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N-2914 REV. B 01 / 2023

CONTEC
Comissão de Normalização Critérios de Segurança para Projeto de
Técnica
Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio
e Gás em Instalações Terrestres
SC-16
Segurança Industrial
1a Emenda

Esta é a 1a Emenda da PETROBRAS N-2914 REV. B e se destina a modificar o seu texto nas partes
indicadas a seguir:

NOTA 1 As novas páginas com as alterações efetuadas estão colocadas nas posições
correspondentes.
NOTA 2 As páginas emendadas, com a indicação da data da emenda, estão colocadas no final da
norma, em ordem cronológica, e não devem ser utilizadas.

CONTEÚDO DA 1ª EMENDA - 01/2023

- Seção 2

Substituição da Portaria n.º 179 do INMETRO pela Portaria n.º 115 do INMETRO.

Inclusão da ABNT NBR 13231.

- Subseção 6.7

Alteração do texto.

- Seção 7

Alteração do título.

- Subseção 7.2

Alteração do texto.

- Subseção B.1

Inclusão de Nota.

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N-2914 REV. B 12 / 2021

Critérios de Segurança para Projeto de


Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio
e Gás em Instalações Terrestres

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve


ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual
CONTEC resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve ter
Comissão de Normalização fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela Unidade
Técnica da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 16 CONTEC - Subcomissão Autora.

Segurança Industrial As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.
“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO
S. A. - PETROBRAS, de aplicação interna na PETROBRAS e em suas
participações societárias nas quais a Regra Corporativa Comum (RCC) seja
desdobrada, devendo ser usada pelos seus fornecedores de bens e
serviços, conveniados ou similares conforme as condições estabelecidas
em Licitação, Contrato, Convênio ou similar.
A utilização desta Norma por outras empresas/entidades/órgãos
governamentais e pessoas físicas é de responsabilidade exclusiva dos
próprios usuários.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada
5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas
em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas sobre as
Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 15 páginas e Índice de Revisões


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1 Escopo

1.1 Esta Norma fixa os critérios de segurança para o projeto de sistemas fixos de detecção e alarme
de incêndio e gases inflamáveis e tóxicos em instalações industriais terrestres.

1.2 Esta Norma não se aplica ao monitoramento de condições ambientais de higiene ocupacional.

1.3 Esta Norma não trata das ações e dos registros realizados pelos dispositivos do sistema de
detecção para histórico operacional.

1.4 Esta Norma se aplica a projetos iniciados a partir da data de sua edição.

1.5 A aplicação desta Norma para as empresas da Petrobras e suas participações societárias sediadas
no exterior deve ter como princípio o respeito à legislação local, assim como aos demais requisitos
aplicáveis. Fica estabelecido que todas as demais legislações ou referências brasileiras existentes e
destacadas na Norma podem servir como insumo ao seu processo de adaptação.

1.6 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

INMETRO - Portaria n.º 115, de 21 de março de 2022;

PETROBRAS N-1882 - Critérios para Elaboração de Projetos de Instrumentação;

PETROBRAS N-1997 - Projeto de Redes Elétricas em Sistemas de Bandejamento para


Cabos;

PETROBRAS N-2900 - Gerenciamento de Alarmes;

ABNT NBR IEC 60079-29-2 - Atmosferas explosivas - Parte 29-2: Detectores de gases -
Seleção, instalação, utilização e manutenção de detectores para gases inflamáveis e oxigênio;

ABNT NBR IEC 60079-29-3 - Atmosferas explosivas - Parte 29-3: Detectores de gás -
Orientações sobre segurança funcional de sistemas fixos de detecção de gases;

ABNT NBR IEC 60079-29-4 - Atmosferas explosivas - Parte 29-4: Detectores de gás -
Requisitos de desempenho de detectores de caminho aberto para gases inflamáveis;

ABNT NBR IEC 60529 – Graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos (código
IP);

ABNT NBR ISO 7240-1 - Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio - Parte 1:


Generalidades e definições;

ABNT NBR 13231 - Proteção Contra Incêndio em Subestações Elétricas;

ABNT NBR 17240 - Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio - Projeto, Instalação,


Comissionamento e Manutenção de Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio - Requisitos;

NFPA 72 - National Fire Alarm and Signaling Code;

API RP 751 - Safe Operation of Hydrofluoric Acid Alkylation Units.

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3 Termos e Definições

Para os efeitos deste documento são aplicáveis os seguintes termos e definições.

3.1
circuito de detecção classe A
circuito supervisionado, no qual existe uma fiação de retorno à central, partindo do último elemento.
Este anel formado deve ser alimentado pelos dois extremos desde a central em caso de uma
interrupção da continuidade da fiação. O retorno deve ter trajeto distinto da fiação de ida
[ABNT NBR 17240]

3.2
detector de chama UV+IR
tipo de detector que atua sob o princípio de recepção de ondas eletromagnéticas utilizando a tecnologia
de leitura ótica por comprimento de onda para confirmação do princípio de incêndio

3.3
detector de chama triplo IR
tipo de detector que opera com três faixas do espectro infravermelho de ondas eletromagnéticas

3.4
detector de fumaça
detector sensível a partículas de combustão de produtos sólidos ou líquidos e/ou pirólise suspensas na
atmosfera, sendo do tipo: detector de fumaça óptico, detector de fumaça do tipo linear ou detector de
fumaça por aspiração

3.5
detector de gás hidrocarboneto (HC)
tipo que adota tecnologia de detecção por absorção de radiação infravermelha com dupla
compensação e sensível a detecção de gás e vapor de hidrocarbonetos em largo espectro, sendo do
tipo pontual ou do tipo linha de visada

3.6
detector de gás hidrogênio (H2)
detector de gás inflamável do tipo célula catalítica

3.7
detector de gás tóxico
detector sensível a gás tóxico do tipo eletroquímico ou NTMOS (Nanotechnology Metal Oxide
Semiconductor), sendo este último específico para detecção de H2S

3.8
detector de temperatura fixa
detector que opera pelo princípio da detecção de temperatura, sendo acionado ao se atingir o valor
pré-estabelecido

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3.9
sistema de detecção de temperatura por plugue fusível
composto por dispositivo mecânico de detecção de incêndio que se rompe por fusão ao atingir a
temperatura pré-estabelecida, permitindo a atuação automática do sistema de combate ao incêndio

3.10
detector de temperatura termovelocimétrico
detector de incêndio de acionamento pela taxa de variação da temperatura do ambiente, devendo ser
utilizado apenas em áreas fechadas

3.11
detector endereçável
detector interligado em laços que permite a identificação remota do ponto ou ambiente onde ocorre a
detecção

3.12
Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)
produto constituído por hidrocarbonetos com três ou quatro átomos de carbono (exemplos: propano,
propeno, butano e buteno), em qualquer proporção de mistura, com pequenas frações de outros
hidrocarbonetos

3.13
Líquido de Gás Natural (LGN)
parte do gás natural que se encontra na fase líquida em determinada condição de pressão e
temperatura, obtida nos processos de separação de campo, em unidades de processamento de gás
natural ou em operações de transferência em gasodutos

3.14
sistema de detecção e alarme de incêndio e gás
sistema fixo de detecção e monitoramento da Unidade composto por detectores de chama, fumaça,
temperatura e gás, sistemas de controle, alarmes e atuadores que iniciam ou efetuam as ações de
segurança em casos de incêndio ou gás detectado e alarmado

3.15
Sistema de Supervisão e Controle - SSC
sistema de controle e monitoramento adotado no âmbito dos diferentes segmentos de negócio da
companhia. Substitui termos como “Supervisory Control and Data Acquisition System” (SCADA),
Sistema Digital de Controle Distribuído (SDCD) e outros sistemas similares

4 Condições Gerais

4.1 Devem ser instalados sistemas que permitam ações no sentido de proteger a integridade das
pessoas, do meio ambiente e do patrimônio por meio da detecção e alarme, em tempo hábil, da
ocorrência de incêndio e de perdas de contenção de gases inflamáveis e tóxicos.

4.2 Os sistemas de detecção e alarme não devem gerar ações de intertravamento, com exceção
daqueles que possuam requisitos específicos nesta Norma ou no projeto.

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4.3 A ocorrência de incêndio ou a formação de nuvem de gases deve ser alertada por meio de alarmes
sonoros e visuais na área de ocorrência e na tela de supervisão e controle do Centro Integrado de
Controle (CIC).

NOTA 1 Alarmes gerados nas instalações prediais fora das áreas de processo não podem ser
enviados para o CIC.
NOTA 2 Os alarmes gerados nas áreas de processo podem ser replicados na tela de supervisão e
controle do SMS, quando houver. [Prática Recomendada]

4.4 Nas áreas administrativas deve ser prevista pelo menos uma central de alarme de incêndio que
receba todos os sinais dos detectores de incêndio. Esta central deve estar localizada onde haja a
presença permanente de pessoas para a realização do monitoramento e a tomada das ações de
emergência.

NOTA Os alarmes gerados nas áreas administrativas podem ser replicados na tela de supervisão e
controle do SMS, quando houver. [Prática Recomendada]

4.5 A identificação de falhas no sistema de detecção e alarme das áreas de processo e administrativas
deve gerar alarme sonoro e visual nos respectivos sistemas de supervisão e controle. Os circuitos
descritos abaixo devem possuir monitoramento contínuo, que indique na tela de supervisão do
operador da área envolvida falhas, como abertura do circuito, curto-circuito e falta de energia:

a) botoeiras manuais de acionamento de alarme de emergência;


b) botoeiras manuais de acionamento de disparo de sistema de descarga de CO2 ou agente
limpo, quando houver;
c) detectores de incêndio e de gases inflamáveis e tóxicos;
d) avisadores sonoros;
e) avisadores visuais.

4.6 A especificação dos sistemas de detecção e alarme deve considerar os seguintes critérios:

a) compatibilidade com o SSC;


b) estratégia de detecção;
c) seleção do tipo de detector;
d) faixa de atuação;
e) tempo de resposta;
f) disponibilidade e confiabilidade;
g) vida útil do elemento sensor;
h) padronização de tipo e tecnologia;
i) fornecimento por fabricantes reconhecidos por entidades nacionais ou internacionais;
j) proteção contra o ingresso de particulados, acesso a partes vivas e água, de acordo com
a ABNT NBR IEC 60529;
k) alarmes falsos e/ou espúrios.

4.7 O tipo de detector de gases inflamáveis e tóxicos para cada área deve ser definido em função da
composição molar das correntes de processo presentes, além do recomendado no Anexo A desta
Norma.

4.8 A tecnologia de detecção de incêndio (chama, temperatura e fumaça) para cada área deve ser
definida em função do material combustível presente, além do recomendado no Anexo A desta Norma.

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4.9 Os sistemas de detecção e alarme devem estar interligados ao sistema de alimentação de energia
elétrica de emergência, de forma a manter o sistema operacional com uma autonomia de, no mínimo,
2 horas ininterruptas.

NOTA O requisito de autonomia de 24 horas da ABNT NBR 17240 não se aplica para as edificações
das instalações terrestres operacionais.

4.10 Devem ser previstas facilidades para teste, calibração e manutenção periódica dos detectores e
alarmes, tais como: conexões para teste, iluminação e condições adequadas de acesso.

NOTA 1 É recomendada a utilização de equipamentos que possuam autoteste. [Prática


Recomendada]
NOTA 2 Quando necessária a intervenção local para calibração, recomenda-se que a mesma seja
feita de forma não intrusiva, ou seja, através de dispositivos, tais como: fonte de infravermelho
(IR), chave magnética, botão selado etc, que não requeiram a abertura do invólucro.
[Prática Recomendada]

4.11 As redes elétricas e eletrônicas dos sistemas de detecção e alarme, que sejam dispostas em
eletrodutos ou em sistemas de bandejamento para cabos, devem atender aos requisitos da
PETROBRAS N-1997.

4.12 O projeto de instrumentação dos sistemas de detecção e alarme deve atender aos requisitos da
PETROBRAS N-1882.

5 Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio

5.1 Os detectores de incêndio devem atender às seguintes condições:

a) permitir o restabelecimento das suas condições normais de operação após serem


acionados, sem necessidade de reposição de qualquer componente;
b) os detectores de fumaça e temperatura devem ser do tipo endereçáveis, produzir
indicação visual e sonora no sistema de alarme no local e na tela de supervisão da área
envolvida, para mostrar quais foram os acionados e de tal forma a permitir a identificação
do local ou zona afetada; a indicação visual deve permanecer até que o sistema tenha
sido restabelecido manualmente;
c) o detector de chama deve produzir a indicação visual e sonora no sistema de alarme no
local e na tela de supervisão da área envolvida, para mostrar em tela gráfica quais foram
os acionados e de tal forma a permitir a identificação do local ou zona afetada e do TAG
do detector; a indicação visual deve permanecer até que o sistema tenha sido
restabelecido manualmente.

5.2 É recomendado que sejam instalados detectores de chama para os cenários de incêndio em poça
e jato de fogo nas áreas de processo e em parques de bombas que operem com gases liquefeitos e
líquidos inflamáveis. [Prática Recomendada]

NOTA 1 Os detectores de chama UV+IR ou triplo IR utilizam a tecnologia de leitura ótica por
comprimento de onda e devem ser especificados de forma distinta para hidrocarbonetos e
gás hidrogênio.
NOTA 2 Cuidados deverão ser tomados com relação a possibilidade de alarmes falsos em função das
condições no entorno que podem afetar o sinal dos detectores de chama.

5.3 Caso requerido por exigência de legislação local ou indicação de estudo de análise de risco, devem
ser projetados sistemas de detecção e alarme de incêndio em outros ambientes além daqueles citados
nesta Norma.

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5.4 Os detectores e alarmes de incêndio devem ser alocados e instalados conforme recomendações
dos fabricantes e conforme as ABNT NBR 17240, ABNT NBR ISO 7240-1 (e partes listadas no seu
texto) e NFPA 72.

5.5 O projeto do sistema de detecção e alarme de incêndio deve considerar o posicionamento dos
detectores de acordo com os fatores que possam afetar sua sensibilidade e funcionamento:

a) geometria da área de instalação;


b) ventilação do local;
c) presença de obstáculos físicos ou fontes de interferência eletromagnética que dificultem a
detecção.

6 Sistema de Detecção e Alarme de Gás

6.1 Devem ser previstos sistemas de detecção e alarme de gás que permitam monitorar continuamente
as áreas indicadas conforme especificado em projeto e/ou estudo de análise de risco.

NOTA Além do monitoramento de vazamentos de gases e gases liquefeitos sob pressão ou


resfriados, o sistema pode ser aplicado para o monitoramento de vapores de líquidos
altamente voláteis (LAV) capazes de gerar nuvens detectáveis. [Prática Recomendada]

6.2 Os detectores de gases inflamáveis e tóxicos devem fornecer sinais correspondentes aos níveis
de concentração de gás detectados na área monitorada.

6.3 Os detectores pontuais ou de visada, do tipo IR, devem ser utilizados para monitoramento de
vazamentos de gás inflamável.

NOTA Para a instalação de detectores de visada devem ser, no mínimo, considerados o


congestionamento da área (situações de bloqueio do feixe) e os níveis de vibração existentes
que possam comprometer o funcionamento do detector.

6.4 A quantidade e a localização dos detectores de gases inflamáveis e tóxicos devem ser definidas
considerando o resultado de estudos quantitativos ou qualitativos de dispersão de gases.

6.5 Na alocação dos detectores de gases inflamáveis e tóxicos, em áreas abertas e fechadas, devem
ser levados em conta os seguintes fatores:

a) densidade, relativa ao ar, dos gases inflamáveis potencialmente presentes;


b) localização das fontes prováveis de vazamento;
c) linhas de fluxo de ventilação natural ou mecânica;
d) zonas onde possam ocorrer o acúmulo de gases;
e) frequência de ocorrência de vazamentos;
f) taxas de vazamento e condições de processo;
g) proteção contra danos mecânicos;
h) proteção contra agentes inibidores da detecção;
i) interferências ou obstáculos que prejudiquem a detecção.

6.6 Para monitoramento de vazamento de gases tóxicos devem ser utilizados, preferencialmente, os
detectores do tipo eletroquímico.

6.7 O sistema de detectores de sulfeto de hidrogênio (H2S) deve ser configurado com alarmes na tela
de supervisão do operador da área envolvida sempre que forem detectados níveis de concentração de
gás de 8 ppm (alto) e 20 ppm (muito alto).

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6.8 O sistema de detectores de gases inflamáveis deve ser configurado com alarmes na tela de
supervisão do operador da área envolvida sempre que forem detectados níveis de concentração de
gás de 20 % (alto) e 60 % (muito alto) do LII para detectores pontuais e 1 e 3 LII metro linear para
detectores de visada.

NOTA Para detectores de visada, a distância máxima entre emissor e receptor (faixa de detecção)
deve ser conforme determinado pelo fabricante.

6.9 Em salas de baterias, devem ser instalados detectores de gás hidrogênio, considerando a
densidade do gás e a influência do sistema de ventilação para sua alocação. O sistema deve ser
ajustado para alarmar, na tela de supervisão do CIC, com nível de concentração a 20 % do Limite
Inferior de Inflamabilidade (LII).

6.10 A captação de ar de HVAC (“Heating, Ventilation and Air Conditioning”) de salas de controle, de
subestações elétricas e de demais prédios próximos a áreas de processo devem possuir detectores de
gases inflamáveis e/ou tóxicos do tipo pontual, que devem atuar em nível muito alto, gerando as
seguintes ações de intertravamento:

a) alarme de emergência local;


b) desligamento de sistema de ventilação forçada e ar condicionado e fechamento de
“dampers” nos dutos de ventilação da área;
c) interrupção do sistema de pressurização dos painéis elétricos.

6.11 Os detectores de gases tóxicos devem alarmar em níveis de concentração correspondentes aos
descritos na Tabela 1.

Tabela 1 - Níveis de Concentração de Gases Tóxicos Detectados na Área Monitorada

Gás Nível alto (alerta) Nível muito alto


Cloro (Cl2) 1 ppm 3 ppm
Sulfeto de hidrogênio (H2S) 8 ppm 20 ppm
Amônia (NH3) 20 ppm 40 ppm
Monóxido de carbono (CO) 20 ppm 50 ppm

7 Certificação dos Sistemas de Detecção e Alarme para Atmosferas Explosivas

7.1 Os dispositivos do sistema de detecção e alarme devem possuir certificação Ex adequada para a
atmosfera explosiva na qual serão instalados (área classificada).

NOTA Os equipamentos de calibração de detectores devem atender às exigências para uso em


áreas classificadas.

7.2 O projeto do sistema de detecção e alarme deve prever a aquisição somente de detectores e
sistemas de calibração de campo que ostentem o Selo de Identificação da Conformidade com base
nos Requisitos Gerais de Certificação de Produto (RGCP). [INMETRO - Portaria n.º 115]

7.3 Os sistemas de detecção e alarme de gases inflamáveis e tóxicos que operam em


atmosfera explosiva devem atender à ABNT NBR IEC 60079-29-2, ABNT NBR IEC 60079-
29-3 e ABNT NBR IEC 60079-29-4.

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Anexo A - Tabela

Tabela A.1 - Tipos de Detectores em Função do Local [Prática Recomendada]

Área Local Tipo de Detector


Parque de esferas e cilindros
— detector de gás hidrocarboneto.
de GLP e LGN
Armazenamento e — detector de gás hidrocarboneto para
Tancagem de Produtos bombas com GLP;
Parque de bombas de
e Matérias-Primas — detector de chama para bombas com
produtos inflamáveis
gases liquefeitos e líquidos
inflamáveis.
Estação de tratamento de
— detector de gás cloro.
água por cloro
Caldeira de CO — detector de monóxido de carbono.
— detector de gás inflamável, se houver
Compressores de ar de
risco de captação do gás no caso de
instrumento
vazamento em instalações próximas.
Utilidades Turbogeradores a gás — detector de gás inflamável.
— detector de gás hidrogênio na bacia
de resfriamento ou de acúmulo,
quando necessário;
Torre de resfriamento
— detector de gás cloro no abrigo de
cilindros, quando possuir injeção de
cloro na água.
— detectores de gases inflamáveis e/ou
Na captação do ar tóxicos, quando próximos a unidades
de processo.
Ambientes internos, entre forro
— detector de fumaça.
e entre piso (ver Nota 1)
Subestações Elétricas Salas de painéis e área de — detector de fumaça;
cabos — detector de temperatura (ver Nota 2).
— detector de fumaça;
Sala de baterias
— detector de gás hidrogênio.
Transformadores em áreas — detector de fumaça;
Internas — detector de temperatura (ver Nota 2).
— detectores de gases inflamáveis e/ou
Na captação do ar tóxicos, quando próximos a unidades
de processo.
CIC e Casas de Ambientes internos, entre forro
— detector de fumaça.
Controle Local e entre piso (ver Nota 1)
— detector de fumaça;
Sala de baterias
— detector de gás hidrogênio.
Copa — detector de temperatura.
Ambientes internos, entre forro
— detector de fumaça.
e entre piso (ver Nota 1)
Copa — detector de temperatura.
— detector de fumaça (ex.: materiais
Locais de armazenamento de classe A);
Demais Edificações produtos combustíveis e — detector de chama (ex.: depósito de
inflamáveis produtos inflamáveis);
— detector de gás (ex.: cilindros).
— detectores de gases inflamáveis e/ou
Na captação do ar tóxicos, quando próximos a unidades
de processo.

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Tabela A.1 - Tipos de Detectores em Função do Local [Prática Recomendada]


(Continuação)

Área Local Tipo de Detector


— detector de gás hidrocarboneto;
Unidade de Gasolina de
— detector de ácido fluorídrico (conforme
Aviação (UGAV)
API RP 751).
— detector de gás hidrocarboneto;
Unidade de Destilação
— detector de gás sulfeto de hidrogênio;
Atmosférica (UDA)
— detector de chama.
Unidades de Hidrotratamento — detector de gás sulfeto de hidrogênio;
(HDT), — detector de gás hidrocarboneto;
Hidrodessulfurização(HDS) e — detector de gás hidrogênio;
Hidrocraqueamento (HCC) — detector de chama.
— detector de gás hidrocarboneto;
Unidade de Geração de
— detector de gás hidrogênio;
Hidrogênio
Processo — detector de chama.
Unidade de Recuperação de
— detector de gás sulfeto de hidrogênio.
Enxofre
Unidade de Tratamento de
— detector de gás sulfeto de hidrogênio.
Águas Ácidas
— detector de gás hidrocarboneto;
Unidade de Coqueamento
— detector de gás sulfeto de hidrogênio;
Retardado (UCR)
— detector de chama.
Unidade de Tratamento — detector de gás hidrocarboneto;
Cáustico — detector de chama.
— detector de gás hidrocarboneto;
Unidade de Processamento — detector de gás sulfeto de hidrogênio;
de Gás Natural — detector de chama.
Outras áreas Outros locais ( ver Nota 3) — conforme estudo de análise de riscos.
NOTA 1 Detectores no entre forro e no entre piso devem ser instalados caso haja cabos elétricos
de potência (alimentadores) nestes vãos.
NOTA 2 Para Áreas de Cabos abertas, circundadas por cerca metálica, e para Transformadores em
áreas parcialmente fechadas, recomenda-se o uso de detectores de temperatura.
NOTA 3 As recomendações desta tabela dependem de confirmação durante a execução do projeto,
em função das condições de processo de cada local. A simples presença de frações de
substâncias inflamáveis ou tóxicas na corrente de processo não é determinante para a
instalação de detectores. As concentrações devem ser superiores aos limites detectáveis.

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Anexo B - Automação do Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio e Gás

B.1 - Detector de Fumaça do Interior dos Prédios e Subestações

Quando acionado, demanda as seguintes ações:

- Alarme do avisador sonoro/visual (S/V) do local da ocorrência e dos avisadores S/V das áreas
adjacentes (princípio da setorizacão dos alarmes), quando necessário;
- Alarme na tela de supervisão do CIC quando se tratar de edificação na área industrial;
- Alarme na tela de supervisão da Sala de Controle do SMS, quando houver;
- Não intertrava com o HVAC e não fecha “damper” (ver Nota);
- Não desliga a subestação.

NOTA O requisito de desligamento automático do HVAC e fechamento de “damper” estabelecido


pela ABNT NBR 13231 não se aplica para as instalações industriais terrestres da
PETROBRAS, uma vez que há monitoramento contínuo com o desligamento por ação do
operador.

B.2 - Detector de Temperatura do Interior dos Prédios e Subestações

Quando acionado pela variação de temperatura no tempo ou por temperatura superior à estabelecida,
demanda as seguintes ações:

- Alarme do avisador S/V do local da ocorrência e dos avisadores S/V das áreas adjacentes, quando
necessário;
- Alarme na tela de supervisão do CIC quando se tratar de edificação na área industrial;
- Alarme na tela de supervisão da Sala de Controle do SMS, quando houver;
- Não intertrava com o HVAC e não fecha “damper”;
- Não desliga a subestação.

B.3 - Detector de H2S na Captação de Ar dos Prédios e Subestações

B.3.1 Quando acionado na concentração de 8 ppm, demanda as seguintes ações:

- Alarme de nível alto na tela de supervisão do CIC;


- Alarme de nível alto na tela de supervisão da Sala de Controle do SMS, quando houver;
- Não intertrava com o HVAC e não fecha “damper”;
- Não desliga a subestação.

B.3.2 Quando acionado na concentração de 20 ppm, demanda as seguintes ações:

- Alarme do avisador S/V do local da ocorrência e dos avisadores S/V das áreas adjacentes, quando
necessário;
- Alarme de nível muito alto na tela de supervisão do CIC;
- Alarme de nível muito alto na tela de supervisão da Sala de Controle do SMS, quando houver;
- Desliga o HVAC e fecha o “damper”;
- Não desliga a subestação.

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B.4 - Detector de HC na Captação de Ar dos Prédios e Subestações

B.4.1 Quando acionado em concentração a 20 % do LII, demanda as seguintes ações:

- Alarme de nível alto na tela de supervisão do CIC;


- Alarme de nível alto na tela de supervisão da Sala de Controle do SMS, quando houver;
- Não intertrava com o HVAC e não fecha “damper”;
- Não desliga a subestação.

11A
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B.4.2 Quando acionado em concentração a 60 % do LII, demanda as seguintes ações:

- Alarme do avisador S/V do local da ocorrência e dos avisadores S/V das áreas adjacentes, quando
necessário;
- Alarme de nível muito alto na tela de supervisão do CIC;
- Alarme de nível muito alto na tela de supervisão da Sala de Controle do SMS, quando houver;
- Desliga o HVAC e fecha o “damper”;
- Não desliga a subestação.

B.5 - Detector de H2 nas Salas de Baterias

Quando acionado em concentração de 20 % do LII, demanda as seguintes ações:

- Alarme do avisador S/V do local da ocorrência;


- Alarme de nível alto na tela de supervisão do CIC;
- Alarme de nível alto na tela de supervisão da Sala de Controle do SMS;
- Não intertrava com o HVAC, não fecha o “damper” e não desliga o carregador das baterias;
- Não desliga a subestação.

B.6 - Detector de H2 nas Áreas Industriais

B.6.1 Quando acionado em concentração de 20 % do LII, demanda as seguintes ações:

- Alarme de nível alto na tela de supervisão do CIC;


- Alarme de nível alto na tela de supervisão da Sala de Controle do SMS, quando houver.

B.6.2 Quando acionado em concentração de 60 % do LII, demanda as seguintes ações:

- Alarme do avisador S/V do local da ocorrência e dos avisadores S/V das áreas adjacentes, quando
necessário;
- Alarme de nível muito alto na tela de supervisão do CIC;
- Alarme de nível muito alto na tela de supervisão da Sala de Controle do SMS, quando houver.

B.7 - Detector de HC nas Áreas Industriais

B.7.1 Detector Pontual

B.7.1.1 Quando acionado em concentração a 20 % do LII, demanda as seguintes ações:

- Alarme de nível alto na tela de supervisão do CIC;


- Alarme de nível alto na tela de supervisão da Sala de Controle do SMS, quando houver.

B.7.1.2 Quando acionado em concentração a 60% do LII, demanda as seguintes ações:

- Alarme do avisador S/V do local da ocorrência e dos avisadores S/V das áreas adjacentes, quando
necessário;
- Alarme de nível muito alto na tela de supervisão do CIC;
- Alarme de nível muito alto na tela de supervisão da Sala de Controle do SMS, quando houver.

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B.7.2 Detector de Linha de Visada

B.7.2.1 Quando acionado em concentração a 1 LII x metro linear, demanda as seguintes ações:

- Alarme de nível alto na tela de supervisão do CIC;


- Alarme de nível alto na tela de supervisão da Sala de Controle do SMS, quando houver.

B.7.2.2 Quando acionado em concentração a 3 LII x metro linear, demanda as seguintes ações:

- Alarme do avisador S/V do local da ocorrência e dos avisadores S/V das áreas adjacentes, quando
necessário;
- Alarme de nível muito alto na tela de supervisão do CIC;
- Alarme de nível muito alto na tela de supervisão da Sala de Controle do SMS, quando houver.

B.8 – Detector de H2S nas Áreas Industriais

B.8.1.1 Quando acionado na concentração de 8 ppm, demanda as seguintes ações:

- Alarme de nível alto na tela de supervisão do CIC;


- Alarme de nível alto na tela de supervisão da Sala de Controle do SMS, quando houver.

B.8.1.2 Quando acionado na concentração de 20 ppm, demanda as seguintes ações:

- Alarme do avisador S/V do local da ocorrência e dos avisadores S/V das áreas adjacentes, quando
necessário;
- Alarme de nível muito alto na tela de supervisão do CIC;
- Alarme de nível muito alto na tela de supervisão da Sala de Controle do SMS, quando houver.

B.9 – Detector de Chama nas Áreas Industriais


Quando acionado, demanda as seguintes ações:

- Alarme do avisador S/V do local da ocorrência e dos avisadores S/V das áreas adjacentes, quando
necessário;
- Alarme na tela de supervisão do CIC;
- Alarme na tela de supervisão da Sala de Controle do SMS, quando houver.

NOTA Pode intertravar com a válvula de abertura do sistema de dilúvio do equipamento, quando
existente, por solicitação da Unidade.

B.10 – Botoeiras Manuais de Emergência

B.10.1 Acionada no Campo

Quando acionada, demanda as seguintes ações:

- Alarme do avisador S/V do local da ocorrência e dos avisadores S/V das áreas adjacentes, quando
necessário;
- Alarme na tela de supervisão do CIC;
- Alarme na tela de supervisão da Sala de Controle do SMS, quando houver.

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N-2914 REV. B 12 / 2021

B.10.2 Acionada pelo Painel de SSC do CIC ou da Sala de Controle do SMS

Quando acionada, demanda as seguintes ações:

- Alarme do avisador S/V do local da ocorrência e dos avisadores S/V das áreas adjacentes, quando
necessário.

B.11 Inibição dos Alarmes Sonoro e Visual

Deve existir no painel de SSC do CIC e da Sala de Controle do SMS um botão de inibição dos
avisadores S/V do campo e do alarme da tela de supervisão. Não é permitida a inibição dos alarmes
até que a ocorrência esteja finalizada e o ambiente retorne à condição segura. Isto é valido para as
áreas industriais e administrativas.

NOTA Durante a ocorrência, o sistema deve permitir a inibição temporária dos alarmes sonoros, com
retorno automático, para entrada de mensagens de voz.

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisão

REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisão

IR 1/1
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1 Escopo

1.1 Esta Norma fixa os critérios de segurança para o projeto de sistemas fixos de detecção e alarme
de incêndio e gases inflamáveis e tóxicos em instalações industriais terrestres.

1.2 Esta Norma não se aplica ao monitoramento de condições ambientais de higiene ocupacional.

1.3 Esta Norma não trata das ações e dos registros realizados pelos dispositivos do sistema de
detecção para histórico operacional.

1.4 Esta Norma se aplica a projetos iniciados a partir da data de sua edição.

1.5 A aplicação desta Norma para as empresas da Petrobras e suas participações societárias sediadas
no exterior deve ter como princípio o respeito à legislação local, assim como aos demais requisitos
aplicáveis. Fica estabelecido que todas as demais legislações ou referências brasileiras existentes e
destacadas na Norma podem servir como insumo ao seu processo de adaptação.

1.6 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

INMETRO - Portaria n.º 179, de 18 de maio de 2010;

PETROBRAS N-1882 - Critérios para Elaboração de Projetos de Instrumentação;

PETROBRAS N-1997 - Projeto de Redes Elétricas em Sistemas de Bandejamento para


Cabos;

PETROBRAS N-2900 - Gerenciamento de Alarmes;

ABNT NBR IEC 60079-29-2 - Atmosferas explosivas - Parte 29-2: Detectores de gases -
Seleção, instalação, utilização e manutenção de detectores para gases inflamáveis e
oxigênio;

ABNT NBR IEC 60079-29-3 - Atmosferas explosivas - Parte 29-3: Detectores de gás -
Orientações sobre segurança funcional de sistemas fixos de detecção de gases;

ABNT NBR IEC 60079-29-4 - Atmosferas explosivas - Parte 29-4: Detectores de gás -
Requisitos de desempenho de detectores de caminho aberto para gases inflamáveis;

ABNT NBR IEC 60529 – Graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos
(código IP);

ABNT NBR ISO 7240-1 - Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio - Parte 1:


Generalidades e definições;

ABNT NBR 17240 - Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio - Projeto, Instalação,


Comissionamento e Manutenção de Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio - Requisitos;

NFPA 72 - National Fire Alarm and Signaling Code;

API RP 751 - Safe Operation of Hydrofluoric Acid Alkylation Units.

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5.4 Os detectores e alarmes de incêndio devem ser alocados e instalados conforme recomendações
dos fabricantes e conforme as ABNT NBR 17240, ABNT NBR ISO 7240-1 (e partes listadas no seu
texto) e NFPA 72.

5.5 O projeto do sistema de detecção e alarme de incêndio deve considerar o posicionamento dos
detectores de acordo com os fatores que possam afetar sua sensibilidade e funcionamento:

a) geometria da área de instalação;


b) ventilação do local;
c) presença de obstáculos físicos ou fontes de interferência eletromagnética que dificultem a
detecção.

6 Sistema de Detecção e Alarme de Gás

6.1 Devem ser previstos sistemas de detecção e alarme de gás que permitam monitorar continuamente
as áreas indicadas conforme especificado em projeto e/ou estudo de análise de risco.

NOTA Além do monitoramento de vazamentos de gases e gases liquefeitos sob pressão ou


resfriados, o sistema pode ser aplicado para o monitoramento de vapores de líquidos
altamente voláteis (LAV) capazes de gerar nuvens detectáveis. [Prática Recomendada]

6.2 Os detectores de gases inflamáveis e tóxicos devem fornecer sinais correspondentes aos níveis
de concentração de gás detectados na área monitorada.

6.3 Os detectores pontuais ou de visada, do tipo IR, devem ser utilizados para monitoramento de
vazamentos de gás inflamável.

NOTA Para a instalação de detectores de visada devem ser, no mínimo, considerados o


congestionamento da área (situações de bloqueio do feixe) e os níveis de vibração existentes
que possam comprometer o funcionamento do detector.

6.4 A quantidade e a localização dos detectores de gases inflamáveis e tóxicos devem ser definidas
considerando o resultado de estudos quantitativos ou qualitativos de dispersão de gases.

6.5 Na alocação dos detectores de gases inflamáveis e tóxicos, em áreas abertas e fechadas, devem
ser levados em conta os seguintes fatores:

a) densidade, relativa ao ar, dos gases inflamáveis potencialmente presentes;


b) localização das fontes prováveis de vazamento;
c) linhas de fluxo de ventilação natural ou mecânica;
d) zonas onde possam ocorrer o acúmulo de gases;
e) frequência de ocorrência de vazamentos;
f) taxas de vazamento e condições de processo;
g) proteção contra danos mecânicos;
h) proteção contra agentes inibidores da detecção;
i) interferências ou obstáculos que prejudiquem a detecção.

6.6 Para monitoramento de vazamento de gases tóxicos devem ser utilizados, preferencialmente, os
detectores do tipo eletroquímico.

6.7 O sistema de detectores de sulfeto de hidrogênio (H2S) deve ser configurado com alarmes na tela
de supervisão do operador da área envolvida para início das ações de segurança, sempre que forem
detectados níveis de concentração de gás de 8 ppm (alto) e 20 ppm (muito alto).

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6.8 O sistema de detectores de gases inflamáveis deve ser configurado com alarmes na tela de
supervisão do operador da área envolvida sempre que forem detectados níveis de concentração de
gás de 20 % (alto) e 60 % (muito alto) do LII para detectores pontuais e 1 e 3 LII metro linear para
detectores de visada.

NOTA Para detectores de visada, a distância máxima entre emissor e receptor (faixa de detecção)
deve ser conforme determinado pelo fabricante.

6.9 Em salas de baterias, devem ser instalados detectores de gás hidrogênio, considerando a
densidade do gás e a influência do sistema de ventilação para sua alocação. O sistema deve ser
ajustado para alarmar, na tela de supervisão do CIC, com nível de concentração a 20 % do Limite
Inferior de Inflamabilidade (LII).

6.10 A captação de ar de HVAC (“Heating, Ventilation and Air Conditioning”) de salas de controle, de
subestações elétricas e de demais prédios próximos a áreas de processo devem possuir detectores de
gases inflamáveis e/ou tóxicos do tipo pontual, que devem atuar em nível muito alto, gerando as
seguintes ações de intertravamento:

a) alarme de emergência local;


b) desligamento de sistema de ventilação forçada e ar condicionado e fechamento de
“dampers” nos dutos de ventilação da área;
c) interrupção do sistema de pressurização dos painéis elétricos.

6.11 Os detectores de gases tóxicos devem alarmar em níveis de concentração correspondentes aos
descritos na Tabela 1.

Tabela 1 - Níveis de Concentração de Gases Tóxicos Detectados na Área Monitorada

Gás Nível alto (alerta) Nível muito alto


Cloro (Cl2) 1 ppm 3 ppm
Sulfeto de hidrogênio (H2S) 8 ppm 20 ppm
Amônia (NH3) 20 ppm 40 ppm
Monóxido de carbono (CO) 20 ppm 50 ppm

7 Certificação dos Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio e Gás

7.1 Os dispositivos do sistema de detecção e alarme devem possuir certificação Ex adequada para a
atmosfera explosiva na qual serão instalados (área classificada).

NOTA Os equipamentos de calibração de detectores devem atender às exigências para uso em


áreas classificadas.

7.2 O projeto do sistema de detecção e alarme deve prever a aquisição somente de detectores e sistemas
de calibração de campo que ostentem o Selo de Identificação da Conformidade no âmbito do Sistema
Brasileiro de Avaliação da Conformidade (SBAC). [INMETRO - Portaria n.º 179, seção 8]

7.3 Os sistemas de detecção e alarme de gases inflamáveis e tóxicos que operam em atmosfera
explosiva devem atender à ABNT NBR IEC 60079-29-2, ABNT NBR IEC 60079-29-3 e ABNT NBR IEC
60079-29-4.

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Anexo B - Automação do Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio e Gás

B.1 - Detector de Fumaça do Interior dos Prédios e Subestações

Quando acionado, demanda as seguintes ações:

- Alarme do avisador sonoro/visual (S/V) do local da ocorrência e dos avisadores S/V das áreas
adjacentes (princípio da setorizacão dos alarmes), quando necessário;
- Alarme na tela de supervisão do CIC quando se tratar de edificação na área industrial (Ver NOTA);
- Alarme na tela de supervisão da Sala de Controle do SMS, quando houver;
- Não intertrava com o HVAC e não fecha “damper”;
- Não desliga a subestação.

B.2 - Detector de Temperatura do Interior dos Prédios e Subestações

Quando acionado pela variação de temperatura no tempo ou por temperatura superior à estabelecida,
demanda as seguintes ações:

- Alarme do avisador S/V do local da ocorrência e dos avisadores S/V das áreas adjacentes, quando
necessário;
- Alarme na tela de supervisão do CIC quando se tratar de edificação na área industrial;
- Alarme na tela de supervisão da Sala de Controle do SMS, quando houver;
- Não intertrava com o HVAC e não fecha “damper”;
- Não desliga a subestação.

B.3 - Detector de H2S na Captação de Ar dos Prédios e Subestações

B.3.1 Quando acionado na concentração de 8 ppm, demanda as seguintes ações:

- Alarme de nível alto na tela de supervisão do CIC;


- Alarme de nível alto na tela de supervisão da Sala de Controle do SMS, quando houver;
- Não intertrava com o HVAC e não fecha “damper”;
- Não desliga a subestação.

B.3.2 Quando acionado na concentração de 20 ppm, demanda as seguintes ações:

- Alarme do avisador S/V do local da ocorrência e dos avisadores S/V das áreas adjacentes, quando
necessário;
- Alarme de nível muito alto na tela de supervisão do CIC;
- Alarme de nível muito alto na tela de supervisão da Sala de Controle do SMS, quando houver;
- Desliga o HVAC e fecha o “damper”;
- Não desliga a subestação.

B.4 - Detector de HC na Captação de Ar dos Prédios e Subestações

B.4.1 Quando acionado em concentração a 20 % do LII, demanda as seguintes ações:

- Alarme de nível alto na tela de supervisão do CIC;


- Alarme de nível alto na tela de supervisão da Sala de Controle do SMS, quando houver;
- Não intertrava com o HVAC e não fecha “damper”;
- Não desliga a subestação.

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