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A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NOS TRNSTORNOS ALIMENTARES

INTRODUÇÃO

Os Transtornos alimentares (TA) são doenças psiquiátricas


caracterizadas por alterações graves no comportamento alimentar que atingem
adolescentes, e na grande maioria mulheres, causando inúmeros danos
biológicos, psicológicos e aumento da morbidade e mortalidade, esses
transtornos tem como característica marcante o medo excessivo de engordar
(Carmo, 2014).
Atualmente, percebe-se que há uma imagem idealizada do corpo humano
sendo visibilizada. Embora não seja algo recente, é notória a transformação de
um padrão corporal predominante.
“Com a promoção de um ideal corporal de magreza pela cultura
ocidental, observa-se um número expressivo de pessoas insatisfeitas
com a forma e o peso de seu corpo. Desde a última década é
crescente o número de pesquisas na área da saúde, principalmente
devido ao aumento da incidência de transtornos alimentares (TAs)”
(Gonçalves & Martínez, 2014).

Sob esse viés, cabe analisar a presença desses transtornos na sociedade


moderna, bem como sua multiplicidade e os prejuízos causados a saúde dos
indivíduos que os desenvolvem.
. Nessa lógica, estão entre os tipos de distúrbios alimentares a:
“Anorexia nervosa, na qual, os principais sintomas são perda de peso
deliberada, imagem corporal perturbada e amenorréia, e as
complicações podem incluir insuficiência cardíaca, distúrbios
eletrolíticos, hipotermia e osteoporose.”( Drt. Hartman, 1995 )

“A bulimia nervosa que é um distúrbio psiquiátrico caracterizado por


compulsão alimentar seguido por alguma forma de combinação de
purga, incluindo uso de laxante ou diurético, exercício extenuante e
vômito auto-induzido para eliminar calorias indesejadas. Os
problemas físicos da bulimia incluem problemas orais e cervicais,
desequilíbrios metabólicos, depleção de volume, problemas
gastrointestinais e edema.”(Hofland, Dardis. Psychosoc Nurs Ment
Heatlh Serv, 1992 ).

A partir disso é possível perceber que existem fatores que corroboram


para a intensificação da ocorrência desses distúrbios.

“Os transtornos alimentares estão entre as doenças psicossomáticas


mais comuns nas sociedades ocidentais. Já há algum tempo, a mídia
tem sido responsabilizada como um dos potenciais desencadeadores
de comportamentos alimentares problemáticos.” (Peter, Brosius.
Epub., 2020).
Existe uma grande influência das redes sociais no comportamento e
saúde das pessoas, principalmente no que diz respeito a distúrbios
alimentares. O uso exagerado das redes sociais pode provocar a comparação
de imagem, principalmente dos jovens, com a de outras pessoas favorecendo
para o surgimento de sensações de desconfiança e insegurança. Isso pode
ocasionar em comportamentos de mudanças corporais como fraqueza, perda
de peso excessivo, entre outros problemas de saúde. Para promover hábitos
saudáveis e evitar tais comportamentos dos jovens, podem ser tomadas
atitudes que favoreçam o bem-estar dos mesmos, como: atividades de
autocuidado e a conscientização dos riscos do uso exagerado das redes
sociais.
“É importante no tratamento dos TA que a pessoa siga uma dieta
adequada e saudável, propondo melhoria no vínculo entre corpo e alimento.”
(LATTERZA et al, 2004).

“Estudos também afirmam que intervenções psicológicas, como


modelos de psicoterapia, são grandes aliadas no tratamento de
transtornos alimentares, como a terapia cognitivo-comportamental,
terapia comportamental dialética e mindful eating.” (DUCHESNE et al,
2019).

Nas últimas décadas, as redes sociais se tornaram parte integral da vida


cotidiana, afetando a maneira como as pessoas se relacionam com a comida e
a imagem corporal. A justificativa para este projeto se baseia em diversas
razões, tais como: à amplificação de padrões irreais de beleza, a existência de
comunidades pró-transtornos alimentares, a pressão para exposição constante
e a falta de conscientização e recursos que busquem a resolução desse
quadro.
Assim, cita Pinheiro:
“O papel de um nutricionista é fundamental no diagnóstico no
tratamento, principalmente na educação e reeducação alimentar,
podendo assim adquirir o restabelecimento da Saúde desses
pacientes que sofrem com transtornos alimentares, suas vertentes e
na distorção da autoimagem”. (Pinheiro, Magalhães, 2020)

Portanto, o objetivo deste projeto é abordar esses desafios por meio de


pesquisa, conscientização pública e ações para promover uma relação mais
saudável entre as pessoas e as redes sociais. O impacto negativo das redes
sociais nos transtornos alimentares é uma preocupação crescente, e
acreditamos que este projeto possa contribuir para uma sociedade mais
saudável e informada.

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