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N-2039 REV. D 06 / 2021

Projeto de Subestações em Instalações


Terrestres

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve


ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual
CONTEC resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve ter
Comissão de Normalização fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela Unidade
Técnica da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 06 CONTEC - Subcomissão Autora.

Eletricidade As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. - PETROBRAS, de uso interno na PETROBRAS, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente, através
da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A circulação
externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada
5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas
em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas sobre as
Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.
.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 28 páginas e Índice de Revisões


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1 Escopo

1.1 Esta Norma fixa as condições mínimas exigidas para o projeto de subestações ao tempo ou
abrigadas em instalações terrestres, para a PETROBRAS.

1.2 Esta Norma não se aplica a instalações em plataformas marítimas.

1.3 Esta Norma se aplica a projetos iniciados a partir da data de sua edição.

1.4 Esta norma se aplica às subestações novas e ampliações de instalações existentes.

NOTA Modificações destinadas a, por exemplo, acomodar novos equipamentos ou substituir os


existentes não implicam necessariamente ampliação da subestação.

1.5 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

1.6 A aplicação desta Norma não dispensa o atendimento aos regulamentos de órgãos públicos para
os equipamentos, os serviços e as instalações.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

Portaria no 3214 de 8/6/78 - Norma Regulamentadora no 10 (NR-10) - Segurança em


Instalações e Serviços em Eletricidade;

Portaria no 3214 de 8/6/78 - Norma Regulamentadora no 23 (NR-23) - Proteção Contra


Incêndios;

PETROBRAS N-300 - Detalhes de Aterramento Empregando-se Conectores Mecânicos;

PETROBRAS N-1674 - Projeto de Arranjo de Instalações Industriais Terrestres de Petróleo,


Derivados, Gás Natural e Álcool;

PETROBRAS N-1996 - Projeto de Infraestrutura de Redes Elétricas Subterrâneas;

PETROBRAS N-1997 - Projeto de Redes Elétricas em Sistemas de Bandejamento para


Cabos;

PETROBRAS N-2006 - Projeto de Sistemas de Iluminação;

PETROBRAS N-2040 - Elaboração, Apresentação e Gerenciamento de Documentos de


Projetos de Eletricidade;

PETROBRAS N-2830 - Critérios de Segurança para Ambientes e Serviços em Painéis


Elétricos com Risco de Arco Elétrico;

PETROBRAS N-2914 - Critérios de Segurança para Projeto de Sistema de Detecção e


Alarme de Incêndio e Gás em Instalações Terrestres;

PETROBRAS N-2918 - Atmosferas Explosivas - Classificação de Áreas;

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ABNT NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão;

ABNT NBR 5419-1 - Proteção contra descargas atmosféricas Parte 1: Princípios gerais;

ABNT NBR 5419-2 - Proteção contra descargas atmosféricas Parte 2: Gerenciamento de


risco;

ABNT NBR 5419-3 - Proteção contra descargas atmosféricas Parte 3: Danos físicos a
estruturas e perigos à vida;

ABNT NBR 5419-4 - Proteção contra descargas atmosféricas Parte 4: Sistemas elétricos e
eletrônicos internos na estrutura;

ABNT NBR 6939 - Coordenação do Isolamento – Procedimento;

ABNT NBR 9077 - Saídas de Emergência em Edifícios;

ABNT NBR 13231 - Proteção Contra Incêndio em Subestações Elétricas;

ABNT NBR 14039 - Instalações Elétricas de Média Tensão de 1,0 kV a 36,2 kV;

ABNT NBR 16401-1 - Instalações de Ar-condicionado - Sistemas Centrais e Unitários


Parte 1: Projetos das instalações;

ABNT NBR 16401-2 - Instalações de Ar-condicionado - Sistemas Centrais e Unitários


Parte 2: Parâmetros de conforto térmico;

ABNT NBR 16401-3 - Instalações de Ar-condicionado - Sistemas Centrais e Unitários


Parte 3: Qualidade do Ar Interior;

ABNT NBR 16820 - Sistemas de Sinalização de Emergência - Projeto, requisitos e métodos


de ensaio;

ABNT NBR 17240 - Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio – Projeto, Instalação,


Comissionamento e Manutenção de Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio - Requisitos;

ABNT NBR IEC 60079-13 - Atmosferas Explosivas - Parte13: Proteção de Equipamentos por
Ambiente Pressurizado “p” e por Ambiente Artificialmente Ventilado “v”;

ABNT NBR IEC 60947-1 - Dispositivo de Manobra e Controle de Baixa Tensão


Parte 1: Regras Gerais;

ABNT NBR IEC 61439-1 - Conjuntos de Manobra e Comando de Baixa Tensão


Parte 1: Regras gerais;

ABNT NBR IEC 62271-200 - Conjunto de Manobra e Controle de Alta-Tensão


Parte 200: Conjunto de Manobra e Controle de Alta-Tensão em Invólucro Metálico para
Tensões Acima de 1 kV até e Inclusive 52 kV;

ABNT IEC/TS 60815-1 - Seleção e Dimensionamento de Isoladores para Alta-Tensão para


Uso sob Condições de Poluição – Parte 1: Definições, informações e princípios gerais;

ABNT IEC/TS 60815-2 - Seleção e Dimensionamento de Isoladores para Alta-Tensão para


Uso sob Condições de Poluição – Parte 2: Isoladores de porcelana e de vidro para sistemas
de corrente alternada;

ABNT IEC/TS 60815-3 - Seleção e Dimensionamento de Isoladores para Alta-Tensão para


Uso sob Condições de Poluição – Parte 3: Isoladores poliméricos para sistemas de corrente
alternada;

IEC 61936-1 - Power Installations Exceeding 1 kV A.C. - Part 1: Common Rules;

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IEC 62485-2 - Safety Requirements for Secondary Batteries and Battery Installations - Part 2:
Stationary batteries;

IEEE Std 80 - Guide for Safety in AC Substation Grounding.

3 Siglas e Abreviaturas

CBT - Caixa de Blocos Terminais;


CCM - Centro de Controle de Motores;
CDC - Centro de Distribuição de Carga;
CF - Conversor de Frequência;
CH - Chave Seccionadora;
CHT - Chave de Aterramento;
DB - Duto de Barras;
DJ - Disjuntor;
GIS - Gas Insulated Substation (Subestação Isolada a Gás);
HVAC - Heating, Ventilation and Air Conditioning;
ISOL.P - Isolador Pedestal;
ONS - Operador Nacional do Sistema;
PCC - Painel de Corrente Contínua;
PL - Painel de Iluminação;
PR - Para-raios;
RS - Resistor de Aterramento;
SIN - Sistema Interligado Nacional;
SPDA - Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
TC - Transformador de Corrente;
TF - Transformador de Potência;
TL - Transformador de Iluminação e Tomadas;
TP - Transformador de Potencial;
UPS-CC - Uninterruptible Power Supply – Continuous Current, também conhecido como
Carregador de Bateria.

4 Termos e Definições

Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas em 4.1 a 4.5 e ABNT NBR 5410
e ABNT NBR 14039.

4.1
subestação ao tempo de alta tensão
subestação com tensão acima de 36,2 kV, ao tempo, isolada a ar, alimentada por linhas de
concessionária ou a partir de outra subestação

4.2
subestação pré-fabricada ou eletrocentro
eletrocentro ou subestação pré-fabricada é uma subestação integrada, montada e testada em fábrica,
constituído por invólucro metálico, transformadores, painéis elétricos, interconexões e equipamentos
auxiliares, equipamentos elétricos e eletrônicos, sistema de HVAC, SPDA, sistema de fogo e gás e
suas respectivas interligações que operam de forma integrada para receber e fornecer energia elétrica

4.3
subestação em alvenaria
subestação em prédio de alvenaria constituída por transformadores, painéis elétricos, interconexões e
equipamentos auxiliares, equipamentos elétricos e eletrônicos, sistema de HVAC, SPDA, sistema de
fogo e gás e suas respectivas interligações que operam de forma integrada para receber e fornecer
energia elétrica

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4.4
subestação de entrada
subestação da unidade alimentada pela concessionária

4.5
subestação de área (ou subestação auxiliar)
subestação interna da unidade alimentada através do transformador da subestação de entrada ou pela
geração local ou por outra subestação de área

4.6
subestação abrigada
subestação pré-fabricada ou subestação em alvenaria

5 Condições Gerais

5.1 O arranjo da subestação deve ser simples, funcional, compacto e, de preferência, semelhante a
um dos arranjos orientativos apresentados no Anexo A, Figuras A.1 a A.10.

5.2 Deve ser previsto espaço necessário para movimentação, manutenção e retirada dos
equipamentos.

5.3 Deve ser previsto espaço externo para ampliação futura da subestação. [Prática Recomendada]

5.4 Os transformadores de potência e outros equipamentos contendo óleo devem ser instalados
externamente às edificações e separados entre si considerando as distâncias mínimas entre estes
equipamentos e edificações conforme ABNT NBR 13231. É admitida a instalação do resistor de
aterramento na mesma área do respectivo transformador.

NOTA 1 Caso não seja possível atender as distâncias mínimas, deve ser empregado paredes tipo
corta-fogo conforme a ABNT NBR 13231.
NOTA 2 Para a instalação de transformadores de potência do tipo seco ver item 6.2.5 desta norma.

5.5 Bacia de Contenção de Óleo de Transformadores e outros Equipamentos

5.5.1 Os transformadores e outros equipamentos contendo óleo devem ser instalados sobre bacias de
contenção.

5.5.2 Os transformadores e outros equipamentos contendo óleo, localizados em áreas cercadas e


cobertas, devem ser instalados sobre piso impermeável e circundados por mureta de altura
dimensionada para conter 110% do volume do óleo do equipamento formando uma bacia de contenção
conforme a ABNT NBR 13231.

NOTA A bacia de contenção deve possuir dreno lateral e válvula instalada externamente que
permitam o esgotamento de água de chuvas que incidam lateralmente na bacia.

5.5.3 Os transformadores e outros equipamentos contendo óleo, em locais desabrigados, devem ser
instalados sobre uma base de concreto. A bacia de contenção deve ser dimensionada para conter no
mínimo 20% de todo o volume do óleo do equipamento conforme Figura A-11 do Anexo A e
ABNT NBR 13231. A bacia de contenção deve ter dimensões tais que excedam em 0,5 m a projeção do
equipamento.

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NOTA 1 Deve ser construída uma caixa separadora de água e óleo com o objetivo de armazenar o
óleo e drenar a água proveniente da chuva.
NOTA 2 A caixa separadora de água e óleo pode ser interligada a mais de uma bacia de contenção e
deve ser construída de forma a conter, no mínimo, 110% do volume de óleo do maior
equipamento interligado a caixa mais o volume necessário para manter o selo hídrico.
NOTA 3 A saída de água da caixa separadora deve ser interligada, por meio de um selo hídrico, ao
sistema de drenagem ou dreno para solo (ver Figura A.11 do Anexo A).
NOTA 4 A caixa separadora de água e óleo deve permitir a retirada do óleo pela boca de visita.

5.6 Sistema de Aterramento

5.6.1 A rede de aterramento da subestação de entrada deve ser projetada conforme a IEEE Std 80.

5.6.2 Devem ser instalados poços de inspeção de aterramento, projetados conforme a


PETROBRAS N-300, na área externa da subestação abrigada ou na área da subestação ao tempo,
para medição da continuidade e da resistência da rede de aterramento da subestação.

5.6.3 Na parte enterrada da rede de aterramento, as conexões dos cabos devem ser irreversíveis, do
tipo solda exotérmica ou com conectores de compressão apropriados para este uso.

5.6.4 Deve ser seguida a PETROBRAS N-300 no detalhamento do aterramento de estruturas,


equipamentos, cercas e portões.

5.6.5 Os cabos da rede de aterramento devem ser dimensionados para suportar a corrente de curto-
circuito fase-terra durante o tempo de abertura das proteções de retaguarda, sendo que a seção deve
ser igual ou superior a 70 mm2.

5.6.6 Para as subestações de área, deve ser prevista uma rede de aterramento em anel ao redor da
área da subestação, incluindo o prédio e a área dos equipamentos externos. O anel deve ser constituído
por cabos de cobre nu, enterrados no solo a uma profundidade mínima de 60 cm. Esta rede de
aterramento deve ser interligada ao sistema de aterramento geral em, no mínimo, dois pontos
diametralmente opostos.

5.6.7 Devem ser efetuados estudos de tensão de passo e toque nas subestações de entrada para
verificar a necessidade de proteção adicional.

5.6.8 Todas as partes metálicas sem tensão de equipamentos e materiais passíveis de serem
energizados, tais como: estrutura do painel, carcaça do transformador, eletrodutos, bandejas e cercas
de proteção devem ser aterrados.

5.6.9 O projeto do sistema de aterramento da subestação deve prever uma ou mais barras de terra
para ligação dos equipamentos e materiais internos à subestação conforme a PETROBRAS N-300.

5.7 Deve ser projetado um SPDA atendendo aos requisitos das normas da série ABNT NBR 5419.

5.8 Deve ser previsto um sistema de detecção e alarme de incêndio para monitoração contínua das
instalações da subestação conforme ABNT NBR 17240, com alarme local e remoto no sistema de
supervisão e controle. Todas os locais da subestação devem ser monitorados tais como: sala de
painéis, sala de baterias, porão de cabos, área dos transformadores e etc.

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5.9 Devem ser instalados sistemas de sinalização e placas de advertência alertando sobre os perigos
das instalações e as rotas de fuga conforme Manual de Identidade Visual da PETROBRAS e de acordo
com a ABNT NBR 16820.

5.10 Em relação a circulação interna e corredores de acesso e manobra, para corredor entre painéis,
deve ser considerada a abertura de apenas uma porta de um painel para dimensionamento do espaço
entre painéis. As distâncias entre painéis ou entre painéis e paredes devem ser no mínimo:

a) 700 mm + largura da maior porta aberta ou profundidade do equipamento extraído, ou;


b) 1000 mm entre a face traseira do painel com tampa removível para a parede, ou;
c) 700 mm entre as faces laterais de painéis.

5.11 As larguras das rotas de fuga (saída de emergência) devem ser no mínimo de 1,10 m segundo
os requisitos da ABNT NBR 9077.

5.12 O sistema de iluminação da subestação deve ser projetado conforme a PETROBRAS N-2006.

5.13 Cabos de controle e proteção internos a subestação de entrada ou interligando subestações,


devem ser multipolares e possuir blindagem eletromagnética.

5.14 Devem ser atendidos no projeto os requisitos de segurança conforme PETROBRAS N-2830 e
Norma Regulamentadora no 10 (NR-10).

5.15 A localização das subestações deve atender aos requisitos da PETROBRAS N-1674.

5.16 O projeto da subestação deve atender os limites de campo elétrico e magnético da Resolução
Normativa nº 616, de 01 de julho de 2014, onde aplicável.

5.17 O projeto da subestação deve atender a Instrução Técnica referente a subestações elétricas do
Corpo de Bombeiros do estado onde a subestação será instalada.

5.18 Para o dimensionamento da subestação e seus equipamentos devem ser considerados os


estudos, memórias de cálculo e demais documentos da norma Petrobras N-2040.

5.19 As subestações ao tempo com tensão inferior a 36,2 kV devem atender os requisitos mínimos da
concessionária local.

6 Condições Específicas

6.1 Subestações ao Tempo de Alta Tensão

6.1.1 Os termos e definições descritos nesta subseção são aplicáveis a subestações de entrada
utilizadas para alimentação de instalações industriais da PETROBRAS não conectados ao SIN. Devem
ser obedecidos os requisitos mínimos da concessionária local.

6.1.2 As subestações da PETROBRAS conectadas ao SIN devem seguir os requisitos mínimos dos
procedimentos de rede do ONS e da concessionária local de energia elétrica.

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6.1.3 A linha de transmissão deve entrar na subestação, sempre que possível, perpendicularmente ao
pórtico de entrada. O ângulo máximo entre a entrada das linhas de transmissão e a perpendicular ao
pórtico de entrada deve seguir a recomendação da concessionária.

6.1.4 O pórtico de entrada deve ser dimensionado considerando as cargas recomendadas pela
concessionária e as cargas próprias do barramento da subestação. Os demais pórticos da subestação
e os de sustentação do barramento devem ser calculados em função de fatores específicos e locais
tais como, comprimento do vão, flecha máxima, variação da temperatura, velocidade máxima do vento
e outros.

6.1.5 Os pórticos da subestação e os de sustentação do barramento devem ser constituídos por


elementos pré-moldados e padronizados de concreto, a menos que indicado em contrário pela
PETROBRAS ou pelos requisitos da concessionária local.

6.1.6 A subestação deve ser circundada por uma cerca e possuir um portão para acesso de pessoas
e, pelo menos, um portão para acesso de equipamentos. O portão e a cerca devem ser conforme as
Figuras A.12 e A.13 do Anexo A.

6.1.7 O barramento aéreo e as derivações devem ser projetados conforme os seguintes critérios:

a) preferencialmente, constituídos por cabos nus, sem alma de aço, de mesmo material e
seção que os cabos da linha de transmissão que chega à subestação;
b) as distâncias mínimas da Tabela 1 devem ser obedecidas. Adicionalmente devem ser
atendidas as exigências da concessionária local e requisitos de coordenação de isolamento
do projeto conforme ABNT NBR 6939;
c) devem ser calculados e dimensionados para suportar todos os esforços decorrentes de
curto-circuito, ventos e demais condições climáticas e ambientais;
d) quando necessário, devem ser usados isoladores de pedestal para fixar e manter as
distâncias mínimas nas derivações do barramento aos equipamentos.

Tabela 1 - Distâncias Mínimas (m)

Distâncias mínimas 69 kV 138 kV 230 kV

Entre fases, para barras rígidas 2,15 2,40 3,60


Entre fases, para barras flexíveis 2,50 3,00 4,50
Entre fase e terra, para barras rígidas 1,50 1,50 2,50
Entre fase e terra, para barras flexíveis 2,00 2,20 3,40
Altura mínima do solo, das partes vivas (Nota 2) 4,00 4,50 5,00
Altura mínima do solo, das partes em tensão reduzidas a
2,50 2,50 3,00
zero (porcelana, isoladores)
NOTA 1 As chaves no barramento são consideradas como barras flexíveis.
NOTA 2 As distâncias das partes vivas de barras flexíveis são do ponto de flecha máxima ao
solo.

6.1.8 Para seleção de isoladores sob condições de poluição devem ser atendidos os requisitos da
série ABNT IEC/TS 60815.

6.1.9 Todas as conexões aéreas (dos barramentos, das derivações e das linhas) devem ser feitas com
conectores de parafusos.

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6.1.10 Grupos de para-raios devem ser instalados na entrada de todas as linhas aéreas e nos
transformadores de potência.

6.1.11 Nas tensões de 69 kV, 138 kV e 230 kV deve ser mantida uma distância mínima livre entre
equipamentos ou bases, no sentido do fluxo de potência, de:

a) 2 m para chaves seccionadoras, transformadores de corrente e de potencial;


b) 2,5 m para disjuntores.

6.1.12 O afastamento entre o transformador e qualquer equipamento deve ser conforme norma
ABNT NBR 13231. Deve ser considerado um afastamento livre mínimo de 1 m entre o transformador e
a parede corta-fogo.

6.1.13 A alavanca de operação da chave seccionadora deve ser localizada a 1,2 m do solo e com
espaço livre ao seu redor, possibilitando uma operação simples e segura.

6.1.14 Para as chaves seccionadoras, que possuírem apenas um contato móvel e um contato fixo, as
lâminas devem ficar no lado da carga e/ou do disjuntor de tal modo que fiquem sem tensão quando
abertas. Se a chave for de montagem vertical, a articulação da lâmina deve ser localizada na parte
inferior de tal modo que o peso próprio da lâmina mantenha a chave aberta.

6.1.15 O mecanismo de operação do disjuntor deve se situar, de preferência, a 1,5 m do piso. Deve
ser prevista a instalação de botoeiras de comando nesta altura, quando o mecanismo de operação
estiver instalado em nível superior.

6.1.16 No projeto de subestação deve ser observada a localização dos terminais de entrada e saída
do disjuntor, visto que os terminais podem se situar em níveis diferentes. Preferencialmente o terminal
de entrada deve ser situado no nível superior do disjuntor.

6.1.17 As caixas de terminais de força, de controle e auxiliares dos transformadores não devem ser
colocadas na face correspondente ao sentido do deslocamento dos transformadores, de modo a evitar
obstrução da retirada dos transformadores.

6.1.18 A ligação da bucha do neutro do transformador ao resistor de aterramento, a menos que


indicado em contrário, deve ser aérea, por intermédio de tubo de cobre nu de diâmetro 1/2” IPS. Neste
caso, a base da bucha do resistor e a do neutro do transformador devem estar a uma altura mínima de
2,5 m. Se a ligação for subterrânea, esta ligação deve se efetuar por intermédio de cabo isolado com
classe de isolamento igual ou superior à classe do terminal de neutro do transformador.

6.1.19 A ligação da carcaça do resistor à rede de aterramento deve ser independente da ligação à
terra do resistor propriamente dito.

6.1.20 Os transformadores devem ser montados sobre trilhos engastados em bases de concreto. Os
trilhos devem se estender até o ponto de acesso para movimentação do transformador. Devem ser
locados pontos para a fixação de dispositivo que facilite o deslocamento dos transformadores (“tirfor”).

6.1.21 As estruturas suportes dos equipamentos da subestação indicados a seguir devem ser
projetadas conforme os seguintes critérios:

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a) estruturas individuais para cada para-raios, transformador de corrente, transformador de


potencial e resistor de aterramento;
b) para tensões menores ou igual a 138 kV deve ser utilizada estrutura única para os
3 polos e para o mecanismo de operação do disjuntor, calculada levando-se em
consideração não só o seu peso e o efeito do vento como também o esforço dinâmico
momentâneo transmitido pelo impacto da abertura e fechamento do disjuntor.
[Prática Recomendada]

6.1.22 A menos que indicado em contrário, o sistema de medição da concessionária deve ser conforme
os seguintes critérios:

a) o painel dos medidores deve ser especificado, fabricado e instalado de acordo com a
orientação da concessionária;
b) o encaminhamento dos cabos de medição deve ser segregado dos demais circuitos.

6.1.23 A subestação deve possuir um ou mais painéis de iluminação. Quando instalados ao tempo,
devem ser fixados em estrutura de sustentação formada por perfis metálicos e a chegada de cabos ao
painel deve se efetuar por intermédio de eletrodutos metálicos.

6.1.24 O SPDA deve atender, no mínimo, aos seguintes critérios:

a) deve ser realizada uma análise de risco conforme a norma ABNT NBR 5419-2;
b) o SPDA deve ser dimensionado conforme classe I da norma ABNT NBR 5419-3;
c) a proteção contra descargas atmosféricas da casa de comando e controle deve estar
integrada ao SPDA de toda a subestação;
d) todos os equipamentos devem estar situados no interior da área protegida pelo SPDA;
e) os cabos guarda da subestação devem ser interligados aos cabos guarda da linha de
transmissão e a todas as hastes captoras;
f) todas as estruturas devem possuir cabos de descidas para aterramento do SPDA. O
número de descidas deve corresponder no mínimo à quantidade de bases ou fundações
destas estruturas;
g) todos os cabos de descida de aterramento do SPDA devem ser interligados à rede de
aterramento da subestação. Cada cabo de descida deve corresponder a um ponto de
interligação com a rede de aterramento;
h) todo material auxiliar para fixação e derivação do sistema de cabos guarda deve ser
galvanizado a quente, exceto os conectores.

6.1.25 O projeto do sistema de aterramento da subestação ao tempo de alta tensão deve atender aos
critérios da IEEE Std 80.

6.1.26 Equipamentos e estruturas devem ser interligados a rede de aterramento da subestação


conforme os seguintes critérios:

a) todas as partes metálicas não destinadas a condução de energia elétrica devem ser
interligadas a rede de aterramento;
b) suportes e pórticos metálicos, cercas, portões, trilhos, para-raios e cabos guarda devem
ser ligados à rede de aterramento;
c) nas ligações aéreas devem ser utilizados conectores aparafusados e a descida para a
rede de aterramento deve ser por intermédio de cabo de cobre nu de no mínimo 70 mm2;
d) no ponto onde o cabo de aterramento penetra no solo, o cabo deve ser protegido por
eletroduto de PVC, para efeito de proteção mecânica do cabo;
e) na descida para a rede, o cabo de aterramento deve ser fixado à estrutura por intermédio
de conectores adequados;
f) as conexões e ligações enterradas devem ser feitas com solda exotérmica ou com
conectores de compressão, apropriado para este uso;

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g) a conexão dos trilhos dos transformadores à rede de aterramento deve ser feita com
conectores aparafusados, apropriado para este uso;
h) seccionar o trecho da cerca da subestação na região de cruzamento com a linha de
transmissão mantendo a integridade mecânica da cerca neste trecho.

6.1.27 O encaminhamento dos cabos dentro do pátio da subestação deve ser através de canaletas
com tampas e suportes adequados para os cabos, a menos que indicado em contrário. Deve-se
respeitar os seguintes critérios:

a) as interligações entre as canaletas e as caixas de equipamentos do pátio devem ser feitas


através de eletrodutos metálicos rígidos (os trechos enterrados não necessitam de
envelopamento);
b) os eletrodutos devem ser metálicos sendo que os de ligação entre o resistor de
aterramento e o neutro do transformador, devem ser de material não magnético;
c) para circuitos que necessitam de segregação, por exemplo, medição de faturamento e/ou
rede de comunicação, o encaminhamento dos cabos dentro das canaletas deve ser em
eletrodutos metálicos;
d) para distribuição dos circuitos de iluminação e tomadas é aceitável a utilização de
eletrodutos metálicos diretamente enterrados;
e) para travessias de vias internas à subestação devem ser utilizadas canaletas
dimensionadas para suportar o tráfego do maior veículo ou eletrodutos em envelopes de
concreto conforme PETROBRAS N-1996.

6.1.28 Na área de manobra da chave seccionadora deve ser prevista malha equipotencial ou placa
metálica ligada à haste de operação e a rede de aterramento, conforme IEEE Std 80.

6.1.29 Devem ser instaladas chaves de aterramento para garantia da integridade e segurança das
pessoas durante manutenção nos trechos de entrada de linhas e nos trechos de saída para os primários
dos transformadores da subestação. A chave de aterramento deve ser instalada na mesma estrutura
suporte de uma chave seccionadora.

6.1.30 Devem ser implementados intertravamentos eletromecânicos entre disjuntores, chaves


seccionadoras e chaves de aterramento de forma a garantir a sequência de operação segura do
sistema.

6.1.31 Deve ser previsto um sistema de drenagem de águas pluviais na área da subestação. Este
sistema deve ser composto basicamente de drenos e caixas de passagem de concreto com tampas
facilmente removíveis.

6.2 Subestações Abrigadas (Alvenaria ou Eletrocentro)

6.2.1 O prédio da subestação deve atender aos seguintes critérios:

a) na sala de painéis deve ser prevista duas ou mais portas em chapa de aço-carbono, com
a finalidade de acesso de pessoas, com abertura para fora e com fechadura provida de
barra anti-pânico. As portas devem ser dispostas de tal forma que, entre elas e qualquer
local de trabalho não se tenha que percorrer uma distância maior que 30 m, conforme
ABNT NBR 9077;
b) na sala de painéis deve ser prevista uma porta em chapa de aço-carbono com 2 folhas
com abertura para fora e dimensões adequadas para a retirada de equipamentos, com
altura mínima de 2,70 m;
c) as portas de entrada de pessoas devem ser locadas em paredes opostas de maneira a
permitir rota de fuga alternativa e maior facilidade de trânsito de pessoas;

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d) quando o piso da subestação for elevado em relação ao terreno, deve ser prevista uma
plataforma em frente à porta de equipamentos para facilitar a movimentação e o acesso
dos equipamentos;
e) o acesso a sala de baterias deve ser realizado pelo lado externo do prédio da subestação;
f) a sala de painéis deve ter janelas fixas próximas ao teto com vidros especificados de forma
a minimizar o risco de danos físicos às pessoas em caso de explosão ou impacto,
conforme ABNT NBR 14039, exceto quando especificado em contrário pela PETROBRAS;
g) se a subestação estiver localizada em extensão de área classificada, devem ser adotados
os seguintes:
— elevação do piso da subestação de, no mínimo, 1 m em relação ao nível do terreno;
— na área externa da subestação os equipamentos, materiais e instalação devem ser
adequados à classificação de área do local;
h) devem ser instalados meios de proteção contra o ingresso de insetos e roedores;
i) painéis elétricos não devem ser instalados sobre as juntas de dilatação da estrutura do
prédio. As juntas de dilação devem ser fechadas com sistemas de selagem resistente ao
fogo de característica elastomérica ou intumescente, com desempenho comprovado que
impeça a passagem de gases, calor e chamas de um ambiente para outro, por um tempo
de no mínimo 2 horas conforme ABNT NBR 13231;
j) o teto da sala de baterias deve ser construído de forma a não permitir o acúmulo de gases
na parte superior da sala;
k) a sala de painéis deve ter altura adequada para permitir a expulsão de gases provenientes
da ocorrência de arco interno dos painéis elétricos. Não devem ser instalados obstáculos
como dutos de VAC, bandejamento de cabos, luminárias acima das saídas de gases dos
painéis, exceto quando os painéis forem dotados de dutos de escape de gases;
l) a sala de painéis, sala de baterias e sala de automação elétrica não devem possuir
sistemas de água, tais como, banheiros, pias, lava-olhos, chuveiros, etc.

6.2.2 A entrada de energia na subestação deve ser preferencialmente por intermédio de cabo
subterrâneo. Quando a linha de alimentação for aérea, deve ser projetada estrutura aérea de transição
provida com para-raios, chave seccionadora seca e mufla.

6.2.3 Sistema de pressurização e condicionamento de ar (HVAC):

a) o sistema de HVAC deverá manter as condições internas de temperatura, umidade,


pressurização, filtragem e renovação de ar adequadas aos respectivos equipamentos
instalados nos ambientes da subestação;
b) caso haja ambientes habitados, as condições internas deverão atender a NR-17 e a série
ABNT NBR 16401;
c) toda a subestação em área classificada deve ser mantida em pressão positiva em relação
ao ambiente externo. A captação de ar deve ser realizada fora da área classificada e em
local que reduza o risco de captação de gases provenientes das unidades de processo.
Independentemente da classificação de área, a tomada de ar deve atender a
ABNT NBR 16401-3;
d) para as subestações em áreas não classificadas, exceto quando especificado o contrário
pela PETROBRAS, todos os ambientes não dotados de ventilação natural devem ser
mantidos em pressão positiva em relação ao ambiente externo para evitar entrada de
poeira e gases;
e) nas subestações pressurizadas, a pressão positiva mínima deverá ser de 2,5 mm de
coluna d’água, conforme ABNT NBR IEC 60079-13. Caso haja comunicação entre os
ambientes, deverá ser previsto cascata de pressão interna com a sala de baterias
atendendo ao valor mínimo e a sala de painéis com o maior valor;
f) a tomada de ar deve ser dimensionada de forma a impedir a entrada de água;
g) toda vazão de ar necessária para a pressurização deve ser expurgada, naturalmente,
através de venezianas, tipo “dampers” com dispositivo manual para ajuste de pressão.
Deverá ser acrescentado fator de segurança de 25% na vazão de ar de pressurização
para suprir frestas não identificadas;
h) a temperatura máxima ambiente no interior da sala de painéis não deve ultrapassar 40 °C
e a média diária não deve exceder 35 °C conforme as ABNT NBR IEC 61439-1,
ABNT NBR IEC 60947-1 e ABNT NBR IEC 62271-200;

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i) no caso de uso de baterias chumbo ácidas ventiladas e alcalinas a temperatura máxima


ambiente no interior da sala não deve ultrapassar 40 °C e a média diária não deve exceder
35 °C;
j) no caso de uso de baterias chumbo ácidas de recombinação reguladas a válvula, a sala de
baterias deve ter a temperatura máxima controlada para não ultrapassar 25 °C, sendo
permitida a recirculação parcial do ar conforme mencionado na IEC 62485-2 desde que a
renovação do ar seja mantida;
k) a menos que indicado em contrário pela PETROBRAS, o sistema de HVAC deverá ser
composto de equipamentos reservas para garantir o pleno atendimento às condições
internas em caso de falha ou manutenção;
l) devem ser instalados alarmes locais indicando temperatura alta, pressão diferencial baixa,
falha de equipamento e outras anormalidades. Deve ser previsto também, alarme remoto
sumário indicando anormalidade do sistema de HVAC;
m) a distribuição de ar nos ambientes deve ser dimensionada de forma a garantir temperatura
e movimentação de ar homogêneas;
n) a porta de acesso de pessoas ao sistema de HVAC deve estar localizada no interior da
subestação, quando a subestação está localizada em área classificada;
o) o sistema de HVAC deve ser desligado automaticamente pelo sistema de detecção de
incêndio, segundo a ABNT NBR 13231. O intertravamento deverá ser elétrico;
p) o sistema de HVAC deverá ser desligado imediatamente pelo sistema de detecção de
gases inflamáveis e/ou tóxicos, segundo a norma N-2914. O intertravamento deverá ser
elétrico;
q) os equipamentos do sistema de HVAC, instalados externos à subestação, deverão estar
adequados à classificação de áreas e aos gases e contaminantes provenientes das
unidades de processo;
r) salvo orientação contrária da PETROBRAS, equipamentos de condicionamento de ar não
devem ser instalados nos ambientes técnicos da subestação (sala de painéis, sala de
baterias e similares).

6.2.4 Os equipamentos externos da subestação devem ser instalados em área anexa à sala de painéis
que devem atender aos seguintes requisitos:

a) a área deve ser localizada ao lado da sala de painéis de maneira a minimizar as


interferências entre as bases dos equipamentos e a rede elétrica subterrânea;
b) possuir fácil acesso para a retirada dos equipamentos;
c) ser circundada por um muro de alvenaria de no mínimo 1 m de altura ou por uma cerca de
proteção. A cerca deve ser composta de módulos fixos e alguns removíveis, para a retirada
do equipamento. A cerca ou a mureta deve possuir portão de acesso;
d) a parte externa do duto de barramento, próxima ao transformador, deve ser sustentada
por apoio independente e não pelo flange da caixa de proteção das buchas do
transformador;
e) deve ser instalada uma cobertura nesta área;
f) equipamentos e instalações nesta área devem ser adequados à instalação ao tempo.

6.2.5 Transformadores de potência do tipo seco, quando utilizados, devem ser instalados em área
coberta anexa à sala de painéis e projetada para remover calor por meio de ventilação natural. O grau
de proteção dos transformadores secos deve ser compatível com o local de instalação.

6.2.6 A subestação deve ser construída com facilidades e espaço externo de modo a permitir a sua
ampliação no sentido da maior dimensão. No lado previsto para a ampliação, não deve haver
impedimentos como a sala do sistema de pressurização ou a sala de baterias, conforme Figuras A.5,
A.7 e A.8 do Anexo A.

6.2.7 A localização dos painéis e também dos transformadores deve ser feita de tal maneira que os
dutos de barras, quando houver, sejam os mais retos possíveis e de menor trajeto. Se houver
necessidade o duto de barra deve correr horizontalmente junto à parede. Devem ser previstas mãos
francesas engastadas na parede, suportes apoiados no piso ou tirantes presos ao teto para
sustentação do duto. Interferências dos dutos de barramento com as vigas estruturais devem ser
evitadas.

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6.2.8 As salas de baterias chumbo ácidas ventiladas devem ser atendidas por sistema de ventilação
mecânica para remoção do calor e diluição do gás hidrogênio para impedir acumulação e formação de
concentrações explosivas, segundo as condições específicas da IEC 62485-2. O ar deve ser insuflado
na parte inferior e exaurido na parte superior preferencialmente na parede oposta, conforme Figura A.5
do Anexo A e requisitos da N-2918.

6.2.9 A sala de baterias chumbo ácidas reguladas à válvula deve ser atendida por sistema de
condicionamento de ar para controle de temperatura e diluição do gás hidrogênio para impedir
acumulação e formação de concentrações explosivas, segundo as condições específicas da
IEC 62485-2. O ar deve ser insuflado na parte inferior. Caso haja recirculação parcial de ar, a taxa de
renovação de ar deve ser expurgada na parte superior, preferencialmente, na parede oposta conforme
Figura A.5 do Anexo A e requisitos da N-2918. A parte de ar recirculada, preferencialmente, deve ser
captada na parte inferior, sem prejudicar a insuflação de ar.

6.2.10 A sala de baterias deve conter somente as baterias, que devem estar dispostas em estantes. O
painel de corrente contínua e o retificador devem estar localizados na sala de painéis. Dispositivos
elétricos centelhantes, tais como interruptores, disjuntores e tomadas devem ser mantidos fora da sala
de baterias. As luminárias da sala de baterias devem ser certificadas para Zona 2, Grupo IIC, Classe
de Temperatura T1 (EPL Gc). Todo motor do sistema de HVAC que estiver em contato com o fluxo de
ar da sala de baterias deve ser certificado para Zona 2, grupo IIC, classe de Temperatura T1 (EPL Gc).

6.2.11 O painel de iluminação deve ser fixado na parede. Os eletrodutos conectados ao painel devem
ser aparentes. A altura do painel deve seguir o disposto na N-2006.

6.2.12 A distribuição de cabos no interior do prédio da subestação, quando utilizada sala de cabos,
deve atender os seguintes critérios:

a) altura máxima entre o piso acabado e as vigas de 2,20 m, a menos que indicado em
contrário pela PETROBRAS;
b) localização abaixo da sala de painéis e no mesmo nível do terreno;
c) sistema de bandejamento de cabos, disposto de forma a deixar corredores livres para
circulação e demais requisitos da PETROBRAS N-1997;
d) ser cercada de forma a permitir ventilação natural;
e) piso cimentado sem revestimento.

6.2.13 As passagens dos cabos da sala de cabos para a sala de painéis devem ser feitas através de
rasgos retangulares no piso sob os painéis. As aberturas para passagens de cabos em pisos, paredes
e tetos devem ser fechadas com sistemas de selagem resistente ao fogo de característica ablativa e
autoportante, com desempenho comprovado que impeça a passagem de gases, calor e chamas de um
ambiente para outro por um tempo de no mínimo 2 horas, conforme ABNT NBR 13231 e
PETROBRAS N-1997.

6.2.14 Como alternativa aos 6.2.12 e 6.2.13, para subestações com área útil menor que 100 m2 ou
com apenas uma seção de transformação principal e em baixa tensão e desde que o raio de curvatura
dos cabos (considerando suas respectivas seções nominais) na chegada aos painéis admita esta
instalação, a distribuição de cabos pode ser executada em canaletas conforme indicado na Figura A.6
do Anexo A, ou sistema de bandejamento em piso falso conforme indicado na Figura A.9 do Anexo A.
[Prática Recomendada]

NOTA A estrutura de suportação do piso falso deve ser metálica, equipotencializada e interligada ao
sistema de aterramento da subestação, conforme indicado na Figura A.9 do Anexo A.

6.2.15 O projeto do sistema de aterramento da subestação abrigada deve atender aos seguintes
critérios:

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a) prever uma ou mais barras de terra internamente à subestação, conforme


PETROBRAS N-300, para ligação dos equipamentos e materiais passíveis de serem
energizados;
b) prever uma barra de terra exclusiva para conexão da malha de referência de sinal dos
equipamentos eletrônicos; a barra deve ser interligada ao sistema de aterramento da
subestação através de um único ponto;
c) nas conexões com o sistema de aterramento, na parte externa da subestação e nas
ligações a equipamentos, na parte interna da subestação, devem ser empregados
conectores mecânicos removíveis, conforme PETROBRAS N-300.

6.2.16 Nas subestações abrigadas do tipo GIS, o arranjo da subestação deve ser semelhante ao
arranjo apresentado na Figura A.10 do Anexo A.

6.2.17 Nas subestações abrigadas do tipo GIS, os seguintes critérios devem ser também atendidos:

a) a sala contendo os módulos da GIS deve ser equipada com ponte rolante ou talha
dimensionada para transportar a parte de maior peso do painel e capaz de alcançar toda
a área do painel;
b) deve possuir sala específica para painéis de controle e proteção e sistema de automação
e supervisão com sistema de HVAC conforme 6.2.3.

6.2.18 Nas subestações abrigadas tipo eletrocentro, os seguintes critérios devem ser também
atendidos:

a) devem ser atendidos os requisitos específicos da ET de cada projeto;


b) o eletrocentro deve ser construído e testado em fábrica, incluindo-se toda a montagem de
equipamentos, integração, interligações e acessórios necessários ao seu perfeito
funcionamento;
c) o eletrocentro pode ser constituído por um ou mais módulos transportáveis, que após
montados constituirão um elemento monobloco;
d) as paredes e o forro devem ter fechamento por painéis modulares em chapas de aço e
preenchimento com material isolante termoacústico, não combustível e não propagante à
chama;
e) o eletrocentro deverá ter um pé-direito interno livre de no mínimo 3.000 mm;
f) todos os equipamentos internos deverão vir montados e instalados dentro do eletrocentro,
com proteção e tudo o que for necessário para o transporte seguro dos mesmos, evitando
danos por vibração e/ou tombamentos;
g) a sala de painéis elétricos deve ser pressurizada e climatizada mantendo-se as condições
segundo o item 6.2.3;
h) deve ser previstos dutos de escape para os gases originados de arcos elétricos que são
liberados dos painéis. Estes dutos devem ser direcionados para áreas seguras, evitando-
se áreas de passagem de pessoas;
i) a estrutura metálica deverá ter continuidade elétrica entre todas as suas partes, de modo
que a estrutura seja equipotencializada. Os conectores de aterramento das estruturas dos
painéis internos ao eletrocentro deverão ser conectados aos perfis metálicos da estrutura,
que devem ser interligados ao sistema de aterramento.

7 Aceitação e Rejeição

7.1 A aceitação do projeto fica condicionada à observância desta Norma.

7.2 A apresentação do projeto deve ser conforme a PETROBRAS N-2040.

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Anexo A – Figuras

Figura A-1 - Arranjo Físico Típico de Uma Subestação de 69 kV, de 138 kV ou de


230 kV - 1 Circuito de Entrada (Alternativa A)

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Figura A-2 - Arranjo Físico Típico de Uma Subestação de 69 kV, de 138 kV ou de


230 kV - 1 Circuito de Entrada (Alternativa B)

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Figura A-3 - Arranjo Físico Típico de uma Subestação de 69 kV, de 138 kV ou de 230 kV
- 2 Circuitos de Entrada

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Figura A-4 - Arranjo Físico Típico de uma Subestação de 69 kV, de 138 kV ou de 230 kV
- 2 Circuitos de Entrada - Barramento Seccionável

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Figura A-5 - Arranjo Físico Típico de uma Subestação Abrigada de Área - Primeiro
Exemplo

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Figura A-6 - Arranjo Físico Típico de uma Subestação Abrigada de Área - Segundo
Exemplo

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Figura A-7 - Arranjo Físico Típico de uma Subestação Abrigada de Área - Terceiro
Exemplo

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Figura A-8 - Arranjo Físico Típico de uma Subestação Abrigada de Área - Quarto
Exemplo

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Figura A-9 - Arranjo Físico Típico de uma Subestação de Área - Quinto Exemplo

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Figura A-10 - Arranjo Físico Típico de uma Subestação Abrigada de 69 kV, 138 kV ou
230 kV - 2 Circuitos de Entrada

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Figura A-11 - Bacia de Contenção de Óleo de Transformador Instalado em Local


Descoberto

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Figura A-12 - Portão Típico para Subestação ao Tempo de Alta Tensão

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Figura A-13 - Cerca Típica para Subestação ao Tempo de Alta Tensão

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Não existe índice de revisões.

REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todos Revisados

REV. C
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todos Revisados

REV. D
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todos Revisados

IR 1/1

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