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Aterramento Elétrico:

Descargas Atmosféricas
e Instalações
Elétricas Prediais
Sofia Maria A. F. Rodrigues
Aterramento Elétrico:
Descargas Atmosféricas e
Instalações Elétricas Prediais

Introdução
Você está na unidade Aterramento elétrico, proteção contra descargas atmosféricas
e o projeto de instalações elétricas prediais. Conheça aqui as principais premissas
para o desenvolvimento do aterramento elétrico em uma instalação de baixa tensão,
para segurança da instalação como um todo. Além disso, a este ponto você verá
como implementar também a proteção contra descargas atmosféricas para este tipo
de instalação. Por último, entenderá, em uma visão geral, como é feito um projeto
elétrico de instalação predial.

Bons estudos!

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Aterramentos Elétricos
O aterramento elétrico, por definição, denota a ligação realizada entre estruturas e/ou
instalações elétricas com a terra. Este tipo de ligação é feita, de maneira geral, para
estabelecer uma referência para a rede elétrica e também para permitir que o fluxo da
corrente elétrica se estabeleça para a terra, no caso de ocorrências adversas como:

• correntes de descargas atmosféricas;


• descargas eletrostáticas;
• correntes de equipamentos como: filtros, supressores de surtos e pára-raios
de linha; Correntes de curto-circuito para a terra.

Todas estas ocorrências poderão, então, levar a danos indesejáveis nos equipamentos
e demais elementos associados à instalação elétrica. Desenvolvendo-se um sistema
de aterramento elétrico, tais efeitos podem ser mitigados ou até mesmo evitados
(CREDER, 2007).

Além disso, entre as funções de um sistema de aterramento, também cabe ressaltar o


cuidado para se evitar choques elétricos, que podem ocorrer e comprometer a saúde
dos usuários da instalação elétrica, levando até à morte, em alguns casos. Assim,
formalmente, define-se o choque elétrico como um efeito causado pela passagem de
corrente elétrica através do corpo de uma pessoa ou de um animal, que pode levar a
efeitos como a fibrilação cardíaca, agravando o estado de saúde e, em alguns casos,
conduzindo ao óbito. O sistema de aterramento protege, então, contra o choque,
pois, ao realizar a ligação com o terra, esta corrente passa a ter outro caminho de
circulação. Ademais, outros tipos de funções do aterramento são: a sensibilização
dos equipamentos de proteção, criação de um caminho para a circulação de corrente
durante as descargas atmosféricas, como já mencionado, e diminuição, ao máximo,
da resistência, possibilitando um caminho para correntes de falta, que ocorrem
durante as falhas já mencionadas (GEBRAN & RIZZATO, 2017).

Existem alguns conceitos que são básicos, tanto para o desenvolvimento quanto
instalação, teremos em posse dados obtidos do sistema e alguns parâmetros que
devem ser pré-fixados, como ficará mais claro ao longo do estudo. Este projeto de
aterramento para a instalação elétrica de baixa tensão seguirá como base a norma
regulamentadora brasileira NBR 5410, proposta pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), que já é utilizada como a principal referência para o projeto
de instalações elétricas de baixa tensão.

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De maneira geral, sabe-se, também, que existem dois tipos básicos de sistema de
aterramento elétrico, como mostra o quadro a seguir:

Tipo Funcionalidade
Ligação de um dos condutores do sistema
(geralmente o neutro) à terra; permite o
Funcional
funcionamento correto, seguro e confiável da
instalação como um todo.

Ligação das massas e dos elementos


condutores estranhos à instalação com a terra,
Proteção
para aproteção contra choques elétricos por
contato direto.

Quadro 1 - Tipos básicos de sistemas de aterramento elétrico


Fonte: CREDER, 2007 (Adaptado)
#PraCegoVer: Na imagem, vemos um quadro com duas colunas e três linhas
onde estão especificados os tipos de sistemas de aterramento elétrico e suas
respectivas funcionalidades.

Começaremos nosso estudo pelos principais conceitos relacionados ao sistema de


aterramento elétrico em geral.

Conceitos Básicos

Existem alguns conceitos que são básicos, tanto para o desenvolvimento quanto
para o projeto de um sistema de aterramento elétrico, para uma instalação elétrica de
baixa tensão e, assim, compreendê-los a este ponto é essencial, antes de analisarmos
os principais tipos de sistemas que são desenvolvidos na prática, conforme orienta
a NBR 5410. Para isto, nos basearemos em outra norma regulamentadora, a NBR
15751, de 2013, que trata mais especificamente de sistemas de aterramento elétrico
de subestações, mas que tem, também, alguns dos principais conceitos necessários.

Partindo-se, então, da premissa de que, ao tocar um objeto metálico podemos


circular uma corrente do braço pelo corpo até chegar à terra, tem-se o conceito de
tensão de toque. Este valor corresponde à diferença de potencial entre um objeto
metálico, aterrado, ou não, e um ponto qualquer do solo. Estes pontos são separados
a uma distância medida horizontalmente, equivalente ao alcance médio de um braço
humano. A tensão de passo , por sua vez, é a diferença de potencial entre dois pontos
da superfície do solo, separados pela distância média do passo de uma pessoa e a
de contato é a tensão que surge, acidentalmente, devido à falha de isolamento entre
duas partes de elementos acessíveis.

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Por outro lado, conforme já mencionado brevemente no começo da unidade, entende-
se como corrente de falta aquela que flui de um condutor a outro ou para o terra,
no caso de ocorrência de uma falta. A falta, adicionalmente neste caso, também
ganha o sentido de expressar o contato ou o arco acidental formado entre partes de
potenciais diferentes ou entre parte e terra, em um sistema ou equipamento elétrico
que esteja energizado.

Quando dizemos que um sistema está diretamente aterrado significa que não há a
interposição adicional de quaisquer impedâncias, já a relação de equipotencialização
reflete em uma forma de se ligar elementos específicos para obter a equipotencialidade
necessária para os fins desejados, ou seja, a instalação elétrica como um todo. Além
disso, uma outra definição possível deste conceito é o ato de interligar dois ou mais
corpos para redução da diferença de potencial entre eles.

Saiba mais
Um exemplo possível de ligação equipotencial é a feita entre o
SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas) e
instalações metálicas de um ambiente, para reduzir as diferenças
de potencial em função da circulação da corrente produzida em
uma descarga atmosférica.

A seguir, aprenderemos, então, quais são os principais tipos de aterramento e os


esquemas mais utilizados para instalações elétricas de baixa tensão.

Esquemas de Aterramento e Principais Tipos de


Aterramento
Já sabemos que existe uma divisão básica entre os sistemas de aterramento, mas,
além disso, é possível subdividi-los em alguns outros tipos de sistemas, que podem
ser estabelecidos mediante a necessidade da instalação e, também, à própria
importância da instalação. Alguns exemplos: haste simples cravada no solo, hastes
alinhadas, hastes em triângulo, quadrado ou em círculo, placas enterradas no solo e
cabos enterrados. Mais especificamente em relação aos cabos, sabe-se que existem
algumas configurações e arranjos típicos, como a malha de terra e as configurações
em cruz em estrela, por exemplo (GEBRAN & RIZZATO, 2017).

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Quanto aos esquemas de aterramento, a NBR 5410 apresenta cinco tipos básicos
e, para compreender como executá-los, deve-se ter em mente alguns pontos gerais
principais (CREDER, 2007; GEBRAN & RIZZATO, 2017):

• as massas indicadas nos diagramas que serão apresentados como exemplo


e que também podem ser vistos na norma não representam um único equi-
pamento elétrico;
• não deve ser utilizada uma conotação espacial restrita ao se analisar os es-
quemas de aterramento;
• a mesma instalação pode abranger mais de uma edificação e caso as mas-
sas pertençam também à mesma edificação o eletrodo de aterramento é
compartilhado.

Conforme apresenta a NBR 5410, existem algumas considerações importantes acerca


do sistema de aterramento elétrico e a relação de compatibilidade eletromagnética.
Isto pode ser compreendido por alguns pontos principais salientados pela norma,
como a orientação da realização de um aterramento único para toda a instalação,
integrado à própria estrutura da edificação protegida, por exemplo. Além disso, tem-
se que as entradas de serviço público de energia e outros, como de telefonia e TV,
devem estar localizadas próximas e junto ao aterramento comum. Outro ponto é que
o aterramento do neutro deverá ser feito somente na entrada da instalação elétrica
e que o condutor de aterramento deve estar disposto junto com os cabos de energia
(NBR 5410; CREDER, 2007).

Ademais, é importante ressaltar que se utiliza, assim como no desenvolvimento dos


diagramas unifilares que já estamos mais habituados, de uma instalação elétrica
de baixa tensão, alguns códigos e elementos gráficos. Sabendo-se, então, que os
principais elementos utilizados são condutores de proteção, de ligação equipotencial
e de aterramento e eletrodutos de aterramento, considere o quadro adiante, onde
apresenta-se as principais representações utilizadas no contexto para os condutores:

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Função Símbolo gráfico

Quadro 2 - Representação dos condutores em esquemas de aterramento


Fonte: Elaborado pelo autor, 2020
#PraCegoVer: Na imagem, vemos um quadro com duas linhas e três colunas
com a representação dos condutores em esquema de aterramento. Na primei-
ra coluna temos o nome do esquema e na segunda coluna a representação
gráfica para desenho técnico.

Já a simbologia literal adotada na maior parte dos casos seguirá a padronização


vista a seguir (NBR 5410; ZEBRAN & RIZZATO, 2017):

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Primeira letra: situação da alimentação com relação à terra

T: ponto diretamente aterrado;


I: isolação de todas as partes vivas em relação à terra; aterramento de um
ponto através de impedância;

Segunda letra: situação das massas da instalação com


relação à terra

T: massas diretamente aterradas, independente da alimentação da


instalação;por condutores distintos;
N: massas ligadas ao ponto da alimentação aterrado.

Terceira letra: disposição dos condutores de neutro e de


proteção

S: funções de neutro e de proteção sendo desempenhadas por condutores


distintos;
C: funções por um único condutor (condutor PEN).

Começando pelos esquemas formados entre o terra e o neutro, também denominado


como esquema TN, há um ponto de alimentação diretamente aterrado, e as massas
são conectadas a este por condutores de proteção. Além disso, sabe-se que são
utilizados três tipos principais desse esquema: TN-S, TN-C-S e o TN-C. A figura
adiante apresenta estes três tipos mencionados:

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Figura 1 - Tipos de esquema TN
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020
#PraCegoVer: Na imagem, vemos três tipos de ligação, TN-S, TN-C-S e TN-C
(da esquerda para a direita), representados pelo sistema trifásico de alimen-
tação (linhas L1 a L3), o neutro N e o condutor de proteção (PE). Além disso,
utiliza-se a representação dos condutores em cada um dos tipos de ligações
com as padronizações gráficas para condutores.

Além disso, utiliza-se a representação dos condutores em cada um dos tipos de


ligações com as padronizações gráficas para condutores.

O esquema TT, como o próprio código apresentado, possui tudo diretamente aterrado,
como pode ser visto no arranjo de exemplo adiante:

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Figura 2 - Exemplo de ligação no esquema TT
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020
#PraCegoVer: Na imagem, vemos um exemplo de ligação TT, representado
pelo sistema trifásico de alimentação (linhas L1 a L3), o neutro N e o condutor
de proteção (PE). Além disso, utiliza-se a representação dos condutores em
cada um dos tipos de ligações com as padronizações gráficas
para condutores.

Existe, também, o esquema IT, no qual todas as partes vivas estão isoladas da terra
ou, ainda, um ponto de alimentação é aterrado através de uma impedância. Além
disso, como denota a sigla, neste caso, as massas também são aterradas e, com isto,
haverão algumas possibilidades: que se utilize o mesmo eletrodo da alimentação
para as massas ou utilizar eletrodos próprios para estas (ZEBRAN & RIZZATO, 2017).

Proteção contra Descargas Atmosféricas


A proteção de um sistema elétrico contra os efeitos gerados a partir da ocorrência
de certas descargas atmosféricas é denominada como um grupo de sistemas SPDA
e, já de antemão, é importante enfatizar que a existência de um sistema SPDA na
instalação não impede a ocorrência das descargas. Outro ponto inicial importante é
que a regulamentação estabelecida especificamente para o desenvolvimento deste
tipo de sistema de proteção é dada também pela ABNT, através da NBR 5419 e,
além disso, mesmo desenvolvendo-se um sistema de proteção SPDA a partir desta
regulamentação, não há asseguração completa da proteção absoluta de uma dada
estrutura, nem de pessoas ou bens a ela atrelados, embora a norma seja de fato
capaz de reduzir significativamente os danos devido às descargas atmosféricas.

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Assim, de maneira geral, orienta-se que o nível de proteção que o SPDA deverá
possuir um nível de proteção conforme designado pela própria norma NBR 5419, o
tipo e o posicionamento do sistema deverão ser estudados, por sua vez, de maneira
cuidadosa ao longo do estágio de projeto da edificação em questão, para obtenção
de proveito máximo dos condutores da própria estrutura da instalação. Além disso,
é esta condição que facilitará outra importante relação entre o sistema de proteção e
a instalação: a integração, sendo que esta se relaciona não só a aspectos estéticos
mas também é capaz de minimizar custos e aumentar a eficiência do próprio SPDA
(GEBRAN & RIZZATO, 2017). São estas relações que veremos no subtópico adiante,
para compreender alguns aspectos práticos importantes do SPDA na instalação de
baixa tensão.

Integração entre a Instalação e o SPDA

Desta forma, como já mencionado, o acesso à terra e a própria estrutura metálica das
fundações devem ser consideradas para o desenvolvimento do projeto do sistema de
aterramento elétrico e, com isto, é importante salientar que após o início da construção
da edificação para a qual se destina o projeto elétrico, pode não ser possível utilizar
esta estrutura de fundação como eletrodo de aterramento. Assim, tanto a natureza
quanto a resistividade do solo devem ser consideradas já no estágio inicial do
desenvolvimento do projeto e este parâmetro pode ser útil para o dimensionamento
de um possível subsistema de aterramento elétrico, sendo que este pode influenciar
em determinados detalhes do projeto civil das fundações. Para evitar retrabalho,
então, ou até mesmo erros no projeto da instalação, deve-se estabelecer diálogos
constantes entre os construtores, os arquitetos e os projetistas do SPDA (GEBRAN &
RIZZATO, 2017).

Saiba mais
A NBR 7117, de 2012, traz as principais premissas da medição da
resistividade e da determinação da estratificação do solo.

Adiante, você verá as principais premissas da ligação equipotencial, para entender


como é feito o aterramento de para-raios e antenas.

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Ligação Equipotencial, Para-Raios e Antenas
Para entendermos, então, tais relações, será necessário retornarmos à norma NBR
5410, já que esta estabelece que, em qualquer tipo de instalação elétrica de baixa
tensão, deve ser previsto um terminal ou barra de aterramento principal (também
conhecida pela sigla BEP). Esta barra deve estar localizada na própria edificação para
a qual a instalação se destina e a nela podem estar ligados os seguintes tipos de
condutores (NBR 5410):

1. Condutor de aterramento, para interligação do eletrodo de aterramento ao


BEP;
2. Condutores de proteção principais (condutores PE);
3. Condutores de equipotencialização principais;
4. Condutores do tipo terra paralelos, também denominados como condutores
PEC;
5. Condutor neutro, caso o aterramento deste seja previsto a este momento;
6. Barramento de equipotencialização funcional, caso necessário como em al-
gumas aplicações;
7. Condutores de equipotencialização, ligados aos eletrodos de aterramento de
outros sistemas, como é o caso dos sistemas SPDA;
8. Demais elementos condutivos da edificação.

Além disso, ressalta-se que a interligação do neutro da rede externa de distribuição


de energia é providência essencial, nos casos nos quais a alimentação é realizada
em baixa tensão. Assim, para os projetos elétricos de baixa tensão orienta-se este
tipo de cuidado, para obtenção de um grau mínimo de efetividade no aterramento do
neutro, conforme padrões já pré-estabelecidos pela maior parte das concessionárias
de energia no Brasil (CREDER, 2007).

Existem orientações quanto à seção mínima dos condutores de aterramento que


serão enterrados no solo, previstas pela NBR 5410, como mostra a tabela adiante:

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Proteção contra danos Sem proteção contra danos
mecânicos mecânicos

Proteção contra corrosão Cobre: 2,5 mm2 Cobre: 16 mm2

Cobre: 50 mm2 (tanto para


solos ácidos quanto para
Sem proteção contra corrosão
alcalinos)
Aço: 80 mm2

Quadro 3 - Seções mínimas dos condutores de aterramento enterrados no solo


Fonte: ABNT, 2004
#PraCegoVer: Na imagem, vemos um quadro de três linhas e três colunas,
com informações sobre a seções mínimas dos condutores de aterramento
aterrados no solo.

Note que as premissas de proteção do elemento que podem ser estabelecidas na


prática em seu uso têm relação direta com a seção mínima a ser utilizada e o tipo
do material do condutor. Além disso, sabe-se que os condutores usados para a
realização de ligações equipotenciais com o terminal principal devem possuir,
por via de regra, sua seção mínima igual à metade do condutor de proteção de
maior bitola da instalação. O valor mínimo estipulado é de 6 mm² e o máximo de 25
mm². Já os condutores destinados à conexão de massas metálicas aos eletrodos
enterrados terão seu dimensionamento conforme apresentado no quadro anterior
(CREDER ,2016).

A figura adiante apresenta um esquema de ligação equipotencial que pode ser


utilizado, inclusive, em instalações elétricas prediais, que serão vistas com mais
detalhes adiante para as particularidades existentes:

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Figura 3 - Modelo de instalação do aterramento e descrição dos componentes
Fonte: CREDER, 2007. p. 131.
#PraCegoVer: Sistema completo de aterramento, com descrição e represen-
tação de cada um de seus componentes, conforme previsto pela NBR 5410.
Começamos pelos condutores de proteção (PE), seguimos para o quadro de
distribuição principal, o barramento geral de terra associado ao motor elétrico
da instalação. Em seguida tem-se os condutores de proteção principal (PE
principal), o de equipotencialidade suplementar (EQS) e o principal (EQP),
além da barra BEP, do condutor de aterramento e do eletrodo de aterramento,
enterrado no solo.

Como já mencionado, as descargas elétricas podem gerar danos em diversos


contextos, desde o fornecimento de energia elétrica até as instalações de baixa

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tensão. Assim, os para-raios são construídos de forma a proporcionar um caminho
para a circulação da corrente gerada, devido à ocorrência de descargas atmosféricas
capazes de ocasionar prejuízos na segurança dos equipamentos envolvidos na
instalação. Logo, quando ocorrer uma descarga atmosférica nos circuitos, haverá
um escoamento de energia através da circulação de corrente, através deste caminho
alternativo, sendo que as correntes chegarão parcialmente nas estruturas e serão
direcionadas à terra devido ao sistema projetado para segurança (DE MOURA et
al., 2019). Em contrapartida as antenas são, basicamente, dispositivos capazes de
transformar a energia eletromagnética guiada pela linha em energia eletromagnética
irradiada ou vice-versa, sendo elementos essenciais na comunicação em geral.

Com isto em mente, adicionalmente analisamos as diferentes configurações possíveis


para o aterramento de mastros para-raios e de antenas, com relação ao terminal de
ligação equipotencial, como orientado pelas NBR 5410 e 5419:

Figura 4 - Ligação equipotencial e aterramento de para-raios e antenas


Fonte: CREDER, 2007, p. 132.
#PraCegoVer: Na imagem, vemos três situações possíveis. Na primeira tem-se
o esquema de aterramento exclusivo da antena sem para-raios, na segunda
o aterramento da antena utilizando-se a descida do para-raios e na terceira o
aterramento da antena, do para-raios e da instalação elétrica através do uso
de um eletrodo comum, como o demonstrado embutido na fundação da edifi-
cação para a qual se destina a instalação elétrica.

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Por outro lado, a própria NBR 5419 estabelece parâmetros acerca das seções
mínimas sugeridas para os condutores de descida, sendo que estas constituem casos
particulares de condutores de aterramento. O quadro com tais referências pode ser
visto adiante:

Seção do condutor (mm2)

Material Principal Interligação


Cobre 16 35

Alumínio 25 70

Aço Galvanizado a quente 50 50

Quadro 4 - Seções mínimas dos condutores de descida


Fonte: ABNT, 2000
#PraCegoVer: Na imagem, vemos um quadro com informações sobre seções
mínimas dos condutores de descida.

Ademais, no último subtópico desta parte, você verá como realizar o projeto do
condutor de proteção e quais as premissas principais matemáticas relacionadas a
esta parte do desenvolvimento do projeto.

Condutores de Proteção
Como já visto ao longo desta unidade, os condutores de proteção têm como função
principal, no contexto da instalação elétrica de baixa tensão, a proteção das massas
metálicas dos equipamentos elétricos, através do aterramento destas. Com isto, é
possível prevenir choques elétricos por contatos indiretos, entre a carcaça de um
dado equipamento ou alguma estrutura metálica anexa a ele, que está sob tensão
devido a uma falha no isolamento interno do equipamento, por exemplo (CREDER,
2007). Além disso, sabe-se que o condutor de proteção proverá, no esquema TN
(predominante nas redes industriais), o aterramento das massas diretamente do
ponto de aterramento da alimentação ou, ainda, a partir de um ponto distinto, como é
o caso dos esquemas TT e TI (CREDER, 2007).

Com base na NBR 5410, tem-se que a continuidade do condutor de proteção constitui
em um dos cinco tipos de ensaios e testes básicos, os quais uma instalação elétrica
projetada deve ser submetida, para seu completo comissionamento e garantia de
efetividade. Dada a importância do elemento, vamos definir algumas formulações

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matemáticas então. A seção mínima do condutor (S) pode ser utilizada no cálculo
para tempos de atuação dos dispositivos de proteção inferiores a 5 segundos, onde I
é o valor eficaz da corrente de falta, que pode circular pelo dispositivo de proteção no
caso da ocorrência de uma falta direta, medida em Ampéres:

Além disso, t representa o período de tempo de atuação do dispositivo de proteção,


em segundos, e K o valor da constante definida para o contexto do sistema de
proteção, a partir do material usado no condutor, a sua capacidade de isolação e
outros fatores como a temperatura antes e depois do defeito, sendo que este valor
pode ser escolhido conforme orientação também da NBR 5410, como visto na
tabela seguinte:

Cabos isolados Material de cobertura

Material do PVC EPR/XLPE


Tipo do condutor
condutor (160 ºC) (250 ºC)

Independentes (condutor
Cobre 143 176
isolado, cabo unipolar ou nu
Alumínio 95 116
em contato com a cobertura
Aço 52 64
do cabo)

Cobre 115 143


Veias de cabos multipolares
Alumínio 76 94

Quadro 5 - Valores de K para o dimensionamento de condutores de proteção, considerando a tempe-


ratura antes do defeito igual a 30 °C.
Fonte: ABNT, 2004
#PraCegoVer: Na imagem, vemos um quadro com valores de K para o dimen-
sionamento de condutores de proteção, considerando a temperatura antes do
defeito igual a 30 °C. Vemos, então, o tipo de cabo, seu material e qual é o seu
respectivo material de cobertura.

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Para cabos nus, tem-se:

Cabos nus Material

Condições de
Cobre Alumínio Aço
aplicação
Visível e em área restrita
228 125 (300 ºC) 82
(500 ºC)

Condições normais (200 ºC) 159 105 58

Risco de incêndio (150 ºC) 138 91 50

Quadro 6 - Valores de K para o dimensionamento de cabos nus, considerando a temperatura antes


do defeito igual a 30 °C
Fonte: ABNT, 2004
#PraCegoVer: Na imagem, vemos um quadro com valores de K para o dimen-
sionamento de cabos nus, considerando a temperatura antes do defeito igual a
30 °C. Vemos, então, a condição de temperatura do cabo e qual deve ser o seu
respectivo material.

A expressão trazida na Equação 1, leva em consideração somente condições de


aquecimento do condutor em decorrência da passagem da corrente de falta e,
com isto, poderá resultar em valores de seção muito pequenas que não atendam a
outros requisitos importantes. Entre estas premissas, é possível citar a resistência
mecânica , a impedância mínima, entre outros, o que torna mais aplicável a Equação
1 para o dimensionamento de condutores relacionados ao uso de dispositivos como
os disjuntores de corrente residual (DRs) (CREDER, 2007).

Assim, dado o cenário, estabelece-se que a seção mínima pode ser estipulada de
forma alternativa, em função dos condutores de fase dos circuitos, nos casos em que
estes são feitos dos mesmos materiais, para que se garanta as propriedades físico-
químicas esperadas. Estes critérios passam a atender, então, aos requisitos elétricos
e mecânicos, tornando-os adequados para o dimensionamento de condutores de
proteção utilizados juntamente com dispositivos de proteção de sobrecorrente
(CREDER, 2007).

Baseando-se no condutor fase, tem-se a seguinte tabela de referência, pela norma


NBR 5410:

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Condutor fase Condutor de proteção
S<16 S

16<S<35 16

S<35 S/2

Quadro 7 - Seção mínima do condutor de proteção, em mm², quando definida em função


do condutor fase
Fonte: ABNT, 2004
#PraCegoVer: Na imagem, vemos um quadro com duas linhas e três colunas,
com valores de seção mínima do condutor de proteção, em mm², quando defi-
nida em função do condutor fase.

Em instalações fixas com esquemas TN de aterramento, por exemplo, as funções


proteção e neutro podem ser combinadas pelo uso de um condutor PEN, caso esta
instalação não seja protegida por um dispositivo residual. Neste caso, adota-se: 10
mm² em cobre, 16 mm² em alumínio e 4 mm², caso o condutor faça parte de um
condutor concêntrico. Além disso, sabe-se que, neste caso, é necessário estabelecer
um esquema de continuidade para o condutor PEN desde o transformador elétrico
de potência, além de ser recomendado o multiaterramento do condutor de proteção,
especialmente para a entrada das edificações das instalações (CREDER, 2007).

Ademais, é fundamental ressaltar a importância do agrupamento feito entre os


elementos da proteção (condutor, blindagem ou eletroduto), que estejam próximos
a condutores vivos do circuito da instalação. Isto proporciona a minimização da
impedância do circuito, de maneira a garantir um caminho de retorno natural para
correntes que envolvam o ponto e a terra, como as correntes de falta fase-terra,
permitindo, ainda, um melhor desempenho dos dispositivos de proteção que operam
a partir de indicações de sobrecorrente, algo comum na prática (CREDER, 2007).
A seguir, você verá as principais observações acerca do desenvolvimento de um
projeto elétrico para instalações prediais, um outro tipo principal de projeto elétrico
de baixa tensão.

Projeto de Instalações Elétricas Prediais


As instalações elétricas de baixa tensão incluem também as instalações elétricas
prediais, como já mencionado. Assim, você entenderá como boa parte das premissas
estudadas também são válidas para o desenvolvimento de um projeto de instalação
elétrica predial. Começando pelas normas de regulamentação, observa-se que, neste
caso, também a NBR 5410 fornece as principais diretrizes para o desenvolvimento

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do projeto e, além disso, é também a NBR 5444 que dita os padrões e simbologias,
juntamente com as normas técnicas internacionais do IEC (Comissão Eletrotécnica
Internacional), a IEC 60417 e a 60617. Além disso, a este ponto é importante ressaltar,
como mostra o quadro adiante, que existem algumas normas técnicas que também
serão de grande valia em diversos contextos de instalações elétricas, incluindo
edificações prediais, além das já citadas:

Norma Resumo
ABNT NR Iluminação de ambientes de trabalho, na parte 1 fala acerca de
ISO/CIE 8995-1 iluminação de interiores.

Iluminância de interiores, quais os procedimentos que devem ser


ABNT NBR 5413
adotados.

ABNT NBR 10898 Sistemas de iluminação de emergência.

Instalações elétricas de baixa tensão - requisitos específicos para


ABNT NBR 13534
instalação em ambientes assistenciais de saúde.

Instalações elétricas em locais de afluências de público -


ABNT NBR 13570
requisitos específicos.

Figura 5 - Relação geral de algumas das regulamentações mais importantes para instalações
elétricas de baixa tensão
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020
#PraCegoVer: Na imagem, vemos um quadro com seis linhas e duas colunas
com informações sobre as normas regulamentadoras e seus respectivos
resumos.

Similarmente ao que ocorre no desenvolvimento de um projeto de instalações


elétricas residenciais, existem alguns critérios básicos para o desenvolvimento do
projeto predial, como (CREDER, 2007; GEBRAN & RIZZATO, 2017):

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Acessibilidade

Todos os pontos de utilização da instalação, assim como os dispositivos de


manobra e de proteção deverão estar localizados de forma acessível, tanto
para manutenções quanto para manobra adequada.

Flexibilidade e reserva de carga

Estas premissas traduzem o preceito de que a instalação deve ser realizada


para permitir o estabelecimento de uma certa reserva de carga, possibilitando
na prática o acréscimo de cargas através do uso de novos equipamentos
ou mesmo novas extensões na instalação elétrica, o que vem de encontro
diretamente à capacidade de flexibilização do sistema de instalação elétrica.

Confiabilidade

As instalações devem ser projetadas diretamente a partir do uso das normas


técnicas, para que os sistemas sejam de fato confiáveis e forneçam um
ambiente funcional e de segurança a todos os seus usuários.

Adicionalmente, da mesma forma que em um projeto elétrico residencial, o diagrama


unifilar e, em alguns casos, também o multifilar, deve ser desenvolvido, observando-
se a realização de alguns passos básicos e o seguimento não só de orientações
obtidas através das normas técnicas, especialmente a NBR 5410, mas uma série de
premissas. O primeiro passo é obter a planta baixa do local, pois é partir desta que o
projeto é executado.

Com a planta baixa, é possível então desenvolver o diagrama unifilar do projeto elétrico
da instalação predial, de forma que este atenda todos os cômodos e instalações físicas
disponíveis, atentando-se sempre à disposição dos elementos. Em seguida, como já
visto em outras colocações feitas ao longo da disciplina para projetos de baixa tensão,
o desenho técnico do diagrama unifilar é desenvolvido a partir da utilização da NBR
5444, juntamente com as normas internacionais IEC 60417 e 60617, que fornecem
as padronizações e simbologias mais utilizadas para a construção dos diagramas.

O conceito CAD (do inglês computer aided design) é também um grande aliado, como
em projetos residenciais, para o desenvolvimento do desenho técnico do diagrama.
No caso ainda do exemplo já citado, o AutoCAD possui também algumas bibliotecas
voltadas para a área de Engenharia Elétrica, que facilitam ao desenvolvimento
do diagrama elétrico. Juntamente, deve-se apresentar o memorial de cálculo e
um descritivo dos equipamentos e elementos utilizados, pois o detalhamento do

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projeto facilita não apenas a realização da manutenção, mas a execução da obra
de instalação prevista. É nesta etapa de cálculo que se prevê, também conforme as
orientações técnicas da NBR 5410 e da própria experiência do projetista, qual será
a previsão de carga. Ademais, lembre-se que existem regulamentações específicas
da concessionária do local no qual a instalação será realizada e estas devem ser
consideradas, como para o cálculo da demanda de carga, por exemplo, e sabe-se
ainda que o desenvolvimento da lista de materiais também é útil e solicitado em
vários projetos.

Por último, você verá uma visão geral do desenvolvimento do projeto considerando
os passos elucidados, através de um exemplo.

Exemplo de Desenvolvimento do Projeto Elétrico de


uma Instalação Predial
Considere que você precisa realizar o projeto elétrico das instalações que serão
construídas para um prédio comercial, que possui 10 salas pequenas, de igual
dimensão entre si. O primeiro passo, então, é obter a planta baixa do prédio e de uma
sala, já que as demais são iguais, e considere que, ao analisar estes, você percebe
que cada sala é basicamente um escritório comercial, constituído por uma recepção,
uma sala e um banheiro. O quadro elaborado para a previsão de carga pode ser visto
no exemplo adiante, algo plausível, dadas as dimensões dos escritórios, distribuídos
pelos pontos de iluminação, pelas tomadas de uso geral e de uso específico, assim
como fazemos para as instalações elétricas residenciais:

TUG TUE
Iluminação
Cômodo Potência Potência
(W) Número Número
(VA) (VA)
Banheiro 100 1 600 1 5500

Sala 500 7 200 1 3500

Recepção 200 4 200 1 3500

Quadro 8 - Exemplo de previsão de carga de uma sala comercial.


Fonte: Elaborado pelo autor, 2020
#PraCegoVer: Na imagem, vemos um quadro com um exemplo de previsão de
carga em uma sala comercial.

Em seguida, para a obtenção do diagrama unifilar, pega-se as regulamentações das


IECs 60417 e 60617 e da NBR 5444 e, após representar os elementos previstos, deve-

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se representar a conexão destes. Como já visto, linhas indicarão o caminho percorrido
pelos condutores, que precisam ser instalados através de dutos, que podem ser de
vários tipos, como: eletrodutos, calhas ou bandejas. No caso de um prédio comercial,
geralmente utiliza-se elementos que possibilitam fácil acesso e, além disso, do
ponto de vista estético, é cada vez mais comum a visão estética “industrial”, onde as
instalações elétricas estão expostas.

Como já mencionado, você deverá se certificar de colocar o máximo de informações


pertinentes, como a potência dos pontos, seção em mm dos condutores, número
do circuito, entre outros. Do ponto de vista do próprio diagrama elétrico, lembre-se
que, assim como no projeto residencial, sobretudo neste caso, com instalações, em
alguns casos, com mais elementos, deve-se evitar ao máximo a sobreposição ao se
desenhar as linhas dos condutores. Para isto, estas podem ser desenhadas como
arcos, facilitando a visualização. Ademais, relembre que os circuitos destinados
aos pontos finais de uso da energia elétrica, como é o caso de lâmpadas e tomadas
(circuitos terminais). Deve-se lembrar, ainda, que os condutores possuem simbologias
diferentes entre si conforme a finalidade dentro do circuito (CREDER, 2007; GEBRAN
& RIZZATO, 2017).

Assim, de maneira geral, e semelhantemente ao que já foi apresentado, para um


projeto de instalações elétricas prediais você deve realizar o cálculo para a previsão
de carga conforme experiência e orientações gerais previstas nas normas técnicas,
especialmente pela NBR 5410, considerando também as funcionalidades dos
espaços, as necessidades gerais e específicas possíveis.

Como já mencionado, e apenas para situá-lo novamente, é importante se lembrar que,


no caso de um prédio de escritórios, por exemplo, como foi o caso do exemplo visto,
é possível ainda adequar às possíveis diferenças de usos dos espaços, quando se
sabe os clientes que os utilizarão. Ademais, perceba ainda que estas considerações
das funcionalidades de instalações prediais poderão ser bastante semelhantes ao
que já é feito na prática para projetos residenciais, tendo como principal diferença,
em alguns casos, possíveis equipamentos de maior potência e maiores quadros de
distribuição.

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Conclusão
Neste conteúdo, você teve a oportunidade de:

• compreender mais detalhes sobre o funcionamento de um sistema de aterra-


mento para instalações elétricas de baixa tensão;
• aprender a desenvolver um sistema de aterramento para uma residência;
• aprender mais detalhes sobre os sistemas de proteção contra descargas
atmosféricas;
• entender quais os papéis das normas NBR 5410 e 5419 no projeto de um
sistema de aterramento;
• estudar as principais premissas do desenvolvimento de um projeto de insta-
lações elétricas prediais.

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Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15751. Rio de Janeiro. 2013.
Disponível em: https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=51403. Acesso
em: 07 jun. 2020.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7117. Rio de Janeiro. 2012.


Disponível em: https://www.osetoreletrico.com.br/capitulo-ii-abnt-nbr-7117-
medicao-da-resistividade-e-estratificacao-dosolo/. Acesso em: 07 jun. 2020.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410. Rio de Janeiro. 2008.


Disponível em: https://www.saladaeletrica.com.br/nbr-5410-download/. Acesso em:
07 jun. 2020.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5419. Rio de Janeiro.


2005. Disponível em: http://www. comservicefire.com.br/docs/Para-raios/NBR%20
5419%20-%20Para-raios.pdf. Acesso em: 07 jun. 2020.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5444. Rio de Janeiro. 1989.


Disponível em: http://ftp. demec.ufpr.br/disciplinas/TM249/Material%20de%20aula/
NBR_5444-1989_Simbolos_Graficos_para_Instalacoes_Prediais.pdf. Acesso em: 07
jun. 2020.

CREDER, H. Instalações elétricas. Livros Técnicos e Científicos, 2016.

DE MOURA, A. P.; DE MOURA, A. A. F.; DA ROCHA, E. P. Engenharia de sistemas de


potência: transmissão de energia elétrica em corrente alternada. Fortaleza: Edições
UFC, 2019.

GEBRAN, A. P.; RIZATTO, F. A. P. Instalações elétricas prediais. Bookman, 2017.

INTERNATIONAL ELETROTECHNICAL COMISSION. IEC 60417. 2002.

INTERNATIONAL ELETROTECHNICAL COMISSION. IEC 60617. 2012.

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