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MÓDULO 6

Medidas de Controle do
Risco Elétrico
Proteção Contra Choques Elétricos
• Segundo a NR-5410, essas medidas podem
ser resumidas em:

• Partes vivas não devem ser acessíveis;

• Massas ou partes vivas acessíveis não


devem oferecer perigo sejam em
condições normais seja em caso de
alguma falha que as tornem
acidentalmente vivas;
Proteção Contra Choques Elétricos
Existem dois tipos de proteção:

• A)Proteção básica;

• B) Proteção supletiva;
Tipos de Proteção
• A) Proteção Básica

• Isolação básica ou separação básica;

• Uso de barreira ou invólucro;

• Limitação da tensão;
Tipos de Proteção
• B) Proteção Supletiva

• Equipotencialização e seccionamento
automático de alimentação;

• Isolação suplementar;

• Separação elétrica;
Proteção Contra Choques
Elétricos NR-5410
• Proteção contra contatos diretos:

• As pessoas e os animais devem ser protegidos


contra os perigos que possam resultar de um
contato com partes vivas da instalação;

• Proteção contra contatos indiretos:

• As pessoas e os animais devem ser protegidos


contra os perigos que possam resultar de um
contato com massas colocadas acidentalmente
sob tensão;
Proteção Contra Choques
Elétricos NR-5410

• Proteção contra efeitos térmicos:

• A instalação elétrica deve estar disposta de


maneira a excluir qualquer risco de incêndio
de materiais inflamáveis devido a temperaturas
elevadas ou arcos elétricos.

• Além disso, em serviço normal, as pessoas e os


animais domésticos não devem correr riscos de
queimaduras.
Proteção Contra
Sobrecorrentes - NR-5410
• Proteção contra correntes de sobrecarga:

Qualquer circuito deve ser protegido por dispositivos que


interrompam a corrente nesse circuito quando esta,
em pelo menos um de seus condutores, ultrapassar o
valor da capacidade de condução de corrente e, em
caso de passagem prolongada, possa provocar uma
deterioração da isolação dos condutores.

• Proteção contra correntes de curto-circuito:

Todo circuito deve ser protegido por dispositivos que


interrompam a corrente nesse circuito quando pelo
menos um de seus condutores for percorrido por uma
corrente de curto-circuito, devendo a interrupção
ocorrer em um tempo suficientemente curto para evitar a
deterioração dos
condutores.
Proteção Contra
Sobrecorrentes - NR-5410

• Proteção contra sobretensões:

As pessoas, os animais domésticos e os bens


devem ser protegidos contra as conseqüências
prejudiciais devidas a uma falta elétrica entre
partes vivas de circuitos com tensões nominais
diferentes e a outras causas que possam
resultar em sobretensões (fenômenos
atmosféricos, sobretensões de manobra,
etc.).
Seccionamento e Comando – NR-5410
• Dispositivos de parada de emergência:

Se for necessário, em caso de perigo, desenergizar um


circuito, deve ser instalado um dispositivo de parada de
emergência, facilmente identificável e rapidamente
manobrável.

• Dispositivos de seccionamento:

Devem ser previstos dispositivos para permitir o


seccionamento da instalação elétrica, dos circuitos ou
dos equipamentos individuais, para manutenção, verificação,
localização de defeitos e reparos.
Outras Proteções – NR-5410
• Independência da instalação elétrica
• A instalação elétrica deve ser disposta de modo a excluir
• qualquer influência danosa entre a instalação elétrica e as
• instalações não elétricas da edificação.

• Acessibilidade dos componentes


• Os componentes da instalação elétrica devem ser dispostos
• de modo a permitir:
• a) espaço suficiente para a instalação inicial e eventual
• substituição posterior dos componentes individuais;
• E b) acessibilidade para fins de serviço, verificação,
• manutenção e reparos.
Outras Proteções – NR-5410
• Condições de alimentação:
As características dos componentes devem ser adequadas
às condições de alimentação da instalação elétrica
na qual sejam utilizados. Em particular, a tensão nominal
de um componente deve ser igual ou superior à tensão sob
a qual o componente é alimentado.

• Condições de instalação:
Qualquer componente deve possuir, por construção,
características adequadas ao local onde é instalado,
que lhe permitam suportar as solicitações a que possa
ser
submetido.
Outras Proteções – NR-5410
• O projeto, a execução e a manutenção das
instalações elétricas só devem ser confiados a
pessoas habilitadas a conceber e executar os
trabalhos em conformidade com esta Norma.
Medidas de Proteção Coletiva
• As medidas de proteção coletivas são
providências estratégicas abrangentes ao
coletivo dos trabalhadores expostos à mesma
condição de risco.

• Devemos associá-las as medidas técnicas


e/ou ações que envolvem recursos
físicos. Abaixo relacionamos das conforme
abaixo:

• Desenergização elétrica
Medidas de proteção Coletiva
• Tensão de Segurança

• Isolação das partes vivas

• Obstáculos e anteparos

• Barreiras e invólucros

• Aterramentos

• SPDA
Medidas de Proteção Coletiva
• Equipotencialização

• Dispositivo Diferencial Residual(DDR ou DR)

• Distâncias Mínimas de Segurança

• Separação elétrica

• EPC - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA


e EPI – EQUIPAMENTO E PROTEÇÃO
INDIVIDUAL
DESENERGIZAÇÃO
• É a medida que deve ser adotada,
prioritariamente. Compreende os seis
passos a serem seguidos, conforme :

• 1-Seccionamento;

• 2-Impedimento de reenergização;

• 3- Constatação da ausência de tensão;


DESENERGIZAÇÃO
• 4- Instalação de aterramento temporário
com equipotencialização dos condutores
dos circuitos;

• 5-Proteção dos elementos energizados


existentes na zona controlada;

• 6- Instalação da sinalização de
impedimento de reenergização;
Aterramento - Definição
• Ligação intencional à terra através da qual correntes
elétricas podem fluir.

• O aterramento pode ser:

• Funcional: ligação através de um dos condutores do


sistema neutro.

• Proteção: ligação à terra das massas e dos elementos


condutores estranhos à instalação.

• Temporário: ligação elétrica efetiva com baixa impedância


intencional à terra, destinada a garantir a
equipotencialidade e mantida continuamente durante a
intervenção na instalação elétrica.
Potencial de terra
Objetivos do Aterramento Elétrico
• Primeiro Objetivo

• 1-Controlar a tensão em relação a terra


dentro de limites previsíveis. O controle se da
através das seguintes formas:

• - Limita o esforço da tensão mecânica na isolação


dos condutores;
• - Diminui interferências eletromagnéticas;
• - Reduz os perigos de choque para as pessoas
que eventualmente tocarem as partes vivas do
circuito.
Objetivos do Aterramento Elétrico
• Segundo Objetivo:
• Oferecer um caminho seguro em direção a terra,
controlado e de baixa impedância para as correntes
induzidas pelas descargas atmosféricas.
Funções Básicas de um
Sistema de Aterramento
• Segurança pessoal

• Seccionamento automático da alimentação

• Controle de tensões (de Toque e de Passo)

• Minimização de Transitórios

• Escoamento de descargas estáticas

• Aterramento de equipamentos eletrônicos


Segurança Pessoal
• A conexão dos equipamentos elétricos ao sistema de
aterramento deve permitir que a corrente de falta
passe através do condutor de aterramento ao
invés de percorrer o corpo de uma pessoa que
eventualmente toque o equipamento durante uma falha
de isolação do circuito.
Fonte e Massa Aterradas
Fonte Aterrada e
Aterramento de Massa
Interrompido
Fonte Isolada e Massa Aterrada
Fonte Isolada e
Aterramento da Massa
Interrompido
Seccionamento Automático
da Alimentação
• O sistema de aterramento deve oferecer um percurso
de baixa impedância de retorno da corrente de
falta para a terra permitindo desta forma a operação
automática rápida e segura do dispositivo de
proteção.
Seccionamento Automático
da Alimentação
Controle de Tensões
• O aterramento deve permitir um controle de
tensões desenvolvidas no solo (tensões de
passo e de toque) quando um curto circuito
fase terra retorna através da terra para a
fonte próxima ou quando da ocorrência de
uma descarga atmosférica no local.
Tensão de Toque
• Se uma pessoa toca um equipamento
sujeito a uma tensão de contato pode ser
estabelecida uma tensão entre suas mãos
e seus pés chamada tenção de toque.

• Em conseqüência poderemos ter a passagem


de uma corrente elétrica através de seu braço
tronco e pernas cuja duração em intensidade
poderão provocar fibrilação cardíaca
queimaduras ou outras lesões graves em seu
organismo
Tensão de Toque
Tensão de Passo
• Ao se desviar para o solo a corrente elétrica produz
uma elevação do potencial em torno do eletrodo de
aterramento formando gradientes de queda de
tensão com valor máximo junto ao eletrodo e mínimo
quando muito afastado dele.

• Se uma pessoa estiver de pé em qualquer ponto


dentro da região onde esta esta distribuição de
potencial entre seus pés aparecera uma diferença
de potencial denominada tensão de passo a qual e
definida para uma distancia de 1m entre pés.

• Conseqüentemente poderá haver a circulação de uma


corrente elétrica através das pernas do individuo
geralmente de menor valor do que aquele da tensão de
toque.
Tensão de Passo
Minimização de Transitórios
• O sistema de aterramento estabiliza a
tensão durante transitórios do sistema
elétrico provocados por faltas para a terra
chaveamentos etc de forma que não
apareçam sobretensões perigosas
durantes esses períodos que possam
provocar a ruptura da isolação dos
equipamentos elétricos;
Escoamento de Cargas Estáticas
• O aterramento deve escoar para a terra as cargas
estáticas acumuladas nas estruturas carcaças de
equipamentos etc
Aterramento dos
Equipamentos Eletrônicos
• Para os equipamentos eletrônicos o aterramento deve
fornecer um plano de referencia quieto sem
perturbações de modo que os equipamentos possam
operar satisfatoriamente tanto em altas quanto em
baixas freqüências.
O Aterramento de Proteção
em Atendimento a NR-10
• Devem ser aterrados entre outros os seguintes pontos das
instalações:

• Aterramento Fixo (invólucros carcaças de equipamentos


barreiras e obstáculos que fazem parte das instalações
elétricas);

• Aterramento Temporário;

• Aterramento de redes e linhas elétricas (linhas de


transmissão);

• Aterramento de veículos (atividades em linha viva e


carregamento e descarregamento de cargas explosivas);
Componentes Principais
das Instalações de
Aterramento
• Eletrodos de Terra;

• Malha de Terra;

• Conectores e terminais de aterramento;

• Cordoalhas de aterramento;

• Conexões exotérmicas;

• Tratamento químico do solo.


Eletrodos
Outros Eletrodos
Aterramento Funcional
• Esquema de aterramento
• Conforme a NBR-5410/2004 são considerados os
esquemas de aterramento TN / TT / IT, cabendo as
seguintes observações sobre as ilustrações e símbolos
utilizados:
Aterramento Funcional
• Na classificação dos esquemas de aterramento é
utilizada a seguinte simbologia:

• primeira letra — Situação da alimentação em


relação à terra:
• T = um ponto diretamente aterrado;
• • • • I = isolação de todas as partes vivas em
relação à terra ou aterramento de um ponto
através de impedância;

• segunda letra — Situação das massas da


instalação elétrica em relação à terra:
Aterramento Funcional
• T = massas diretamente aterradas,
independentemente do aterramento eventual de
um ponto da alimentação;
• N = massas ligadas ao ponto da alimentação
aterrado (em corrente alternada, o ponto aterrado
é normalmente o ponto neutro);
• outras letras (eventuais) — Disposição do
condutor neutro e do condutor de proteção:
• S = funções de neutro e de proteção asseguradas
por condutores distintos;
• C = funções de neutro e de proteção combinadas
em um único condutor (condutor PEN).
Esquema TT
• O esquema TT possui um ponto da
alimentação diretamente aterrado,
estando as massas da instalação ligadas a
eletrodo(s) de aterramento eletricamente
distinto(s) do eletrodo de aterramento da
alimentação, figura abaixo.
Esquema TT
Esquema TN
• O esquema TN possui um ponto da
alimentação diretamente aterrado, sendo
as massas ligadas a esse ponto através de
condutores de proteção. São consideradas
três variantes de esquema TN, de acordo
com a disposição do condutor neutro e do
condutor de proteção, a saber:
– A. Esquema TN-S, no qual o condutor
neutro e o condutor de proteção são
distintos, figura abaixo;
Esquema TN-S
Esquema TN-C
• B. Esquema TN-C, no qual as funções de neutro e de
proteção são combinadas em um único condutor, na
totalidade do esquema, figura abaixo;
Esquema TN-C-S
Esquema IT
• No esquema IT todas as partes vivas são isoladas da
terra ou um ponto da alimentação é aterrado através
de impedância, figura abaixo. As massas da instalação
são aterradas, verificando-se as seguintes possibilidades:

• massas aterradas no mesmo eletrodo de aterramento
da alimentação, se existente;

• massas aterradas em eletrodo(s) de aterramento


próprio(s), seja porque não há eletrodo de aterramento
da alimentação, seja porque o eletrodo de aterramento das
massas é independente do eletrodo de aterramento da
alimentação
Esquema IT
Aterramento Temporário
• Definições de Termos Importantes Contidos no
Glossário da NR-10

• Aterramento Elétrico Temporário: ligação


elétrica efetiva confiável e adequada
intencional à terra, destinada a garantir a
equipotencialidade e mantida
continuamente durante a intervenção na
instalação elétrica.
Aterramento temporário
• O aterramento elétrico de uma instalação tem por função
evitar acidentes gerados pela energização acidental
da rede, propiciando rápida atuação do sistema
automático de seccionamento ou proteção.

• Também tem o objetivo de promover proteção aos


trabalhadores contra descargas atmosféricas que possam
interagir ao longo do circuito em intervenção.

• Esse procedimento deverá ser adotado a montante (antes)


e a jusante (depois) do ponto de intervenção do circuito e
derivações se houver, salvo quando a intervenção ocorrer
no final do trecho. Deve ser retirado ao final dos serviços.
Aterramento temporário
• A energização acidental pode ser causada por:

• Erros na manobra;

• Fechamento de chave seccionadora;

• Contato acidental com outros circuitos


energizados, situados ao longo do circuito;

• Tensões induzidas por linhas adjacentes ou que


cruzam a rede;
Aterramento temporário
Fontes de alimentação de terceiros (geradores);
Linhas de distribuição para operações de
manutenção e instalação e colocação de
transformador;

• Torres e cabos de transmissão nas operações de


construção de linhas de transmissão;

• Linhas de transmissão nas operações de


substituição de torres ou manutenção de
componentes da linha;

• Descargas atmosféricas.
Aterramento temporário
• Para cada classe de tensão existe um tipo de aterramento
temporário. O mais usado em trabalhos de manutenção ou
instalação nas linhas de distribuição é um conjunto ou ‘Kit’ padrão
composto pelos seguintes elementos:

• vara ou bastão de manobra em material isolante, com cabeçotes


de manobra;

• grampos condutores – para conexão do conjunto de aterramento


com os condutores e a terra;

• trapézio de suspensão - para elevação do conjunto de grampos à


linha e conexão dos cabos de interligação das fases, de material
leve e bom condutor, permitindo perfeita conexão elétrica e
mecânica dos cabos de interligação das fases e descida para terra;
Aterramento temporário
• grampos – para conexão aos condutores e ao ponto de
terra;

• cabos de aterramento de cobre, extraflexível e isolado;

• trado ou haste de aterramento – para ligação do conjunto de


aterramento com o solo, deve ser dimensionado para
propiciar baixa resistência de terra e boa área de contato
com o solo.

• Nas subestações, por ocasião da manutenção dos


componentes, se conecta os componentes do aterramento
temporário à malha de aterramento fixa, já existente.
Aterramento
Temporário
Equipotencialização
• É o procedimento que consiste na interligação de
elementos especificados, visando obter a
equipotencialidade necessária para os fins desejados.

• Todas as massas de uma instalação devem estar


ligadas a condutores de proteção.

• Todas as massas da instalação situadas em uma mesma


edificação devem estar vincula-das à equipotencialização
principal da edificação e, dessa forma, a um mesmo e
único eletrodo de aterramento. Isso sem prejuízo de
eqüipotencializações adicionais que se façam necessárias,
para fins de proteção contra choques e/ou de
compatibilidade eletromagnética.
Equipotencialização
• Massas simultaneamente acessíveis devem estar vinculadas a um
mesmo eletrodo de aterramento, sem prejuízo de
eqüipotencializações adicionais que se façam necessárias, para
fins de proteção contra choques e/ou de compatibilidade
eletromagnética.

• Massas protegidas contra choques elétricos por um mesmo


dispositivo, dentro das regras da proteção por seccionamento
automático da alimentação, devem estar vinculadas a um mesmo
eletrodo de aterramento, sem prejuízo de eqüipotencializações
adicionais que se façam necessárias, para fins de proteção contra
choques e/ou de compatibilidade eletromagnética.

• Todo circuito deve dispor de condutor de proteção, em toda sua


extensão.
Esquema de Ligação
Equipotencial Principal
Sinalização para as
conexões dos condutores
de equipotencialização
Contato Direto
• É o contato
acidental, seja por
falha de
isolamento, por
ruptura ou
remoção indevida
de partes
isolantes: ou, então,
por atitude
imprudente de uma
pessoa com uma
parte elétrica
normalmente
energizada (parte
viva);
Contato Indireto
• É o contato entre
uma pessoa e uma
parte metálica de
uma instalação ou
componente,
normalmente sem
tensão, mas que
pode ficar
energizada por falha
de isolamento ou por
uma falha interna.
SECCIONAMENTO
AUTOMÁTICO DA
ALIMENTAÇÃO
• Segundo a NBR-5410:2004, a medida de proteção contra
choques elétricos de aplicação mais geral é aquela que
se faz através da proteção por seccionamento
automático da alimentação em conjunto com a
equipotencialização.

• E “a equipotencialização e o seccionamento
automático da alimentação se completam de forma
indissociável”;

• O seccionamento automático destina-se a evitar que uma


eventual tensão de contato se mantenha por um tempo que
possa resultar em risco de efeito psicológico perigoso para
as pessoas.
SECCIONAMENTO
AUTOMÁTICO DA
ALIMENTAÇÃO
• O seccionamento automático possui um dispositivo de
proteção que deverá seccionar automaticamente a
alimentação do circuito ou equipamento por ele protegido
sempre que uma falta (contato entre parte viva e massa,
entre parte viva e condutor de proteção e ainda entre partes
vivas) no circuito ou equipamento der origem a uma
corrente superior ao valor ajustado no dispositivo de
proteção, levando-se em conta o tempo de exposição à
tensão de contato.

• Cabe salientar que estas medidas de proteção requer a


coordenação entre o esquema de aterramento adotado
e as características dos condutores e dispositivos de
proteção.
SECCIONAMENTO
AUTOMÁTICO DA
ALIMENTAÇÃO

• O seccionamento automático é de suma


importância em relação a:

• proteção de contatos diretos e indiretos de


pessoas e animais;

• proteção do sistema com altas temperaturas e


arcos elétricos;
SECCIONAMENTO
AUTOMÁTICO DA
ALIMENTAÇÃO

• quando as correntes ultrapassarem os valores


estabelecidos para o circuito;

• proteção contra correntes de curto-circuito;

• proteção contra sobre tensões.


Valores Máximos da Tensão
de Contato Limite UL
• Um dispositivo deve seccionar automaticamente a
alimentação do circuito contra contatos indiretos,
sempre que uma falta entre a parte viva e a massa do
circuito ou equipamento protegido resulte em uma
tensão de contato de valor superior a UL, conforme
definido na norma NBR-5410
Tempos Máximos de
Seccionamento no TN
SECCIONAMENTO
AUTOMÁTICO DA
Ia
ALIMENTAÇÃO

U0
DISPOSITIVO
DE
FONT PROTEÇÃO
E CARG
A
Zs UL

U0<=Zs.Ia,
Onde: Uo – Tensão Nominal fase e terra; Zs – Impedância do
percurso da corrente de falta; Ia – Corrente que assegura a atuação
do dispositivo de proteção em um tempo, no máximo igual ao
especificado na tabela 25 da NR-10
Dispositivos DR
Dispositivos de proteção à

corrente Diferencial-

Residual

Detecção de correntes de fuga à terra, com


desligamento automático do circuito protegido
DISPOSITIVOS A
CORRENTE DE FUGA
• Dispositivo de proteção operado por
corrente:
• Esse dispositivo tem por finalidade desligar da
rede de fornecimento de energia elétrica, o
equipamento ou instalação que ele protege, na
ocorrência de uma corrente de fuga que
exceda determinado valor, sua atuação deve
ser rápida, menor do que 0,2 segundos (Ex.:
DDR), e deve desligar da rede de fornecimento
de energia o equipamento ou instalação elétrica
que protege.
DISPOSITIVOS A
CORRENTE DE FUGA

• É necessário que tanto o dispositivo quanto o equipamento


ou instalação elétrica estejam ligados a um sistema de
terra. O dispositivo é constituído por um
transformador de corrente, um disparador e o
mecanismo liga-desliga. Todos os condutores
necessários para levar a corrente ao equipamento, inclusive
o condutor terra, passam pelo transformador de corrente.
Este transformador de corrente é que detecta o
aparecimento da corrente de fuga. Numa instalação
sem defeitos, a somatória das correntes no primário
do transformador de corrente é nula, conforme mostra
a figura abaixo.
Esquema de Ligação - DDR
Esquema de Ligação - DDR
• Em caso de uma fuga de
corrente à terra, a
somatória das correntes
no primário do
transformador de corrente
passa a ser diferente de
zero, induzindo, desta
forma, uma tensão no
secundário que está
alimentando o disparador e
que, num tempo inferior a
0,2 segundos, acionará o
interruptor.
Esquema de Ligação - DDR
• Os dispositivos fabricados normalmente têm
capacidade de interromper o fornecimento de
energia elétrica a equipamentos ou a circuitos
elétricos que operem com correntes até 160A.

• A sensibilidade exigida do dispositivo, para


detectar correntes de fuga, dependerá das
características do circuito em será instalado (relés
de sobre corrente de fase e neutro, relés de alta
impedância,etc).

• A tabela abaixo apresenta a sensibilidade de vários
dispositivos de proteção para diversas capacidades de
interrupção de corrente.
Valores das correntes de fuga
detectados pelos vários tipos
de dispositivo de proteção.
Dispositivos DR

• A figura a seguir apresenta a curva


característica de disparo do dispositivo DDR
com sensibilidade para 30 mA. As curvas
"a" e "b", no gráfico, limitam as faixas de
correntes perigosas para o ser humano.
Temos, então, a formação de três regiões:

• Região l - Os valores de corrente de fuga versus


tempo de circulação pelo corpo não têm
influência no ritmo cardíaco e no sistema
nervoso;
Dispositivos DR

• Região II - A intensidade de corrente é


insuportável, inconveniente, passando de 50 m
A aproximadamente;

• Região III – Além de causar inconveniência,


causam a fibrilação ventricular, podendo
levar a morte. Observamos, portanto, que a
curva característica do dispositivo fica situada
totalmente fora da Região III, que é a região
perigosa, e que a atuação é extremamente
rápida, menor do que 30 mS.
Dispositivos DR
• A faixa hachurada
existente entre 15
e 30 mA, identifica
a faixa de
corrente em que
o dispositivo
deverá operar.
Dispositivos DR
• Como observamos, o dispositivo para detecção da corrente
de fuga de 30 mA, não somente desliga com a
ocorrência de contato com as partes condutoras do
aparelho, não pertencentes aos seus circuitos
elétricos, ligados à terra, como também oferece uma
proteção a pessoas em caso de contato involuntário
com partes condutoras pertencentes aos circuitos
elétricos dos aparelhos, ou mesmo, em caso de
alguma pessoa tocar um aparelho com falha de
isolamento.

• Os dispositivos também apresentam em sua construção um


elemento que permite que os mesmos sejam testados de
tal modo que podem certificar-nos de que se encontram
dentro das especificações de operação.
Dispositivos DR

• A limitação no emprego de tais dispositivos reside no


fato de que não podem ser empregados para proteger
instalações ou equipamentos elétricos, que
apresentem, sob condições normais de operação,
correntes de fuga de valor superior aquele de
operação do dispositivo, como ocorre com
equipamentos, tais como, aquecedores elétricos de água
(chuveiros, torneiras de água quente, etc.).

• Para aplicação de dois ou mais destes dispositivos numa


dada instalação elétrica, é necessário que cada um
disponha de um barramento neutro independente, do
contrário, um interferirá no funcionamento do outro.
Dispositivos DR
Dispositivos DR

• É oportuno ressaltar que o dispositivo não protegerá


contra os riscos de choque elétrico uma pessoa que
tocar simultaneamente dois condutores, pois neste
caso as correntes permanecem equilibradas no primário
do transformador, e nenhuma tensão será induzida no
seu secundário.

• O dispositivo oferece não somente uma proteção contra


os riscos do choque elétrico, mas também contra os
riscos de incêndios causados por falhas de isolação dos
condutores.
Princípio de funcionamento
L1 N L1 N

F1 F1
T T

IF

F1 - Dispositivos DR de proteção contra a corrente de fuga à terra


T - Transformador diferencial toroidal
L - Disparador eletromagnético
R - Carga (aparelho consumidor)
A - Contato indireto (fuga à terra por falha da isolação
 - Fluxo magnético da corrente residual
F
IF - Corrente secundária residual induzida
Corrente Diferencial
Residual

• É a soma dos valores instantâneos das


correntes que percorrem todos os condutores
vivos do circuito em um dado ponto.
Dispositivos DR
• Corrente diferencial - residual (I )

I1
F1
I2
F2
I3
F3
IN
N
PE / T

I
Sem fuga, sem falta, mesmo
com desequilíbrio
I 1 + I2 + I 3 + I N = I I = 0
Princípio de Proteção das Pessoas
Gráfico com zonas tempo x corrente e os efeitos sobre as pessoas
Zona 1
IEC 479-1 (percurso mão esquerda ao pé) Nenhum efeito perceptível
In - 10mA 30mA
10000 Zona 2
ms
Efeitos fisiológicos geralmente não
danosos
Tempo

2000
Zona 3
1000 Efeitos fisiológicos notáveis (parada
500
cardíaca, parada respiratória,
contrações musculares), geralmente
1 2 5 6 3 4
reversíveis
200

100 Zona 4
Elevada probabilidade de efeitos
50
fisiológicos graves e irreversíveis
(fibrilação cardíaca, parada
20
0,1 0,2 0,5 2 5 10 20 50 100 200 500 1000
respiratória)
mA 10000
Corrente de fuga Zona 5 6 1)
Faixas de atuação dos Dispositivos
1) Conforme IEC 1008, o valor máximo da corrente nominal residual DR ou Disjuntores DR
de não disparo (Idno) é igual a 0,5 vezes a corrente nominal
residual
Requisitos Indispensáveis
• O DR deve ser de alta sensibilidade (I
n<=30mA);e
• O tempo de atuação deve ser inferior ou, no
máximo, igual aos limites fixados pelas normas
de DR para os dispositivos do tipo G, excluindo os
de tipo S;
• A proteção dos circuitos pode ser realizada
individualmente ou em grupo de circuitos;
• A utilização dos dispositivos DR não é
reconhecida como um dispositivo de proteção
contra sobrecargas e curtos-circuitos.
Sensibilidade para
Operação dos Dispositivos
DR
• A sensibilidade dos dispositivos DR varia entre 30
mA e 500mA, dependendo da aplicação de proteção
que se desejar.
EXTRA BAIXA TENSÃO:
SELV E PELV
• Defini-se como:
• A. SELV (do inglês “separated extra-low voltage”):
Sistema de extra baixa tensão que é eletricamente
separada da terra de outros sistemas e de tal modo que
a ocorrência de uma única falta não resulta em risco
de choque elétrico.

• B. PELV (do inglês “protected extra-low voltage”):


Sistema de extra baixa tensão que não é
eletricamente separado da terra mas que preenche,
de modo equivalente, todos os requisitos de um SELV.

• Os circuitos SELV não têm qualquer ponto aterrado nem


massas aterradas. Os circuitos PELV podem ser aterrados
ou ter massas aterradas.
EXTRA BAIXA TENSÃO:
SELV E PELV
• Dependendo da tensão nominal do sistema SELV ou PELV e
das condições de uso, a proteção básica é proporcionada por:

• Limitação da tensão; ou

• Isolação básica ou uso de barreiras ou invólucros;

• Condições ambientais e construtivas em o equipamento


esta inserido.
• Assim, as partes vivas de um sistema SELV ou PELV não
precisam necessariamente ser inacessíveis, podendo
dispensar isolação básica, barreira ou invólucro, no
entanto para atendimento a este item deve atender as
exigências mínimas da norma NBR 5410/2004.
EXTRA BAIXA TENSÃO:

A aplicação de extra baixa tensão objetiva impedir que


surjam tensões de contato perigosas no circuito de
utilização, para isso, as normas brasileiras
recomendam que a EBT não ultrapasse 50Vca ou 120
Vcc.
EXTRA BAIXA TENSÃO:
A proteção em EBT baseia-se no isolamento entre
as tensões de alimentação da rede e do circuito
de utilização (separado).
EXTRA BAIXA TENSÃO:

A pior situação é aquela na qual a pessoa fica


submetida à tensão nominal do circuito
quando ocorre uma falta para a carcaça.
Ainda sim, estará descartado o perigo,
dependendo de exposição da pessoa ao choque.
Barreiras e Invólucros como
Segurança nas Instalações
Elétricas
• Definições de Termos Importantes Contidos no Glossário da
NR-10:

• Equipamento Segregado: equipamento tornado


inacessível por meio de invólucro ou barreira.

• Barreira: dispositivo que impede qualquer contato com


partes energizadas das instalações elétricas.

• Uma das maneiras de se impedir o contato com as partes


vivas (sob tensão) da instalação consiste na sua adequada
isolação.

• Invólucro: envoltório de partes energizadas destinado a


impedir qualquer contato com partes internas.
BARREIRAS E INVÓLUCROS
São dispositivos que impedem qualquer contato com
partes energizadas das instalações elétricas. São
componentes que visam impedir que pessoas ou animais
toquem acidentalmente as partes energizadas,
garantindo assim que as pessoas sejam advertidas de que
as partes acessíveis através das aberturas estão
energizadas e não devem ser tocadas.

As barreiras terão que ser robustas, fixadas de forma


segura e tenham durabilidade, tendo como fator de
referência o ambiente em que está inserido. Só poderão ser
retirados com chaves ou ferramentas apropriadas e
também como predisposição uma segunda barreira ou
isolação que não possa ser retirada sem ajuda de
chaves ou ferramentas apropriadas.
BARREIRAS E INVÓLUCROS
• Ex.: Telas de proteção com parafusos de fixação e tampas de
painéis, etc.

• O uso de barreiras ou invólucros, como meio de proteção


básica, destina-se a impedir qualquer contato com
partes vivas.

• As partes vivas devem ser confinadas no interior de


invólucros ou atrás de barreiras que garantam grau de
proteção.

• Quando o invólucro ou barreira compreender superfícies


superiores, horizontais, que sejam diretamente acessíveis,
elas devem garantir grau de proteção mínimo.
• IP
-

GRAU DE PROTEÇÃO

PROTEÇÃO CONTRA PENETRAÇÃO


DE CORPOS SÓLIDOS NO INVÓLUCRO

PROTEÇÃO CONTRA PENETRAÇÃO


DE LÍQUIDOS NO INVÓLUCRO

LETRA ADICIONAL
(SE REQUERIDA)

LETRA SUPLEMENTAR
(SE REQUERIDA)
Exemplos de Barreira ou Invólucros
Obstáculos e Anteparos
• Definições de Termos Importantes Contidos no
Glossário da NR-10:

• Obstáculo: elemento que impede o contato acidental, mas não


impede o contato direto por ação deliberada .
OBSTÁCULOS E ANTEPAROS
• Os obstáculos são destinados a impedir o contato
involuntário com partes vivas, mas não o contato que
pode resultar de uma ação deliberada e voluntária
de ignorar ou contornar o obstáculo.

• Os obstáculos devem impedir:

• A. Uma aproximação física não intencional das


partes energizadas;

• B. Contatos não intencionais com partes


energizadas durante atuações sobre o equipa-
mento, estando o equipamento em serviço
normal.
OBSTÁCULOS E ANTEPAROS
• Os obstáculos podem ser removíveis sem auxílio de
ferramenta ou chave, mas devem ser fixados de forma
a impedir qualquer remoção involuntária.

• As distâncias mínimas devem ser observadas nas


passagens destinadas à operação e/ou manutenção;

• Em circunstancias particulares, pode ser desejável a


adoção de valores maiores, visando a segurança.

• Distâncias mínimas a serem obedecidas nas


passagens destinadas à operação e/ou manutenção
quando for assegurada proteção parcial por meio de
obstáculos
OBSTÁCULOS E ANTEPAROS
• O uso de obstáculos e a colocação fora do alcance destinam-
se a evitar contato com partes vivas e são classificáveis,
portanto, como meios de proteção básica.

• Admite-se uma proteção parcial contra choques elétricos,


mediante o uso de obstáculos e/ou colocação fora de
alcance, conforme 5.1.5.3 e 5.1.5.4, respectivamente, em
locais acessíveis somente a pessoas advertidas:

• a) a tensão nominal dos circuitos existentes nestes locais


não seja superior aos limites da faixa de tensões;
OBSTÁCULOS E ANTEPAROS

• b) os locais sejam sinalizados de forma clara e


visível por meio de indicações apropriadas.

• NOTA: Os obstáculos são destinados a impedir o


contato involuntário com partes vivas, mas não o
contato voluntário.

• NOTA: Em circunstâncias particulares, pode ser


desejável a adoção de valores maiores, visando a
segurança.
OBSTÁCULOS E ANTEPAROS
• Os obstáculos devem impedir:

• a) uma aproximação física não intencional das


partes vivas; ou

• b) contatos não intencionais com partes vivas


durante atuações sobre o equipamento, estando o
equipamento em serviço normal.

• Os obstáculos podem ser removíveis sem


auxílio de ferramenta ou chave, mas devem
ser fixados de forma a impedir qualquer
remoção involuntária.
OBSTÁCULOS E ANTEPAROS
• As distâncias mínimas a serem observadas
nas passagens destinadas à operação e/ou
manutenção são aquelas indicadas na tabela 27
e ilustradas na figura a seguir.

• As passagens cuja extensão for superior a 20 m


devem ser acessíveis nas duas extremidades.

• Recomenda-se que passagens de serviço


acessíveis nas duas extremidades.
Passagens com Proteção
Parcial por Meio de
Obstáculos
NR-5410
• 5.1.6.5 As portas de acesso aos locais devem permitir a
fácil saída das pessoas, abrindo no sentido da fuga
(abrindo para fora). A abertura das portas, pelo lado
interno dos locais, deve ser possível sem o uso de
chaves, mesmo que as portas sejam fechadas a chave
pelo lado de fora.

• 5.1.6.6 As distâncias mínimas a serem observadas nas


passagens destinadas à operação e/ou manutenção são
aquelas indicadas na tabela 28 e ilustradas nas figuras 8 e
9.

• 5.1.6.7 As passagens cuja extensão for superior a 20 m


devem ser acessíveis nas duas extremidades.
Distâncias Mínimas em
Locais sem Proteção
Passagens sem Proteção
com Partes Vivas de um
único lado
Figura 9 Passagens Sem
Proteção com Partes Vivas
dos dois lados
1) Caso em que todo trabalho de manutenção é precedido da colocação de
barreiras protetoras (ver 2.1-a) e 2.1-c) da tabela 28).
2) Caso em que os trabalhos de manutenção não são precedidos da colocação
de barreiras protetoras (ver 2.1-b) e 2.1- d) da tabela 28).
BLOQUEIOS E IMPEDIMENTOS
• Bloqueio é a ação destinada a manter, por meios
mecânicos um dispositivo de manobra fixo numa
determinada posição, de forma a impedir uma ação
não autorizada, em geral utilizam cadeados.

• Dispositivos de bloqueio são aqueles que impedem o


acionamento ou religamento de dispositivos de
manobra. (chaves, interruptores), É importante que tais
dispositivos possibilitem mais de um bloqueio, ou seja, a
inserção de mais de um cadeado, por exemplo, para
trabalhos simultâneos de mais de uma equipe de
manutenção.
BLOQUEIOS E IMPEDIMENTOS
• Toda ação de bloqueio deve estar
acompanhada de etiqueta de sinalização,
com o nome do profissional responsável, data,
setor de trabalho e forma de comunicação.

• As empresas devem possuir procedimentos


padronizados do sistema de bloqueio,
documentado e de conhecimento de todos os
trabalhadores, além de etiquetas, formulários
e ordens documentais próprias.
BLOQUEIOS E IMPEDIMENTOS
• Cuidado especial deve ser dado ao termo “Bloqueio”, que no SEP
(Sistema Elétrico de Potência) também consiste na ação de
impedimento de religamento automático do equipamento de
proteção do circuito, sistema ou equipamento elétrico.

• Isto é, quando há algum problema na rede, devido a acidentes,


existem equipamentos destinados ao religamento automático dos
circuitos, que religam automaticamente tantas vezes quanto estiver
programado e, conseqüentemente, podem colocar em perigo os
trabalhadores.
BLOQUEIOS E IMPEDIMENTOS
• Quando se trabalha em linha viva, é obrigatório o bloqueio deste
equipamento, pois se eventualmente houver algum acidente ou um
contato ou uma descarga indesejada o circuito se desliga através da
abertura do equipamento de proteção, desenergizando-o e não
religando automaticamente.

• Essa ação é também denominada “bloqueio” do sistema de


religamento automático e possui um procedimento especial para
sua execução.
ISOLAMENTO DAS PARTES VIVAS
• Definições de Termos Importantes Contidos no
Glossário da NR-10:

• Isolamento Elétrico: processo destinado a


impedir a passagem de corrente elétrica, por
interposição de materiais isolantes.

• São elementos construídos com materiais dielétricos (não


condutores de eletricidade) que têm por objetivo isolar
condutores ou outras partes da estrutura que esta
energizadas, para que os serviços possam ser executados
com efetivo controle dos riscos pelo trabalhador.
ISOLAMENTO DAS PARTES VIVAS
• O isolamento deve ser compatíveis com os níveis de tensão do serviço.

• Esses dispositivos devem ser bem acondicionados para evitar acumulo de sujeira e
umidade, que comprometam a isolação e possam torná-los condutivos. Também devem ser
inspecionados a cada uso e serem submetidos a testes elétricos anualmente.

• Exemplos:
• Coberturas circular isolante (em geral são de polietileno, polipropileno e polidracon);
Mantas ou lençol de isolante; Tapetes isolantes;
• Coberturas isolantes para dispositivos específicos (Ex. postes).
Isolação Dupla ou Reforçada
• Este tipo de proteção é normalmente aplicado a equipamentos
portáteis, tais como furadeiras elétricas manuais, os quais por
serem empregados nos mais variados locais e condições de
trabalho, e mesmo por suas próprias características, requerem outro
sistema de proteção, que permita uma confiabilidade maior do que
aquela oferecida exclusivamente pelo aterramento elétrico.

• A proteção por isolação dupla ou reforçada é realizada, quando


utilizamos uma segunda isolação, para suplementar aquela
normalmente utilizada, e para separar as partes vivas do aparelho
de suas partes metálicas.
Isolação Dupla ou Reforçada- SÍMBOLO
•O símbolo utilizado para identificar o tipo de
proteção por isolação dupla ou reforçada em
equipamentos é o mostrado na figura ao lado,
normalmente impresso de forma visível na
superfície externa do equipamento.
Isolação Dupla ou Reforçada
• 5.1.2.3.1.1 A isolação dupla ou reforçada é uma medida em que:
• a) a proteção básica é provida por uma isolação básica e a
proteção supletiva por uma isolação suplementar; ou
• b) as proteções básica e supletiva, simultaneamente, são providas
por uma isolação reforçada entre partes vivas e partes acessíveis.

• 5.1.2.3.1.2 A aplicação desta medida como única medida de


proteção (por exemplo, na forma de circuitos ou partes da
instalação constituídas inteiramente de componentes com dupla
isolação ou com isolação reforçada) só é admitida se forem
tomadas todas as providências para garantir que eventuais
alterações posteriores não venham a colocar em risco a efetividade
da medida. Além disso, não se admite, em nenhuma circunstância,
a aplicação da isolação dupla ou reforçada como única medida de
proteção em linhas que incluam pontos de tomada.
Isolação Dupla ou Reforçada
• NOTA As providências mencionadas em 5.1.2.3.1.2 podem
incluir o controle direto e permanente da parte assim
constituída por pessoas qualificadas ou advertidas (BA5 ou
BA4, ver tabela 18).

• 5.1.2.3.1.3 No uso da isolação dupla ou reforçada como


medida de proteção, distinguem-se duas possibilidades:
• a) componentes já providos de origem com isolação dupla ou
reforçada;
• b) componentes aos quais a isolação dupla ou reforçada é
provida durante a execução da instalação.
• No caso da alínea a), as prescrições pertinentes são as de
5.1.2.3.2; no caso da alínea b), as de 5.1.2.3.3.
• No caso particular de linhas elétricas, devem ser observadas
também as prescrições de 5.1.2.3.4.
Proteções
Classificação dos Equipamentos
para Proteção de Pessoas contra
Choques Elétricos
Proteção Supletiva
Proteção Supletiva
COLOCAÇÃO FORA DE ALCANCE
• Neste item estaremos tratando das distâncias mínimas a serem
obedecidas nas passagens destinadas a operação e/ou
manutenção, quando for assegurada a proteção parcial por
meio de obstáculos.

• Partes simultaneamente acessíveis que apresentem potenciais


diferentes devem se situar fora da zona de alcance normal.

• 1. Considera-se que duas partes são simultaneamente acessíveis


quando o afastamento entre elas não ultrapassa 2,50 m.

• 2. Define-se como “zona de alcance normal o volume indicado na


figura abaixo”.
COLOCAÇÃO FORA DE ALCANCE
• Se, em espaços nos quais for prevista normalmente a
presença ou circulação de pessoas houver obstáculo (por
exemplo, tela), limitando a mobilidade no plano horizontal, a
demarcação da zona de alcance normal deve ser feita a partir
deste obstáculo.

• No plano vertical, a delimitação da zona de alcance normal


deve observar os 2,50 m da superfície S, tal como indicado
na figura acima, independentemente da existência de
qualquer obstáculo com grau de proteção das partes vivas.

• Em locais onde objetos condutivos compridos ou volumosos


forem manipulados habitual-mente, os afastamentos exigidos
como acima descritos devem ser aumentados levando-se em
conta as dimensões de tais objetos.
COLOCAÇÃO FORA DE ALCANCE
SEPARAÇÃO ELÉTRICA
• Uma das medidas de proteção contra choques elétricos
previstas na NBR 5410/2004, é a chamada "separação
elétrica." Ao contrário da proteção por seccionamento
automático da alimentação, ela não se presta a uso
generalizado. Pela própria natureza, é uma medida de
aplicação mais pontual. Isso não impediu que ela
despertasse, uma certa confusão entre os profissionais de
instalações. Alegam-se conflitos entre as disposições da
medida e a prática de instalações.

• O questionamento começa com a lembrança de que a


medida "proteção por separação elétrica", tal como
apresentada pela NBR 5410/2004, se traduz pelo
uso de um transformador de separação cujo circuito
secundário é isolado (nenhum condutor vivo
aterrado, inclusive neutro).
SEPARAÇÃO ELÉTRICA
• Lembra ainda que pelas disposições da norma a(s) massa(s)
do(s) equipamento(s) alimentado(s) não deve(m) ser aterrada(s)
e nem ligada(s) a massas de outros circuitos e/ou a elementos
condutivos estranhos à instalação - embora o documento exija
que as massas do circuito separado (portanto, quando a fonte de
separação alimenta mais de um equipamento) sejam interligadas
por um condutor PE próprio, de equipotencialização.
SEPARAÇÃO ELÉTRICA
• Exemplo de instalações que possuem separação elétrica
são salas cirúrgicas de hospitais, em que o sistema
também é isolado, usando-se igualmente um
transformador de separação, mas todos os equipamentos
por ele alimentados têm suas massas aterradas.

• A separação elétrica, como mencionado, é uma medida de


aplicação limitada. A proteção contra choques (contra
contatos indiretos) que ela proporciona repousa:

• - numa separação, entre o circuito separado e outros


circuitos, incluindo o circuito primário que o alimenta,
equivalente na prática à dupla isolação;
SEPARAÇÃO ELÉTRICA
• - na isolação entre o circuito separado e a terra; e, ainda,
na ausência de contato entre a(s) massa(s) do circuito
separado, de um lado, e a terra, outras massas (de outros
circuitos) e/ou elementos condutivos, de outro.

• O circuito separado constitui um sistema elétrico


"ilhado". A segurança contra choques que ele oferece
baseia-se na preservação dessas condições.

• Os transformadores de separação utilizados na alimentação


de salas cirúrgicas também se destinam a criar um sistema
isolado. Mas não é por ser o transformador de separação
que seu emprego significa necessariamente proteção por
separação elétrica.
Separação Elétrica Individual
Separação Elétrica Individual
• Esta proteção pode utilizada utilizando um
transformador separador ou grupo motor
gerador(GMG), separando a tensão de
alimentação da tensão do circuito de
utilização, conforme NBR 5410.

• O objetivo é que não apareça tensões que


coloquem em risco o usuário, do lado do
circuito de utilização, pois não há conecção
entre primário e secundário, devido estes
enrolamentos serem separados.
Separação Elétrica Individual
Separação Elétrica Individual
Separação Elétrica Individual
Legislação Vigente SPDA
• No Brasil os sistemas de para-raios devem atender a
Norma Brasileira NBR-5419/01 da ABNT ( Associação
Brasileira de Normas Técnicas.

• NR-10 do Ministério do Trabalho.


• Decreto 32.329/92 .
Definições:
• Ponto de impacto: Ponto onde uma descarga
atmosférica atinge a terra, uma estrutura ou o
sistema de proteção contra descargas
atmosféricas.

• Volume a proteger: Volume de uma


estrutura ou de uma região que requer
proteção contra os efeitos das descargas
atmosféricas.
Tipos de proteção
• Proteção Isolada: É aquela em que os
componentes do sistema de proteção estão
colocados acima e ao lado da estrutura ,
mantendo uma distancia em relação a esta
suficientemente alta para evitar descargas
captor-teto ou descidas-faces laterais fachada.
Tipos de proteção
• Proteção não isolada: É aquela em que
captores e descidas são colocados diretamente
sobre a estrutura; note-se que as normas
editadas ate a década de 60 pediam um
afastamento dos condutores de poucos
centímetros ( 10 a 20 cm), o que não é mais
exigido por nenhuma das normas revisadas a
partir das décadas de 70 e 80.
Sistema de captores.
• Tem a função de receber os raios ,
reduzindo ao Maximo a probabilidade da
estrutura ser atingida diretamente por eles
e deve ter a capacidade térmica e mecânica
suficiente para suportar o calor gerado no ponto
de impacto, bem como os esforços
eletromecânicos resultantes. A corrosão pelos
agentes atmosféricos também deve ser levada
em conta no seu dimensionamento, de acordo
com o nível de poluição e o tipo de poluente da
região.
Sistema de Descidas.
• Tem a função de conduzir a corrente do raio
recebida pelos captores ate o aterramento,
reduzindo ao mínimo a probabilidade de
descargas laterais e de campos
eletromagnéticos perigosos no interior da
estrutura; deve ter ainda capacidade térmica
suficiente para suportar o aquecimento
produzido pela passagem da corrente,
resistência mecânica para suportar os esforços
eletromecânicos e boa suportabilidade a
corrosão.
Sistema de aterramento.
• Tem a função de dispersar no solo a
corrente recebida dos condutores de
descida, reduzindo ao mínimo a
probabilidade de tensões de toque e de
passo perigosas; deve ter capacidade térmica
suficiente para suportar o aquecimento
produzido pela passagem da corrente e ,
principalmente, devem resistir a corrosão pelos
agentes agressivos encontrados nos diversos
tipos de solos.
Métodos de Proteção
• Modelo eletrogeometrico.

• Método Franklin.

• Método da Gaiola de faraday.


Modelo Eletrogeometrico.
• É a mais moderna ferramenta com que
contam os projetistas dos SPDA para
estruturas. É baseado em estudos feitos a
partir de registros fotográficos , da medição dos
parâmetros dos raios , dos ensaios em
laboratórios de alta tensão, do emprego das
técnicas de simulação e modelagem
matemática.
Método Franklin
• Este método é baseado na proposta inicial feita
por Benjamim Franklin e tem por base uma haste
elevada. Esta haste na forma de ponta ,
produz , sob a nuvem carregada, uma alta
concentração de cargas elétricas,
juntamente com um campo elétrico intenso.
Isto produz a ionização do ar , diminuindo a
altura efetiva da nuvem carregada, o que
propicia o raio através do rompimento da
rigidez dielétrica do ar.
Exemplo de instalação de captor tipo Franklin
Método da Gaiola de Faraday.
• O método Faraday é também conhecido como
método da utilização dos condutores em malha
ou gaiola.

• Captores em malha consistem em uma rede de


condutores dispostos no plano horizontal ou
inclinado sobre o volume a proteger. As gaiolas
de Faraday são formadas por uma rede de
condutores envolvendo todos os lados do
volume a proteger

• Quanto menor forem as distancias dos


condutores das malhas, maior será o nível de
proteção.
Outros exemplos de aplicação de captores tipo Franklin
Ainda sobre a Gaiola de Faraday
• Este método é o mais utilizado em varias partes
do mundo.

• Ele foi especificado em norma a partir de 1993.


• É o mais recomendado para edifícios com
grades áreas especialmente em grandes
alturas,sendo o mesmo obrigatório para prédios
com mais de 60 metros de altura.

• Para um prédio residencial ou comercial comum


( nível de proteção tipo lll) o mesh ou modulo
da malha devera ser de 10 x 20 m.
Exemplo de aplicação da gaiola de faraday.
Materiais utilizados nos captores
• Cobre e suas ligas.

• Alumínio e suas ligas.

• Aço inoxidável e aço galvanizado a quente.


Sistema de Aterramento
• Do ponto de vista da
proteção contra o raio,
um subsistema de
aterramento único e
integrado a estrutura é
preferível e adequado
para todas as finalidades.

• Subsistemas de
aterramento distinto
devem ser interligados
através de ligação
equipotencial de baixa
impedância.
Requisitos de um aterramento
• Baixa resistência de aterramento ( deve ser
menor que 10 ohms).

• Alta capacidade de condução de corrente.

• Resistência de aterramento variando pouco com


as estações do ano.

• Proporcionar segurança ao pessoal, evitando


potenciais ao toque, passo e transferência
perigosos.
Eletrodo de aterramento.
É o conjunto de elementos do sistema de
aterramento que assegura o contato elétrico
com o solo e dispersa a corrente para a terra.
a) Aterramento natural das fundações.
b) Condutores em anel.
c) Hastes verticais ou inclinados.
d) Condutores horizontais radiais.
Captores tipo franklin
Proteção Interna
Importância
• Com a evolução da
eletrônica, os danos
causados indiretamente
pelos raios estão se
tornando cada vez mais
importantes , tanto para
usuários como para as
seguradoras.
Surto é um transitório que
ocorre em uma rede
elétrica.
Dispositivos de proteção.
• Centelhadores a gás.
• Centelhadores a ar.
• Varistores.
• Para-raios de linha.
• Diodos especiais.
• Filtros.
Supressor de surto elétrico
Supressor de surto telefônico.
Supressor de surto para CFTV
Supressor de surto para informática
A medição da Resistência
• A medição da resistência de terra de um
eletrodo pode ser feita pelo método do
amperímetro e voltímetro ou, mais facilmente,
por um aparelho construído especialmente
para essa finalidade e que é denominado
terrômetro ou telurimetro.
Terrômetro – modelo Minipa
Terrômetro – Modelos Instrutherm
Terrômetro – Modelo Instrum
Mili-amperimetro –
Modelo Instrutherm
Manutenção
• Os SPDA instalados devem atender a NBR 5419/01
da ABNT.

• Os componentes metálicos ( suportes, mastros ,


conectores, elementos de contraventagem, etc )
devem estar isentos de oxidação e fuligem.

• Todos os componentes , em especial, os


condutores elétricos devem estar tensionados e
firmemente conectados garantindo uma perfeita
ligação elétrica e mecânica.
• Os valores de resistência ôhmica devem estar
abaixo de 10 ohms.
Periodicidade das Inspeções
• Uma inspeção visual do SPDA deve ser efetuada
anualmente ( item 6.3.1 da NBR 5419/01).
• Dado as condições climáticas e dos níveis de
poluição na cidade de São Paulo recomendamos
também uma inspeção completa e medição
ôhmica dos aterramentos do sistema.
Documentação Técnica
• Projeto e memorial técnico do SPDA ( prédios novos).
• Croqui ou “as built “para prédios existentes e que
passaram por reforma.
• Atestado de medição ôhmica e abrangência do para-raios
assinado por Eng. Eletricista.
• ART ( Responsabilidade Técnica) do Eng. Responsável.
• Copia ( Xerox) do documento funcional ( CREA) do eng.
Eletricista.
• Comprovante de emissão de captor radioativo para o
CNEN.
Equipamentos Para-Raios
Componentes Principais
de Um Para-Raios

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