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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
PREDIAIS
AULA 5

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Prof. Eduardo da Silva

CONVERSA INICIAL

Até o momento, estudamos os passos iniciais de como fazer um projeto elétrico, o

dimensionamento dos circuitos e condutores, assim como os dispositivos de proteção necessários.

Nesta aula, vamos ver como termina esse processo, concluindo os sistemas de proteção com o

aterramento e os para-raios, além de equipamentos complementares, como estabilizadores, filtros de

linha e nobreaks. Por fim, faremos um estudo das cargas instaladas e definiremos o padrão de entrada

do consumidor. Prepare o seu caderno e lápis e mãos à obra! Bons estudos!

TEMA 1 – ATERRAMENTO

Já estudamos os dispositivos de proteção e vimos que uma série de critérios de escolha estão

baseados no tipo de esquema de ligação do ponto ou malha de aterramento. Mas, afinal, o

aterramento é obrigatório? O condutor de terra protege contra choques? Pois é, são muitas as
dúvidas a respeito do aterramento de uma instalação, que, muitas vezes, é tido como desnecessário.

Por isso, vamos entender melhor como funciona tudo isso.

Antes de começarmos a falar de esquemas e parâmetros, vamos entender o porquê da terra. A


camada mais superficial da crosta terrestre é formada basicamente de areia, terra e rochas

sedimentares, que são materiais eletricamente neutros, que, no entanto, carregam um volume
enorme de cargas elétricas. Uma característica das grandes massas é a capacidade de fornecer ou

absorver cargas elétricas quando estas são solicitadas/enviadas à terra. É isso que faz com que
usemos a terra como uma válvula de escape para cargas indevidas ou excessivas, em um circuito

elétrico.

O aterramento, pois, nada mais é do que a conexão de estruturas e da própria instalação com a

terra, para que haja o funcionamento correto e seguro da instalação e também para promover

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proteção contra choques elétricos por contato direto. Apesar disso, não basta a simples conexão

dessas estruturas e instalações com o solo. As características elétricas da terra podem ser
influenciadas pela umidade, pelo tipo de solo e por outras especificidades que fazem com que seja

necessário um estudo preliminar para se determinar o melhor método de aterramento.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com sua Norma Técnica Brasileira (NBR)

5410:2004, aborda muitas regras sobre aterramento em instalações de baixa tensão, mas pode ser
complementada por outras normas como a ABNT NBR 5419-1:2015 (ABNT, 2004, 2015a), que tratam

da proteção de estruturas contra descargas atmosféricas, de que falaremos mais adiante.

1.1 ELETRODOS DE ATERRAMENTO

Na maioria das vezes, o atendimento em baixa tensão das concessionárias já possui o condutor

de neutro aterrado na saída dos transformadores, mas, como podem existir diferenças de potencial

até o ponto de entrega no consumidor, a ABNT NBR 5410:2004 exige que seja instalado um sistema

de aterramento com eletrodo(s) próprio(s), em cada instalação (ABNT, 2004).

O eletrodo de aterramento é o elemento condutor, que é diretamente enterrado. Pode ser uma

simples haste ou um conjunto de hastes interligadas ou, ainda, ferragens de um concreto armado,

cantoneiras, tubos metálicos, cabos de aço ou condutores nus. Um eletrodo de aterramento deve

representar um caminho de baixa resistência elétrica para o solo, porém existem muitos fatores que

podem influenciar na resistividade, como umidade, quantidade de sais, temperatura, entre outros.

Por ser um estudo muito específico da região e difícil de ser realizado, em instalações prediais é

suficiente adotar a topologia em anel ou malha, para o aterramento.

Anel: um eletrodo em anel é composto por hastes interligadas por condutores horizontais

diretamente enterrados, que contornam o perímetro da edificação. Como alternativa à


instalação de hastes e condutores externos, admite-se que sejam utilizadas ferragens do

concreto armado da edificação, desde que estejam conectadas entre si, apresentando
continuidade elétrica em todos os seus pontos, como exemplifica a Figura 1.

Malha: o aterramento em malha ou malha de terra é uma topologia bastante utilizada em


construções de grandes áreas ou que possam apresentar diferentes potenciais elétricos em

pontos distintos no solo, o que é conhecido como tensão de passo. Esse fenômeno é muito
comum em subestações ou em uma área aberta atingida por um raio.

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Figura 1 – Representação do eletrodo em anel e uso de ferragens de pilares e vigas baldrames para o

aterramento de uma residência

Crédito: Elias Dahlke.

O eletrodo em malha é composto por um arranjo de hastes interligadas, em diferentes

geometrias, que produzem então uma região equipotencial, como mostra a Figura 2.

Figura 2 – Representação do eletrodo em malha

Fonte: Creder, 2016.

1.2 ESQUEMAS DE ATERRAMENTO E DE PROTEÇÃO

As diferentes formas de usar um sistema de aterramento dependem de como é feita a ligação

das massas com a rede de distribuição e com a terra. Chamamos de massa um equipamento ou um
conjunto de equipamentos que são conectados à instalação. Quando esse equipamento possui uma

estrutura ou carcaça metálica, esta deve ser conectada à terra, para evitar um choque elétrico por
contato direto. Por exemplo, considere uma máquina de lavar roupas que teve um dos seus fios de

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alimentação esmagados durante a instalação. Esse fio sofreu uma ruptura na isolação e agora está em

contato com a parte metálica externa da máquina. Assim que o usuário tocar na estrutura, sofrerá um

choque elétrico, que pode ser ainda mais grave se o chão estiver molhado, por isso a importância de

se aterrar as massas.

Os condutores que fazem parte desse esquema recebem seus nomes conforme a sua função. O

condutor de neutro (N) é um referencial elétrico para o circuito, uma vez que a tensão de fase será
dada pela diferença de potencial elétrico entre a fase e o neutro. Apesar de ter potencial elétrico nulo,

o neutro é um condutor vivo (energizado). Em circuitos monofásicos, a corrente que flui pelo

condutor de fase é a mesma que percorre o neutro.

O condutor de proteção (PE), também chamado de condutor terra (T), é aquele que percorre toda

a instalação, interligando as massas e tomadas ao eletrodo de aterramento. Diferentemente do

neutro, o condutor de proteção não é energizado. Só haverá corrente fluindo por esse condutor

quando houver uma falta ou fuga para a terra.

O condutor de interligação é aquele que conecta o eletrodo de aterramento ao barramento de

equipotencialização principal (BEP) ou, ainda, que interliga os eletrodos de instalações vizinhas,

quando necessário. O BEP é um ponto comum de interligação da malha de aterramento com a

instalação e falaremos mais sobre ele futuramente.

Os esquemas de aterramento são organizados por um código de letras, conforme a sequência a

seguir:

Primeira letra: identifica como é feita a ligação da rede elétrica ou alimentação à terra. Essa

letra pode ser:

a. T = conexão feita em um ponto diretamente aterrado;

b. I = isolação da parte viva em relação à terra ou aterramento por meio de uma impedância.

Segunda letra: identifica como é feita a ligação das massas da instalação à terra. Essa letra pode
ser:

a. T = massa diretamente aterrada, independentemente do aterramento da alimentação;

b. N = massa ligada ao ponto de alimentação que foi aterrado (neutro).

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Outras letras (eventuais): identificam a forma como estão dispostos os condutores de neutro e

de proteção. Essa letra pode ser:

a. S = as funções de neutro e de proteção são feitas por condutores separados;

b. C = um único condutor combina as funções de neutro e de proteção, também chamado de

condutor PEN.

1.2.1 Esquema TN

O esquema TN é o método mais utilizado e também é considerado o mais seguro dos esquemas,

sendo obrigatório em alguns países. Conforme a nomenclatura que acabamos de ver, o esquema TN

tem um ponto de alimentação diretamente aterrado e as massas dessa instalação são ligadas a esse

mesmo ponto. Ainda assim, existem três diferentes formas de fazer as ligações, em função dos

condutores de neutro e de proteção.

1. TN-S: os condutores de neutro e proteção seguem separados após o ponto de aterramento;

2. TN-C-S: os condutores de neutro e de proteção seguem combinados em parte da instalação;

3. TN-C: os condutores de neutro e de proteção seguem combinados por toda a instalação,

após o ponto de aterramento.

Figura 3 – Representação dos esquemas TN-S, TN-C-S e TN-C

Fonte: Elaborado com base em Creder, 2016, p. 135.

1.2.2 Esquema TT
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Apesar de o esquema TN ser preferência na maioria das vezes, o esquema TT ainda é bastante

comum em instalações residenciais e é motivo de muita polêmica entre os eletricistas. O fato é que
esse esquema requer dois ou mais eletrodos de aterramento, o que o torna inviável, na maioria das

residências. O seu uso é mais indicado aos casos em que a carga está muito distante da alimentação,
quando um dos eletrodos é instalado diretamente na alimentação e as massas da instalação em outro

eletrodo, que pode servir a toda a instalação em um único condutor ou de forma individual, como

mostra a Figura 4.

Figura 4 – Representação do esquema TT para massas ligadas a um único eletrodo de aterramento ou

de forma individual

Fonte: ABNT, 2004, p. 16.

1.2.3 Esquema IT

No esquema IT, nenhum ponto da alimentação é diretamente aterrado. O neutro do sistema

pode seguir totalmente isolado das partes vivas da instalação ou ser aterrado através de uma elevada
impedância, mas as massas dessa instalação são diretamente aterradas por um eletrodo individual.

Não se trata o IT de uma aplicação típica de instalações prediais, mas ele pode ser visto em ambientes
industriais que utilizam a instalação trifásica sem neutro, com cargas como motores.

Figura 5 – Representação dos esquemas IT

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Fonte: Elaborado com base em Creder, 2016, p. 135.

TEMA 2 – PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Antes de falarmos sobre o sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA)

propriamente dito, vamos compreender como e por que ocorrem as descargas atmosféricas. Já

reparou que as tempestades com raios costumam ocorrer no final da tarde, entre 16 horas a 18

horas? Isso se deve ao aquecimento da Terra ao longo do dia, que promove a evaporação da água,

que sobe até encontrar as camadas mais frias da baixa atmosfera, onde ocorre a condensação e a
formação de gotículas.

Uma nuvem é formada por uma quantidade imensa de gotículas que se atritam e acabam

produzindo regiões de cargas elétricas acumuladas, que podem ser positivas ou negativas. É

importante lembrar que as cargas negativas correspondem a elétrons livres, mas as cargas positivas,

nesse caso, não são prótons. Na prática, não se tem prótons livres, pois estes estão concentrados no
núcleo dos átomos e não se desprendem. Por isso, a representação de cargas positivas apenas
simboliza os átomos capazes de receber elétrons, ou seja, são íons positivos.

O atrito das moléculas de água no interior das nuvens produz uma grande quantidade de energia
eletrostática, devido à separação das cargas elétricas por uma coluna de ar que serve de isolante. Na

grande maioria das vezes, cerca de 95%, a parte inferior da nuvem tem polaridade negativa. Isso faz
com que a maior parte dos raios que atingem o solo, algo próximo a 90% deles, sejam descendentes

de polaridade negativa, ou seja, as cargas negativas da nuvem descem por um canal ionizado até
atingirem o solo.

Mas essa não é a única forma de ocorrer uma descarga entre nuvem e solo. De acordo com as
características elétricas do solo e do ar, pode haver outras possibilidades e caminhos alternativos para

as descargas, como mostra a Figura 6.

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a. raio nuvem-solo de polaridade negativa;

b. raio solo-nuvem de polaridade positiva;

c. raio nuvem-solo de polaridade positiva;

d. raio solo-nuvem de polaridade negativa.

Figura 6 – Representação das quatro alternativas possíveis para descargas entre nuvem e solo

Crédito: Elias Dahlke.

Além das formas de contato com o solo, a formação dos raios segue uma sequência de etapas,
como mostra a Figura 7. Quando há um volume muito grande de cargas acumuladas, inicia-se o

processo de descarga com a emissão de um raio preliminar, chamado raio líder ou piloto (1). Essa
descarga inicial provoca a ionização do ar, que reduz a sua resistividade e deixa o caminho mais

propício para uma segunda descarga, chamada de descarga-guia (2). Em alguns casos, quando há
uma formação pontiaguda ligada à terra (como um para-raios), a indução faz com que ocorra um

raio-piloto em ascensão (3). Ao se unirem, o volume de cargas induzidas do solo é tão grande que
elas sobem em alta velocidade até a nuvem, o que chamamos de descarga de retorno (5). Por fim, uma

grande troca de cargas ocorre por esse canal e é chamada de descarga principal (6), até que a
diferença de potencial entre a nuvem e o solo não seja mais suficiente para manter a ruptura do
dielétrico, e assim a descarga se encerra.

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Figura 7 – Representação das quatro alternativas possíveis para descargas entre nuvem e solo

Crédito: Elias Dahlke.

2.1 NÍVEIS DE PROTEÇÃO

Estuda-se muito os tipos de descargas atmosféricas por se tratarem de um potencial risco às

pessoas e equipamentos, porém, estatisticamente, menos de 50% dos raios atingem o solo – a

maioria deles ocorre entre nuvens.

O Brasil possui uma grande incidência de raios ao longo do ano. Por isso, é importante que

fiquemos atentos aos riscos que esses raios representam. A regulamentação do SPDA é feita pela

série de normas ABNT NBR 5419-1:2015, ABNT NBR 5419-2:2015, ABNT NBR 5419-3:2015 e ABNT

NBR 5419-4:2015 (ABNT, 2015a, 2015b, 2015c, 2015d).

O SPDA é mais uma forma de prevenir as instalações de danos causados por surtos. Mas você
pode perguntar: essa não é a função do dispositivo de proteção contra surtos (DPS)? A resposta é

sim, mas cada um tem sua área de atuação. A principal diferença entre um DPS e um SPDA é o local
visado para proteção. Um DPS prevê uma descarga atmosférica que atingiu a rede elétrica. Essa

descarga produz uma onda de surto que pode se propagar até as instalações internas de uma
edificação, causando danos aos bens lá instalados. Um SPDA é projetado se pensando em descargas

atmosféricas que possam atingir diretamente uma edificação, causando-lhe dados ainda maiores.

A ABNT (2015a, 2015b, 2015c, 2015d) define os níveis de proteção de acordo com o tipo da

estrutura que pode ser atingida por uma descarga e os tipos de efeitos que essa descarga pode
ocasionar, como mostra o Quadro 1.

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Quadro 1 – Classificação de estruturas quanto ao nível de proteção

Classificação Nível de
Tipo da Estrutura Efeitos das Descargas Atmosféricas
da Estrutura Proteção

Perfuração da isolação de instalações elétricas, incêndio e danos

materiais.
Residências III
Danos normalmente limitados a objetos no ponto de impacto
ou no caminho do raio.

Risco direto de incêndio e tensões de passo perigosas.


Fazendas ou
Risco indireto devido à interrupção de energia e risco de morte
estabelecimentos III ou IV
para animais devido à perda de controles eletrônicos,
agropecuários
ventilação, suprimento de alimentação e outros.

Danos às instalações elétricas (por ex. iluminação) e


Teatros, escolas, lojas de
possibilidade de pânico.
departamentos, áreas II
Falha dos sistemas de alarme contra incêndio, causando atraso
esportivas e igrejas
Estruturas no socorro.

comuns
Bancos, companhias de
Como acima, além de efeitos indiretos com a perda de
seguro, companhias II
comunicações, falhas dos computadores e perda de dados.
comerciais ou outros

Como para escolas, além de efeitos indiretos para pessoas em


Hospitais, casas de repouso
tratamento intensivo, dificuldade de resgate de pessoas II
e prisões
imobilizadas.

Efeitos indiretos conforme o conteúdo das estruturas, variando

Indústrias de danos pequenos a prejuízos inaceitáveis ou à perda de III


produção.

Museus ou locais
Perda de patrimônio cultural insubstituível. II
arqueológicos

Estações de
Interrupção inaceitável de serviços públicos por breve ou longo
telecomunicações e usinas I
Estruturas com período de tempo.
hidrelétricas
risco confinado

Indústrias Risco indireto devido a incêndios. I

Refinarias, postos de
Estruturas com
combustíveis, fábricas de
risco para os Risco de incêndio e explosão para a instalação e arredores. I
fogos ou fábrica de
arredores
munições

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Estruturas com Indústria química, usinas


Risco de incêndio e falhas de operação, com consequências
risco para o nucleares ou laboratórios I
perigosas para o local e para o meio ambiente.
meio ambiente bioquímicos

Fonte: Creder, 2016, p. 226.

2.2 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS

A instalação de um SPDA pode recorrer a uma série de materiais, mas o seu conjunto principal

deve conter:

captores ou rede captora: são hastes metálicas pontiagudas que são instaladas na parte

superior da edificação;

cabos de descida: são os condutores que interligam os captores às hastes de aterramento;

hastes de aterramento: são hastes metálicas mais longas, com comprimentos que variam de

1,5 m a 4 m, sendo a de 2,5 m a mais usada, para evitar perfurações de dutos subterrâneos;

barramento ou ponto de equipotencialização: todos os elementos metálicos externos e

internos da edificação deverão estar conectados a um ou mais pontos comuns, que chamamos
de BEP. Esse barramento não necessariamente é uma barra, apenas indica o ponto comum de

interligação, mas usualmente é utilizada uma barra condutora próxima ao ponto de entrada da

instalação ou no quadro de distribuição.

Figura 8 – SPDA aplicado a um prédio

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Fonte: Elaborado com base em Creder, 2016, p. 231.

Existem três métodos consagrados para a proteção contra raios, que veremos a seguir.

1. Modelo eletrogeométrico (MEG): é uma releitura do modelo proposto por H. W. Preece

(1880), que considera uma área de proteção definida por um segmento de círculo cujo raio é dado

pela distância até a descarga-piloto e demarcado pela extremidade do captor e pelo solo (tangente),

como mostra a Figura 9.

Figura 9 – Representação da proteção pelo MEG

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Crédito: Elias Dahlke.

De acordo com a ABNT (2015a, 2015b, 2015c, 2015d), esse raio pode ser estimado por:

Sendo a corrente máxima de retorno, em kA.

Observe que o segmento de círculo traçado com linha cheia passa pelo captor no topo do
campanário e tangencia o solo, como o modelo propõe, mas note que uma área da igreja fica
desprotegida, sendo necessário instalar um segundo captor para aumentar a área de proteção.

Estendendo a ideia para um modelo tridimensional, o resultado é o conceito da esfera rolante, que
simula o rolamento de uma esfera de raio R para demarcar a área de proteção, como mostra a Figura

10.

Figura 10 – Representação da esfera rolante para o MEG

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Crédito: Elias Dahlke.

2. Método de Franklin: é uma adaptação do MEG, que substitui o segmento de círculo de

proteção do MEG por uma reta tangente. A proteção prevista por um captor Franklin é dada por um

cone circular de raio Rp e altura h, sendo o ângulo dependente da altura do captor e do raio da

esfera rolante Re, como mostra a Figura 11.

Figura 11 – Representação do modelo de Franklin

Fonte: Silva, 2020.

Observe que a reta que forma a face lateral do cone é dada por uma tangente do ponto de
intersecção com o segmento de círculo do MEG. Assim, quanto maior a altura do captor, menor será a

área protegida. Por isso, esse modelo não é aplicável, em alguns casos. Note também que a altura h é
medida desde o solo até a extremidade do captor. Os ângulos de proteção do método de Franklin

são dados em função da altura h, do raio da esfera rolante e dos níveis de proteção, conforme
estipulados pela ABNT (2015a, 2015b, 2015c, 2015d).

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Quadro 2 – Ângulos de proteção pelo método Franklin, em função do nível de proteção

Altura do solo até a extremidade do captor (m)


Nível de Raio da esfera

Proteção rolante (m)


0 – 20 21 – 30 31 – 45 46 – 60 > 60

I 20 25º * * * **

II 30 35º 25º * * **

III 45 45º 35º 25º * **

IV 60 55º 45º 35º 25º **

* Aplica-se apenas o MEG e o método de Faraday.


** Aplica-se apenas o método de Faraday.
Fonte: Creder, 2016, p. 227.

3. Método de Faraday: método baseado na blindagem eletrostática conhecida como gaiola de

Faraday. Os elementos metálicos estruturais e externos podem ser interligados a condutores que

contornam a cobertura e as laterais da edificação para compor uma malha ligada à terra. A principal

vantagem desse modelo é a capacidade de proteção que ele oferece a grandes áreas, como parque

industriais, pois não requer o uso de captores a uma altura elevada. Quanto maior a quantidade de

captores interligados a uma malha ou anel de aterramento, mais seguro será o método de Faraday.

Os galpões metálicos funcionam naturalmente como uma gaiola de Faraday, devendo apenas
interligar as partes da estrutura à malha de aterramento.

Figura 12 – Representação do método de Faraday

Crédito: Elias Dahlke.

TEMA 3 – PROTEÇÃO CONTRA DISTÚRBIOS NA REDE ELÉTRICA

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Você sabe qual é a diferença entre um estabilizador de tensão, um filtro de linha e um nobreak? É

provável que você tenha um deles ou já tenha sido orientado a comprar um desses equipamentos,

principalmente para instalá-los no seu computador. Esses equipamentos são utilizados para minimizar

possíveis distúrbios que possam haver na rede elétrica. Mas será que depois de termos estudado
tantas técnicas, dispositivos e estruturas de proteção, ainda é necessário instalar mais um item? Talvez

sim, pois, apesar de todas as proteções que vimos, alguns tipos de distúrbios que podem ocorrer na

rede elétrica não farão atuar nenhum dos dispositivos tradicionais, como disjuntor, dispositivo
diferencial residual (DR) ou DPS.

3.1 DISTÚRBIOS NA REDE ELÉTRICA

Antes de entendermos o funcionamento dos equipamentos citados, vamos compreender quais

são e que riscos apresentam alguns possíveis distúrbios na rede elétrica, representados na Figura 13.

a. Surto de tensão: esse é um fenômeno que provoca um aumento abrupto da tensão a valores

muito maiores que o nominal e tem uma duração muito curta, na faixa de micro a milissegundos. A

sua origem já vimos que é devido a descargas atmosféricas que atingem a rede elétrica e podem

causar danos irreparáveis em alguns equipamentos eletrônicos, geralmente a sua queima total ou

parcial.

b. Ruídos de linha: esses ruídos são sinais de alta frequência, adicionados geralmente pelo uso

de eletroeletrônicos que produzem interferência eletromagnética (EMI). Esse é um efeito comum de


equipamentos com motores elétricos que funcionam em alta rotação, como liquidificadores ou
batedeiras, ou ainda de circuitos chaveados, como fontes de computadores e reatores de lâmpadas.

Essa interferência pode ser prejudicial a equipamentos médico-hospitalares de diagnóstico por


imagem, equipamentos de telecomunicações e centrais de dados (data centers), causando imprecisão

no funcionamento ou perda de dados.

c. Distorção harmônica: as harmônicas são sinais cuja frequência é um múltiplo da frequência


fundamental. Por exemplo, a rede elétrica brasileira opera em 60 Hz; nesse caso, a terceira harmônica
terá 180 Hz. A origem desse distúrbio é o uso de cargas não lineares, como fontes de alimentação e

inversores de baixa qualidade. Esse é um grave problema industrial, pois promove vibração em
motores, aquecimento de componentes e redução na vida útil dos equipamentos.

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d. Sobretensão: a sobretensão é um aumento percentual do nível da tensão de fornecimento,

menor que o dobro do valor nominal, e pode durar até alguns segundos. Esse acréscimo pode ocorrer

durante o religamento da rede elétrica após uma queda de energia, quando há uma considerável

retirada de cargas de um circuito alimentador. Esse é um procedimento de manobra comum em

subestações, para evitar apagões. O acréscimo de tensão pode provocar danos às cargas resistivas e

motores elétricos mais sensíveis.

e. Subtensão: é semelhante à sobretensão, mas nesse caso se trata de uma redução do nível de

tensão, também de longa duração. Pode ocorrer durante um religamento da rede elétrica, mas

quando o circuito alimentador recebe uma carga maior e, consequentemente, uma maior demanda
de energia. Nesse caso, pode ocorrer o desligamento de alguns equipamentos ou a redução no

torque, no caso de motores elétricos.

f. Afundamento de tensão: é uma subtensão de curta duração (dura milissegundos). Esse

efeito é típico da inserção de cargas inerciais na rede elétrica, como acontece durante a partida de

motores elétricos de grande porte. Em equipamentos sensíveis, pode ocorrer desligamento, mas sem

danos graves.

g. Variações de frequência: a frequência da rede elétrica é estabelecida no processo de

geração de energia. As variações de frequência podem ocorrer quando a velocidade de rotação do

eixo rotor do gerador não é mantida constante. Em usinas geradoras, esse parâmetro é controlado

constantemente e há técnicas para sua correção; mas, em geradores de pequeno porte, como
geradores a diesel, pode ocorrer esse tipo de problema. Alguns inversores permitem o ajuste da
frequência, o que também pode ser um problema, de acordo com a carga. A maioria dos eletrônicos

são projetados para operar em frequências de 50 Hz a 60 Hz, mas alguns equipamentos operam
apenas em uma frequência. A consequência dessas variações pode ser aquecimento e até queima de

equipamentos.

h. Interrupção temporária: alguns sistemas utilizam um gerador auxiliar ou um nobreak para o


suprimento de energia em casos de queda da rede elétrica. Nesse caso, um gerador ou nobreak que
estava ligado em standby é conectado ao circuito por uma chave de transferência, geralmente

comandada por um sistema de controle e daí ocorre uma interrupção no fornecimento de energia por
um curto período de tempo (milissegundos). Algumas cargas inerciais como motores podem não

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perceber a troca da fonte, desde que seja mantido o sincronismo de fases com a rede elétrica. Porém,

sistemas de computadores podem sofrer desligamento e consequente perda de dados.

i. Interrupção permanente: geralmente é decorrente de algum problema na rede elétrica

como a atuação de sistemas de proteção, devido a curtos-circuitos ou acidentes que provoquem a


ruptura dos condutores. Nesse caso, o retorno vai depender do tipo de correção necessária. Os

equipamentos não costumam sofrer danos além do desligamento inesperado (e perda de dados),
mas podem ocorrer surtos, subtensão ou sobretensão durante o restabelecimento da rede.

Figura 13 – Representação de distúrbios que podem ocorrer na rede elétrica

Fonte: Silva, 2020.

3.2 ESTABILIZADOR DE TENSÃO

Os estabilizadores de tensão se popularizaram no início dos anos 1990, quando os computadores


pessoais se tornaram mais acessíveis e comuns.

Figura 14 – Exemplo de estabilizadores de tensão

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Crédito: Alexandru Chiriac/Shutterstock.

Logo no início do uso mais comum de computadores pessoais, as pessoas tiveram problemas em

função da qualidade de energia presente em alguns lugares, especialmente nos mais distantes dos

grandes centros. Isso se deve à queda de tensão nas longas linhas da rede elétrica, assim como

estudamos anteriormente. Os primeiros computadores tinham fontes projetadas para receber uma

tensão específica, que não eram adaptadas às sub ou sobretensões. Esse foi o motivo pelo qual surgiu

o estabilizador de tensão. O elemento principal desse equipamento é um autotransformador com

derivações (taps) que permitem o aumento ou redução da tensão fornecida à carga, como uma forma

de compensar as condições da rede elétrica. Os seus ajustes ocorrerão em passos, que serão menores

quanto mais taps o autotransformador tiver. A Figura 15 mostra um diagrama esquemático

simplificado de um estabilizador com ajuste de mais ou menos 10%.

Figura 15 – Diagrama simplificado de um estabilizador de tensão

Crédito: Elias Dahlke.

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A seleção do tap é feita por relés (em alguns modelos, tiristores ou transistores), que são

comandados por meio de um circuito que monitora a tensão de entrada com o objetivo de manter a

tensão de saída estabilizada.

Atualmente, esse equipamento foi inutilizado na maior parte do mundo, pois a maioria dos
equipamentos eletrônicos são alimentados por uma fonte bivolt, ou seja, capaz de manter o

funcionamento normal do equipamento em tensões de entrada entre 90 V a 240 V. Ainda assim,


curiosamente, o Brasil é um dos poucos países que continuam a usar esse tipo de equipamento. Para

manter o mercado de vendas ativo, foi adicionado ao projeto original o filtro de linha, que veremos a

seguir.

3.3 FILTRO DE LINHA

O filtro de linha é popularmente conhecido como régua de tomadas. Isso porque, assim como os

estabilizadores, os filtros de linha disponibilizam alguns pontos de tomadas para a conexão de

equipamentos.

Figura 16 – Exemplos de filtros de linha

Crédito: Africa Studio/Shutterstock.

Apesar disso, o filtro de linha é mais do que uma simples extensão de tomadas. Assim como o
nome sugere, sua função é promover uma filtragem no sinal vindo da rede elétrica. Esse filtro tem por

objetivo eliminar os ruídos de alta frequência que possa haver na rede. O seu circuito interno básico é
composto por um arranjo de indutores e capacitores que formam um filtro passa-baixo. A

característica fundamental de um indutor é se opor às variações bruscas de corrente, enquanto os


capacitores se opõem às variações bruscas de tensão. Assim, um sinal de alta frequência adicionado à
rede elétrica é eliminado por esse tipo de filtro.

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Figura 17 – Diagrama simplificado de um filtro de linha

Crédito: Elias Dahlke.

Observe que a Figura 17 indica uma corrente de ruído (i) adicionada à de fase (I). Quando as

correntes encontram o capacitor Cx, a componente i de alta frequência encontra um caminho de

retorno para a terra através do capacitor de desacoplamento Cy2. O mesmo ocorre com o capacitor

Cy1, caso ainda haja algum ruído na corrente que retorna pelo neutro. Desse modo, a corrente que

segue para a carga é apenas a componente I filtrada.

A Figura 18 mostra um circuito que representa um filtro de linha e uma imagem de simulação

para demonstrar o efeito do filtro.

Figura 18 – Exemplo de circuito e simulação de funcionamento de um filtro de linha

Fonte: Vieira, 2003, p. 90.

Além da rejeição de ruídos, alguns modelos de filtros de linha podem vir equipados com fusíveis
e varistores. Esses dispositivos são importantes no caso de instalações que não possuem disjuntores e
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DPS, pois oferecem proteção contra correntes de sobrecargas e curtos-circuitos e também contra

surtos de tensão.

3.4 NOBREAK OU UPS

Alguns tipos de equipamentos e sistemas podem ser definidos como cargas críticas, por

exemplo, servidores de dados, sistemas de segurança bancária, controle de processos industriais,

controle de tráfego aéreo, equipamentos hospitalares de suporte à vida, entre outros. Esse tipo de

carga é mais vulnerável aos distúrbios da rede elétrica e podem ter seu funcionamento
comprometido. De modo geral, essas cargas não admitem, em nenhuma hipótese, a queda no
fornecimento de energia. Por esse motivo, se faz necessário o uso de uma fonte de alimentação

ininterrupta ou uninterruptble power supply (UPS).

Um nobreak ou UPS é constituído por dois blocos básicos: um circuito retificador que converte a

entrada de corrente alternada (CA) em corrente contínua (CC) e funciona como um carregador para o

banco de baterias, necessário para o fornecimento de energia durante qualquer ausência de rede

elétrica; e o inversor, que é o responsável por converter o sinal CC em CA novamente. As UPS podem

ser divididas em três tipos: off-line, line interactive e on-line. A primeira também é chamada de stand-

by, pois a carga é alimentada diretamente pela rede elétrica enquanto não há queda no fornecimento.

As baterias ficam como fonte reserva e a saída do inversor é isolada da carga por uma chave de

transferência, conforme mostra a Figura 19.

Figura 19 – Diagrama de blocos de uma UPS off-line

Fonte: Silva, 2020.

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Quando há uma falha no fornecimento da rede elétrica, um sistema de controle comanda a chave

de transferência e a carga passa a ser alimentada pelo banco de baterias, por meio do inversor. Mas,
note, como já dito, que a UPS não impede que a carga receba distúrbios de curta duração vindos da

rede, devido ao tempo de comutação entre as fontes.

No modelo line interactive ou linha interativa, a carga também é alimentada diretamente pela

rede. Nesse modelo, o conversor usado é bidirecional e está conectado à rede através de um
transformador. Durante o fornecimento normal, o conversor mantém a carga nas baterias e, ao surgir

algum distúrbio na rede, passa a operar como inversor e a alimentar a carga.

Figura 20 – Diagrama de blocos de uma UPS line interactive

Fonte: Silva, 2020.

Apesar de mais eficaz do que a UPS off-line, esse modelo, ainda assim, não é capaz de suprimir
distúrbios de curta duração, pois o inversor só opera após o sistema de controle identificar a ausência

de tensão na rede elétrica.

Por fim, na topologia on-line, a carga não tem interação direta com a rede elétrica, a não ser em
casos de manutenção da UPS, quando é ativada uma chave de bypass. Nesse modelo, a UPS opera

constantemente com o processo de dupla conversão, ou seja, o retificador associado ao controlador


de carga mantém as baterias carregadas para uma possível queda do fornecimento de energia,
enquanto o inversor atua independentemente das condições da rede. No caso de ausência de rede, o

banco de baterias passa a alimentar o link CC imediatamente, substituindo o retificador, e a carga não
percebe a troca da fonte de energia. Desse modo, a UPS garante à carga uma forma de onda sem

distorção e estabilizada, produzida pelo inversor.

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Figura 21 – Diagrama de blocos de uma UPS on-line

Fonte: Silva, 2020.

Agora que já conhecemos o que são e como funcionam os estabilizadores, os filtros de linha e os

nobreaks ou UPS, vamos organizar no Quadro 3 quais são os distúrbios para os quais cada um pode

oferecer proteção.

Quadro 3 – Distúrbios da rede elétrica e equipamentos indicados para a proteção

UPS UPS UPS


Distúrbio da rede elétrica Estabilizador Filtro de linha
on-line line interactive off-line

Surto de tensão Sim Não Não Não Sim

Ruídos de linha Sim Sim Sim Não Sim

Distorção harmônica Sim Não Não Não Não

Sobretensão Sim Não Não Sim Não

Subtensão Sim Sim Sim Sim Não

Afundamento de tensão Sim Talvez Talvez Talvez Não

Variações de frequência Sim Não Não Não Não

Interrupção temporária Sim Sim Talvez Não Não

Interrupção permanente Sim Sim Sim Não Não

Fonte: Elaborado com base em Paixão, 2010.

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TEMA 4 – DEMANDA DE ENERGIA DE UMA INSTALAÇÃO ELÉTRICA

Se observarmos o conteúdo de nossas aulas, vamos perceber que ele segue uma ordem lógica,

desde os conhecimentos básicos sobre a origem e distribuição da energia elétrica até a conclusão de

um projeto completo de instalações elétricas. A etapa que estamos iniciando agora é uma das últimas

na ordem de elaboração de um projeto elétrico, mas é um item crucial para o início da

implementação e execução de uma obra. Isso porque o estudo da demanda de energia resulta nas

instalações do padrão de entrada e perfil do consumidor.

Quando iniciamos um projeto, fazemos a análise ou previsão das cargas de iluminação e de

tomadas que irão compor as instalações. Para realizar o dimensionamento dos condutores dos

circuitos, adotamos por padrão a corrente total que irá circular por esses condutores, considerando a

máxima potência dos circuitos. Na prática, nem todos os pontos utilizarão a potência máxima e, mais

do que isso, apenas uma parte das cargas de iluminação ou tomadas serão acionadas

simultaneamente. Esse é o princípio da demanda de energia de uma instalação elétrica, que define a

potência elétrica que é realmente consumida por um circuito ou sistema, com base na simultaneidade

de uso das cargas.

Essa observação sobre a demanda de energia de uma instalação elétrica é feita na ABNT NBR

5410:2004, no seu item 4.2.1, que trata da utilização e da demanda da potência de alimentação

(ABNT, 2004). No seu item 4.2.1.1.2, a norma diz:

Na determinação da potência de alimentação de uma instalação ou de parte de uma instalação


devem ser computados os equipamentos de utilização a serem alimentados, com suas respectivas

potências nominais e, em seguida, consideradas as possibilidades de não-simultaneidade de


funcionamento destes equipamentos, bem como a capacidade de reserva para futuras ampliações.

(ABNT, 2004, p. 12)

Então, precisamos estabelecer alguns conceitos básicos, para que possamos dimensionar a
entrada de serviço e também os condutores alimentadores da demanda necessária de energia:

Potência ou carga instalada: é o somatório de todas as potências nominais instaladas ou


previstas em uma instalação.

Demanda: é a soma de todas as potências instantâneas dos equipamentos que estão


funcionando simultaneamente.

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Demanda média: é a média de potência consumida durante um período de tempo –

geralmente, adota-se a medida de 15 minutos para definir esse intervalo.


Demanda máxima: também chamada de demanda de utilização, demanda de alimentação ou,

ainda, demanda provável, é o maior valor registrado de demanda média ao longo de um

período maior (dia, semana, mês ou ano).

Figura 22 – Exemplo de uma curva de demanda diária em uma residência

Fonte: Silva, 2020.

Observe que, para se conhecer a demanda, é necessário fazer medições em uma instalação já

existente; porém, como esse é um dado importante para um projeto, utilizamos métodos que se

baseiam em dados estatísticos. O cálculo da demanda máxima segue diferentes critérios em se

tratando de uma residência, comércios, condomínios ou edifícios. Além disso, existem diferentes

métodos para estimar a demanda máxima de um consumidor. O mais comum é o sugerido pelo
Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicação (Cobei), mas também há o

cálculo proposto pelas concessionárias de energia de cada região. De modo geral, aquele método
consiste em multiplicar a potência instalada por um fator de demanda, que é um número entre 0 a 1

correspondente ao percentual de probabilidade de simultaneidade das cargas:

Sendo FD o fator de demanda.

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Esse fator de demanda é dado em tabelas, de acordo com o tipo de consumidor e a potência

instalada. Não existe um padrão para esses valores, por se tratarem de uma estimativa estatística;
porém, existe um consenso na literatura quanto a esses valores.

O Quadro 4 apresenta os fatores de demanda para a potência instalada de tomadas de uso geral
(TUG) e iluminação, de acordo com o tipo de consumidor. De posse do fator de demanda, podemos

calcular a potência demandada, que será utilizada para dimensionar os condutores alimentadores
que serão instalados no ramal de entrada e nos circuitos de distribuição da edificação:

Sendo a potência demandada, em VA; , o somatório da potência instalada para TUG e

iluminação; , o somatório da potência instalada para tomadas de uso específico (TUE); , o fator

de demanda obtido no Quadro 4, para TUG e iluminação.

Quadro 4 – Fator de demanda para o total de TUG e iluminação em função do consumidor

Potência Instalada de
Tipo de Consumidor Fator de Demanda
TUG + iluminação (VA)

Residências (casas e apartamentos) Até 1.000 0,8

De 1.000 a 2.000 0,75

De 2.000 a 3.000 0,65

De 3.000 a 4.000 0,6

De 4.000 a 5.000 0,5

De 5.000 a 6.000 0,45

De 6.000 a 7.000 0,4

De 7.000 a 8.000 0,35

De 8.000 a 9.000 0,3

De 9.000 a 10.000 0,27

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Acima de 10.000 0,24

Auditórios, cinemas e semelhantes --- 0,8

Bancos e semelhantes --- 0,8

Barbearias, salões de beleza e semelhantes --- 0,8

Clubes, academias e semelhantes --- 0,8

Até 12.000 0,8


Escolas e semelhantes
Acima de 12.000 0,5

Até 20.000 0,8


Escritórios, lojas e salas comerciais
Acima de 20.000 0,6

Até 10.000 0,8


Residencial
Acima de 10.000 0,25

Garagens e semelhantes Até 30.000 0,8

Comercial De 30.000 a 100.000 0,6

Acima de 100.000 0,4

Até 50.000 0,4


Clínicas, hospitais e semelhantes
Acima de 50.000 0,2

Até 20.000 0,5

Hotéis, motéis e semelhantes De 20.000 a 100.000 0,4

Acima de 100.000 0,3

Igrejas, templos e semelhantes --- 0,8

Restaurantes, bares e semelhantes --- 0,8

Fonte: Elaborado com base em Creder, 2016, p. 100.

As cargas que serão ligadas em TUE têm maiores chances de serem usadas permanentemente ou

por um longo período do dia, por isso nelas se aplica o fator de demanda igual a 1, ou seja,
considera-se 100% de probabilidade de uso simultâneo dessas cargas. Alguns autores ou normas

técnicas de concessionárias usarão um fator de demanda diferente de 1 para TUE com cargas iguais

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ou semelhantes, na instalação. Por exemplo, em uma residência com 3 chuveiros elétricos, poderia ser

aplicado o fator de 0,6, considerando que a probabilidade de todos os chuveiros estarem em uso ao

mesmo tempo seja de 60%. Como são casos específicos, deve-se utilizar a norma da concessionária

(caso haja) ou considerar o maior valor, para evitar o subdimensionamento. Se houver os valores

mencionados, a equação 3 pode ser substituída por:

sendo a potência total para o conjunto de cargas, em VA; , o fator de demanda para

aquele tipo de carga.

Exemplo de projeto

Para que possamos planejar a demanda e ter um valor de referência para o

dimensionamento dos condutores alimentadores da nossa instalação, vamos considerar

uma casa que possui as seguintes cargas:

a. total de TUG = 3.700 VA;

b. total de Iluminação = 800 VA;

c. 1 chuveiro = 7.500 VA;

d. 1 forno de micro-ondas = 1.800 VA;

e. 1 máquina de lavar e secar roupas = 2.000 VA.

Solução: como não há cargas de TUE em duplicata, aplicamos a equação (3); mas, primeiro,
é necessário encontrar o fator de demanda para o somatório das potências de TUG e

iluminação, então fazemos:

a. ;

b. Recorrendo ao Quadro 4, na seção de residências, vemos que o fator de demanda para

essa potência será ; por fim, só precisamos somar as potências das TUE e aplicar na (3);

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c. Assim, temos ;

d. ;

e. .

TEMA 5 – PADRÃO DE ENTRADA DE ENERGIA EM BAIXA TENSÃO

A solicitação para o fornecimento de energia de uma concessionária é feita diretamente pelo

consumidor, que fará o seu cadastro (pessoa física ou jurídica) e informará os detalhes da sua
instalação. Por esse motivo, é necessário que o projeto esteja totalmente concluído antes de se

solicitar a ligação de energia, a não ser quando algumas particularidades como o tipo de ramal (aéreo
ou subterrâneo), o nível de tensão ou o padrão de ligação ainda dependem de uma visita de consulta

prévia, como ocorre com alguns novos loteamentos ainda sem rede elétrica.

5.1 TIPOS DE LIGAÇÃO

Além da instalação definitiva para uma edificação, o consumidor pode solicitar uma ligação de

fornecimento de energia de forma:

Provisória: destinada a finalidades transitórias, como construções de prédios e viadutos. Nesses

casos, a concessionária irá definir o padrão a ser empregado de acordo com as condições do
consumidor.
Temporária: solicitada por um curto período de tempo, geralmente para realização de feiras,

festivais, montagem de circos, em parques, entre outras situações. Também dependerá de


análise da concessionária para se definir o padrão a ser empregado.

5.2 FORNECIMENTO EM BAIXA TENSÃO

Tanto a tensão de fornecimento quanto o limite de carga instalada são fatores determinantes

para a classificação do consumidor. De acordo com a Resolução Normativa n. 414/2010 da Agência


Nacional de Energia Elétrica (Brasil, 2012), compete à concessionária local informar ao interessado as

suas prerrogativas. Para a elaboração deste tema, todas as informações relacionadas à concessionária
foram baseadas na Norma Técnica Copel (NTC) n. 901.100/1997 da Companhia Paranaense de Energia

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(Copel, 1997). Apesar disso, as demais concessionárias seguem procedimentos muito parecidos, com

algumas poucas particularidades, como a tensão nominal de fase adotada regionalmente.

O fornecimento de energia poderá ser feito de três diferentes formas, conforme o número de

fases:

1. monofásico: com tensão de 127 V a 2 fios (área urbana) ou 254/127 V a 3 fios (área rural);

2. bifásico: com tensão de 220/127 V a 3 fios;


3. trifásico: com tensão de 220/127 V a 4 fios.

Sempre devemos ter em mente as principais leis que regem os circuitos elétricos, que são as leis

de Ohm. Sabemos que, quanto maior a potência de uma carga, maior será a corrente drenada por ela
e, consequentemente, maiores deverão ser as dimensões dos condutores.

Para que não se torne inviável uma instalação, devido a altas correntes, existe uma classificação

para a tensão de alimentação em função dos limites de carga instalada. No caso da Copel (1997), para

que o consumidor seja alimentado diretamente pela rede secundária de distribuição (tensões vistas

anteriormente), a potência instalada não poderá ser superior a 75 kVA. Acima dessa carga, o

consumidor deverá ser alimentado em média tensão, que segue outra normativa.

5.3 PONTO DE ENTREGA

O ponto de entrega é feito no limite da propriedade com a via pública e é o ponto de conexão
da rede elétrica com as instalações da unidade consumidora, definindo-se assim o limite de
responsabilidade da concessionária. O conjunto de condutores que fazem a conexão desde o ponto

de derivação da rede elétrica até o ponto de entrega é chamado de ramal de ligação ou distribuição,
enquanto o conjunto de condutores que partem do ponto de entrega até o quadro de medição é

chamado de ramal de entrada, como mostra a Figura 23.

Figura 23 – Representação dos ramais de ligação e de entrada, assim como do ponto de entrega

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Crédito: Elias Dahlke.

O ramal de ligação pode ser aéreo ou subterrâneo, sendo que, na ligação aérea, o ponto de

ancoragem deve ser feito em um poste auxiliar ou até mesmo numa parede da propriedade, desde

que esteja no limite da propriedade com a via pública.

5.4 ENTRADAS COLETIVAS

Em casos de instalações coletivas, como condomínios e prédios, deve-se observar a Resolução n.

414/2010 da Aneel (Brasil, 2012), que define uma unidade consumidora como sendo aquela que

recebe a energia elétrica em apenas um ponto de entrega. Portanto, somente poderá ser permitido o

uso coletivo da energia quando existir a perfeita separação entre as instalações físicas e elétricas das
partes alimentadas. Nesse caso, haverá um quadro com um barramento geral alimentado pelo ramal

de entrada e os centros de medição serão agrupados conforme o número de unidades consumidoras,


blocos ou andares (para condomínios horizontais e prédios).

Figura 24 – Exemplo de agrupamento de três unidades consumidoras

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Fonte: Elaborado com base em Copel, 1997, p. 72, 74.

5.5 DIMENSIONAMENTO

De acordo com critérios vistos com relação à demanda de energia e também com as normas

específicas de cada concessionária, podemos dimensionar o padrão de entrada assim como

categorizar o consumidor, conforme Quadro 5.

Quadro 5 – Dimensionamento do padrão de entrada

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Fonte: Elaborado com base em Copel, 1997, p. 34.

Anotamos oito observações pertinentes sobre o Quadro 5:

1. As maneiras de instalar são indicadas conforme os métodos de referência apresentados na


ABNT NBR 5410:2004 (Brasil, 2004).

2. Os condutores para o ramal de entrada foram dimensionados para uma temperatura ambiente
de 30 ºC.
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3. As dimensões indicadas para os eletrodutos e para os condutores do ramal de entrada são

mínimas, podendo ser adotados valores maiores, caso necessário.

4. Para o ramal de entrada, a seção do condutor de neutro deve ser igual à do(s) condutor(es) de

fase.

5. Cada eletroduto deverá comportar um circuito completo, fase(s) e um neutro.

6. As categorias 19, 22, 25, 46, 47 e 48 são destinadas a unidades na área rural.

7. Medidores:

M – medidor monofásico a 2 fios (127 V);

M3 – medidor monofásico a 3 fios (240 V);

B – medidor bifásico a 3 fios (127/220 V);

T – medidor trifásico a 4 fios (127/220 V).

8. Para entradas subterrâneas em 200 A, somente serão permitidos condutores com isolação dos

tipos borracha etileno-propileno (EPR) ou polietileno reticulado (XLPE).

Exemplo de projeto

Usando como referência o nosso último exemplo, no qual calculamos a demanda para uma

casa, vamos aplicar os dados para definir o padrão de entrada. Considerações:

a. demanda máxima = 13,55 kVA;

b. tensão de alimentação dos circuitos internos = 127/220 V (bifásico a 3 fios);

c. ramal de ligação = aéreo;

d. material dos condutores = cobre;

e. material da isolação = policloreto de vinila (PVC).

Solução: de posse das informações da instalação, recorremos ao Quadro 5 para identificar


os parâmetros recomendados para o padrão de entrada (Quadro 6).

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Quadro 6 – Solução de exemplo de projeto de dimensionamento do padrão de entrada

Fonte: Elaborado com base em Copel, 1997, p. 34.

Com base na demanda máxima, é possível verificar, no Quadro 6, que a categoria do consumidor

será a 29, lembrando que esse é um número de referência da Copel (1997) – para outras

concessionárias, verifique a metodologia de acordo com as respectivas normas. Nessa categoria, os

valores que deverão ser utilizados para a construção do padrão de entrada são os destacados em

vermelho (Quadro 6).

FINALIZANDO

Estamos encerrando aqui uma grande etapa do nosso processo de aprendizagem sobre projetos

de instalações elétricas prediais. Com todas as informações que vimos até aqui, é plenamente possível
que você comece a sua jornada no ramo de projetos elétricos. É claro que, para cada obra, aparecerão

as suas particularidades, mas agora você já conhece as principais normas a serem seguidas e um
passo a passo das etapas que devem ser analisadas.

Esta aula foi uma série de esclarecimentos de dúvidas comuns das pessoas que não têm
formação na área e até mesmo dos eletricistas. Vimos que aterramento não é somente um condutor

fincado no solo e que a formação de um raio tem muito mais etapas do que se imagina. Vimos
também que o estabilizador de tensão, apesar de muito popular, não é mais um equipamento útil

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para a maioria das aplicações nos dias de hoje e que a compra de um nobreak pode ser bem

interessante. E, por sinal, agora você já sabe que um filtro de linha não é somente uma extensão de

tomadas.

Por fim, depois de ter seguido todos os procedimentos de projeto e dimensionamento das
cargas da instalação, encontramos a demanda máxima que é utilizada na definição do padrão de

entrada. Agora sim estamos prontos para colocar a mão na massa! Em momento posterior, veremos
as principais técnicas de instalação de interruptores, tomadas e dispositivos de proteção, assim como

a alocação dos quadros e eletrodutos.

São muitas coisas para mostrar, quer saber como faz? Esperamos você lá. Até a próxima aula e

bons estudos!

REFERÊNCIAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT 5410:2004: instalações elétricas de

baixa tensão. Rio de Janeiro, 30 set. 2004.

_____. ABNT 5419-1:2015: proteção contra descargas atmosféricas – parte 1 – princípios gerais.

Rio de Janeiro, 22 maio 2015a.

_____. ABNT 5419-2:2015: proteção contra descargas atmosféricas – parte 2 – gerenciamento de

risco. Rio de Janeiro, 22 maio 2015b.

_____. ABNT 5419-3:2015: proteção contra descargas atmosféricas – parte 3 – danos físicos a

estruturas e perigos à vida. Rio de Janeiro, 22 maio 2015c.

_____. ABNT 5419-4:2015: proteção contra descargas atmosféricas – parte 4 – sistemas elétricos
e eletrônicos internos na estrutura. Rio de Janeiro, 22 maio 2015d.

BRASIL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Resolução Normativa 414/2010: atualizada até a
REN 499/2012. Brasília, 2012. Disponível em:

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COPEL – Companhia Paranaense de Energia. NTC 901100: fornecimento em tensão secundária de

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CREDER, H. Instalações elétricas. Atual. e rev.: Luiz Sebastião Costa. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC,
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PAIXÃO, R. R. Manutenção de computadores: guia prático. 1. ed. São Paulo: Érica, 2010.

PREECE, W. H. On the space protected by a lightning conductor. Philosophical Magazine and


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v. 24, n. 1, p. 82-96, jun. 2003. Disponível em: <https://periodicos.unifor.br/tec/article/view/149>.

Acesso em: 15 fev. 2021.

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 39/39

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