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Bomba:
Vazão necessária (𝑄): 50 𝐿/𝑠
Jornada de trabalho diária (𝑇): 8 ℎ
Tubulação:
Material adotado para a tubulação: PVC
Coeficiente de Hazen-Williams (𝐶): 145
Altura geométrica de sucção (𝐻𝑆 ): 5 𝑚
Altura geométrica de recalque (𝐻𝑅 ): 40 𝑚
Sucção:
Comprimento da tubulação de sucção (𝐿𝑆 ) : = 10,0 𝑚
Peças especiais: 1 Válvula de pé e crivo; 1 curva de 90°; 1 redução excêntrica
Recalque:
Comprimento da tubulação de recalque (𝐿𝑅 ) ∶ 300 𝑚
Peças especiais: 2 curvas de 45°; 2 curvas de 90°; 1 válvula de gaveta; 1 válvula de retenção;
1 saída livre; 1 ampliação concêntrica.
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1. Cálculo dos diâmetros das tubulações de sucção e de recalque
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2. Cálculo da altura manométrica da instalação
𝐿𝑉𝑆 = 𝐿𝑆 + ∑ 𝑛 ∙ 𝐷𝑆 (3)
𝐿𝑉𝑅 = 𝐿𝑅 + ∑ 𝑛 ∙ 𝐷𝑅 (4)
Tabela 01 – Diâmetros equivalentes das peças especiais das tubulações de sucção e recalque
Tipo da Peça Nº de diâmetros
curva de 90°; 30
redução excêntrica 6
curvas de 45° 15
válvula de gaveta 8
saída livre 35
ampliação concêntrica 12
De posse dos valores de 𝐿𝑉𝑆 e 𝐿𝑉𝑅 , foram calculadas as perdas de carga total de sucção (ℎ 𝑇𝑆 )
e de recalque (ℎ 𝑇𝑅 ) através da equação de Hazen-Williams (5 e 6):
𝑄 1,852 𝐿𝑉𝑆
ℎ 𝑇𝑆 = 10,646 ( ) ( 4,87 ) (5)
𝐶 𝐷𝑆
𝑄 1,852 𝐿𝑉𝑅
ℎ 𝑇𝑅 = 10,646 ( ) ( 4,87 ) (6)
𝐶 𝐷𝑅
onde 𝐶 é coeficiente de Hazen-Williams de acordo com o material da tubulação, que neste caso é
PVC, e vale 145. Obteve-se ℎ 𝑇𝑆 = 0,287 𝑚𝑐𝑎 e ℎ 𝑇𝑅 = 3,644 𝑚𝑐𝑎.
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Sabe-se que a altura geométrica total (𝐻𝐺 ) corresponde à soma das alturas geométricas de
sucção e de recalque (7):
𝐻𝐺 = 𝐻𝑆 + 𝐻𝑅 (7)
onde 𝐻𝑆 = 5 𝑚 e 𝐻𝑅 = 40 𝑚.
A partir da equação (7) chegou-se a 𝐻𝐺 = 45 𝑚.
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3. Seleção da bomba mais adequada, identificando suas principais características
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Utilizando o gráfico de especificações deste modelo (Figura 02), chegou-se a um diâmetro do
rotor de 334 𝑚𝑚 (curva imediatamente superior ao diâmetro encontrado) e, por interpolação, a um
rendimento (𝜂) de 76,8 %.
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Rotação de 3500 rpm:
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Utilizando o gráfico de especificações deste modelo (Figura 04), chegou-se a um diâmetro do
rotor de 174 𝑚𝑚 (curva imediatamente superior ao diâmetro encontrado) e, por interpolação, a um
rendimento (𝜂) de 78,8 %.
Foi escolhido o modelo de bomba MegaCPK 80-160 (3500 rpm), uma vez que o mesmo
apresentou um rendimento superior em relação ao modelo MegaCPK 80-315 (1750 rpm).
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4. Cálculo da potência do motor elétrico
4.1. Considerando que a curva característica da bomba selecionada não será alterada
No cálculo da potência do motor, como o diâmetro do rotor adotado foi superior ao diâmetro
do ponto de projeto, fez-se necessário calcular um novo ponto de funcionamento da bomba, afim de
que o motor não viesse a trabalhar sobrecarregado. Este ponto de funcionamento encontra-se na
interseção entre a curva característica da tubulação e a curva característica da bomba. Sendo assim, foi
preciso construir a curva característica da tubulação, já tendo em posse o catálogo com a curva
característica da bomba.
De posse do valor de 𝐾′, arbitraram-se valores para vazões na Equação (9) a fim de se obter as
alturas manométricas correspondentes e traçar a curva característica da tubulação. Os valores obtidos
encontram-se na Tabela 02.
170 48,59
180 49,00
190 49,42
200 49,86
210 50,32
220 50,79
230 51,29
240 51,81
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Utilizando os dados da Tabela 02, foi construído o gráfico 𝑄 × 𝐻𝑚 (Figura 05).
Deu-se a partir da análise do gráfico, que a vazão e altura manométrica do novo ponto de
funcionamento da bomba são 𝑄 = 197,5 𝑚³/ℎ e 𝐻𝑚 = 49,75 𝑚.
Voltando à curva característica da bomba escolhida (Figura 04), agora utilizando o novo
ponto de funcionamento, chegou-se por interpolação a um novo rendimento (𝜂) de 81,5 %. Os valores
de projeto da rotação e diâmetro do rotor foram preservados.
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Acrescentou-se ao valor da potência uma margem de segurança de 10%, estabelecida por
norma, de acordo com a Tabela 03, obtendo-se 𝑃𝑜𝑡 = 49,24 𝑐𝑣. O valor da potência final obtido foi
de 50 𝑐𝑣 (valor comercial imediatamente superior de acordo com o Quadro 01).
Tabela 03 – Margem de segurança recomendada de acordo com a potência exigida pela bomba
Margem de segurança
Potência exigida pela bomba (cv)
recomendada (%)
Até 2 cv 50%
De 2 a 5 cv 30%
De 5 a 10 cv 20%
De 10 a 20 cv 15%
Acima de 20 cv 10%
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Tabela 04 – Valores de vazões arbitrados e suas alturas manométricas correspondentes
Vazão Q2 (m³/h) Altura Manométrica H2 (m)
170 43,7
180 49,0
190 54,6
200 60,5
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5. Verificação quanto à possíveis problema de cavitação para o novo ponto de funcionamento
Encontrado o ponto de funcionamento, foi feita a verificação quanto aos possíveis problemas
de cavitação que o sistema poderia vir a enfrentar. Para isso, foi necessário um estudo sobre o NPSH
(Net Positive Suction Head) requerido pela bomba e o NPSH disponível de acordo com o projeto.
O NPSH requerido (𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟 ) pôde ser encontrado através da análise do gráfico disponível no
catálogo do fabricante conforme apresentado na Figura 07.
𝑝𝑎𝑡𝑚
onde 𝛾
é a carga de pressão atmosférica e vale 8,44 𝑚, 𝐻𝑠 é a altura geométrica de sucção e vale
𝑝𝑣
5 𝑚, 𝛾
é a carga de pressão de vapor e vale 0,238 𝑚 e ℎ 𝑇𝑆 é a perda de carga total da linha de
Para o cálculo da carga de pressão atmosférica, utilizou-se a Equação (14), e para a perda de
carga total na linha de sucção, a Equação (5). Para a carga de pressão de vapor, fez-se uso da Tabela
05 dispondo do valor da temperatura 𝑇 = 20℃. Sendo os valores utilizados: altitude (𝐴𝑙𝑡=1300 m),
peso específico da água (𝛾 = 1000 𝑘𝑔𝑓/𝑚2 ), pressão de vapor (𝑝𝑣 = 0,0238 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚2 ) e a vazão do
ponto de funcionamento (𝑄 = 197,5 𝑚³/ℎ).
𝑝𝑎𝑡𝑚
= 10 − 0,0012 ∙ 𝐴𝑙𝑡 (14)
𝛾
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Tabela 05 – Pressão de vapor da água de acordo com a temperatura
Temperatura (ºC) Pressão de vapor (kgf/cm²)
15 0,0174
20 0,0238
25 0,0322
30 0,0429
35 0,0572
40 0,0750
Uma medida a ser tomada para contornar este problema seria tornar a linha de sucção o mais
curta e reta possível. Se o processo de cavitação persistisse, outra bomba deveria ser selecionada, visto
que a cavitação é um problema grave e pode vir à danificar as paredes e carcaça do rotor.
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6. Ponto de funcionamento de duas bombas idênticas operando em paralelo
Para duas bombas operando em paralelo, as vazões se somam para uma mesma altura
manométrica. No caso de duas bombas idênticas, as vazões dobram. Assim, utilizando os dados da
Tabela 06, obtiveram-se alguns pontos da curva característica da associação em paralelo, dispostos na
Tabela 07.
Tabela 07 – Vazão e altura manométrica de alguns pontos da curva
característica da associação em paralelo
𝑸 (𝒎³/𝒉) 260 320 380 440 500 560 620
𝑯𝒎 (𝒎) 55,0 53,0 50,5 48,0 45,0 41,5 38,0
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7. Ponto de funcionamento de duas bombas idênticas operando em série
Para duas bombas operando em série, as alturas manométricas se somam para uma mesma
vazão. No caso de duas bombas idênticas, as alturas manométricas dobram. Assim, utilizando
novamente os dados da Tabela 06, obtiveram-se alguns pontos da curva característica da associação
em série de duas bombas idênticas à escolhida. Estes dados se encontram disponíveis na Tabela 08.
Assim, para ser associada à bomba do projeto, foi escolhida uma bomba de mesmo modelo,
porém com um diâmetro de rotor diferente: 153 𝑚𝑚.
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Para a construção do gráfico da curva característica desta nova bomba, foram utilizados os
pontos contidos na Tabela 09. E para o gráfico da associação em série, foram somados os valores da
altura manométrica das duas bombas e mantidos os valores das vazões, como mostrado na Tabela 10.
Utilizando os dados da Tabela 06, Tabela 09 e Tabela 10, foram construídas as curvas
características das bombas e da associação em série. Elas se encontram, juntamente com a curva
característica do sistema, na Figura 11.
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O ponto de funcionamento da associação em série se encontra na interseção da curva
característica da associação com a do sistema. Sendo assim, de acordo com a análise do gráfico, temos
na associação:
𝑄 = 303 𝑚³/ℎ e 𝐻𝑚 = 55,5 𝑚.
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