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CONSULTA DE

Profª Esp. Raquel Borges


ENFERMAGEM DE
PUERICULTURA
PUERICU
LTURA
Estudo dos cuidados com o ser humano em desenvolvimento com o
acompanhamento integral desse processo, em especial, na criança.

Melhorar a
percepção da família
Prevenir agravos sobre a importância
dos cuidados
Acontece no Estendendo-se preventivos
Até o final da
serviço desde ao longo da
adolescência.
pré-natal infância. Permite intervenções
precoces na
correção de desvios
de crescimento e
desenvolvimento
CONSULTA DE
ENFERMAGEM
A consulta de enfermagem à criança tem como
objetivo prestar assistência sistematizada de
enfermagem, de forma global e individualizada,
identificando problemas de saúde-doença,
executando e avaliando cuidados que contribuam
para a promoção, proteção, recuperação e
reabilitação de sua saúde.
Sua realização envolve uma sequência
sistematizada de ações: histórico de enfermagem e
exame físico, diagnóstico de enfermagem, plano
terapêutico ou prescrição de enfermagem, e
avaliação da consulta.
ATRIBUIÇÕES DO
ENFERMEIRO
Realizar consultas de puericultura conforme o preconizado neste Caderno da
Atenção Básica, nº 33 e Linha de cuidado;
Realizar a aferição da pressão arterial dos escolares e encaminhar o resultado ao
médico da equipe quando o exame estiver alterado;
 Monitorar, notificar e orientar escolares, pais e professores diante de efeitos
vacinais adversos;
Realizar a aferição dos dados antropométricos de peso e altura e avaliar o IMC das
crianças;
 Exercer as atribuições que lhe são conferidas pela PNAB.
A CHEGADA DA CRIANÇA
À FAMÍLIA
A FAMÍLIA DE UMA CRIANÇA
RECÉM- NASCIDA
A chegada de um bebê é um
momento de transição do ciclo
de vida da família

Por tal razão, é muito comum o


surgimento de dúvidas,
inseguranças e questionamentos
A FORMAÇÃO DO
VÍNCULO/APEGO

Relacionamentos preliminares Após o nascimento, o bebê, para


estabelecidos ainda com o feto e com a sobreviver, precisa de alguém que
criança imaginada pelos pais, antes cuide dele e que assegure que suas
mesmo do seu nascimento. necessidades físicas (alimentação,
limpeza, cuidado, proteção, entre
outras) e psicossociais (de se sentir
seguro, amado, protegido, valorizado)
sejam atendidas
A FORMAÇÃO DO
VÍNCULO/APEGO
Por isso, é importante que o profissional de
saúde, em contato com a família, observe
cuidadosamente como os cuidadores (em
especial, a mãe) reagem a
Busca comportamentos
tais
de .
apego

Reagem de forma irritada Oferecem aconchego


São afetuosos?
ou agressiva ao choro? frequente ao bebê?

A prática da amamentação favorece a formação de vínculo entre mãe


e filho e deve ser estimulada.
O DESENVOLVIMENTO DA
FUNÇÃO PARENTAL
O profissional de saúde deve estar atento e deve estimular
o desenvolvimento da parentalidade
 Conjunto de remanejamentos psíquicos e afetivos que permitem ao
adulto tornar-se pai ou mãe.

Sentimentos como:
 Medo de não conseguir manter a vida e o crescimento de seu bebê
 Medo de não conseguir envolver-se emocionalmente com o seu bebê
de modo autêntico e pessoal (e de que ele não se desenvolva
emocionalmente)
 Preocupação em como criar o bebê (se irá ou não permitir sistemas de
apoio
necessários)
 Medo de não conseguir modificar-se ou reorganizar sua identidade.
A PARTICIPAÇÃO
PATERNAA participação paterna em
todas as fases de
desenvolvimento da criança é
um elemento importante
para o seu crescimento
saudável, pois representa um
relevante fator protetivo para
a saúde de todos os
envolvidos.

Para a ampliação e o fortalecimento da participação paterna na saúde familiar, os profissionais


da Rede SUS devem estar atentos para o acesso e o acolhimento de qualidade desses pais. Para
isso, é fundamental que o pai/cuidador seja visto também como um indivíduo responsável pelo
bem-estar da criança nas diversas fases da sua vida, devendo ser incorporado às atividades
rotineiras realizadas pelas equipes de saúde.
DIFICULDADES COMUNS DA FASE
O NASCIMENTO DE UM
SEGUNDO FILHO
O nascimento de um irmão é algo que exerce
impacto sobre o comportamento do primogênito,
que tem de aprender a lidar com a divisão do
amor e da atenção dos pais, que antes eram
dirigidos exclusivamente a ele.
É comum o aparecimento de sintomas físicos no
primogênito, tais como febre e alergia, além de
retrocessos na linguagem e na alimentação,
propensão ao choro, aumento de birra e
manifestações de agressividade.
VISITA DOMICILIAR
PARA A FAMÍLIA DO
RECÉM-NASCIDO
VISITA
DOMICILIAR

Ponto de apoio para a superação das dificuldades, que se


constitui na necessidade de adaptação à presença de um novo ser
no sistema familiar, da representação de novos papéis e do
realinhamento de relacionamentos.
VISITA
DOMICILIA
Instrumento importante para a troca de informações vinculadas às
R
necessidades particulares de cada indivíduo, favorecendo, desta
forma, atividades educativas e mais humanizadas.
A visita domiciliar é uma das atribuições das equipes de saúde de
atenção básica e é uma das principais atividades preconizadas para
o agente comunitário de saúde pelo MS.
VISITA
DOMICILIA
São recomendadas às famílias de gestantes e de crianças na primeira
R
semana pós-parto.
Cabe lembrar que a visita domiciliar não é apenas uma atribuição do agente
comunitário, pois toda a equipe faz uso dessa prática, podendo a primeira
consulta do RN e da puérpera ocorrer em domicílio, conduzida pelo(a)
médico(a) e/ou enfermeiro(a).
Se ele tiver sido classificado como de risco, deverá ocorrer nos primeiros
três dias de vida
VISITA
DOMICILIAR
Objetivo
:Assistir a atendendo as
criança, suas biológicas
psicológicas, sociais e espirituais,
necessidades ,
e de sua família
Acompanhar o crescimento
e o desenvolvimento da
criança
PRIMEIRA SEMANA
DE VIDA
A atenção à mulher e ao recém-nascido
(RN) nas primeiras semanas

É fundamental para garantir a


saúde materna e neonatal
VISITA
DOMICILIAR
A realização da visitapela
enfermeira pode servir para:
Reforçar orientações
Levantar dúvidas não discutidas
anteriormente
 Aumentar a segurança e a
autoconfiança da mãe
Melhorar a receptividade e a
relação interpessoal entre a enfermeira e
a puérpera,
 Proporcionar apoio e avaliar a saúde da mãe (KALINOWSKI,
QUANDO DEVE
OCORRER?
Na sua primeira semana de
vida

 Estimular e auxiliar o aleitamento materno exclusivo


 Verificar a Caderneta de Saúde da Criança
 Orientar e realizar imunizações
 Verificar a realização da triagem neonatal (teste do pezinho)
 Estabelecer ou reforçar a rede de apoio à família
 Identificar riscos e vulnerabilidades ao nascer
 Avaliar a saúde da puérpera
VISITA
DOMICILIAR
O atendimento ao recém-nascido e a sua família é um
desafio para a equipe de saúde:
Efetivar o acompanhamento da criança
Orientar os pais
Realizar uma assistência planejada, individualizada e de
qualidade
Com o recurso
socioeconômico da
família
“PRIMEIRA SEMANA
DE SAÚDE
INTEGRAL”
Acolhimento da mulher e do RN:
 Apresentar-se, perguntar o nome da
mulher e do recém-nascido e atendê-los
com respeito e gentileza;
 Escutar o que a mulher tem a dizer,
incluindo possíveis queixas,
estimulando-a a fazer perguntas;
 Informar sobre os passos da consulta
e esclarecer dúvidas.
VISITA
DOMICILIAR
Recém-nascido Puérpera

 Problemas fisiológicos  Alterações fisiológicas


 Problemas psicológicos  Alterações orgânicas
Problemas relacionados à  Deficiência na higienização
amamentação  Cuidados ao recém-nascido
Problemas relacionados ao
cuidado.
DIRETRIZES PARA A
REALIZAÇÃO DO EXAME
FÍSICO
FAZER O EXAME FÍSICO
COMPLETO APÓS O
NASCIMENTO,
OBJETIVANDO:
Inspeçã Auscult
o a

Palpaçã Percussã
o o
O QUE OBSERVAR E
COMO REALIZAR?
PADRÃO DE
NORMALIDADE:
PADRÃO DE
NORMALIDADE:
Alguns protocolos sugerem a realização da ausculta cardíaca e da palpação de pulsos no mínimo
três vezes no primeiro semestre de vida, devendo-se repetir os procedimentos no final do primeiro
ano de vida, na idade pré-escolar e na entrada da escola.
PADRÃO DE
NORMALIDADE
 Temperatura
 A temperatura
normal
axilar situa-se entre
36,4ºC e 37,5ºC e não
necessita ser medida
rotineirament e
crianças
eexceto na presença m
assintomáticas, de
fatores de risco, como
febre materna durante o
parto.
PRESSÃO
ARTERIAL
Há consenso na literatura, mas sem embasamento em estudos bem
delineados, de que a pressão arterial deve ser aferida a partir dos 3 anos
de idade nas consultas de rotina.
Sugere-se que se faça uma medida aos 3 anos e outra no início da idade
escolar (6 anos)
RECOMENDAÇÕES
ESPECÍFICAS PARA
MEDIÇÃO
 DA PA EM
O método recomendado é auscultatório.
CRIANÇAS E
ADOLESCENTES
 Utilizar K1 para PAS e K5 para PAD.

Usar manguitos adequados, largura da bolsa inflável de 40% da circunferência no


ponto médio entre o acrômio e o olécrano e comprimento de 80-100% da
circunferência do braço.

Medir PA de crianças < 3 anos quando há necessidade de terapia intensiva


neonatal, nas cardiopatias congênitas, nas doenças renais, no tratamento com drogas
que elevem a PA e na evidência de aumento da pressão intracraniana.
MANG
UITOS

http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2016/05_HIPERTENSAO_ARTERIAL.p
df
Milium
EXAME
FÍSICO
Musculoesquelético
 Deformidades
 Articulações
Manobra de Barlow e de
Ortolani
 Pé torto
Espinha bífida
Meningocele

(BRASIL,
2012)
EXAME
FÍSICO
Aparelho
genitourinário
Sexo Masculino
 Testículos
 Criptorquidia
 Hidrocele

(BRASIL,
2012)
EXAME
FÍSICO
Aparelho
genitourinário
Sexo Feminino
 Hímen
 imperfuração do hímen

(BRASIL,
2012)
EXAME
FÍSICO
Ânus
Anomali
as
Fístulas

(BRASIL,
2012)
EXAME
FÍSICO
Sistema nervoso
Reflexo:
 Sucção
 A sucção reflexa manifesta-se quando os lábios da criança são tocados
por algum objeto, desencadeando-se movimentos de sucção dos lábios e
da língua.

(BRASIL,
2012)
EXAME
FÍSICO
Sistema nervoso
Reflexo:
 Voracidade
 Manifesta-se quando é tocada a bochecha perto da boca, fazendo com
que a criança desloque a face e a boca para o lado do estímulo.
 Está presente no bebê até os três meses de idade.

(BRASIL,
2012)
EXAME
FÍSICO
Sistema nervoso
Reflexo:
Preensão
Se obtém com leve pressão do dedo do examinador
na palma das mãos da criança e abaixo dos dedos do
pé.

(BRASIL,
2012)
EXAME
FÍSICO
Sistema nervoso
Reflexo:
Marcha
 Segura-se a criança pelas axilas em posição ortostática.
Ao contato das plantas do pé com a superfície, a criança
estende as pernas até então fletidas. Se a criança for inclinada
para a frente, inicia a marcha reflexa.

(BRASIL,
2012)
EXAME
FÍSICO
Sistema nervoso
Reflexo:
Fuga à asfixia
É avaliado colocando-se a criança em decúbito ventral no leito,
com a face voltada para o colchão. Em alguns segundos o RN
deverá virar o rosto liberando o nariz para respirar
adequadamente.

(BRASIL,
2012)
EXAME
FÍSICO
Sistema nervoso
Reflexo:
 Cutâneo-plantar
É obtido fazendo-se estímulo contínuo da planta do pé a partir
do calcâneo no sentido dos artelhos. Os dedos adquirem
postura em extensão.

(BRASIL,
2012)
EXAME
FÍSICO
Sistema nervoso
Reflexo:
 Moro
 É um dos mais importantes a serem avaliados
 É desencadeado por algum estímulo brusco como bater palmas, estirar bruscamente o lençol onde a
criança está deitada, ou soltar os braços semiesticados quando se faz a avaliação da preensão palmar.
 O reflexo consiste numa resposta de extensão-abdução dos membros superiores (eventualmente dos
inferiores), ou seja, numa primeira fase os braços ficam estendidos e abertos, com abertura dos dedos
da mão, e em seguida de flexão-adução dos braços, com retorno à posição original.
 Costuma desaparecer por volta dos seis meses de idade.
 A assimetria ou ausência do reflexo pode indicar lesões nervosas, musculares ou ósseas, que devem
ser avaliadas.
SINAIS GERAIS DE
PERIGO
 Convulsões
 Bebê mais “molinho”, parado e com choro fraco.
 Gemente
 Não pega o peito ou não consegue se alimentar
 Febre (temperatura igual ou maior a 38ºC)
 Temperatura baixa (igual ou menor que 35,5ºC)
 Diarreia
 Umbigo hiperemiado e/ou com secreção
 Pústulas na pele
 Pele amarelada
 Placas brancas persistentes na boca

(COLOMBO, 2012)
SITUAÇÕES
DE RISCO
Mãe com baixa escolaridade; Pais ou responsáveis dependentes de drogas
lícitas e ilícitas;
Mãe adolescente;
Criança nascida de parto domiciliar não
Mãe deficiente mental; assistido;
Mãe soropositiva para HIV, toxoplasmose Recém-nascido retido na maternidade;
ou sífilis, com criança negativa para estas
doenças; Desmame antes do 6º mês de vida;
Morte materna; Desnutrição;
História de óbito de menores de 1 ano na Internação prévia;
família;
Criança não
Condições ambientais, sociais e vacinada ou com
familiares desfavoráveis; vacinação
atrasada.
CONDU
TAS
 Higiene pessoal
 Higiene do ambiente
 Prevenção de acidentes
 Nutrição –
Amamentação
 Contra-indições AME
 Vacinação
 Triagem neonatal

(COLOMBO,
2012)
CONSULTAS
SUBSEQUENTES
A frequência de consultas por faixa
etária Idade
Nº de consultas Semana Meses Ano
1ª 1 2 4 6 9 12 18 24 3 4 5 6

1º ano – 7

2º ano – 2
3º ano – 1
4º ano – 1
5º ano – 1
6º ano – 1

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