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SISTEMAS DE
ATERRAMENTO
6.1 INTRODUÇÃO
Existem partes do sistema elétrico que necessitam ser ligados à terra em pontos
estratégicos, para efeito de dissipação de energia durante desequilíbrios, mas, em geral,
os sistemas elétricos não precisam estar ligados à terra para funcionarem. Mas, nos
sistemas elétricos, quando designamos as tensões, geralmente, elas são referidas à terra.
Dessa forma, a terra representa um ponto de referência (ou um ponto de potencial zero)
ao qual todas as outras tensões são referidas. De fato, como um equipamento
computadorizado se comunica com outros equipamentos, uma tensão de referência
"zero" é crítica para a sua operação apropriada. A terra, portanto, é uma boa escolha
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como ponto de referência zero, uma vez que ela nos circunda em todos os lugares.
Quando alguém está de pé em contato com a terra, seu corpo está aproximadamente no
potencial da terra. Se a estrutura metálica de uma edificação está aterrada, então todos
os seus componentes metálicos estão aproximadamente no potencial de terra.
TENSÃO DE CONTATO
TENSÃO DE TOQUE
Se uma pessoa toca um equipamento sujeito a uma tensão de contato, pode ser
estabelecida uma tensão entre mãos e pés, chamada de tensão de toque. Neste caso,
pode-se ter a passagem de uma corrente elétrica pelo braço, tronco e pernas, cuja
duração e intensidade poderão provocar fibrilação cardíaca, queimaduras ou outras
lesões graves ao organismo.
TENSÃO DE PASSO
Quando uma corrente elétrica é descarregada para o solo, ocorre uma elevação do
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POTENCIAL TRANSFERIDO
RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO
O segundo componente também pode ser tomado pequeno desde que o eletrodo e
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• Tipo de solo;
• A geometria das malhas de aterramento;
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• Tipo de solo;
• Mistura de diversos tipos de solo;
• Solos com camadas estratificadas com profundidades e materiais
diferentes;
• Teor de umidade;
• Temperatura;
• Compactação e pressão;
• Composição química dos sais dissolvidos na água retida.
HASTE DE ATERRAMENTO
O aterramento é feito por meio de hastes verticais que são interligadas em paralelo
para diminuir a resistência de terra (Figura 6.7). Esse é o método mais utilizado em
residências e para aterrar isoladamente a massa de um equipamento.
com 4,0 m de comprimento por 1 polegada de diâmetro. Cabe lembrar que, quanto
maior a haste , mais riscos corremos de atingir dutos subterrâneos (telefonia, gás , etc...)
na hora da sua instalação. Quanto à haste , podemos encontrar no mercado dois tipos
básicos:
MALHAS DE ATERRAMENTO
ESTRUTURAS METÁLICAS
a) Dispositivos mecânicos
b) Solda exotérmica
É fácil de instalar, apresenta uma baixa resistência de contato, porém não podem
ser desconectados para as medições de resistência de aterramento.
(a) (b)
Figura 6.11 – (a) Com aterramento – com proteção; (b) Sem aterramento – sem proteção
(a) (b)
Figura 6.13 – (a) Sistema sem aterramento; (b) sistema com aterramento.
No sistema isolado não se tem o contato do neutro com a terra. Neste caso se uma
das três fases do sistema entrar em contato com a terra, intencionalmente ou não, não se
detecta corrente de defeito. A proteção não detecta o defeito e, portanto o circuito não é
desligado. Os sistemas não aterrados foram muito populares nas instalações industriais
na primeira metade do século 20, precisamente porque as cargas acionadas por motores,
que eram muito comuns na época, não parariam simplesmente por causa de um curto-
circuito fase-terra.
caso se uma das três fases do sistema entrar em contato com a terra, intencionalmente
ou não, a impedância limita o valor da corrente de curto. Esse tipo de sistema é
intermediário aos outros dois, pois nem permite um alto valor de corrente de curto, nem
a elimina completamente.
No sistema solidamente aterrado, o contato do neutro com a terra é feito por cabos
de baixa impedância, fazendo com que toda a corrente que surja no neutro rapidamente
seja eliminada pelo aterramento. A terra e os equipamentos se tornam equipotenciais,
não permitindo que haja deslocamento do neutro no momento do defeito. Neste caso as
correntes de defeito são elevadas o que facilita a detecção pela proteção de defeitos do
sistema para a terra. O sistema é mais seguro quanto à detecção de faltas para a terra e
na proteção de pessoas, mas estará sujeito a uma quantidade maior de paradas e
manutenções.
• Esquema TT
• Esquema TN
• Esquema IT
Esquema TT
insuficiente para acionar disjuntores ou fusíveis, mas suficiente para colocar em perigo
uma pessoa. Portanto, ela deve ser detectada e eliminada por dispositivos mais
sensíveis, geralmente chamados de interruptores diferenciais residuais (DRs).
Esquema TN
O esquema pode ser do tipo TN-S, quando as funções de neutro e proteção forem
realizadas por condutores separados (N = neutro e PE = proteção), ou TN-C, quando
essas funções forem realizadas pelo mesmo condutor (PEN). Há ainda o esquema misto,
chamado de TN-C-S.
Esquema IT
Após a aparição de uma primeira falta, sua detecção e eliminação requerem o uso
de dispositivos sensíveis à corrente diferencial sobre cada circuito. Quando a
interrupção é efetuada na primeira falta, a detecção de faltas deve ser realizada por
dispositivos sensíveis à corrente diferencial ou por dispositivo supervisor de isolamento
que provoque a interrupção geral da alimentação.
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O uso dos sistemas IT é restrito aos casos onde uma primeira falha não pode
desligar imediatamente a alimentação, interrompendo processos importantes (como em
salas cirúrgicas, certos processos metalúrgicos, etc.).
MODELO COMPUTACIONAL
A solução para definir um projeto adequado está relacionada com a
disponibilidade de modelos apropriados, capazes de representar os aspectos
fundamentais dos fenômenos que ocorrem no sistema de aterramento.
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MODELOS DE SOLO
MODELOS DE ELETRODO
PÁRA-RAIOS DE HASTE
GAIOLA DE FARADAY
Nível II Elevado 95 10
Nível IV Baixo 80 20
O número dos condutores da malha pode ser determinado para qualquer dimensão
da malha pela equação abaixo
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Onde:
Onde