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Capítulo 3

Sistemas de Aterramentos
3.1. – Introdução: Toma-se, cada vez mais consciência, hoje em dia, o problema do aterramento elé-
trico, quer seja de subestações, torres e linhas de transmissão e transmissão de energia, torres de mi-
croondas, linhas de eletrificação rural, redes de distribuição, redes de comunicações, instalações de
equipamentos elétricos e eletrônicos, etc., para que os mesmos cumpram a finalidade a que se destinam
e não sofram descontinuidade no seu funcionamento, quer por meios de descargas atmosféricas, even-
tuais faltas fase-terra ou chaveamentos intencionais ou não, não drenadas corretamente à terra.
Hoje, como já foi salientado, o aterramento constitui uma importante função no sistema, já que
visa basicamente, tornar efetiva a segurança pessoal e a dos equipamentos, através do controle adequa-
do dos parâmetros fundamentais de um sistema de aterramento.
A seguir, apresentamos conceitos fundamentais de um sistema de aterramento, definindo resis-
tência de aterramento, tensão de toque, tensão de malha, tensão de passo e tensão de transferência.
Mostraremos, também, importantes conceitos sobre gradiente do sistema de aterramento.

3.2. - Definições, requisitos e objetivos: Os objetivos pretendidos ao se realizar uma ligação à terra
são diversas e geralmente diferentes para cada caso. Consideram-se como os mais freqüentes:
3.2.1.a. - Estabelecer valores de resistência (impedância) convenientemente baixos entre as fases e a
terra durante as faltas dos sistemas de transmissão e distribuição;
3.2.1.b. - Fornecer a um sistema uma via de baixa impedância de curto circuito a terra, a mais econô-
mica solução possível, para conseguir uma operação rápida dos elementos de proteção;
3.2.1.c. - Conduzir à terra as correntes de origem atmosféricas, limitando as tensões de descarga a va-
lores suficientemente baixos para evitar a produção de efeitos secundários tais como, arcos que condu-
zam ao desligamento parcial ou total do sistema;
3.2.1.d. - Evitar tensões perigosas entre estruturas, equipamentos, etc. e solo, durante as ocorrências de
faltas à terra ou em condições normais de operação.
3.2.1.e. - Servir como condutor de retorno a certas instalações, equipamentos ou consumos, tais como:
Instalação de tração elétrica; Ligação do neutro de circuitos de distribuição, Bobinas de transformado-
res de potencial; Circuitos de comunicação por onda portadora; Proteção catódica e Transmissão de
energia em corrente contínua.

3.2.2. - Requisitos para ligação à terra: Uma ligação à terra satisfatoriamente projetada deve reunir
todos ou alguns dos requisitos a seguir:
3.2.2.a. - Deve ter uma impedância (resistência) tal que o sistema do qual forma parte possa ser consi-
derado solidamente ligado à terra; capacidade de condução de corrente adequada;
3.2.2.b. - Deve ter uma resistência tal que sob qualquer condição climática, a corrente de curto circuito
à terra possa produzir a atuação dos dispositivos de proteção, baixa impedância e valor invariável com
as condições climáticas;
3.2.2.c. - Deve ter uma impedância de onda suficientemente baixa para que, nas linhas aéreas, não faci-
lite a formação de arcos entre os condutores energizados e as estruturas;
3.2.2.d. - Deve conduzir à terra as correntes de curto circuito durante um tempo considerável sem pro-
duzir aumento de temperatura excessiva dos condutores do sistema de terra; proporcionar segurança
aos equipamentos;
3.2.2.e. - Deve conduzir à terra as correntes de curto circuito sem provocar gradientes de potenciais
entre pontos diferentes de solo e entre o solo e equipamentos vizinhos;
3.2.2.f. - Deve ter boa resistência ao ataque de agentes corrosivos do terreno ou atmosféricos;
3.2.2.g. - Os eletrodos, condutores, conexões, etc., componentes do sistema de terra devem conduzir as
correntes de falta à terra sem aumentar a temperatura tal que possa provocar explosões ou incêndio em
locais classificados como perigosos;
3.2.2.h. - Em áreas classificadas perigosas o sistema de terra deve evitar a formação de arcos origina-
dos por cargas eletrostáticas; e
3.2.2.i. - O custo do sistema de aterramento deve ser o mais baixo possível e a vida útil compatível
com a vida do sistema a ser aterrado.

3.2.3. - Definições: Algumas definições de termos específicos na área de aterramento:


3.2.3.a. Aterramento é uma conexão condutora intencional ou acidental pela qual um equipamento ou
circuito elétrico é ligado à terra ou a algum corpo condutor que devido à sua dimensão relativamente
grande faça as vezes de terra. O objetivo é estabelecer e manter, nestes equipamentos ou circuitos, o
potencial da terra e conduzir eventuais correntes para a terra;
3.2.3.b. - Aterrado O sistema, circuito ou aparelho referido está provido de uma ligação à terra;
3.2.3.c. - Circuito de retorno de terra é um circuito no qual a terra é utilizada para complementar a
ligação do circuito;
3.2.3.d. - Eletrodo de terra é um condutor enterrado, utilizado para manter o potencial da terra nos
condutores conectados, e para dissipar na terra a corrente por ele conduzida;
3.2.3.e. - Rede de terra ou sistema de aterramento é o conjunto de condutores. Cabos nus, hastes, co-
nectores convenientemente interligados e enterrados no solo com o objetivo de prover um aterramento
comum a equipamentos elétricos e estruturas metálicas em uma determinada área específica.
3.2.3.f. - Malha de terra é um sistema de condutores nus, interligados localizados sobre ou abaixo da
superfície do solo, conectados à terra ou a uma rede de terra para prover proteção contra tensões peri-
gosas;
3.2.3.g. - Resistência de terra é a resistência ôhmica entre um eletrodo e outro eletrodo remoto de re-
sistência nula. Considera-se "remota" uma distância tal que a resistência mútua entre os dois eletrodos
seja necessariamente zero. A resistência de terra se define como o quociente entre a tensão e a corrente
de terra, R = V/I. A resistência de aterramento é composta de:

 Resistência dos eletrodos, cabos e conexões;


 Resistência de contato entre os eletrodos ou cabos e o elemento circundante (terra);
 Resistência do elemento que circunda o eletrodo ou o cabo.

Os dois primeiros componentes, são geralmente desprezíveis e podem ter seus efeitos minimizados. A
minimização da primeira componente pode ser dar com o aumento da bitola dos cabos eletrodos. As
duas primeiras componentes são normalmente, variáveis com o tempo, devido à corrosão que se verifi-
ca principalmente nas conexões. A terceira componente é quem praticamente define o valor da resis-
tência de aterramento, e depende da posição do eletrodo ou cabo, das dimensões, da natureza, umida-
de, temperatura, etc. do meio circundante.
3.2.3.h. - Diferenças de Potenciais Mediante a utilização do valor da corrente tolerável pelo corpo hu-
mano, e pelas constantes dos circuitos é possível calcular as diferenças de potenciais toleráveis entre os
possíveis pontos de contato.
3.2.3.h.1. - Tensão de Passo A diferença de
potencial entre dois pontos acessíveis no
chão, separados pela distância de um passo, o
qual será admitido como sendo um metro,
devido a passagem de corrente de falta pela
terra como indica a figura 3.1;
3.2.3.h.2. - Tensão de Toque é a diferença de
potencial que aparece em um ponto de uma
estrutura metálica e um ponto no chão situado
a um metro de distância da base, devido a
passagem de corrente de falta para a terra,
conforme indica a figura 3.2; Figura 3.1. - Tensão de Passo em estruturas aterra-
das
3.2.3.h.3. - Tensão de Malha é um caso
particular da tensão de toque e é conside-
rado como sendo um valor de tensão en-
tre a mão e o pé, quando este se localiza
no centro de um retângulo, no canto da
malha de terra e a estrutura tocada é ater-
rada à rede de terra. Este valor é a máxi-
ma diferença de potencial que pode ocor-
rer em uma malha de terra de um sistema
reticulado.
3.2.3.h.4. - Tensão de Transferência a
figura 3.3, mostra um dos muitos exem-
plos de contato de tensão de transferên-
cia. Uma pessoa em pé toca um condutor
Figura 3.2. - Tensão de toque em estruturas aterradas aterrado em um ponto remoto, ou uma
pessoa que está em um ponto toca um condutor conectado
à rede de terra da subestação. Aqui a tensão de choque
pode ser igual a toda a elevação de potencial da rede de
terra sob condições falta e não uma fração deste total que
é encontrado nos contatos de tensão de toque e passo.
3.2.3.h.5. - Constantes dos Circuitos Incluem as resistên-
cias dos eletrodos de aterramento,(R0, R1, R2) a resistência
de contato das mãos, resistência dos calçados, a resistên-
cia do solo imediatamente abaixo de cada pé e a resistên-
cia do corpo humano, RC.
A resistência de contato das mãos pode ser muito
pequena e será suposta como sendo nula. A resistência
dos calçados é muito variável. Um estudo da "Eletricité Figura 3.3. - Tensão de transferência
de France" indica que as resistências de sapatos secos
novos com sola de couro podem variar entre 50 a 200 Megohms.
Se umedecidos, sua resistência pode cair a valores muito baixos, até cerca de 800 ohms. Quando ve-
lhos e úmidos, podem apresentar valores inferiores a 500 ohms. Via de regra a simulação dos pés cal-
çados com sapatos, são utilizados chapas de cobre revestido com uma camada de couro. Um pé colo-
cado diretamente sobre a superfície do solo natural terá uma resistência de aterramento que depende
principalmente da área de contato e da resistividade do solo próximo a superfície, S. Um pé de uma
pessoa adulta tem superfície de no máximo 200 cm2. As sugestões adotam uma resistência igual a 3S,
baseado na consideração de que o pé teria a forma de um eletrodo circular de 8 cm. de raio. Tem-se
determinado que a resistência dos dois pés em série é aproximadamente de 6S ohms, e a resistência
dos dois pés em paralelo 1,5S ohms. Devido às diferenças de potenciais que o corpo humano pode
estar sujeito, se conhecida a resistência do corpo humano, podemos determinar a corrente que pode
atravessar um indivíduo.

3.2.4. - Resistência do corpo humano: As várias partes do corpo humano têm resistividades elétricas
diferentes, que podem variar com a intensidade da corrente e também com a temperatura. Artérias,
nervos, músculos, gorduras e ossos é a
seqüência crescente de resistividade para
algumas partes internas do corpo. A pele,
por sua vez, tem resistência dependente do
grau da umidade, superfície do contato,
pressão exercida, temperatura ambiente,
tensão aplicada, freqüência e duração da Figura 3.4. - Circuito equivalente do corpo humano
corrente. A partir das medições feitas, sabe-se que o corpo humano pode ser representado por uma
impedância dividida em três partes, conforme a figura 3.4. As impedâncias ZP referem-se às regiões de
contato na pele, e a impedância Zi à parte interna do corpo, que teria ainda uma pequena componente
capacitiva, não representada na figura 3.4. Zp diminui com o aumento da corrente, a qual muitas vezes
pode deixar marcas (queimaduras). Até algumas dezenas de volts, Zp varia muito em função da área de
contato, umidade, temperatura, etc.. Entre 50 e 100 volts, ZP diminui até tornar-se nulo com a perfura-
ção da pele (queimaduras profundas). Com 200 volts a área de contato e umidade em pouca influência
sobre a impedância total do corpo.
Em geral a literatura sobre este assunto prefere o termo "resistência do corpo humano", que é
adotado nas seções seguintes. E os valores clássicos estão indicados na figura 3.5

Figura 3.5. - Valores clássicos da resistência do corpo humano.

3.2.4.1. - Valores de resistência de corpo humano: As medições em pessoas vivas somente podem
ser feitas com tensões baixas, até cerca de 25 volts. Os valores de referência atuam, foram feitas em
cadáveres, porém é fato conhecido que neste caso, devido à temperatura da pele na região dos contatos
e ainda talvez devido a não circulação do sangue, os valores medidos de resistência resultam maiores
que o de pessoas vivas. As medições com 25 volts em cadáveres confirmam este fato. Assim sendo,
para tensões de até algumas centenas de volts, os valores medidos em cadáveres resultam maiores que
os valores válidos para pessoas vivas. Vide figura 3.8.
Assumindo que para tensões de cerca de 700 volts os
valores medidos por Freiberger sejam válidos também para

Figura 3.7
pessoas vivas, os gráficos da figura 3.6, figura 3.7 indicam o
comportamento da resistência do corpo humano em função da
Figura 3.6 porcentagem da população cujo valor de resistência do corpo
não excederia o limite fixado pela respectiva curva. Os valo-
res recomendados na Norma IEC479 - Effects of Current Passing Through the Human Body são re-
produzidos na tabela 3.1. Os valores da figura 3.6, figura 3.7 e tabela 3.1 consideram grande área e
contato (80 a100 cm2).

3.2.4.2. - Distribuição da corrente elétrica no corpo: Em 3.2.4. foi mencionado que as diversas par-
tes do corpo humano possuem resistividades elétricas diferentes. Assim, a corrente elétrica fluindo
pelo corpo seguirá preferencialmente por caminhos de menor resistividade. A tabela 3.2. fornece os
fatores de correção para a corrente de fibrilação. Os limites toleráveis de corrente que não produzem a
fibrilação no coração, no caso de contato mão-mão ou mão-pé (tensão de toque) e que correspondem a
cerca de 20 a 100 A aplicados diretamente no coração. Para o caso contato pé-pé (tensão de passo), o
nível de corrente suportável é bem maior pois o caminho de menor resistividade à corrente elétrica não
envolve diretamente o coração.
Tabela 3.2. - Fator de correção para a corrente de Fibrilação
Freiberger fez um grande número Caminho da corrente Fator
de medições utilizadas um disposi- Mão esq.-pé, dir. ou ambos, ambas as mãos - ambos os pés 1,0
tivo para medição da corrente elé- Mão esquerda-mão direita 0,4
trica inserida diretamente no cora- Mão direita-pé esquerdo, direita ou ambos. 0,8
ção de cadáveres. Com 100% de Costas mão direita 0,3
corrente aplicada entre as mãos, Costas mão esquerda 0,7
2,5% circula diretamente no cora- Peito mão direita 1,3
ção. Da mesma forma, 8,0% passa- Peito mão esquerda 1,5
riam pelo coração com 100% apli- Assento mão esquerda, direita ou ambas. 0,7
cados entre a mão direita e os pés.
No caso de 100% aplicado entre os pés, apenas 0,1% atingem o coração. Os resultados acima indicam
que a corrente mínima de fibrilação no caso de choque por tensão de passo pode chegar a 25 vezes o
Tabela 3.1. - Resistência do corpo humano valor sugerido. As normas sugerem adotar cer-
Tensão de Contato (volts) Resistência do Corpo (ohms) ca de 10 vezes quando a situação prevê um
25 2500 único choque de curta duração. Quando houver
50 2000 possibilidade de repetição de choque (religa-
mento) ou choque de grande duração, normal-
250 1000
mente adota-se o mesmo valor limite válido
Valor limite 650
para a tensão de toque, tendo em vista a possi-
bilidade da circulação de corrente na região do
coração em conseqüência da queda da pessoa no solo.

3.2.4.3. - Limites de tolerância do corpo humano: Os efeitos do choque elétrico no corpo humano
dependem principalmente da freqüência, intensidade e duração da corrente em circulação nas partes
vitais do corpo humano.

3.2.4.3.1. - Freqüência: Este trabalho é dedicado, principalmente ao estudo com as freqüências co-
merciais normais de 50 a 60 Hz. Desde que as autoridades sobre este particular geralmente concordam
em que o corpo pode tolerar correntes poucos maiores em 25 Hz, e talvez 5 vezes como máximo em
corrente contínua, os resultados obtidos utilizando-se os dados referentes a 50 e 60 Hz terão um caráter
conservativo. Muitas informações, em especial problemas de aterramento, em corrente contínua cons-
tam nos relatórios da Convention Subcomitee de 1958 do IEEE. No caso de descargas atmosféricas o
corpo humano parece ser capaz de suportarem correntes talvez da ordem de centenas de ampères, e
estudo do efeito de impulsos de corrente contínua e de impulsos de corrente oscilantes mostram que
estas últimas são muito mais perigosas.
Tabela 3.3.- Quadro sinótico do efeitos do choque elétrico em pessoas adultas, jovens e sadias
Intensidade de corrente Perturbações possíveis Estado após o choque Técnica Resultado final
que percorre o corpo durante o choque de salvamento. Mais provável.
humano em 60 Hz
1 mA Nenhuma - leve percepção Normal Normal
Limiar de sensação superficial
Sensação cada vez mais
desagradável a medida
1 a 9 mA que a intensidade aumenta Normal Desnecessário Normal
contrações musculares
Sensação dolorosa;
Contrações violentas;
9 a 20 mA Asfixia(1); anoxia(2); Morte aparente Restabelecimento
Anoxemia(3); Respiração Artificial
Perturbações circulatórias
Sensação insuportável, Restabelecimento ou
contrações violentas. Respiração artificial morte. Muitas vezes não
Anoxemia, anoxia, asfixia,
20 a 100 mA Morte Aparente Massagem cardíaca há tempo de salvar e a
Perturbações circulatórias morte ocorre em poucos
graves, inclusive, fibrila- minutos.
ção ventricular.
Asfixia imediata, fibrila- Muito Difícil
ção ventricular. Alterações Morte Aparente ou
Acima de 100 mA Tratamento hospitalar Morte
musculares, queimaduras
imediata
Asfixia imediata, queima- Morte Aparente ou Praticamente impos-
Alguns Ampères duras graves Morte
imediata sível
(1) - Asfixia - é a ausência de respiração; (2) - Anoxia - é a ausência de oxigênio no sistema respiratório; (3) - Anoxemia - é a ausência do
oxigênio no sangue e é uma conseqüência da anoxia.

3.2.4.3.2. - Intensidade: Serão considerados primeira-


mente, os efeitos de diferentes intensidade de corrente
para duração de poucos segundos. O limiar de percepção
é geralmente suposto ser de cerca de 1,0 mA. Correntes
maiores, da ordem de 9 a 25 mA, podem causar dor e
podem originar a perda do controle muscular dificultando
ou impossibilitando o ato de soltar um objeto energizado
preso pela mão. Correntes ainda maiores podem produzir
contrações musculares torácicas e fazer difícil a respira-
ção. Esses efeitos inibidores da respiração, não são per-
manentes e desaparecem quando a corrente é interrompi-
da, a menos que as contrações sejam de intensidade tais
que paralisem totalmente a respiração, mesmo esses ca-
sos freqüentemente respondem a processos de ressuscita-
ção. Certamente não se deve ter receio de asfixia devido
à contração muscular para provocar o desligamento da
corrente do choque em alguns segundos ou menos. Cor-
rentes maiores podem provocar a morte do indivíduo
devido a uma condição cardíaca, conhecida como fibrila- Figura 3.8
ção ventricular.
Estes casos não respondem à ressuscitação artificial, somente a aplicação do único remédio conhecido,
o contra choque elétrico controlado, aplicado breves momentos após o choque poderão ser efetivos,
infelizmente o equipamento para tal aplicação dificilmente disponível no campo.
Conseqüentemente, o limiar da fibrilação ventricular deve ser o ponto de maior preocupação. Valores
de corrente fornecido pela literatura especializada de duração não especificada, vide a tabela 3.3. vari-
am de 50 a 100 mA. Considerando correntes alternadas de 15 a 100 Hz. são os seguintes os valores
eficazes de corrente que atravessando o corpo humano, provocam efeitos patológicos, vide figura 3.10.
Não há experiências confiáveis que apoiem este primeiro valor que, provavelmente incluem algum
fator de segurança. O valor de 100 mA está baseado em diversas experiências realizadas na Universi-
dade de Columbia em animais com pesos do corpo e tamanho do coração comparáveis com os do cor-
po humano, com durações máximas do choque de três segundos. Corrente ainda maiores tem produzi-
do a paralisação cardíaca, inibição da respiração ou sérias queimaduras ou mesmo causar a morte de-
vido aos graves ferimentos. O texto presta grande atenção ao limiar da fibrilação, pois se a intensidade
do choque pudesse ser mantida dentro destes valores, mortes por esta causa ou mortes por ferimentos
originados por correntes mais intensas, seriam evitadas.
Em relação a correntes no corpo "baixo o limiar da fibrilação" considera-se sob certa combina-
ção de circunstâncias, principalmente o choque devido ao gradiente de potencial de terra que pode du-
rar alguns minutos e ter a intensidade suficiente para paralisar a respiração por fortes contrações dos
músculos do peito. Os grandes gradientes de potencial de terra são, normalmente pouco freqüente, e os
choques por esta causa menos freqüentes ainda, e porque ambos são em geral de curta duração, não
seria prático dimensionar as redes de aterramento contra choques causadores puramente de dor que não
cheguem provocar danos maiores. Insto não implica necessariamente, que os critérios desenvolvidos
para o controle dos gradientes de potencial sejam aplicáveis a outras situações onde os potenciais se-
jam mantidos e as probabilidades de choque sejam maiores.
O estabelecimento do valor da resistência do corpo humano, que não é constante, mas varia
continuamente dentro dos limites bastante amplos, dependendo de diversos fatores de natureza física e
biológica, bem como do trajeto conforme a figura 3.5.
Até aqui falamos em termos de corrente. Como na prática torna-se mais compreensível, e, so-
bretudo mais cômodo, utilizar valores de tensão, foi necessário considerar um valor convencional para
a resistência do corpo humano na faixa de 1000 a 1500 ohms. Tais valores correspondem à resistência
média de um indivíduo de 50 kg em condições físicas normais. É evidente que todos aqueles que se
afastarem das condições médias reagirão de modo diverso em caso de contato elétrico.
Deve-se ter presente que a resistência do corpo humano varia também em função da tensão
média aplicada, como mostram os diagramas das figuras 3.6, figura 3.7 e figura 3.8. Nota-se que para
uma tensão aplicada de 50 volts a resistência do corpo humano em 99% dos casos é superior a 5.000
ohms, enquanto que em 1% dos casos pode baixar até cerca de 1000 ohms. Com 220 volts a situação é
decisivamente mais desfavorável; em 99% dos casos a resistência do corpo humano é superior a 2800
ohms, enquanto que me 1% dos casos pode baixar até 800 ohms. É muito interessante notar que na
pior das hipóteses a resistência do corpo humano tende a valores não inferiores a 600 ohms; para um
percurso mão pé e para condições epidérmicas normais.
A resistência média também varia muito com a condição da pele: com pele úmida chega-se a
600 ohms, enquanto que com pele seca são atingidos valores superiores a 50.000 ohms.
Levando em conta os diversos fatores, a NBR5410 prevê valores máximos admissíveis para a
tensão de contato, são as chamadas tensões de contato limites, em corrente alternada:
Situação 1 - correspondendo a locais residenciais, comerciais e industriais - 50 volts;
Situação 2 - correspondendo a áreas externas, canteiros de obras, trailers, camping, locais con-
dutores, ambientes molhados em geral - 25 volts.

3.2.4.3.3. - Duração: Todas as autoridades concordam que as correntes muito maiores possam ser
toleradas sem causar a fibrilação se a duração for curta. Dalziel analisando numerosos testes realiza-
dos, conclui que 99,5% de todos os indivíduos podem suportar sem fibrilação ventricular correntes
determinadas pela equação 3.1

0,116
i 2K t  0,0135 ou iK  3.1
t

Onde iK é a corrente eficaz que percorre o corpo, em ampères e t o tempo de duração em segundos e a
constante 0,0135 que é um número empírico chamado de "constante de energia". Assumindo que a
resistência do corpo seja constante, o número 0,0135 representa de certa forma a energia total máxima
absorvida pelo corpo humano durante o choque, sem produzir a fibrilação. A equação 3.1 foi estabele-
cida por experiências efetuadas entre 0,03 e 3 segundos de duração. Observe que obtemos os seguintes
valores de 116 mA para a duração de 1,0 segundo e 367 mA para 0,1 segundos de duração(6 ciclos). A
equação 3.1 está baseada em testes limitados a 3,0 segundo, não sendo, portanto, válida para durações
mais demoradas. Alguns valores de corrente podem ser tolerados indefinidamente, como iremos tratar
mais adiante. Ferris, King, Spencer e Williams sugerem valor de 100 mA para o limiar da fibrilação
quando a duração do choque não é especificada. Com, porem as experiências não cobrem choques de
longa duração, e devido a que a possibilidade de asfixia em prolongadas contrações dos músculos torá-
cicos, não tem sido suficientemente estudados, deve-se preferir o uso de um valor tão baixo como 25
mA, ou mesmo o valor de passo mencionado por Dalziel de 9 mA para os homens e 6mA para as mu-
lheres, em casos onde os potenciais de choque possam persistir por poucos minutos, ou mais, sem ga-
rantia de um rápido socorro. A equação 3.1 indica que correntes bastantes altas podem ser permitidas
onde dispositivos de proteção rápidos podem ser utilizados para limitar a duração da falta. O projetista
deve julgar e decidir se utilizar relés de alta velocidade para eliminar a falta como base de seu cálculo.

3.2.4.3.4. - Religadores: Pode se levantar uma questão para o efeito de um religamento após uma falta
que é uma prática comum na operação de sistemas atuais. Um religamento rápido automático poderia
resultar em uma segunda descarga iniciada em algo menos de meio segundo a partir do início da pri-
meira, com poucas possibilidades que a última se libere, durante o intervalo. Com religamento automá-
tico, onde o intervalo pode variar entre vários segundos a poucos minutos, haveria boas possibilidades,
mas não certeza de que a vítima pudesse evitar o choque no religamento. Os relatórios das experiên-
cias realizadas até hoje estabelecem que choques elétricos sucessivos não tem efeito cumulativo na
susceptibilidade da fibrilação ventricular. Esta conclusão provavelmente não poderia ser aplicada aos
casos em consideração, por tratar-se de intervalos muitos curtos, baseando-se em parte na afirmativa
que a ação cardíaca volta a sua normalidade em 5 minutos da aplicação desde que a fibrilação não te-
nha ocorrido. Esta conclusão fica sustentada por experiência de descargas repetidas, tantas como 10
em breve intervalo, porem a duração do intervalo não foi incluída no relatório.
No caso de religamento após um intervalo relativamente curto, um indivíduo pode receber um
primeiro choque o qual não o feriria permanentemente, pode porem, perturbá-lo temporariamente. Um
segundo choque, talvez, mais fraco poderia trazer-lhe conseqüências fatais ( o segundo choque ocorre-
ria antes que o indivíduo atinja seu estado normal). As limitações do conhecimento atual recomendam
um comportamento conservador em relação ao choque por religamento, desde que não existe uma re-
comendação sobre a forma de proceder nestes casos. Neste dilema o projetista em vez de ignorar este
fato deve, pelo menos, estimar uma tolerância no sentido de aumentar o grau de segurança.

Deveria, por exemplo, assumir que enquanto o efeito de dois religamentos pouco espaçados de 0,1
segundos deveria ser mais forte que uma destas descargas e deveria, pelo menos, ser mais fraca que
um único choque de 0,2 segundos de duração.

3.3. - Efeitos fisiológicos da corrente elétrica no corpo humano: Basicamente, as situações provo-
cadas pela circulação da corrente elétrica no corpo humano são: primeiro o choque elétrico propria-
mente dito, definido como uma sensação desagradável de ação temporária que ocorre quando a corren-
te ultrapassa o limiar de percepção; segundo, perda do controle muscular, que ocorre quando a corrente
é tal que uma pessoa segurando um eletrodo energizado não consegue soltá-lo espontaneamente; ter-
ceiro, perda de respiração, que pode ser conseqüência tanto da contração prolongada dos músculos
respiratórios como dos efeitos da corrente sobre o centro de controle da respiração no cérebro; quarto,
interrupção da circulação sangüínea, em geral originada pela fibrilação ventricular, que é a causa mais
freqüente das mortes de vítimas de acidentes elétricos; quinto, produção de queimaduras, que ocorre
quando o acidente envolve tensões elevadas.
Qualquer atividade biológica, seja ela glandular, nervosa ou muscular, é originada de impulsos
de corrente elétrica. Se essa corrente fisiológica interna somar-se uma corrente de origem externa, de-
vida a um contato elétrico, ocorrerá no organismo humano uma alteração de funções vitais normais
que, dependendo da duração da corrente, pode levar o indivíduo até à morte. Não foi fácil fixar os li-
mites de corrente e de tempo acima dos quais começam a verificarem-se os distúrbios.
Experiência realizada a partir dos anos 30 com animais, com seres humanos vivos e com cadá-
veres na Alemanha, França e nos Estados Unidos, permitem definir quatro fenômenos patológicos crí-
ticos:

3.3.1. - Tetanização: É a paralisia muscular provocada pela circulação de corrente através dos tecidos
nervosos que controlam os músculos. Superposta aos impulsos de comando da mente, a corrente os
anula, podendo bloquear um membro ou o corpo inteiro. De nada valem, nestes casos, a consciência do
indivíduo e sua vontade de interromper o contato. Os valores médios medidos indicam que esse nível
de corrente é de 16 mA para homens e 10,5 mA para as mulheres, com valores mínimos respectiva-
mente de 9 mA e 6 mA, verificados em 0,5% das pessoas de uma determinada amostragem estatística.

3.3.2. - Parada respiratória: Quando estão envolvidos na tetanização os músculos peitorais, os pul-
mões são bloqueados e pára a função vital de respiração. Trata-se de uma situação de emergência.
Quando uma corrente elétrica prolongada passa pelo tórax, os músculos respiratórios podem ter uma
contração conduzindo à asfixia com cianose, o que rapidamente leva à perda de consciência, perda de
respiração e morte, a menos que a corrente seja interrompido e provido de socorro imediato à vítima.
A corrente mínima capaz de provocar esta situação é da ordem de 20 a 30 mA, em corrente alternada.

3.3.3. - Queimaduras: A passagem da corrente elétrica pelo corpo humano é acompanhada do desen-
volvimento de calor por efeito Joule, podendo produzir queimaduras. Nos pontos de entrada e saída da
corrente a situação torna-se mais crítica, tendo em vista, principalmente, a elevada resistência da pele e
a maior densidade de corrente naqueles pontos. As queimaduras produzidas por corrente elétrica são,
via de regra, as mais profundas e as de cura mais difícil, podendo mesmo causar a morte por insufici-
ência renal.

3.3.4. - Fibrilação ventricular: Se a corrente atinge diretamente o músculo cardíaco, poderá perturbar
seu funcionamento. Os impulsos periódicos que em condições normais regulam as contrações (sístole)
e as expansões(diástole) são alterados; o coração vibra desordenadamente e, em termos técnicos. "per-
de o passo". A situação é de emergência extrema porque cessa o fluxo vital de sangue ao corpo. Ob-
serve-se que a fibrilação é um fenômeno irreversível, que se mantém mesmo quando cessa a causa; só
pode ser anulada mediante o emprego de um equipamento chamado "desfibrilador", disponível, via de
regra, apenas em hospitais.
Durante o funciona-
mento normal do coração,
existe perfeita sincronização
das aurículas e ventrículos,
representada num eletrocar-
diograma pelas regiões P. Q,
R, S e T da figura 3.9.
Quando uma corrente elétri-
ca de certa intensidade passa
pelo tórax pode ocorrer a
fibrilação ventricular, carac-
Figura 3.9 - Eletrocardiograma terizada por contrações to-
talmente assíncronas (200 a
500 por minuto) das fibras
do miocárdio.
Normalmente este fenômeno é função do tempo de duração da corrente e ocorre com valores
acima de 50 mA. Estima-se que a fração de corrente correspondente que circula através do coração
seja de 20 a 100 A. Este distúrbio leva à interrupção da circulação do sangue, o que conduz, após
alguns minutos, a danos irreversíveis ao cérebro e ao próprio coração, podendo tornar impossível a
defibrilação. A fibrilação pode se iniciar com um único impulso elétrico de suficiente intensidade, se
ele coincidir com o chamado "período vulnerável", correspondente à parte inicial da região T da figura
3.9.
A mínima corrente capaz de produzir a fibrilação obviamente não pode ser medida num ser
humano, como foi feito no caso da determinação do limiar de percepção ou da perda do controle mus-
cular. Essa corrente é avaliada a partir da análise de acidentes elétricos e da extrapolação de dados ob-
tidos em testes realizados em animais.

A publicação 479 da IEC, por sua vez, fornece um gráfico que estabelece regiões que indicam
efeitos prováveis da corrente elétrica no ser humano, em função de seu valor e do tempo de aplicação,
vide a figura 3.10.

Figura 3.10

3.3.5. - Limiar da percepção: O limiar de percepção é usualmente definido como o valor mínimo de
corrente fluindo de uma mão à outra, que causa alguma sensação à pessoa. Essa capacidade varia de
pessoa para pessoa na faixa 0,5 a 2,0 mA em 60 Hz. Observa-se que as mulheres tem maior sensibili-
dade à corrente elétrica do que os homens.
Tabela 3.4. - Resistência de um pé calçado
Superfície Superfície seca Superfície úmida
Faixa em kohms Média em kohms Faixa em kohms Média em kohms

Asfalto 1 300 a 1 500 1 364 25 a 85 60,00


Paralelepípedos asfalto* 700 a 750 720 2,0 a 8,0 3,84
Terra Natural 50 a 900 160 0,25 a 10,0 0,30
Areia (camadade1cm) 35 a 110 72,1 0,5 a 1,3 0,93
Saibro (camadade5cm) 15 a 35 22,8 0,8 a 1,4 0,93
Brita (camadade5cm) 800 a 1000 936 10 a 25 15,50
Concreto com areia 400 a 700 553 0,7 a 1,6 1,08
Paralelepípedos com areia 750 a 1 000 858 10 a 40 19,30
Concreto com asfalto 300 a 1 100 677 10 a 60 25,40
Paralelepípedos asfalto** 400 a 1 500 698 80 a 250 151
Observações:
1 = 1 640 ohms.m; 2 = 77 ohms.m; h = 1,8 m
* - Paralelepípedos concretados sobre asfalto; ** - Paralelepípedos com asfalto.
Existem vários fatores que interferem neste valor, a saber:
 Condições do contato, tais como pressão, temperatura e umidade;
 Freqüência da corrente, havendo maior sensibilidade na faixa de 10 a 1 000 Hz. Em corrente contí-
nua, por exemplo, o valor médio situa-se em torno de 5mA.
 Região do corpo afetada. Os valores acima referem-se a sensibilidade da palma da mão. Outras
partes do corpo apresentam valores diferentes e um dos órgãos mais sensíveis no ser humano é a
boca (língua), cuja capacidade de percepção é de 45 A.

3.4. - Resistência do contato pé solo: A corrente de choque pode ser limitada mediante a introdução
de um meio semi-isolante em série com o corpo humano, como indicado na figura 3.1 e figura 3.2. Isto
é possível, por exemplo, com uma camada de brita, asfalto, ou outro material de alta resistividade so-
bre a superfície do solo natural nos locais de acesso. Este método só é justificável quando o meio semi-
isolante tem resistividade muito superior à camada superficial do solo (da ordem de 5 a 10 vezes ou
mais). Isto porque o próprio solo natural já oferece certa resistência de aterramento ao contato dos pés
sobre a superfície. Essa resistência dependerá de diversos fatores, como a resistividade do solo ou ca-
mada semi-isolante, quando existir, peso aplicado aos pés e posição dos pés, próximos ou distantes
entre si. O exemplo do comportamento da resistência apresenta a tabela 3.4
Da análise da tabela 3.4 observamos os seguintes pontos importantes:
a). - O concreto seco é um bom meio semi-isolante, porém quando umedecido sua resistividade dimi-
nui drasticamente. Não deve ser utilizado como material de emenda de paralelepípedos ou lajotas de
concreto em calçadas, onde houver o perigo de choque elétrico por injeção de corrente no solo.
b). - A brita quando úmida perde muito de suas características isolantes. Vale notar que britas originá-
rias de fontes diferentes podem apresentar resistividades diferentes.
c). - A areia ou saibro não tem função
isolante. Pelo contrário, quando são so-
brepostos ao terreno original, devido à
acomodação do pé sobre a superfície e o
conseqüente aumento da área de contato,
tem um desempenho pior do que a terra
naturalmente compactada.
d). - O asfalto comum, mostrou-se o
melhor meio semi-isolante entre aqueles
testados, inclusive quando umedecido.
Produtos derivados de asfalto mostra-
Figura 3.11 - Superfícies equipotenciais de uma haste.
ram-se excelente alternativa para emen-
das de paralelepípedos, lajes de concreto, etc. sem comprometer o valor da resistência de aterramento
de um pé sobre a superfície úmida.

Figura 3.12. - Curvas equipotenciais de


um condutor horizontal. Figura 3.13. - Curvas equipotenciais de
duas hastes.
3.5 - Curvas equipotenciais: É o lugar geométrico dos pontos do sistema que apresentam o mesmo
potencial no solo. Nas figuras a seguir, indicamos algumas curvas equipotenciais.
3.6. - Gradiente de potencial: É a re-
lação entre a diferença de potencial en-
tre dois pontos quaisquer, separados por
uma distância, conforme indicam a fi-
gura 3.15 e figura 3.16.

O gradiente de potencial é por defini-


ção:

V2  V1 V
Figura 3.14. - Curvas equipotenciais em torno de uma GradV   3.2
malha. d 2  d 1 d

Figura 3.16. - Gradiente de potencial - concei-


to Figura 3.15. - Gradiente de poten-
cial entre dois pontos.
3.7. - Gradiente de resistência de aterramento: É a relação entre a diferença do valor da resistência
de aterramento entre dois pontos separados por uma distância qualquer e essa distância, conforme in-
dica a figura 3.17
R  R 1 R
Grad(Re sistencia )  2   tan  3.3
d 2  d1 d

3.8. - Gradiente crítico: É o máximo valor do gra-


diente que pode existir, para a máxima corrente de
curto circuito para a terra acima do qual não existe
segurança de pessoal.

Figura 3.17 - Gradiente de resistência.

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