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Discentes:
BRUNA NAIARA SANTOS DIAS
GUSTAVO DE BRITO ALVES
Docente:
JACKSON DE BRITO SIMOES
CARAÚBAS
2022
Problema: Pás eólicas que foram acopladas na ponta de um eixo conseguem
a partir dos ventos presentes onde foram instaladas, imprimir uma velocidade linear
média de 8 m/s, que provoca no eixo uma potência de aproximadamente 10Hp. Essa
potência é suficiente para promover o acionamento de um gerador elétrico. Sabendo
que a rotação de saída mínima deve ser garantida para que o gerador opere com
eficiência superior a 90% promovendo uma ampliação de rotação da ordem de 64
vezes. A distância entre os eixos de transmissão de potência c, é de 450 mm
sem margem para ajustes. O eixo de saída e entrada utilizados tem diâmetro de 2” e
são fabricados em aço SAE 4330. A capacidade máxima de carga do sistema é P =
8,5 kN. A temperatura de trabalho é ambiente e o local é bem refrigerado. Projete uma
caixa de amplia, capaz de atender o projeto. O gerador opera tanto no sentido horário
ou anti-horário.
Dados:
RESOLUÇÃO DO PROBLEMA:
1- INTRODUÇÃO
De acordo com (Norton,2013), as engrenagens são utilizadas afim de
transmitir torque e velocidade angular em diversas aplicações, havendo uma
enorme diversidade de tipos de engrenagens no mercado. Ainda de acordo com
(Norton, 2013), as engrenagens seguem uma padronização referente a forma e
tamanho dos seus dentes, está padronização ocorre por meio da norma (AGMA),
dito isso, esse projeto seguirá a devida norma.
2- DEFINIÇÕES DO PROJETO
Para dá início a todo projeto, precisa-se definir parâmetros e medidas, para isso,
pode-se definir parâmetros como o ângulo de pressão de um par de engrenagens, número
de dentes da engrenagem e do pinhão e dentre outras variáveis que serão abordadas
durante o discorrer deste projeto.
𝑣 8 𝑚/𝑠
𝑣 = 𝑟1 ∗ 𝑤1 → 𝑤1 = =
𝑟1 0,0254
𝜔1 = 314,96𝑟𝑝𝑠 ∙ 60𝑠
𝝎𝟏 = 𝟏𝟖𝟖𝟗𝟕, 𝟔 𝒓𝒑𝒎
𝜔2 = 64 ∙ 𝜔1
𝜔2 = 64 ∙ 18897,6
𝝎𝟐 = 𝟏𝟐𝟎𝟗𝟒𝟒𝟔, 𝟒 𝒓𝒑𝒎
Módulo do par de engrenagens, diâmetro primitivo do pinhão e
engrenagem
2∗𝐶 2 ∗ 450
𝑚= →𝑚= = 𝟏𝟏, 𝟐𝟓 𝒎𝒎
𝑁𝑔 + 𝑁𝑝 16 + 64
𝑑𝑔 = 𝑚 ∗ 𝑁𝑔 = 11,25 ∗ 16 = 𝟏𝟖𝟎 → 𝒓𝒈 = 𝟗𝟎 𝒎𝒎
𝐶 = 𝑟𝑝 + 𝑟𝑔 → 𝐶 = 360 + 90 = 𝟒𝟓𝟎 𝒎𝒎
Os parâmetros geométricos calculados por meio desta seção, são encontrados por
meio do passo diametral. Pela Tabela 12-1 do Norton, encontra-se as seguintes variáveis:
Passo diametral
25,4 25,4 𝟏
𝑃𝑑 = = = 𝟐, 𝟐𝟔
𝑚 11,25 𝒊𝒏
Adendo
1 1
𝑎= = = 𝟎, 𝟒𝟒 𝒊𝒏
𝑃𝑑 2,26
Dedendo
1,25 1,25
𝑏= = = 𝟎, 𝟓𝟓 𝒊𝒏
𝑃𝑑 2,26
Profundidade de trabalho
2
ℎ𝑡𝑟𝑎𝑏 = = 𝟎, 𝟖𝟖 𝒊𝒏
𝑃𝑑
Profundidade total
ℎ𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑎 + 𝑏 = 0,44 + 0,55 = 𝟎, 𝟗𝟗 𝒊𝒏
Folga
𝑐 = 𝑏 − 𝑎 = 0,55 − 0,44 = 𝟎, 𝟏𝟏 𝒊𝒏
Comprimento da ação
2 2
𝑍 = √(𝑟𝑝 + 𝑎) − (𝑟𝑝 ∗ 𝑐𝑜𝑠∅)² + √(𝑟𝑔 + 𝑎) − (𝑟𝑔 ∗ 𝑐𝑜𝑠∅)² − 𝐶 ∗ 𝑠𝑒𝑛∅
− 450 ∗ 𝑠𝑒𝑛20
𝒁 = 𝟐, 𝟏𝟏
Razão de contato
𝑃𝑑 ∗ 𝑍
𝑚𝑝 =
𝜋 ∗ 𝑐𝑜𝑠(∅)
2,26 ∗ 2,11
𝑚𝑝 = = 𝟏, 𝟔𝟐
𝜋 ∗ 𝑐𝑜𝑠(20)
Como pode-se perceber, a razão de contato está dentro da margem indicada pelo
Norton, ou seja, entre 1 e 2, onde são comuns e, irá ocorrer momentos durante o
engrenamento em que um par de dentes estará recendo toda a carga. Porém, ultrapassou
a margem de razão de contato mínima preferível que é de 1,4.
Razão de engrenamento
A razão de engrenamento é facilmente encontrada pelo número de dentes no pinhão
e na engrenagem usando a Equação 12.5b.
𝑁𝑔 16
𝑚𝑔 = = → 𝒎𝒈 = 𝟎, 𝟐𝟓
𝑁𝑝 64
4. CÁLCULO DOS ESFORÇOS NOS DENTES DAS ENGRENAGENS
O torque no eixo do pinhão pode ser calculado pela Equação 10.1 do Norton 4ª
Ed. da seguinte forma:
𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎
𝑇𝑝 =
𝜔𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎
𝑁∙𝑚
745,7
10 ℎ𝑝 ∙ ( 𝑠 ⁄ )
ℎ𝑝
𝑇𝑝 =
𝑟𝑎𝑑
(2 ∙ 𝜋/60)
18897,6 𝑟𝑝𝑚 ∙ [ 𝑠⁄
𝑟𝑝𝑚]
𝑻𝒑 = 𝟑, 𝟕𝟕 𝑵 ∙ 𝒎
𝑇𝑠 = 𝑚𝑔 ∙ 𝑇𝑃
𝑇𝑠 = 0,25 ∙ 3,77 → 𝑻𝒔 = 𝟎, 𝟗𝟒 𝑵 ∙ 𝒎
𝑇𝑝
𝐹𝑡 =
𝑟𝑝
3,77
𝐹𝑡 = → 𝑭𝒕 = 𝟏𝟎, 𝟒𝟕 𝑵
0,36
𝐹𝑟 = 𝐹𝑡 ∙ tan(∅)
𝐹𝑟 = 10,47 ∙ tan(20) → 𝑭𝒓 = 𝟑, 𝟖𝟏 𝑵
𝐹𝑡
𝐹𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 =
cos(∅)
10,47
𝐹𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = → 𝑭𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝟏𝟏, 𝟏𝟒𝑵
cos(20)
Para o cálculo do fator dinâmico foi considerado um limite médio, para o intervalo
do índice de qualidade do projeto, garantindo que não seja um projeto muito conservativo
ou muito superdimensionado. Desta forma, adotou-se um valor de 𝑄𝑣 = 8.
2
(12 − 𝑄𝑣 )3
𝐵=
4
𝐴 = 50 + 56 ∙ (1 − 𝐵)
2
(12 − 8)3 𝑨 = 𝟕𝟎, 𝟕𝟐
𝐵= → 𝑩 = 𝟎, 𝟔𝟑𝟎
4
𝐵
𝐴
𝐾𝑣 = ( )
𝑑𝑝 𝐴 + √200 ∙ 𝑉𝑡
𝑉𝑡 = ∙ 𝜔𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 0,63
2 70,72
𝐾𝑣 = ( )
0,72 70,72 + √200 ∙ 113,4
𝑉𝑡 = ∙ 18897,6
2
𝑽𝒕 = 𝟏𝟏𝟑, 𝟒𝒎/𝒔
𝑲𝒗 = 𝟎, 𝟒𝟗
Por meio da Tabela 12-16 e utilizando o valor mínimo recomendado para a largura
de face do dente da engrenagem, foi possível obter o fator de distribuição de carga através
do método de interpolação.
8
𝐿= = 89,92 𝑚𝑚
𝑃𝑑
𝐾𝑚 = 1,64
Sabendo que a fonte de potência do ampliador de rotação é um gerador elétrico, o
fator de aplicação de carga pode ser encontrado na Tabela 12-17. Diante do ambiente de
trabalho do gerador elétrico, é necessário escolher o coeficiente de choque severo, devido
aos ventos fortes responsáveis pelo movimento rotativo das pás eólicas.
𝐾𝑎 = 1,75
𝐾𝑠 = 1
𝐾𝐵 = 1
O fator de ciclo de carga será 1 pois é considerado que nenhuma engrenagem está
livre na transmissão.
𝐾𝑙 = 1
𝑊𝑡 ∙ 𝑃𝑑 𝐾𝑎 ∙ 𝐾𝑚
𝜎𝑏,𝑝 = ∙ ∙ 𝐾𝑠 ∙ 𝐾𝑏 ∙ 𝐾𝑙
𝐿 ∙ 𝐽𝑔 𝐾𝑣
𝑑𝑝 1 + 𝑥𝑝 2 𝑑𝑝 2
𝜋
ρ 𝑝 = √( + ) − ( ∙ 𝑐𝑜𝑠∅) − ∗ 𝑐𝑜𝑠(𝜙)𝜌𝑝
2 𝑃𝑑 2 𝑃𝑑
720 1 + 0 2 720 2
𝜋
𝜌 𝑝 = √( + ) −( ∙ 𝑐𝑜𝑠20) − ∗ 𝑐𝑜𝑠(20°)
2 2,26 2 1 𝑖𝑛
2,26 𝑖𝑛 ∗ ( )
25,4 𝑚𝑚
𝛒 𝒑 = 𝟖𝟗, 𝟗𝟓 𝒎𝒎
ρ 𝑔 = 𝐶 ∙ 𝑠𝑒𝑛 (∅) − ρ 𝑝
Para realizar a fabricação das engrenagens, foi selecionado o aço SAE 8620, pois
é um material que possui boas características mecânicas, o produto tem excelente
relação de custo-benefício, devido à alta durabilidade, bem como a resistência contra
choques mecânicos, fraturas, variações de temperatura, umidade e processos de
corrosão, além de ser um aço indicado para fabricação de engrenagens.
1
𝐶𝑝 =
√ 2
1 − 𝑉𝑝 1 − 𝑉𝑔 2
𝜋 ∙ [( 𝐸 ) + ( 𝐸 )]
𝑝 𝑔
1
𝐶𝑝 = → 𝑪𝒑 = 𝟏𝟗𝟎
√ 1 − 0,272 1 − 0,272
3,14 ∙ [( 210000 ) + ( 210000 )]
𝐶𝑓 = 1
𝐶𝑎 = 𝐾𝑎 𝐶𝑚 = 𝐾𝑚 𝐶𝑣 = 𝐾𝑣 𝐶𝑠 = 𝐾𝑠
Tensões de crateração superficial nos dentes do pinhão e da engrenagem
𝐹𝑡 𝐶𝑎 ∙ 𝐶𝑚
𝜎𝑐,𝑝 = 𝐶𝑝 ∙ √ ∙ ∙ 𝐶𝑠 ∙ 𝐶𝑓
𝐿 ∙ 𝐼 ∙ 𝑑𝑝 𝐶𝑣
𝐹𝑡 𝐶𝑎 ∙ 𝐶𝑚
𝜎𝑐,𝑔 = 𝐶𝑝 ∙ √ ∙ ∙ 𝐶𝑠 ∙ 𝐶𝑓
𝐿 ∙ 𝐼 ∙ 𝑑𝑔 𝐶𝑣
De acordo com o projeto, a máquina deve ter uma vida mínima de 15 anos. Para
que essa condição seja possível, foram feitas algumas considerações pelo fabricante da
mesma. A máquina irá trabalhar durante um turno de 12 horas, durante 365 dias.
60 𝑚𝑖𝑛 4380 ℎ
𝑁 = 18897,63 ∙ ( )∙ ( ) ∙ (15 𝑎𝑛𝑜𝑠) ∙ (1 𝑡𝑢𝑟𝑛𝑜)
ℎ 𝑡𝑢𝑟𝑛𝑜 ∙ 𝑎𝑛𝑜
𝑵 = 𝟕, 𝟒𝟓𝒙𝟏𝟎𝟏𝟎
Fator de confiabilidade
Por meio da Tabela 12-19, pode ser definido o fator de confiabilidade do projeto,
no qual adotou-se uma confiabilidade de 99%, afim de manter os critérios
conservativos utilizados anteriormente e para reduzir os custos, já que quanto maior
a confiabilidade maior será os custos do mesmo.
𝑲𝑹 = 𝟏
Sabendo que as engrenagens foram fabricadas com ao aço SAE 8620, de forma
que foi adotado grau 1, afim de manter o critério. Desta forma a dureza Brinell é de
341 HB. Utilizando a Figura 12-25, foi possível calcular a resistência a fadiga à
flexão. Vale salientar, que o eixo projetado por meio do Autodesck inventor, também
foi fabricado do aço SAE 8620.
𝑆𝑓𝑏 = −274 + 167 ∙ 𝐻𝐵 − 0,152 ∙ 𝐻𝐵²
𝑆𝑓𝑏 = −274 + 167 ∙ 341 − 0,152 ∙ 341²
𝑺𝒇𝒃′ = 𝟐𝟔𝟖, 𝟖𝟖 𝑴𝑷𝒂
Logo a resistência à fadiga de flexão corrigida será:
𝐾𝐿
𝑆𝑓𝑏,𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 = ∙𝑆
𝐾𝑇 ∙ 𝐾𝑅 𝑓𝑏
0,87
𝑆𝑓𝑏,𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 = ∙ 268,88
1∙1
𝐶𝐿 = 1,4488 ∙ 𝑁𝑣𝑖𝑑𝑎
𝐶𝐿 = 1,4488 ∙ (7,45 × 1010 )−0,023
𝐶𝐿 =0,81
𝐶𝐻 = 1 + 𝐴 ∙ (𝑚𝐺 − 1) 𝐻𝐵𝑝
Se 1,2 então A=0
𝐻𝐵𝑔
𝐶𝐻 = 1 + 0 ∙ (𝑚𝐺 − 1) → 𝑪𝑯 = 𝟏
Fatores
𝐶𝑇 = 𝐾𝑇 𝐶𝑅 = 𝐾𝑅
Para encontrar a resistência à fadiga superficial corrigida, se faz uso da Figura 12-
27 do Norton. Sabendo que o material utilizado foi o aço SAE 8620 de grau dois, tem-
se:
𝐶𝐿 ∙ 𝐶ℎ
𝑆𝑓𝑐,𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 = ∙𝑆
𝐶𝑇 ∙ 𝐶𝑅 𝑓𝑐
0,81 ∙ 1
𝑆𝑓𝑐,𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 = ∙ 948,08
1∙1
NORTON, Robert L. Projeto de máquinas. 4. ed. São Paulo: Techbooks, 2013. 1055
p.