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Perspectiva didática de um galpão industrial com indicação do nome usual de seus principais
componentes. Fonte: BELLEI, Ildony H. - Edifícios Industriais em Aço.
1 - Introdução _________________________________________________ 1
__
Lista de exercícios n.º 1 _________________________________________________ 6
__
2 - Métodos dos estados limites _________________________________________________ 8
__
Lista de exercícios n.º 2 _________________________________________________ 13
__
3 - Tração _________________________________________________ 14
__
Lista de exercícios n.º 3 _________________________________________________ 18
__
4 - Parafusos _________________________________________________ 20
__
Lista de exercícios n.º 4 _________________________________________________ 24
__
5 - Compressão _________________________________________________ 26
__
Lista de exercícios n.º 5 _________________________________________________ 35
__
6 - Flexão _________________________________________________ 38
__
Lista de exercícios n.º 6 _________________________________________________ 43
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7 – Bibliografia _________________________________________________ 47
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8 - Catálogos e anexos _________________________________________________ 48
__
Catálogos:
Anexos:
1 - Introdução
O aço é sem dúvida um dos materiais mais utilizados no mundo. Seu uso vai desde produção
de automóveis, máquinas e equipamentos, até grandes estruturas como prédios, pontes e
plataformas de petróleo offshore. Mesmo as estruturas de concreto armado e protendido, utilizam
elementos de aço (barras de aço ou cabos) como reforço no seu interior. Neste sentido, pode-se dizer
que o aço está presente em todas as estruturas de obras civis, industriais e viárias.
Os aços de média e alta resistência mecânica são de especial interesse para uso estrutural devido a
sua resistência, ductilidade, tenacidade, soldabilidade, entre outras propriedades, pois são utilizados
em elementos estruturais que suportam e transmitem esforços mecânicos. Existe hoje no mercado
uma variedade muito grande de tipos de aço. Estima-se que seja mais de 3500 tipos diferentes. A sua
classificação pode ser feita de diversas formas, onde podemos citar suas propriedades mecânicas,
teor de carbono, elementos de liga, etc. O aço é uma liga de ferro e carbono, juntamente com outros
elementos adicionais, como silício, manganês, fósforo, enxofre etc. O teor de carbono, que é o
elemento que mais exerce influência nas propriedades do aço, varia, em geral, na faixa de 0,008% a
2,11%. O carbono aumenta a resistência do aço, porém o torna mais duro e frágil (quebradiço), além
de diminuir sua soldabilidade consideravelmente. Os aços com baixo teor de carbono têm menor
resistência à tração, porém são mais dúcteis. As resistências à ruptura por tração ou compressão dos
aços utilizados em estruturas são iguais, variando entre amplos limites, desde 250 MPa até valores
acima 1200 MPa.
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Estrutura metálica - NBR 8800:2008 Revisão_3 (07/2015)
Introdução Prof.: Rogério de C. P. de Andrade
Aplicação
O aço tem aplicação bastante ampla, algumas de suas aplicações são citadas abaixo:
Vantagens
Desvantagens
Propriedades mecânicas
Para efeito de cálculo devem ser adotados, para os aços aqui relacionados, os seguintes valores
de propriedades mecânicas:
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Estrutura metálica - NBR 8800:2008 Revisão_3 (07/2015)
Introdução Prof.: Rogério de C. P. de Andrade
Designação de perfis
Perfis laminados
Tubos industriais
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Estrutura metálica - NBR 8800:2008 Revisão_3 (07/2015)
Introdução Prof.: Rogério de C. P. de Andrade
Perfis soldados
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Estrutura metálica - NBR 8800:2008 Revisão_3 (07/2015)
Introdução Prof.: Rogério de C. P. de Andrade
Aços de uso frequente especificados pela ASTM para uso estrutural (fonte: NBR 8800:2008)
fy → tensão de escoamento;
fu → tensão de ruptura;
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Estrutura metálica - NBR 8800:2008 Revisão_3 (07/2015)
Introdução Prof.: Rogério de C. P. de Andrade
____________________________________________________________________
b. Fragilidade:
____________________________________________________________________
c. Resiliência:
____________________________________________________________________
d. Tenacidade:
____________________________________________________________________
e. Dureza:
____________________________________________________________________
f. Fadiga:
____________________________________________________________________
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Estrutura metálica - NBR 8800:2008 Revisão_3 (07/2015)
Introdução Prof.: Rogério de C. P. de Andrade
a) b) c)
12,5
11,1
12,7
231,8
8 9,63
254
600
575
127
12,7
11,1
12,5
127
300 69,57
4 4 4
Ix (cm ): Ix (cm ): Ix (cm ):
4 4 4
Iy (cm ): Iy (cm ): Iy (cm ):
Obs.: para efeito de cálculo pode-se desconsiderar os raios de curvatura dos perfis.
Resp.:
b) Perfil U 254 x 29,76
A = 37,9 cm²
M = 29,76 kg/m
4
Ix = 3.290,0 cm
4
Iy = 117,0 cm
rx = 9,31 cm
ry = 1,76 cm
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Estrutura metálica - NBR 8800:2008 Revisão_3 (07/2015)
Método dos estados limite Prof.: Rogério de C. P. de Andrade
As estruturas devem ser projetadas de modo que apresentem segurança satisfatória. Esta
segurança está condicionada à verificação dos estados limites, que são situações em que a estrutura
apresenta desempenho inadequado à finalidade da construção, ou seja, são estados em que a
estrutura se encontra imprópria para o uso. Os estados limites podem ser classificados em dois tipos:
Estados limites últimos (ELU) → estão relacionados com a segurança da estrutura sujeita às
combinações mais desfavoráveis de ações previstas em toda a vida útil, durante a construção ou
quando atuar uma ação especial ou excepcional.
Estados limites de serviço (ELS) → estão relacionados com o desempenho da estrutura sob
condições normais de utilização.
Ações
Antes de introduzir cada um dos estados-limites, é importante caracterizar as diversas ações
que podem atuar sobre uma estrutura. São elas:
ações permanentes → ocorrem com valores constantes ou de pequena variação em torno do tempo
durante praticamente toda a vida da construção.
ações variáveis → ocorrem com valores que apresentam variações significativas em torno do tempo
durante a vida da construção.
ações excepcionais → possuem duração extremamente curta com probabilidade muito baixa de
ocorrência durante a vida da construção.
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Estrutura metálica - NBR 8800:2008 Revisão_3 (07/2015)
Método dos estados limite Prof.: Rogério de C. P. de Andrade
As combinações últimas de ações para obtenção dos esforços solicitantes de cálculo são
dadas de acordo com as expressões abaixo:
onde:
γg são os coeficientes de majoração das ações permanentes – tabela 1;
γq são os coeficientes de majoração das ações variáveis – tabela 1;
Ψ0 são os fatores de combinação de ações variáveis – tabela 2;
FG,k são os valores característicos das ações permanentes;
FQ1,k é o valor característico da ação variável admitida como principal;
FQ,k são os valores característicos das ações variáveis.
onde:
FQ1,k é o valor característico da ação variável admitida como principal na situação transitória;
Ψ0,ef são os fatores de combinação efetivos de cada uma das demais variáveis que podem agir
concomitantemente com a ação principal FQ1 durante a situação transitória. – tabela 2;
onde:
FQ, exc é o valor característico da ação variável excepcional;
fd = fk / γ m
onde:
fd é a resistência de cálculo do material;
fk é a resistência característica do material;
γm é o coeficiente de ponderação do material, dado conforme tabela 3.
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Estrutura metálica - NBR 8800:2008 Revisão_3 (07/2015)
Método dos estados limite Prof.: Rogério de C. P. de Andrade
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Estrutura metálica - NBR 8800:2008 Revisão_3 (07/2015)
Método dos estados limite Prof.: Rogério de C. P. de Andrade
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Estrutura metálica - NBR 8800:2008 Revisão_3 (07/2015)
Método dos estados limite Prof.: Rogério de C. P. de Andrade
As combinações de ações para obtenção dos efeitos de cálculo são dadas de acordo com as
expressões abaixo:
onde:
Ψ2 são os fatores quase-permanentes de combinação das ações variáveis – tabela 2.
onde:
Ψ1 são os fatores frequentes de combinação das ações variáveis – tabela 2.
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Estrutura metálica - NBR 8800:2008 Revisão_3 (07/2015)
Método dos estados limite Prof.: Rogério de C. P. de Andrade
1. Calcular o momento fletor solicitante de projeto (Md) de uma viga de edifício comercial
estando sujeita a momentos fletores oriundos de diferentes cargas:
Resp.: Md1 = 127,5 kN.m e Md2 = - 24,0 kN.m
• Peso próprio da estrutura metálica __________________________ Mg1 = 10 kN.m
• Peso dos outros componentes não metálicos __________________ Mg1 = 50 kN.m
• Sobrecarga de uso _______________________________________ Mq1 = 30 kN.m
• Vento (sucção) __________________________________________ Mq1 = -60 kN.m
2. (ENADE) Após uma análise estrutural de uma treliça em um software, verificou-se que a
diagonal identificada pela letra “E” na treliça da figura abaixo está sujeita aos seguintes
esforços normais:
Resp.: Nd1 = 3,26 kN, Nd2 = 3,95 kN e Nd3 = - 3,2 kN
Item Descrição de carga N (kN)
1 Carga permanente 1,0
2 Carga de vento 1 (pressão) 1,5
3 Carga de vento 2 (sucção) -3,0
4 Sobrecarga variável 0,5
Obs.: cargas em serviço.
Com base nas informações acima, determinar o esforço normal solicitante de projeto (Nd).
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Estrutura metálica - NBR 8800:2008 Revisão_3 (07/2015)
Parafuso Prof.: Rogério de C. P. de Andrade
3 - Tração
• contraventamentos;
Dimensionamento
onde:
Ag é a área bruta da seção transversal da barra;
Ae é a área líquida efetiva da seção transversal da barra;
fy é a resistência ao escoamento do aço;
fu é a resistência à ruptura do aço;
γa1 é o coeficiente de ponderação da resistência, sendo 1,1 (NBR 8800:2008);
γa2 é o coeficiente de ponderação da resistência, sendo 1,35 (NBR 8800:2008).
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Estrutura metálica - NBR 8800:2008 Revisão_3 (07/2015)
Parafuso Prof.: Rogério de C. P. de Andrade
Os furos usados em barras de estrutura de aço são executados por dois processos básicos
de fabricação, puncionamento e bronqueamento. Algumas furações com diâmetros não usuais são
executadas pelo processo de oxiacetileno ou pelo processo de corte a plasma. O processo de
furação por puncionamento gera formato cônico ao longo da espessura da chapa, gerando muitas
vezes furos com diâmetro correto na face da estampagem e na outra face um furo com diâmetro com
um incremento devido ao processo. Esse aumento no diâmetro do furo deve ser considerado no
cálculo, quando não é possível garantir o processo de furação a ser adotado. Esta consideração deve
somar 2,0mm à folga padrão que é de 1,5mm, logo:
df = db + 3,5mm
onde:
db é o diâmetro do parafuso.
Em regiões com furos, deve-se definir a área líquida resistente. Para furos alinhados, a área
líquida (An) é calculada subtraindo-se as áreas dos furos na seção reta da peça da área bruta (Ag).
Ae = Ct An
onde:
Ct é o coeficiente de redução;
An é a área líquida (área bruta menos a área de furo(s)).
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Estrutura metálica - NBR 8800:2008 Revisão_3 (07/2015)
Parafuso Prof.: Rogério de C. P. de Andrade
O coeficiente de redução (Ct) da área líquida deve ser considerado devido a forma de
conexão da barra, sendo 1,0 quando a força de tração for transmitida diretamente para cada um dos
elementos da seção transversal da barra, por soldas e parafusos ou ambos.
Em barras com seções abertas, onde nem todos os elementos que compõem a seção estão
conectados, deve-se considerar uma redução na capacidade resistente, avaliando se a conexão é
feita somente por parafusos ou somente por soldas. Para definição do coeficiente de redução,
considera-se a excentricidade da conexão, correspondente à distância do centro geométrico da seção
da barra ao plano de cisalhamento da conexão e o efetivo comprimento da conexão , para ligações
soldadas, este comprimento é igual ao comprimento da solda na direção da força axial, na conexão
parafusada é a distância do primeiro ao último parafuso da linha de furos com o maior número de
parafusos, na direção da força axial. A figura abaixo ilustra como se deve considerar a excentricidade
da conexão.
onde:
ec é a excentricidade da conexão;
lc é o comprimento efetivo da conexão;
limitar o valor de Ct à: 0,6 ≤ Ct ≤0,9.
Para chapas planas, quando a força de tração for transmitida somente por soldas longitudinais ao
longo de ambas as suas bordas, conforme ilustrado abaixo, respeita-se as seguintes relações:
onde:
lw é o comprimento dos cordões de solda da direção da força;
b é a largura da chapa.
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Parafuso Prof.: Rogério de C. P. de Andrade
Para o estado-limite de colapso por rasgamento, a força resistente é determinada pela soma
das forças resistentes ao cisalhamento de uma ou mais linhas de falha e à tração em um segmento
perpendicular. Esse estado-limite deve ser verificado junto a ligações em extremidades de vigas com
a mesa recortada para encaixe e em situações similares, tais como em barras tracionadas e chapas
de nó. A força resistente de cálculo ao colapso por rasgamento é dada por:
onde:
Agv é a área bruta sujeita a cisalhamento;
Anv é a área líquida sujeita a cisalhamento;
Ant é a área líquida sujeita à tração;
Cts é igual a 1,0 quando a tensão de tração na área líquida for uniforme, e igual a 0,5 quando for não-
uniforme.
Situações típicas nas quais deve ser verificado o estado-limite (fonte NBR 8800:2008)
Limite de esbeltez - λ
A esbeltez de uma barra é a relação entre o seu comprimento e o raio de giração da seção
transversal. Nas peças tracionadas limita-se a esbeltez para reduzir efeitos de vibração, pois a
esbeltez não é um fator fundamental, já que a própria natureza da ação axial (tração) no elemento
proporciona retilinidade. A NBR 8800:2008 em seu item 5.2.8, recomenda que o índice de esbeltez de
elementos tracionados não supere 300, exceto para barras redondas pré-tensionadas ou outras
barras que tenham sido montadas com pré-tensão.
λ = k.L / r ≤ 300
onde:
k é o coeficiente de flambagem;
L é o comprimento da barra;
r é o raio de giração da seção transversal da barra.
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Parafuso Prof.: Rogério de C. P. de Andrade
2. Dimensionar uma cantoneira para ser usada como diagonal de uma treliça submetida à um
esforço axial de tração de 400 kN.
Admitir:
• carga em projeto (Nd);
• aço ASTM A36.
Resp.: L3” x 1/2” ou L76,2 x 12,7 (A = 17,7cm²)
3. Verifique se a cantoneira L 102x12,7 de aço ASTM A36 é capaz de suportar com segurança à
uma força axial de tração de 315 kN, sendo 65 kN de ações permanentes e 250 kN de ações
variáveis. A cantoneira possui um comprimento total de 5,0m. Considerar suas ligações
parafusadas nas extremidades conforme mostrado abaixo. Verificar ainda se a cantoneira
atende ao limite de esbeltez máximo recomendado por norma, admita o coeficiente de
flambagem igual à 1,0.
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Parafuso Prof.: Rogério de C. P. de Andrade
4. Selecionar um perfil W 200 de aço ASTM A572 Grau 50, para uma força axial de tração de
630 kN, sendo 130 kN de ações permanentes e 500 kN de ações variáveis. O elemento tem
um comprimento de 7,6m. verificar a sua resistência considerando as ligações parafusadas
nas extremidades conforme mostrado. Verificar ainda se o elemento atende ao limite de
esbeltez máximo recomendado por norma. Obs.: para efeito de cálculo admitir ec=36mm.
Resp.: W 200 x 35,9 (H)
5. Selecionar um par cantoneiras de aço ASTM A36, para uma força axial P de 550 kN, sendo
50 kN de ações permanentes e 500 kN de ações variáveis. Considerar as ligações soldadas
nas extremidades conforme mostrado. Verificar ainda se o elemento atende ao limite de
esbeltez máximo recomendado por norma. Obs.: para efeito de cálculo admitir Ct=1,0.
Resp.: L 127 x 12,7 ou L 5” x 1/2” (Nt,Rd = 1390,9 kN > Nt,Sd = 1370,9 kN)
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4 - Parafuso
A ligação é formada por um conjunto de elementos e meios de ligação que, combinados entre
si, promovem a união entre as partes de uma estrutura ou entre uma estrutura e um elemento
externo, como pilar ou uma fundação.
Os elementos de ligação são os enrijecedores, chapas, cantoneiras, consolos, etc.
As ligações devem resistir aos esforços de cálculo obtidos pela análise estrutural.
• Ligações flexíveis → são aquelas em que a rotação relativa entre os elementos ligados está
liberada;
• Ligações semi-rígidas → são aquelas em que a rotação relativa entre os elementos ligados
está parcialmente liberada;
• Ligações rígidas → são aquelas em que a rotação relativa entre os elementos ligados está
restrita;
1. Parafusos à tração;
2. Parafusos à cisalhamento
Por simplicidade, os parafusos em ligações por atrito não serão abordados nesta apostila.
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onde:
fub é a resistência à ruptura do material do parafuso;
γa2 é o coeficiente de ponderação da resistência, sendo 1,35 (NBR 8800:2008);
Ab é a área da seção transversal do parafuso;
Abe é a área efetiva da seção transversal do parafuso.
A resistência ao corte de um parafuso ou barra rosqueada com o plano de corte fora da rosca
é dado por:
onde:
fub é a resistência à ruptura do material do parafuso;
γa2 é o coeficiente de ponderação da resistência, sendo 1,35 (NBR 8800:2008);
db é o diâmetro do parafuso;
Ab é a área da seção transversal do parafuso.
Obs.:
a resistência ao cisalhamento Fv,Rd do parafuso deve ser multiplicada pelo número de planos
cisalhantes.
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Parafuso Prof.: Rogério de C. P. de Andrade
onde:
Ft,Sd é a força de tração solicitante de cálculo por parafuso;
Fv,Sd é a força de cisalhamento solicitante de cálculo por parafuso;
Ft,Rd é a força de tração resistente de cálculo por parafuso;
Fv,Rd é a força de cisalhamento resistente de cálculo por parafuso.
Esforços em parafusos:
onde:
lf é a distância da direção da força entre a borda do furo e a borda do furo adjacente ou a borda livre;
db é o diâmetro do parafuso;
t é a espessura da chapa;
fu é a resistência à ruptura do aço da chapa;
γa2 é o coeficiente de ponderação da resistência, sendo 1,35 (NBR 8800:2008).
Obs.:
a força resistente total Fc,Rd é igual à soma das forças resistentes à pressão de contato
calculadas para todos os furos.
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Parafuso Prof.: Rogério de C. P. de Andrade
1 – Determine quantos parafusos de Ø 5/8” (16 mm) em aço ASTM A325 são necessários para
suportar com segurança a carga de projeto (Nd) de 300kN.
Resp.: Adotar 4 parafusos.
Nd
2 – Determine quantos parafusos de Ø 1/2” (12,7 mm) em aço ASTM A325 são necessários para
suportar com segurança a carga de projeto (Nd) de 180kN, admitir cisalhamento simples.
Resp.: Adotar 6 parafusos.
Nd
3 – Determine quantos parafusos de Ø 5/8” (16 mm) em aço ASTM A325 são necessários para
suportar com segurança a carga de projeto (Nd) de 450kN. Adotar α = 30º.
Resp.: Adotar 8 parafusos.
Nd
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Parafuso Prof.: Rogério de C. P. de Andrade
50 75 50 50 75 50
50
50
200
50
50
Nd Nd
# 34"CH.1
(19mm) CH.2
# 38" (9,5mm)
5 – Calcular a máxima carga de serviço (N) da emenda mostrada abaixo, considerando furo padrão,
para os seguintes casos:
a) aço ASTM A36 e parafusos A307 Ø 3/4” (19mm); Resp.: N = 139,68 / 1,4 = 99,77 kN
b) aço ASTM A36 e parafusos A325 Ø 3/4” (19mm). Resp.: N = 277,68 / 1,4 = 198,34 kN
Obs.:
dimensões indicadas no desenho em milímetro;
considerar o CS (coeficiente de segurança) igual à 1,4.
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5 - Compressão
Limite de esbeltez - λ
A esbeltez de uma barra é a relação entre o seu comprimento e o raio de giração da seção
transversal. Nas peças comprimidas não deve ser superior a 200.
λ = k.L / r ≤ 200
onde:
k é o coeficiente de flambagem;
L é o comprimento da barra;
r é o raio de giração da seção transversal da barra.
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Compressão Prof.: Rogério de C. P. de Andrade
Lfl = k.L
onde:
k é o coeficiente de flambagem;
L é o comprimento da barra.
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– (Qs)
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(Qa)
(Qs)
Se (b/t)<(b/t)lim, o fator de redução Q é igual a 1,0, senão deverá ser determinado conforme o Anexo F.
h é a altura da alma;
tw é a espessura da alma.
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– (Qs)
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Para flambagem por flexão em relação ao eixo central de inércia x da seção transversal:
Para flambagem por flexão em relação ao eixo central de inércia y da seção transversal:
onde:
KxLx é o comprimento de flambagem por flexão em relação ao eixo x;
Ix é o momento de inércia da seção transversal em relação ao eixo x;
KyLy é o comprimento de flambagem por flexão em relação ao eixo y;
Iy é o momento de inércia da seção transversal em relação ao eixo y;
KzLz é o comprimento de flambagem por torção em relação ao eixo longitudinal z;
E é o módulo de elasticidade do aço (E=200.000 MPa);
Cw é a constante de empenamento da seção transversal.
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Fator de redução - χ
onde:
Ne é a força axial resistente de flambagem elástica.
A norma NBR 8800:2008 apresenta um gráfico para consulta rápida do valor do fator de
redução à resistência à compressão para casos em que o índice de esbeltez reduzido não supere
3,0.
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A força axial solicitante de cálculo Nc,Sd é a resposta da análise estrutural considerando todos
os possíveis estados-limite que a estrutura poderá estar submetida durante sua vida útil. A força axial
resistente à solicitação axial de compressão, associada aos estados-limite de instabilidade por flexão,
torção ou flexo-torção e de flambagem local, deve ser determinada pela equação abaixo:
onde:
χ é o fator de redução da resistência;
Q é o fator de redução total associado à flambagem local;
Ag é área da seção transversal da barra;
fy é a tensão de escoamento do aço;
γa1 é o coeficiente de ponderação da resistência, sendo 1,1 (NBR 8800:2008).
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Estrutura metálica - NBR 8800:2008 Revisão_3 (07/2015)
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2. Verificar a capacidade resistente à compressão do perfil laminado W 200 x 35,9 (H) de aço
ASTM A572 Gr.50, sabendo que o elemento estrutural tem um comprimento de 6,0m e ambas as
extremidades estão rotuladas.
Resp.: Nc,Rd = 329,66 kN
3. Verificar a capacidade resistente à compressão do perfil indicado abaixo em aço ASTM A500
Gr.A, sabendo que o elemento estrutural tem um comprimento de 10,0m, estando engastado em
uma extremidade e livre na outra.
Resp.: Nc,Rd = 596,33 kN
Lx = Ly
D = 323,8 mm
t = 12,7 mm
A = 124,0 cm²
rx=ry = 11,0 cm
Ix=Iy = 15.040,0 cm4 Esquema estrutural
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Compressão Prof.: Rogério de C. P. de Andrade
4. Selecione um tubo redondo de aço ASTM A500 Gr.A, para uma força axial de compressão de
250 kN, sendo 100 kN de ações permanentes e 150 kN de ações variáveis, sabendo que o
elemento estrutural tem um comprimento de 8,0m e ambas as extremidades estão rotuladas.
Resp.: Ø 168,3 x 11 (Nc,Rd = 419,1 kN > Nd = 375,0 kN)
Lx = Ly
Esquema estrutural
Ly = 3,0m
Esquema estrutural
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6 - Flexão
As vigas tem por finalidade suportar cargas perpendiculares ao seu eixo longitudinal e os
perfis mais utilizados para vigas são os perfis de seção I e U. Como na maioria dos casos as cargas
são aplicadas no plano da alma do perfil, produzem assim flexão em relação ao eixo de maior
momento de inércia do perfil (eixo X-X).
A resistência à flexão de vigas é definida pelo menor dos valores das verificações:
FLA – flambagem local da alma → redução da resistência à flexão devido à perda da estabilidade
das chapas comprimidas do elemento.
FLM – flambagem local da mesa → redução da resistência à flexão devido à perda da estabilidade
das chapas comprimidas do elemento.
FLT – flambagem lateral com torção → redução da resistência à flexão devido à perda de equilíbrio
no plano principal de flexão, apresentando deslocamentos laterais e rotações de torção.
Como na prática, a maior parte das vigas são adequadamente contidas lateralmente pela laje
de concreto ou outros dispositivos (stud bolt, perfil U, cantoneira), o estado limite de flambagem
lateral da mesa comprimida (FLT) não precisa ser considerado, no entanto devemos limitar a
distância entre pontos de contenção lateral (Lb), de acordo com NBR 8800:2008 a distância máxima
entre pontos de contenção lateral para que a viga seja considerada contida lateralmente é:
onde:
ry é o raio de giração em torno do eixo y;
E é o módulo de elasticidade do aço (E = 200.000 MPa);
fy é a tensão de escoamento do aço.
Contenção lateral continua da mesa superior por Contenção lateral pontual da mesa superior por
meio de embutimento da mesa superior na laje. meio de vigas secundárias.
Contenção lateral continua da mesa superior por Contenção lateral continua da mesa superior por
meio de stud bolt. meio de stud bolt.
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Em nosso estudo de vigas submetidas à flexão será considerado que a mesa comprimida
estará integralmente contida pela laje de concreto e com isso a flambagem lateral da mesa
comprimida (FLT) não irá ocorrer antes da seção atingir a resistência ao momento fletor, pois neste
caso em que a viga possui contenção lateral completa, o único estado limite que pode impedir que a
viga atinja a sua resistência máxima ao momento fletor é a flambagem local da mesa (FLM) ou
flambagem local da alma (FLA). A distribuição das tensões em um perfil I sujeito ao aumento gradual
do momento fletor é mostrado abaixo:
A NBR 8800:2008 classifica as seções quanto a flambagem local em: compacta, semi-
compacta e esbelta. A seção é dita compacta quando pode atingir a plastificação total antes de
qualquer outra instabilidade.
Perfil laminado:
FLM bf / 2.tf
Perfil soldado:
FLA h / tw
h é a altura da alma;
tw é a espessura da alma.
σr = 0,3.fy (tensão residual)
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O momento fletor resistente de cálculo para os estados limites de flambagem local das mesas
(FLM) e flambagem local da alma (FLA), de seções I e U, fletidas em relação ao eixo de maior inércia,
contidas lateralmente (Lb ≤ Lp) é dado por:
Mpl = Z.fy
Mr = W.0,7.fy
onde:
W módulo de resistência elástico;
Z módulo de resistência plástico;
fy é a resistência do aço ao escoamento;
Mpl é o momento fletor de plastificação da seção transversal
Mr é o momento fletor correspondente ao início do escoamento, incluindo a influência das tensões
residuais em alguns casos;
λp é o parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação;
λr é o parâmetro de esbeltez correspondente ao início do escoamento;
Obs.: a resistência ao momento fletor (Rmd) não pode ser maior do que 1,5W.fy / 1,1, sendo W o
módulo resistente elástico mínimo da seção, ainda que se obtenha um valor maior de Mpl através do
estudo da FLM, FLA e FLT.
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Deslocamentos
δser ≤ δlim
onde:
δser → representa os valores dos deslocamentos, obtidos com base nas combinações de serviço.
δlim → representa os valores limites estabelecidos por norma.
Caso o deslocamento δser para a combinação de serviço adotada seja maior que o
deslocamento limite δlim previsto para o elemento, existe a possibilidade de dar uma contra-flecha na
viga, limitada ao valor da flecha devido à carga permanente. Outro indicador importante para a
deformação de vigas é a relação vão / altura do perfil, que para atender o limite de deformação
normal para uma viga de piso varia normalmente entre 15 e 20.
Segue abaixo alguns casos de carregamento para o cálculo da deformação máxima atuante em vigas
simplesmente apoiadas. Podem-se somar os efeitos de dois ou mais carregamentos, desde que seja
sempre na mesma seção de viga.
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1 – Calcular o momento fletor resistente de projeto para o perfil W530x66 em aço ASTM A572 Gr.50,
com contenção lateral contínua.
Resp.: MRd = 488,65 kN.m
2 – Calcular o momento fletor resistente de projeto para o perfil W250x17,9 em aço ASTM A572
Gr.50, com contenção lateral contínua.
Resp.: MRd = 65,39 kN.m
3 – Selecionar um perfil conforme solicitado abaixo para uma viga de piso simplesmente apoiada com
um vão de 11m. A carga uniforme Q=16 kN/m é composta de ações permanentes Qcp=6 kN/m e
ações variáveis Qca=10 kN/m. Admitir a viga contida lateralmente pela laje de concreto.
a) perfil laminado tipo W em aço ASTM A572 Gr.50; Resp.: W 530 x 85
b) perfil soldado tipo VS em aço ASTM A36. Resp.: VS 550 x 75
Qcp=6kN/m
Qca=10kN/m
11,0m
4 – Verifique se o perfil indicado abaixo para a viga é capaz de suportar com segurança a carga
uniformemente distribuída Q=50kN/m, sendo composta de ações permanentes Qcp=20kN/m e ações
variáveis Qca=30kN/m. Admitir a viga contida lateralmente pela laje de concreto.
Resp.: O perfil indicado (W 410 x 46,1) não atende por conta de sua flecha atuante ser
superior a flecha admissível por norma (δadm=1,71cm < δatuante=2,69cm).
Qcp=20kN/m
Qca=30kN/m
6,0m
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V3
Legenda:
► - ligação engastada;
5000
O - ligação rotulada;
- sentido de apoio da laje pré-moldada.
V1 V2 V2 V1
V3
7500
Resp.:
V1 = W 310 x 21
V2 = W 310 x 32,7
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7 - Bibliografia
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Catálogos e anexos Prof.: Rogério de C. P. de Andrade
8 – Catálogos e anexos
Catálogos:
8.1. Perfis I e H (Gerdau AÇOMINAS)
8.2. Cantoneiras simples
8.3. Cantoneiras opostas pelo vértice
8.4. Cantoneiras lado a lado
8.5. Perfil U – laminado
8.6. Perfil Ue – dobrado
8.7. Perfil tubular quadrado
8.8. Perfil tubular retangular
8.9. Perfil tubular redondo
8.10. Perfis soldados (CS, CVS e VS)
Anexos:
8.11. NBR6120 (1980) - Cargas para o cálculo de estruturas de edificações
8.12. Tabela de conversão de polegadas para milímetros
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