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Reflita:
Uma característica bem conhecida de circuitos digitais em relação aos circuitos analógicos
é a robustez. Circuitos digitais são menos susceptíveis a ruído ou interferência que os
circuitos analógicos. Mas, de fato, o que realmente faz com que circuitos digitais sejam
mais robustos? Quais são os fatos que poderiam prejudicar essa robustez no universo da
interferência eletromagnética?
Compatibilidade e Interferência Eletromagnética
Aterramentos, blindagens e filtros
A Figura 2.11 mostra dois subsistemas aterrados em diferentes pontos de um plano terra
(pontos P1 e P2) que, de forma ideal, poderiam ser considerados com o mesmo potencial
no plano. Na realidade, a resistência finita entre os dois pontos do plano terra, e sua
indutância em altas frequências, resultará em uma queda de tensão entre os pontos P1 e
P2.
A corrente de retorno I2 para o subsistema 2 combina
com aquela do subsistema 1, e ambos passam pela
impedância de terra comum Zg1 , resultando em uma
queda de tensão de Zg1(I1 + I2) volts. As flutuações de
sinal no subsistema 2 estão incluídas na queda de
tensão de Zg1 I2 . Portanto, o ponto de aterramento do
subsistema 1 varia a uma taxa que é proporcional aos
sinais no subsistema 2. Devido a essa impedância finita,
a tensão no ponto de terra do subsistema 2 é Zg1 I1 +
(Zg1 + Zg2) I2. A imposição dos sinais do subsistema 1
sobre o ponto de terra do subsistema 2 é referida como
impedância de acoplamento comum
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Aterramentos, blindagens e filtros
O aterramento de ponto único tem a desvantagem de que todas as conexões de terra dos
subsistemas são levadas para o mesmo ponto, o qual requer condutores mais compridos,
que resultam em uma impedância maior. Além disso, as correntes de retorno fluindo
através dos mesmos condutores podem irradiar eficientemente para outros condutores
terra e gerar o efeito de crosstalk entre eles. Portanto, aterramento de ponto único deve
ser empregado apenas para subsistemas de baixa frequência
Exemplificando:
Assimile:
A maneira essencial pela qual um par trançado reduz o acoplamento indutivo ou magnético
pode ser entendida conforme a seguir. Considere um fluxo magnético a partir da corrente
do condutor do gerador. Dessa forma, o fluxo atravessa os anéis do par trançado e induz
um campo eletromagnético em cada anel. Mas, pelo fato de os anéis estarem com
polaridade alternada, o campo magnético induzido sempre se cancela em anéis
adjacentes.
Um assunto muito importante relativo às emissões radiadas em produtos diz respeito às
correntes de modo comum e de modo diferencial. Assim, considere as correntes I1 e I2 em
dois condutores paralelos conforme a Figura 2.16.
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2. Blindagem: ambos os cabos devem ser pares trançados para eliminar a captação de
ruído pelo circuito de processamento. Além disso, os cabos devem ter uma cobertura de
ponta a ponta externa metálica, que deve ser aterrada.
3. Aterramento: uma vez que o sistema em questão consiste de vários subsistemas
distantes um do outro contendo circuitaria analógica e digital, a técnica de aterramento
multiponto deve ser utilizada e com todos os subsistemas separadamente conectados ao
plano terra mais próximo. Além disso, no circuito eletrônico, as trilhas pertencentes aos
circuitos analógico e digital devem ter percursos de retorno o mais direto e curto possível.
4. Isolamento: para proteger o microcontrolador da alta tensão do controle de potência, a
técnica de isolamento óptico deve ser utilizada. A técnica de isolamento óptico provê
isolamento para até milhares de volts. A Figura 2.20 ilustra o tipo de solução mais
comumente utilizado. Há também a necessidade de adaptar o sinal para a solução
utilizando-se do circuito integrado LM331, que pode ser utilizado nas duas pontas como
conversor tensão para frequência ou conversor frequência para tensão. O principal
responsável pelo isolamento é o optoacoplador 4N25.
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Descrição da situação-problema
Você vai analisar um dispositivo com problemas de funcionamento devido a uma
interferência em uma linha de sincronismo entre dois circuitos integrados que operam em
uma frequência de 100 MHz. Existe um ruído de modo comum que contamina o cabo e
corrompe o sinal de sincronismo. A solução desse problema está na utilização de um
toroide de ferrite para eliminar a interferência. A Figura 2.21 mostra o diagrama
esquemático da solução.
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Seu objetivo é analisar a amplitude e a fase sobre o resistor R, componente que lhe
permite identificar a diferença de sincronismo. Descubra qual é a compensação necessária
sobre o sinal a partir de R, para que o sincronismo seja possível.
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Resolução da situação-problema
Para calcular a compensação de fase necessária é preciso primeiro transformar a
representação estrutural em um diagrama de circuito equivalente. A Figura 2.22 ilustra o
diagrama esquemático com todas as informações que precisamos conhecer.
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Logo, a fase sobre o resistor está adiantada de 75,2º. Assim, para propósitos de
simplificação, considere que R V seja condicionado por circuitos do sistema a ser
sincronizado e seja representado por uma fonte s V com a mesma amplitude de sinal e
fase. Uma forma de adequar a fase é utilizar as propriedades da reatância indutiva por
meio do circuito mostrado na Figura 2.22.
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