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TRANSFORMADORES
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CONCEITO

Máquina elétrica, que tem por função transferir


potência de um circuito primário (ligado a fonte), para
outro secundário (ligado a carga), mantendo a mesma
freqüência, alterando os valores de tensão e corrente


i1 r2
r1 i2

2
U1 1
M
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PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
• Através do fenômeno físico da indução eletromagnética
entre dois enrolamentos, primário e secundário.
• Obedecendo a Lei de Faraday, “só existe fenômeno
induzido se o fenômeno indutor variar”, o transformador só
opera em tensão alternada . 


i1 r2
r1 i2

2
U1 1 M
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SUBESTAÇÃO

• Instalação elétrica de transmissão e


distribuição de energia. O transformador é a
parte mais importante de uma subestação.

• TIPOS
• Subestação aérea.
• Subestação aérea em banco.
• Subestação abrigada.
• Subestação ao tempo.
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CLASSIFICAÇÃO DOS
TRANSFORMADORES (TRAFOS)

QUANTO AO TIPO
• De potência
• Auto-transformador
• De comando
• De corrente
• De potencial
• De potencial capacitivo
• De aterramento
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QUANTO A TENSÃO DE UTILIZAÇÃO

Monofásico Trifásico
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QUANTO A UTILIZAÇÃO

 Transformadores de distribuição

Potência entre 15
e 500kVA e
tensão entre
15 e 24kV.
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QUANTO AO TIPO DE UTILIZAÇÃO

• Transformador autoprotegido
Potência entre 45 e 150kVA e
tensão entre 15 e 24kV.

Incorpora componentes para


proteção contra sobrecargas e
curto circuitos.
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QUANTO AO TIPO DE UTILIZAÇÃO

•  Transformador tipo pedestal

Potência entre 75 e 350kVA


e tensão entre 15 e 24kV.

Adequado para uso em


local onde há circulação de
pessoas.
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QUANTO AO TIPO DE UTILIZAÇÃO

• Transformador subterrâneo

Potência entre 150 e


2000kVA e tensão entre
15 e 24kV.
Possui construção adequada
para ser instalado em câmaras.
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QUANTO AO TIPO DE UTILIZAÇÃO


 

• Transformador industrial

Potência entre 750 e


3000kVA e tensão
entre 15 e 24kV.
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QUANTO AO TIPO DE UTILIZAÇÃO

• Transformadores a seco

Potência entre 300 e


3000kVA e tensão entre
15 e 24kV.
Aplicações onde haja
necessidade de segurança.
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QUANTO AO TIPO DE UTILIZAÇÃO

• Transformador de força

Potência entre 5.000 e


100.000kVA e tensão entre
15 até 230kV.
Concessionária de energia
elétrica e subestações de
grandes indústrias.
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QUANTO AO TIPO DE ISOLAÇÃO

• A Óleo: Óleo mineral, ou as vezes


sintético. (O Ascarel ).

Obs.: Ensaio fisicoquímico e


cromatográfico.

• A Seco: gás (normalmente o ar), ou


sólido (resinas, matérias plásticas).
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PARTES
CONSTRUTIVAS
• Núcleo magnético.
(ferro-silício laminado)

•  Enrolamentos primário
e secundário (cobre) . 

     
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• Comutador de carga (de tap´s)

Podendo ser com carga ou a vazio.


(Equipamento que tem como finalidade
compensar a queda de tensão causada
pela distância entre o transformador e a
carga).
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PARTES CONSTRUTIVAS
• Buchas que fazem a conexão elétrica
entre o meio externo e os enrolamentos
do transformador.
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PARTES CONSTRUTIVAS
• Tanque, imprescindível para acondicionar o óleo
isolante
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ACESSÓRIOS

• Radiador: Refrigera
o óleo,trocando
calor com o meio
ambiente.

• Ventilador: Provoca
ventilação forçada.        
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• Tanque de expansão:
Área para onde o óleo
pode fluir em caso de
superaquecimento.
• Indicador do nível de óleo
• Termostato do óleo 
• Tanque de sílica-gel:
Substância higroscópica,
que seca (absorve umidade)
o ar que entra no transfor-
mador.
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Relé de gás (Buchholz): Dispositivo de proteção


que detecta a presença de gases no óleo, causada
por eventuais curto-circuitos ou outros defeitos.

Tubo de explosão (golpe de ariete): Tubo que


permite a vazão do óleo, no caso de haver um
superaquecimento
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RELAÇÃO DE
TRANSFORMAÇÃO
N1 / N2 = V1 / V2 = I2 / I1 = 


i1 r2
r1 i2

2
U1 1 M
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TRANSFORMADOR DE COMANDO
São “trafos” auxiliares que permitem alimentar
circuitos de baixa potência, com tensão
relativamente inferior a tensão usadas no circuito
de força, dando maior segurança ao operador.
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TRANSFORMADOR DE CORRENTE - TC
São “trafos” que permitem aos instrumentos de
medição e proteção funcionarem
adequadamente, sem que seja necessário
possuírem correntes nominais de acordo com a
corrente de carga do circuito que estão medindo
ou protegendo.
2

I1
n1
Símbolo NBR 52593
TC

n2
I2

A
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PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Possuem um primário de poucas espiras e
determinada corrente, e um secundário onde a
corrente transformada é, na maioria dos casos,
igual a 5 A.
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TIPOS DE TC´S
TC TIPO BARRA
 
Seu enrolamento primário é constituído por uma
barra fixada através do núcleo do transformador.

S1

Barra fixa

P1 P2

S2
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TC TIPO ENROLADO
 

Seu enrolamento primário é constituído de


uma ou mais espiras envolvendo o núcleo
do transformador.
S1
P1

P2
S2
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TC TIPO JANELA
Não possui primário fixo no transformador e é
constituído de uma abertura através do núcleo,
por onde passa o condutor que forma o circuito
primário.
P1

Condutor Móvel

P2
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TC TIPO BUCHA
Semelhante ao tipo barra, porém sua instalação é
feita na bucha dos equipamentos (disjuntores,
transformadores, etc.), que funcionam como
enrolamento primário.

Bucha

s1

s2
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TC TIPO NÚCLEO DIVIDIDO


Semelhante ao tipo janela, podendo o núcleo ser
separado para permitir envolver o condutor que
funciona como enrolamento primário. O alicate
amperímetro é um exemplo.

S1

Condutor
Qualquer

Núcleo
Articulado

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TC COM VÁRIOS ENROLAMENTOS


PRIMÁRIOS

Constituído de vários enrolamentos primários


montados isoladamente e apenas um enrolamento
secundário.

P1
S1

P2

P3

P4 S2
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TC COM VÁRIOS NÚCLEOS SECUNDÁRIOS


Constituído de vários enrolamentos secundários montados
isoladamente, sendo que cada um possui individualmente o
seu núcleo, formado juntamente com o enrolamento primário,
um só conjunto.

P1 P2

S1 S2 S3 S4 S5 S6
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TC COM VÁRIOS ENROLAMENTOS


SECUNDÁRIOS
Constituído de um único núcleo envolvido pelo
enrolamento primário e vários enrolamentos
secundários, podendo ser ligados em série ou em
paralelo.
S1

P1

S2

S3

S4
P2
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TC TIPO DERIVAÇÃO NO SECUNDÁRIO

Constituído de um único núcleo envolvido pelos


enrolamentos primário e secundário, sendo este
provido de uma ou mais derivações.
S1

P1

S2

S3

S4
P2
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TC TIPO TORÓIDE

É aquele não possui um


primário fixo. É
normalmente usado para
medir corrente residual.
Havendo diferença na
soma das correntes
(fuga à terra), haverá
circulação de corrente
pelo secundário do TC.
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ASPECTOS CONSTRUTIVOS
Os TC´s de baixa tensão, normalmente tem o núcleo
fabricado em ferro-silício de grãos orientados,
encapsulado em resina epóxi, Isto os torna
incombustíveis, com grande capacidade de sobrecarga.
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Os TC´s para média tensão, quando para uso em


instalações abrigadas, são encontrados em resina
époxi, podendo também ter tanque metálico cheio
de óleo mineral e provido de uma bucha de
porcelana vitrificada.

Isolador

Caixa de
terminais
secundários

Tanque
 
(Enrolamentos)

NA
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ASPECTOS CONSTRUTIVOS
Tanque de Expansão

Indicador de nível
de óleo

Terminal Primário

Isolador

Caixa de Terminais
Secundários

Tanque
(Enrolamentos)

 
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CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
• Corrente nominal
• Carga nominal
• Fator de sobrecorrente
• Polaridade
TC TC

P1 S1 I2 P1 S2
I1 I1
PRIM.

SEC.

SEC.
PRIM.
A A

P2 S2 P2 S1 I2
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TIPOS DE TC´S

Usados na medição de corrente ou


energia propiciando o registro dos
valores pelos instrumentos
medidores, sem que estes estejam
em ligação direta com o circuito
primário da instalação.
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TC PARA MEDIÇÃO
Características Técnicas

FATOR DE SOBRECARGA

É um número que multiplicado pela corrente


nominal irá determinar o limite de sobrecarga
suportável pelo TC; a partir deste valor o seu
núcleo irá saturar, protegendo o equipamento
de medida instalado no seu secundário, assim
como os operadores.
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TC PARA MEDIÇÃO
Características Técnicas
ERROS

a) Erro de relação
Onde a corrente primária não corresponde
exatamente ao produto da corrente lida no
secundário.
b) Erro de ângulo de fase
ângulo  que mede a defasagem entre a
corrente vetorial primária e o inverso da
corrente vetorial secundária de um TC.
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 CLASSE DE EXATIDÃO

Exatidão é o parâmetro que define a capacidade do


equipamento efetuar leituras corretas, com uma margem de
erro normalizada de acordo com a finalidade da leitura
efetuada.

A classe de exatidão exprime nominalmente o erro esperado


do transformador de corrente.

A classe de exatidão exigida por norma para um TC de


medição, varia de acordo com o instrumento que será ligado
no seu secundário, podendo variar de 0,1 a 3.
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100% In
10% In

• Quando os pontos % 105,6

determinados pelos
104,8

104,0

Fator de Correção Relação (FCR)


fatores de correção de 103,2

relação percentual e pelos 102,4

ângulos de fase, 101,6

101,8
estiverem dentro de um 100,0

paralelogramo chamado: 99,2

“paralelogramo de
98,4

97,6

exatidão”, 96,8

o TC estará dentro de sua 96,0


Classe de exatidão: 1,2
95,2
classe de exatidão. Isto é 94,4
- 280 - 240 - 200 - 160- 120 - 80 - 40 0 + 40 + 80 +120 + 160 + 200 + 240 + 280
determinado através de Ângulo de fase (ß) em minutos
ensaios.
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TC PARA PROTEÇÃO

Equipamentos capazes de transformar


elevadas correntes de curto-circuito ou
sobrecarga, em pequenas correntes,
possibilitando a operação dos relés sem
que estes estejam ligados diretamente
ao circuito primário.
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CLASSE DE EXATIDÃO
A classe de exatidão exigida para um TC de
proteção, pode se 5 ou 10 . Classe B:

• Enrolamento secundário com reatância que pode ser


desprezada. TC’s de bucha ou com núcleo toroidal.

• Classe A: Enrolamento secundário com reatância que


não pode ser desprezada. Todos os outros TC’s que
não forem classe B.

Obs.: Reatância: Tipo de resistência elétrica,


característica dos equipamentos que possuem
enrolamentos e trabalham em CA.
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TRANSFORMADOR DE POTENCIAL - TP
São trafos que permitem aos instrumentos de
medição e proteção funcionarem adequadamente
sem que seja necessário possuírem tensões
nominais de acordo com a tensão do circuito ao qual
estão ligados.
U ~
1 Z

Simbologia – NBR 5259


n1

n2 TP

u2

V
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São construídos para uma tensão nominal de


115 V, quando ligados entre fases; porém
quando ligados entre fase e neutro, tanto a
tensão primária como a secundária são
divididas por raiz de 3.

CARGA
U1 ~

n1

n2 TP

115/ 3 V

115 V
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GRUPOS DE LIGAÇÃO - NBR 6855/81


Grupo 1 – São aqueles projetados para ligação entre fases, até
34,5 kV. Devem suportar continuamente 10% de sobrecarga.

Grupo 2 – São aqueles projetados para ligação entre fase e


neutro de sistemas diretamente aterrados.

X1
H1
Grupo 3 – São aqueles
projetados para ligação
entre fase e neutro de
sistemas onde não se
X2
garanta a eficácia do
aterramento.
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TRANSFORMADOR DE POTENCIAL
Características Técnicas
• Erros
• Potência térmica
• Nível de isolamento
• Polaridade

+ +
PRIM.
H1 X1

SEC.
U1 U2

H2 X2
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TRANSFORMADOR DE
POTENCIAL CAPACITIVO - TPC
O TPC é um equipamento capacitivo,
sendo indicado para trabalhos em Alta
Tensão e Extra Alta Tensão,
normalmente valores até 138 kV, e
conectado entre fase e terra.
Simbologia - NBR 5259

V
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TRANSFORMADOR DE POTENCIAL
CAPACITIVO - TPC
LINHA A

C1

TP tipo indução
U1
L intermediário
B

C2 U2

Terra

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