1# DIMENSIONAMENTO DE ARMADURA A FLEXÃO:

Uma estrutura nunca possui a precisão desejada em seus elementos estruturais,

gerando um momento devido a isso. Ou seja, em um elemento estrutural sempre
teremos a presença de momento fletor, mesmo que seu valor seja pequeno a ponto
de não ser considerado para efeito de cálculo.
Com base nisso, temos a importante tarefe de saber dimesionar os elemetos a esse
esforço, dimensionar a flexão.

Os modelos de flexões são diversos, sendo:

a) Flexão normal (simples ou composta):

É aquela que ocorre quando o carregamento está perpendicular a linha neutra da
seção.

b) Flexão oblíqua (simples ou composta):

É aquela que ocorre quando o carregamento não está perpendicular a linha
neutra da seção.

c) Flexão simples:
É aquela que não temos a presença de esforço normal na seção (N=0).

d) Flexão composta:
É aquela que possui a presença de esforço normal na seção (N≠0).

e) Flexão pura:
É aquela que não possui esforço cortante na seção (V=0).

f) Flexão não pura:

É aquele que possui esforço cortante na seção (V≠0).

Inicialmente iremos tratar das vigas e lajes, as quais iremos considerar o esforço
normal e cortante desprezível.

1.1# PROCESSO DE COLAPSO DE VIGAS SOB TENSÕES NORMAIS:

Imagine uma viga pura, sem qualquer tipo de aço em sua composição, e agora
iremos colocar um esforço normal crescente sob esse elemento. A medida que a
carga aumenta, a viga irá demonstrar seu comportamento de ruptura.
 O momento fletor crescente irá fazer com que o concreto passe por três etapas,
sendo elas: estádio 1, estádio 2 e estádio 3.

a) Estádio 1 (estado elástico):

É a viga que quando submetida a um momento fletor (M1) não ultrapassa a
resistência a tração do concreto (ftk), nesse caso não temos fissuras visíveis no
concreto.

b) Estádio 2 (estado de fissuração):

É a viga que quando submetida a um momento fletor (M2) ultrapassa a
resistência a tração do concreto (ftk), nesse caso temos fissuras visíveis no
concreto.
Apartir daqui, o aço que resiste totalmente ao esforço de tração.

c) Estádio 3 (estado limite último):

É a viga que quando submetida a um momento fletor (Mu) chega a um valor
próximo a da sua ruína, chegando ao limite da sua resistência a compressão.

Em situações normais o limite que um elemento estrutural pode trabalhar fica

entre o estádio 1 e estádio 2 (ELS - Estado de Limite de Serviço). Agora, o estádio 3
deve ser evitado a todo o custo na estrutura (ELU - Estado de Limite Último).

1.2# HIPÓTESES NECESSÁRIAS PARA O CÁLCULO:

Segundo a norma NBR 6118/2014 temos de considerar uma séria de definições

antes de iniciarmos os cálculos.
1. As seções transversais do elemento devem permanecer planos após o inicio da
deformação.
2. Solidariedade dos materiais.
3. Tensão de tração do concreto devem ser desprezadas.
4. A ruína do elemente será baseada na deformação específica do concreto na fibra
menos tracionada (εc) e do aço na fibra mais tracionada (εs) provocada por cargas
majoradas e resistências minoradas (fcd e fyd).
fck fck
fcd ≔ ―― fyd ≔ ――
γc γs
Com:
Situação normal: yc = 1,4 e ys = 1,15.
Situação especial/construção: yc = 1,2 e ys = 1,15.
Situação excepcionais: yc = 1,2 e ys = 1,00.
5. O encurtamento última (máximo) são εc2 (deformação específica de
encurtamento do concreto no início do patamar plástico) e εcu (deformação
específica de encurtamento do concreto na ruptura), sendo eles definidos por:

x Para concreto do grupo 1:

εc2 = 2‰ = 0,2%.
εcu = 3,5‰ = 0,35%.

x Para concreto do grupo 2:

εc2 = 2‰ + 0,085‰ x (fck-50)^(0,53)
εcu = 2,6‰ + 35‰ x [(90-fck)/100]^(4)
6. O alongamento último (máximo) é εcu=εsu (deformação específica de
alongamento último do aço), sendo eles definidos por:

εcu = εsu = 10,0‰

7. Para o concreto devemos adotar uma tensão máxima com base no retangulo de
tensões, sendo ele determinado por uma área σmáx*y:

Com:

- σmáx = α*fcd
-y=λ*x

Ainda, α :

- P/ concreto grupo 1:
α = 0,85.
- P/ concreto grupo 2:
α = 0,85*(1-(fck-50)/200).

Ainda, λ :

- P/ concreto grupo 1:
λ = 0,8.
- P/ concreto grupo 2:
λ = 0,8 - (fck - 50)/400