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DE
POTÊNCIA
TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA
SUMÁRIO
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Tarifação
2.1. OBJETIVO.................................................................................................................. 5
2.2. INTRODUÇÃO............................................................................................................. 5
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Tarifação
2.10. CONCLUSÕES........................................................................................................... 34
2.11. BIBLIOGRAFIA......................................................................................................... 36
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Tarifação
2.1. OBJETIVO
Este trabalho tem como objetivo estudar o combate ao desperdício de energia em
transformadores de potência em sistemas elétricos sob dois enfoques o de projeto e o de
operação.
No enfoque projeto são apresentadas metodologias para escolher a transformação
trifásica de um sistema elétrico de forma a minimizar as perdas e o consumo de energia. No
enfoque operação é estudado a operação dos transformadores de potência visando definir
recomendações e ações para reduzir o consumo de energia elétrica da transformação em um
sistema elétrico.
2.2. INTRODUÇÃO
Os primeiros sistemas elétricos que surgiram no mundo foram em corrente contínua
para iluminação de grandes cidades, como Nova Iorque e Londres. Estes sistemas elétricos
tinham como inconveniente as perdas excessivas nos alimentadores cujas cargas eram
afastadas da geração. Como as tensões nominais dos geradores de corrente contínua eram
reduzidas, as perdas de energia nesses alimentadores, chegavam a ser tão elevadas, que
tinham a mesma ordem de grandeza da potência consumida pela carga. O aparecimento do
transformador de potência modificou a história dos sistemas elétricos, possibilitou transportar
energia elétrica em tensões mais elevadas e consequentemente obter menores perdas por
efeito Joule.
Como o transformador de potência está sempre presente na grande maioria dos sistemas
elétricos comerciais e industriais, o desempenho operacional de uma transformação tem
relevante importância em qualquer estudo de combate ao desperdício de energia elétrica.
Será demonstrado neste texto que como as principais grandezas elétricas dos
transformadores de potência são determinados pela carga alimentada, qualquer estudo
combate ao desperdício de energia elétrica numa transformação trifásica exige uma análise
detalhada do fator de carga e do fator de potência da instalação.
Antes de aprofundarmos no problema de combate ao desperdício de energia em
transformadores de potência, julgamos importante apresentar uma breve introdução sobre os
transformadores de potência incluindo detalhes construtivos, equações fundamentais e
circuito equivalente.
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Tarifação
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Tarifação
Isolamento em ar;
Isolamento em resina epoxi.
Naftênico;
Parafínico.
Ascarel;
Silicone.
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I1 I2
R1 jX1 jX2 R2
Io
V1 V2
jBm Gp
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Tarifação
()
()
onde:
()
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Tarifação
()
onde:
Bm - densidade de fluxo magnético máximo
V1 - tensão aplicada no enrolamento primário
A - seção transversal do núcleo magnético em cm2
f - freqüência elétrica ( 60 Hz )
N1 - número de espiras do enrolamento primário
Os transformadores de potência atualmente apresentam densidades de fluxo
magnético comumentes variando de 10.000 a 16.000 Gauss. Atualmente, novos materiais
estão sendo estudados como as ligas amorfas, onde valores típicos de densidade de fluxo
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Tarifação
variam de 20.000 a 25.000. A referência [4] estima que, as ligas amorfas deverão quando
estiverem sendo comercializadas reduzir as perdas do núcleo dos transformadores em torno
de 40% a 60% dos valores atualmente encontrados.
()
()
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Tarifação
2.4.4. REGULAÇÃO
()
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Tarifação
Através da equação (9) pode ser observado que quanto maior a regulação de um
transformador, maior a queda de tensão interna do transformador, isto é, maiores são as
resistências e reatâncias.
A regulação é significativamente influenciada pela carga, ela assume valores
positivos para cargas de natureza indutiva e pode assumir valores negativos para cargas de
natureza capacitiva. Uma regulação negativa significa tensões na carga mais elevadas que as
tensões aplicadas ao transformador e quanto maior esta carga maior será a regulação. Esta
situação pode ocorrer em sistemas elétricos comerciais onde em alguns casos os capacitores
permanecem em paralelo com uma carga bem menor que a nominal dos capacitores.
()
onde:
e
PC - perdas no cobre por fase
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Tarifação
I - corrente de excitação
()
onde:
f - freqüência em Hz
B - indução magnética
d - espessura da chapa em milímetro
Ks - constante que depende do tipo de material usado no núcleo
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()
onde:
f - freqüência em Hz
B - indução magnética
Ks - constante que depende do tipo de material usado no núcleo
()
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Tarifação
()
()
()
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inclui as perdas no ferro e nos elementos construtivos, causadas pelo fluxo mútuo e corrente
de excitação. Por conveniência, o lado de baixa tensão é usualmente tomado como primário
nesse ensaio. A queda de tensão na impedância de dispersão do primário produzida pela
pequena corrente de excitação, é inteiramente desprezível, de modo que a potência de entrada
seja aproximadamente igual a força eletromotriz. induzida pelo fluxo resultante no núcleo.
A
W
V
Fonte C.A.
A Transformador
variável W
f
()
()
()
()
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Tarifação
W
V
Fonte C.A.
Transformador
variável W
f
()
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()
()
Segundo a norma NBR - 5410, todo transformador de potência deve ser provido
de uma placa de identificação metálica, a prova de tempo, em posição visível, sempre que
possível no lado de baixa tensão. A Figura 6 apresenta a placa de identificação de um
transformador 750KVA, 13,8KV/380V.
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Nome do fabricante;
Data mês e ano de fabricação;
Impedância de curto-circuito em percentagem;
Tensões nominais de alta e baixa tensão;
Potência nominal;
Freqüência nominal ;
Relação de transformação;
Perdas totais;
Perdas em vazio;
Níveis de isolamento;
Número de fases;
Limite de elevação de temperatura nos enrolamentos;
Diagrama de ligações;
Polaridade;
Volume total do líquido isolante do transformador em litros;
Massa total do transformador, em kg; etc.
Quando os dados referentes aos ensaios em curto circuito e circuito aberto não são
conhecidos, estes dados são a principal fonte de informação para a obtenção de parâmetros do
circuito equivalente. De posse dos dados de potência nominal e perdas obtidas na placa do
transformador, o rendimento nominal pode ser calculado, pela seguinte equação:
()
As perdas no cobre podem também ser obtidas a partir dos dados de perdas totais
e perdas em vazio indicados na placa do transformador.
()
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()
()
()
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()
()
()
()
onde:
- rendimento
Pe - Potência de entrada
Ps - Potência de saída
Req - Resistência equivalente
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Definindo o fator de carga como sendo a relação entre a potência aparente da carga pela
potência nominal da transformação ou do simplesmente do transformador de potência,
podemos escrever que:
()
como em termos práticos a tensão na carga pode ser assumida igual a tensão nominal, a
equação (35) pode ser simplificada para:
()
ou:
()
()
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()
onde:
- rendimento
Pnom - potência nominal do transformador de potência
cos - fator de potência da carga
fC - fator de carga
Pn - perdas no núcleo com tensão e freqüência nominal
Pc - perdas no cobre com corrente nominal
()
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()
obtemos:
()
DA CARGA para um transformador de potência com os seguintes dados nominais: 300 KVA,
13.800V/380V , 5%, perdas totais de 4,48 KW, perdas no ferro de 1,12 KW operando a carga
nominal com fator de potência variável.
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()
()
acarretando,
()
e assim a carga que corresponde ao rendimento máximo pode ser obtida pela seguinte
equação:
()
O rendimento máximo ocorre para quando a carga é tal que as perdas no cobre
forem iguais as perdas no núcleo mais as perdas suplementares.
Como as perdas no núcleo incluindo as perdas suplementares 1,2.P n é
usualmente significativamente menor que as perdas no cobre P c na corrente
nominal, o valor de carga que conduz ao rendimento máximo é usualmente na
faixa de 30 à 70% da carga nominal.
É importante destacar que acima do carregamento máximo a variação do
rendimento em relação ao máximo não é usualmente tão significativa.
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Tarifação
Fator de Carga
Potência Nominal Perdas no Perdas no Perdas Rendimento
(Rendimento
(KVA) ferro (W) cobre (W) Totais (W) Máximo
Máximo)
15 120 460 580 0.9597 0.511
30 200 770 970 0.9660 0.510
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1.00
0.90
0.80
0.70
Rendimento
0.60
0.50
0.40
0.30
0.20
0.10
0.00
0.00
0.10
0.15
0.25
0.60
0.70
0.75
0.85
1.00
0.05
0.20
0.30
0.35
0.40
0.45
0.50
0.55
0.65
0.80
0.90
0.95
Fator de Carga
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()
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()
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Uma alternativa bastante viável para reduzir perdas numa transformação é conectar-se
transformadores de potência em paralelo. A ligação de transformadores em paralelo é
motivada principalmente pela necessidade de um sistema elétrico mais confiável ou de
ampliação deste sistema. Empregar transformadores em paralelo bem escolhidos tende a que
um sistema elétrico tenha uma transformação mais eficiente.
Uma maneira de se reduzir o consumo de energia em algumas instalações, é introduzir
ou retirar transformadores de um grupo em paralelo, reduzindo ao mínimo as perdas totais e,
consequentemente, buscando uma operação mais econômica.
Para que dois ou mais transformadores operem em paralelo, estes devem obedecer as
seguintes condições:
1. Mesma defasagem angular entre alta e baixa tensão;
2. Mesma relação de transformação;
3. Mesma impedância percentual e mesma relação X/R;
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suficientes, na busca de uma solução técnica mais econômica para uma dada transformação
trifásica, as três condições acima tornam-se condições necessárias e suficientes.
Transformadores operando em paralelo com impedâncias percentuais, relações de
transformação e relação X/R diferentes, darão origem a uma corrente de circulação nos
enrolamentos. Esta corrente surgirá devido a diferença de tensão no secundário dos
transformadores e fará com que a potência fornecida pelos dois transformadores seja menor
que a soma das potências individuais dos mesmos, conduzindo assim a uma solução técnica
não recomendável do ponto de vista de consumo de energia.
Transformadores operando em paralelo com impedâncias percentuais que não forem
iguais ou próximas, fará com que o transformador de menor impedância receba uma carga
relativa superior a carga do transformador de maior impedância.
TRANSFORMADORES
()
()
()
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()
()
Ou seja, a redistribuição das cargas, neste caso, entre os dois transformadores propicia
uma redução de 10% nas perdas globais nos enrolamentos dos dois transformadores.
2.10.CONCLUSÕES
Para um sistema elétrico que ainda vai entrar em operação, o conhecimento da curva de
carga de instalações similares durante a fase de projeto é uma informação muito útil. Em
instalações nas quais se tem conhecimento da curva de carga, deve-se determinar a carga
equivalente, com mostrado na equação (47), e a partir daí, definir a quantidade de
transformadores e a potência da transformação utilizando a equação (48) e as recomendações
apresentadas na seção 6.
Infelizmente na grande maioria dos casos, a curva de carga ou mesmo a curva de carga
de uma instalação similar não está disponível, consequentemente o dimensionamento da
transformação pode ser obtido unicamente a partir do total de potência cada grupo de
consumo, levando-se em consideração seus respectivos fatores de diversidade.
Quando se tem várias ofertas para a aquisição de um ou mais transformadores, deve-se
analisar, além dos aspectos técnicos, os custos relacionados a sua operação, principalmente as
perdas. Uma maneira bastante usada para fazer a análise da compra de um transformador é
através da seguinte equação:
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()
onde:
C- custo final do transformador
Top - tempo de operação do equipamento
TKWh - tarifa de consumo de energia elétrica
Paq - preço de aquisição do transformador
Tam - taxa de amortização do capital investido na amortização
fc - fator de carga onde o sistema irá operar
Pn - perda no núcleo, KW
Pc - perdas no cobre, KW
Para um sistema elétrico em operação já existente, algumas medidas devem ser tomadas
para que se tenha uma transformação mais econômica:
Fazer com que o fator de potência das cargas a serem alimentadas sejam o maior
tecnicamente possível;
Fazer com que se evite operar transformadores com a carga bastante baixa em
relação a potência nominal;
Não deixar transformadores em vazio em operação quando as cargas não estiverem
em operação, o que implica em perdas desnecessárias;
Quando existirem diversos transformadores para alimentar a mesma instalação, seria
mais econômico ajustar a carga em funcionamento, alternando o uso dos
transformadores quando cabível. Assim seriam limitadas as perdas em vazio no
período de baixa carga, ou em quando a indústria não esteja funcionando;
Em algumas instalações é conveniente analisar a aplicação de um transformador de
menor porte, exclusivo para alimentação da iluminação e de cargas essenciais. Este
transformador permitirá a execução dos serviços de limpeza e vigilância nos horários
em que a empresa não esteja funcionando com todo seu efetivo evitando que o
transformador principal opere quase que em vazio durante esses períodos.
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Análises criteriosas vem sendo realizadas na operação dos sistemas elétricos com a
intenção de minimizar perdas, preocupando-se em eliminar os desperdícios e empregar novas
tecnologias com finalidade de reduzir o consumo de energia.
Entre as novas tecnologias empregadas em transformadores de potência estão as ligas
amorfas empregadas na fabricação de núcleos magnéticos, que reduzem as perdas em vazio
de 60% a 80%. A referência [4] estima que caso todos os transformadores de distribuição, de
um país como os Estados Unidos, tivessem seus núcleos em ligas amorfas, ao invés de aço-
silício de grão orientado, 60 bilhões de kWh anuais de energia elétrica seria economizado.
Como na quase totalidade dos sistemas elétricos em operação, os transformadores de
potência estão presentes, as recomendações e orientações deste trabalho serão essenciais para
combater o desperdício de energia nos sistemas elétricos.
2.11. BIBLIOGRAFIA
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