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Problema proposto: Ventilação Industrial

O sistema possui um ramal principal e três ramais secundários.


• Ramal principal: U1S
• Ramal 1: AU1 (secundário)
• Ramal 2: BU2 (secundário)
• Ramal 3: CU3 (secundário)

Do problema temos os seguintes parâmetros para os ramais e trechos:


• Ramal 1 (AU1): aspira do equipamento A (serra de fita de 21/2” de largura); Possui
comprimento de 8 m; possui uma curva de 90º, uma curva de 60º e uma entrada de 30°.
Para a serra de fita, tem-se: Q = 900 CFM = 900 pés3/min (largura de 21/2”); velocidade
no duto: vd = 3500 fpm = 3500 pés/min; perda de carga na entrada: ∆𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟,𝑐𝑎𝑝 =
1,75 𝑉𝑃𝑑 .
• Ramal 2 (BU2): aspira do equipamento B (serra de mesa de, com diâmetro da serra de
20”); possui comprimento reto de 7 m, duas curvas de 90°, uma curva de 60º e uma
entrada de 30º. Para a serra de mesa com diâmetro da serra de 20”, tem-se: Q = 440
CFM, velocidade no duto: vd = 3500 fpm; velocidade mínima na ranhura/fresta de 2000
pés³/min; perda de carga na entrada: ∆𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟,𝑐𝑎𝑝 = 1,0 𝑉𝑃𝑟𝑎𝑛ℎ𝑢𝑟𝑎 + 0,25 𝑉𝑃𝑑 .
• Ramal 3 (CU3): aspira do equipamento C (desengrossadeira com comprimento da faca
de 25”); possui comprimento reto de 10m, duas curvas de 90º, uma curva de 60º e uma
entrada de 30º; Q = 800 CFM, velocidade no duto: vd = 3500 fpm; velocidade mínima
na ranhura/fresta de 2000 pés³/min; perda de carga na entrada: ∆𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟,𝑐𝑎𝑝 =
1,0 𝑉𝑃𝑟𝑎𝑛ℎ𝑢𝑟𝑎 + 0,25 𝑉𝑃𝑑 .
• Trecho U1U2 (pertence ao ramal principal): possui comprimento reto de 4 m.
• Trecho U2U3 (pertence ao ramal principal): possui comprimento reto de 7.
• Trecho U3V (pertence ao ramal principal): possui comprimento reto de 6 m e uma curva
de 90°.
• Trecho VS (pertence ao ramal principal): possui comprimento reto de 20 m.

Equações de cálculo:
𝜋 𝐷2
𝑄=𝑣
4

4𝑄
𝐷=√
𝜋 𝑣𝑑

1
4𝑄
𝑣𝑑 =
𝜋 𝐷2

𝑣𝑑 𝐷
𝑅𝑒 = 𝜈

𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐿𝑟𝑒𝑎𝑙 + 𝐿𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒

𝑣2 𝑚
𝑉𝑃 = ℎ𝑣 = (𝑚𝑚𝑐𝑎) 𝑣 ( )
16,34 𝑠

𝑣𝑑2
𝑃𝑑 = 𝜌
2

𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑣𝑑2
∆𝑃=𝑓 𝜌
𝐷 2

1,325
𝑓=
𝜀/𝐷 5,74 2
[𝑙𝑛 { 3,7 + 0,9 }]
𝑅𝑒

Cálculo do Ramal 1
Possui comprimento de 8 m; possui uma curva de 90º, uma curva de 60º e uma entrada de 30°.
Para a serra de fita, tem-se: Q = 900 CFM = 900 pés3/min (largura de 21/2”); velocidade no duto:
vd = 3500 fpm = 3500 pés/min; perda de carga na entrada: ∆𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟,𝑐𝑎𝑝 = 1,75 𝑉𝑃𝑑 .

𝑝é𝑠 3 0,3053 𝑚3 𝑚3
𝑄 = 900 = 900 = 0,426
𝑚𝑖𝑛 60 𝑠 𝑠

𝑝é𝑠 0,305 𝑚 𝑚
𝑣𝑑 = 3500 = 3500 = 17,8
𝑚𝑖𝑛 60 𝑠 𝑠

• Cálculo do diâmetro da tubulação

4𝑄 4 ∙ 0,426
𝐷=√ =√ = 0,1746 𝑚 → 𝐷 = 0,175 𝑚 = 175 𝑚𝑚
𝜋 𝑣𝑑 𝜋 ∙ 17,8

2
Obs: tubos obtidos por calandragem ou selecionados em tabelas.

• Cálculo da perda de carga na tubulação reta e acessórios


𝑅
Da tabela de comprimentos equivalentes, adotaremos 𝐷 = 2: com 𝐷 = 175 𝑚𝑚 → 1 curva de
90º possui comprimento equivalente de 2,6 m; e 1 entrada de 30º possui comprimento
equivalente de 1,7 m.
A curva de 60 º é calculada de : 𝐿𝑒𝑞 = 0,67 ∙ 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟. 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣. 𝑑𝑎 𝑐𝑢𝑟𝑣𝑎 𝑑𝑒 90° = 0,67 ∙ 2,6 =
1,74 𝑚.
Assim, o comprimento equivalente total = 2,6 + 1,74 + 1,7 = 6,04 m.
E o comprimento total = 8 + 6,04 = 14,04 m.
As propriedades do fluido são retiradas da tabela de propriedades do ar. Supondo uma
𝑘𝑔 𝑚²
temperatura de 25 ºC, teremos: 𝜌 = 1,19 e 𝜈 = 1,54𝑥10−5 .
𝑚³ 𝑠

O número de Reynolds:
𝑣𝑑 𝐷 17,8∙0,175
𝑅𝑒 = = 1,54𝑥10−5 = 2,023𝑥105
𝜈

Para o material da tubulação adotaremos aço galvanizado, com rugosidade absoluta 𝜀 =


0,15 𝑚𝑚.
Assim, o fator de atrito:
1,325 1,325
𝑓= 𝜀/𝐷 5,74 2
= 2 = 0,0206
[𝑙𝑛{ + }] 0,15/175 5,74
3,7 𝑅𝑒0,9 [𝑙𝑛{ + 0,9 }]
3,7 2,023𝑥105

3
A perda de carga na tubulação será:
𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑣𝑑2 14,04 17,82
∆𝑃=𝑓 𝜌 = 0,0206 1,19 = 311,6 𝑃𝑎 = 31,8 𝑚𝑚𝑐𝑎
𝐷 2 0,175 2

• Cálculo da perda de carga na entrada do captor


A pressão dinâmica no duto:
𝑣𝑑2 17,82
𝑃𝑑 = 𝜌 = 1,19 = 188,5 𝑃𝑎 = 19,2 𝑚𝑚𝑐𝑎
2 2

A perda de carga na entrada do captor fica:


∆𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟,𝑐𝑎𝑝 = 1,75 𝑉𝑃𝑑 .= 1,75 19,2 = 33,6 mmca

• Perda de carga no ramal


A perda de carga no ramal: ∆𝑃𝑟𝑎𝑚𝑎𝑙 = ∆𝑃 + ∆𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟,𝑐𝑎𝑝 = 31,8 + 33,6 = 65,4 𝑚𝑚𝑐𝑎

Com os valores anteriores preenche-se a Tabela 1, com a sistematização dos resultados do


dimensionamento.

Tabela 1. Resultados do dimensionamento


Ramal Q vd D Lret Leq Ltotal ∆𝑷𝒓𝒂𝒎𝒂𝒍 Valores
(m³/s) (m/s) (m) (m) (m) (m) (mmca) Corrigidos
Q ∆𝑃𝑟𝑎𝑚𝑎𝑙
Ramal 1 0,426 17,8 0,175 8 6,04 14,04 65,4
(AU1)
Trecho 0,426 17,8 0,175 4 - 4 74,5*
U1U2
Ramal 2 0,208 17,8 0,122 7 5,5 12,5 55,4
(BU2)
Ramal 2 0,208 20,0 0,115 7 5,1 12,1 70,1 70,1 0,208
(BU2)
Ramal 0,214 20,6 0,115 7 5,1 12,1 73,9 74,5 0,214
2 (BU2)
Trecho 0,64 20,5 0,210 7 - 7 91,1
U2U3
Ramal 3 0,378 18,8 0,160 10 6,35 16,35 57,6
(CU3)
Ramal 3 0,378 21,4 0,150 10 7,3 17,3 81
(CU3)
Ramal 3 0,401 22,7 0,150 10 7,3 17,3 90 91,1 0,401
(CU3)
Trecho 1,04 19,6 0,260 6 4,2 10,2 108,1
U3V
Ciclone 1,04 80+108,1=188,1
Trecho 1,04 19,6 0,260 20 - 20 33,1
VS

4
Cálculo do Trecho U1U2
Possui comprimento reto de 4 m, sem acessórios. A vazão neste trecho é a mesma do Ramal 1,
pois está em série com o mesmo. Assim, ele terá também a mesma velocidade, diâmetro,
número de Reynolds e fator de atrito.
A perda de carga neste trecho:
𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑣𝑑2 4 17,82
∆𝑃𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜 𝑈1 𝑈2 =𝑓 𝜌 = 0,0206 1,19 = 88,8 𝑃𝑎 = 9,05 𝑚𝑚𝑐𝑎
𝐷 2 0,175 2

E a perda de carga total na saída deste trecho, ou seja, no ponto U2: ∆𝑃𝑈2 = ∆𝑃𝑟𝑎𝑚𝑎𝑙1 +
∆𝑃𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜 = 65,4 +9,05 = 74,5* mmca.
*
perda de carga no final do trecho (somatório).

Cálculo do Ramal 2 (BU2)


Possui comprimento reto de 7 m, duas curvas de 90°, uma curva de 60º e uma entrada de 30º.
Para a serra de mesa com diâmetro da serra de 20”, tem-se: Q = 440 CFM, velocidade no duto:
vd = 3500 fpm; velocidade mínima na ranhura/fresta de 2000 pés³/min; perda de carga na
entrada: ∆𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟,𝑐𝑎𝑝 = 1,0 𝑉𝑃𝑟𝑎𝑛ℎ𝑢𝑟𝑎 + 0,25 𝑉𝑃𝑑 .

𝑝é𝑠 3 𝑚3
𝑄 = 440 = 0,208
𝑚𝑖𝑛 𝑠
𝑚
𝑣𝑑 = 17,8
𝑠
𝑚
𝑣𝑟𝑎𝑛ℎ = 10,2
𝑠

• Cálculo do diâmetro da tubulação


𝐷 = 0,122 𝑚 → 𝐷 = 122 𝑚𝑚

• Cálculo da perda de carga na tubulação reta e acessórios


𝑅
Da tabela de comprimentos equivalentes, adotaremos = 2: com 𝐷 = 122 𝑚𝑚
𝐷
(devemos interpolar os valores na tabela) → 1 curva de 90º possui comprimento equivalente
de 1,65 m; e 1 entrada de 30º possui comprimento equivalente de 1,06 m.
A curva de 60 º é calculada de : 𝐿𝑒𝑞 = 0,67 ∙ 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟. 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣. 𝑑𝑎 𝑐𝑢𝑟𝑣𝑎 𝑑𝑒 90° = 0,67 ∙ 1,65 =
1,1 𝑚.
Assim, o comprimento equivalente total = 2∙ 1.65 + 1,1 + 1,06 = 5,5 m.
E o comprimento total = 7 + 5,5 = 12,5 m.

5
O número de Reynolds: 𝑅𝑒 = 1,41𝑥105
Assim, o fator de atrito: 𝑓 = 0,0225
A perda de carga na tubulação será:
𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑣𝑑2 12,5 17,82
∆𝑃=𝑓 𝜌 = 0,0225 1,19 = 434,8 𝑃𝑎 = 44,3 𝑚𝑚𝑐𝑎
𝐷 2 0,122 2

• Cálculo da perda de carga na entrada do captor


A pressão dinâmica no duto:
𝑣𝑑2 17,82
𝑃𝑑 = 𝜌 = 1,19 = 188,5 𝑃𝑎 = 19,2 𝑚𝑚𝑐𝑎
2 2

A pressão dinâmica na ranhura:


10,22
𝑃𝑑𝑟𝑎𝑛ℎ = 1,19 = 61,9 𝑃𝑎 = 6,31 𝑚𝑚𝑐𝑎
2
A perda de carga na entrada do captor fica:
• ∆𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟,𝑐𝑎𝑝 = 1,0 𝑉𝑃𝑟𝑎𝑛ℎ𝑢𝑟𝑎 + 0,25 𝑉𝑃𝑑 = 1,0 ∙ 6,31 + 0,25 ∙ 19,2 = 11,1 𝑚𝑚𝑐𝑎

• Perda de carga no ramal


A perda de carga no ramal: ∆𝑃𝑟𝑎𝑚𝑎𝑙 = ∆𝑃 + ∆𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟,𝑐𝑎𝑝 = 44,3 + 11,6 = 55,4 𝑚𝑚𝑐𝑎

Com os valores anteriores preenche-se a Tabela 1, com a sistematização dos resultados do


dimensionamento.

Ponto de junção U2
Como U2 é um ponto de junção, devemos realizar o balanceamento do sistema. Para realizar o
balanceamento estático devemos comparar as pressões neste ponto, devida aos dois ramis que
conduzem a vazão dos captores.

Trecho ∆Pramal
Trecho U1U2 74,5
Ramal 2 55,4

O procedimento indica o cálculo da diferença percentual entre as pressões pelos dois caminhos:
74,5−55,4
= 25,6 %. Para diferenças de pressões estáticas maiores que 20% deve-se usar o
74,5
caso c.

6
Assim, recalcularemos o ramal de menor perda de carga, aumentando a perda de carga neste
ramal. Procederemos diminuindo o diâmetro da tubulação, de forma a aumentar a perda de
carga, equilibrando os ramais.
Adotaremos um diâmetro de 115 mm. Para a vazão de 0,208 m³/s, a velocidade na tubulação
será:
4𝑄 4∙0,208
𝑣𝑑 = 𝜋 𝐷2 = 𝜋 0,1152 = 20 m/s

• Cálculo da perda de carga na tubulação reta e acessórios


𝑅
Da tabela de comprimentos equivalentes, adotaremos = 2: com 𝐷 = 115 𝑚𝑚
𝐷
(devemos interpolar os valores na tabela) → 1 curva de 90º possui comprimento equivalente
de 1,54 m; e 1 entrada de 30º possui comprimento equivalente de 0,98 m.
A curva de 60 º é calculada de : 𝐿𝑒𝑞 = 0,67 ∙ 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟. 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣. 𝑑𝑎 𝑐𝑢𝑟𝑣𝑎 𝑑𝑒 90° = 0,67 ∙ 1,54 =
1,03 𝑚.
Assim, o comprimento equivalente total = 2∙ 1,54 + 1,03 + 0,98 = 5,09 m.
E o comprimento total = 7 + 5,09 = 12,1 m.
O número de Reynolds: 𝑅𝑒 = 1,64𝑥105
Assim, o fator de atrito: 𝑓 = 0,0226
A perda de carga na tubulação será:
𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑣𝑑2 12,1 202
∆𝑃=𝑓 𝜌 = 0,0226 1,19 = 565,9 𝑃𝑎 = 57,7 𝑚𝑚𝑐𝑎
𝐷 2 0,115 2

• Cálculo da perda de carga na entrada do captor


A pressão dinâmica no duto:
𝑣𝑑2 202
𝑃𝑑 = 𝜌 = 1,19 = 238 𝑃𝑎 = 24,3 𝑚𝑚𝑐𝑎
2 2

A pressão dinâmica na ranhura:


10,22
𝑃𝑑𝑟𝑎𝑛ℎ = 1,19 = 61,9 𝑃𝑎 = 6,31 𝑚𝑚𝑐𝑎
2
A perda de carga na entrada do captor fica:
• ∆𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟,𝑐𝑎𝑝 = 1,0 𝑉𝑃𝑟𝑎𝑛ℎ𝑢𝑟𝑎 + 0,25 𝑉𝑃𝑑 = 1,0 ∙ 6,31 + 0,25 ∙ 24,3 = 12,4 𝑚𝑚𝑐𝑎

• Perda de carga no ramal


A perda de carga no ramal: ∆𝑃𝑟𝑎𝑚𝑎𝑙 = ∆𝑃 + ∆𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟,𝑐𝑎𝑝 = 57,7 + 12,4 = 70,1 𝑚𝑚𝑐𝑎

7
Comparemos novamente as pressões:
Trecho ∆Pramal
Trecho U1U2 74,5
Ramal 2 70,1
74,5 − 70,1
= 5,9 %
74,5

Apliquemos agora o caso b, pois a diferença entre as pressões está compreendida entre 5
e 20%.

𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑎 74,5 𝑚³


𝑄𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔 = 𝑄√ = 0,208 √ = 0,214
𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑎 70,1 𝑠

Aumentando a vazão, para um mesmo diâmetro da tubulação, teremos um aumento na


velocidade do duto, que passará a ser: 𝑣𝑑 = 20,6 𝑚/𝑠.
𝑅𝑒 = 1,54𝑥105
𝑓 = 0,0226
∆𝑃= 600,4 Pa = 61,2 mmca
𝑃𝑑 = 252,5 𝑃𝑎 = 25,7 𝑚𝑚𝑐𝑎
∆𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟,𝑐𝑎𝑝 = 1,0 ∙ 6,31 + 0,25 ∙ 25,7 = 12,7 𝑚𝑚𝑐𝑎

∆𝑃𝑟𝑎𝑚𝑎𝑙 = ∆𝑃 + ∆𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟,𝑐𝑎𝑝 = 61,2 + 12,7 = 73,9 𝑚𝑚𝑐𝑎

A nova diferença de pressões:


Trecho ∆Pramal
Trecho U1U2 74,5
Ramal 2 73,9

74,5−73,9
= 0,8 % (Ok!)
74,5

Cálculo do Trecho U2U3


Possui comprimento reto de 7 m. Como temos uma junção, devemos realizar a soma das vazões.
Q = 0,426 + 0,214 = 0,64 m³/s
Para este trecho adotaremos uma velocidade na tubulação de 18 m/s. pode-se também adotar
um pouco valor maior.

8
Assim, o diâmetro da tubulação neste trecho será:

4𝑄 4 ∙ 0,64
𝐷=√ =√ = 0,213 𝑚 → 𝐷 = 213 𝑚𝑚
𝜋 𝑣𝑑 𝜋 ∙ 18,0

Adotaremos D = 210 mm. E a velocidade será: 𝑣𝑑 = 20,5 𝑚/𝑠.

• Cálculo da perda de carga na tubulação reta


O número de Reynolds: 𝑅𝑒 = 2,8𝑥105
O fator de atrito: 𝑓 = 0,0195
A perda de carga na tubulação será:
𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑣𝑑2 7 20,52
∆𝑃=𝑓 𝐷
𝜌 2
= 0,0195 0,21
1,19 2
= 162,5 𝑃𝑎 = 16,6 𝑚𝑚𝑐𝑎

No final do trecho teremos:


∆𝑃𝑈3 = ∆𝑃 + ∆𝑃𝑈2 = 16,6 + 74,5 = 91,1 𝑚𝑚𝑐𝑎

Cálculo do Ramal 3 (CU3)


Possui comprimento reto de 10m, duas curvas de 90º, uma curva de 60º e uma entrada de 30º;
Q = 800 CFM, velocidade no duto: vd = 3500 fpm; velocidade mínima na ranhura/fresta de
2000 pés³/min; perda de carga na entrada: ∆𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟,𝑐𝑎𝑝 = 1,0 𝑉𝑃𝑟𝑎𝑛ℎ𝑢𝑟𝑎 + 0,25 𝑉𝑃𝑑 .

𝑝é𝑠³ 𝑚³
𝑄 = 800 = 0,378
𝑚𝑖𝑛 𝑠
𝑚
𝑣𝑑 = 17,8
𝑠
𝑚
𝑣𝑟𝑎𝑛ℎ = 10,2
𝑠

• Cálculo do diâmetro da tubulação

4𝑄
𝐷=√ = 0,164 𝑚 → 𝐷 = 164 𝑚𝑚
𝜋 𝑣𝑑

Adotaremos D = 160 mm = 0,160 m


Assim, a velocidade será: 𝑣𝑑 = 18,8 𝑚/𝑠

• Cálculo da perda de carga na tubulação reta e acessórios


9
𝑅
Da tabela de comprimentos equivalentes, adotaremos 𝐷 = 2: com 𝐷 = 160 𝑚𝑚 → 1 curva de
90º possui comprimento equivalente de 1,93 m; e 1 entrada de 30º possui comprimento
equivalente de 1,2 m.
A curva de 60 º é calculada de : 𝐿𝑒𝑞 = 0,67 ∙ 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟. 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣. 𝑑𝑎 𝑐𝑢𝑟𝑣𝑎 𝑑𝑒 90° = 0,67 ∙ 1,93 =
1,29 𝑚.
Assim, o comprimento equivalente total = 2∙ 1,93 + 1,29 + 1,2 = 6,35 m.
E o comprimento total = 10 + 6,35 = 16,35 m.
O número de Reynolds: 𝑅𝑒 = 1,95𝑥105
O fator de atrito: 𝑓 = 0,021
A perda de carga na tubulação será:
𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑣𝑑2 16,35 18,82
∆𝑃=𝑓 𝜌 = 0,021 1,19 = 450,6 𝑃𝑎 = 45,9 𝑚𝑚𝑐𝑎
𝐷 2 0,160 2

• Cálculo da perda de carga na entrada do captor


A pressão dinâmica no duto:
18,82
𝑃𝑑 = 1,19 = 210,3 𝑃𝑎 = 21,4 𝑚𝑚𝑐𝑎
2
A pressão dinâmica na ranhura:
10,22
𝑃𝑑𝑟𝑎𝑛ℎ = 1,19 = 61,9 𝑃𝑎 = 6,31 𝑚𝑚𝑐𝑎
2
A perda de carga na entrada do captor fica:
• ∆𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟,𝑐𝑎𝑝 = 1,0 ∙ 6,31 + 0,25 ∙ 21,4 = 11,7 𝑚𝑚𝑐𝑎

• Perda de carga no ramal


A perda de carga no ramal: ∆𝑃𝑟𝑎𝑚𝑎𝑙 = ∆𝑃 + ∆𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟,𝑐𝑎𝑝 = 45,9 + 11,7 = 57,6 𝑚𝑚𝑐𝑎

Comparando as pressões no ponto de junção U3:


Comparemos novamente as pressões:
Trecho ∆Pramal
Trecho U2U3 91,1
Ramal 3 57,6

91,1−57,6
= 36,8 %. Para diferenças de pressões estáticas maiores que 20% deve-se usar o
91,1
caso c.

10
Assim, recalcularemos o ramal de menor perda de carga (ramal 3), aumentando a perda de carga
neste ramal. Procederemos diminuindo o diâmetro da tubulação, de forma a aumentar a perda
de carga, equilibrando os ramais.
Adotaremos um diâmetro de 150 mm. Para a vazão de 0,378 m³/s, a velocidade na tubulação
será:
4𝑄 4∙0,378
𝑣𝑑 = 𝜋 𝐷2 = 𝜋 0,1502 = 21,4 m/s

• Cálculo da perda de carga na tubulação reta e acessórios


Da tabela de comprimentos equivalentes com 𝐷 = 150 𝑚𝑚 → 1 curva de 90º possui
comprimento equivalente de 2,2 m; e 1 entrada de 30º possui comprimento equivalente de 1,4
m.
A curva de 60 º é calculada de : 𝐿𝑒𝑞 = 0,67 ∙ 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟. 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣. 𝑑𝑎 𝑐𝑢𝑟𝑣𝑎 𝑑𝑒 90° = 0,67 ∙ 2,2 =
1,47 𝑚.
Assim, o comprimento equivalente total = 2∙ 2,2 + 1,47 + 1,4 = 7,3 m.
E o comprimento total = 10 + 7,3 = 17,3 m.
O número de Reynolds: 𝑅𝑒 = 2,08𝑥105
O fator de atrito: 𝑓 = 0,0211
A perda de carga na tubulação será:
17,3 21,42
∆𝑃= 0,0211 1,19 = 664,2 𝑃𝑎 = 67,7 𝑚𝑚𝑐𝑎
0,150 2

• Cálculo da perda de carga na entrada do captor


A pressão dinâmica no duto:
21,42
𝑃𝑑 = 1,19 = 272,5 𝑃𝑎 = 27,8 𝑚𝑚𝑐𝑎
2
A pressão dinâmica na ranhura:
10,22
𝑃𝑑𝑟𝑎𝑛ℎ = 1,19 = 61,9 𝑃𝑎 = 6,31 𝑚𝑚𝑐𝑎
2
A perda de carga na entrada do captor fica:
• ∆𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟,𝑐𝑎𝑝 = 1,0 ∙ 6,31 + 0,25 ∙ 27,8 = 13,3 𝑚𝑚𝑐𝑎

• Perda de carga no ramal


A perda de carga no ramal: ∆𝑃𝑟𝑎𝑚𝑎𝑙 = ∆𝑃 + ∆𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟,𝑐𝑎𝑝 = 67,7 + 13,3 = 81 𝑚𝑚𝑐𝑎.

Comparando novamente as pressões no ponto de junção U3:

11
Trecho ∆Pramal
Trecho U2U3 91,1
Ramal 3 81

91,1−81
= 11,1 %
91,1

Apliquemos agora o caso b, pois a diferença entre as pressões está compreendida entre 5
e 20%.

𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑎 91,1 𝑚³


𝑄𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔 = 𝑄√ = 0,378 √ = 0,401
𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑎 81 𝑠

Aumentando a vazão, para um mesmo diâmetro da tubulação, teremos um aumento na


velocidade do duto, que passará a ser: 𝑣𝑑 = 22,7 𝑚/𝑠.
𝑅𝑒 = 2,21𝑥105
𝑓 = 0,0211
∆𝑃= 744,7 Pa = 75,9 mmca
𝑃𝑑 = 306,6 𝑃𝑎 = 31,3 𝑚𝑚𝑐𝑎
∆𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟,𝑐𝑎𝑝 = 1,0 ∙ 6,31 + 0,25 ∙ 31,3 = 14,1 𝑚𝑚𝑐𝑎

∆𝑃𝑟𝑎𝑚𝑎𝑙 = ∆𝑃 + ∆𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟,𝑐𝑎𝑝 = 75,9 + 14,1 = 90 𝑚𝑚𝑐𝑎

A nova diferença de pressões:


Trecho ∆Pramal
Trecho U2U3 91,1
Ramal 3 90

91,1−90
= 1,2 % (Ok!)
91,1

Cálculo do Trecho U3V


Possui comprimento reto de 6 m e uma curva de 90°. Como temos uma junção, devemos realizar
a soma das vazões.
Q = 0,64 + 0,401 = 1,04 m³/s

12
Para este trecho adotaremos uma velocidade na tubulação de 19 m/s.
Assim, o diâmetro da tubulação neste trecho será:

4𝑄 4 ∙ 1,04
𝐷=√ =√ = 0,264 𝑚 → 𝐷 = 264 𝑚𝑚
𝜋 𝑣𝑑 𝜋 ∙ 19,0

Adotaremos D = 260 mm. E a velocidade será: 𝑣𝑑 = 19,6 𝑚/𝑠.


• Cálculo da perda de carga na tubulação
O número de Reynolds: 𝑅𝑒 = 3,309𝑥105
O fator de atrito: 𝑓 = 0,0186
O comprimento equivalente de uma curva de 90°, com R/D=2,0 é 4,2 m. O comprimento total,
portanto, do trecho, é 10,2 m.
A perda de carga na tubulação será:
𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑣𝑑2 10,4 19,62
∆𝑃=𝑓 𝜌 = 0,0186 1,19 = 166,8 𝑃𝑎 = 17 𝑚𝑚𝑐𝑎
𝐷 2 0,26 2

No final do trecho, ponto V, teremos:


∆𝑃𝑈3 = ∆𝑃 + ∆𝑃𝑈3 = 17 + 91,1 = 108,1 𝑚𝑚𝑐𝑎

Perda de carga no ciclone


Da tabela da perda de carga em equipamentos de controle poluição (slides dimensionamento de
dutos), adotaremos um valor preliminar de aproximadamente 3,0 polegadas de coluna d’água.
Adotaremos um valor de 80 mmca. Assim, na saída do ciclone, tem-se:
∆𝑃=∆𝑃𝑈3 + ∆𝑃𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑛𝑒 = 108,1 + 80 = 188,1 mmca

Cálculo do Trecho VS
Possui comprimento reto de 20 m. Adotaremos a mesma velocidade do trecho U3V, e portanto
mesmo diâmetro de tubulação.
A perda de carga na tubulação de descarga será:
𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑣𝑑2 20 19,62
∆𝑃=𝑓 𝜌 = 0,0186 1,19 = 327 𝑃𝑎 = 33,3 𝑚𝑚𝑐𝑎
𝐷 2 0,26 2

A pressão estática do ventilador será determinada como:


𝑃𝑒𝑠𝑡 = 𝑃𝑠𝑎í𝑑𝑎 − (−𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 ) = 33,3 +188,1=221,4 mmca
E a vazão Q = 1,04 m³/s.

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