Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
-> Compreender a importância da família como cuidadora ao longo do ciclo vital; Compreender
a transição para a parentalidade; Analisar a problemática do planeamento familiar; Adquirir
conhecimentos no âmbito da gravidez, parto e puerpério; Desenvolver competências que
permitam a prestação de cuidados gerais à grávida, puérpera e recém-nascido; Problematizar
as intervenções de enfermagem no âmbito da promoção de saúde infantojuvenil; Analisar os
principais problemas de saúde infantojuvenis em contexto comunitário; Analisar o plano
nacional de vacinação; Conhecer recursos legais e institucionais na parentalidade.
Parentalidade (Parenting)
->Do latim transitione, significa ato, efeito ou modo de passar lento e suavemente de um
lugar, estado ou assunto para outro; passagem.
…transição não é mais uma palavra sinónimo de mudança, é, antes, o processo que envolve a
adaptação à nova situação, de forma a incorporar a mudança na vida. (Briges, 2004; Kralik,
Visentin & van Loon, 2006)
Assistir o indivíduo, a família ou a comunidade a lidar com as transições que afetam a sua
saúde emerge como um desafio para os enfermeiros antes, durante e após um evento
gerador de mudança (Meleis et al., 2000; Meleis, 2010).
As transições são resultado e resultam em modificações nas vidas, na perceção sobre o estado
de saúde, nas relações interpessoais e com o ambiente.
Definição: o conjunto de respostas, ao longo do tempo, moldadas pelas condições pessoais e
ambientais, pelas expectativas e perceções dos indivíduos, pelos significados atribuídos a essas
experiências, pelos conhecimentos e habilidades na gestão das modificações, bem como pelo
impacto destas modificações no nível de bem-estar. (Meleis & Trangenstein, 1994; Meleis et
al., 2000)
Transição parental
Família: contexto da transição parental
Todas as pessoas têm direito, independentemente do estado civil. Os jovens podem aceder a
qualquer consulta de PF, ainda que o façam em Centro de Saúde ou Serviços Hospitalares que
não sejam da área da sua residência (Lei n.º 120/99, de 11 de Agosto).
Dados a valorizar: Constituição da família; Intervalo entre o nascimento dos filhos; Intenção de
engravidar; História de gravidez não planeada; Uso de contracetivos; Conhecimento sobre uso
de contracetivos; Capacidade para usar contracetivos; Autoeficácia para usar contracetivos;
Significado atribuído ao uso de contracetivos.
▪ Constituição da família (dado de contexto)-> Família constituída apenas pelo casal; Família
constituída por casal e um filho; Família constituída por casal e dois ou mais filhos; Grupo de
pessoas que coabita e que consiste em mais do que apenas os pais e os filhos; Família
constituída por figura parental única; mãe, pai ou outro cuidador e presença de uma ou mais
crianças ou outros dependentes.
▪ Conhecimento sobre uso de contracetivos: necessita ser melhorado para progredir para a
mestria, mas não é o momento próprio para intervir; necessita ser melhorado para progredir
para a mestria; é o momento próprio para intervir; facilitador
▪ Autoeficácia para usar contracetivos: necessita ser melhorada para progredir para a mestria,
mas não é o momento próprio para intervir; necessita ser melhorada para progredir para a
mestria; é o momento próprio para intervir; facilitadora
Modos de uso:
Modo de uso:
->Iniciar no 1.º dia do ciclo ou até ao 5.º dia da menstruação, mas pode ser iniciada em
qualquer dia do ciclo utilizando um método adicional nos primeiros 7 dias seguintes;
-> Tomar o comprimido diariamente e à mesma hora, recomeçar nova embalagem sem
interrupção;
Modo de uso:
->Iniciar o método até ao 5.º dia da menstruação, aplicando o adesivo nas nádegas, dorso,
abdómen ou noutro local limpo e seco (não deve ser colocado sobre as mamas, em zonas
eritematosas da pele ou com escoriações; não colocar sempre no mesmo local para evitar
irritação da pele; se falha na aderência na pele, substituir por outro).
->Retirar e substituir o adesivo a cada 7 dias, durante 3 semanas, seguindo-se uma semana de
intervalo sem a sua aplicação. Durante a semana de utilização, o adesivo nunca deve ser
retirado, nem mesmo durante o banho.
Anel flexível e transparente de acetato de vinil etileno com 54mm de diâmetro e uma
espessura de 4mm. Contém 11,7 mg de etonogestrel + 2,7 mg de etinilestradiol.
[Se a mulher o desejar, o anel pode ser retirado antes da relação sexual. Neste caso, ou se o
anel tiver sido expulso, deve ser lavado com água, fria ou morna, e recolocado. Não deve ser
retirado por mais de 3 horas.]
Modo de uso:
• Injeção intramuscular profunda, até ao 7.º dia do ciclo e repetida de 12 em 12 semanas. Não
massajar o local da injeção (pode acelerar a absorção e diminuir o período de efetividade).
Modo de uso:
Inserção (subcutânea) e remoção: executado por um profissional treinado para o efeito. [Os
profissionais não devem recusar ou protelar a remoção do implante quando esta for solicitada,
qualquer que seja o motivo apresentado.]
• Exige exame uterino, com especial atenção para o tamanho, forma, posição e mobilidade do
útero e anexos.
Nota: Podem utilizar o DIU as mulheres infetadas com VIH ou SIDA sob terapêutica antiviral,
mas não as mulheres com SIDA que não tomam antivirais ou não estão clinicamente bem.
Preservativo masculino
Modo de uso:
• Se for necessário o uso de lubrificantes, utilizar lubrificantes aquosos, como o ‘Play gel’ ou
‘KY-gel’; não utilizar lubrificantes oleosos, como a vaselina ou o visco-gel;
• A utilização simultânea de cremes vaginais contendo ‘Miconazol’ ou ‘Econazol’ pode
danificar o preservativo.
Colocação: 1. Abrir a embalagem com cuidado para não danificar o preservativo 2. Colocar o
preservativo com o pénis em ereção e antes de qualquer contacto pénisvagina 3. Aplicar o
preservativo sobre a glande, assegurando-se de que o reservatório não fica insuflado;
empurrar o anel do preservativo, desenrolando-o até a base do pénis 4. Retirar logo após a
ejaculação. Dar um nó na extremidade aberta do preservativo e deitar fora num local
conveniente.
Preservativo feminino
Modo de uso:
• O preservativo feminino tem a forma de um tubo, é feito à base de nitrilo (substância
semelhante ao látex) e tem um anel em cada uma das extremidades;
• É colocado no interior da vagina, pode ser inserido até 8 horas antes da relação sexual.
Colocação: 1. Segurar no preservativo estreitando o anel interior com os dedos indicador e
polegar. 2. Com a outra mão, afastar os pequenos lábios enquanto introduz o preservativo
profundamente na vagina (assegurar-se que o anel exterior permanece fora da vagina,
cobrindo os pequenos lábios).
Diafragma
Espermicida
Modo de uso:
• Os espermicidas podem ser apresentados sob a forma de creme, espuma, esponja, cones ou
comprimidos vaginais;
• Sempre que ocorra nova relação sexual, deverá ser feita uma aplicação adicional de
espermicida;
Tipos:
1-Calendário
->A mulher tem uma ovulação por mês, 14 dias antes da menstruação seguinte;
->O óvulo é viável entre 1 a 3 dias após a ovulação e o espermatozoide pode fecundá-lo 3 a 5
dias após a ejaculação.
Considerando a duração dos ciclos menstruais anteriores (pelo menos 6 ciclos), calcula-se o
período fértil subtraindo:
->11 dias ao número de dias do ciclo mais longo, e 18 dias ao número de dias do ciclo mais
curto.
Este método identifica o fim do período fértil-> abstinência de relações sexuais vaginais desde
a menstruação até ao 3.º dia de temperatura “elevada” mantida, indicando que terá sido
ultrapassado o período fértil.
Procedimento:
▪ Avaliar a temperatura em repouso – após pelo menos 5-6 horas de sono, antes de levantar.
[Realizar desde o primeiro dia da menstruação até o dia em que a temperatura se elevar por 3
dias consecutivos]
É a observação diária do muco e da evolução das suas características que permitirá à mulher
identificar os dias férteis.
O período fértil inicia-se no 1.º dia em que o muco se torna filante e transparente,
prolongando-se pelo menos 3 dias após a filância máxima.
Procedimento:
Interpretação: Na fase não fértil o muco tem pouca elasticidade quando distendido entre os
dois dedos. No período de fertilidade máxima a elasticidade pode atingir os 15 a 20 cm.
Método sintotérmico
O período fértil inicia-se logo que sejam avaliáveis secreções vaginais, terminando no 4.º dia
após a filância máxima do muco cervical e depois de ultrapassado o 3.º dia de subida da
temperatura basal.
Fiabilidade de interpretação:
▪ Método da temperatura basal - se a mulher tiver alguma doença, como uma constipação ou
virose, o padrão de temperatura corporal altera-se, tornando impossível retomar a linha basal,
ou saber se o aumento de temperatura é devido à ovulação ou à febre;
▪ Método do muco cervical – se existir corrimento devido a infeção cervical ou vaginal pode
existir interpretação incorreta.
Condições de sucesso:
Aconselhamento pré-concecional…
Contudo, será necessário contemplar, também, a participação dos homens nas questões de
saúde sexual e reprodutiva, não apenas como interlocutores daquelas, mas enquanto
verdadeiros parceiros nestes domínios e, como tal, sujeitos de igual intervenção.’
->Dieta: algumas recomendações específicas- ter atenção à ingestão de peixe (metais pesados,
ex. mercúrio), recomendação de ingerir 4 mg/dia de ácido fólico 2 a 3 meses antes de
engravidar (reduz o risco de o embrião desenvolver defeitos do tubo neural, como por ex.
espinha bífida, em 50- 70%). Pode ser encontrado nos alimentos: vegetais verde escuro,
citrinos;
->Padrão de sono e repouso: A falta de sono e repouso tem efeitos negativos a vários níveis:
hormonas, memória, humor, digestão, alerta, concentração, função imunitária e reparação
celular. A falta de sono e repouso leva a que as hormonas (leptina*, estrogénio, progesterona,
FSH, LH e hormonas de stress) comprometam a fertilidade. (*proteína secretada pelos
adipócitos e que age no sistema nervoso central (SNC) promovendo menor ingestão alimentar
e aumentando o metabolismo energético. Aumenta a produção à noite. Estimula a ovulação).
Em média, uma mulher entre os 30-60 anos dorme 6 horas durante a semana quando
necessitaria de 7 a 9 horas. Para melhorar hábitos de sono: criar uma rotina para dormir e
mantê-la, evitar trabalhar ou usar computador 1 hora antes de dormir; evitar ingerir bebidas
com cafeína a partir da tarde (17h); beber um chá morno e calmante antes de dormir; não ver
televisão no quarto.
->Tabaco: O fumo do tabaco diminui a fertilidade, tanto na mulher como no homem – existe
relação entre o tabaco e a redução da quantidade e da qualidade dos espermatozoides e dos
ovócitos; Está associada a aborto, sangramento vaginal, a gravidez ectópica; Devido à
diminuição da perfusão placentar, os recém-nascidos são de baixo peso; Após o nascimento, a
criança tem maior probabilidade para ter problemas mentais e comportamentais.
->Cafeína: As mulheres que ingerem mais do que 250/300 mg de cafeína diariamente têm
mais dificuldade em engravidar, maior risco de aborto e ligeira diminuição do peso ao nascer;
nos homens, a cafeína de bebidas como a coca cola está relacionado com infertilidade.
Pré-termo: gravidez que atingiu as 20/22 semanas, mas não completou as 37 semanas;
Pós-termo: gravidez que ultrapassou as 42 semanas.
Gravidez
Processo:
Diagnóstico de gravidez
Sentir-se grávida
Mamas:
Útero: forma
Vagina e vulva:
Sistema cardiovascular:
Composição do sangue
“Anemia” fisiológica-> valores: hemoglobina menos de 10 g/dl; hematócrito menor que 35%
[Valores normais: 12 a 16 g/dl; valores normais: 37-47%]
• A compressão das veias ilíacas e da veia cava inferior pelo útero provoca um aumento da
pressão venosa e a diminuição retorno venoso nos membros inferiores -> edemas, varizes,
(pernas e vulva) e hemorroides;
• Entre as 14 e as 20 semanas de gestação, o pulso ↑ 10-15 pulsações/ minuto, mantendo-se
assim até ao final da gravidez;
• Pressão sangínea => ↓ na primeira metade da gravidez (5 a 10 mmHg), depois normaliza.
Este valor pode variar: em função da posição da grávida durante a avaliação (mais elevada em
posição sentada); é intermédia em posição dorsal; e mais baixa em posição lateral.
Sistema respiratório:
• FR ↑
Sistema urinário:
• ↑ do volume sanguíneo;
↑ suscetibilidade à
infeção urinária
…melhora em decúbito lateral -> ↑ a perfusão renal => ↑ débito urinário e ↓ edemas
…piora com o decúbito dorsal -> o útero comprime a veia cava e a aorta => ↓ débito cardíaco
Sistema gastrointestinal
Sistema tegumentar
Linha negra – pigmentação mediana que se estende desde a sínfise púbica até ao fundo do
útero;
Estrias gravídicas – refletem separações das fibras de tecido conjuntivo (colagénio) nas
camadas inferiores da pele; pode produzir prurido; tem carácter hereditário; têm coloração
variada (50-90% das grávidas).
Embrião (da conceção às 9/12 semanas) e Feto (das 9/12 semanas até ao final da gravidez)
Tem como funções: ajuda a manter a temperatura corporal fetal constante; fonte de líquido
para ingestão oral e como reservatório de excreções; amortece os traumatismos; permite
liberdade de movimentos para o desenvolvimento músculo-esquelético fetal.
• O feto urina para o líquido amniótico, o que faz aumentar o seu volume;
Atua como uma glândula endócrina, que produz as hormonas necessárias à manutenção da
gravidez. Constituída por cotilédonos (15-20).
A 1ª semana
5ª semana -> A zona que dará origem ao cérebro e tubo neural começa a desenvolver-se. O
coração diferencia-se em quatro camaras.
10ª semana-> Desenvolve-se a cara e o pescoço. A maioria dos órgãos estão formados. O
esqueleto está formado. Os músculos continuam a desenvolver-se. Os dedos das mãos e pés
estão completamente formados. Os batimentos cardíacos já são audíveis com Doppler. Os
movimentos respiratórios são visíveis na ecografia.
12ª semana-> O feto começa a deglutir, o rim começa a produzir urina e o sangue começa a
formar-se na medula óssea. Já mexe o corpo todo e muda de posição. O sexo da criança pode
ser claramente identificado ecograficamente.
14ª a 16ª-> A cabeça está ereta e os braços e pernas desenvolvidos. A pele parece
transparente. Uma fina camada de penugem começa a crescer na cabeça. Os movimentos
tornam-se mais coordenados.
16ª a 18ª-> Os dedos conseguem agarrar. Já se mexe com vigor apesar da mulher ainda não
conseguir sentir os movimentos. A placenta está completamente formada.
18ª a 20ª-> Os órgãos e estruturas estão formados e o período de crescimento começa. A pele
está coberta de vernix (substância gorda produzida pelas glândulas sebáceas, que protege a
pele). Iniciam-se os movimentos respiratórios, mas o pulmão ainda não permite a
sobrevivência extrauterina. Nesta fase a mãe já sente os movimentos do feto.
22ª a 24ª-> O feto consegue ouvir e reage ao som; consegue distinguir o paladar. O feto
começa a ganhar peso pela acumulação da primeira camada de gordura sob a pele. As
mudanças no desenvolvimento pulmonar permitem a sobrevivência, com sequelas e em
cuidados intensivo.
24ª a 26ª-> O feto reage aos estímulos sonoros internos e externos. Os movimentos tornam-se
mais vigorosos. Os pulmões continuam a desenvolver-se. Já dorme e acorda. Pele mais rosada
e coberta de penugem. Nesta altura, 8 em 10 crianças já consegue sobreviver fora do útero
materno (com cuidados intensivos).
26ª a 28ª-> Quando tem os olhos abertos já consegue perceber a luz. O padrão de ondas
cerebrais são sobreponíveis ao de um recém-nascido.
28ª a 30ª-> O pulmão fetal tem capacidade para respirar, apesar de necessitar de medicação
para isso. Consegue abrir e fechar os olhos, sugar, chorar e responder aos ruídos. Respiração
regular e temperatura corporal são controlados pelo sistema nervoso central.
32ª a 34ª-> Os olhos estão abertos quando está acordado e fechados quando está a dormir. Os
alvéolos já contêm surfactante suficiente para uma boa probabilidade de sobrevivência.
Após 34ª/36ª-> Já consegue virar e levantar a cabeça. Já consegue agarrar com firmeza. Feto
de termo (desde as 37 semanas) e preparado para nascer.
Vigilância da gravidez
Esquema de vigilância:
1ª consulta:
• História atual: peso pré-gravídico (IMC) | grupo sanguíneo e fator Rh | medicação em uso |
alergias | imunização | doenças | doenças na família
•Estilo de vida: medicação | hábitos – tabaco, álcool, cafeína, outros | exposição a riscos
ambientais
5. Exame físico geral* (efeitos colaterais da gravidez a valorizar no exame físico geral)
->Pélvis: Leucorreia;
A hipertensão ocorre em 5-10% das grávidas, sendo considerada a 3.ª principal causa de
mortalidade materna, sendo responsável por 16% das mortes durante a gravidez.
Hipertensão durante a gravidez: TA sistólica superior a 140 mmHg ou uma diastólica superior a
90 mmHg, verificada em pelo menos duas ocasiões, com pelo menos quatro horas de intervalo
e na mesma semana.
Avaliar pressão sanguínea (sistólica e diastólica) -> Objetivo: detetar precocemente situação de
hipertensão que se constituam em risco materno e perinatal.
8. Avaliar edemas
▪Edema generalizado (++): face, tronco e membros; pode manifestar-se ao acordar, podendo
ser acompanhado, ou não, de hipertensão ou aumento súbito de peso => sinal de alerta!
1º Orientar a grávida para a recolha da urina; 2º Realizar uma limpeza cuidada da região
geniturinária, no sentido ântero-posterior; 3º Recolher amostra de urina (preferencialmente
da 1.ª urina da manhã); 4ºUtilizar recipiente de urina limpo, selado e descartável; 5º Recolher
jato de urina para o copo, sem tocar na mucosa geniturinária (diminuir a probabilidade de
contaminação da amostra com leucorreia)
5º Proceder ao teste: O mergulhar a tira na urina e retirá-la de seguida; pousar a tira num local
plano; esperar de acordo com o tempo recomendado pelas fitas específicas (60-120
segundos); colocar a tira ao lado do frasco, para comparar as cores dos quadrados do frasco
com as da tira e por fim avaliar: densidade e pH [pH da urina: 5,8-7; infeção => >7,5],
leucócitos, nitritos, proteínas, glicose, corpos cetónicos, sangue.
Nota: O exame químico da urina deve ser realizado imediatamente após a colheita de urina - o
tempo de intervalo máximo entre a colheita da amostra de urina e a realização teste é 2 horas;
se não for possível, a amostra deve ser conservada em local fresco (+ 4.°C) e escuro. A amostra
de urina deve estar à temperatura ambiente aquando da realização do teste.
Critérios de normalidade:
->Ácido fólico: a suplementação com ácido fólico deve iniciar-se pelo menos dois meses antes
da data de interrupção do método contracetivo (400 μg/dia) e durante as 12 primeiras
semanas de gestação, devido à rápida divisão celular no feto, do aumento da filtração
glomerular da grávida e pelo facto do tubo neural fechar no primeiro mês de gestação.
Nota: As grávidas com filho anterior com defeito do tubo neuronal ou com história familiar
desta situação devem realizar diariamente uma dose superior a 5 mg/dia. Esta dose é também
indicada para mulheres com doenças ou sob terapêutica associadas à diminuição deste ácido.
->Ferro: a suplementação e a dose diária a realizar devem ser individualizadas tendo em conta
a situação clínica (normalmente iniciada com 30-60 mg/dia), sobretudo se existir
hemoconcentração materna ou efeitos secundários significativos. O objetivo é reduzir os riscos
de anemia materna e de baixo peso à nascença.
->Houver um risco elevado de infeção; a doença implicar um risco significativo para a mãe
e/ou para o feto; o risco de reações adversas à vacinação for aceitável.
Proteção da maternidade e paternidade-> Licença parental inicial (ver decretos slide 55)
Direitos e deveres
• Grávida: Dispensa do trabalho para consultas pré-natais e para a preparação para o parto,
pelo tempo e número de vezes necessários;
• Pai durante a gravidez: Direito do pai a três dispensas do trabalho para acompanhamento a
consultas pré-natais.
•Dispensa diária do trabalho por dois períodos distintos com a duração máxima de uma hora
cada um (não podendo ser inferior a 30 minutos), sem perda de remuneração ou de quaisquer
regalias, durante todo o tempo que durar a amamentação;
• No caso da aleitação, a mãe ou o pai trabalhadores têm direito, por decisão conjunta, à
dispensa do trabalho por dois períodos distintos com a duração máxima de uma hora cada um,
sem perda de remuneração ou de quaisquer direitos, até a criança perfazer um ano
• Evitar roupa interior apertada na zona pélvica (confortável); Usar roupa interior de algodão -
sem comprimir a cintura nem as virilhas para não dificultar a circulação dos membros
inferiores; Lavagem da zona perineal, em movimentos ântero-posteriores (prevenir
contaminação) e produto de higiene ligeiramente ácido (evitar produtos constituídos por
corantes e perfumes). Trocar penso diário de 4/4h ou sempre que necessário; Instruir higiene
dentária adequada, usando um dentífrico rico em flúor [ação tópica – inibe a desmineralização
do esmalte e a atividade bacteriana; não é recomendada suplementação]; Reforçar a
necessidade de lavagem das mãos.
Arranjar-se:
->Ensinar sobre cuidados à pele: informar sobre limpeza de pele (seguro, a pele pode estar +
sensível)
-> Informar sobre manicure/pedicure (seguro): importante decorrer em ambiente com boa
ventilação; a exposição crónica a solventes é prejudicial (ex. acetona); equipamentos têm de
ser esterilizados;
->Informar sobre excesso de pelos corporais: epilação a cera é seguro durante a gravidez;
evitar uso de cremes epilatórios pois podem ser absorvidos pela pele e desconhece-se o efeito
no desenvolvimento fetal; evitar lesões da pele durante a depilação.
->Informar sobre maquilhagem: seguro, evitar produtos com ácido retinoide (vitamina A) ou
ácido salicílico;
->Informar sobre pintar o cabelo: a limitada evidência existente sugere que é seguro pintar o
cabelo durante a gravidez, preferencialmente a partir do 2.º trimestre; referir técnicas que não
atinjam o couro cabeludo para diminuir a probabilidade de absorção; atenção aos
constituintes químicos, mesmo que diga ‘natural’ (ex. resorcina e metais pesados, exemplo o
chumbo ou hidroquinona); pintar o cabelo em casa usar luvas e escolher um espaço bem
ventilado;
Vestuário
->Ensinar sobre tensão e sensibilidade mamária: depósito de gordura por ação do estrogénio
e desenvolvimento dos sistemas de ductos, dos lóbulos, proliferação e secreção dos alvéolos e
tumefação mamária por ação da progesterona; a hipersensibilidade tende a diminuir após o
1.º trimestre mas o volume (peso) mantém-se ou aumenta;
->Soutien: com alças largas (para não pressionar os ombros devido ao peso) e ajustado à
mama; preferencialmente de algodão; utilizá-lo também durante a noite;
->Ensinar sobre vestuário/calçado: preferir roupa larga e confortável; evitar roupa constritiva
– soutiens, cintos apertados, calças elásticas, meias até ao joelho; preferir roupa que se adapte
às alterações específicas do corpo da grávida, sobretudo em relação às formas das mamas,
abdómen e ancas; preferir roupa que permita uma adequada transpiração e liberdade de
movimentos; preferir calçado confortável e que proporcione boa estabilidade: facilitando uma
postura correta e fornecendo boa base de equilíbrio (tacões – 3 a 5 cm).
Sono e repouso
->Ensinar padrão adequado de sono e repouso: o sono e repouso são necessários para dar
resposta às necessidades metabólicas desencadeadas pelo crescimento dos tecidos maternos
e fetais; apesar de alguns sintomas de fadiga não poderem ser prevenidos, podem ser
minimizados se a grávida conseguir descansar 8 horas ininterruptas de sono por dia, mais uma
sesta; pode precisar gerir as prioridades e diminuir alguns dos compromissos para obter o
repouso necessário;
Medidas de segurança
Produtos químicos
->Recomendar o uso de usar luvas e, se necessário, máscara quando usar produtos químicos
de limpeza da casa (ex. limpar o pó, chão, etc.); não lidar com produtos tóxicos (inseticidas,
pesticidas, solventes, etc.);
->Evitar o contacto com todas as áreas que possam estar contaminadas com fezes de gato;
limpar diariamente a caixa de areia dos gatos e usar luvas; usar água a ferver para desinfetar
os objetos dos gatos;
->A carne deve ser cuidadosamente cozinhada para destruir possíveis parasitas;
->Lavar sempre a louça e os utensílios de cozinha após a refeição, todos os alimentos crus
(vegetais e fruta) e lavar minuciosamente as mãos e evitar levar aos olhos ou à boca quando se
manipula carne crua ou produtos não lavados;
Padrão alimentar
->Ensinar sobre padrão alimentar (alimentação e hidratação adequadas): é necessário a
ingestão de calorias e de nutrientes suficientes para o ótimo crescimento e desenvolvimento
fetais e a manutenção do estado nutricional adequado da mãe. Incluir na alimentação fruta e
vegetais frescos; proteína, como carnes magras, peixes, feijões e lentilhas; aumentar consumo
de fibras, o que pode ser encontrado no pão integral e frutas e vegetais;
-> Evitar alimentos que possam por o feto em risco: queijos moles (camembert e brie); paté
(incluindo patés vegetais); fígado e produtos derivados => contém doses elevadas de vitamina
A – 10 000 a 38 000mg/100g, e a DDR é de 700 microgramas; refeições pré-preparadas,
cozinhadas ou não; carne curada, como salame, enchidos, ou crua; mariscos crus, como ostras;
ovos crus ou alimentos que os contenham (ex. maionese); peixe contendo níveis relativamente
altos de metilmercúrio, tais como tubarão, peixe-espada, que podem afetar o sistema nervoso
do feto.
-> Limitar a ingestão de cafeína (menos de 250/300 mg/dia): pode provocar baixo peso RN;
-> Beber 2 litros de líquidos (8-10 copos/dia), para assegurar adequada hidratação hídrica e
um débito urinário correspondente (pH da água é alcalino e o do sangue é 7,365, se for abaixo
de 6,8 ou acima de 7,8 compromete o funcionamento celular);
->O aumento de peso esperado depende do peso inicial e do momento da gravidez (deverá
aumentar entre 11,5 a 16 kg);
Atividade física
->Qualquer movimento corporal voluntário produzido pelos músculos esqueléticos que resulta
em gasto energético maior do que o gasto em repouso, incluindo o trabalho, locomoção,
afazeres domésticos, atividades recreativas e o exercício;
-> Exercício físico: é caracterizado como toda atividade física estruturada, planeada e
repetitiva que tem por objetivo a melhoria da saúde e a manutenção de um ou mais
componentes da aptidão física, sendo uma subcategoria da atividade física;
Nota: Atividades físicas em intensidade leve a moderada igualmente não foram associadas a
trabalho de parto pré-termo nem baixo peso do recém-nascido.
->Ioga => exige movimentos corporais, envolve a mente em cada movimento, trabalhando a
respiração, o relaxamento e a consciência corporal;
->Atividades na água => a hidroginástica é um exercício completo que envolve alongamento,
trabalho cardiovascular e fortalecimento da musculatura; é adequado para trabalhar o
equilíbrio corporal, já que o peso está concentrado na zona abdominal; o contato com a água
ajuda no relaxamento e tem baixo impacto – o que torna o exercício indicado para a gravidez;
Uso de substâncias
->Álcool: aconselhar abstinência do álcool, ainda não foi estabelecido limite de segurança para
o consumo de álcool durante a gravidez;
->Tabaco (ou a exposição a ambientes saturados de fumo): associado à restrição do
crescimento intrauterino (diminuição da perfusão placentar) e aumento da mortalidade e
morbilidade infantil;
Intervenções: Ensinar sobre gravidez; Ensinar sobre prevenção (especificar); Ensinar sobre
como gerir (especificar); Referenciar para EESMO
Intervenções: Ensinar sobre como gerir náusea e vómito; Referenciar para EESMO
->Fazer 6 refeições pequenas por dia e comer devagar, mastigando bem os alimentos; eliminar
da dieta alimentos gordos e condimentados; eliminar/reduzir irritantes gástricos (ex. cafeína,
tabaco, etc.); evitar sentar-se/inclinar-se/abaixar-se logo após a refeição; usar roupa que não
aperte a zona abdominal.
Intervenções: Ensinar sobre como gerir risco de obstipação; Referenciar para EESMO
->Tomar líquidos tépidos pela manhã; • ↑ exercício físico (caminhadas com duração mínima
de 20 minutos); ↑ ingestão de fibras - >28g/dia (cereais inteiros, frutas cruas, vegetais) + ↑
ingestão de líquidos (10-12 copos/dia); regularizar as dejeções – dar tempo para conseguir
evacuar; elevar os pés com um banco/caixa durante a defecação para ↓ o esforço.
**** Averiguar: postura corporal, técnica para levantar objetos e o tipo de calçado; nível de
atividade e período de repouso; distensão muscular dorsal; aumento ponderal; conhecimento
de estratégias para gerir/prevenir dorsalgia.
Intervenções: Ensinar sobre como gerir dor músculo-esquelética; Ensinar sobre posição
corporal; Referenciar para EESMO
Ensinar sobre posição corporal: Explicar sobre a posição de baixar, de levantar, de pegar em
pesos e a postura corporal => à medida que a gravidez evolui predispõe a dores lombares, a
alteração do centro de gravidade e maior esforço da musculatura abdominal porque as
articulações pélvicas relaxam e ficam mais flexíveis.
O tornar-se mãe e o tornar-se pai é uma transição-> O nascimento de um filho é, não só, um
tempo de mudança na vida de uma família que exige a aprendizagem inerente aos cuidados à
criança, mas, igualmente, um evento crítico caracterizado pela reorganização individual,
conjugal e profissional, pelo que representa uma transição no ciclo de vida.
-Antecipatória (“ensaio”)
Vai emergindo à medida que a mãe/pai se torna mais confiante no exercício do papel e
assume as decisões por si. Apesar de ainda seguir as orientações dos outros, vai
desenvolvendo formas próprias de exercer o papel de mãe/pai.
-Pessoal
Nesta fase, assumir o papel parental desencadeia uma sensação de harmonia, de confiança
e de competência;
Rubin (1977) afirma que ‘binding-in’ (ligação com) a criança é uma componente afetiva e
motivacional do processo de identificação com o papel de mãe/pai: constitui uma das tarefas
da transição para o papel parental; tem início ainda durante a gravidez; e, influencia a
satisfação e competência no exercício do papel após o nascimento da criança.
Ligação mãe/pai-filho
É uma ligação especial e próxima entre a mãe/pai e a sua criança que ocorre durante o
período sensitivo. É uma experiência única que liga a mãe/pai ao filho;
O processo de ligação entre a mãe e seu filho, que começa durante a gravidez, é facilitada
pelo contacto pele-a-pele, amamentação e alojamento conjunto => benefício potencial a longo
prazo para a mãe e a criança.
• As expectativas relacionadas com as características físicas (ex. imaginam como será o cabelo
e o sorriso e desejam principalmente que seja saudável);
• Relativamente às características emocionais (ex. desejam que seja compreensivo, educado e
carinhoso);
• Relativamente às expectativas de futuro (ex. desejam que os filhos sejam felizes, tenham
amigos, que estudem, se formem e arranjem um bom emprego para que a sua situação
económica seja melhor que a delas).
-Cabeça: O formato da cabeça pode ser assimétrico (é influenciado pela posição que o bebé
tinha dentro do útero); pode notar-se a fontanela anterior (espaços que fica entre o ossos
frontal e parietais);
-Pálpebras poderão estar edemaciadas e com os olhos abertos pode parecer estrábico (devido
à imaturidade das pupilas)
-Pele poderá estar coberta de vérnix (quanto mais tarde nascer menos vérnix terá, o que fará
com que a sua pele fique mais seca; quanto mais cedo, mais vérnix). Pode ter uma penugem
(muito fina) sobretudo na parte superior das costas que cai posteriormente (lanugo). Pode
ainda existir umas manchas na parte inferior das costas e nádegas, azuladas designadas de
mancha mongólica, devido à concentração de melanina (tem esse nome porque foi descrita
inicialmente na raça mongol), que pode permanecer até aos 2 anos de idade. Eritema tóxico e
milia.
-Mãos e os pés estão habitualmente frios e azulados (acrocianose) e podem ter a pele a
descamar; os genitais estão edemaciados; as pernas podem parecer arqueadas;
-Ao nascimento a acuidade visual está entre 20/200 a 20/400, sendo que o padrão comum de
acuidade visual no adulto é de 20/20.
-Consegue ver a uma distância de 20 a 25 cm, conseguindo concentrar-se num objeto durante
cerca de 10 segundos; tem preferência por imagens bem formadas, pelo que um dos seus mais
fortes estímulos é a face humana- Aos 10 dias é capaz de reconhecer o rosto da mãe do rosto
de outra mulher;
-Prefere cores médias (amarelo, verde e rosa) do que brilhantes (laranja, vermelho e azul) e
prefere contrastes de preto e branco; os bebés com um mês conseguem distinguir o
vermelho, verde, azul e branco, mas a sua capacidade de identificar outras cores é limitada;
-O recém-nascido possui uma capacidade auditiva semelhante ao adulto: reage a sons, como a
voz humana, através de alterações faciais ou movimentos corporais; tem preferência pela voz
feminina; ao 2.º dia de vida => é capaz de reconhecer a voz da mãe, ao 14.º dia => diferencia o
rosto e voz do pai do rosto e voz de outro homem;
-O sentido do olfato está desenvolvido desde o nascimento e facilita o alimentar-se,
reconhecendo o odor do leite materno e, mais tarde, o odor da sua própria mãe. Aos 6 dias de
vida consegue distinguir o cheiro da mama da mãe do de outra mulher.
Potencial para melhorar conhecimentos para preparar a casa para receber o recém-nascido:
Intervenções-> Ensinar sobre preparação do quarto para o recém-nascido; Ensinar sobre
dispositivos para o recém-nascido; Ensinar sobre preparação do enxoval
▪ Com ventilação e luz natural, com janelas seguras e afastadas da cama do bebé;
▪ O chão - antiderrapante e fácil de limpar; os tapetes são dispensáveis, mas caso estejam
presentes precisam ser fixos ao chão ou na mobília do quarto;
▪ Manter o quarto limpo (As vias aéreas das crianças, são mais permeáveis aos poluentes
atmosféricos e as suas defesas respiratórias contra esses poluentes ainda não estão
completamente desenvolvidas);
▪ Evitar o uso de aerossóis - libertam partículas que ficam suspensas no ar por um período
relativamente longo devido à sua lenta deposição por conta da gravidade;
Iluminação artificial: cor neutra ou amarela (instalada no meio do quarto e não em cima do
berço);
Luz de presença: avermelhada/alaranjada (não interfere com o biorritmo)- Num estudo com o
objetivo de perceber a influência da luz azul e da vermelha nos níveis de vigilância noturna,
durante duas noites, 14 pessoas foram sujeitas a quatro condições experimentais de
iluminação. Após a experiência, conclui-se que a luz vermelha ajuda a manter os níveis de
melatonina enquanto que a luz azul interfere na sua produção, mas quando utilizada durante
o dia aumenta dos níveis de concentração. A luz de qualquer cor afeta a produção de
melatonina e prejudica o sono. O estudo comparou 6 horas de exposição à luz azul e à luz
verde com a mesma intensidade entre si e concluiu que a luz azul é capaz de suprimir duas
vezes mais a produção de melatonina do que a luz verde.
▪ Se as paredes forem pintadas - tinta não tóxica e lavável: tintas aquosas (à base de latex ou
acrílicas) e tintas ecológicas (estar isenta de COV'S) são constituídas por matérias-primas
naturais (vegetais, minerais, animais), sem componentes sintéticos e derivados de petróleo;
▪ Se as paredes forem pintadas – cor das paredes? – Devem ser de cores pastel (proporciona
um ambiente calmo e relaxante) e cores primárias (proporciona ambiente estimulante).
Recomendação: as paredes e o teto com cores pastel e as cores primárias nos brinquedos e/ou
decoração (Estudos comprovaram que contrastes como preto e branco enviam sinais mais
fortes ao cérebro, o que proporciona um maior desenvolvimento assim como cores primárias
que são mais contrastantes e vibrantes, preferência pelo amarelo, seguida do vermelho e
depois pelo verde e azul).
Nota: Estudo sobre as cores escolhidas no serviço de obstetrícia e a sua influência nos bebés
do sexo feminino e masculino, observou-se que as recém-nascidas colocadas em quartos cor-
de-rosa (derivado da cor vermelha), tem uma atividade motora mais longa e são mais curiosas
comparativamente com os meninos recém-nascidos.A justificação é que as bebés viam mais
cedo o vermelho do que o azul, logo recebiam estímulo visual mais cedo do que os meninos.
▪ Móvel para trocar a fralda - superfície mínima de 80 cm por 60 cm; altura adequada à altura
da pessoa; fácil arrumação/acesso. Coisas a ter em atenção: diminuir o tempo que o recém-
nascido se encontra exposto ao frio durante a troca da fralda, facilitar na limpeza (colchão
impermeável)e manter segurança do recém-nascido (bordos colchão);
▪ Preparar um ‘cantinho para amamentar’: local calmo, afastado de ruídos, que permita que a
mãe se sinta relaxada (facilita a libertação de ocitocina), cadeirão/cadeira confortável, com um
local de apoio para os pés, almofada de amamentação;
Aspetos a considerar na escolha: ser estável, sólido e seguro; estar num local com boa
visualização do exterior; e, sem exposição a correntes de ar:
->Se escolha for alcofa (até aos 3 meses): ter bordos altos e acolchoados, um fundo rígido e
plano e pegas resistentes;
->Se escolha for berço (4/5 meses)/cama: estável e sólido, se com grades que apresentem no
mínimo 60cm de altura e 6cm de distância entre elas e com fecho de segurança, ter ainda
estrado plano, rígido e sem arestas cortantes ou saliências no interior.
Nota: Uso de sistema de retenção reduz entre 90 e 95%, a ocorrência de morte ou ferimentos
graves em crianças.
Cerca de 43% dos condutores inquiridos usa uma cadeira em segunda mão, é preciso ter em
consideração os seguintes aspetos:
• Envolvida em acidentes? Uma cadeira que tenha sido envolvida num acidente não deve ser
utilizada novamente, pois a esferovite pode ter-se partido e deixar de conferir a proteção
adequada; • Estado de conservação? Verificar se os cintos não estão rasgados e se apertam
corretamente; • Etiqueta de homologação? Verificar se cumpre as normas e regulamentos
vigentes.
Carrinho de passeio: Ser leve e fácil de manusear e com um tamanho adequado aos espaços
onde será usado (mala do carro, elevador,…)
Benefícios do babywearing:
Choram menos – choram uma média de 43% menos que os outros e 54% menos durante a
noite; Mais relaxante – o balanço, a temperatura, o ritmo do coração e do movimento e a
proximidade facilitam o sono, ao imitar condições similares à do útero; Maior sensação de
segurança – andar próximo do corpo do adulto, além de se sentir mais seguro, o bebé
acompanha o ritmo do adulto que o transporta; Maior desenvolvimento – ao ficar mais tempo
em silêncio e em estado de alerta, observa o mundo sob uma perspetiva diferente, e não
apenas o teto como quando está no berço, ou os joelhos das pessoas como quando está no
carrinho de passeio; Facilita a integração do bebé nas rotinas da família – liberta as mãos para
outras atividades (tarefas domésticas, cuidar de outro filho, …); Facilita a amamentação e os
laços afetivos
Tipos:
->Sling: Usado até cerca dos dois anos (13kg); Existem dois tipos, o pouch sling e o sling de
argolas;
->Pano porta-bebé: Usado até cerca dos 3/4 anos de idade (18kg); É necessário aprender a
colocá-lo;
Escolha do marsúpio: fácil de colocar, retirar e ajustar o bebé; bom apoio do pescoço e
das costas do bebé; as aberturas para as pernas equilibradas de forma a distribuir o
peso do bebé; as tiras devem ser largas e equilibradas de ambos os lados das costas e
ombros para distribuir o peso do bebé;
Medidas de segurança: as pernas da criança necessitam ficar em abdução (se as
pernas do bebé ficarem colocadas para baixo (penduradas) contribui para a displasia
da anca.
->Evitar que o bebé fique com a cara encostada ao pano ou ao corpo do adulto; Evitar que a
cabeça fique inclinada sobre o peito, pois poderá dificultar a respiração; Para evitar o
sobreaquecimento, principalmente no verão, vestir o bebé com roupa fresca; Calçar sapatos
práticos, confortáveis e que não escorreguem; Andar com cuidado tendo em atenção
obstáculos; Evitar transportar sacos para não interferir com o equilíbrio; Evitar movimentos
bruscos que podem provocar lesões no pescoço, coluna e cabeça do bebé; Verificar se o
equipamento está seguro.
Recomenda-se que a oferta da chupeta seja adiada até a criança estar bem adaptada à
mama (evitando a confusão de bicos);
Facilmente lavável; adequado à idade do bebé; ser só de uma peça;
Ser o mais semelhante possível ao mamilo da mãe – recomendar apenas adquirir após
o nascimento;
Benefícios: Sucção => reflexo saudável, que auxilia o bebé a confortar-se, acalmar-se e
autocontrolar-se; fator de proteção em relação à SMSL;
Efeitos prejudiciais: Alterações na dentição e ↑ de probabilidade de cáries; ↑ de
probabilidade otite media aguda; compromisso na amamentação (↓ período);
compromisso na linguagem.
Existem dois tipos de fraldas: reutilizáveis e descartáveis, que têm de ser adequadas à
idade/peso do bebé;
Critérios de escolha: saúde da pele do bebé, conforto do bebé, custo (investimento
inicial e custo total), manutenção das fraldas, facilidade na utilização;
Dois tipos de toalhetes: reutilizáveis ou descartáveis; secos ou húmidos;
Escolher toalhetes sem produtos químicos; se tiverem produtos, poderão ser passados
por água para remover a maior parte desses produtos (usar, de preferência, água
morna para os aquecer e ser mais confortável para o bebé).
Para a mãe (sala de partos): 1 camisa de dormir; 1 par de chinelos de quarto; livros e/ou
aparelhos de música
Para o pai (internamento, se permitido pelo hospital): 1 muda de roupa; chinelos de quarto;
material de higiene pessoal
Para o pai (sala de partos): snacks; água; moedas para a máquina da comida e/ou café; livros e
ou música; máquina fotográfica; telemóvel e carregador
Intervenções: •Ensinar mãe/pai sobre higiene •Ensinar mãe/pai cuidados à pele do recém-
nascido •Ensinar mãe/pai sobre higiene oral •Ensinar mãe/pai sobre vestuário •Ensinar
mãe/pai sobre tratamento do coto umbilical •Instruir mãe/pai a dar banho •Instruir mãe/pai a
cuidar da higiene oral •Instruir mãe/pai a tratar do coto umbilical •Instruir mãe/pai a trocar
fralda •Treinar mãe/pai a dar banho •Treinar mãe/pai a tratar coto umbilical
->Estudos comparativos entre tub bath and sponge bathing: Hennigson, Hylen, Anderson,
Cole, Bryanton, Loring- mostram que o 1º é mais eficiente do que o 2º a nível de menos perda
de calor, menos choro, melhores temperaturas retais, melhor a nível de attachment e bonding
Só agua vs baby wash-> Gfatter mostra que todos os banhos provocam aumento do pH,
diminuição SCH; Hoeger mostra que banho só com água 2 vezes por semana faz diminuir o pH
e aumentar SCH; Bartels mostra que TEWL e SCH melhor quando os emolientes são usados;
Lavender mostra que entre os dois banhos não há diferença a nível da TEWL, pH e SCH nas 2 e
4 semanas mas que as mães preferiam o banho quando usado o baby wash.
Syndet - “sabão sem sabão” constituído agentes tensioativos (permitem diminuir a tensão
superficial da água facilitando, assim, a remoção de partículas de gordura), detém bom poder
de detergência, pH ligeiramente ácido, produzem pouca espuma e não provocam irritação
cutânea. Ex: Lipikar da La roche-posay, Eucerin pH 5, Cetaphil barra hidratante, Bioderma
atoderm PP
Frequência e duração
• O banho pode ser dado a qualquer altura do dia, exceto após as refeições; a altura escolhida
para o banho depende também do efeito que este tem sobre o bebé- estimulante ou
relaxante;
• Duração: A água pode ser também irritante para a pele provocando comichão e secura,
sendo que quando penetra na pele pode também aumentar os espaços entre os corneócitos
do espaço córneo prejudicando a integridade da barreira da pele e permitindo a entrada a
agentes patogénicos e alergénicos.
Troca da fralda:
• O material necessário sempre que troca da fralda: Toalhetes/ Esponja | Água morna para
lavar o bebé | Fralda limpa | Roupa interior
• Escolher um “espaço” de modo a ter por perto e organizado todo o material necessário para
a troca da fralda
Higiene perineal: medidas de prevenção do eritema pela fralda
Trocar a fralda sempre que ocorre uma micção e/ou dejeção - lavar e secar a zona envolvente
e muda a fralda; Optar pelas fraldas absorventes, transpiráveis e não oclusivas; Sempre que
possível, expor a região perineal ao ar;
Sinais de eritema pela fralda: Pele vermelha (rubor); Calor (aumento da temperatura local);
Erupção cutânea
Intervenções: Ensinar sobre como tratar do coto umbilical (drycare – manter limpo e seco);
Instruir desinfeção do coto umbilical; Ensinar sobre sinais de infeção do coto umbilical
-Material necessário para a desinfeção do coto umbilical; Quando é esperado a queda do coto
umbilical; Como e com que frequência desinfetar/ como efetuar limpeza (drycare); Estratégias
para promover a mumificação do coto e cicatrização da pele; Sinais de infeção do coto
umbilical
->O coto umbilical poderá cair entre o 4.º e o 15.º dia após o parto. Recomendação: drycare
->Clorexidina a 4% e compressas, uma vez por dia (instruir desinfeção do coto umbilical)
Nota: A onfalite ocorre, ainda que com baixa frequência, em recém nascidos com drycare, e
em nenhum que está no grupo antissético.
Sinais de infeção do coto umbilical: cheiro fétido; rubor; edema; exsudado purulento.
Trabalho de parto
Do preparar-se para o parto ao lidar com o trabalho de parto-> Envolve vários tipos de
naturezas: emocionais, físicas e sociais.
Processos corporais perinatais, desde o início da dilatação do colo do útero até à expulsão da
placenta (CIPE® 2019)
Relativamente à respiração:
Os estímulos que dão origem ao início da respiração: Químicos (Oxigénio baixo, dióxido de
carbono elevado e pH baixo); Térmico (Calafrio do RN → impulsos sensoriais da pele);
Sensorial (luz, som e toque); Mecânico (Compressão torácica e retração elástica → alterações
nas pressões intra e extrauterina dos pulmões)
Início: 20 segundos após nascimento-> Substituição do líquido por ar-> expansão pulmonar
(Nos alvéolos que contêm sangue venoso e arterial, dentro dos capilares sanguíneos circulam
as hemácias através das quais se dá a entrada de CO2 e a saída de O2)
Nota: Surfactante-> secretado pelos pneumócitos tipo II por volta da 24 e 30 semanas de
gestação; é um fosfolipídio que: diminui a tensão superficial dos fluidos pulmonares; evita o
colapso alveolar ao final da expiração; facilita as trocas gasosas porque diminui as pressões de
insuflação necessárias para a abertura das vias respiratórias.
Relativamente à circulação:
Relativamente à termorregulação:
A temperatura corporal diminui cerca de 0,2ºC/minuto (a temperatura pode descer até 33,5ºC
em 15 minutos de exposição aos fatores ambientais)
->Radiação: Perda de calor para uma superfície sólida mais fria sem contato direto (parede de
incubadora) - evitar superfícies frias
Termogénese: química
Perda de calor → recetores da pele e nervos → libertação norepinefrina → oxidação da
gordura marrom → aumento da produção de calor
Avaliação do recém-nascido - Índice de APGAR (Avaliar ao 1.º, 5.º e 10.º minutos de vida)
->7-10 => tranquilizador; 4-6 => moderadamente anormal; 0-3 => baixo
Amamentação precoce
-Muito importante o contacto pele a pele; incentivar a iniciar a amamentação o mais cedo
possível depois do nascimento, logo na 1ª hora; as mães devem receber ajuda prática.
Técnica pele a pele: O contacto pele-a-pele (CPP) é definido como a prática de colocar a
criança, despida ou somente com a fralda, em decúbito ventral em contacto direto com a pele
da mãe ou de outro cuidador (peito com peito) e coberta com lençol aquecido mas não
cobrindo a cabeça.
Esta técnica é recomendada para todas mães e recém-nascidos, que tiveram cuidados
perinatais de rotina e sem complicações, independentemente do tipo de parto ou
alimentação do recém-nascido, imediatamente após o parto, logo que a mãe esteja estável,
acordada e capaz de responder ao recém-nascido e o recém-nascido não necessitar de
reanimação.
Benefícios para a mãe: Diminuição dos níveis de stresse pós-parto; Diminuição dos scores de
depressão; Diminuição da hemorragia pós-parto; Aumento da disposição para amamentar e
sucesso na amamentação
Posição do recém-nascido: decúbito ventral sobre o peito da mãe com a cabeça lateralizada e
acima das mamas, despido em contacto pele com pele
-Reflexo de Moro: com a criança apoiada provoca-se, subitamente, ligeira queda da cabeça
(2,5cm) resultando em abdução dos membros superiores e abertura das mãos;
-Reflexo de sucção e procura (pontos cardeais): estimulando região peri oral com os dedos
observa-se direcionamento da boca / cabeça para o lado estimulado;
-Reflexo de preensão palmar: Quando se faz pressão com o dedo na palma da mão, os dedos
dobram-se e agarram firmemente o dedo do adulto/objeto;
-Reflexo de preensão plantar ou Babinski: Quando se acaricia a planta do pé, do calcanhar aos
dedos do pé, estica os dedos e dobra o pé para dentro;
-Reflexo da marcha automática, quando os pés estão apoiados numa superfície firme e o bebé
executa um movimento de marcha, apoiado pelos braços e mantido na vertical.
-Reflexo tónico-cervical assimétrico (de esgrimista): Quando se deita o bebé de barriga para
cima, roda a cabeça para o lado, esticando o braço e a perna desse lado, enquanto encolhe os
membros do lado oposto.
Assistência pós-parto
Puerpério-> Período pós-parto, com início após a saída da placenta tendo uma duração de seis
a oito semanas, ao longo do qual as modificações anatómicas e fisiológicas do organismo
materno resultantes da gravidez e parto regridem.
Gravidez-> Trabalho de parto (48h- 72h) -> Puerpério (Consulta de revisão do puerpério na 6.ª
sem.)
->1ª semana – PUERPÉRIO PRECOCE (regressão dos órgãos genitais, lactação “instalada”)
Avaliar quantidade de sangue-> Perda de sangue via vaginal numa hora-> parâmetros de
avaliação:
• Escassa: menos de 2,5 cm; • Ligeira: de 2,5 a 10 cm; • Moderada: de 10 a 15 cm; • Grave:
saturado em 1 hora; • Excessiva: saturado em 1 hora
->Tromboflebite: é uma inflamação de uma ou mais veias, causada por um coágulo sanguíneo,
que geralmente acontece nos membros inferiores.
Avaliação da recuperação pós-parto: Avaliar sinais vitais; Avaliar dor (5.º sinal vital); Avaliar
contração do útero pós-parto; Avaliar lóquios; Avaliar eliminação urinária; Avaliar eliminação
intestinal; Avaliar ferida cirúrgica no períneo; Avaliar estado das mamas; Avaliar lactação
->Avaliar sinais vitais
Reunir material: luvas não esterilizadas; Assegurar que a puérpera urinou (bexiga vazia);
Assistir no posicionamento: a puérpera deve ficar deitada em decúbito dorsal; Colocar uma
mão imediatamente acima da sínfise púbica: a sínfise púbica constitui o ponto de referência
para medir a distância; Colocar a outra mão a nível do umbigo e fazer um movimento
descendente para tocar a zona do fundo do útero (Fig. 1). Comparar a distância com o
esperado.
->Avaliar lóquios
Lóquios: constituem a secreção uterina que se exterioriza pela vagina durante 1ªs semanas
após o parto. quantidade | características (coágulos) e relacionar com o dia de puerpério.
*Pode observar-se, 7 a 14 dias após o parto, perda sanguínea escassa => representa a “queda
da escara”
Tipos de lóquios:
lóquios rubros: secreção vermelho-escuro, que aparece nos 1ºs 2/3 dias após o parto
(contém células epitelais | hemácias | leucócitos | decídua);
lóquios serosos: secreção rósea a acastanhada, que aparece do 3 ao 10.º dia [secreção
serosanguinolenta que contém decídua | hemácias | leucócitos | muco cervical e
microorganismos];
lóquios claros (alba): de incolor a amarelada, que aparece do 10.º dia à 3.ª semana
(contém leucócitos | decídua | células epiteliais | gordura muco cervical | cristais de
colesterol | bactérias);
A função renal normaliza 2 a 3 meses após o parto. A bexiga durante o pós-parto mantem-se
com ↑ da capacidade e ↓ do tónus muscular. Para além disso, durante o parto, a bexiga, a
uretra e tecidos adjacentes ao trato urinário ficam edemaciados e fragilizados pela passagem
do feto através do canal de parto => interfere na sensação da necessidade de urinar (↓)
A 1.ª dejeção ocorre ao 2/3.º dia pós-parto. O padrão normal retoma pelo 8-14.º dia
Se edema perineal: Aplicar embalagem fria durante 10-20 minutos, 3 a 4 vezes nas 24h, nas
primeiras 24-72h pós-parto, sendo que esta pode demorar 4 a 6 meses a curar
completamente.
Aleitamento pode ser: Materno (leite extraído das mamas) ou Artificial (leite de “lata”)
A OMS recomenda que as mães, a nível global, amamentem exclusivamente os bebés durante
os primeiros seis meses de vida com vista a conseguirem um crescimento, desenvolvimento e
saúde ideais. Por conseguinte, devem receber alimentação complementar adequada e
continuar a amamentar até aos 2 anos de idade ou mais.
Avaliar lactação
Lactação: processo de síntese e secreção do leite materno pelas glândulas mamárias da mulher
contendo hidratos de carbono, proteínas, gordura em suspensão, vitaminas e minerais, o leite
materno constitui o alimento básico da criança (CIPE® 2019).
• lactogénese I (a partir das 12 semanas de gestação); • lactogénese II (30 a 40h após o parto);
galactopoiese (corresponde ao estabelecimento do leite maduro).
->Colostro (1ª semana); Leite de transição (até 15 dias); Leite maduro (+ 15 dias)
Prolactina e Ocitocina
Avaliar lactação:
Características da mama após o parto: É túrgida antes da lactoextração e mole após; não é mole
antes da lactoextração*; e é túrgida antes e após a lactoextração**
• Boa pega
• descongelado no frigorífico (12 horas) ou manter o frasco ou o saco de leite congelado sob água
morna corrente (máx. 37 °C)
Nota: Não descongelar o leite materno à temperatura ambiente nem usar banho-maria ou micro-
ondas. Não aquecer o leite materno congelado num micro-ondas ou em água a ferver. Não
congelar leite materno descongelado.
Sinais de fome:
- Roda a cabeça e procura abocanhar qualquer objeto que se aproxime da zona peribocal (reflexo
de busca)
Sinais de saciedade:
Nota: O intervalo entre mamadas não deve ser superior a 2 horas e meia
->Ganho de peso: 10º ao 14º dia até aos 3 meses; 25 gr/dia (110 a 200 gr/sem.)
->Estado geral
Nota: Pelo menos 6 refeições diárias e duração das mamadas compatível com o acesso ao leite
final
• 1. Padrão de sucção => ocitocina • 2. Tamanho do estômago do bebé => 8-12 refeições/24h
• 3. Oferecer 1 ou 2 mamas => tipos de leite • 4. Sinais de saciedade => a cada mamada
Mamilo: Tamanho, simetria e forma; Consistência (mama mole); Pele da mama e mamilo;
Forma do mamilo; Presença de lesões
Amamentação – complicações:
Avaliar estado das mamas: Estado dos mamilos (íntegros| lesão (ex. fissura) | macerados);
Consistência da mama (relacionar com a lactoextração | sinais de ingurgitamento mamário)
Potencial para melhorar o conhecimento & capacidade para lidar com complicações
Ensinar tratamento da fissura: 80% a 90% das mulheres que amamentam experienciam fissura
e dor no mamilo
Outros fatores concorrentes: Bebé fazer da mama “chupeta” depois de adormecer à mama
sem fazer a pega adequada; Retirar o bebé da mama sem interromper a sucção (vácuo); Bebés
com freio da língua (liga a língua ao palato inferior) – OBS médico; Usar discos de absorção
com plástico; Usar cremes/loções que não se conhecem as propriedades terapêuticas; Lavar a
mama com sabão (remove a camada protetora natural)
Tratamento da fissura:
▪ Facilitar a cicatrização: Permitir que o mamilo seque ao ar depois de amamentar (evita que a
roupa/disco absorvente se cole à pele); Aplicar leite materno final no mamilo (tem gordura
que facilita a cicatrização); Usar arejador de mamilo (mantem roupa afastada e facilita a
manutenção do mamilo seco); Aplicar lanolina ou almofadas de hidrogel
Para aliviar a dor:
->Começar a mamada pela mama que doer menos; Estimular o reflexo de descida do leite
antes de colocar o bebé à mama (ex. aquecer almofada de hidrogel em água quente a 50 ºC
(não a ferver) durante 8 minutos, secar com um pano, verificar a temperatura nas costas da
mão; colocar sobre a mama por no máximo 8 minutos); Procurar encontrar a posição
(abocanhar) que produza menos dor; Aplicar embalagem fria depois da mamada nos mamilos
já secos (!); Usar soutien com suporte adequado – de algodão, sem aros; usar também durante
a noite para suporte extra
Se a dor for intensa, parar de oferecer a mama com fissura e extrair o leite: “rest & express”,
por algumas mamadas ou dias; se usar bomba, assegurar que o tamanho do funil é adequado
e ajustar a pressão de sucção; retirar o leite suficiente para garantir a manutenção da
produção de leite e prevenir ingurgitamento mamário; oferecer o leite extraído à criança
através de copo ou colher.
Perda de peso
->Imediatamente após o parto: perda de 4,5 a 5,8 Kg (feto, placenta, LA e perda de sangue);
->Até ao final da primeira semana: 2,3 a 3,6 Kg perda de líquidos pós-parto (diurese) e 0,9 a 1,4
Kg da involução uterina e perda de lóquios
Perda de gordura acumulada durante a gravidez: é lenta…
Nos primeiros 3 a 6 meses pós-parto: perda de peso ganho, mas mantendo 1 Kg a cada
gravidez (Blackburn, 2007)
Nota: Estudos revelam associação entre dormir ≤ 5 horas/noite e reter 5 kg ao 1.º ano pós-
parto
Blues puerperal [40 a 60% das mulheres]: Atinge o seu pico, por volta do 5.º dia e atenua pelo
10.º dia, podendo durar até 1.º mês após o parto e é caracterizado por: Labilidade emocional;
Choro fácil; Irritabilidade, ansiedade; Cansaço; Dificuldade de concentração e p/ reter
informação; Insónia.
Depressão (pós-parto) materna [10% e 15% das mães]: Pode surgir durante todo o 1.º ano
após o parto, sendo mais frequente a partir do 2.º mês: Falta de interesse no bebé,
sentimentos negativos para com o bebé, sentimentos de inutilidade e culpa; Choro fácil,
irritabilidade, ansiedade; Perturbações do apetite; Cansaço; Falta de interesse em si própria,
falta de energia e motivação; Insónia ou sonolência
De homem a pai:
Depressão paterna [2,4-18% dos pais]: Tristeza persistente, perda de interesse, irritabilidade;
Alterações do sono (insónia ou hipersónia) e apetite; Capacidade de concentração/decisão
diminuída; Perda de energia ou fadiga; Evitamento social, ataques de raiva, embotamento
afetivo, exaustão, indecisão, cinismo e autocrítica
Fatores concorrentes para que isto aconteça: depressão antenatal ou pós-parto prévia na
parceira; história pessoal de depressão no pai; estado da relação com a parceira.
Nota: Pais deprimidos tendem a exibir mais frequentemente emoções negativas (apatia,
medo, ódio, vergonha, culpa, arrependimento, ressentimento, raiva, hostilidade) e
sentimentos de desamparo que podem influenciar a qualidade da sua interação com os seus
filhos.
Nota: A promoção de programas para a preparação dos pais para a parentalidade assume
particular importância na prevenção da depressão paterna
Quando os recursos individuais e sociais falham em dar uma resposta adequada aos focos
externos e internos geradores de desequilíbrio -> vulnerabilização da saúde mental dos
progenitores
Critério “físico” para a tomada de decisão: Após cicatrização da ferida perineal e término do
corrimento vaginal (lóquios)
Ciúme: não querem dividir seu tempo e atenção [O ciúme constitui uma reação emocional que
se caracteriza por um sentimento de inveja e ressentimento generalizado para com a pessoa
que se considera como rival].
Resposta depende da idade da criança [Até aos 2 anos não há muitas oportunidades para
comportamentos regressivos porque ainda está tudo a começar. Os ciúmes aparecem
especialmente por volta dos 3/4 anos.]
Preparar a integração do novo elemento na família
tem conhecimento sobre: • Estratégias para gerir o ciúme do irmão: durante a gravidez •
Estratégias para gerir o ciúme do irmão: durante internamento • Estratégias para gerir o ciúme
do irmão: quando regresso a casa
Até 2 ANOS
3/4 ANOS
Idade escolar
Adolescência
O conceito de família depende das definições que seus membros constroem sobre ela ao
longo de suas vidas (Muller 2010)
Preparar o animal antes do bebé nascer- estratégias possíveis (durante a gravidez): Assegurar-
se que é capaz de entender ordens simples como o "senta", "deita", "fica", "vem" e ter a
certeza que entende e respeita a palavra "não“; Se existirem áreas da casa a restringir o acesso
após o nascimento, é necessário começar a faze-lo ainda durante a gravidez; Ambientar à
existência de novos objetos, nova mobília e novos brinquedos que não são dele e nos quais
não poderá tocar; Os objetos/brinquedos poderão ser mostrados nesta fase e observar a
reação do animal (ex.se mostram ansiedade perante os carrinhos de passeio, devido às suas
rodas, passear o cão, com coleira, ao lado do carrinho contribuirá para a habituação);
Reproduzir sons de bebés na casa para que se vá habituando; Propiciar uma zona de conforto
e sossego para o animal; Treinar a não saltar para o colo das pessoas, de forma a evitar que
faça isso, no futuro, com alguém que esteja com o bebé ao colo; Premiar os seus bons
comportamentos com reforço positivo.
Estratégias possíveis para os animais (regresso a casa): • Ao chegar a casa, importa que a mãe
venha com as mãos livres, para estar disposta a receber o cão/gato e dedicar-lhe algum
tempo; • Oferecer uma peça de roupa para cão/gato possa conhecer o cheiro do bebé; • Se o
cão é de porte médio ou grande, mas de raças dóceis (ex. Bulldogue ou Golden Retriever) será
necessário tomar a precaução com os movimentos do animal (por não saber dosar a
brincadeira ao ver o bebé, com os movimentos das patas, rabo ou focinho possa arranhar ou
magoar o bebé); • O cão pode tentar superproteger o bebé, ao perceber que mãe ou pai não
estão por perto, poderão reagir mal para as pessoas que se tentarem aproximar; • Isolar zona
de alimentação/necessidades fisiológicas de áreas onde estará o recém-nascido; •Com os
gatos o cuidado será necessário ter atenção com as unhas e dentes – por terem movimentos
muito rápidos, dificilmente se conseguirá proteger o bebé de uma patada, arranhão ou
mordida; •Premiar os seus bons comportamentos com reforço positivo
Contexto histórico
Na sociedade medieval, a criança a partir do momento em que passava a agir sema solicitude
de sua mãe, ingressava na sociedade dos adultos e não se distinguia mais destes-> as crianças
eram representadas como adultos em miniatura, tendo os mesmos costumes e vestindo-se da
mesma forma que estes-> não existia o sentimento de infância
Na Roma Antiga, o nascimento de uma criança não era apenas um facto biológico, mas sim
uma aceitação paterna, sendo que o ato do pai elevar a criança simbolizava o ato de adoção
(nesta altura eram permitidos o infanticídio e a exposição da criança, que era basicamente dá-
la a alguém ou criá-la como escrava).
Com a influência cristã-> a criança transforma-se num mediador entre o céu e a terra, e que
destes vem falas de sabedoria-> emerge o sentimento de infância.
->Infante: aquele que está impossibilitado de falar, que não tem voz- eram percebidos como
adultos imperfeitos, não como seres humanos em desenvolvimento- essa fase da vida humana
tinha pouco interesse em ser conhecida;
->Peculiaridades individuais.
Sujeito de direito-> é reconhecida na sua peculiar condição de ser humano em processo de
desenvolvimento e tem liberdade para comunicar pensamentos, exigir, questionar.
1924- Declaração de Genebra dos direitos da criança; 1959- proclamação da declaração dos
direitos da criança; 1989-aprovação da convenção dos direitos da criança pelos estados
membros da ONU; 1990- Ratificação pelo estado português; 1957- Relatório PLATT que aponta
as consequências da hospitalização e separação dos pais.
Segundo a DGS (2012), a criança é entendida como todo o ser humano menor de 18 anos.
Em 2012, com o intuito de conseguir dar às crianças uma informação adaptada à sua idade e
compreensão foi laçado um livro “Zebedeu- um príncipe no hospital” pelo IAC.
Cuidados pediátricos
Realidade do século XXI
Novas exigências: família como parceira dos cuidados, pais que estão receosos e com medo de
falhar no seu papel parental, culturais, económicas e financeiras, acessibilidade dos serviços.
Níveis de prevenção
Promoção de saúde:
->Conduz ao conceito de saúde “bem-estar físico, mental e social, mais do que a mera
ausência de doença…” (OMS);
Prevenção de doença
Reabilitação
O cuidado das crianças e das famílias com sequelas de doenças ou acidentes-> Recuperar ou
manter o equilíbrio funcional.
Iatrogenia
Deteção de indivíduos em risco de tratamentos excessivo para protegê-los de novas
intervenções médicas inapropriadas e surgir-lhes alternativas eticamente.
Pressupõe:
->É responsável por garantir o envio diário à Unidade do Registo civil, da listagem dos
nascimentos ocorridos no dia anterior com a menção do sexo da criança, nome e morada da
mãe;
Programas nacionais: Vacinação (1965); intervenção precoce na infância; saúde escolar; saúde
oral (7, 10 e 13 anos); diagnóstico precoce (1979); rastreio da saúde visual infantil (2016);
prevenção e controlo de infeções e de resistências aos antimicrobianos (1998).
->O risco de morrer e a taxa de mortalidade diminuíram no diferentes grupos etários até aos
18 anos;
->O controlo de outras doenças, por exemplo, a redução da incidência da doença invasiva
pneumocócica e de cancro no colo do útero e de outros cancros causados pelo vírus do
papiloma humano (HPV).
SIP em números
Até 2004, a idade recomendada para a colheita de sangue era entre o 4º e 7º dia de vida. Após
2004, com o alargamento do rastreio a outras doenças hereditárias do metabolismo, passou a
ser recomendada entre o 3º e o 6º dia.
Em 2016, o período entre o nascimento e a instituição da terapêutica, foi, em média, 9,8 dias.
Prevenção e deteção precoce: a retinopatia diabética, a ambliopia nas crianças são duas
situações passíveis de prevenção e deteção precoce.
Atividade física
Entre os 6 e os 14 anos, pouco mais de metade, qualquer que seja o grupo etário ou sexo,
cumpre as recomendações de 60 minutos de atividade física moderada a vigorosa.
Dos 10 aos 14 anos: menores prevalências de brincadeiras, quer à semana, quer ao fim de
semana; decréscimo da prevalência com a idade e particularmente, acentuado nas raparigas.
Obesidade
Verifica-se que dos 5 aos 9 anos há uma maior prevalência do excesso de peso.
Consumos: álcool
Há uma redução do consumo de bebidas alcoólicas em todas as idades (13-18 anos) ao longo
dos anos, apesar de serem valores superiores aos desejados. A prevalência de embriaguez
(cambalear, vomitar, não recordar do que aconteceu) tem vindo a reduzir desde 2011, mais
acentuada dos 13 aos 16.
Consumos: tabaco
Aos 13 anos, 1 em cada 7 adolescentes já experimentou fumar, sendo que aos 18 anos, 3 em
cada 5. Aos 18 anos, 1 em cada 3 adolescentes, começou a fumar entre os 13 e os 15 anos.
Consumos: substâncias ilícitas
1/3 da população jovem com 18 anos já consumiu substâncias ilícitas, sendo que entre os 17-
18 anos, nos últimos anos, tem-se verificado um aumento e entre os 13-16 uma diminuição.
No período neonatal e idade pediátrica, em 2017, salienta-se que foi observada IACS em 5,3%
das crianças internadas (menos 7% quando comparado em 2012).
Cardiopatias congénitas:
->Constituem as anomalias mais frequentes, sendo detetadas frequentemente associadas a
síndromes polimalformativas;
->São também a principal causa de mortalidade infantil. Ocorrem em 8-10 em cada 1000 nado-
vivos;
Cardiopatia adquirida:
->Em idade pediátrica existe um número cada vez mais significativo, sendo mais prevalente:
doença de Kawasaki; miocardite; miocardiopatia dilatada.
->A prevalência entre os 0-18 anos: tem-se mantido relativamente estável; é + elevada no sexo
masculino.
Mortalidade
Entre os 5-18 anos: é sensivelmente a mesma que dos 5 aos 14; o maior peso recai nas
neoplasias, que começam a diminuir aos 15 anos; já nas lesões e envenenamentos observa-se
o contrário, isto é, acima dos 15 apresentam metade das mortes deste grupo etário.
Maus tratos
Relativamente ao conceito,
“Qualquer ação ou omissão não acidental, perpetrada pelos pais, cuidadores ou outrem, que
ameace a segurança, dignidade e desenvolvimento biopsicossocial e afetivo da vítima” (DGS)
Abuso de menor: “Abuso com características específicas: ato de violar, alterar ou maltratar
uma criança; associado ao abuso no seio da família ou a comportamentos ilegais ou
culturalmente proibidos.” (CIPE, 2011)
Vítima: criança vítima de abuso; vítima de abuso sexual; vítima de negligência; vitima de
violência entre parceiros íntimos.
Nota: para efeitos da Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo, considera-se a criança
ou jovem a pessoa com menos de 18 anos ou com menos de 21 anos que solicite a
continuação da intervenção iniciada antes de atingir os 18 anos.
Relativamente à tipologia,
->Físicos
Envolvem o uso da força física contra a criança ou adolescente, por parte dos pais,
responsáveis ou cuidadores, familiares ou pessoas próximas
Resulta de qualquer ação não acidental, isolada ou repetida, infligida por pais,
cuidadores ou outros com responsabilidade face à criança ou jovem, a qual provoque
(ou possa a vir provocar) dano físico.
Exs: Síndrome da criança abanada: causada pela agitação violenta a lactentes; crianças
pequenas com risco de dano cerebral (resultado da frustração em gerir o choro).
Abuso sexual:
Psicológicos/emocionais
->O 3º nível, é a intervenção judicial, que se pretende residual, que cabe o protagonismo na
proteção de crianças e jovens em perigo;
->O 2º nível, quando não seja possível às entidades abaixo mencionadas efetuar da forma
adequada e suficiente para remover o perigo, toma lugar à ação das Comissões de Proteção
de Crianças e Jovens (CPCJ) e de Saúde;
5.Crianças e jovens desprovidos de meio familiar e que, por decisão negociada (CPCJ) ou
decisão judicial, se encontram institucionalizadas.
Guarda de facto-> relação que se estabelece entre a criança ou jovem e a pessoa que com ele
vem assumindo, continuadamente, as funções essenciais próprias de quem tem
responsabilidades parentais.
Guarda ocasional->as situações em que a criança viva com uma pessoa que não detenha o
poder paternal, não seja o seu representante legal, nem desempenhe de forma continuada as
funções de quem tem responsabilidades parentais.
A lei coloca numa posição equiparada à dos pais, ou representantes legais, quem tem a guarda
de facto da criança, reconhecendo-lhe um estatuto idêntico e com uma posição ativa em todo
o processo (por ex. prestar consentimento), situação que não se sucede a quem tem uma
guarda ocasional.
Criança/jovem:
Familiares/contextos de vida:
Maus-tratos: intervenção
Observar:
Realizar visitas domiciliarias: casais pela 1ª vez, pais jovens, pais com baixos recursos;
Fornecer informação sobre o crescimento e desenvolvimento das crianças;
Desenvolver parcerias com a família;
Ajudar a encontrar mecanismos de gestão do choro;
Promover a visita, a permanência dos pais nas unidades de cuidados intensivos;
Educar as crianças para que estas se protejam: promover jogos e ensinar a dizer que
não.
Intervenção precoce (DGS 2013): Sistema nacional de intervenção precoce na infância (SNIPI).
->1º grupo: alterações nas funções ou estruturas do corpo que limitam o normal
desenvolvimento e participação nas atividades típicas, tendo me conta os referenciais de
desenvolvimento próprios para a respetiva idade e contexto social.
->2º grupo: Risco grave de atraso no desenvolvimento pela existência de condições biológicas,
psicoafectivas ou ambientais, que implicam uma alta probabilidade de atraso relevante no
desenvolvimento da criança.
Nota: São elegíveis para acesso ao SNIPI, todas as crianças do 1º e 2º grupo, que acumulem 4
ou + fatores de risco biológico e/ou ambiental.
A função de “charneira” destes cuidados deve ser liberada, de preferência, pelo médico
assistente ou pelo enfermeiro especialista em saúde infantil e pediátrica/ enfermeiro de
família, privilegiando-se a articulação com a área da saúde escolar, entre outras. (DGS, 2013)
Aspetos Globais
->Cuidados de parceria
1965- poliomielite (último caso em 1968); 1966 (tosse convulsa, difteria, tétano e varíola);
1974- sarampo; 1987-rubéola e a parotidite; 2000- haemophilus influenza b e hepatite B;
2006- meningococo C; 2008-HPV; 2015- Streptococcus pneumoniae (Pn13)
PNV-imunidade do grupo
Efeito indireto da vacinação: quer por efeito dos vacinados; que por proteção dos não
vacinados, por redução da circulação do agente e da transmissão da infeção.
PNV-importância
PNV 2019
->Pessoas com: Hemofilia; Viajantes para países com endemicidade intermédia ou alta;
patologia hepática crónica; VIH; contacto próximo de doente com VHA-profilaxia pós-
exposição.
Prova tuberculínica
Prova de Mantoux
O tempo dessa evolução é de 6-12 semanas, podendo, raramente, prolongar-se até às 24.
->Pessoas com deficiências imunitárias graves não devem ser vacinadas com vacinas vivas;
->Grávidas não devem ser vacinadas com vacinas vivas. As vacinas vivas atenuadas
representam um risco teórico para o feto (DGS,2017).
Falsas contraindicações
Vacina-conceito-tipologia
TIPOLOGIA
2-Vacinas inativadas/inertes:
Inteiras- o agente bacteriano ou viral é inativado por exemplo por formaldeído, e fica
incapaz de se multiplicar, mas mantém todas as suas componentes e preserva a
capacidade de estimular o sistema imunitário. Ex: VIP; Hepatite A
Fracionadas- contêm pequenas frações ou porções de vírus ou bactérias. Ex: DTP,
vacina antigripal, vacina contra a cólera
Toxóide- contém uma toxina bacteriana quimicamente modificada, que mantém as
suas propriedades imunogénicas, estimulando a formação de anticorpos. Ex: difteria
Polissacarídicas- construídas a partir de polissacarídeos da cápsula envolvente do
agente infecioso. Ex: Hib
Conjugadas- conjugam um polissacarídeo da cápsula com uma proteína
transportadora. Ex: MenC
Vacinas: intervalos entre a administração
Nota:
1- A administração de BCG em grupos de risco implica que as vacinas que se efetuem nos 3
meses seguintes sejam administradas no braço direito;
2- Se <12 meses a VASPR é administrada na coxa direita;
3- Se <12 meses a MenC é administrada na coxa esquerda;
4- Aplicável a > 24 meses
Vacinas: regras
->Nos casos em que haja necessidade de administrar mais do que uma vacina no mesmo
membro, as injeções devem ser distanciadas de 2,5 a 5 cm;
->Nos cassos em que as vacinas sejam administradas em locais anatómicos diferentes dos
aconselhados, é obrigatório o seu registo local onde cada vacina foi administrada, no Boletim
Individual de Saúde, Registo de Vacinas: Ficha Individual de Vacinação ou Módulo de vacinação
do SINUS.
->Caracteriza-se por alterações potencialmente graves a nível da via aérea e/ou circulatória,
por vezes associadas a alterações cutâneas e mucosas, manifestando-se uma evolução rápida
atingindo um pico entre 3 a 30 minutos. (PNV,2017)
->Reação sistémica: febre, mal-estar, fadiga; irritabilidade, alterações do sono; dor muscular,
cefaleias, tonturas; náuseas e perda de apetite (7-21 dias).
->Pele e/ou mucosas: urticária, eritema ou prurido generalizado; edema dos lábios, da língua
ou da vulva;
Ocorrência, de forma súbita, após exposição a um alergénio provável para aquele doente
(minutos a algumas horas), de 2 ou + das seguintes situações:
Hipotensão após exposição a um alergénio conhecido para aquele doente (minutos a algumas
horas) - Lactentes e crianças: pressão arterial sistólica reduzida para a idade:
Vacinas: Documentação
->eBoletim de vacinas
Vantagens:
O sistema formado pelo equipamento, pessoas e procedimentos, o qual contribui para manter
as vacinas em condições adequadas à manutenção da sua eficácia ao longo das diferentes
etapas: fabrico, armazenamento, distribuição e administração. (Tavares, 2010)
Manifesta-se por comportamentos que influenciam o processo de afeição com o outro (mãe e
pai/ cuidador):
Linguagem: 2 meses (vocaliza); 6 meses (diz monossílabos); 10 meses (diz papa e mama com
significado).
O lactente necessita alguém que brinque com ele e não o deixe brincar sozinho (Hockenberry,
Wilson & Winkelstein, 2006).
Temperamento
Os lactentes difíceis:
Dados de crescimento
*Reflexo de Santmyer (acima de 33 semanas): um leve sopro sobre a face desencadeia uma
salva de 3 deglutições extras.
Ansiedade de separação:
Sentimento de uma criança quando começa a perceber que está longe dos pais,
mesmo que seja por pouco tempo. Começam a perceber que existem sem os pais;
Essa tomada de consciência pode acontecer a partir dos 5 meses, com um pico entre o
10º e o 18º mês de vida (pode ir até aos 2 anos).
Caracterização:
Dentição
Sinais de erupção dentária: choro, inquietação, dormir e comer mal, gengivas vermelhas e
sensíveis, mastigar constantemente objetos como brinquedos e grades do berço, salivar.
Em saúde oral, uma criança ou jovem é considerada como sendo de alto risco, se nela for
detetado algum dente com cárie dentária (DGS,2013).
A avaliação do risco individual implica o exame objetivo da boca e dos dentes, que pode ser
feito em saúde infantil e juvenil- pelo médico de família, pelo pediatra, pelo enfermeiro
considerando o Programa Nacional da Promoção da Saúde Oral (DGS).
1ª consulta: Após o nascimento e antes dos primeiros seis meses de vida pois ajuda no
processo de desmistificação da consulta ao odontologista (atribuição de um significado
promotor).
Importante:
1.Dentífrico fluoretado
2.Elixir oral apenas com prescrição terapêutica, utiliza-se em tratamento ou alto risco de cárie
dentária. Nas crianças utilizar apenas quando tiver a capacidade para não ingerir.
Dentição: sucção
Tipos de sucção:
Sistema estomatognático
Estabelecer limites
A disciplina é o segundo presente mais importante que um pai pode dar a uma criança. O amor
vem em 1º lugar (Brazelton, 2004, cit OE).
O significado da palavra “disciplinar” envolve a ideia de ensinar, instruir e tem como objetivo
principal preparar a criança para alcançar competências e habilidades relacionadas à aquisição
do autocontrole. (Moura, 2011)
Sono
Fatores condicionadores:
Nutrição
->Diversificação alimentar:
Sinais de prontidão
Dos 7 aos 9 meses:
->Aporte de ferro;
10 a 12 meses
Pressupostos:
Vantagens:
->Estimula:
A integração sensorial: contacto com a textura, cor e sabor real dos alimentos e tem
prazer em comer;
A motricidade fina, a coordenação mão-visão e a mastigação;
A harmonia familiar à hora da refeição;
A autonomia e autoconfiança;
O desenvolvimento da mastigação, de forma mais adequada.
A área de alimentação deve ser facilmente limpa com um pano e estar relativamente afastada
das paredes, móveis ou toalhas. Desta forma, a desarrumação fica confinada a uma área.
A criança não deve ser pressionada a alimentar-se sem sujar ou ter modos à mesa antes que as
habilidades manipulativas sejam adquiridas.
Acidente multifatorial
Predisposição individual:
Plano de cuidados-objetivos
D&C;
Vigilância e promoção da saúde;
Ingestão nutricional;
Diversificação alimentar;
Higiene;
Sono;
Promoção de segurança;
Choro
Alimentar;
Cuidar da higiene;
Transportar com segurança;
Usar estratégias para lidar com o chor/ para promover o D&C/ para promove o sono.
O dar banho;
Ingestão nutricional;
Diversificação alimentar;
Sono;
Promoção da segurança;
Choro.
->Promover a autoeficácia
Ensinar sobre:
Ensinar:
Ensinar:
Ensinar:
Orientar:
1ª consulta de odontopediatria;
Critérios de escolha do profissional de odontopediatria.
Ensinar:
Ensinar:
Ensinar:
Ensinar:
Ensinar:
Ensinar:
Todler
Crescimento
->Peso:
->Altura:
->Perímetro torácico:
->Perímetro cefálico:
->Dentição:
4 segundos pré-molares;
Decídua completa (20 dentes) aos 3 anos
Fator condicionador: hereditariedade
+ desenvolvidos;
Utilizados em simultâneo
Tato= amadurecer a relação familiar
Sistema gastroinestinal
Desenvolvimento
Comportamentos adaptativos
Motricidade fina
->Aos 3 anos utiliza: tesoura, picotagem (com dificuldade), anda em pontas de pés, pedala,
segura no lápis (polegar e indicador)
->Principais acidentes:
->Determinantes-chave de prevenção:
Ambiente adaptado;
Respeito pelos regulamentos e leis sociais;
Educação dos pais e criança
->Fatores:
A falta de maturidade;
Maiores habilidades motoras (andar, abrir e fechar portas, puxar objetos, explorar
qualquer orifício, sobe e desce escadas);
Não discerne o certo do errado ou a relação entre causa-efeito;
Curiosidade natural, pensamento ilógico, mágico;
Egocêntrico.
Brincadeiras:
Atividade de eleição;
Utiliza para fantasiar, desenvolver competências motoras, recriar/replicar atividades
do quotidiano;
Brincadeira paralela (acompanham a brincadeira de outras crianças);
Atribui maior ênfase às de natureza sensorial do que motora;
Formas preferenciais: tátil, imitação, falar com crianças do mesmo género
Linguagem
Processo ativo entre o encéfalo (visão e audição) e o sistema motor (produção de discurso
falado e escrito).
Mantêm o diálogo;
Iniciam novos temas de conversa;
Expressam conceitos imaginativos sobre sentimentos pessoais
Lateralidade
Compreender o mundo;
Aprender a modificar o seu comportamento;
Corresponder às expectativas sociais.
Regressão
Surge por desconforto ou situações stressantes, sendo comum entre os 1 e os 3 anos.
Capacidade de domínio das tarefas atuais.
Reação:
Ciúme da criança relativamente a irmãos ou outras crianças da família quando os pais desviam
a atenção para interagir com elas (nascimento, famílias reconstituídas).
A chegada de um novo irmão é stressante pois há uma mudança de atenção por parte da mãe,
pai, família e amigos.
Comportamento demonstrativo:
Sinais de alarme
Alimentação noturna;
Choro noturno e/ou condicionado;
Recusa em deitar-se;
Medo/temores noturnos;
Hospitalizações, dor;
Temperatura corporal.
Dificuldades naturais: treino de esfíncteres; rivalidade entre irmãos; acessos de raiva; anorexia
fisiológica; negativismo.
Plano de cuidados-objetivos
Intervenções de enfermagem
Ensinar sobre:
Exemplos:
Reforçar as rotinas ajustadas, para que as crianças no período noturno comam de 3/3
horas;
3 refeições principais;
2-3 merendas, consoante as rotinas.
Nota:
Ensinar sobre:
Ensinar sobre:
-Vigilância da saúde oral:
-Dieta alimentar:
-Higiene oral:
Informar sobre a eficácia (maior) se realizada pelos pais. Aconselhar sobre o uso:
Dos 12-18M:
Dos 18-24M:
O tipo de brincadeiras para desenvolver a atividade motora fina e tátil (ex: quebra-
cabeças, lápis de cor, giz, quadro negro, digitintas…);
Informar da importância da exploração e das brincadeiras desestruturadas para o
desenvolvimento da liberdade de expressão;
Utilização dos mídia: 1-2h /dia (Academy of Pediatrics)
Ignorar a regressão;
Elogiar pelos padrões existentes e adequados de comportamento;
Evitar novas áreas de aprendizagem em plena crise ou se está para ocorrer.
Consistência na ação;
Expectativas de desenvolvimento adequadas;
Disciplina: ensinar ou aplicar um conjunto de regras que orientem o comportamento-
suspensões após >18 M; escolher consequências razoáveis adequadas ao
desenvolvimento (chamar à razão tem pouco efeito, ex: se não estiver em causa o bem-
estar físico deve ser ignorado; usar gratificações como reforço positivo, mas não ceder
ao pedido original);
Estar presentes proporcionando conforto e segurança.
->Melhorar conhecimento sobre o controle de esfíncteres (18-24M)
Sinais de prontidão:
Crescimento e Desenvolvimento
Crescimento
->Peso (médio):
14,5 kg- 3 A;
16,5 kg- 4 A;
18,5 kg- 6 A
->Altura (média):
95 cm- 3 A;
103 cm-4 A;
110 cm-5 A;
116 cm-6 A.
->IMC
Baixo: P < 3
Peso normal: P 3 e P 85
Excesso de peso: P->85
Pré-obesidade: P->85 e < P 97
Obesidade: P->97
Comportamentos adaptativos
Andar, correr e saltar (36 M): anda na ponta dos pés; fica num pé só por alguns segundos
Pegar numa bola com confiança (4 A): eficientemente num só pé (4 A); com um pé e outro
alternadamente (5 A)
Patinar e nadar (5 A)
Brincadeiras
Possui um “amigo imaginário” (início aos 3 anos, sendo mais comum aos 4/5 anos):
está no auge do período de representação simbólica- tem capacidade de evocar o que
não é real e fantasia;
Dramatizam constantemente e o “faz de conta” faz parte do seu quotidiano;
Proporcionam oportunidades de aprendizagem, desenvolvimento físico, social e
mental;
Promovem o aprimoramento de habilidades motoras e o crescimento físico;
Mais frequentes são: associação; imitação; imaginação; dramáticas (ajuda à
diferenciação entre fantasia e a realidade);
Ver televisão e vídeos;
Atividades reais (no final deste período) (Festas, Quelhas, Braga In Barbieri-Figueiredo,
2020; Hockenberry & Wilson, 2014)
Linguagem
Aos 2 A: Consegue dizer frases curtas com 2 palavras. Já sabe falar umas 200 palavras.
Aos 3 A: É possível entender tudo o que fala, mas às vezes ele conjuga errado. Conhece cores
Comportamento no qual tenta magoar alguém ou destruir objetos. A agressão difere da raiva
(estado emocional temporário)
Ingestão nutricional
Considerar que:
33.3% das crianças entre os 2/12 A têm excesso de peso, das quais 16,8% são obesas (APCOI)
Sono
Medos
->Gestão dos medos, pelos pais, pela dificuldade de distinguir a fantasia da realidade-
animismo;
Sexualidade
Teoria Psicossexual Freud: Fase fálica; concentração das questões convertidas dos complexos
de Édipo e Electra.
Objetivo/ pré-escolar
Ensinar sobre:
Ensinar sobre:
Supervisionar;
Usar utensílios apropriados- segurança;
Comprar alimentos saudáveis;
Lista de compras para uma receita saudável;
Colaboração na preparação da refeição;
Participar da ida às compras em família, promotora da aprendizagem de escolhas
saudáveis.
Ensinar sobre:
Acordar noturno pode ser comum: pesadelos (sono superficial, com despertar abrupto
que pode ser iniciado por um grito de pânico, choro ou vocalizações incoerentes);
terrores noturnos (princípio da noite); dificuldade em ir dormir;
Atmosfera não competitiva, de brincadeira livre;
Respeitar o medo (ele é real);
Confortar e dar segurança;
Observação da criança durante alguns minutos;
Necessidade de esperar que se acalme e acorde e de regressar ao quarto;
Higiene do sono: horário regular de deitar (se necessário alterar, por ex. fins de
semana, diferença máxima 30 minutos; ritual de deitar (lavar os dentes, vestir pijama);
objeto de transição; adormecer na própria cama; diminuir atividades lúdicas
estimulantes (TV, telemóvel…)
Ensinar sobre:
Supervisão e ajuda na escovagem dos dentes: 2x/dia; fio dental (pelos pais);
Os cuidados odontológicos: intervalos de 6 a 12 meses (recomendação);
Evitar alimentos cariogénicos da dieta
Projetos pedagógicos;
Estratégias de adaptação: permanecer um pouco no infantário, permanência gradual;
Partilha de informação sobre ambiente e rotinas familiares, as atividades favoritas, as
preferências alimentares;
Educação sexual
Medos
Ensinar sobre:
Linguagem
Inicie as conversas relacionadas a eventos recentes: o que eles estão a fazer, como se
estão a sentir;
Invente histórias em conjunto em que cada um contribui um pouco para a construção
da história;
Aumente gradualmente a complexidade da gramática e do vocabulário que usa para
comunicar com a criança;
Forneça informações ampliadas sobre eventos, coisas que eles vêm e como eles se
sentem;
Leia, faça perguntas, use inflexões dramáticas, deixe-os adivinha o que vai acontecer a
seguir, aponte para imagens e descreva-as, peça à criança para fazer o mesmo.
Em idade escolar:
Período + tranquilo;
Preparar a criança para a entrada na escola;
Verificar cumprimento do PNV;
Estabelecer regras de segurança na interação com estranhos;
Sugeri aulas de natação;
Supervisão da TV/ internet
Maturidade dos sistemas e processos corporais: sistema respiratório, sistema renal, sistema
imunitário, sistema musculoesquelético, sistema gastrointestinal
Tipologia familiar (com a mãe a trabalha fora de casa, criança sem supervisão): famílias
monoparentais e famílias nucleares;
Comportamentais: solidão e isolamento; sentimentos de insegura; vulnerabilidade a
comportamentos de risco.
Limites e disciplina
Antes de humilhar, punir deve levá-la a compreender a ação, por ex: consertar o que
partiu, limpar o que sujou, pedir desculpas se ofendeu;
Agir distante dos outros, sem constrangimentos, sendo prova de respeito;
Diferenciar a criança do erro, causando frustração, mas sem condenação.
Lembrar com mais frequência as coisas boas que a criança deve fazer, as formas
corretas dela agir, e não o contrário, dizendo e destacando sempre o que ela não deve
fazer.
Evitar manipular ou deixar-se manipular por chantagens emocionais:
Cada um que assuma a sua responsabilidade (família, escola) sendo a melhor solução a
parceria de ambas, no trabalho conjunto e contínuo.
Sinais de stress:
Sinais de alerta:
Agressividade;
Violência e oposição persistentes;
Birras inexplicáveis e desadequadas para a idade;
Ansiedade, preocupações, ou medos excessivos;
Dificuldades em adormecer, pesadelos muito frequentes;
Dificuldades na socialização, com isolamento ou relacionamento desadequado com
pares ou adultos.
Desenvolvimento: relação interpessoal
Ingestão nutricional
Sono
Ensinar sobre:
Faça refeições a horas certas e contemple alimentos variados a nível de cores, texturas
e paladares;
Inclua as crianças na compra, preparação e confeção das refeições;
Convide-as a escolher os hortícolas e frutas para o menu semanal;
Seja criativo na apresentação dos pratos, use e abuse das cores dos alimentos.
Lembre-se que os olhos também comem e dê nomes apelativos aos pratos (ex: arroz
alegre);
Faca das refeições um momento divertido, de descontração e de convívio da família.
Respeite a saciedade da criança e não faça das refeições “uma guerra” com as
crianças;
Habitue a comer sopa no início do almoço e do jantar (importante dar o exemplo);
Experimente adotar técnicas de “marketing”: em vez de sopa de espinafres, come-se
muito melhor uma “sopa à Popeye”;
Inclua os produtos hortícolas em 1/3 do prato, cozidos ou crus com formas divertidas
(ex: palitos de cenoura);
Seja persistente, não desista ao primeiro sinal de rejeição. Lembre-se que ninguém
gosta de todas as frutas e hortícolas. Se a criança for ensinada a provar o mesmo
alimento várias vezes, pode acabar por apreciar;
Quando existe recusa a um alimento ou os seus equivalentes alimentares, dar noutras
preparações culinárias que sejam do gosto (ex: massa, empadão);
Não use os alimentos como um prémio ou punição, não deve haver o “come isto e eu
dou-te aquilo”;
Convide um amigo para almoçar ou jantar. Se estes forem um exemplo positivo,
podem ser um recurso como influência para a ingestão de hortofrutícolas.
Ensinar sobre:
Assistir:
Ensinar sobre:
Ensinar sobre:
Ensinar sobre:
Ensinar sobre: