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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

INDUSTRIAIS –
ELETROTÉCNICA
AULA 1

Prof. Samuel Polato Ribas


CONVERSA INICIAL

Nesta disciplina serão estudadas as instalações elétricas aplicadas a


indústrias. Quando se trata destas, há muitas particularidades que as diferem de
instalações elétricas residenciais e industriais. Sendo assim, é necessário
realizar um estudo específico para este tipo de instalações. Nesta aula será feita
uma introdução sobre as instalações elétricas industriais e suas características
gerais.
Além disso, serão estudados os diferentes tipos de cargas encontradas
em ambientes industriais, o comportamento que apresentam e como afetam a
instalação como um todo. Também serão apresentados os tipos de subestações
utilizadas em indústrias de pequeno e grande porte. Junto desde assunto,
veremos os tipos de entradas de energia e os níveis de tensão utilizados na
indústria, desde a entrada de energia até a alimentação das cargas.
As indústrias são um ambiente totalmente diferente de residências e
comércios. Assim, tanto para quem não convive com este ambiente no dia a dia
quanto para pessoas já habituadas, é preciso tomar certos cuidados com
segurança e procedimentos.
Sempre que se remete à segurança, a eletricidade é um tema a ser
abordado. Especialmente em ambientes industriais, nos quais as características
elétricas são diferentes das habituais, o cuidado deve ser redobrado. Níveis de
tensões diferentes, equipamentos diferentes, instrumentos diferentes e,
portanto, cuidados diferentes.
Por isso, é imprescindível saber como é uma instalação elétrica industrial,
desde a sua entrada de energia até suas cargas. Com estes conhecimentos, é
possível começar a compreender como uma instalação elétrica industrial
funciona e, a partir deste momento, estudá-la mais profundamente.
Mesmo com o grande número de indústrias, sempre há a necessidade
profissionais qualificados para desenvolver atividades relacionadas à
eletricidade. Mesmo profissionais qualificados e com larga experiência na área
devem estar relembrando e aprendendo sobre instalações elétricas industriais.
A demanda por estes profissionais sempre existiu e a tendência é que
aumente à medida que a industrialização aumenta. Além disso, o
desenvolvimento de novas tecnologias, principalmente ligadas à automação de
processos e à introdução de sistemas eletrônicos, não exime o profissional de
conhecer as características elétricas da instalação como um todo.

TEMA 1 – CARACTERÍSTICAS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS

As características específicas de uma instalação elétrica industrial estão


presentes desde o projeto até a finalização da instalação. A partir de agora, este
tema será divido em partes, para que seja possível uma melhor compreensão de
tais características.

1.1 Projeto

O projeto de instalações elétricas industriais se diferencia dos demais


tipos de instalação desde a fase de elaboração dos desenhos até a execução.
Assim como projetos de instalações elétricas residências e comercias, os
projetos elétricos industriais têm uma planta de situação, que a posiciona no
contexto urbano, e a planta baixa.
Entretanto, também é necessário apresentar a planta baixa com a
disposição das máquinas posicionadas em suas localizações reais na indústria.
Esta planta deve conter também a posição dos motores elétricos e dos painéis
elétricos de força e comando para o acionamento dos motores e demais
equipamentos.
Estes detalhes são importantes para a qualidade do projeto, pois
fornecem ao projetista da parte elétrica a possibilidade de prever dificuldades na
execução, de maneira a contorná-las ao realizar o projeto elétrico. Além disso, o
detalhamento do posicionamento das máquinas possibilita que seja prevista a
flexibilidade da fábrica, que é a capacidade de mudanças de layout sem
prejudicar a instalação de máquinas e equipamentos.
Com esta planta, também é possível verificar a acessibilidade a máquinas,
equipamentos e painéis elétricos. Pois, em caso de paradas de linhas de
produção para manutenção, ou para a execução de manutenções corretivas,
deve-se ter acesso aos painéis elétricos para realizar a desenergização
programada ou de emergência.
Como as instalações elétricas estão, quase sempre, ligadas diretamente
a processos produtivos da empresa, o projeto elétrico deve garantir a

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confiabilidade dos sistemas elétricos e a continuidade do processo produtivo, por
meio da prevenção de falhas que possam ocasionar sua parada.

1.2 Normas

As instalações elétricas industriais devem seguir normas específicas. A


NBR 5410 é a norma utilizada para instalações elétricas de baixa tensão.
Embora seja mais utilizada para instalações industriais, também é utilizada para
instalações industriais, por exemplo, a norma NBR 14039, para instalações
elétricas entre 1 e 36 kV. Também podemos citar a norma NB 5419, destinada à
proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Perceba que esta última
norma citada não se aplica a instalações residências e comerciais, mesmo
estando sujeitas a descargas atmosféricas.

1.3 Fornecimento de energia

O fornecimento de energia também é uma característica peculiar para


instalações industriais. Para o fornecimento de energia elétrica adequado, a
concessionária deve ter pleno conhecimento da carga instalada na indústria, a
fim de disponibilizar a estrutura necessária para o fornecimento de energia.
Outro ponto característico de instalações industriais é que a tensão de
fornecimento pode mudar de acordo com a potência instalada. Isso também
ocorre em instalações residenciais e comerciais, mas a variação é menor. Em
instalações elétricas industriais, essa variação é maior.
Este item será estudado em detalhes no tema 2 desta aula.

1.4 Características das cargas

No tema 4, serão estudadas as cargas industriais. Por hora, basta saber


que uma das características de instalações elétricas industriais é a singularidade
de suas cargas. Instalações elétricas de residências, assim como as comercias,
variam em potência, mas não no tipo de carga. Duas residências diferentes,
obviamente, apresentam particularidades específicas, mas a grande maioria das
cargas é muito parecida, por exemplo, chuveiro, televisores, computadores,
geladeiras e eletrodomésticos de maneira geral. Portanto, a concessionária de
energia já pressupõe o tipo de carga que será conectado ao seu sistema elétrico.

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No caso de instalações elétricas industriais, a maioria das cargas é
composta de motores elétricos, porém, como há indústrias de ramos diferentes,
pode haver cargas com características diferentes, com grande potência, o que
muda o tipo de fornecimento que deve ser feito a cada uma delas.

1.5 Questões ambientais

A questão ambiental para indústrias é bastante relevante. Muitas


industriais estão ligadas a grandes marcas nacionais e internacionais, que
devem passar uma imagem de empresas preocupadas com a preservação do
meio ambiente. Por este motivo, as indústrias devem dispor de ferramentas e
meios viáveis para a diminuição, ou até mesmo a eliminação, de resíduos
gerados pelo processo produtivo.
Esta questão ambiental acaba passando também pela instalação elétrica,
pois grande parte dos dispositivos elétricos utilizados na indústria é
eletromecânico e eletrônico. Tais dispositivos devem ser descartados de
maneira correta a partir do momento em que forem descartados.
Um exemplo de indústria diretamente ligado a questões ambientais é a de
geração de energia. Usinas hidrelétricas inundam grandes áreas para
construção de barragens, usinas nucleares têm a preocupação de destinar
corretamente o lixo nuclear gerado, empresas que investem em energia
fotovoltaica e eólica também. Em especial, as empresas de produção de energia
eólica devem se preocupar com a poluição visual, com o trajeto de aves
migratórias, entre outros fatores.
Perceba que tais questões não se aplicam a estruturas e instalações
residências, por exemplo. Obviamente, deve haver a preocupação com o meio
ambiente, mas a forma como consumidores residenciais impactam o meio
ambiente no que diz respeito ao descarte de materiais utilizados na instalação
elétrica é muito menos significativo em relação aos consumidores residências.

1.6 Tarifação de energia

Outra característica específica de indústrias é a questão da tarifação de


energia elétrica.

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Para consumidores residenciais e comerciais, a tarifação da energia
consumida é baseada apenas no consumo de energia dado em kilowatts-hora
(kWh). Esta categoria de atendimento é referente ao Grupo B.
Consumidores industriais se enquadram no Grupo A. Neste grupo, a
tarifação de energia é baseada na demanda de energia e no consumo. Neste
grupo, existe a tarifação convencional e a tarifação horo-sazonal, que se divide
em horo-sazonal verde e horo-sazonal azul.
Os consumidores industriais que fazem parte do Grupo A estão sujeitos a
seguir regras específicas para estes grupos tarifários, sob pena de receberem
elevadas multas caso as regras sejam descumpridas.
Tais regras não se aplicam a consumidores residenciais do Grupo B, que
pagam apenas o consumo energético sem restrição de consumo ou de variação
do valor de energia em função do horário em que é consumida, como ocorre nos
sistemas horo-sazonais do Grupo A.

1.7 Fator de potência

O fator de potência é outra característica de instalações industriais. Em


instalações industriais, o fator de potência como um todo não pode ser inferior a
0,92, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Caso o
fator de potência da instalação seja menor do que 0,92 indutivos, haverá a
aplicação de multas. Isso não ocorre em instalações elétricas residenciais, já
que, para estas, o fator de potência não importa para a concessionária de
energia.
Sendo assim, note que, pela análise realizada neste tema 1, é fácil
perceber que as instalações elétricas industriais apresentam características que
se diferem dos demais tipos de instalações. Das que foram citadas neste tema,
muitas delas serão estudadas em mais detalhes nos temas seguintes.

TEMA 2 – ENTRADAS DE ENERGIA EM INDÚSTRIAS

A entrada de energia de instalações elétricas industriais leva em


consideração diferentes aspectos em relação a entradas de energia de
instalações comerciais, prediais e residenciais. Para evidenciar a diferença,
tomando como base o estado do Paraná, em que a Companhia Paranaense de
Energia (Copel) é responsável por determinar as normas das instalações

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elétricas, em uma instalação elétrica residencial, basta determinar a demanda
de energia da instalação e, então, com base na categoria de atendimento, são
definidas as características da entrada de energia.
Entretanto, é evidente que há uma diferença extremamente grande entre
as instalações elétricas residências e industriais, sendo estas últimas muito mais
complexas que as primeiras.
Em instalações elétricas industriais, deve-se levar em consideração as
informações prestadas pela concessionária de energia local. As informações a
ser repassadas são:

 Garantia do fornecimento da carga necessária em condições satisfatórias;


 Nível de tensão disponibilizado na localidade onde está instalada a
indústria;
 Tipo de sistema de fornecimento;
 Possíveis restrições em relação à capacidade de fornecimento da
potência necessária;
 Capacidade de curto-circuito da instalação;
 Impedância equivalente no ponto de conexão.

Citados os parâmetros necessários, a seguir estudaremos cada um deles,


para que seja entendido o que significa cada um.

2.1 Fornecimento de carga

Por meio do conhecimento dos dados das cargas que existem na


instalação, a concessionária deve verificar se há estrutura suficiente para o
fornecimento de energia. Este levantamento de cargas é obtido diretamente com
o projetista responsável pela parte elétrica.
Como grande parte das cargas de indústrias é constituída de motores de
indução, é fácil obter os dados necessários, diretamente na placa de
identificação ou diretamente com o fornecedor dos equipamentos. A potência de
outros equipamentos também deve ser fornecida a fim de obter a totalidade da
potência da instalação.

2.2 Níveis de tensão disponibilizados

Os níveis de tensões industriais serão estudados em detalhes no tema 5


desta aula. No que diz respeito à entrada de energia, a concessionária deve
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informar onde estão os níveis de tensão disponíveis na região em que a indústria
estiver instalada, para que seja possível adequar a entrada de energia aos níveis
de tensão disponíveis.
Em casos extremos, a concessionária de energia deve disponibilizar a
estrutura para fornecer um nível de tensão adequada para atender a demanda
da instalação quando os níveis de tensão disponíveis forem inviáveis para a
potência instalada.

2.3 Sistema de fornecimento

Os sistemas de fornecimento são divididos em sistema primário de


fornecimento, sistema primário de distribuição interna e sistema secundário de
distribuição interna. Para a entrada de energia de indústrias, o que se aplica é o
sistema primário de fornecimento. O sistema primário de distribuição interna e o
sistema secundário de distribuição interna são destinados à alimentação interna
da indústria, por isso não serão estudados nesta parte da disciplina.
No sistema primário de fornecimento, há a seguinte subdivisão.

a. Sistema radial simples: sistema de alimentação mais simples de ser


instalado, com menor custo, além de ser o mais utilizado, porém
apresenta baixa confiabilidade no fornecimento de energia. Este sistema
tem uma ligação direta da linha da concessionária para a entrada de
energia da indústria. Dessa forma, quando há uma interrupção no circuito
de alimentação, há uma limitação de recursos no que diz respeito à
manobra deste circuito, o que acaba comprometendo o fornecimento de
energia, pois há apenas uma subestação que fornece energia para toda
a instalação. A Figura 1 apresenta um esquema de sistema radial simples
alimentando uma indústria.

Figura 1 – Sistema radial simples

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Fonte: Mamede, 2018.

Perceba que, na Figura 1, há uma única barra, portanto, se houver uma


falha no fornecimento de energia da subestação ou um defeito no circuito de
alimentação, isso se refletirá no circuito de distribuição que alimenta a indústria.

b. Sistema radial com recurso: neste tipo de sistema, o fornecimento de


energia pode ser feito por dois caminhos distintos, como mostrado na
Figura 2.

Figura 2 – Sistema radial com recurso

Fonte: Mamede, 2018.

Perceba, na Figura 2, que há duas barras de fornecimento, cada uma


delas representando uma subestação do sistema elétrico da concessionária, e
três chaves de manobra. A existência dessas chaves proporciona maiores
flexibilidade e confiabilidade ao sistema de fornecimento. Neste caso, a perda de
um circuito alimentador não caracteriza necessariamente a interrupção no
fornecimento de energia. Entretanto, a atuação de religadores automáticos pode
levar a curtas interrupções, dependendo do seu ajuste. Neste tipo de
configuração, o sistema pode ser configurado como um sistema radial em anel
aberto, ou um sistema radial seletivo, dependendo das configurações das
chaves.

2.4 Restrições na capacidade de fornecimento

Em algumas situações pode haver restrições na capacidade de


fornecimento de energia. Neste caso, a concessionária deve prover alterações
na estrutura da sua linha de transmissão a fim de proporcionar capacidade
suficiente para o fornecimento de energia adequado.

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2.5 Correntes de curto-circuito

Os níveis de corrente de curto-circuito devem ser conhecidos no ponto de


conexão com a concessionária de energia. Na entrada de energia, devem ser
conhecidos os seguintes valores de corrente de curto-circuito:

 Valor eficaz da corrente de curto-circuito trifásico simétrico;


 Valor máximo da corrente de curto-circuito fase-terra;
 Valor mínimo da corrente de curto-circuito fase-terra.

Deve-se também prever possíveis aumentos de carga na instalação, o


que proporciona novos valores de correntes de curto-circuito.
Em breve será mostrado como calcular e determinar as correntes de
curto-circuito de uma instalação elétrica industrial.

2.6 Impedância equivalente no ponto de conexão

Deve-se ter o conhecimento das impedâncias dos circuitos até o ponto da


entrada de energia. Isso é necessário devido ao fato de que todas as correntes
de curto-circuito devem ser calculadas, e o valor destas correntes influenciará no
valor da corrente de curto-circuito no ponto de conexão com a rede da
concessionária.
Para a determinação da impedância total do sistema, que equivale à
impedância da conexão entre a subestação da concessionária de energia até o
ponto de conexão com a subestação da indústria, devem ser levados em
consideração os seguintes valores fornecidos pela concessionária:

 Resistência de sequência positiva;


 Reatância de sequência positiva;
 Resistência de sequência zero;
 Reatância de sequência zero.

Com o conhecimento desses valores, é possível determinar a resistência


equivalente, a reatância equivalente e, consequentemente, a impedância
equivalente da conexão entre a rede da concessionária e a subestação da
entrada de energia.

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TEMA 3 – TIPOS DE SUBESTAÇÕES EM INDÚSTRIAS

As subestações são instalações destinadas a adaptar níveis de tensão,


para que possam ser utilizados para determinadas aplicações. Essa adaptação
de níveis de tensão pode ser feita de modo que a tensão seja rebaixada, no caso
de uma subestação abaixadora, ou pode ser elevada, no caso de uma
subestação elevadora. É possível, ainda, que uma subestação seja utilizada
apenas para redistribuição de energia. Antes de serem estudadas as
subestações para consumidores de alta e média tensão, é importante classificar
as subestações de acordo com a sua função.

a. Subestação central de transmissão: é aquela que recebe energia direta


da fonte geradora e eleva a tensão para níveis de transmissão.
b. Subestação receptora de transmissão: é aquela localizada próxima a
grandes centros de carga, e que recebe a energia da subestação central
de distribuição. Este tipo de subestação é utilizado para alimentar
cidades, por exemplo.
c. Subestação de subtransmissão: é aquela que recebe energia de uma
subestação receptora e disponibiliza circuitos alimentadores de
distribuição primários para as subestações de consumidores,
principalmente industriais.
d. Subestação de consumidor: é aquela que alimenta uma grande carga,
normalmente uma indústria, e recebe energia de da subestação receptora
de transmissão. Esta é a subestação que alimenta toda a instalação
industrial.

Na Figura 3, mostra-se como é feito o arranjo das subestações citadas,


desde a fonte geradora de energia até o consumidor final.

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Figura 3 – Arranjo de subestações central de distribuição, receptora de
transmissão, de subtransmissão e de consumidor

Fonte: Mamede, 2018.

Agora, falando especificamente de subestações de consumidores


industriais, elas podem ser de dois tipos: ao tempo ou abrigadas.
As subestações ao tempo, ou de instalação exterior, são as subestações
onde os equipamentos ficam expostos ao tempo, sem cobertura, e os
instrumentos de medição e monitoramento ficam em local abrigado. Podem ser
classificadas de duas maneiras.

3.1 Subestação de plano elevado

Os equipamentos expostos ao tempo, como transformadores, são fixados


em plataformas de concreto, e todas as partes vivas ficam em uma altura mínima
de 5 m, ou de 3,5 m, se houver proteção por tela metálica. Além disso, deve ser
respeitada a distância de 30 cm entre as partes vivas. As Figuras 4 e 5 mostram
a vista superior e a vista lateral, respectivamente, de uma subestação de plano
elevado.

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Figura 4 – Vista superior de uma subestação em plano elevado

Fonte: Mamede, 2018.

Figura 5 – Vista lateral de uma subestação em plano elevado

Fonte: Mamede, 2018.

Na Figura 6, é mostrada a vista transversal deste tipo de subestação.

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Figura 6 – Vista transversal de uma subestação em plano elevado

Fonte: Mamede, 2018.

Perceba que, nas Figuras 4, 5 e 6, há números que indicam informações


equipamentos e dispositivos da subestação. A seguir, o que representa cada
número.

1. Cabo de cobre isolado 8,7/15 kV, com isolação em EPR, seção


transversal de 35 mm2.
2. Eletroduto de PVC, Classe A, com diâmetro de 3”.
3. Terminação termocontrátil ou a frio, classe 15 kV, para cabo de cobre
com 35 mm2 de seção transversal.
4. Transformador de corrente para medição, classe 15 kV.
5. Transformador de potencial para medição, classe 15 kV.
6. Bucha de passagem, 15 kV/200 A, para uso interno/externo.
7. Chapa de passagem, 1500 x 500 mm x 1,8”.
8. Isolador de apoio para uso interno, classe 15 kV.
9. Disjuntor tripolar extraível, classe 15 kV, isolado a vácuo, com corrente
nominal de 630ª, com corrente de ruptura de 500 MVA com proteção de
sobrecorrente 50/51 e 50/51N, por meio de relés secundários de trip
capacitivo, transformador de corrente para proteção de 200-5 A, 10 B
100.
10. Barramento redondo de cobre nu, com diâmetro externo de 10 mm.

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11. Chave seccionadora tripolar de comando simultâneo, classe 15 kV, 200
A, com acionamento por mola carregada acoplada manualmente.
12. Fusível com alta capacidade de ruptura, classe 15 kV, 125 A, para
acionamento com chave seccionadora.
13. Mufla ou terminação termocontrátil, classe 15 kV, para cabo de 35 mm2
de seção transversal.
14. Chave seccionadora tripolar de comando simultâneo com acionamento
manual, classe 15 kV, 200 A, com manobra externa.
15. Transformador trifásico isolado a óleo mineral, com tensões nominais de
13800/13200/12600 – 380/220 V, com impedância percentual de 5,5%,
deslocamento angular de 30º, com o primário em triângulo e o
secundário em estrela aterrada.
16. Tudo de aço galvanizado de 3”.

Essas especificações são válidas para a subestação mostrada nas


Figuras 4, 5 e 6. Obviamente, tais especificações tendem a ser alteradas à
medida que se alteram parâmetros da instalação, por exemplo, potência e
tensões nominais.

3.2 Subestação no plano do solo

São as subestações onde os equipamentos são instalados em bases de


concreto a nível do solo, e os demais dispositivos são instalados em estruturas
elevadas, conforme se vê na Figura 7, que mostra a vista frontal de uma
subestação deste tipo. Esse tipo de subestação tem o fosso de coleta de óleo do
transformador posicionado sob ele e, por ter a capacidade de armazenamento
maior que o próprio tanque do transformador, é possível armazenar todo o óleo
em segurança, caso seja necessário.
Além disso, este tipo de subestação deve receber a uma tela metálica de
proteção para evitar a aproximação dos equipamentos, o que pode causar sérios
danos à saúde, em caso de acidentes. Também é viável realizar a proteção por
meio de muros de alvenaria. Este tipo de subestação pode se tornar inviável em
caso de instalação em áreas urbanas, em função do custo elevado. Em áreas
consideradas rurais, este tipo de subestação tende a ser mais viável, pois a área
de construção tem um preço de aquisição menor. Nos dois casos, os materiais

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devem ser adequados para uso externo, o que contribui para o aumento do custo
de instalação.

Figura 7 – Vista frontal de uma subestação no nível do solo, com ramal de ligação
aéreo

Fonte: Mamede, 2018.

Perceba que, como indicado na legenda da Figura 7, a entrada é feita por


um ramal de ligação aéreo. Entretanto, este ramal também pode ser subterrâneo,
como mostrado na Figura 8.

Figura 8 – Vista frontal de uma subestação no nível do solo, com ramal de ligação
subterrâneo

Fonte: Mamede, 2018.

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Perceba, ainda, na Figura 8, que a proteção é feita por meio de tela
metálica. Este tipo de subestação também pode ser considerado modular, já que
é dividida em módulos. No caso da Figura 8, tem-se quatro módulos, sendo os
dois primeiros da esquerda destinados aos transformadores, o terceiro contendo
o posto de proteção, e o quarto com o posto de medição. Na Figura 9, é mostrada
a vista superior desta subestação.

Figura 9 – Vista superior de uma subestação no nível do solo, com ramal de


ligação subterrâneo

Fonte: Mamede, 2018.

A partir deste ponto, serão abordadas as subestações de instalação


interior, ou seja, aquelas em que os equipamentos de potência e de medição são
abrigados ao tempo, por estruturas em alvenaria ou metálicas.
Este tipo de subestação normalmente é destinado a subestações de
menor potência em relação às subestações externas, por não ser viável a
construção de estruturas para transformadores de grande porte. Considere um
transformador de potência de 1 MVA, por exemplo. Este tipo de transformador
tem um tamanho físico muito grande, o que torna inviável sua cobertura. Além
disso, transformadores de grande porte, como este citado, costumam receber
tensões de 69 kV ou superiores. Em uma subestação coberta, ficaria inviável
chegar com condutores deste nível de tensão. Entretanto, não significa que isso
não seja possível.

a. Subestações em alvenaria: são as mais utilizadas, em função do custo


reduzido e da construção facilitada. Destinam-se a aplicações em que a
subestação se encontra próxima dos centros de carga. Este tipo de
subestações apresenta divisões em alvenaria, chamadas de cubículos,
em que cada um tem um transformador, conforme mostrado na Figura 10.

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Estes transformadores normalmente recebem tensão da subestação
principal, ligada diretamente à rede da concessionária.

Figura 10 – Cubículo de uma subestação em alvenaria

Fonte: Mamede, 2018.

Este tipo de subestação tem equipamentos de medição próprios,


localizados no posto de medição primária, aos quais apenas a concessionária
deve ter acesso.
O posto de medição primária é obrigatório quando a potência do
transformador for superior a 220 kVA e houver mais de um transformador na
subestação ou quando a tensão secundária do transformador for diferente de
uma das tensões padronizadas da concessionária. Obviamente, cada
concessionária estabelece regras para a maneira de instalação dos
equipamentos de medição e, em alguns casos, chega a fornecer tais
equipamentos para que a medição siga os padrões estabelecidos.
Outro aspecto que deve ser levado em consideração é o posto de
proteção primária. A proteção deve ser realizada por meio de disjuntores,

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fusíveis e seccionadoras, para manobra e proteção da instalação. A proteção no
lado de média tensão deve ser realizada por disjuntores acionados por relés
secundários, com as funções 50 e 51. No caso de potências inferiores a 300
kVA, a proteção pode ser realizada por disjuntores acionados por relés
secundários 50 51 ou por seccionadoras e fusíveis.
Neste tipo de subestação, existe também o posto de transformação, que
nada mais é do que o lugar destinado à instalação dos transformadores.
Independentemente da potência do transformador, recomenda-se sempre que
exista um recipiente adequado para a coleta do óleo dos transformadores em
caso de vazamento. As estruturas contendo o recipiente de óleo devem ser
construídas conforme a Figura 11.

Figura 11 – Sistema para coleta de óleo de transformadores

Fonte: Mamede, 2018.

Note que, na Figura 11, deve existir um declive mínimo entre o nível do
transformador e o recipiente de coleta de óleo para que o óleo consiga descer
até o coletor. Deve-se prever também barreiras corta-chamas para evitar a
chama chegue até o tanque acumulador. Na Figura 12, é apresentada outra
estrutura para sistema de coleta de óleo, onde é instalado um sifão que opera
como barreira corta-chama.

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Figura 12 – Sistema para coleta de óleo de transformadores com sifão

Fonte: Mamede, 2018.

As subestações em alvenaria podem ser alimentadas e apresentar ramal


de entrada subterrâneo ou aéreo. A entrada subterrânea é mostrada em detalhes
nas Figuras 8 e 9. Nestas figuras, é mostrada também a separação do posto de
medição, do posto de proteção e do posto de transformação, e sua localização
na subestação.
Na Figura 7, é mostrado como é a estrutura de uma subestação com
entrada ramal de entrada aéreo, onde também é possível visualizar a sua divisão
interna.

a. Subestação metálica: trata-se de uma subestação em invólucro metálico,


composta de módulos, portanto, trata-se de uma subestação modular. É
utilizada quando o espaço disponível é menor do que em relação às
subestações construídas em alvenaria, podendo ser de quatro tipos
distintos.

O primeiro tipo é a subestação com transformador com flanges laterais. É


construída com um transformador especial em que as buchas são fixadas na
lateral da carcaça e protegidas por uma flange acoplada aos módulos metálicos,
primário e secundário. A Figura 13 mostra uma subestação deste tipo.

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Figura 13 – Subestação metálica do tipo flange lateral

Fonte: Mamede, 2018.

Note, na Figura 13, que as flanges primárias e secundárias do


transformador estão acopladas às partes metálicas dos quadros de baixa tensão
e de alta-tensão. Estes quadros, que são dois módulos metálicos, podem ser
acoplados a outros módulos metálicos para aumentar o número de ramais de
saída do transformador.
O segundo tipo de subestação metálica é com transformador com flange
superior e lateral, conforme mostrado na Figura 14. Neste tipo de subestação, o
transformador é acoplado às estruturas metálicas por meio de duas caixas
flangeadas, uma na parte superior e outra na lateral. Perceba também que as
buchas do lado de alta-tensão ficam na parte superior do transformador,
enquanto as buchas do lado de baixa tensão localizam-se na lateral do
transformador.

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Figura 14 – Subestação metálica do tipo flange lateral e superior

Fonte: Mamede, 2018.

O terceiro tipo é a subestação com transformador enclausurado em posto


metálico em tela aramada. Nestas subestações, o transformador é colocado em
um invólucro metálico, com cobertura de chapa de aço. Uma subestação deste
tipo é mostrada nas Figuras 7 e 8.
O quarto e último tipo de subestação metálica são aqueles em que o
transformador e todos os outros equipamentos são enclausurados em invólucros
metálicos feitos com chapas de aço. Neste tipo de arranjo, há pequenas
aberturas nas chapas de aço utilizadas para formar o invólucro. A Figura 15
mostra a vista lateral deste tipo de subestação.

Figura 15 – Subestação metálica modular com chapas de aço

Fonte: Mamede, 2018.

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TEMA 4 – CARGAS INDUSTRIAIS

Uma indústria é composta de diferentes tipos de carga. Cada carga tem


características específicas que as difere umas das outras. Entretanto, isso não
impede que cargas diferentes tenham a mesma característica, surtindo efeitos
parecidos ou até idênticos na instalação.
As cargas podem ser divididas em três grandes grupos. Cargas resistivas,
indutivas e resistivas formam estes grupos. Em cada grupo estão as cargas que
os compõem.
Como exemplo de cargas industriais podemos citar sistemas de
iluminação, motores elétricos, fornos a arco, fornos a resistências, cargas
eletrônicas, máquinas de raio X industriais, e demais cargas, além daquelas
classificadas como cargas especiais. Além destas citadas, podemos, ainda, citar
as cargas específicas, que são as cargas utilizadas especificamente em um
projeto. Estas cargas devem ser previstas pelo projetista e devem ser inclusas
em todos os cálculos que envolvem as cargas.
Entre as cargas supracitadas, os motores elétricos trifásicos são
responsáveis por uma grande parte da carga total. Dentre os seus parâmetros,
alguns são bastante relevantes para a instalação industrial.
Um destes parâmetros é a potência do motor. Obviamente, este
parâmetro tem influência direta na carga instalada. Além disso, a instalação deve
estar preparada para o tipo de operação do motor. Por exemplo, se o motor vai
funcionar em regime contínuo ou regime intermitente. Outra característica do
motor que deve ser levada em consideração é o seu fator de potência. Este valor
vai influenciar diretamente na potência dos bancos de capacitores utilizados para
realizar a correção do fator de potência. O cálculo de bancos de capacitores será
estudado em detalhes posteriormente. Além disso, o rendimento do motor é um
parâmetro determinante, pois indicará a porcentagem da potência absorvida pelo
motor da fonte de alimentação, disponibilizada para o eixo do motor. Todos estes
parâmetros podem ser obtidos por meio da placa de identificação do motor, como
mostrado na Figura 16, ou diretamente com o fabricante pelo modelo do motor.
Agora, o mais importante de todos os parâmetros que foram citados é
que eles só serão válidos se o motor operar à plena carga, ou seja, com carga
nominal acoplada ao seu eixo. Como exemplo, suponha que existe um motor
instalado em uma indústria, com dados de placa, de 50 CV, com fator de potência

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de 0,88, e rendimento de 95%. Na prática, o motor só vai operar com fator de
potência de 0,88 e rendimento de 95%, se for alimentado com tensão e
frequência nominais e tiver acoplado ao seu eixo uma carga que exija os 50 CV
oferecidos para o motor. Por este motivo, todo motor elétrico deve operar o mais
próximo possível da sua potência nominal.

Figura 16 – Placa de identificação de um motor de indução trifásico

Fonte: Weg, S.d.

Deve-se ficar atento também ao tipo de acionamento do motor. Se ele for


acionado por uma partida eletrônica, como softstart ou inversor de frequência, o
fator de potência será influenciado por estes dispositivos.
A partir de agora, vamos falar de fornos à resistência. Por se tratar de um
elemento resistivo, o seu fator de potência é próximo da unidade, ou seja,
próximo de 1. Este tipo de resistência pode ser de fio helicoidal, de tubos ou
discos de cerâmica, de quartzo, por exemplo. Entre os cuidados que se deve
tomar com este tipo de carga está a conservação. Além disso, o tipo e material
utilizado é função da temperatura que o forno deve atingir. O tipo de resistência
mais utilizado é o de fio helicoidal. A Figura 17 apresenta um forno industrial com
resistências em funcionamento.

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Figura 17 – Resistências industriais em funcionamento

Fonte: Eletrothermo, S.d.

Na indústria também se encontram fornos à indução. Este tipo de forno


caracteriza-se pela indução de corrente partindo do princípio da indução
eletromagnética. Este tipo de forno é bastante utilizado para fundição de metal e
outros materiais inviáveis de serem derretidos por fornos a resistências. Este
princípio também é utilizado em máquinas utilizadas para substituição de
rolamentos de motores elétricos, em que o rolamento é aquecido para que dilate
e encaixe no eixo do motor. A Figura 18 apresenta um exemplo de máquinas
para aquecimento de rolamentos.
Vale ressaltar que, após todas as cargas serem instaladas na indústria, o
fator de potência total não pode ficar abaixo de 0,92 indutivos. Se isso ocorrer, a
instalação se torna passível de aplicações de multas pela concessionária. Por
isso, a atenção na escolha das cargas é fundamental para que se evitem
problemas de baixo rendimento e baixo fator de potência, fatores que podem
trazer prejuízos financeiros à empresa.

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Figura 18 – Máquina para aquecimento de rolamentos: exemplo de aquecimento
por indução

Fonte: Directindustry, S.d.

TEMA 5 – NÍVEIS DE TENSÃO INDUSTRIAIS

Na indústria, são utilizados níveis de tensão específicos para alguns


equipamentos. Deve-se levar em consideração que as indústrias têm uma parte
administrativa, que normalmente utiliza os mesmos níveis de tensão
residenciais.
Sendo assim, os transformadores existentes nas subestações das
indústrias devem disponibilizar todos os níveis de tensão necessários para o
funcionamento de equipamentos no “chão de fábrica”, bem como os
equipamentos da parte que concentra os setores administrativos.
Nosso estudo terá início com as tensões utilizadas para a entrada de
energia, ou seja, para ligação da rede da concessionária com a entrada da
subestação. Em indústria de grande porte, esta ligação é feita diretamente do
sistema de transmissão ou de subtransmissão da concessionária. Vale ressaltar
que estes níveis de tensão são padronizados em função da interligação do
sistema brasileiro. No sistema de transmissão trifásico, que engloba os sistemas
de transmissão e subtransmissão, estes níveis são de 750 kV, 500 kV, 440 kV,
345 kV, 230 kV, 138 kV e 69 kV.
Dentro do sistema de transmissão, ainda se encontra um bipolo de
corrente contínua de –600 kV e +600 kV, totalizando uma tensão de 1,2 MV.

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Entre estes valores, os níveis de subtransmissão são aqueles iguais ou
superiores a 69 kV, e inferiores a 230 kV. Consequentemente, os valores de kV,
500 kV, 440 kV, 345 kV e 230 kV são considerados valores de transmissão.
Abaixo dos valores de subtransmissão está o sistema da rede de
distribuição primária de 34,5 kV e 13,8 kV, e, abaixo deste sistema, os valores
de distribuição secundária, de 380/220 V e 220/127 V em tensões trifásicas, e
de 440/220 V e 254/127 V, em sistemas monofásicos.
Na indústria, a tensão de ligação das subestações é definida pela potência
da indústria. Em indústrias de grande porte, a tensão de alimentação pode variar
entre 138 kV e 69 kV. Para indústrias de meio e pequeno porte, as tensões de
alimentação normalmente são de 35,4 kV ou 13,8 kV. Obviamente, essas
tensões podem variar em função da disponibilidade da tensão na região onde a
indústria está localizada.
Das subestações, podem ser disponibilizadas diretamente as tensões
para alimentação dos equipamentos, ou a tensão que alimentará as subestações
menores, e destas, a tensão para os equipamentos.
Considerando a situação em que a tensão de entrada da subestação é
rebaixada e enviada para outras subestações menores, a tensão normalmente
é de 13,8 kV. Então, nestas subestações, são disponibilizadas as baixas tensões
para os equipamentos alimentados em baixa tensão.
Estes equipamentos, por sua vez, são alimentados em 660 V, 440 V, 380
V ou 220 V trifásicos. Dentre estas tensões, cada indústria adota a que seja mais
adequada, em função da tensão dos equipamentos utilizados.
Além disso, devem ser disponibilizadas as tensões utilizadas para a parte
administrativa, de 380/220 V ou 220/127 V.
Se a indústria tiver entrada em 13,8 kV, na maioria dos casos, a tensão é
diretamente rebaixada para os níveis de tensão para a utilização dos
equipamentos.
Vale ressaltar que na indústria não há nada que defina os níveis de tensão
a serem utilizados, cabendo a cada empresa essa decisão.

FINALIZANDO

Nesta aula foram abordadas as principais características das instalações


industriais, desde as características da entrada de energia, passando pelas
subestações, e chegando até as cargas utilizadas. Em todas as partes que
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compõem a instalação industrial, foram mencionados os níveis de tensão
utilizados, o que é indispensável para o bom entendimento das instalações
elétricas industriais.

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REFERÊNCIAS

MAMEDE FILHO, J. Instalações elétricas industriais: de acordo com a norma


brasileira NBR 5419/2015. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018.

CREDER, H. Instalações elétricas. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018.

NISKIER, J.; MACINTYRE, A. J. Instalações elétricas. 6. ed. Rio de Janeiro:


LTC, 2013.

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