA (Light) e inferior a 2.000 kVA (2 MVA)
deverão ser atendidos em alta tensão (AT), para isso, deverão construir uma subestação abaixadora.

As SE devem estar localizadas, preferivelmente, junto ao alinhamento da via pública, salvo recuo, investiduras e afastamentos
impostos pelas autoridades (Lei Orgânica Municipal).

Mediante acordo entre consumidor e concessionária, a subestação pode ficar afastada do alinhamento, desde que o comprimento do
ramal (cabo alimentador) não ultrapasse a 100 metros. Para afastamentos que ultrapassem o comprimento citado, deverá ser
construída no alinhamento da via pública, ou com recuo máximo de 10 metros, uma subestação de manobra, proteção e medição
provida de disjuntor.

O pé direito (distância entre o piso e o teto) das subestações abrigadas deverá ser de 6 metros, quando localizada no pavimento
térreo e/ou com entrada aérea, ou de 4 metros, quando localizada a partir do segundo pavimento em diante e/ou com entrada
subterrânea.

5.1 - Tipos de subestações

5.1.1 – Subestação simplificada (aérea)


Arranjo simples com proteção por fusíveis no primário, transformação em poste ou em pedestal, destinadas a alimentar pequenas
cargas, sobretudo as instalações temporárias ou provisórias.
O sistema de medição, definido previamente pela LIGHT, pode ser na AT ou na BT, dependendo das condições da área de
atendimento.
Neste arranjo a potência nominal trifásica de transformação está limitada entre 75 kVA e 300 kVA

Diagrama unifilar da simplificada em poste


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Diagrama unifilar da simplificada em pedestal

Aérea Pedestal

5.1.2 – Subestação blindada (abrigada)


Arranjo eletromecânico cujos elementos de manobra, medição e proteção são montados em compartimentos metálicos blindados.
Pode ser convencional ou compacto, isolado a ar ou a gás. É indicado como padrão para atendimento de instalações de caráter
definitivo.

5.1.2.1 – Subestação blindada convencional


Arranjo eletromecânico previamente homologado pela LIGHT, onde são montados em compartimentos blindados, elementos de
manobra, medição e proteção, podendo ser de fabricantes diferenciados.
Possui sistema de isolamento a ar, normalmente utilizando chaves isoladas a ar e disjuntores tipo PVO ou à vácuo com relés de
proteção secundários ou primários dependendo da potência instalada. Os transformadores de potência poderão ocupar o mesmo
espaço físico do conjunto de manobra, medição e proteção.

5.1.2.2 – Subestação blindada compacta


Arranjo eletromecânico previamente homologado pela LIGHT, onde são montados em compartimentos blindados compactos,
elementos de manobra, medição e proteção, sendo todo o conjunto de um mesmo fabricante. Possui sistema de isolamento a gás, a
exceção do módulo de medição com isolamento a ar, normalmente utilizando chaves a gás e disjuntores a gás ou a vácuo com relés
de proteção secundários. Os transformadores de potência poderão ocupar o mesmo espaço físico do conjunto de manobra, medição
e proteção.

Blindada Convencional Blindada Compacta


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5.1.3 – Subestação intermediária


Arranjo eletromecânico com as mesmas características dos itens 2.1 e 2.2, onde os postos de transformação estão afastados do
ambiente físico do conjunto de manobra, medição e proteção.

5.2 - Ramal de ligação


O ramal de ligação em média tensão, pode ser aéreo ou subterrâneo, dependendo, entretanto, do sistema de distribuição local e da
conveniência técnica da instalação.

5.1.1 – Ramal de ligação aéreo


O ramal de ligação aéreo compreende o trecho até o primeiro ponto de ancoragem dentro da propriedade particular.
Fica a cargo da LIGHT, a instalação e o fornecimento dos condutores e materiais do ramal de ligação aéreo até o ponto de entrega
junto ao limite de propriedade com a via pública. Contudo, caberá ao Consumidor a participação financeira no custeio relativo aos
condutores, materiais, acessórios, mão-de-obra etc. utilizados no ramal de ligação referente ao trecho citado acima, conforme
disposto na legislação vigente.
Os condutores do ramal de ligação, além dos afastamentos na estrutura fixados nas figuras constantes na Seção 02 desta
Regulamentação, devem atender também as seguintes condições mínimas:
a - O ramal de ligação não deve passar sobre edificações e terrenos de terceiros;
b - 6,0 metros sobre ruas, avenidas e entradas de veículos;
c - 5,5 metros sobre ruas e vias exclusivas de pedestres;
d - 1,0 ou 1,2 metros do limite de propriedade de terceiros (na projeção horizontal), quando em 13,8 ou 34,5 kV respectivamente;
e - 1,0 ou 1,2 metros de paredes de edificações (na projeção horizontal), quando em 13,8 kVou 34,5 kV respectivamente;
f - 1,5 ou 1,7 metros de janelas, sacadas, marquises, escadas etc. (na projeção horizontal), quando em 13,8 ou 34,5 kV
respectivamente;
g - 3,0 ou 3,2 metros acima do piso de sacadas, marquises e terraços (na projeção vertical), quando em 13,8 ou 34,5 kV
respectivamente;
h - 1,0 ou 1,2 metros abaixo do piso de escadas, marquises e terraços (na projeção vertical), quando em 13,8 ou 34,5 kV
respectivamente.

No ponto de entrega, os afastamentos mínimos devem ser :


i - 0,5 ou 0,7 metro entre os condutores de fases diferentes (centro a centro), quando nas tensões nominais de operação 13,8 ou
34,5 kV respectivamente;
j - 0,3 metro do centro dos condutores fase até qualquer ponto de neutro ou terra;
l - o afastamento mínimo entre os circuitos com tensão primária e circuitos de comunicação deve ser de 1,5 ou 1,8 metros, quando
nas tensões nominais de operação 13,8 ou 34,5 kV respectivamente.

NOTA: Quando por conveniência técnica ou estética do Consumidor, o fornecimento vier a ser efetivado através de ramal de ligação
subterrâneo derivado de rede de distribuição aérea, o ponto de entrega é na conexão do ramal de ligação com a rede da LIGHT.
Nesse caso, a LIGHT também fará a instalação do ramal de ligação, todavia o custeio da instalação será integralmente do
Consumidor, incluindo materiais e mão-de-obra, conforme disposto na legislação vigente.

5.2.2 – Ramal de ligação subterrâneo


Quando o Consumidor for alimentado a partir de rede de distribuição subterrânea, o ramal de ligação será sempre subterrâneo,
utilizando cabos isolados de média tensão, conforme características técnicas definidas pela LIGHT de acordo com a Norma Técnica
Light – NTL 37.

Nesse caso também fica a cargo da LIGHT, a instalação e o fornecimento dos condutores e materiais do ramal de ligação até o
ponto de entrega junto ao limite de propriedade com a via pública. Contudo, caberá ao Consumidor a participação financeira no
custeio relativo aos condutores, materiais, acessórios, mão-de-obra etc. do ramal de ligação referente ao trecho citado acima,
conforme disposto na legislação vigente.

Para a instalação do ramal de ligação subterrâneo, o Consumidor deverá disponibilizar a estrutura civil necessária definida pela
LIGHT por ocasião da análise do processo de ligação, que deverá ser composta de um banco de dutos de acordo com a
necessidade dos circuitos que vierem a compor o respectivo ramal de ligação, contemplando, pelo menos, dois dutos vagos como
reserva técnica. O banco de dutos em questão deverá ter profundidade mínima de 1,0 (um) metro e espaçamento entre dutos de 5,0
(cinco) centímetros, podendo ser construído com eletroduto rígido em PVC ou com eletroduto flexível em POLIETILENO DE ALTA
DENSIDADE e, independentemente do tipo de eletroduto, deverá ser envelopado em concreto. Esse banco de dutos deverá
interligar, diretamente, o ponto de entrada dos cabos na base da blindada a uma caixa de passagem construída no limite externo
da propriedade com a via pública, nas dimensões adequadas ao conjunto de cabos do referido ramal de ligação.

O ramal interno de uma ligação subterrânea utiliza dutos a uma profundidade mínima de 50 centímetros em relação ao nível do solo
acabado. As caixas de passagem devem ficar distanciadas entre si, no máximo 60 metros;
As caixas de passagem deverão ter as seguintes dimensões:
a) Para locais onde há trânsito de veículos:
1,20 x 1,60 x 2,00 metros.

b) Para locais sem trânsito de veículos:


1,00 x 1,00 x 2,00 metros.

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Obs.: O fundo das caixas não poderá ser em concreto.

5.3 - Proteção
A proteção geral de entrada das subestações consumidoras, deverá ser assegurada exclusivamente por equipamentos e dispositivos
devidamente homologados pela LIGHT, contemplando apenas as funções de sobrecorrentes.
Deverão ser prevista pelo Consumidor a adoção de medidas próprias, junto às cargas, que garantam a proteção contra subtensões e
sobretensões em níveis indesejáveis, em conformidade com o estabelecido nas normas NBR-14039 e NBR-5410 da ABNT,
consideradas as suas atualizações.

5.3.1 – Proteção contra sobrecorrentes


5.3.1.1 – Subestações simplificadas com transformadores em poste ou tipo pedestal
Nos casos de subestações com montagem de transformador em poste, a proteção geral de entrada contra sobrecorrentes é
efetivada através de chaves e elos fusíveis no lado de MT e disjuntor tripolar no lado de BT em caixa padronizada.
Nas subestações tipo pedestal, com transformador autoprotegido, a proteção geral é parte integrante do módulo, efetivada por
fusíveis internos na MT e por disjuntor tripolar na BT.
Considerando a necessidade de proteção do trecho entre o ponto de conexão com a rede aérea e o transformador do Consumidor,
devem ser instaladas chaves-fusíveis conforme.

5.3.1.2 – Subestações blindadas


Nos casos de subestações blindadas, convencional ou compacta, a proteção geral de entrada contra sobrecorrentes é efetivada
exclusivamente através de relés secundários eletrônicos de sobrecorrente com funções 50 e 51 de fases e de neutro, acionando
disjuntor tripolar na MT localizado a jusante da medição.

NOTA: Não é aceita, em qualquer hipótese, a utilização de CLP (controlador lógico programável) para a função de proteção.

Apenas nas subestações com capacidade total de transformação até 300 kVA, é permitida a utilização de relés primários de fases
e de neutro, com elementos instantâneos e temporizados independentes.
Tanto os relés secundários quanto os relés primários, bem como os respectivos arranjos de instalação, devem permitir a aplicação
de selos ou lacres que impeçam, sem a prévia autorização, eventuais mudanças nos ajustes liberados pela LIGHT.

5.3.2 – Proteção contra sobretensão


A ocorrência de sobretensões em instalações de energia elétrica e de sinal, não deve comprometer a segurança de pessoas e a
integridade de instalações e equipamentos.

A proteção contra sobretensões deverá ser proporcionada, basicamente, pela adoção de dispositivos de proteção contra surtos
(pára-raios poliméricos) de tensão nominal e características técnicas compatíveis para a tensão do atendimento, bem como pela
equalização de potencial e demais recomendações complementares, em conformidade com as exigências contidas nas normas da
ABNT, consideradas as suas atualizações.

Deve ser proporcionada a segurança de pessoas, animais, instalações e equipamentos, contra tensões induzidas e/ou transferidas,
elevação de potencial oriundos de faltas à terra no lado de maior tensão da própria instalação ou das configurações elétricas
próximas.

5.3.3 – Proteção contra subtensão


Instalações elétricas de energia e de sinal não devem ser submetidas à subtensão em nível capaz de comprometer a segurança
operativa e a integridade de pessoas, animais, sistemas e equipamentos elétricos.
Nos casos de instalações com dupla alimentação e sistema de transferência de carga, bem como instalações de autoprodutores, a
utilização de relés de subtensão ou outros dispositivos de proteção deverão ocorrer somente após estudo prévio e autorização da
LIGHT.

5.4 - Aterramento
Nas subestações alimentadas por sistema de distribuição exclusivamente subterrâneo, deve ser projetada e construída uma malha
de terra, com pelo menos 6 hastes, considerada principal da SE, à qual deverão ser interligadas todas as partes metálicas não
energizadas, bem como o(s) respectivo(s) neutro(s) do(s) transformador (es).

Nos casos de subestações consumidoras conectadas ao sistema de distribuição aéreo, deverão ser construídas duas malhas de
aterramento independentes e distantes entre si de suas áreas de influência. A primeira malha com a finalidade interligar os
respectivos pára-raios, a(s) carcaça(s) do(s) transformador (es) e partes metálicas associadas ao lado de alta tensão (AT). A
segunda malha com a finalidade de interligar o(s) neutro(s) do(s) transformador (es), bem como as partes metálicas associadas ao
lado de baixa tensão (BT).

NOTA: Os condutores de descida do aterramento dos pára-raios deverão ser exclusivos, e instalados em eletrodutos de proteção
em PVC no trecho de descida, protegendo os condutores em, pelo menos, 3 (três) metros a partir do nível do solo.

Componentes de uma subestação AT/BT

a) Seccionadoras
Abertura sem carga – Utilizada na entrada de uma SE abrigada antes do disjuntor geral e/ou do transformador
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b) Disjuntor
Deverá ser tripolar, com dispositivo de desligamento capaz de desempenhar sua função, em obediência a um comando elétrico ou
mecânico, em qualquer estágio de uma operação de ligar (“trip-free”). O mecanismo de operação será de tipo de energia acumulada,
possuindo o circuito de fechamento características de proteção anti-bombeamento (“anti-pumping”).
O tempo total de interrupção será inferior a 5 (cinco) ciclos – 83,3 ms, na base de 60 Hz.

b) Proteção geral de entrada


b.1) Transformadores de corrente: os transformadores de corrente para proteção geral de entrada serão, no mínimo, da classe de
precisão 10A200 ou 10B200.
Deverão ser escolhidos e adquiridos pelo cliente, com aprovação da Concessionária.

Os transformadores de corrente deverão ser instalados antes dos disjuntores de entrada correspondentes, e utilizados
exclusivamente para a alimentação dos relés de proteção de entrada. Para outras finalidades, dependerá da aprovação da
Concessionária.

b.2) Relés de proteção: devem ser compostos de elementos temporizados e instantâneos de sobrecorrente de fase e de neutro. Os
ajustes serão definidos com base nos valores de curto-circuito calculados pelo cliente, proporcionando coordenação da proteção
geral de entrada com o sistema supridor. Se necessário, poderão ser utilizados relés direcionais de sobrecorrente.

c) Medição para faturamento


A medição para faturamento será feita logo após o(s) disjuntor(es) de entrada, sendo alimentada por um ou dois conjuntos de
transformadores de medida.

Obs.: Devemos consultar a concessionária sobre a possibilidade de se instalar medidores aéreos externos (medição encapsulada).

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d) Transformadores de força
Os transformadores de força poderão ser unidades trifásicas. O secundário deverá ter ligação em estrela com isolamento pleno e
neutro acessível, com tesão compatível com a carga.
O primário deverá ser em ligação triângulo com tensão compatível com a rede da Concessionária.

Obs.: Em condomínios residenciais é recomendado o uso de transformadores refrigerados a ar devido ao baixo custo de
manutenção.

e) Malha de aterramento
A malha de terra deverá ser dimensionada para uma corrente de curto-circuito fase-terra a ser informada ao cliente, para cada caso
específico.
O tempo máximo adotado para eliminação do defeito será de 1 (um) segundo.
A resistência máxima de terra deverá ser de 10 (dez) ohms, em qualquer época do ano.
Os condutores de terra serão, preferencialmente, de cobre, facultados os usos de condutores de aço cobreado (Copperweld ou
similar).

6 – Demanda e Tarifação

6.1 - Definições:

a) Demanda Medida: maior demanda de potência ativa, verificada por medição, integralizada no intervalo de 15 (quinze) minutos
durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kW).

b) Demanda Faturável: valor da demanda de potência ativa, identificada de acordo com os critérios estabelecidos e considerada
para fins de faturamento, com aplicação da respectiva tarifa, expressa em quilowatts (kW).

c) Demanda de Ultrapassagem: parcela da demanda medida que excede o valor da demanda contratada, expressa em quilowatts
(kW).

d) Demanda Contratada: demanda de potência ativa a ser obrigatória e continuamente disponibilizada pela concessionária, no
ponto de entrega, conforme valor e período de vigência fixados no contrato de fornecimento e que deverá ser integralmente paga,
seja ou não utilizada durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kW).

e) Energia Elétrica Ativa: energia elétrica que pode ser convertida em outra forma de energia, expressa em quilowatts-hora (kWh).

f) Energia Elétrica Reativa: energia elétrica que circula continuamente entre os diversos campos elétricos e magnéticos de um
sistema de corrente alternada, sem produzir trabalho, expressa em quilovolt-ampère-reativo-hora (kvarh).

g) Fator de Carga: razão entre a demanda média e a demanda máxima da unidade consumidora ocorrida no mesmo intervala de
tempo especificado.

h) Fator de Demanda: razão entre a demanda máxima num intervalo de tempo especificado e a carga instalada na unidade
consumidora.

i) Fator de Potência: razão entre a energia elétrica ativa e a raiz quadrada da soma dos quadrados das energias elétricas ativas e
reativa, consumidas num mesmo período especificado.
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j) Horário de Ponta: período definido pela concessionária e composto por 3 (três) horas diárias consecutivas, exceção feita aos
sábados, domingos e feriados nacionais, considerando as características do seu sistema elétrico.

k) Horário Fora de Ponta: período composto pelo conjunto das horas diárias consecutivas e complementares àquelas definidas no
horário de ponta.

l) Período Úmido: período de 5 (cinco) meses consecutivos, compreendendo os fornecimentos abrangidos pelas leituras de
dezembro de um ano a abril do ano seguinte.

m) Período Seco: período de 7 (sete) meses consecutivos, compreendendo os fornecimentos abrangidos pelas leituras de maio a
novembro.

6.2 – Classificação dos consumidores

6.2.1 - Consumidor do Grupo A: grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em tensão igual ou superior a
2,3 kV, ou, ainda, atendidas em tensão inferior a 2,3 kV a partir de sistema subterrâneo de distribuição e faturadas neste Grupo.

Subdivisões do Grupo A
Subgrupo Tensão de Fornecimento
a) A1 Igual ou superior a 230 kV;
b) A2 Entre 88 kV a 138 kV;
c) A3 Igual 69 kV;
d) A3a Entre 30 kV a 44 kV;
e) A4 Entre 2,3 kV a 25 kV;
f) AS Inferior a 2,3 kV, atendidas a partir de sistema subterrâneo de
distribuição e faturadas neste Grupo em caráter opcional.

6.2.2 - Consumidor do Grupo B: grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em tensão inferior a 2,3 kV.

Subdivisões do Grupo B
Subgrupo Caracterizado Pela Estruturação
a) B1 Residencial e Tarifa Social (antiga Baixa Renda).
b) B2 Residências Rurais, Cooperativa de eletrificação rural e
Serviço público de irrigação.
c) B3 Demais classes (escritórios, prédios, etc.).
d) B4 Iluminação Pública.

6.3 - Estruturas Tarifárias:

Conjunto de tarifas aplicáveis às componentes de consumo de energia elétrica e/ou demanda de potência ativas de acordo com a
modalidade de fornecimento.

6.3.1 - Tarifa Convencional: Estrutura caracterizada pela aplicação de tarifas de consumo de energia elétrica e/ou demanda de
potência independentemente das horas de utilização do dia e dos períodos do ano.

6.3.1.1 - Monômio (residências): Tarifa de fornecimento de energia elétrica constituída por preços aplicáveis unicamente ao
consumo de energia elétrica ativa.

Consumo de energia (kWh)

6.3.1.2 - Binômia (somente em grupos de alta tensão): Conjunto de tarifas de fornecimento constituído por preços aplicáveis ao
consumo de energia elétrica ativa e à demanda faturável.

I) consumo de energia (kWh);


II) demanda de potência (kW)

Um único valor, correspondente ao maior dentre os definidos.

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6.3.2 - Tarifa Horo – Sazonal: Estrutura caracterizada pela aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica e de
demanda de potência de acordo com as horas de utilização do dia e dos períodos do ano.

6.3.2.1 - Horo – Sazonal Azul: Modalidade estruturada para aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica de
acordo com as horas de utilização do dia e os períodos do ano, bem como de tarifas diferenciadas de demanda de potência de
acordo com as horas de utilização do dia.

A Tarifa Azul será aplicada considerando a seguinte estrutura tarifária:

I) demanda de Potência (kW):

- Um preço para demanda na ponta (kW)


- Um preço para demanda fora de ponta (kW)

II) consumo de energia (kWh):

- Um preço para consumo na ponta no período seco


- Um preço para consumo fora da ponta no período seco
- Um preço para consumo fora da ponta no período úmido
- Um preço para consumo fora da ponta no período úmido

6.3.2.2 - Horo – Sazonal Verde: Modalidade estruturada para aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica de
acordo com as horas de utilização do dia e os períodos do ano, bem como de uma única tarifa de demanda de potência.

A Tarifa Verde será aplicada considerando a seguinte estrutura tarifária:

I) demanda de potência (kW): um preço único

II) consumo de energia (kWh):

- Um preço para consumo na ponta no período seco


- Um preço para consumo fora da ponta no período seco
- Um preço para consumo fora da ponta no período úmido
- Um preço para consumo fora da ponta no período úmido

6.4 - Curvas de Carga: É a representação gráfica de um determinado período de tempo, do modo como o consumidor utiliza a
energia elétrica.
As curvas de carga variam com os usos e hábitos dos consumidores, não permanecendo constante, mais mudando de valor em
cada dia após dia no período de tempo considerado.
Podemos distinguir dessa maneira:

Curva de carga típica comercial:


Na carga comercial nota-se a sensível continuidade das solicitações a partir dos horários comuns de inicio de serviço (8 às 9 h) e a
queda acentuada de carga após o encerramento do expediente (22 h)

30

25

20

15
consumo(kWh)
10

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Curva de Carga Típica Industrial:


Na carga industrial, distinguem – se 2 (dois) períodos típicos: manhã e tarde, sendo comum a maior solicitação de carga no período
da manhã.

No horário do almoço (11 às 13 h) a carga sofre uma queda e no encerramento do expediente (17 às 18 h) se reduz aos valores das
cargas de processamento continuado (fornos, iluminação, etc.) que não são desligados durante a noite.

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45
40
35
30
25
20 consumo(kWh)
15
10
5
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Curva de Carga Típica de Iluminação Pública:


A curva de carga de iluminação pública mostra os períodos em que a mesma esta ou não ligada durante o ano. A curva típica diária
sofre modificações, sendo mais longo o tempo de funcionamento durante o inverno e mais curto durante o verão.

30

25

20

15
consumo(kWh)
10

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Curva de Carga Típica do Sistema Urbano de Tração:


A curva típica do sistema de tração elétrica urbano mostra os dois maiores períodos de cargas: durante a manhã (5 às 9 h) e a tarde
(15 às 19 h), quando é mais intenso o tráfego de trens, metros e ônibus elétricos.

7 – Proteção contra descargas atmosféricas (SPDA)

7.1 - Os raios

Pequenos túneis de ar ionizado ficam, pelo poder das pontas, com alta concentração de cargas que vão, aos poucos, rompendo à
camada de ar a procura de caminhos de menor resistência.
Um fato interessante que se observa na natureza é que o raio prefere terrenos maus condutores, como os graníticos ou xistosos, ao
invés de terrenos bons condutores como os calcários, o que explica a alta incidência de raios em Poços de Caldas, além também,
de se tratar de uma cidade com altitude bastante elevada. Isto se dá, porque o terreno mal condutor entre a nuvem forma um grande
capacitor. A enorme diferença de potencial entre a nuvem e o solo provoca a ionização do ar. A ionização do ar diminui a distância
de isolação entre nuvem e o solo fazendo com que o raio caia neste terreno isolante (mal condutor).

O trovão e o raio acontecem ao mesmo tempo, o primeiro é produzido pelo deslocamento do a devido ao súbito aquecimento
causado pela descarga. Como a velocidade da luz é maior que a velocidade do som, primeiro vê o raio para depois ouvir o trovão.

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Alguns valores de raios medidos registrados foram colhidos na tabela abaixo.

Corrente 2.000 a 200.000 Ampères


Tensão 100 a 1.000.000 kV

Duração 70 a 200 m s

Potência liberada 1.000 a 8.000 milhões de kW

Energia 4 a 10 kWh

Observando-se tabela acima nota-se que a energia liberada pelo raio é relativamente pequena, a potência é gigantesca, mas de
pouca duração.

Os raios atingem diretamente a rede elétrica ou suas proximidades, preferencialmente em lugares descampados e altos. Eles
causam um aumento de tensão (voltagem) na rede elétrica, que chamamos sobretensão.
Ela se propaga na rede até que haja um ponto onde tenha passagem para a terra.
Para cada situação existe uma forma de você se proteger.

7.2 - A Proteção

A Norma Técnica NBR 5419/93 da ABNT estabelece regras para a instalação de sistemas de proteção contra descargas
atmosféricas (SPDA). Os pontos mais altos e de maior área de exposição são os que, estatisticamente, têm maior probabilidade de
serem atingidos pelo raio. Por mais eficiente que seja o sistema instalado, nunca oferecerá segurança total, variando de acordo com
o nível de proteção. Os sistemas de pára-raios destinam-se a proteger as edificações e as vidas humanas. Um pára-raios bem
instalado minimiza os riscos de danos, mas a sua correta proteção é feita através da instalação de supressores de surtos e de uma
boa equalização das malhas de aterramentos existentes.
É importante ressaltar que os pára-raios não protegem aparelhos eletrônicos e devem passar por manutenção a cada seis meses ou
imediatamente após ser atingido por um raio.
2
Em edificações de altura superior à 12m e em terrenos maiores do que 1.500m são obrigatórias à instalação de pára-raios.

Existem várias métodos para proteger um patrimônio das descargas atmosféricas. Dentre elas podemos citar:

7.2.1 - Método Franklin: é o ideal para a proteção de edificações de pequeno porte ou para proteger estruturas instaladas no alto de
edificações de maior porte, como luminosos, antenas ou outros equipamentos que ficam fora de proteção do prédio.

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7.2.1 - Método da Esfera Rolante: a verificação de sua proteção consiste em fazer rolar uma esfera fictícia, com raio determinado
conforme a tabela 2, em torno da edificação a ser protegida.

7.2.3 - Método da Gaiola de Faraday: baseia-se na instalação de cabos horizontais na cobertura de edificação de acordo com a
tabela 2, funcionando como uma blindagem, com a vantagem de reduzir a influência dos campos elétricos externos dentro da
edificação. Todos os cabos de descidas devem ser equipotencializados, bem como, todas as coberturas metálicas.

7.2.4 - Método de aterramento utilizando as ferragens da estrutura de concreto armado: este é um assunto mais extenso e um
pouco mais complexo do que os outros tipos de aterramentos. Aos que se interessa pelo assunto, à bibliografia mais acessível
encontra-se no livro “Instalações Elétricas”, de Ademaro A. M. B. Cotrim, publicado pela editora Makron Books, no capítulo “Os
eletrodutos de fundação e a equalização de potencial”, sobre as normas alemãs e a NBR 5410 – instalações elétricas de baixa
tensão.

Para se instalar um SPDA, há a necessidade de responsabilidade técnica, considerando, principalmente, que as pessoas são as
grandes vítimas dessas descargas elétricas. Para tirar alguma dúvida sobre o grau de periculosidade, deve-se consultar um
especialista para análise das condições de segurança na edificação e para a definição do nível de proteção. Os únicos métodos de
proteção oficiais no Brasil contra descarga atmosférica são os enquadrados na NBR 5419/93, único documento válido junto ao
Código de Defesa do Consumidor. Um sistema de proteção mal-instalado, principalmente se o aterramento for deficiente ou sem
manutenção adequada, pode causar sérios danos e acidentes se ocorrer descarga elétrica no sistema.

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8 – Exercícios de fixação

1 – Quais são as etapas de compõem o SEP (Sistema Elétrico de potência)?

2 – Citem quatro elementos de uma linha de transmissão de AT.

3 – Cite três tipos de produção de energia elétrica.

4 – Que tipo de turbina é mais apropriado para regiões montanhosas?

5 – Que tipo de turbina é mais apropriado para baixas altitudes?

6 – Que tipo de turbina é apropriado para altitudes entre 40m e 400m?

7 – Como classificamos as UHE quanto à capacidade de gerar energia?

8 – Como classificamos as UHE quanto à capacidade de armazenar água?

9 – Como se chama o sistema que capaz de produzir energia elétrica, térmica e mecânica utilizando um único combustível?

10 – O que é o Efeito Joule?

11 – Como podemos minimizar o Efeito Joule?

12 – Como detectamos o Efeito Corona?

13 – Qual o efeito mais maléfico provocado pelo Efeito Corona?

14 – Que tipo de SPDA é caracterizado pela instalação de um captor na parte mais alta das edificações?

15 – Que tipo de SPDA é caracterizado pela instalação de uma malha de condutores sobre a edificação?

16 – Que tipo de SPDA se caracteriza pela instalação de condutores esticados sobre a edificação?

17 – Como classificamos as SE quanto a sua localização?

18 – Qual o pé-direito mínimo de uma SE localizada no térreo com entrada aérea?

19 – Qual o distância máxima entre o ponto de entrega e a SE sem a necessidade de uma SE intermediária para seccionamento e
medição?

20 - Que tipo de transformador é recomendado pra condomínios residenciais? Por quê?

21 – Qual o subgrupo está incluído as grandes mineradoras e siderúrgicas?

22 – Qual o subgrupo está incluído os consumidores residenciais?

23 – Quais são os meses que compreendem o período úmido?

24 – O que você entende por “horário de ponta”?

25 – Que tipo de tarifação tem valores diferenciados pra energia consumida e demanda contratada para horário de ponta e fora de
ponta, período seco e período úmido?

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9 - BIBLIOGRAFIA

Manual da COPEL – Companhia Paranaense de Eletricidade S. ª

Site da Light-RJ – www.light.com.br

Wikipédia, a enciclopédia livre

ARTECHE – Produtos para AT e BT

Apostila do prof. Jailson

Apostila do prof. Raed

Site da ANEEL – www.aneel.gov.br

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