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10. Descreva o processo de obtenção do alumínio a partir da alumina obtida no processo anterior.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MATERIAIS
MTR 0353 – Fundamentos de Metalurgia – Prof. Mauricio M. Peres
1. Segundo Arthur Littlhe (1915), operações unitárias são etapas fundamentais em que
se divide um processo químico, operando de forma sistémica numa linha de produção
industrial. Tratamento é um conjunto de operações unitárias a que se submete o ROM
com o intuito de adequá-lo às especificações de mercado (cadeia produtiva). As
operações unitárias de tratamento de minérios são:
1- Cominuição ou Fragmentação
Britagem
Moagem
2- Separação por tamanho ou Classificação
Peneiramento
Classificação
3- Concentração
Gravítica
Magnética
Electroestática
Flotação
1.1.Cominuição ou fragmentação
Também chamada de fragmentação, é a etapa de tratamento de minérios onde a rocha
de interesse económico (minério) sofre redução de tamanho, de forma controlada e
visando um objectivo pré-determinado. É a Operação Unitária que promove a redução dos
corpos a partículas ou fragmentos de pequenas dimensões, utilizando, para isso, meios
adequados à natureza da substância que se pretende dividir.
1.1.1. Objetivo da cominuição
Permitir o fácil manuseio e transporte do minério
Liberação dos minerais valiosos para operações posteriores
Adequar a granulometria do produto final
A cominuição pode ser feita por duas etapas: a britagem e a moagem.
1.1.2. Britagem
Britagem é a operação de redução de tamanho de partículas maiores (acima de ¾
polegadas), sendo a primeira operação de cominuição. Os circuitos de estágios de
britagem são:
Britagem primária; Britagem secundária; Britagem terciária; e por vezes Britagem
quaternária.
1.1.2.1. Britagem primária
É usualmente o primeiro estágio de fragmentação do minério que vem da mina.
Atualmente há quatro tipos de britadores utilizados para a britagem primária:
Britador de mandíbulas; Britador giratório; Britador de impacto; Britador de rolo dentado.
1.1.2.2. Britagem secundária
Britagem secundária engloba genericamente as operações de britagem subsequentes a
britagem primária. Os britadores actualmente utilizados para britagem secundária são:
Britador de Mandíbulas; Britador Giratório; Britador de Cone; Britador de Impacto; Britador
de Rolos Lisos.
1.1.2.3.Britagem terciária
Em geral é o último estágio de Britagem, no entanto, existem usinas com mais de três
estágios, sendo que este fato está ligado às características de fragmentação do material
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S + O3 → SO2
Esse processo gera um gradiente de temperatura que vai desde 1 550 °C na base do
forno até 300°C no topo dele. O metal que sofre redução sai pela parte inferior com
impurezas e este produto primário é que chamamos de ferro gusa. O metal líquido no
cadinho é então vazado em carro torpedo ou derramado
em lingoteiras para solidificar é retirada de forma separada da escoria e a sílica contida é
removida com o uso de um fundente. No topo do forno saem os gases ricos em CO e que
podem ser aproveitados na geração de energia.
Produtos Resultantes:
-Ferro Gusa;
-Escória (óxidos);
-Poeira (cinzas);
-Gases (CO2)
Normalmente varia entre 70% para grandes conversores produzindo aços baixo carbono;
a 85 a 90% para pequenos conversores produzindo aço de alto carbono. O gusa é vazado
do alto forno a uma temperatura de aproximadamente 1450ºC, até chegar a estação de
gusa na aciaria há uma perda de 135ºC. Dentre os elementos indesejáveis presentes no
gusa líquido, o mais problemático é sem duvida, o enxofre. Durante o refino oxidante, a
reação de dessulfuração é prejudicada, e o aço no final de sopro contém cerca de 60% do
enxofre carregado. Assim, a produção de aços com teores de enxofre da ordem de
0,015% exigiria a utilização de um gusa líquido com teor na faixa de 0,015 a 0,025%.
Observa-se, entretanto, que a obtenção de um gusa liquido com teores de enxofre no
alto-forno reduz bastante a produtividade desse equipamento, tornando essa operação
antieconômica, quando comparada aos menores custos envolvidos no tratamento de
dessulfuração do gusa feito no próprio carro torpedo. O teor de enxofre tolerado nos aços
é de no máximo de 0,05%. A presença dessa impureza é facilmente notada ao
microscópio, pois forma inclusões de sulfeto que são visíveis mesmo antes de qualquer
ataque. O enxofre combina-se com o manganês e com o ferro formando sulfeto de
manganês (MnS) e sulfeto de ferro (FeS). O de manganês solidifica-se a 1600ºC e o de
ferro a 1000ºC no eutético com o ferro. Como o enxofre tem maior afinidade com o
manganês do que com o ferro, na solução sólida dos dois sulfetos haverá predominância
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Terminada a fusão, normalmente se deseja que o teor de carbono no aço esteja 0,25%
acima do teor da análise final desejada para que, com a evolução de CO decorrente da
oxidação do carbono
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4. Processos de redução direta são aqueles nos quais a redução do minério de ferro a
ferro metálico é efetuada sem que ocorra, em nenhuma etapa do processo, a fusão
da carga no reator. A redução no estado sólido de minério de ferro por carvão e
praticada desde a antiguidade, tendo sido o principal processo de obtenção de ferro
ate o desenvolvimento dos altos fornos. Assim, o produto metálico e obtido na fase
solida, sendo chamado de ferro esponja. Ferro esponja produto metálico com 85-95%
de ferro e de 0,1-1,0% de C (podendo chegar a 2,0%).Tem aspecto esponjoso. Obtido
no estado solido a temperatura em torno de 1100°C, a preços relativamente reduzidos
se comparado a grandes siderúrgicas.
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A) Fundentes são materiais com elevado teor de álcalis, o principal objetivo, na adição de
materiais fundentes, é a eliminação da ganga do minério de ferro. Essa mistura de
fundente, ganga (impurezas) e cinzas do carvão resulta no que chamamos de escoria
uma espécie de massa fundida insolúvel e menos densa que a mate.
B) Os fundentes mais usados são: Óxido de Cálcio: É um fundente secundário de alta
temperatura. O óxido de cálcio é introduzido na forma de carbonato de cálcio ou calcita.
Óxido de Magnésio: Este óxido é um fundente secundário de alta temperatura e é
introduzido como carbonato de magnésio. Quando os óxidos de magnésio e cálcio são
requeridos em um vidrado, podem ser introduzidos na forma de dolomita.
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filtrada e calcinada, num forno rotativo de forma tubular, a cerca de 1.200°C, obtendo-
se como produto final a alumina Al2O3, com 99,5 a 100% de óxido de alumínio.
10. Alumínio a partir da alumina: redução por Eletrólise Ígnea (processo Hall-Héroult)
A etapa seguinte é a eletrólise da alumina (redução da alumina). Devido à grande
afinidade do alumínio com o oxigênio, não é possível reduzir a alumina pelos redutores
usuais, carbono e óxido de carbono. Recorre-se então o processo eletrolítico, em que o
banho eletrolítico é constituído de “criolita”, que consiste em um fluoreto de sódio e
alumínio (AlF3, 3NaF). Neste banho de criolita, coloca-se a alumina em solução. Em
outras palavras, o eletrólito atua como fundente e dissolve o óxido de alumínio. O
catodo corresponde ao fundo da célula eletrolítica e ao alumínio que se forma
paulatinamente, o anodo é constituído de eletrodos de carbono. A operação é realizada
a cerca de 950°C. O alumínio deposita-se no fundo e é retirado periodicamente. Sua
pureza varia de 99,4 a 99,85%, sendo o silício e o ferro as principais impurezas.
Resumindo:
1-A alumina é dissolvida em um banho de sais fundido em baixa tensão, decompondo-
se em oxigênio e alumínio metálico líquido;
2 -O oxigênio se combina com o ânodo (+) de carbono, desprendendo-se na forma de
dióxido de carbono
3 –O Alumínio líquido se precipita no fundo da cuba eletrolítica (Catodo -);
3 -O metal líquido (Alumínio Primário) é transferido para a refusão em fornos de
cadinhos para o ajuste das composições;
4 –Em são produzidos os lingotes e as placas (Ligas de Al) e os tarugos (Alumínio
Primário).
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