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4. REFERÊNCIAS PROJETUAIS
4.1 Centro de Invidentes y Débiles Visuales. . . . . . . . . . . . . . . 2 2
4.2 Jardim de Infância e Creche OB. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 4
“A arquitetura nos emancipa do abraço do presente e nos permite 4.3 Escola Infantil Rockery for Play. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 6
experimentar o fluxo lento e benéfico do tempo” - Juhani Pallasmaa 4.4 Jardim de Infância Sanhuan. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 8
METODOLOGIA
É notável que os ambientes são capazes de O presente estudo se iniciou após a revisão bi-
proporcionar diferentes sensações no indivíduo, 1.2 PROBLEMÁTICA 1.3 OBJETIVOS GERAIS
bliográfica relacionada ao Transtorno do Espectro
podendo influenciar direta ou indiretamente no Autista e Tratamentos, a Arquitetura Sensorial para
dia a dia de cada um. Sendo assim, venho por O desenvolvimento da sociedade é um reflexo O projeto tem como objetivo oferecer educação
crianças, e a importância das escolas para a formação
meio deste projeto, a partir da arquitetura, ex- da educação que é oferecida para as crianças na esco- da grade curricular tradicional e essencial destinado a
da sociedade. Com base nesses temas, e questiona-
plorar questões sensoriais como a audição, vi- la, desde a alfabetização até a interação com os cole- um público específico, com atividades socioculturais,
mentos sobre inclusão social, foi composto o referen-
são, tato, e olfato para auxiliar no tratamento e gas. Assim sendo, as escolas devem estar preparadas terapêuticas, e moradia. Auxiliando a construção da
cial teórico. Em seguida, foi realizado um estudo para
estruturalmente para receber um aluno que precisa autonomia e qualificação para o mercado de trabalho
INTRODUÇÃO
FIGURA 1
04 CENTRO DE REFERÊNCIA EM TEA CENTRO DE REFERÊNCIA EM TEA 05
AUTISMO NA CID-11
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 2.2 CARACTERÍSTICAS
CÓDIGO DESCRIÇÃO
O termo Autismo tem origem do grego “autos”, De acordo com a Classificação Estatística In- maior do que o esperado para a idade da criança. E
que significa “voltar-se para si mesmo”. Inicialmen- ternacional de Doenças e Problemas Relacionados por fim, padrões restritos, repetitivos e estereotipa- 6A02 Transtorno do Espectro Autista TEA
O AUTISMO
te usado pelo psiquiatra suíço Eugen Bleuler ao ob- com a Saúde (CID-11) recentemente publicada, fo- dos de comportamentos e interesses, como adesão
servar pacientes com esquizofrenia demonstrações ram estabelecidos critérios de diagnósticos do TEA inflexível a rotinas, maneirismo estereotipado e re- Transtorno do Espectro Autista sem deficiencia inte-
de “fuga da realidade”. Mas somente em 1943, Leo semelhantes ao Manual Diagnóstico e Estatístico de petitivo, como abanar a mão, ou os dedos, balançar 6A02.0 lectual (DI) e com comprometimento leve ou ausente
Kanner, relatou a situação de onze crianças que Transtornos (DSM-V). o corpo todo são características que podem ser no- na linguagem funcional
não demonstravam interesse em se comunicar com Para a realização de um diagnóstico de Trans- tadas com facilidade.
outras pessoas, e deliberaram respostas incomum torno autístico é necessário observar pelo menos 3 Transtorno do Espectro Autista com deficiencia inte-
ao ambiente. critérios comportamentais do indivíduo. As carac- Para um diagnóstico precoce, os sintomas são 6A02.1 lectual (DI) e com comprometimento leve ou ausente
O Transtorno do Espectro Autista terísticas presentes estão relacionadas a tipos de observados ainda na fase infantil, até os 3 anos de na linguagem funcional
(TEA) é um distúrbio no desenvolvimento neuro- prejuízos qualitativo nas interações sociais, que vai idade. Normalmente os pais começam a se preocu-
lógico possível de ser observado nos primeiros 30 envolver o uso de formas não verbais de comuni- par entre os 12 e 18 meses de vida, após observar Transtorno do Espectro Autista sem deficiencia inte-
atrasos no desenvolvimento de linguagem, a forma 6A02.2 lectual (DI) e com linguagem funcional prejudicada
meses de idade, envolvendo alterações qualitativas cação e interação social, o não desenvolvimento de
e quantitativas na comunicação de interação social, relacionamentos com colegas, a ausência de com- como as crianças reagem ao sons de objetos como
como na linguagem verbal ou não verbal e, pela portamentos que indiquem compartilhamentos de aspirador de pó, ou a abertura de um papel de bala, Transtorno do Espectro Autista com deficiencia inte-
entre outros aspectos como a falta de interesse so- 6A02.3 lectual (DI) e com linguagem funcional prejudicada
presença de comportamentos e/ou interesses re- experiências e de comunicação, e características
petitivos e restritos, como resistência a mudanças. como falta de reciprocidade emocional ou social. O cial. Podendo assim, identificar as mesmas altera-
Essas dificuldades podem ser notadas em todos os prejuízo qualitativo na comunicação, é outra carac- ções em níveis leves, intermediários e complexos a Transtorno do Espectro Autista sem deficiencia inte-
variar em cada criança. 6A02.4 lectual (DI) e com ausência de linguagem funcional
pacientes, mas a gravidade de sua apresentação é terística importante para o diagnóstico, neste caso
variável, sendo afetados em níveis de intensidades será necessário observar alguns atrasos no desen- A maioria dos pacientes com TEA possui uma
diferentes.ções para o mesmo. volvimento da linguagem verbal da criança, difi- ou mais comorbidades neurológicas, para que não Transtorno do Espectro Autista com deficiencia inte-
ocorra comprometimento na precisão do diagnós- 6A02.5 lectual (DI) e com ausência de linguagem funcional
culdade na capacidade de iniciar ou manter uma
conversação, usos estereotipados e repetitivos da tico, o CID-11 possui instruções detalhadas e códi-
linguagem, a falta de brincadeiras como de faz de gos para realizar a diferenciação entre os possíveis 6A02.Y Outro Transtorno do Espectro Autista especificado
conta ou de imitação social, este último caso em es- diagnósticos. A seguir é possível observar a tabela
02
pecial pode ser percebido quando houver um grau com os códigos e especificações do CID-11. 6A02.Z Outro Transtorno do Espectro Autista não especificado
ARQUITETURA
indivíduo com autismo para ambiente sensorial, seja uma autistas é organizar os am-
evitar desconfortos causa- sala ou de um edifício inteiro bientes de acordo com sua
dos pelas mudanças de am- em compartimentos. Essa se- qualidade sensorial, e esse
bientes e atividades. Junto paração pode ocorrer de for- critério tem como função
do critério de Zoneamento ma natural, através das dis- classificar seus espaços de
Sensorial, tem como função FIGURA 8 posições dos móveis, através FIGURA 10 acordo com seu nível de estí-
FIGURA 5 FIGURA 6 organizar o espaço com base de alternâncias no revestimento do piso, do desnível mulo desejado, podendo ser de alto e baixo estímulo,
É um dos principais fatores a ser con- em seu uso, e de forma lógica, sem tirá-los de sua ou mudanças na iluminação. De forma que cada am- com zonas de transições auxiliando esta mudança de
siderado ao realizar tomadas de decisões em “zona de conforto”. O ideal é que o espaço haja como biente sempre tenha sua função claramente definida área.
um projeto, no qual deve ser levado como um percurso de circulação unilateral entre uma ati- e com única finalidade.
3.1 ARQUITETURA PARA AUTISTA uma de suas prioridades por seus indivídu- vidade e outra, contendo o mínimo de interrupções
os possuírem uma maior sensibilidade aos possíveis através das Zonas de Transições que serão
Quando falamos em arquitetura para autista, é impor- sons, podendo se distrair com mais facilida- abordadas futuramente.
tante falarmos sobre Magda Mostafa, que é considerada uma de. Controlar a acústica do ambiente permi-
das arquitetas pioneiras no campo de pesquisa de projetos te com que haja variações dentro do espaço ESPAÇO DE FUGA TRANSIÇÕES SEGURANÇA
para o autismo. Em seu índice, realizado em 2002, Magda de acordo com o nível de foco exigido em de-
apresenta sete critérios testados que influenciam no com- terminados momentos. Alguns tipos de ve- Esse espaço tem como objeti- Esse critério trabalha junto Um ponto fundamental em
portamento de forma positiva e no desenvolvimento de ha- dações são formas que ajudam o isolamento vo oferecer uma “fuga” para ao sequenciamento espacial projetos para crianças, prin-
bilidades para auxiliar o indivíduo autista a conquistar sua acústico, outro meio é a remoção de objetos o indivíduo autista, propor- e o zoneamento para auxiliar cipalmente com autismo, no
independência. Sendo eles: que realizam ruídos, como evitar a utilização cionar pequenos lugares que e preparar o indivíduo duran- qual terão uma percepção al-
de lâmpadas fluorescentes que podem emi- servem como refúgios para te sua mudança de ambiente, terada do ambiente. É muito
tir ruídos que passam despercebidos para a quando houver sobrecarga estimulando-o para sua próxi- importante se preocupar com
maioria das pessoas, mas não para aqueles FIGURA 7 sensorial. Esse ambiente deve FIGURA 9 ma atividade. Essa zona não FIGURA 11 cantos afiados, objetos pontu-
com hipersensibilidade. ser de fácil acesso, contendo apenas elementos míni- precisa ser necessariamente um ambiente, pode ser dos, água quente, entre outros objetos que podem se
mos que ajudem o relaxamento, sem muitas estimu- um objeto de forma variada para apenas indicar que tornar perigosos.
lações. Estar próximo ao ambiente e de fácil acesso,
03
irá ocorrer uma mudança, antes que a mesma acon-
de forma que permita a permanência do indivíduo teça.
até que o mesmo se sinta confortável para voltar a re-
alizar suas atividades.
FIGURA 12
considerado em relação aos cinco sentidos, segui- em um redutivismo sensorial, no qual a tatilidade e que inconsciente, uma mimese e identificação cor-
do pela audição, enquanto os outros sentidos eram outros sentidos estão sendo deixados de lado, per- poral.”. Sendo assim, podemos concluir que, o olho
considerados como pequenos fragmentos senso- dendo sua sensibilidade e predominando exemplos é o órgão que dá sensação de distanciamento e se-
riais, cada um com sua notoriedade. de obras que buscam imagens visuais, no lugar de paração, enquanto o tato é o que dá sentido de pro-
A arquitetura, como todas as artes, está es- uma experiência plástica e espacial. ximidade, intimidade e afeição. Logo, a visão revela
sencialmente ligada à existência humana no espaço “Na nossa cultura da fotografia, o olhar inten- o que o tato já sabe.
e no tempo, mostrando a interdependência do seu so é arrasado em uma imagem bidimensional e per- No entanto, quando falamos da audição, pode-
espaço interno e externo, do físico e do espiritual, de sua plasticidade.” (PALLASMAA, 2011, p.29). -se dizer que é um exemplo de um sentido que pode
do material e do mental. Segundo Pallasmaa (2011, Sendo assim, pode ser entendido que a sensa- permitir experiências de espacialidades diferentes
v.2, p.17) “A falta de humanismo da arquitetura e ção que a fotografia nos transmite é como se fosse e únicas, a um filme que nunca tenhamos assistido,
das cidades contemporâneas pode ser entendida possível viajar o mundo sem sair de casa, como se pode ser usado como exemplo. Ao remover o som
como consequência da negligência com o corpo estivesse mais disponível do que realmente está. Fa- deste filme, as cenas se tornam desconexas, e per-
e os sentidos e um desequilíbrio de nosso sistema zendo com que as edificações percam sua plastici- dem sua plasticidade. A menos quando falamos do
FIGURA 13
sensorial.” dade, tatilidade e todas possíveis sensações que po- cinema mudo, que necessita de uma maior entrega
Há escritos de muitos modernistas que acre- dem ser transmitidas, tornando as repulsivamente de demonstração de representação.
ditam que os olhos têm seu papel fundamental na planas, imateriais e irreais. Um exemplo de espacialidade que o som nos
prática da arquitetura, tanto de forma consciente, A teoria psicanalítica introduziu o esquema proporciona que a maioria já experimentou são as
quanto inconsciente. De acordo com Le Corbusier corporal como centro da interação, entendendo imaginações dos sonhos, em algum momento da
(1991, p. 115) “Eu existo na vida apenas se posso que os corpos estão em constante interação com vida você já acordou com um alarme, ou barulhos
ver” e segue sendo afirmado pelo filósofo Marx W. o ambiente, sendo assim, pode-se dizer que não da cidade noturna que adentrou em seu sonho e
Wartofsky (1994, p.5) “ A visão humana em si é um há corpo separado do espaço. E a arquitetura tem criou cenas desconexas.
artefato, produzido por outros artefatos, que são as como papel trazer essa experiência multissensorial De acordo com Pallasmaa (2011, p.47)
fotografias”. para a vida cotidiana. Além dos cinco sentidos, a ar-
FIGURA 14
14 CENTRO DE REFERÊNCIA EM TEA CENTRO DE REFERÊNCIA EM TEA 15
da visão implica exterioridade, mas a audição Quando entrei no magnífico espaço exter- A materialidade está ligada diretamente à super- que seja domesticado o espaço sem limites. Se possuí-
cria uma experiência de interioridade. Eu ob- no do Salk Institute, de Louis Kahn em La Jolla, ficialidade da construção padrão observada nos dias mos o desejo de que a arquitetura seja acolhedora, ou
servo um objeto, mas o som me aborda; o olho na Califórnia, senti uma tentação irresistível de
alcança, mas o ouvido recebe. As edificações
de hoje. A utilização de materiais como pedra, tijolo e curadora, é necessário refletir sobre a diversidade pe-
caminhar diretamente até a parede de concre-
não reagem ao nosso olhar, mas efetivamente to, e ao tocar a maciez aveludada e a tempera- madeiras permite que a visão percorra pela sua super- las quais a arquitetura está ligada à realidade cultural
retornam os sons de volta aos nossos ouvidos. tura de sua pele, Nossa pele acompanha a tem- fície, e expressem sua identidade, sua história, o tempo e mental de nossa época, realizando uma ligação entre
peratura dos espaços com precisão infalível; a de seu material, entre outras sensações. Pelo contrário a experiência sensorial, perceptual do mundo e princi-
A audição nos faz sentir afinidade com o espaço, sombra fresca e revigorante de uma árvore ou dos materiais industrializados, e pré montados utiliza- palmente a percepção de uma pessoa no Espectro Au-
seus ecos permitem que sintamos os limites do espaço calor de um lugar que o sol que nos acaricia se dos atualmente como por exemplo chapas de vidro, me- tista.
tornam experiências de espaço e lugar.
em nossos ouvidos, tornando-nos cientes da imensidão tais esmaltados e plásticos sintéticos que mostram sua Para um indivíduo no Espectro, existem diversos
que pode ou não existir. Além da dimensão de espacia- superficialidade, escondendo sua essência material ou cuidados a se tomar na escolha dos materiais, por exem-
A fome dos olhos, é a sutil mudança entre o tato
lidade que a audição nos proporciona, a arquitetura sua idade. Esses prédios refletem nosso olhar, de forma plo a utilização de superfícies lisas e resistentes, que
e o paladar, certas cores e detalhes são capazes de pro-
pode nos mostrar sua tranquilidade, podendo cessar que sejamos incapazes de ver ou imaginar as situações permitam diferentes percepções sensoriais, e formas
vocar sensações orais. “Nossa experiência sensorial
qualquer ruído originário da rua ou interno. Já diziam que se passam do outro lado. harmônicas que evitam rachaduras, detalhes pontiagu-
do mundo se origina na sensação interna da boca, e o
Pallasmaa (2011, v.2, p.49) “O silêncio da arquitetura é De acordo com Pallasmaa ( 2011, p.31): dos, ou que possam se tornar de risco para as crianças,
mundo tende a retornar às suas origens orais.” (2011,
um silêncio afável e memorável”. ou que venham a sobrecarregar o ambiente.
v.2, p.55).
Muitas vezes podemos não recordar a aparência Os prédios de nossa era tecnológica em geral A utilização de cores deve ser muito bem pensada, de
A arquitetura relaciona o corpo de uma pessoa, visam de maneira deliberada à perfeição atem-
de um ambiente, mas seu aroma, de modo inconscien- forma que quando utilizada, seja relacionada com os es-
ela direciona o comportamento e o movimento. A ex- poral e não incorporam a dimensão do tempo
te, é capaz de reentrar em um espaço esquecido pela tímulos que pretende despertar, podendo ser associada
periência do lar é composta por atividades distintas. A ou o processo inevitável e mentalmente im-
retina. Através do cheiro podemos tornar a memória de FIGURA 15
portante do envelhecimento. Esse temor dos a uma função no edifício. Quando utilizada de forma
arquitetura contemporânea, tem como teoria e crítica a
ambientes muito mais presentes, trazendo sensação de traços do desgaste e da idade se relaciona com incorreta, a cor pode despertar perturbações, estimula-
3.3 ELEMENTOS
tendência de considerar o espaço com um objeto imate-
conforto. nosso medo da morte. ções como, calmantes, irritabilidade, entre outros.
rial, ao invés de entendê-lo através de suas interações.
Enquanto o tato é o que permite que a textura seja Mostafa (2002), afirma a importância do zoneamento
No entanto, o pensamento japonês tenta entender as re-
CONSTRUTIVOS
sentida, além do peso, da densidade, e da temperatura A arte e a arquitetura tem como temas funda- como espaços de transições , de forma simples e de fácil
lações do espaço. De acordo com Pallasmaa (2011, v.2,
da matéria. É através das mãos e dos pés que podemos mentais a transparência e as sensações. O enfraqueci- compreensão. Seguindo esta linha de raciocínio, o volu-
p.61) “Contemplamos, tocamos, ouvimos e medimos o
notar a sensação de materialidade que os olhos não po- mento da experiência nos ambientes atuais tem como me arquitetônico, pode seguir uma forma livre, desde
mundo com toda nossa existência corporal, e o mundo
dem captar. Pallasmaa (2011, p.55) descreve sua experi- reflexo efeitos mentais devastadores. No mundo criado que não interfira em sua funcionalidade e acessibili-
que experimentamos se torna organizado e articulado
ência: pelos homens, a arquitetura tem como função transmi- dade.
em torno do centro do nosso corpo”.
tir a sensação de continuidade do tempo, permitindo
EDUCAÇÃO ESPECIAL
quantitativa, e a janela perdeu sua real função de divisão tes da cidade urbana, seja durante a vida diurna, ou no- mas delas falta de infraestrutura nos projetos das escolas, um dos requisitos é o enriquecimento do cotidiano infatil
entre o sombra e luz, privado e público. Assim como relata- turna. Para o indivíduo autista, esses sons têm uma maior a falta de incentivos e investimentos governamentais, falta com a inserção de contos, lendas, brinquedos e brincadei-
do pelo arquiteto Barragan (1989, p.242): proporção, até os mínimos barulhos, como por exemplo de formação e capacitação no corpo pedagógico, conceitos ra”. O lúdico é extremamente importante no processo de
uma goteira, que para a maioria das pessoas podem passar incompreendidos por crianças autistas, entre outros as- aprendizagem, pois é através deste recurso que desenvol-
Observe [...] o uso das enormes janelas com cai- despercebidos, para um autista pode se tornar uma distra- pectos. Quando falamos em educar crianças, adolescentes, ve, e estimula o conhecimento e a linguagem, ensinando a
xilhos fixos [...] elas privam nossas edificações da ção, ou motivo de irritabilidade. “A ação centralizadora do jovens e adultos dentro dos “padrões”, não é uma tarefa fá- criança a se comportar em meio a sociedade.
intimidade, do efeito da sombra da atmosfera. Os
arquitetos do mundo têm se enganado nas propor- som afeta o senso de cosmos do homem [...]”, relata Walter cil, e ensinar crianças autistas se torna algo mais complexo Para trazer mais conforto para os ambientes, visan-
ções que têm usado nas grandes janelas com cai- Ong (p.73). Portanto, é importante determinar estratégias ainda. do a interação, estimulando a criatividade, e melhorando o
xilhos fixos nas aberturas externas [...] Perdemos para promover o isolamento acústico, diminuindo o som Sendo assim, novas metodologias de ensino devem aprendizado, podemos utilizar o sistema de cores que são
nosso senso de vida íntima e nos tornamos força- do ambiente em relação ao exterior, e impedindo que os ser desenvolvidas para melhorar o ambiente de aprendiza- capazes de proporcionar sensações de alegria ou tristeza,
dos a vidas públicas, essencialmente afastados de ruídos transpassem de um ambiente para o outro, visando gem. O espaço como forma de métodos para ensino é mui- calor ou frio, ordem ou desordem, entre outras sensações.
nossas casas.
e determinando materiais que absorvam ruídos. to importante dado que há uma restrição no domínio da Cada cor possui seu significado, trazendo diversos tipos de
linguagem, fazendo com que os alunos tenham um melhor experiências para o ambiente, influenciando na produtivi-
A imaginação é despertada pela névoa e o crepús-
desenvolvimento. O ambiente é capaz de influenciar o usu- dade, ou no humor da criança.
culo, que assim como nas ruas de cidades antiga, a alter- CONFORTO TÉRMICO ário através de uma linguagem não verbal, no qual pode A teoria Montessori tem como prioridade a autoe-
nância entre luz e escuridão, reduzem a precisão da visão,
Um ambiente com grande iluminância natural, impactar de forma direta e simbólica no comportamento ducação, também considerado como uma educação para a
tornando o local muito mais misterioso e convidativo que
pode causar desconfortos no decorrer do dia a depender dos seus ocupantes, sendo um dos principais elementos na vida, de forma que as atividades sejam realizadas de acordo
as ruas das cidades atuais, que possuem iluminação forte e
da estação do ano, por este motivo, o conforto térmico é de formação de personalidade. com suas necessidades, utilizando todos os métodos cita-
homogênea.
extrema importância para se manter uma boa qualidade do dos a cima de forma que instigue a própria criança a buscar
“A sombra da forma e vida ao objeto sob luz. Ela Esta formação da personalidade baseada em arti-
espaço. quais são as atividades mais apropriadas para ela, fazendo
também cria o ambiente no qual surgem as fantasias e os fícios palpáveis consiste em ambientes que valori-
Pensar em formas de sombrear a fachada, através com que ela seja capaz de descobrir o mundo sozinha, tor-
sonhos.” (PALLASMAA, 2011, p.44). Dessa forma, torna-se zam a dinâmica para alcançar o processo de ensino-
de estratégias passivas, como de climatização natural, com -aprendizagem. Espaços que propiciem aconchego nando-a independente.
fundamental que o arquiteto elabore espaços que possu-
a utilização de arborização, e espelhos d’água, buscando às crianças, com mobiliário planejado, cores que Desta forma, podemos dizer que esta metodologia
am respirações constantes e profundas de sombra e luzes,
harmonia entre o espaço construído e o ambiente natu- transmitam tranquilidade e despertam sensações seria a mais adequada para se trabalhar com as crianças
criando ambientes acolhedores, privativos e que permitam em todos os setores do edifício, área externa que
ral. A utilização da ventilação cruzada, utilizando zonas de autistas, visando todas suas necessidades envolvendo os
3.5
estímulos sensoriais mais refinados.
3.4
possibilite integração entre as crianças e o meio, sentidos, espacialidade, círculo social e ainda trabalhando
Quando se trata do autista, a luz natural se torna pressão opostas, podem permitir que haja uma troca de ar aliando paisagem com educação, além de estrutura
diminuindo a temperatura, e evitando o uso de equipamen- criativa que ofereça conhecimento através de for- de uma for integra a educação.
ainda mais importante, pois é através dela que pode-se ter
uma concepção da visão de forma nítida e direta. Já a ilumi- tos de ventilação artificial, e se necessário, sempre optar mas, cores, escalas, tamanhos (AZEVEDO, 2002).
nação artificial, é utilizada apenas para pontos localizados, por equipamentos o mais silenciosos possível.
em espaços que exijam uma maior necessidade de foco.
.02
Jardim de Infância e Creche OB - Nagasaki, Japão
FIGURA 18 Hibinosekkei e Youji no Shiro
FIGURA 16
.03
Escola Infantil Rockery for Play - Beijing, China
Archstudio
.04
Jardim de Infância Sanhuan - Yangzhong, China
04 FIGURA 19
Perform Design Studio
.27 .28
.32 EPÍLOGO:
.33
26 CENTRO DE REFERÊNCIA EM TEA CENTRO DE REFERÊNCIA EM TEA 27
4.4 JARDIM DE INFÂNCIA SANHUAN
.36
Na China, os jardins de infân-
PLANTA TÉRREO .40 PLANTA 1º PAVIMENTO .41 PLANTA 2º PAVIMENTO .42
cia são adotados por um sistema de
três séries. Foram propostos três
pátios hexagonais para realizar um
edifício de menor escala, sendo um
pátio para cada série (38), com cin-
co lados do hexágono sendo salas de
.37 aula e um dos lados utilizado para
circulação entre os prédios (40, 41 e
42).
O programa é disposto em
torno dos pátios, com a utilização de
plantas tipo diferenciando apenas o
número de pavimentos. As salas de
aulas foram alocadas na parte su-
perior do prédio por possuir mais
.38 iluminação, e as outras atividades
de apoio ficam nos andares inferio-
res. As fachadas são cobertas por
brises metálicas que possuem cores
diferentes relacionando cada uma a
uma série (37).
EPÍLOGO:
05
30 CENTRO DE REFERÊNCIA EM TEA 31
LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
A Figura 43 mostra o muro de divisa do loteamento com
a praça Nicolau de Moraes Barros Filhos. A praça possui uma
quadra de futebol, com todo o restante em situação deplorá-
vel.
.44
.44
ANÁLISE TOPOGRÁFICO
TABELA DE RECUOS
Fundos e Laterais
Menor ou Superior
Frente igual a 10m a 10m
0,5 N/A 3 .54 .55
TO = 50% = 4.665 m² TO = 30% = 2.800 m²
Triagem + Administração
1 Secretaria 240m²
1 Alfoxarifado 560m² demais setores, tanto aos alunos, quanto aos familia-
1 Arquivo 300m² res.
1 Sala de Reuniões A área social, ou de triagem distribui para o se-
1 Sala dos Professores tor de atendimento médico, onde está em local de fácil
1 Diretoria 160 m² acesso para o setor terapêutico, que por sua vez possui
1 Sala de atendimento rápido 560m² um espaço mais livre com diversas áreas de escape e
2 Conjunto de Sanitários (1/20) atividades de entretenimento. O setor de atendimen-
1 Nutricionista 30m² to médico encontra-se logo na entrada, onde ocorre a
Atendimento
2 Fonoaudiologia 15m² distribuição entre eles, tornando-o de fácil acesso, e
Médico
1 Psicologia 15m² com uma característica única, independente do setor.
2 Atendimento Geral 60m² Enquanto o setor educacional encontra-se próximo ao
Conjunto de Sanitários (1/50) de pedagógico, de forma que os funcionários não pre-
3 Sala de Aula Leve 360m² cisem percorrer o prédio para chegar ao seu destino. O
3 Sala de Aula Moderado 45m² setor terapêutico encontra-se no canto do terreno, tor-
nando-o mais privativo e ao mesmo tempo integrado
Pedagógico
3 Sala de Aula Severo 55m²
3 Sala de Aula em Grupo 120m² com o restante dos blocos..
3 Sala de Interação Social 160m²
3 Sala de Multiuso 100m² TRIAGEM
Conjunto de Sanitários (1/20)
2 Brinquedoteca
2 Sala de Musica 30m² 30m²
2 Sala de Arte
ATENDIMENTO
Terapêutico
2 Sala de informática 50m² 50m² PEDAGÓGICO
1
MEDICO
Biblioteca 15m² 15m²
1 Academia 15m² 15m²
1 Sala livre
1 Piscina 15m² 15m² TERAPEUTICO
Conjunto de Sanitários (1/50)
1 Recepção
Educacional
1 Sala de apoio 30m² 30m²
6 Sala de Aulas
Conjunto de Sanitários (1/50)
EDUCACIONAL HOTELARIA
1 Recepção
1
otelaria
Refeitório
1 Brinquedoteca
53
15
O setor de triagem é onde concentra-se todos O setor terapêutico abriga toda diver- O zoneamento foi proposto atra-
os usuários do Centro, possuindo espaços de uso sidade de salas para o aprendizado e, vés da separação de seis blocos, de forma
público, sem restrições, e responsável pela distri- entre elas, tem sala de música, artes, que as áreas sejam separadas não apenas
buição das atividades que ocorrem no prédio, prin- informática, brinquedoteca, bibliote- de acordo com suas funções, mas tam-
cipalmente as que permitem maiores aglomerações ca, piscina, cantina, entre outras. Este bém em relação aos aspectos sensoriais
entre os usuários, como área de lazer, biblioteca, au- setor está localizado no centro do ter- que cada ambiente remete.
ditório, cafeteria entre outros. reno até o fundo, permitindo que haja Zoneamento esse que possibilita a
uma passagem sensorial entre os blo- gradação entre as áreas públicas e priva-
cos. Com funcionalidade de mostrar das criando áreas de respiros e de conví-
O setor de atendimento médico O setor pedagógico reúne com uma forma mais didática a rotina vios para os usuários.
abriga toda parte de acompanhamento todas as salas de ensino, do do dia a dia, ensinando que é possí- A área destinada ao apoio de ho-
necessária para a evolução do diagnós- uso leve, ao severo, de salas vel uma pessoa com TEA ter uma vida telaria encontra-se ao lado, afastado dos
tico do usuário, sala de atendimento de integração social, e em normal, brincando, se exercitando e outros blocos, onde possui um pátio de
rápido, nutricionista, fonoaudiologia grupo. O bloco é dividido em tendo contato com outras pessoas. convívio e uma horta para estimular a
e psicologia. Ele ditará como será o andares que separam por ida- sensorialidade. Enquanto a área dos con-
percurso do paciente, por este motivo de, e nesses andares ocorre a sultórios encontra-se logo na entrada, dis-
encontra-se logo na entrada, próximo separação em níveis, para O setor de hotelaria tem como finalidade trazer inde- tribuindo para os outros blocos, próximo
ao térreo principal, tornando de fácil que possa ser atendimento pendência para os pacientes no dia a dia, permitindo à zona social e a área administrativa, se
acesso para haja a distribuições para os de forma sequencial sem que que ao final do dia possam ter seu espaço individu- tornando de fácil acesso para quem chega
demais blocos. fique confuso para o usuário. al, simulando a rotina de casa, de forma que mesmo e para quem já encontra-se no edifício, e
após a escola, um dia de trabalho eles continuem todo o setor terapêutico encontra-se mais
O setor educacional existe para que possa aprendendo a se cuidar sem que sejam dependentes a fundo do terreno, onde possui um pátio
capacitar profissionais para poder ajudar no de suas famílias a longo prazo. A ideia é que em um privativo para as crianças antes que haja a
tratamento de pessoas no espectro, de forma único espaço, eles tenham toda a rotina de uma vida distribuição para os seus respectivos an-
que ao aprenderem na teoria possam ter con- normal para trazer integração à sociedade. Permitin- dares.
tato para aprender na prática também, para do também que caso seja necessário seus familiares se
que estejam preparados para o contato com abriguem a curto prazo para ajudar na evolução dos
os pacientes no dia a dia. pacientes.
54 55
1. Com 9.931m, o terreno possui uma ampla ex- 2. Dessa forma, foi feito uma malha de 10m x 10m, 3. De acordo com as necessidades exigidas, foram 5. Com isso, dispomos volumes de alturas menores
tensã0. Levando em consideração os estudos reali- que configura a melhor modulação para o projeto. propostos blocos interligados, distribuindo os vo- criando diferentes terraços, proporcionando espa-
zados anteriormente referente às legislações perti- Respeitando todos os seus recuos frontais, de fun- lumes de forma irregular seguindo a malha orto- ços de convívios diversos.
nentes, foi realizado um estudo de massas a partir do e laterais. gonal inicial.
da área total do programa de necessidades. 6.De forma que a volumetria final permitisse que o
4.4. Com os módulos lançados, às alturas se deu fosse possível percorrer entre os edifícios interna-
de acordo com a necessidade programática de cada mente e externamente. Além de proporcionar ven-
bloco, respeitando o gabarito do seu entorno. Con- tilação natural, iluminação, recuos e vistas.
tendo o pé direito do maior bloco de 18m.
7.1 REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICA
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07
text=Estima%2Dse%20que%2C%20em%20todo,que%20s%-
C3%A3o%20significativamente%20mais%20elevados.
Figura 1 - Fluxograma de metodologia - Ilustração da autora……....05 Figura 15 - As Cariátides do Erecteion - Wikipédia com alteração da Figura 27 - Sala de jogos Jardim de Infância e Creche OB - Archdai Figura 39 - Diagrama de Ventilação, Jardim de Infância Sanhuan - Figura 50 - Mapa base ocupação do solo (25/05/2021) - Geosampa
autora.......................................................................17 ly...............................................................................24 Archdaily com atualização da autora....................................28 com atualização da autora................................................40
Figura 2 - Estatística mundial - Ilustração da autora…..................07
Figura 16 - Praça Centro de Invidentes y Débiles - Archdaily..........20 Figura 29 - Planta nível 1º Pavimento, Jardim de Infância e Creche Figura 40 - Planta Térreo Pavimento, Jardim de Infância Sanhuan - Figura 51 - Mapa base mobilidade (25/05/2021) - Geosampa com
Figura 3 - Estatística nacional - Ilustração da autora….................07 OB - Archdaily com atualização da autora..............................25 Archdaily com atualização da autora....................................28 atualização da autora......................................................42
Figura 17 - Escola Infantil Rockery for Play - Archdaily.............20
Figura 4 - Estatística regional - Ilustração da autora…..................07 Figura 30 - Planta nível 2º Pavimento, Jardim de Infância e Creche Figura 41 - Planta 1º Pavimento, Jardim de Infância Sanhuan - Ar- Figura 52 - Mapa base topográfico (25/05/2021) - Geosampa com
Figura 18 - Jardim da Infância e Creche OB - Archdaily..............20 OB - Archdaily com atualização da autora..............................25 chdaily com atualização da autora.......................................29 atualização da autora......................................................44
Figura 5 - Acústica - Ilustração da autora …..............................08
Figura 19 - Espaço de Convivência Jardim da Infância Sanhuan - Figura 31 - Corredor Escola Infantil Rockery For Play - Archdai Figura 42 - Planta 2º Pavimento, Jardim de Infância Sanhuan - Ar- Figura 53 - Mapa base Recursos Naturais (25/05/2021) - Geosampa
Figura 6 - Sequenciamento espacial - Ilustração da autora…...........08 Archdaily .....................................................................20 ly...............................................................................26 chdaily com atualização da autora.......................................29 com atualização da autora................................................46
Figura 7 - Espaço de fuga - Ilustração da autora…........................08 Figura 20 - Parede cega Centro de Invidentes - Archdaily ..........22 Figura 32 - Sala de Música, Escola Infantil Rockery For Play - Ar- Figura 43 - Mapa base localização (25/05/2021) -Geosampa com Figura 54 - Diagrama de Recuos - Ilustração da autora............49
chdaily........................................................................26 atualização da autora......................................................30
Figura 8 - Compartimentalização - Ilustração da autora…..............09 Figura 21 - Corredor Centro de Invidentes - Archdaily...............22 Figura 55 - Diagrama de TO 75% - Ilustração da autora...........49
Figura 33 - Sala de Arte, Escola Infantil Rockery For Play - Archdai Figura 44 - Imagem loteamento - Google Earth.....................32
Figura 9 - Transições - Ilustração da autora…….....................09 Figura 22 - Praça Centro de Invidentes y Débiles - Archdaily......22 ly...............................................................................26 Figura 56 - Diagrama de TO 50% - Ilustração da autora...........49
Figura 45 - Imagem da Rua Cruzeiro com a Rua Cônego Vicente
Figura 10 - Zoneamento Sensorial - Ilustração da autora...............09 Figura 23 - Corte Longitudinal, Centro de Invidentes y Débiles - Figura 34 - Diagrama de Materialidade, Escola Infantil Rockery For Miguel Marino - Google Earth..........................................32 Figura 57 - Diagrama de TO 30% - Ilustração da autora...........49
Archdaily com atualização da autora.....................................22 Play - Archdaily com atualização da autora............................26
Figura 11 - Segurança - Ilustração da autora.….........................09 Figura 46 - Imagem Fundo do lote - Google Earth.................32
Figura 24 - Planta nível da Rua, Centro de Invidentes y Débiles - Figura 35 - Diagrama de Circulação, Escola Infantil Rockery For
Figura 12 - O metroólitano solitário - Art.net.............................14 Archdaily com atualização da autora.....................................23 Play - Archdaily com atualização da autora............................27 Figura 47 - Mapa base acessos (25/05/2021) - Geosampa com atua-
lização da autora..........................................................34
Figura 13 - A criação de Adão - Toda Materia com alteração da Figura 25 - Zona de Escape Jardim de Infância e Creche OB - Arch- Figura 36 - Área de Permanência Jardim de Infância Sanhuan - Ar-
autora. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 daily............................................................................24 chdaily........................................................................28 Figura 48 - Mapa base cheios e vazios (25/05/2021) - Geosampa
com atualização da autora...............................................36
Figura 14 - Os amantes - Arte e Artista com alteração da au- Figura 26 - Zona de Escape 2 Jardim de Infância e Creche OB - Ar- Figura 37 - Área de Permanência 2, Jardim de Infância Sanhuan -
tora. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 chdaily.........................................................................24 Archdaily.....................................................................28 Figura 49 - Mapa base gabaritos (25/05/2021) - Geosampa com
atualização da autora.....................................................38