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Educação Profissional de Nível Médio em Eletrotécnica

Disciplina: GTD de energia elétrica


Professor: Aylson Lima
Sistema Elétrico de Potência - SEP
CONCEITO:
A NBR 5460 – Terminologia do Sistema Elétrico de Potência
define o SEP como “o conjunto de todas as instalações e
equipamentos destinados à geração, transmissão e distribuição
de energia elétrica até a medição inclusive”.
Sendo este constituído pelos equipamentos e materiais
necessários para transportar a energia elétrica desde a fonte até
os pontos em que ela é utilizada.
O Sistema elétrico pode ser então dividido em 3 etapas:
Geração, Transmissão e Distribuição (GTD).
2
Sistema Elétrico de Potência - SEP
Etapas do SEP
1- Geração: Etapa de obtenção e transformação da energia oriunda de fontes
primárias;
2- Transmissão: É o passo da condução de energia de onde foi produzida
para os centros de consumo. Neste momento, ocorre mudanças de tensão
padrão do sistema elétrico;
3- Distribuição: Neste passo ocorre a redução de tensão para níveis mais
seguros dentro de subestações rebaixadoras. Para este processo dá-se o
nome de distribuição primária. A distribuição secundária ocorre depois dos
transformadores de distribuição, onde acontece novo rebaixamento para
utilização segura em equipamentos elétricos. Esta é a rede de distribuição de
baixa tensão.
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Sistema Elétrico de Potência - SEP
Pequenos
Usinas geradoras clientes
Linha de
industriais
transmissão

Estação de Estação de
transmissão
transmissão
de grande
Escolas
capacidade

Grandes
clientes
industriais Residências

Estação de
transmissão
Estabelecimentos comerciais Subestação de distribuição

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SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA
Organização do SEP
Conselho Nacional de Política Energética – CNPE
Órgão de assessoramento do Presidente da República para formulação
de políticas nacionais e diretrizes de energia, visando, dentre outros, o
aproveitamento natural dos recursos energéticos do país, a revisão
periódica da matriz energética e a definição de diretrizes para programas
específicos.

Ministério de Minas e Energia – MME


Encarregado de formulação, do planejamento e da implementação de
ações do Governo Federal no âmbito da política energética nacional. O
MME detém o poder concedente.

Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico – CMSE


Constituído no âmbito do MME e sob sua coordenação direta, com a
função precípua de acompanhar e avaliar permanentemente a
continuidade e a segurança do suprimento eletro energético em todo o
território nacional.
Empresa de Pesquisa Energética - EPE
Empresa pública federal vinculada ao MME tem por finalidade prestar
serviços na área de estudos e pesquisas destinados a subsidiar o
planejamento do setor energético.

Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL


Autarquia vinculada ao MME, com finalidade de regular a fiscalização, a
produção, transmissão, distribuição e comercialização de energia, em
conformidade com as políticas e diretrizes do Governo Federal. A ANEEL
detém os poderes regulador e fiscalizador.

Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS


Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, sob regulação e
fiscalização da ANEEL, tem por objetivo executar as atividades de
coordenação e controle da operação de geração e transmissão, no
âmbito do SIN (Sistema Interligado Nacional). O ONS é responsável pela
operação física do sistema e pelo despacho energético centralizado.
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE
Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, sob regulação e
fiscalização da ANEEL, com finalidade de viabilizar a comercialização de
energia elétrica no Sistema Interligado Nacional - SIN. Tem o papel de
administrar os contratos de compra e venda de energia elétrica, sua
contabilização e liquidação. A CCEE é responsável pela operação
comercial do sistema.
SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA
Geração
Um sistema elétrico ideal, as tensões as tensões em qualquer ponto
deveriam ser, de forma permanente, perfeitamente senoidais,
equilibradas, e com amplitude e frequências constantes.
Toda energia gerada para atender um sistema elétrico de grande porte, o
é sob a forma trifásica, alternada, tendo sido fixado a frequência de 60Hz,
ou seja, 60 ciclos por segundo em todo território nacional por decreto
governamental.
Tensão AC x Tempo
150
110 120 Volts RMS
70
30
-10
-50
-90
-130
-170
1/60 de segundo
GERAÇÃO
GERAÇÃO NACIONAL

2% 1%
22%

75%

Termeletricas Hidrelétricas Nuclear Outras

• Predominância hidrelétrica de 75% da capacidade instalada;


• Termelétricas sendo responsáveis pela segunda geração;
GERAÇÃO POR REGIÃO

24%
36%

11%

29%

Norte/Nordeste Centro-oeste Sul Sudeste

• Regiões sul e sudeste com valores de geração superiores ao restante do país;


• Região norte responsável apenas por 11,3% da geração do país, ocupando a
última posição.
ENERGIA HIDRAÚLICA
Conceito
A energia hidráulica ou energia hídrica é a energia obtida a partir da
energia potencial de uma massa de água. A forma na qual ela se
manifesta na natureza é nos fluxos de água, como rios e lagos e pode ser
aproveitada por meio de um desnível ou uma queda de água.
A energia hidráulica tem seu ciclo proveniente da irradiação solar e da
energia potencial gravitacional, através da evaporação, condensação e
precipitação da água sobre a superfície terrestre.

A energia hidráulica é a energia cinética do movimento da água


BREVE RESUMO HISTÓRICO

As primeiras rodas d´água, construídas pelos gregos no primeiro século


antes de Cristo, eram horizontais e com o passar do tempo foram
substituídas pelas verticais, que eram maiores e produziam mais
energia.
O uso da energia hidráulica foi uma das primeiras formas de
substituição do trabalho animal pelo mecânico, particularmente para o
bombeamento de água e moagem de grãos.
ENERGIA HIDRAÚLICA É UMA ENERGIA RENOVÁVEL

Classificada assim, pois é uma energia obtida à partir de fontes naturais


capazes de se regenerar. As suas características são: a disponibilidade
como recurso energético, facilidade de aproveitamento e principalmente
ter um caráter renovável.
Vantagens:
• É um recurso renovável e limpo;
• Aplicável para a produção de
eletricidade a custo relativamente mais
baixo por cada MW em relação a outras
fontes de energia;

Desvantagens:
• Forte impacto ambiental através da inundação de áreas habitas pelas
populações;
• Destruição da flora e da fauna;
• Distância considerável entre o ponto de geração e o ponto de consumo;
• As secas diminuem o volume da água nos tanques perdendo-se a
capacidade de produção de energia;
PROCESSO DE CONVERSÃO DE ENERGIA

Antes de se tornar energia elétrica, a energia deve ser convertida em


energia mecânica cinética. O dispositivo que realiza essa transformação é
a turbina. A turbina consiste basicamente em uma roda dotada de pás,
que é posta em rotação ao receber a massa de água. O último elemento
dessa cadeia de transformações é o gerador, que converte o movimento
rotatório da turbina em energia elétrica.
PROCESSO DE CONVERSÃO DE ENERGIA

A implantação de uma usina hidrelétrica em um rio prevê a construção de


uma barragem para represá-lo, formando um lago artificial que pode ter
duas funções: acumular água para quando houver diminuição de vazão
no rio e prover um desnível para a queda da água (aumento da energia
potencial).
A barragem serve, principalmente, para produzir o desnível necessário
para o acionamento das turbinas, já que seu reservatório tem pequeno
volume quando comparado com a vazão do rio (a usina é a fio d’agua).
PROCESSO DE CONVERSÃO DE ENERGIA
A energia hidráulica se utiliza da pressão da água para movimentar
turbinas que estejam ligadas a geradores de corrente elétrica, onde são
construídas barragens para represar os rios e com muita pressão a água
acumulada é injetada as turbinas girando-as.
As turbinas hidráulicas
apresentam uma grande
variedade de formas e
tamanhos.

O modelo mais utilizado é o


de Francis.

Quando se abre os dutos da


barragem a água presa
passa pelas lâminas da
turbina fazendo-a girar.

A partir da rotação da turbina o processo repete-se, ou seja, o gerador


ligado a turbina transforma a energia mecânica em eletricidade
TIPOS DE
Turbina Pelton TURBINAS

Essa turbina foi idealizada cerca de 1880 pelo americano Pelton de onde
se originou o nome. Ela foi adequada para operar entre quedas de 120 m
até 1500 m, em países montanhosos, este modelo de turbina opera com
velocidades de rotação maior que os outros modelos. Um dos maiores
problemas destas turbinas, devido à alta velocidade com que a água se
choca com o rotor, é a erosão provocada pelo efeito abrasivo da areia
misturada com a água, comum em rios de montanhas.
TIPOS DE
TURBINAS
Turbina Pelton
As turbinas pelton, devido a possibilidade de acionamento independente nos
diferentes bocais, tem uma curva geral de eficiência plana, que lhe garante
boa performance em diversas condições de operação.
Turbina Pelton

Usina Hidrelétrica de Henry Borden (Cubatão – SP)

Instalações com alturas superiores a 150 m são consideradas de alta


queda.
Os locais mais favoráveis às instalações de alta queda se encontram
geralmente nas ribeiras de grandes declives, formados por rápidas
correntezas ou cascatas.
A maioria dos investimentos de construção civil é constituída pelo conduto
hidráulico.
TIPOS DE
Turbina Francis TURBINAS
A turbina Francis foi idealizada em 1849, tendo o nome do seu inventor,
sendo que a primeira turbina foi construída pela firma J.M. Voith em 1873,
passando desde então por aperfeiçoamentos constantes.
Tem sido aplicada largamente, pelo fato das suas características cobrirem
um grande campo de rotação específica.
Aplicadas tanto em quedas dáguas baixas como altas, como trabalha com
seu eixo submerso pode ser tanto horizontal como vertical.
TIPOS DE
TURBINAS
Turbina Francis
Atualmente se constroem para grandes aproveitamentos, podendo
ultrapassar a potência unitária de 750 MW.
É uma típica turbina de reação, pois recebe água sob pressão na direção
radial e descarrega numa direção axial, havendo transformação tanto de
energia cinética como de energia de pressão em trabalho.
A vazão trazida até a turbina pelo conduto forçado é dirigida em direção
radial para a roda e, ao sair, ganha uma direção axial indo para o canal de
fuga através do tubo de sucção.
TIPOS DE
TURBINAS
Turbina Kaplan
A tendência e também a necessidade de se obter rotores mais velozes
levou a construção, por Victor Kaplan, das turbinas hélices. Essas
turbinas são comuns em baixas quedas, pensa-se atualmente, estender
seu campo de aplicação para saltos médios, em consideração a sua
grande flexibilidade de ação frente às variações de capacidade e também
às variações de velocidade e queda, graças às regulação das pás
motrizes.
Aplicada somente a queda dágua entre 10 a 70m.
TIPOS DE
TURBINAS
Turbina Kaplan
Turbina Kaplan

Vista panorâmica da Usina Hidrelétrica de Itaipu

Quedas d’agua entre 15m e 150m são considerada de media queda.


Em instalações de média queda, a maioria dos projetos hidrelétricos
brasileiros, os principais componentes da construção civil são a tomada
d’água, as obras de proteção contra enchentes e o conduto hidráulico.
TIPOS DE
TURBINAS
Turbina Bulbo
A turbina bulbo apresenta-se como uma solução compacta da turbina
Kaplan, podendo ser utilizada tanto para pequenos quanto para grandes
aproveitamentos. Se caracteriza por ter o gerador montado na mesma
linha da turbina em posição quase horizontal.
Turbina Bulbo

Usina Hidrelétrica de Jupiá – Rio Paraná (Três Lagoas – SP)

Quedas d’agua menores que 15m são consideradas de pequena queda.


Em instalações de baixa queda, a casa de força é integrada às obras de
tomada d’água ou localizada a uma pequena distância.
USINA HIDRELÉTRICA E SEU SISTEMA DE GERAÇÃO

A usina Hidrelétrica pode ser definida como um conjunto de obras e


equipamentos cuja finalidade é a geração de energia elétrica, através de
aproveitamento do potencial hidráulico existente em um rio ou lago. As
partes principais de uma usina hidrelétrica são: a barragem, as comportas
e o vertedouro, e a casa de máquinas, onde estão instalados os geradores
acoplados às turbinas. Não menos importante temos os transformadores,
sistema de controle, comando e proteção.

Comportas Vertedouro
USINA HIDRELÉTRICA E SEU SISTEMA DE GERAÇÃO

Sistema de controle,
comando e proteção

Transformadores de
Geradores potência
USINA HIDRELÉTRICA E SEU SISTEMA DE GERAÇÃO

Turbina

Máquina Primária - É a responsável


pela transformação da energia
potencial em cinética.
USINA HIDRELÉTRICA E SEU SISTEMA DE GERAÇÃO

Quando a turbina gira, o


excitador envia corrente elétrica
para o rotor. O rotor é uma série
de grandes eletroímãs que rodam
dentro de uma espiral de fios de
cobre de alta pressão, chamada
estator. O campo magnético entre
a espiral e os ímãs cria uma
corrente elétrica. Quando há o
movimento de rotação de um
alternador (gerador de tensão
Turbina alternada), transforma este
movimento em Energia Elétrica.

O interior de um gerador de usina hidrelétrica


GERADORES

Máquina Primária - Gerador da usina de Balbina – Presidente Figueiredo/Am

Transformam energia cinética em energia elétrica. O dimensionamento de


acordo com a máquina primária (Potência) e velocidade de rotação.
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO E OPERAÇÃO DA USINA
1. Abertura de válvulas (Dutos forçados) e inicio do Giro das Aletas;
2. Pás da Turbina Kaplan giram 105,8 rpm acoplado por um moto
redutor ao gerador 3600 rpm;

3. Acionamento dos sistemas de refrigeração e lubrificação da máquina;


4. Excitação do campo com fechamento do disjuntor de campo;
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO E OPERAÇÃO DA USINA
4. Aguadar a Tensão 13,8Kv Barra/gerador (Sincronismo de máquina);
5. Liberação de carga para os barramentos principais apartir do relé 25,
para alimentação dos trafos de serviço auxiliar e de transmissão;

A entrada do sistema poderá ser realizada


de forma manual ou automática, levando em
torno de 3 minutos para o fim da operação;
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO E OPERAÇÃO DA USINA

Para interligar a tensão do gerador a uma rede de transmissão. A tensão


de saída do gerador não pode variar mais que 10% para cima ou para
baixo, sendo necessário que se faça um sincronismo com a rede antes do
fechamento.
São necessários vários equipamentos de manobra e proteção, tais como
TC’s e Tp’s, relés e disjuntores.
Geração Térmica
É a energia resultante da combustão de materiais de fontes não renováveis
(carvão, petróleo - óleo combustível/diesel, urânio enriquecido e gás natural) e
também outras fontes renováveis (lenha, resto de madeira, o bagaço de cana e
plantas, etc.).

Essa energia é conseguida a partir da conversão ocorrida nas centrais


termoelétrica ou termelétrica que são instalações industriais usadas para
geração de energia elétrica a partir da energia liberada por qualquer produto que
possa gerar calor.

A Usina Jaraqui tem potência instalada de 157 MW Manaus-Am.


Geração Térmica
A geração térmica converte energia química ou nuclear dos combustíveis em
energia elétrica.
Isto ocorre em três fases distintas:
• A energia química do combustível é transformada em calor através da queima do
combustível ou a energia atômica do combustível é transformada em calor através
da fissão nuclear;
• O calor produzido é transformado em trabalho mecânico por uma máquina
térmica;
• O trabalho mecânico, produzido pela máquina térmica, é transformado em
energia elétrica pelo gerador elétrico.

Em função disso, é importante conhece detalhadamente as três fases.


Geração Térmica

A usina térmica é um sistema complexo, que pode ser subdividido nos seguintes
subsistemas:

Água e Esgoto
Lubrificante

Controle
Conexão com a rede Resfriamento

Combustível
Exaustão de gases
Ar

Conversão de energia
Geração Térmica
A principal característica das usinas térmicas é o rendimento. A Figura abaixo
mostra as principais perdas na geração térmica.

O rendimento da usina é definido como:

Onde:
• η é o rendimento da usina;
• Ee é a energia na entrada;
• Es é a energia na saída.
Máquinas Térmicas
Todas as máquinas térmicas operam segundo um ciclo termodinâmico.
- Ciclo aberto e fechado

Em alguns casos, o fluido de trabalho sofre uma série de processos, mas retorna
ao estado inicial. É o caso das centrais a vapor e diz-se que operam em ciclo
fechado.

Em outros casos, o fluído de trabalho não passa por um ciclo termodinâmico,


apesar de passar por um ciclo mecânico. Isto significa que o fluído de trabalho
no final do processo apresenta uma combinação química diferente ou está em
um estado termodinâmico diferente do original. Este é o caso dos motores de
combustão interna e das turbinas a gás e diz-se que funcionam em ciclo aberto.

As máquinas térmicas também podem ser classificadas em: combustão interna


e combustão externa.
Máquinas Térmicas

Na máquina de combustão externa o fluído de trabalho é completamente


separado do ar e do combustível.

O calor da combustão é transferido para o fluído de trabalho através de


trocadores de calor.

O exemplo da máquina de combustão externa é a caldeira a vapor. O fluído de


trabalho é a água e ele não entra em contato com os gases da combustão.
Máquinas Térmicas

Na máquina de combustão interna o fluído de trabalho é a mistura de gases


formados pela combustão.
As principais máquinas de combustão interna são os motores de combustão
interna e as turbinas a gás.

A grande vantagem das máquinas de combustão interna é a ausência de


trocadores de calor no fluído de trabalho.
Isto simplifica o projeto e reduz as perdas inerentes aos processos de
transferência de calor.
Máquinas Térmicas
Do ponto de vista de geração de energia elétrica, as máquinas térmicas mais
importantes são:
• Turbinas a Vapor;
• Turbinas a Gás;
• Motores de Combustão Interna;
• Máquinas auxiliares:
Chiller de Absorção;
Caldeiras;
Trocadores de Calor.
As turbinas a vapor podem ser utilizadas em qualquer usina termelétrica, mas
são largamente empregadas em termelétricas que utilizam combustíveis sólidos:
carvão, urânio e biomassa.
Máquinas Térmicas

Turbina a vapor tecnologia brasileira

As turbinas a gás podem ser utilizadas em usinas termelétricas que utilizam


combustível gasoso ou combustível líquido leve.
Máquinas Térmicas
Atualmente, a geração de energia elétrica a partir do vapor baseia-se nos
seguintes equipamentos:
1. Queimador; 2. Caldeira; 3. Turbina; 4. Gerador; 5. Condensador; 6. Trocador
de Calor; e 7. Bomba.

O coração deste sistema, extremamente


complexo, é o ciclo formado pela água e vapor.
Máquinas Térmicas
Toda turbina a gás consiste basicamente em um compressor, uma câmara de
combustão e a turbina, conforme mostra a figura abaixo

O compressor comprime o ar atmosférico até à câmara de combustão utilizando


parte do trabalho mecânico da turbina.
Por sua vez, o combustível queimado na câmara de combustão aumenta a
temperatura dos gases.
Estes gases aquecidos entram na turbina e se expandem realizando trabalho
mecânico, que aciona o compressor e a carga.
Finalmente, os gases da saída da turbina são jogados de volta para a atmosfera
que os esfria.
Máquinas Térmicas
Finalmente, os motores de combustão interna podem ser utilizados em
termelétricas movidas a combustível líquido e gasoso.

A escolha da máquina térmica a ser utilizada é função dos aspectos econômicos


e do combustível utilizado.
Conceito de Subestação

Subestação - cabine
brindada
Subestação Fornecedora

Subestação Elevadora
50
Conceito de Subestação
Definição:
Uma subestação elétrica pode ser definida como:
“um conjunto de condutores, aparelhos e equipamentos
destinados a modificar as características de energia
elétrica (corrente e tensão), permitindo a sua
distribuição aos pontos de consumo em níveis
adequados de utilização”.

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Usina de Energia Elétrica, que pode ser: Subestação Linha de
Hidroelétrica, Termica , Nuclear, etc. Elevadora Transmissão

Subestação Abaixadora ou Redes de


Entrada de Energia para o consumidor
Redutora Distribuição

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Distribuição primária e secundária:

53
Níveis de Tensão

Segundo as normas brasileiras, as tensões são classificadas


em 4 níveis:

▪ Baixa tensão (BT): até1K V


▪ Média tensão (MT): de 1k V até72,5K V
▪ Alta tensão (AT) : de 72,5K V até 242K V
▪ Extra - alta tensão (EAT): acima de 242K V

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Níveis de Tensão

Os níveis de tensão podem ainda serem subdivididos em:

Extra - baixa tensão: 48 V; 24 V e 12 V


Baixa tensão: 1KV; 760; 660; 440; 380; 220; 127 (FN); 115 (FN)
Média tensão (ou alta tensão de distribuição): 34,5 kV; 25,8 kV;
23 kV; 13,8 kV; 13,2 kV; 12,6 kV; 11,5 kV; 6,9 kV; 4,16 kV
Alta tensão (tensão de transmissão): 500 kV; 230 kV e 138 kV
Tensão de sub - transmissão: 69 kV
Extra - alta tensão: 600 kV (CC)
Extra - alta tensão: 750 kV
Ultra - alta tensão: 800 kV
55
LINHAS DE TRANSMISSÃO
Uma linha de transmissão é constituída de:
• Estrutura de transmissão (torre)
• Condutores;
• Isoladores;
• Acessórios, pára raios e sinalizadores.

56
Conceito básico de transmissão de energia elétrica.
Transmissão de energia elétrica
• A tensão elétrica que sai das unidades geradoras normalmente
varia entre 6,5 KV e 20 KV.

• Devida à alta potência das geradoras, transmitir essa energia


na tensão gerada constitui altas perdas por efeito joule. É
preciso então aumentar a tensão.

57
Conceito básico de transmissão de energia elétrica.
Em função disso, próximos às usinas geradoras existem
subestações elevadoras, que elevam a tensão para valores
padronizados: 69kv, 88 kv, 138 kv, 230 kv, 345 kv, 440 kv, 500
kv, 600 kv (em CC), 750 kv.
Subestação Elevadora
LIMHAS DE TRANSMISSÃO

58
Conceito básico de transmissão de energia elétrica.
Quando a energia elétrica chega pelas linhas de transmissão
próximo aos centros consumidores, ela precisa iniciar o processo
de redução do nível de tensão. Essa tarefa é realizada pelas:

• ETT – Estações Transformadoras de Transmissão.

59
Conceito básico de transmissão de energia elétrica.
Essas estações, além de reduzir o nível de tensão, iniciam o
processo de distribuição da energia elétrica.
• Por exemplo: uma Linha de Transmissão (LT) de tensão igual
ou superior a 230 kV, que chega em uma ETT, se transforma
em várias LT’s de 69, 88 ou 138 KV na saída dessa
subestação. 69KV
ETT
230 kV, 88KV

138KV

60
Conceito básico de transmissão de energia elétrica.

As LTs de menor tensão percorrem as cidades até chegarem às


Estações Transformadoras de Distribuição (ETD), que rebaixam a
tensão para níveis capazes de serem distribuídos pelos postes
existentes nas ruas.
Alguns valores padronizados: 3,8 KV, 11,9 KV, 13,2 KV, 13,8 KV,
20 KV, 23,5 KV e 34,5 KV.

REDES DE DISTRIBUIÇÃO
PRIMÁRIAS
61
Conceito básico de transmissão de energia elétrica.
REDES PRIMARIAS.

REDES SECUNDARIAS.

62
Conceito básico de transmissão de energia elétrica.

63
GTD de Energia elétrica
Subestação de Subestação de
Geração Transmissão Linha de Transmissão Geração
transmissão

Subestação Subestação
Elevadora Elevadora
Linhas de
Subtransmissão

Subestação
Distribuição
Linha de Subestação de
transmissão Subtransmissão

Alimentadores
Geração Primários

Linhas de
Subtransmissão
Subestação
Elevadora

Subestação de
Subtransmissão

64
GTD de Energia elétrica
Distribuição:

65
Conceito básico de Rede de Distribuição - RD
As Subestações de Energia elétrica têm as seguintes funções:

a) Transformação: Altera os níveis de tensão de modo a


adequá-las ás conveniência de Transmissão, Distribuição e
Consumo.
b) Regulação: Regula os níveis de tensão a fim de mantê-los
nos limites aceitáveis e admissíveis.
c) Chaveamento: Conecta e desconecta os componentes do
sistema de transmissão ou distribuição com finalidade de
orientar o fluxo de energia elétrica isolando as partes em
manutenção e mantendo a continuidade no fornecimento
de energia elétrica. 66
Conceito básico de Rede de Distribuição - RD
Tipos de Subestações:
Considerando que as Subestações podem interligar sistemas
elétricos (duas ou mais fontes), distribuir energia na tensão de
transmissão para outros centros consumidores ou para
distribuição local em tensões de Subtransmissão e distribuição,
podemos considerar os seguintes tipos de subestações:

67
Conceito básico de Rede de Distribuição - RD
1- Subestação Elevadora: Recebe a energia na tensão de
geração e a eleva para tensões de Subtransmissão ou de
Transmissão. Embora raramente, podem receber energia em
tensão de Subtransmissão e elevar para a tensão de
Transmissão.
2- Subestação Abaixadora: Recebe tensão de Transmissão ou
Subtransmissão, reduzindo para tensão de Subtransmissão ou
Distribuição.

68
Conceito básico de Rede de Distribuição - RD
Dependendo da localização da SE ou da forma como é
conectada ao sistema podemos ter:

a) Subestação Interligadora: Recebe energia de duas ou mais


fontes objetivando o transporte para grandes centros
consumidores

b) Subestação de Transmissão: Com características


semelhantes a subestação anterior, recebe grandes blocos de
energia e a transmite a outros centros consumidores nas
tensões de transmissão ou subtransmissão.
69
Conceito básico de Rede de Distribuição - RD
c) Subestação de Distribuição: Destinada a abaixar a tensão
ao nível de distribuição de modo a adequado para utilização
direta dos consumidores.
d) Subestação Industrial: Recebe energia nas tensões de
transmissão ou Subtransmissão e transforma para a tensão ou
tensões de distribuição a adequadas para utilização direta na
indústria. Também os sistemas de controle e proteção dos
alimentadores são adequados á indústria

70
Conceito básico de Rede de Distribuição - RD

Saída dos alimentadores da rede primária


de uma subestação (SE),
71
Conceito básico de Rede de Distribuição - RD
Barramento
É um dispositivo elétrico cuja a
finalidade é receber energia
elétrica de uma ou mais fontes e
distribuir para uma ou mais cargas
na mesma tensão.
É por meio do barramento que são
feitas as conexões entre as linhas
de Transmissão ou distribuição.
Podem ser de tubos de barras
metálicas ou cabos de alumínios.

72
Conceito básico de Rede de Distribuição - RD

Barramento: Símbolo e Denominação

Barramento Principal e de Transfencia

73
Conceito básico de Rede de Distribuição - RD
O Religador Automático(RA): É um disjuntor simples acoplado a
um sistema de religamento automático que pode ser eletrônico ou
hidráulico.

Religadores
Automático - RA
74
Conceito básico de Rede de Distribuição - RD
Os Religadores Automáticos são utilizados nas saídas dos
alimentadores de 13,8KV e 34,5KV, da rede de distribuição das
subestações, para permitir que os defeitos transitórios sejam
eliminados sem a necessidade de deslocamento de pessoal da
manutenção, para percorrer o alimentador em falta.

75
Conceito básico de Rede de Distribuição - RD
Alimentadores: São circuitos de distribuição que saem das
subestações e alimentam todos os consumidores.

Saída dos
alimentadores de
13,8KV de uma
Subestação de
Distribuição

Alimentadores
76
Conceito básico de Rede de Distribuição - RD

Subestação de Distribuição

77
Conceito básico de Rede de Distribuição - RD
O Pórtico de uma
Subestação é a estrutura
metálica mostrada, com
a fixação das Linhas de
Transmissão (LT) que
chegam ou saem, assim
como os barramentos
existentes.

78
Conceito básico de Rede de Distribuição - RD

CONFIGURAÇÕES BÁSICA DE
REDES DE DISTRIBUIÇÃO (RD)

- RADIAL SIMPLES

- RADIAL COM RECURSOS

79
Conceito básico de Rede de Distribuição - RD
RADIAL SIMPLES:

Trafo da
concessionaria
São aqueles circuitos em que o fluxo de potência tem um único
trajeto, da fonte para carga.
Apresenta baixa confiabilidade devido á falta de recursos para
manobra.
80
Conceito básico de Rede de Distribuição - RD
RADIAL COM RECURSOS:

São utilizadas em áreas com grande densidade de carga ou que


queira maior grau de confiabilidade devido as suas
particularidades (hospitais, centro de computação, e outros),
não devem afetar a continuidade de fornecimento.
81
REDE DE DISTRIBUIÇÃO 1

REDE
PRIMÁRIA

REDE
SECUNDÁRIA
REDE DE DISTRIBUIÇÃO 2

REDE PRIMÁRIA COMPACTA

REDE SECUNDÁRIA
REDE DE DISTRIBUIÇÃO 3

REDE
PRIMÁRIA

REDE
SECUNDÁRIA
• Noções básicas de Instalação de
redes. Redes de transmissão.
• Resoluções de exercícios
Subestação Elétrica (SE)

86
Subestação Elétrica (SE)
DEFINIÇÃO-2
Subestação - É o segmento de um sistema elétrico de potência,
responsável pela interconexão entre linha(s) de transmissão,
redes de distribuição, transformador e os pontos de utilização.

Localizada em uma área territorial pré-determinada e composta


por um conjunto de instalações e equipamentos com funções
específicas, que são concebidos de forma a proporcionar a
utilização da energia elétrica com a máxima confiabilidade e
segurança.

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Funções de uma Subestação Elétrica (SE)
Uma subestação pode ter a função de:
- Manobrar
- Transformar
- Seccionar e
- Distribuir.

88
Funções de uma Subestação Elétrica (SE)
1. Uma única SE pode ter todas estas funções ou
ter algumas apenas.
2. Para todas as funções, sua operação deve
garantir máxima segurança à todo o sistema.
3. Parte defeituosa ou sob falta deve ser
desligada imediatamente.
4. O reestabelecimento da energia elétrica deve
ser o mais breve possível.
89
Classificação de uma Subestação Elétrica (SE)
Quanto ao seu sistema podem ser:
a) Central de transmissão(elevadora).
b) Receptora de transmissão (ETT).
c) Subtransmissão (ETD).
d) Subestação de Consumidor.

90
Classificação de uma Subestação Elétrica (SE)

a) Subestação Central de transmissão:


É aquela normalmente construída ao lado das
usinas geradoras de energia elétrica, cuja
finalidade é elevar o nível de tensão fornecido
pelos geradores para transmitir a potência
gerada aos grandes centros de consumo.

91
Classificação de uma Subestação Elétrica (SE)
Subestação central de transmissão

92
Classificação de uma Subestação Elétrica (SE)
b)Subestação receptora de transmissão
(ETT)
É aquela construída próxima aos grandes
blocos de carga e que está conectada,
através de linhas de transmissão, à
subestação central de transmissão ou
subestação receptora intermediária.
93
Classificação de uma Subestação Elétrica (SE)

c) Subestação de subtransmissão (ETD):


É aquela construída em geral, no centro de um
grande bloco de carga, alimentada pela SE
receptora e de onde se originam os
alimentadores de distribuição primários,
suprindo diretamente os transformadores de
distribuição e/ou SE de consumidor.
94
Classificação de uma Subestação Elétrica (SE)
Subestação de subtransmissão (ETD)

Foto- Construção de uma ETD 95


Subestação Elétrica (SE) de Consumidor
É aquela construída em propriedade particular suprida através de
alimentadores de distribuição primários, originados das SE’s
de subtransmissão, que suprem os pontos finais de consumo.
Subestação Cabine Primaria Subestação Aérea

Subestação de Média Tensão ao tempo

Subestação blindada (cubículos)

96
Subestação Elétrica (SE) de Consumidor
Quanto à instalação podem ser:
- Subestação Abrigada (instalação interior)
➢ De alvenaria
• Ramal de entrada subterrâneo.
• Ramal de entrada aéreo.
➢ Modular metálica
- Ao tempo (instalação exterior).
• Aérea em plano elevado.
• De instalação no nível do solo.
97
Subestação Elétrica (SE) de Consumidor
SUBESTAÇÃO ABRIGADA : SUBESTAÇÃO AÉREA:

Rede de
distribuição
primaria e
secundária:
98
Subestação Elétrica (SE) de Consumidor
A resolução nº 414 de 2010 da ANEEL diz que a tensão
de fornecimento aos consumidores deve obedecer o
que segue:
1. Tensão secundária em rede aérea: quando a carga instalada
na unidade consumidora for igual ou inferior a 75 kW;
2. Tensão secundária em sistema subterrâneo: até o limite de
carga instalada conforme padrão de atendimento da distribuidora;
3. Tensão primária de distribuição inferior a 69 kV: quando a
carga instalada na unidade consumidora for superior a 75 kW e
a demanda a ser contratada pelo interessado, para o
fornecimento, for igual ou inferior a 2.500 kW; e

99
Subestação Elétrica (SE) de Consumidor

4. Tensão primária de distribuição igual


ou superior a 69 kV: quando a demanda a
ser contratada pelo interessado, para o
fornecimento, for superior a 2.500 kW.

100
• Noções básicas de Instalação de
redes. Redes de transmissão.
• Resoluções de exercícios
Medição de energia em SE de Utilização
(Industrial ou Predial)

Particularizando para o acordo com a DT 108 R06 – Decisão


Técnica que complementa e alteração a NT 002 (Norma Técnica
para fornecimento de energia em tensão primária de distribuição):
“A medição deverá ser realizada em Média Tensão através de
conjunto de medição aéreo compacto de forma a possibilitar a
medição por telemetria ou caso não seja possível, por medidor
convencional, conforme padrões que correspondem aos
desenhos a seguir apresentados:

102
Instalação de Conjunto de Medição em Subestação de 75 kVA a 300 KVA Ramal de
Ligação Aérea

Conjunto de Medição
compacto em
Fibra ótica para
Subestação
dispositivo de
leitura.

103
Instalação de Conjunto de Medição em Subestação de 75 kVA a 300 KVA Ramal de
Ligação Aérea

Ramal de
ligação

p/ a unidade
Fibra ótica para consumidora
dispositivo de condutor neutro e
leitura. fibra ótica.

VISTA LATERIAL VISTA FRONTAL


104
Ligação do medidor Subterrâneo

Fibra ótica para


dispositivo de
leitura.

VISTA LATERIAL VISTA FRONTAL 105


Estrutura para conjunto de
medição com display, entrada
aérea: Poste de 12m.

106
Estrutura para conjunto de
medição com caixa de
medição no poste, entrada
aérea, quando a medição
por telemetria não for
possível: poste de 12m.

107
 Subestações abrigadas com entrada Aérea: (Estrutura)

108
 Subestações abrigadas com entrada subterrânea: (Dispositivos)

109
Chaves de operação ou chave fusível:
A chave fusível, também conhecida popularmente como
corta-circuito, é um equipamento cuja função é proteger as
redes de distribuição primárias contra sobrecorrentes originadas
por sobrecargas, curto-circuitos, dentre outros.
Sendo frequentemente utilizada nas redes aéreas de distribuição
urbana e rural, bem como em pequenas subestações sejam elas
do consumidor ou da concessionária de energia elétrica.

111
Chaves de operação ou chave fusível:

112
Chaves de operação ou chave fusível:
Elo Fúsivel é uma peça (fio) facilmente substituível, composta
de um elemento fusível, fabricado com liga de estanho ou outro
material, que por ocasião de circulação de uma sobrecorrente
“derrete”, interrompendo o circuito elétrico.

Atualmente as concessionarias estão instalando nos


circuitos alimentadores primários as chaves
automatizadas do tipo “SF6” que são operadas
diretamente dos centros de operações de distribuição,
por meio de cabo de fibras óticas instalados nos postes

Elo Fusível
113
cabo OPGW com fibra ótica:

114
cabo OPGW com fibra ótica:

115
Rede de Distribuição Protegida Compacta (RDP)

O que é Rede Compacta ?


A Rede de Distribuição Protegida Compacta
(Rede Compacta – Spacer Cable) de tensão nominal de até 15kv
e de 25kv a 35kv é uma inovação tecnológica que visa
melhorar o nível de qualidade da energia distribuída, aumentando
a confiabilidade no sistema.

116
Rede de Distribuição Protegida Compacta (RDP)
A compactação da rede se dá devido ao espaçador que tem
como função a impossibilidade do contato direto entre os cabos,
compactando assim a rede de forma losangular.
Assim, o esforço mecânico exercido sobre as estruturas provém
do cabo mensageiro, levando em conta que devido a intervalos
curtos entre os espaçadores, os cabos protegidos necessitam de
trações de montagem menores se comparadas as do cabo
mensageiro.

117
Rede de Distribuição Protegida Compacta (RDP)
Espaçador Losangular - 35 kV Espaçador Losangular - 15 kV

CABO MENSAGEIRO

Formato Losangular para utilização em Redes Compactas


classe de 15kV e 35 kV. Apoiado sobre um cabo mensageiro,
sua função é a sustentação e separação dos cabos cobertos ao
longo do vão, mantendo o isolamento elétrico da rede.
118
Rede de Distribuição Protegida Compacta (RDP)
O Espaçador de Cabos é fabricado em polietileno de alta
densidade na cor cinza, e foi desenvolvido exclusivamente para
se obter excelentes características mecânicas e atender aos
requisitos de resistência aos raios ultravioleta, ao trilhamento
elétrico e às intempéries exigidos neste tipo de rede.

119
Rede de Distribuição Protegida Compacta (RDP)

120
Rede de Distribuição Protegida Compacta (RDP)

121
Cabos Condutores para rede de Distribuição
Rede Compacta de Distribuição
• Locais Densamente Arborizados
• Ramais com Altas Taxas de Falhas
• Redução DEC/FEC

• Ruas Estreitas
• Mais de 1 Circuito por
Estrutura
• Condomínios Fechados
• Alternativa às Redes Isoladas
• Redução de Podas de Árvores 122
Cabos Condutores para rede de Distribuição
Rede Compacta de Distribuição
Análise Econômica
• Investimento Inicial – 20% maior
• Taxas de Falhas – Reduzida
• Manutenção – Reduzida
• Poda de Árvores – Reduzida
• Custo Social

123
Cabos Condutores para rede de Distribuição
Cabos Condutores para rede
de Distribuição
REDE DE DISTRIBUIÇÃO

REDE PRIMÁRIA COMPACTA

REDE SECUNDÁRIA
Derivações e Ligações de Equipamentos

Nas derivações, deverá ser utilizado conector tipo cunha


alumínio com protetor de conector, inclusive no conector com
estribo para ligação de equipamentos, onde deverá ser feita
uma fenda no protetor de conector para instalação do estribo.
Noções básicas de:
Equipamentos de Subestações;
Transformador de Potência

Este é o principal e mais caro componente de uma SE.


Transformadores de MT são equipamentos de “prateleira”, ou
seja, já tem seus valores nominais padronizados, somente
variando a potência e as tensões de entrada e saída.

Já os de AT são componentes mais complexos, onde estes são


feitos sob encomenda, tem os valores de impedância definidos
pelos compradores e, principalmente, agregam mais proteções
para este equipamento.

130
TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA

Transformador A Óleo Transformador a seco

Transformadores de Media Tensão


131
Transformador de Potência

Transformadores de Alta Tensão AT


Transformadores de MT em SE

132
Transformador de Potência
Placa de Identificação
Nesta placa devem estar
os principais dados do
equipamentos, conforme
NBR 5440 como mostra
a Figura ao lado.

133
DISJUNTORES DE MT E AT
Dispositivo de proteção amplamente utilizado em todas as
tensões, porém este funciona de forma diferente em MT e AT,
pois estes disjuntores não atuam por si só na presença de
uma sobrecorrente ou curto-circuito, como atuam os
disjuntores de BT, estes somente atuam quando recebem um
sinal para abrirem, sinal popularmente conhecido como TRIP.

Este sinal é proveniente do sistema de proteção, geralmente


constituído de TC’s, TP’s e Relés. E que também podem fornecer
o sinal para o fechamento do disjuntor, conforme automação do
sistema, podem se de GVO ou PVO, a Vácuo ou a SF6.
134
DISJUNTORES DE MT E AT
Disjuntor de Subestação:
Os disjuntores podem ser classificados, principalmente, pelo
meio de extinção do arco – óleo, podendo ser a grande (figura 1)
ou pequeno (figura 2) volume de óleo – GVO ou PVO, a vácuo
ou a SF6.
SF6 - Gás
Hexafluoreto de
Enxofre

Figura 1 – Disjuntor Figura 2 - Cubículo metálico


GVO na subestação que abriga um disjuntor PVO 135
DISJUNTORES DE MT E AT
Disjuntores a Pequeno Volume de Óleo (PVO) Disjuntores muito
utilizados em subestações abrigadas, geralmente de MT. Possui
uma tecnologia que extingue o arco devido a um óleo isolante
presente em seus contatos.

136
DISJUNTORES DE MT E AT
Disjuntores a Pequeno Volume de Óleo (PVO)
Transformadores
de Corrente (TC)

137
DISJUNTORES DE MT E AT
Disjuntores a vácuo - Este tipo de disjuntor é utilizado em
todos os tipos de SE, independentemente da tensão, potência
ou se é abrigada ou externa.

Como o próprio nome diz, este equipamento extingue o arco


gerando vácuo entre seus contatos.

Devido a esta característica, este disjuntor é mais barato, de


construção mais simplificada e tende a tomar o lugar do
disjuntor PVO.

138
DISJUNTORES DE MT E AT
DISJUNTORES A VÁCUO MT E AT

139
DISJUNTORES DE MT E AT

Disjuntores a SF6 - Este tipo de disjuntor utiliza o gás isolante


SF6 para a extinção do arco-voltaico nos terminas do
equipamento.

Geralmente são mais utilizados em SE de AT ou MT quando


envolvem altas correntes, como um circuito de geradores em
usinas hidrelétricas por exemplo.

Também podem ser utilizados em SE de MT normais, mas o uso


neste caso ocorre com menor frequência.

140
DISJUNTORES DE MT E AT
DISJUNTORES A SF6 MT E AT
O hexafluoreto de
enxofre (SF6) é um
gás que é usado em
equipamento de
energia elétrica.

É transparente, inodoro, não


inflamável e quimicamente
estável.
141
DISJUNTORES DE MT E AT
DISJUNTORES A SF6 AT

142
DISJUNTORES DE MT E AT
DISJUNTORES A SF6 MT E AT

143
Relé de Sobrecorrente
Disjuntor e relé de sobrecorrente de Subestação:
relé de sobrecorrente é um dispositivo sensor que atua para
comandar a abertura do disjuntor protegendo contra
Corrente de Falta, os equipamentos e condutores instalados na
subestação e nos alimentadores.

144
Chave seccionadora trifásica média tensão
A Chaves seccionadoras - Este tipo de chave é utilizada para
isolar equipamentos dos sistemas para determinados fins.
Basicamente de dividem entre monofásicas e trifásicas.
NOTA: As chaves seccionadoras geralmente não devem
ser utilizadas para interromper corrente, não devem ser
abertas sob carga. Este processo deve ser feito por
disjuntores, porém se este apresentar problemas e não
desligar, a abertura das chaves seccionadoras deve ser
executada com o máximo de precaução devido a
formação de arcovoltaico.

145
Chave seccionadora trifásica média tensão
Estas chaves são usadas em SE abrigadas ou nas
linhas de distribuição das concessionárias. Podendo ser
uma simples chave seccionadora, ou agregar mais
elementos de proteção, tais como:
➢ Dispositivo corta-arco;
➢ Fusível integrado a seccionadora ou em série com esta;
➢ Lâmina de aterramento, para aterrar toda parte de saída da
seccionadora quando esta é aberta;
➢ Auxílio de molas para abertura mais rápida;
➢ Monitoramento de estado (aberta ou fechada);
➢ Isoladores para uso externo.
146
Chave seccionadora trifásica média tensão

147
Chave seccionadora trifásica média tensão

Manobra na chave seccionadora MT

148
Chave seccionadora trifásica média tensão

chave seccionadora em AT

149
Terminações e muflas

Muflas e Terminações - São utilizadas para manter as


condições de isolamento elétrico nas conexões entre cabos
isolados e condutores nus, barramentos ou cabos.

Este item é necessário devido a complexidade da isolação de


cabos de média tensão por causa dos possíveis problemas de
uma má isolação ou demais problemas devido ao campo
elétrico presente neste tipo de cabos.

150
Terminações e muflas
Conector Conector

Saia Isolante

Tubo de alívio de
campo elétrico (TVR)

Cobertura de
aterramento

Aterramento

151
terminais de Chave seccionadora.
poliméricos
( muflas)

Traf.

TC’s TP’s
152
PÁRA-RAIOS DE ÓXIDO DE ZINCO
Este equipamento utiliza como matéria prima do
resistor não-linear e estabilidade térmica do ZnO e pode ter seu
corpo envolto por porcelana ou por polímero.
O pára-raios de distribuição
é um dispositivo destinado a
proteção de equipamentos e
redes em geral. Sua função é
limitar as sobretensões prove-
nientes não só de descargas
atmosféricas, mas também
manobras de redes, falhas no
sistema ente outros. 153
PÁRA-RAIOS DE ÓXIDO DE ZINCO
Além disso oferece algumas
vantagens se comparado com
outros tipos, tais como:
➢ Extinção da corrente subse-
quente;
➢ Maior absorção de energia;
➢ Maior isolamento intrínseco;
(é aquele cristalino encontrado na natureza na sua forma mais pura, de
condutividade elétrica intermediária entre condutores e isolantes)

➢ Curva de atuação sem


transitórios;
➢ A não utilização dos cente-
lhadores (utilizados no SiC). 154
PÁRA-RAIOS DE ÓXIDO DE ZINCO

155
PÁRA-RAIOS DE ÓXIDO DE ZINCO
ISOLADORES
Equipamentos presentes em todas as subestações onde seja
necessário um suporte mecânico de apoio ou suspensão para
os condutores, sendo barramentos ou cabos.

Basicamente são fabricados em três tipos de material,


porcelana, vidro, poliméricos e Epoxi , podem ser externos ou
internos.

157
Isoladores em
Epoxi

Transformadores de
Corrente (TC)

Pára-raios de óxido de
zinco.

TERMINAIS DE
POLIMERICOS
( MUFLAS)
Buchas de passagem
As Buchas de passagem são componentes elétricos de
interligação entre equipamentos e cabos isolados blindados
de média tensão. São principalmente usadas em equipamentos
elétricos para rede subterrânea como transformadores
pedestais, cubículos de SF6, cubículos a ar e transformadores,
entre outros, para tensões 17,5 kV, 24 kV e 36 kV.

159
Transformadores de potencial e de corrente

Os Transformadores de Potencial (TP) e os


Transformadores de Corrente (TC)
São equipamentos amplamente utilizados em todos os tipos
de subestações, independentemente da tensão e potência
envolvida.
Estes equipamentos são utilizados para fazer a medição tanto
da tensão quando da corrente, quando estes possuem valores
muito elevados para serem medidos diretamente, desta forma
os TC’s e TP’s reduzem os valores em seus terminais primários
para valores menores e padronizados em seus secundários.

160
Transformadores de potencial e de corrente

TC e TP
em AT

161
Transformadores de potencial e de corrente

TC

TP

DISJUNTOR DISJUNTOR
vista posterior vista frontal
162
Cabo EPR/ Multiples 0,6/ 1KV Cabos EPR/PVC 3,6/6kV a 20/35kV

Cabos XLPE/PVC 3,6/6kV a 20/35kV


Cabos Flex Até 750V
Cabos Condutores para Redes
de Distribuição • O PROBLEMA
Cabos Anti - Furto • Utilização de Gatos – Conectores
como garras de gatos, ou seja um
conector perfura a isolação e outro é
conectado ao Neutro, desviando a
energia.
• A SOLUÇÃO
• Cabos Anti Furto Concêntricos – um
condutor neutro que envolve o
condutor fase e desta maneira se
tentarem usar o “gato” estabelece-se
um curto circuito da fase para o
neutro, evitando o desvio de energia.
Haste independente para
ligação dos Para Raio

TC

TC

TP’s

Modulo 1 Modulo 2 Modulo 3- Compartimento


do Disjuntor
Entrada Medição

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