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A INFLUÊNCIA DA ALIMENTAÇÃO ADEQUADA NA DEPRESSÃO

Luciene Antônia da Silva1; Helen Cristina Silva Cardoso1; Diego Valentim Crescente Cara2;
Paula Cândido Nahas2

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Discente do Curso de Graduação em Nutrição – Centro Universitário UNA.
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Doutor, Centro Universitário UNA, Catalão/Goiás, Brasil.

RESUMO
O tratamento para a depressão embasa-se em acompanhamento psicológico, atividades físicas e psicofármacos,
que podem acarretar na redução das emoções, sonolências, anorexias, dentre outros efeitos negativos. Neste
panorama, o tratamento nutricional vem para amenizar a utilização destes fármacos, uma vez que certos alimentos
podem ajudar na prevenção e no tratamento da depressão, além de amenizar os efeitos colaterais decorrentes do
uso de medicamentos. Este trabalho analisou mediante uma revisão bibliográfica a influência de uma alimentação
balanceada e personalizada, do ponto de vista nutricional, como também a relação dos nutrientes com o quadro
clínico de depressão. A metodologia adotada consiste em uma pesquisa exploratória referente ao tema,
consultando-se artigos científicos, livros e monografias, de modo avaliar a influência da Dieta mediterrânea no
quadro depressivo, bem como realizar um levantamento das nutrientes benéficos em seu tratamento, tal como o
magnésio, o zinco, o triptofano, os ácidos graxos e as algumas vitaminas.

Palavras-chave: Depressão, Alimentação adequada; Qualidade de vida.


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1. INTRODUÇÃO

Na última década (2010), a depressão tornou-se um assunto comumente abordado, visto


a quantidade recorrente de quadros registrados, tantos ao ponto de ser chamada de “mal do
século XXI”. Entretanto seu primeiro registro de ocorrência data de tempos bem mais antigos,
tendo ocorrido no século IV a.c., onde foi descrita por Hipócrates e desde então seus relatos
tem acompanhado o homem durante sua evolução (SESA, 2018; GONÇALVES, 2015).
Os tratamentos mais comumente aplicados a depressão são o acompanhamento
psicológico, a indicação de exercícios físicos regulares e a intervenção com psicofármacos de
acordo com as necessidades do paciente, o tipo de quadro depressivo apresentado e sua
recorrência (SOUZA, 1999; VIEIRA et al, 2007), sendo uma junção dos dois primeiros
métodos o mais usual. Apesar da possibilidade de efeitos colaterais decorrentes dessa
intervenção medicamentosa, tais como redução significativa de todas as emoções, sonolência,
anorexia, taquicardia, náuseas, constipação, ganho de peso, dependência ao remédio, dentre
tantos outros (PEIXOTO et al, 2008; COSTA, 2010).
Entretanto, com o constante crescimento dos casos depressivos faz-se necessária a busca
de outras formas de intervenção, englobando vários campos de estudo relacionados a saúde,
como ocorre com a Nutrição devido ao fato de que alguns alimentos que podem ajudar a
prevenir e/ou tratar a doença e seus sintomas bem como alguns alimentos podem servir como
um catalisador, para os mesmos.
Assim a intervenção nutricional na prevenção e/ou redução da intensidade das crises
surge levantando a possibilidade da utilização de uma dieta adequada e balanceada como um
grande aliado nesta luta (SENRA, 2017), buscando maneiras de reduzir os números de casos
depressivos com a utilização de alimentos ricos em substâncias benéficas e a remoção de outros
que podem intensificar os sintomas e a frequência dos quadros depressivos (VIDANATURAL,
2019).
Para que essa intervenção seja possível faz-se necessário o estudo bibliográfico
exploratório das substâncias e de sua interação com o organismo, bem como as reações geradas
a partir destas, de modo a avaliar a influência de uma alimentação adequada e personalizada no
quadro clínico da depressão.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Dieta mediterrânea


Através de pesquisas realizadas no Reino Unido e lideradas pelo especialista da
University College London (UCL) revelou-se que a dieta à base de vegetais, peixes e nozes
diminuiu em 33% as chances de uma pessoa desenvolver depressão. Montada através das bases
alimentares da região do mar mediterrâneo deu-se o nome da dieta mediterrânea, na qual estão
presentes alimentos ricos como: peixe de água salgada, azeite de oliva, grãos integrais, verduras
e oleaginosos e tem como objetivo promover a saúde através da alimentação, podendo esta ser
utilizada em diferentes faixas etária e sua utilização está associada a um menor risco de
depressão (LASSALE et al., 2018).
Com a ingestão de alimentos considerados inflamatórios (café preto, mate, chocolate,
carnes vermelhas defumadas, chili, carne bovina, tempero pronto Ajinomoto, leite comm
lactose e doces em geral) ocorre um aumento de estresse devido a incapacidade de
metabolização de excessos de gorduras saturadas tais como açúcares e frituras. Quando ocorre
a ingestão de alimentos ricos em fibras, minerais, vitaminas e polifenóis consequentemente
ocorre a redução dessa inflamação (DILLY et al, 2020). Segundo Lassale (2018), “Uma dieta
pró-inflamatória pode induzir inflamação sistémica do corpo, podendo aumentar diretamente o
risco de depressão”.
Uma variação na composição da Dieta Mediterrânea ocorre para vegetarianos e
veganos, que tendo como composição básica vegetais, frutas, cereais, sementes, ovos e
derivados, com recomendação de consumir peixes e aves no mínimo de duas vezes por semana,
não se adequa a suas restrições alimentares. Entretanto faz-se necessária a consulta a um
profissional de saúde capacitado para se realizar adaptações, sendo estas mais complexas no
tocante aos veganos devido ao fato de não consumirem carne, ovos e derivados de leite, sendo
indispensável uma avaliação individual. As proteínas de origem vegetal para substituição
podem ser encontradas em cogumelos, arroz negro, trigo mourisco, amendoim, castanha de
caju, pinhões, ervilhas, lentilhas e o tofu da soja (DOMINGUES; PORTO, 2016).
Outro ponto que corrobora a relação entre nutrição e depressão é a evidência através de
estudos da relação entre intestino e cérebro, que desempenha um papel fundamental na saúde
mental, podendo ser modificada pela dieta, onde o eixo pode ser modulado pelas bactérias
gastrointestinais (MARTINS, 2018). Nos países de alta e média renda a causa de morte precoce
é reconhecida pela má alimentação e os transtornos mentais são a principal causa de
incapacidade importante para o nível de saúde pública (SILVESTRE, 2015).
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2.2 Depressão
O termo Depressão, que deriva do latim depressus, é utilizado para denominar o
transtorno mental que tem como característica uma tristeza recorrente e a redução do interesse
a atividades variadas, ocasionando uma impossibilidade da realização de atividades diárias
durante tempos superiores a duas semanas (OPAS, 2017).
A depressão não é uma doença do século XXI, entretanto conceito utilizado atualmente
passou a englobar outros sintomas além do desanimo apenas no século XIX, sintomas os quais
eram associados a melancolia em tempos passados (FRANCO et al, 2014). A melancolia foi
registrada e classificada primeiramente, onde foi nomeada e descrita juntamente com a paranoia
e a mania (LACERDA; SOUZA, 2013). Segundo a visão de Hipócrates essa doença seria
causada por uma intoxicação cerebral por uma bile negra, que resultava em uma repulsão
alimentar, desânimo, frenesim, neurastenia, tristeza, tendências suicidas, medo e ansiedade,
onde o tratamento era realizado por mudanças alimentares e com a adição de mandrágora e
heléboro, pois acreditava-se que estas ervas reduziriam a bile negra e amarela, atenuando assim
o problema. Outra forma de tratamento consistia em consultas para diálogo e conselhos,
semelhante aos tratamentos psicológicos não medicamentosos realizados atualmente
(SOLOMON, 2002).
Quadros depressivos podem estar ligados a fatores orgânicos, psicológicos e ambientais,
apresentando sintomas comuns na depressão, tais como: angústia, perda de interesse, choro
persistente, rebaixamento de humor, apatia, sentimento de impotência, perda de energia e do
prazer a vida (SESA, 2018).
Os casos de depressão registrados em todo o mundo chegam a valores próximos de 300
milhões de pessoas, de idades diversas (OPAS, 2020), ocupando o terceiro lugar no ranking
mundial de doenças, e o primeiro lugar nas classificações de países desenvolvidos. As
estimativas apontam que a cerca de 121 milhões de pessoas sofrem com a doença, e que, ao
longo da vida 5% a 10% de toda população do planeta seja afligida, e segundo as projeções
pode vir a se tornar a doença com maior incidência até o ano de 2030 (LOPES, 2005).
No cenário nacional brasileiro existem cerca de 5,8% pessoas vivendo com depressão e
9,3% com ansiedade, valores estes que quando comparados aos demais países das Américas só
perdem para os Estados Unidos no tocante à depressão e para o Paraguai para ansiedade (SESA,
2018). Segundo Viana (2009) a ocorrência de ansiedade ocorreria em aproximadamente 12,5%
de todos os casos de transtornos mentais.
Levando-se em consideração as faixas etárias 10% das crianças e adolescentes possuem
algum tipo de transtorno de ansiedade, e destes 50% irão desenvolver um quadro depressivo
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em algum momento, onde um dos fatores mais impactantes é ter pais que possuem um destes
dois (FORTALEZA; MIGUEL, 2013).
Estes altos índices geraram um aumento da preocupação sobre saúde mental e como
consequência o aumento do mercado de saúde mental, que por sua vez fomentou um maior
acesso a psicofármacos e impulsionou as pesquisas nessa área (CANALE; FULAN, 2006).
Outro fator importante é que existem subdivisões no diagnóstico de depressão, podendo
estas serem classificadas, sendo as mais comuns segundo (SESA, 2018):
• Transtorno Depressivo Maior (ou “depressão unipolar”) - quadros isolados, sem relação
a uma outra condição mental ou física, podendo ocorrer de forma grave, moderada ou
leve;
• Depressão Bipolar - os quadros de depressão variam com quadros maníacos;
• Depressão Psicótica - podem ocorrer sintomas psicóticos durante o quadro de depressão
de qualquer natureza;
• Depressão Ansiosa - o quadro depressivo aparece associado ao quadro de ansiedade, ou
aos seus sintomas;
• Depressão Secundária ou Orgânica - quadro depressivo decorrente de uma patologia
clínica.

2.3 Nutrientes envolvidos na etiologia ou tratamento da depressão.


Para pacientes em tratamento depressivo a atenção nutricional complementar, com
inclusão de determinados nutrientes pode apresentar papel fundamental na gênese da depressão,
tendo ainda como fator positivo a não existência de efeitos colaterais, o que propicia uma
melhora global na saúde do indivíduo. Nestes casos as carências nutricionais mais comuns são
a deficiência de ácidos graxos, ômega 3, vitaminas do complexo B, minerais e aminoácidos
precursores de neurotransmissores (LARKHAM; VIEIRA, 2008).

2.3.1 Magnésio
Em diversos países ocidentais devido ao alto grau de processamento dos alimentos e/ou
a grande ingestão de alimentos pobres em magnésio é comum encontrar inadequações nas
quantidades dessa substância, sendo está ainda mais presente na dieta de pacientes com quadros
depressivos e dentre as deficiências nutricionais é a mais subdiagnosticada, apesar de não ser
levada tão seriamente quanto deveria (EBYIII; EBY, 2010).
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Alguns alimentos que contém quantidades satisfatórias de magnésio e contém


aminoácidos podem ser facilmente encontrados em várias regiões brasileiras, sendo alguns
deles o quiabo, a banana, a beterraba, o abacate, bem como amêndoas e nozes, tem seu consumo
encorajado a fim de sanar a deficiência alimentar do magnésio (PIMENTEL, 2019).
O magnésio desenvolve um importante papel na regulação iônica cerebral pois tem
participação ativa na formação e utilização de adenosina trifosfato (ATP). Além disso, várias
outras enzimas dependem do magnésio, totalizando mais de trezentas e vinte e cinco, sendo
várias delas enzimas cerebrais (SEVERO et al, 2015).
Devido a inadequação de seu funcionamento pelos baixos níveis de magnésio os
neurônios, quando conseguem gerar energia suficiente para a manutenção e funcionamento das
bombas iônicas ocasionam um desequilíbrio cíclico na liberação de aminoácidos
neurotransmissores excitatórios do sistema nervoso central (SNC), sendo eles o cálcio e
glutamato, ocasionando danos neurais e consequentemente a depressão. Outrossim, o magnésio
é necessário para realizar as ligações do receptor de serotonina do SNC, tendo sua ação
antidepressiva vinculada a sua interação com os receptores serotonérgicos (EBYIII; EBY,
2010).
Um fator alarmante é que apesar dos casos clínicos de hipomagnesemia serem deveras
comuns devido a falhas nutricionais e de absorção, ao aumento de sua excreção devido a
hipercalcemia ou a utilização de fármacos (antidiuréticos, aminoglicosídeos e cisplatina, dentre
outros) em alcoólatras ou ainda em diabéticos em que a doença está fora de controle, raramente
são informadas as implicações desta condição, mesmo apresentando como sintomas principais
a alteração de personalidade e a depressão (Lewis, 2018).
Os fármacos com aplicação antidepressiva elevam os níveis de magnésio no cérebro,
assim sendo a ingestão da quantidade necessária desse mineral auxilia no tratamento e
prevenção da depressão. Quando a ingestão de quantidades recomendadas não for possível
apenas com uma adequação da dieta, pode-se optar por sua suplementação, visto que esta seria
benéfica em vários aspectos (EBYII; EBY, 2010).

2.3.2 Zinco
Indispensável na atividade de mais de 300 enzimas do corpo humano, o zinco também
se faz necessário nos processos de manutenção das estruturas das membranas celulares, sendo
um componente com importante papel na função reguladora da síntese e degradação proteínas,
carboidratos, ácidos nucleicos e lipídios, bem como participa da transcrição de poli
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nucleotídeos, o que possui relação direta com o processo regulatório da expressão gênica
(SAUERESSIG et al, 2016).
Sendo uma das substâncias necessárias para o funcionamento das estruturas neurais e
cerebrais, atua na modulação da transmissão sináptica e também como um neuro modulador
endógeno para o AMPA, NMDA e GABA. De modo geral atua como catalisador, regulador e
possui função estrutural atuando na resposta imune prevenindo a formação de radicais livres e
protegendo estruturas biológicas (SAUERESSIG et al, 2016).
Esse mineral encontra-se presente em vesículas sinápticas de neurônios específicos,
sendo capaz de alterar a transmissão simpática, através da inibição de NMDA (receptor N
METIL _D_ ASPARTATO) (MANOSSO, 2016).
No tocante à depressão, sua influência é benéfica ao fator neutrofílico do cérebro
(BNDF), devido a sua capacidade de melhorar a sobrevivência das células no SNC
(SZEWCZYK, 2010), bem como sua importante atuação no sistema imunológico, reduzindo
inflamações, que estão associadas ao sintoma depressivo, atuando assim como um agente
antidepressivo (YARY; AAZAMI, 2011). Suas principais fontes são a carne vermelha, leite e
derivados, feijão, castanha de caju e amêndoas (PIMENTEL, 2019).

2.3.3 Triptofano
Segundo Zanin (2021):
“O triptofano é um aminoácido essencial, ou seja, que o organismo não
consegue produzir, devendo ser obtido a partir da alimentação. Esse
aminoácido ajuda a sintetizar serotonina, conhecida como o "hormônio
do prazer", melatonina e niacina e por isso está associado ao tratamento
e prevenção da depressão, ansiedade, insônia e pode até mesmo auxiliar
no processo de emagrecimento.”
A concentração encontrada do triptofano depende do balanço entre sua utilização para
síntese proteica e sua reposição por meio de alimentação. Sendo um aminoácido essencial único
e atuando como prógono da serotonina, sobre a conversão para serotonina por um processo de
duas etapas: primeiro l-triptofano é convertido a 5-hidroxitriptofano pela enzima triptofano
hidroxilase e em seguida, a 5-hidroxitriptofano é descarboxilada por outra enzima, originando
a referida enzima (TOKER et al., 2010).
Devido ao fato de a serotonina ser sintetizada a partir do triptofano, o mesmo tem sido
o aminoácido mais pesquisado no tocante a fisiopatologia da depressão, e estando ligado
também a melatonina interfere nos padrões de sono. Assim, a quantidade de serotonina
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disponível depende diretamente da quantidade de triptofano ingerida, podendo este ser


encontrado no arroz integral, feijão, carne bovina, peixe, aves, abóbora, banana e manga
(PIMENTEL, 2019).
Por sua vez, a serotonina é uma das aminas biogênicas cerebrais, bem como
noradrenalina e/ou dopamina, onde sua menor disponibilidade é associada a transtornos
depressivos. Os mecanismos medicamentosos empregados com função antidepressiva têm
como principal abordagem o aumento dos neurotransmissores disponíveis na fenda sináptica
(VISMARI et al, 2008).

2.3.4 Ácidos Graxos


Os ácidos graxos estão entre os lipídios compostos, podendo ser divididos em três tipos: os
ácidos graxos insaturados (AGI), os ácidos graxos saturados (AGS) e os ácidos graxos trans
(AGT), sendo o primeiro o mais indicado para consumo rico pois o AGS e o AGT está
diretamente ligado ao surgimento de hipercolesterolemia, podendo alterar as funções vasculares
e plaquetárias, intensificando as chances do desenvolvimento de problemas cardiovasculares
(NASCIUTTI et al, 2015).
Essas classificações são realizadas de acordo com os comprimentos da cadeia carbônica, os
tipos de ligação presentes e suas configurações, logo os AGI possuem no mínimo uma ligação
dupla ao longo de sua cadeia, podendo ser mono ou poli-insaturados, e subclassificados em
séries segundo Nasciutti et al (2015):
• Série ω-9 - monoinsaturados, presentes em óleos de origem vegetal. Uma de duas
vantagens em relação aos AGS é o fato de propiciar um número menor de alterações no
perfil lipídico e pressão arterial (KASTORINI et al, 2011; ALONSO et al, 2006).
• Série ω-6 - poli-insaturados, presentes em castanhas, sementes e óleos vegetais.
• Série ω-3 - poli-insaturados, presente em peixes.
O ômega-3 (ω-3 ) e o ômega-6 (ω-6) são classificados como essenciais (AI), também sendo
referenciados como “pufas”, do inglês Polyunsaturated fatty acid, sendo obtidos por ingestão
devido ao fato de não serem produzidos pelo corpo humano e são muito importantes para as
membranas celulares. Sua presença é encontrada em quantidades significativas na retina e no
cérebro, principalmente na forma de ácido docosahexaenoico (DHA), presente na membrana
neural nos locais de sinapse e no córtex cerebral (pertencente a família do ômega-3) e o ácido
araquidônico (AL) (pertencente à família do ômega-6) (FIGUEIREDO, 2009; HARRIS et al,
2009).
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Esse acúmulo de AGI no SNC ocorre desde a etapa fetal de desenvolvimento, onde é
adquirido a partir da transferência placentária, e posteriormente deve ser adquirido por meio de
alimentação devido ao seu papel fundamental para o desenvolvimento neurológico e para a
função visual (SILVA et al, 2007).
O ômega-3 e o ômega-6 também possuem grande relevância no processo inflamatório,
onde o primeiro tem ação anti-inflamatória que pode ser equiparada ao do uso de tenoxicam
principalmente para problemas no sistema digestivo e renal (MESQUITA et al, 2011), e o
segundo possui ação pró-inflamatória, bem como intensificam a geração de citocinas
vasoconstritora, bem como viabiliza a aglomeração das plaquetas (SBCM). As pufas são
competidoras por enzimas envolvidas nas reações de dessaturação e alongamento da cadeia nas
vias metabólicas, assim deve-se atentar para que se tenha balanço ideal no consumo desses
nutrientes para o equilíbrio na produção dos eicosanoides anti e pró-inflamatório se estabeleça
(PERINI et al, 2010).
Devido a essas necessidades é interessante determinar a razão entre a ingestão diária de
alimentos fontes de ácidos graxos n-6 e n-3. Existem diferentes recomendações segundo
autores, mas de acordo com Martin et al (2006) essa razão deve obedecer a proporção de n-6/n-
3 da dieta, devido sua alta influência sobre a produção de AGPI-CML da família n-3, e visto
que razões mais altas apresentam como consequência a redução da produção do ácido
eicosapentaenoico (AEP), o que torna favorável ao desenvolvimento de doenças alérgicas,
inflamatórias e cardiovasculares.
No tocante a depressão o consumo diário de 1,5g a 2,0g gera melhoras no humor de
pacientes com quadros depressivos, devido a redução de processos inflamatórios que afetam
negativamente o SNC e seus neurotransmissores, podendo apresentar resultados efetivos no
quadro (LAKHANI et al, 2008). Assim a inclusão de peixes provenientes de água fria tais como
salmão, arenque, cavala, sardinha e atum são ricos em EPA (ácido eicosapentaenoico) e DHA
(docosahexaenóico) que possuem ação antioxidante e anti-inflamatória, sendo assim
classificados como principais fontes alimentares, bem como uma boa fonte de ômega-3
(PASCOE et al., 2011).

2.3.5 Vitamina B6, B9 e B12


O surgimento de sintomas depressivos está correlacionado com a deficiência de
vitamina B6 (piridoxina), B9 (ácido fólico ou folato) e B12 (cobalamina ou cianocobalamina),
essas vitaminas são relevantes na via metabólica estando envolvidas na síntese de
neurotransmissores do SNC, tendo participação no metabolismo da homocisteína (proteína que
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em altas concentrações aumenta significativamente a oxidação por radicais livres). A baixa


ingestão dessas vitaminas se torna um fator potencializador para a depressão, pois pode
provocar uma queda na síntese de neurotransmissores, ou provocar o aumento na concentração
de homocisteína. A ingestão destas vitaminas pode se realizar mediante proteínas animais (B6,
B12), leguminosas, hortaliças e frutas (ácido fólico) (ZHAO et al., 2011).
Essas vitaminas também são necessárias junto ao magnésio na atuação de enzimas
hidroxilase, que atuam convertendo o triptofano em serotonina, atuando em conjunto no
processo de combate da depressão (BARBOSA, 2020).

2.3.6 Vitamina D
Ao expor a pele humana aos raios solares ocorre a produção de vitamina D, contudo a
mesma pode ser obtida pela ingestão de peixes como salmão, atum, sardinha e cavala; gema de
ovo, óleo de fígado de bacalhau e suplementos. A metabolização desta vitamina ocorre no
fígado e por conseguinte nos rins, realizando sua conversão para uma forma biológica ativa
1,25-hidroxicalciferol (calcitriol), na qual é de suma importância na manutenção da homeostase
do cálcio, como também para à saúde dos ossos (BRESOLA, 2015).
Devido ter-se descoberto que alguns cérebros são receptores de vitamina D acarretou no
interesse de estudar, analisar a relação da deficiência desta vitamina com os transtornos
depressivos (JORDE et al., 2008; PARKER & BROCHE, 2011).

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Uma dieta adequada, que forneça os níveis necessários de minerais, ácidos graxos e
vitaminas gera a possibilidade da diminuição dos sintomas depressivos podendo até mesmo
inibir as crises depressivas. Dentro dos diversos tipos de dieta existentes a dieta mediterrânea
aparece como uma das mais promissoras no tocante ao controle da depressão, que se deve ao
fato de ser composta, em grande maioria por alimentos ricos em substâncias benéficas para o
quadro promovendo uma melhora da saúde do paciente e sem contraindicações.
Uma alimentação que supra as necessidades diárias de magnésio, zinco, triptofano,
ácidos graxos poli-insaturados, vitaminas B6, B9, B12 e D propicia uma melhora em diversos
aspectos do indivíduo. Entretanto quando não é possível garantir o fornecimento de todos esses
compostos exclusivamente pela alimentação faz-se necessária sua suplementação pois sua
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importância não está relacionada exclusivamente com a depressão, mas sim com diversos
processos de suma relevância para o corpo humano.
Assim, a nutrição atua como aliada no combate e no tratamento de quadros depressivos
visando fornecer de forma direta ou indireta os nutrientes necessários para um bom
funcionamento de diversos sistemas vitais, reduzindo ou até mesmo erradicando a necessidade
de tratamentos medicamentosos, ou ainda potencializando seus resultados.
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4. REFERÊNCIAS

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