Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ENSINO DA HISTÓRIA E DA
GEOGRAFIA I
CURSO DE GRADUAÇÃO – EAD
Fundamentos e Métodos do Ensino da História e da Geografia I – Profa. Ms. Lizete
Paganucci Chueri e Prof. Ms. Rodrigo Touso Dias Lopes
FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO
ENSINO DA HISTÓRIA E DA
GEOGRAFIA I
Batatais
Claretiano
2015
© Ação Educacional Claretiana, 2012 – Batatais (SP)
Versão: dez./2015
900 L855f
ISBN: 978-85-8377-392-4
CDD 900
Preparação Revisão
Aline de Fátima Guedes Cecília Beatriz Alves Teixeira
Camila Maria Nardi Matos Eduardo Henrique Marinheiro
Felipe Aleixo
Carolina de Andrade Baviera Filipi Andrade de Deus Silveira
Cátia Aparecida Ribeiro Juliana Biggi
Dandara Louise Vieira Matavelli Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Elaine Aparecida de Lima Moraes Rafael Antonio Morotti
Josiane Marchiori Martins Rodrigo Ferreira Daverni
Sônia Galindo Melo
Lidiane Maria Magalini Talita Cristina Bartolomeu
Luciana A. Mani Adami Vanessa Vergani Machado
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Patrícia Alves Veronez Montera Projeto gráfico, diagramação e capa
Raquel Baptista Meneses Frata Eduardo de Oliveira Azevedo
Joice Cristina Micai
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli
Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Simone Rodrigues de Oliveira Luis Antônio Guimarães Toloi
Raphael Fantacini de Oliveira
Bibliotecária Tamires Botta Murakami de Souza
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11 Wagner Segato dos Santos
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na
web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do
autor e da Ação Educacional Claretiana.
CRC
Conteúdo––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
O saber histórico escolar. Métodos e didática de ensino de história. Os conteú-
dos escolares de história: organização e seleção. Tendências historiográficas na
história escolar: economia, política, sociedade, cultura e narrativa. História local,
cotidiano e globalidade. A história do ensino de geografia. A importância social do
conhecimento geográfico. Métodos em geografia: fato geográfico; alfabetização
cartográfica; estudos do meio; dinâmicas no ensino de geografia. Conteúdos de
geografia: organização e seleção. Educação Ambiental e ecoalfabetização.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
1. INTRODUÇÃO
Como ensinar História e Geografia na educação infantil e
nos ciclos iniciais do Ensino Fundamental? Quais conteúdos sele-
cionar? Como abordá-los em sala de aula? O que levar em conta
para preparar a aula? Essas e outras questões serão respondidas
no estudo de Fundamentos e Métodos do Ensino da História e da
Geografia I, a obra que começamos agora. Você está pronto para
buscar essas respostas e levantar novas perguntas?
8 © Fundamentos e Métodos do Ensino da História e da Geografia I
Abordagem Geral
Neste tópico, apresenta-se uma visão geral do que será estu-
dado nesta obra. Aqui, você entrará em contato com os assuntos
© Caderno de Referência de Conteúdo 9
As regiões do país
Partindo do que está proposto nos Parâmetros Curriculares
Nacionais, o ensino de Geografia deve compreender a espacialida-
de dos alunos e as paisagens locais.
Vamos ver isso melhor?
O Brasil é dividido em cinco grandes regiões que caracteri-
zam o país sob diferentes aspectos e permitem sua melhor com-
preensão, apesar de toda essa divisão ser artificial. A região norte
© Caderno de Referência de Conteúdo 11
A história do Brasil
A pergunta anterior mostra-nos que compreender a nossa
história é essencial para a compreensão da nossa identidade. Para
tanto, vamos retornar um pouco no tempo, vamos voltar para
março de 1500, quando, depois de 44 dias de viagem, a maior ar-
mada portuguesa até então posta ao mar para ir até as Índias pela
rota descoberta por Vasco da Gama chegou ao Brasil!
Existem muitas controvérsias sobre as condições dessa via-
gem e sobre a coincidência da descoberta, envolvendo o conheci-
mento das correntes marítimas do Atlântico, o clima propício na-
Figura 2 Moema.
O ciclo do ouro
Chegamos ao momento de entender um dos mais pujantes
ciclos econômicos da nossa história, o ciclo do ouro!
Descoberto no final do século 17, a mineração, por todo o
século 18, era a atividade econômica mais rentável praticada na
colônia, rivalizada apenas pelo próprio tráfico de escravos africa-
nos. De fato, durante todo o século calcula-se que, aproximada-
mente, 850 toneladas de ouro foram extraídas das Minas Gerais
brasileiras.
Contudo, de acordo com Caio Prado Júnior, em sua obra For-
mação do Brasil Contemporâneo, "[...] ao contrário do que se dá
na agricultura e em outras atividades da colônia, a mineração foi
submetida desde o início a um regime especial de minuciosa e ri-
gorosa disciplina" (1973, p. 174).
Disciplina esta posta em exercício para que a Coroa pudesse
absorver esta riqueza. Toda área de mineração, assim que desco-
berta, deveria ser anunciada às autoridades locais competentes.
Elas faziam a demarcação da área aurífera e dos lotes de minera-
A Inconfidência Mineira
A região de Vila Rica, hoje Ouro Preto, após quase um sé-
culo como área de exploração aurífera, portanto administrada e
vigiada pela Intendência de Minas, tornou-se uma sociedade mais
burocratizada e, portanto, mais urbana. Ourives estabeleciam-se
na cidade, bem como toda uma gente que vivia de oferecer aos
mineiros o restante da base material que, justamente por serem
mineiros, não tinham meios de suprir: comerciantes de várias es-
pécies, mercadores, prestadores de serviços, artistas e poetas.
Além disso, os filhos das classes abastadas, ligadas à administra-
ção da Coroa e estudados em Coimbra ou na França, chegavam por lá,
trazendo consigo as ideias do iluminismo para dentro da zona aurífera.
Assim, a mistura entre o iluminismo, às vezes republicano
de alguns mineiros ilustrados, sua posição hegemônica dentro da
estrutura administrativa colonial e a ameaça da Coroa com mais
um desmando, cobrando deles e dos demais moradores das Minas
pelo ouro não extraído, foi o que forjou a Inconfidência Mineira.
A ideia era aproveitar a derrama para promover a revolução!
De acordo com o historiador inglês Kenneth Maxwell, seria fundada
uma República liberal cuja capital deveria ser São João del Rey. Tomás
Antônio Gonzaga seria o novo presidente, o ferro seria explorado para
o avanço técnico da nação, o distrito diamantino seria liberado, hos-
pitais e universidades seriam criadas e, quem sabe, até a escravidão
A Proclamação da República
Uma das proibições aos militares de então era a de se ex-
pressarem publicamente sobre assuntos políticos, e foi exatamen-
te o que o Coronel Antonio de Sena Madureira fez ao defender
publicamente o fim da escravidão e ainda por cima num jornal re-
publicano chamado A Federação.
Do outro lado do país, no Piauí, o militar liberal Coronel
Cunha Matos apurava irregularidades contra um comandante cor-
rupto e passou a sofrer ataques públicos na Câmara pelos con-
Glossário de Conceitos
O Glossário permite a você uma consulta rápida e precisa das
definições conceituais, possibilitando-lhe um bom domínio dos
termos técnico-científicos utilizados na área de conhecimento dos
temas tratados em Fundamentos e Métodos do Ensino de História
e Geografia I. Veja a seguir a definição dos principais conceitos:
Questões Autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem ser
de múltipla escolha, abertas objetivas ou abertas dissertativas.
Responder, discutir e comentar essas questões, bem como
relacioná-las com a prática do ensino de Pedagogia pode ser uma
forma de você avaliar o seu conhecimento. Assim, mediante a re-
solução de questões pertinentes ao assunto tratado, você estará se
preparando para a avaliação final, que será dissertativa. Além disso,
essa é uma maneira privilegiada de você testar seus conhecimentos
e adquirir uma formação sólida para a sua prática profissional.
Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as biblio-
grafias complementares.
Dicas (motivacionais)
O estudo desta obra convida você a olhar, de forma mais apu-
rada, a Educação como processo de emancipação do ser humano.
É importante que você se atente às explicações teóricas, práticas
e científicas que estão presentes nos meios de comunicação, bem
como partilhe suas descobertas com seus colegas, pois, ao com-
partilhar com outras pessoas aquilo que você observa, permite-se
descobrir algo que ainda não se conhece, aprendendo a ver e a
notar o que não havia sido percebido antes. Observar é, portanto,
uma capacidade que nos impele à maturidade.
Você, como aluno dos Cursos de Graduação na modalidade
EaD, necessita de uma formação conceitual sólida e consistente.
Para isso, você contará com a ajuda do tutor a distância, do tutor
presencial e, sobretudo, da interação com seus colegas. Sugeri-
mos, pois, que organize bem o seu tempo e realize as atividades
nas datas estipuladas.
É importante, ainda, que você anote as suas reflexões em seu
caderno ou no Bloco de Anotações, pois, no futuro, elas poderão ser
utilizadas na elaboração de sua monografia ou de produções científicas.
© Caderno de Referência de Conteúdo 33
3. referências bibliográficas
LEGAN, L. A escola sustentável: ecoalfabetizando pelo ambiente. São Paulo: Imprensa
Oficial/Pirenópolis, GO: Ecocentro IPEC, 2007.
LIMA, O. Dom João VI no Brasil. São Paulo: Topbooks, 2006.
PRADO JÚNIOR, C. A formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 1977.
SCHWARCZ, L. M. A longa viagem da biblioteca dos reis. São Paulo: Cia das Letras, 2002.
4. E-REFERÊNCIAS
Lista de figuras
Figura 1 Primeira Missa ocorrida no Brasil. Disponível em: <http://peregrinacultural.
wordpress.com/2009/04/26/estampa-da-primeira-missa-poema-de-murilo-araujo/>.
Acesso em: 15 mar. 2012.
Figura 2 Moema. Disponível em: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/
commons/5/56/Victor_Meirelles_-_Moema.jpg>. Acesso em: 2 nov. 2011.
Figura 3 O último tamoio (Rodolfo Amoedo). Disponível em: <http://www.overmundo.
com.br/banco/aimbere-tamoio-1567>. Acesso em: 15 mar. 2012.
Figura 4 Tiradentes esquartejado. Disponível em: <http://www.galeria.cluny.com.br/v/
Artes+Plasticas/Pintores+Brasileiros/Pedro+Americo/02+Tiradentes+Esquartejado.jpg.
html>. Acesso em: 15 mar. 2012.
2. CONTEÚDOS
• Breve história das disciplinas de História e Geografia.
• A teoria de Piaget e o ensino de História e Geografia.
• A construção das noções de espaço, tempo e identidade
nas séries iniciais do Ensino Fundamental.
36 © Fundamentos e Métodos do Ensino da História e da Geografia I
Vygotsky (1896-1934)
Psicólogo, pesquisador do desenvolvimento intelectual da criança, considerou as
interações com o meio social e cultural como fundamentais a esse desenvolvi-
mento. É autor de A formação social da mente e Linguagem, desenvolvimento e
aprendizagem, entre outras obras.
Celso Antunes
Geógrafo brasileiro, especialista em educação, é autor da coleção Como bem
ensinar, e dos livros A construção do afeto, A teoria das inteligências libertado-
ras, Marinheiros e professores (I e II), Antiguidades Modernas e Viagens ao redor
de uma sala de aula, entre outras obras.
Marcelo Martinelli
Professor do Departamento de Geografia da USP, livre-docente em Cartografia
Temática. É autor de Mapas da Geografia, Cartografia Temática, entre outras
obras.
Hubert Hannoun
Pedagogo marxista, é autor de Educação: certezas e apostas.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Olá! Seja bem-vindo(a) ao estudo de Fundamentos e Méto-
dos do Ensino da História e da Geografia I! Esperamos que esta
obra lhe ofereça prazer em aprender e vontade de ensinar!
A atual concepção de uma formação generalista na pedago-
gia somada à exigência de trabalho com conteúdos de disciplinas
específicas, como Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Histó-
ria e Geografia, colocam os pedagogos em uma situação paradoxal
na carreira docente: ter uma formação generalista e ter de traba-
lhar com conteúdos específicos.
Pensando nesse perfil, esta obra foi produzida com a finali-
dade de contribuir para a sua formação enquanto profissional da
educação, ou seja, enquanto pedagogo. Para tanto, este material
Depois dessa síntese inicial sobre uma boa aula, feita para
chamar a sua atenção para a nossa obra e lhe mostrar a orienta-
ção que seguiremos, vamos estudar, rapidamente, a trajetória das
disciplinas de História e Geografia nas escolas brasileiras ao longo
do século 20.
Vamos lá?
© U1 – O Ensino de História e Geografia nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental de Nove Anos 41
1) Qual a proposta do Eixo Temático dos PCNs para o trabalho com História?
2) Qual a proposta do Eixo Temático dos PCNs para o trabalho com Geografia?
3) O que significa a sigla RAD e como isso pode auxiliar a dar uma boa aula?
13. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade, estudamos a inserção das disciplinas de His-
tória e Geografia no currículo escolar, bem como as importantes
noções de espaço, tempo e identidade para os alunos das séries
iniciais do ensino fundamental. Buscamos apresentar, também, a
grande necessidade de conhecermos e refletirmos sobre os con-
teúdos mínimos de História e Geografia com os quais trabalhare-
mos na escola e sem os quais acreditamos não ser possível ao pro-
fessor desenvolver um bom trabalho.
Pautados nessa crença, vamos estudar juntos, nas próximas
unidades, os conteúdos dessas duas disciplinas que você terá o
prazer e a responsabilidade de levar para sua sala de aula!
Até lá!
14. E-REFERÊNCIA
Lista de figura
Figura 2 As regiões do país. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/7a12/mapas/brasil/
brasil_grandes_regioes.pdf>. Acesso em: 24 set. 2011.
© U1 – O Ensino de História e Geografia nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental de Nove Anos 65
2
do Ensino
Fundamental
1. OBJETIVOS
• Identificar os elementos do meio ambiente e os modos de
abordá-los em sala de aula.
• Sintetizar as ideias de ecoalfabetização e permacultura no
contexto escolar.
• Distinguir as regiões do país a partir de componentes físi-
cos, históricos e culturais.
• Compreender o Brasil como um conjunto de realidades
desiguais e merecedoras de atenção.
2. CONTEÚDOS
• O meio ambiente no contexto das séries iniciais do Ensino
Fundamental.
• A composição das regiões do país.
• A população brasileira.
68 © Fundamentos e Métodos do Ensino da História e da Geografia I
Celso Antunes
Geógrafo brasileiro, especialista em educação, é autor da coleção Como bem
ensinar e dos livros A construção do afeto, A teoria das inteligências libertadoras,
Marinheiros e professores (I e II), Antiguidades Modernas e Viagens ao redor de
uma sala de aula, entre outras obras.
Jurandyr Ross
É geógrafo e professor do Departamento de Geografia da USP. É autor, entre
outras obras, do compêndio Geografia do Brasil (primeira edição de 1996) e Geo-
morfologia, Ambiente e Planejamento (1998).
Loic Wacquant
É um sociólogo francês preocupado com a questão da desigualdade urbana. É
autor de Os condenados da cidade (2001), As prisões da pobreza (1999), entre
outras obras.
Lana Cavalcanti
É geógrafa, pesquisadora sobre ensino de geografia e geografia urbana e autora
de A geografia escolar e a cidade (2008), obra que reflete os modos como o ensi-
no da Geografia podem auxiliar nas questões da vida urbana cotidiana.
Fritjof Capra
É um físico austríaco que, atualmente, se dedica ao estudo do pensamento sis-
têmico e à educação ecológica, mantendo uma escola de ecoalfabetização nos
Estados Unidos. É autor, entre outras obras, de O ponto de mutação (1982), além
de O tao da física (1975), Sabedoria Incomum (1988), Pertenço ao Universo
(1992) e A teia da vida (1996).
© U2 – Fundamentos para o Ensino de Geografia nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental 69
Lucia Legan
Pedagoga australiana, trabalhou na Alemanha, na Tailândia, na Inglaterra, na
Austrália e no Brasil, onde é uma das fundadoras do Ecocentro IPEC, o Instituto
de Permacultura e Ecovilas do Cerrado, em Pirenópolis, Goiás. Legan é, tam-
bém, autora do livro A escola sustentável (2007).
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Na unidade anterior, estudamos três conceitos fundamen-
tais para o ensino de História e Geografia no Ensino Fundamental:
o espaço, o tempo e a identidade. Nesta unidade, avançaremos
em temas não menos complexos que esses, mas agora visando
criar subsídios para o trabalho a partir de outros temas importan-
tes no Ensino Fundamental de nove anos, especialmente para a
Geografia, como, por exemplo, a nossa relação com o meio am-
biente, a caracterização das diferentes regiões brasileiras com suas
paisagens, incluindo os aspectos de relevos e vegetação, fauna e
cultura humana.
Estudaremos, também, a formação da população brasileira
de maneira introdutória, refletindo sobre sua distribuição pelo país
e sua organização política, e, por fim, refletiremos sobre os modos
de trabalho no Brasil e os aspectos de responsabilidade social.
A dimensão política do aprendizado de História e Geogra-
fia está em evidência atualmente, sobretudo porque não é mais
possível escapar das frequentes notícias sobre guerras, atentados,
massacres étnicos, escândalos éticos, desastres ambientais, fome,
miséria, questões raciais e políticas afirmativas entre outras notí-
cias.
A conscientização sobre a existência desses problemas e
a construção de mecanismos de ação a partir dessa tomada de
consciência são comportamentos que o aprendizado de História e
Os Cinco “R”–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Repensar os hábitos de consumo: buscar compreender as reais necessidades
das trocas e a influência da cultura do consumo nas compras por impulso e
moda, e compreender a influência das embalagens e da mídia nas escolhas de
compra, ao invés da qualidade dos produtos.
Recusar produtos que prejudicam o meio ambiente e a saúde: aprender a ler
rótulos, a conhecer ingredientes, a ter noções de nutrição, saúde e aprender a
verificar a origem dos produtos, evitando os que circularam o mundo poluindo e
gastando energia, preferindo os próximos, nacionais ou locais.
Reduzir o consumo desnecessário: adequar o consumo às necessidades, in-
clusive no que se refere ao tamanho das embalagens e ao excesso de produtos
descartáveis.
Reutilizar ao máximo antes de descartar: uma garrafa pode ser reutilizada antes
de reciclada, uma camisa não fura antes de sair de moda, uma meia pode ser
costurada, para não falarmos em carros e celulares!
Reciclar os materiais: separar os materiais recicláveis dos não recicláveis, secar,
armazenar adequadamente e garantir a chegada desse material a um posto de
coleta (LEGAN, 2007, p. 142).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Como podemos perceber, a tão famosa reciclagem é apenas
o último ponto da busca pela existência sustentável, sendo preci-
so, antes, refletir seriamente sobre os hábitos de consumo, a fim
de diminuir a pressão do planeta em oferecer matérias-primas,
obviamente finitas. A pedagoga australiana Lucia Legan vai além
da ecoalfabetização e propõe a ideia de uma permacultura, ou
seja, uma cultura sustentável baseada em seis conjuntos de ações
integradas. Vejamos:
© U2 – Fundamentos para o Ensino de Geografia nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental 77
Parte dessa resposta está nas pessoas que não são indíge-
nas, extrativistas ou ribeirinhos. Interessadas em utilizar as terras
da Amazônia para criar gado de modo extensivo ou plantar soja e
arroz, por exemplo, elas promovem a derrubada das árvores mile-
nares e sua queima ou venda, para que o solo dê espaço ao gado e
a outros itens da nossa cesta básica.
Vejamos uma dica de atividade relacionada ao que foi abor-
dado neste tópico.
Todavia, ter mais pessoas morando nas cidades não quer di-
zer que elas vivam melhor. Muitas das pessoas que vieram para
o sudeste tornaram-se operários nas indústrias, trabalhadores da
construção civil, trabalhadores domésticos entre outros trabalhos,
porém, muitos não conseguiram sequer isso. São prestadores
de serviços temporários, sem condições adequadas de trabalho,
saúde e moradia, residentes em favelas espalhadas por todas as
grandes cidades do sudeste, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo
Horizonte, Campinas e Ribeirão Preto, no interior do Estado de São
Paulo.
Mesmo estando na região sudeste, o Estado de Minas Gerais
guarda algumas características distintas do restante da região. É o
único estado da região que não possui saída para o mar, e, além
disso, tem um relevo diverso do restante, pois é formado por Pla-
naltos, como a Serra da Canastra, a Serra do Espinhaço, a Serra da
Mantiqueira e a Serra do Caparaó, onde está o Pico da Bandeira, o
ponto mais alto da região sudeste.
Vamos à nossa dica de atividade?
ANO POPULAÇÃO
1970 93.139.037
1980 119.070.865
1991 146.155.000
2000 169.799.170
2010 190.755.799
Fonte: Ross (2007, p. 387) e IBGE (2011).
16. CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao final desta unidade, depois de estudarmos
juntos alguns conceitos importantes para a educação ambiental,
como a ecoalfabetização e a cultura sustentável. Com esses con-
ceitos, ampliamos a nossa percepção sobre a prática da recicla-
gem e pensamos em nosso comportamento enquanto consumido-
res conscientes. No estudo sobre as paisagens brasileiras, fizemos
uma rápida viagem pelas cinco regiões, observando as característi-
cas do relevo, da fauna, da cultura e dos modos de vida.
Na próxima unidade, continuaremos nossa viagem pelo Bra-
sil, observando o nosso passado e como ele pode ser importante
na sala de aula.
Até lá!
17. e-referências
Lista de figuras
Figura 1 Regiões hidrográficas. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/
atlasescolar/mapas_pdf/brasil_bacias.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2012.
Figura 2 Grandes regiões. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/7a12/mapas/brasil/
brasil_grandes_regioes.pdf >. Acesso em: 10 out. 2011.
Sites pesquisados
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Home page. Disponível em: <www.
ibge.gov.br>. Acesso em: 10 out. 2011.
IDEC. Calculadora de emissões – Clima e consumo. Disponível em: <www.idec.org.br/
climaeconsumo>. Acesso em: 10 out. 2011.
PEGADA ECOLÓGICA BRASIL. Home page. Disponível em: <www.pegadaecologica.
siteonline.com.br>. Acesso em: 10 out. 2011.
WWF. Pegada ecológica. Disponível em: <www.wwf.org.br/pegadaecologica>. Acesso
em: 10 out. 2011.
© U2 – Fundamentos para o Ensino de Geografia nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental 93
3
colônia e o Brasil
Imperial
1. OBJETIVOS
• Refletir sobre a construção da história.
• Identificar os principais processos históricos da História
do Brasil colonial e imperial.
• Articular os conteúdos de história no contexto escolar.
2. CONTEÚDOS
• A história na sala de aula.
• História do Brasil colonial: o descobrimento, a posse e a
exploração da terra, a inconfidência mineira e a vinda da
corte.
• História do Brasil império: a independência, os reinados
de Dom Pedro I e Dom Pedro II, a guerra do Paraguai e o
fim da escravidão.
96 © Fundamentos e Métodos do Ensino da História e da Geografia I
Alfred Métraux
Foi um antropólogo suíço que se dedicou ao estudo dos índios sul-americanos.
Importante combatente contra teorias de superioridade racial, foi um dos colabo-
radores na elaboração da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Hernani Donato
Historiador, é membro da Academia Paulista de Letras e do Instituto Histórico e
Geográfico de São Paulo. É autor da obra ilustrada História dos usos e costumes
do Brasil (2005).
Kenneth Maxwell
Historiador britânico dedicado aos assuntos ibero-americanos, sobretudo o Bra-
sil, Maxwell é autor de A devassa da devassa (1977), Marquês de Pombal - pa-
radoxo do iluminismo (1996), entre outras importantes obras.
morte. Preso por três anos, foi enforcado e esquartejado em 1792. O historiador
José Murilo de Carvalho, entre outros, repara a fragilidade dos heróis históricos
nacionais na época da Proclamação da República, que passa a celebrar Tiraden-
tes como um dos maiores mártires brasileiros, inclusive revestido de aspectos
sagrados – construindo o mito de um cristo cívico” (VAINFAS, 2000, p. 549-550).
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Nas unidades anteriores, você estudou os fundamentos de
conceitos importantes para o ensino de História e Geografia, como
a identidade, o tempo e o espaço. Além disso, estudou os principais
temas relacionados ao ensino de Geografia nas séries iniciais do En-
sino Fundamental de nove anos, incluindo a educação ambiental.
Recordando o início do nosso estudo, dissemos que não é
possível ensinar aquilo que não sabemos, e, pensando nisso, ob-
servamos que grande parte da dificuldade em trabalhar com histó-
ria no Ensino Fundamental advém do fato de que o único alicerce
conceitual são aquelas lembranças vagas do nosso próprio tempo
de escola. Por isso, nesta unidade, estudaremos os principais te-
mas e conteúdos para o ensino de História nas séries iniciais. Você
está pronto?
A História não é uma ciência estática que conta as coisas
como elas realmente aconteceram. Para isso, nem uma máquina
do tempo serviria! A História, pelo contrário, é uma produção do
presente sobre o passado, marcada pela data em que foi produ-
zida. Isso quer dizer que a História olha para o passado com os
olhos do presente, com os olhos do momento da pesquisa, e disso
decorre que as grandes questões do presente influenciam sobre-
maneira o modo como nós construímos a narrativa sobre o nosso
próprio passado.
É nesse sentido que a História é uma ciência viva, contro-
versa, constantemente reavaliada e reescrita – e é por isso que
ela é, também, um instrumento de construção da identidade tão
importante, porque ela significa o passado numa correspondência
dialética com o presente.
diam nela lotes para serem minerados. Esses lotes de terra eram
conhecidos como datas. O descobridor da área era o primeiro a
escolher o seu lote, ou melhor, a sua data, e, depois, a Fazenda
Real escolhia a sua própria área, que seria leiloada. Para os demais
mineradores presentes e desejosos de participar, a repartição era
feita por sorte, cabendo a cada um uma data correspondente ao
número de escravos que possuía.
Todo o ouro extraído das áreas datadas (ou seja, das áreas
divididas em datas) deveria ser levado para as Casas de Fundição,
local onde seria fundido em barras cunhadas, quintado (ou seja,
subtraído de seu total a parte fixada pela Coroa como imposto,
chamado de quinto) e, por fim, certificado, ou seja, entregue ao
portador original juntamente com um certificado de sua origem e,
é claro, com um aviso de que daquele ouro já havia sido retirada a
parte da Coroa.
Mas, ao invés da Coroa cobrar uma porcentagem de imposto
sobre o ouro efetivamente extraído das minas, ela fixava, antes, a
quantia anual que deveria receber, e os mineiros que dessem con-
ta de extrair o suficiente! Assim, se a quantidade de ouro quintado
não fosse suficiente, a Coroa poderia cobrar a sua parte tendo os
mineiros que pagar com ouro já certificado. Quando a quantia ne-
cessária de ouro não era alcançada, uma Derrama podia ser anun-
ciada, ou seja, a cobrança, de uma só vez, dos valores atrasados
devidos à Coroa.
Um senso indicava os bens em ouro dos moradores da zona
aurífera, e os soldados eram encarregados de buscá-los. A razão
inicial da Inconfidência Mineira foi a declaração de que haveria
uma Derrama na zona aurífera de Minas, em fevereiro de 1789.
Vamos ver isso melhor?
Nas cidades da zona aurífera, como Vila Rica (hoje Ouro Pre-
to), Mariana, São João del Rey e São José del Rey (hoje Tiraden-
tes), depois de quase um século de atividade mineradora, viviam
muitas pessoas que dependiam da mineração, sem, contudo, ser
9. O IMPÉRIO BRASILEIRO
D. Pedro I foi um monarca de personalidade forte e instável,
com uma biografia repleta de desavenças, amores, violências e des-
mandos. Orgulhoso, amoroso e aventureiro, teve as características
necessárias para romper com as Cortes Portuguesas, com seu pai e
com seu país natal, arriscando-se na aventura de tornar o Brasil in-
dependente e tornar-se imperador. Por essa razão, é considerado o
monarca português mais eficiente do século 19, apesar de ter mor-
rido precocemente, em Portugal, aos 36 anos de idade, deixando no
Brasil seu filho e herdeiro do trono que criara, D. Pedro II.
Tendo se transformado no órfão da nação aos cinco anos de
idade, Pedro II, ao contrário de seu pai e seu avô, foi educado para
ser um monarca, mas não o podia ser tão cedo! Por isso, o Brasil
viveu sua primeira experiência regencial.
Com a arena política em efervescência, pois, pela primeira
vez, a figura do monarca forte não estava presente, muitas forças
© U3 – Conteúdos de História nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental: a colônia e o Brasil Imperial 113
2) O que quer dizer a história não ser o passado em si, mas uma construção a
partir dele?
3) Qual é a ligação existente entre a fala caipira e a fala indígena? Qual a impor-
tância dessa descoberta?
2. CONTEÚDOs
• História do Brasil Republicano.
• A proclamação da república.
• A república velha.
• O café.
• A semana de arte moderna de 1922.
• A Revolução de 1930 e 1932.
120 © Fundamentos e Métodos do Ensino da História e da Geografia I
• A Era Vargas.
• A ditadura militar no Brasil.
• A República Nova.
Lilia Schwarcz
É historiadora, professora livre-docente do Departamento de Antropologia da
USP. É autora, entre outros livros, de Racismo no Brasil (2001), Negras imagens
(1997), Contrastes da intimidade contemporânea (1998), As barbas do Impera-
dor (1998) e A longa Viagem da biblioteca dos reis (2003).
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Na unidade anterior, estudamos conteúdos de História do
Brasil referentes ao período colonial e também imperial. Nesta
unidade, prosseguiremos nosso estudo, mas agora com um pas-
seio pelos conteúdos de história do Brasil republicano. Vamos lá?
Quanto mais perto no tempo estudamos a história, menos
dependentes apenas dos livros ficamos. Ao estudar, por exemplo,
o período de governo de Vargas, o regime militar ou a redemocra-
tização, poderemos recorrer às histórias de vida de colegas profes-
sores, pais e avós de alunos, que poderão ser incluídos nos nossos
estudos!
Como estudamos anteriormente, os grupos abolicionistas
apoiaram o surgimento da República porque estavam desapon-
© U4 – Conteúdos de História nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental: O Brasil Republicano 121
5. A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
Além dos republicanos, dos abolicionistas e de muitos
ex-escravistas, um último grupo foi essencial para que a monar-
quia chegasse ao fim no Brasil. Trata-se dos militares.
Uma das proibições imposta aos militares era a de que não se
expressassem em jornais, sobretudo sobre questões políticas. No
entanto, o Coronel Antonio da Sena Madureira e o Coronel Cunha
Matos utilizaram os jornais para defender o fim da escravidão, no
caso de Sena Madureira, e para fazer uma defesa da própria honra
na guerra do Paraguai, no caso de Cunha Matos.
Isso foi o suficiente para que as alas mais conservadoras,
tanto militares quanto civis, se indispusessem contra os militares
liberais, que, influenciados pelo pensamento positivista, se reu-
niam em Clubes Militares e lá debatiam sobre as vantagens de um
governo republicano.
Um dos principais focos do pensamento positivista entre os
militares era a Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro.
6. A CONSOLIDAÇÃO DA REPÚBLICA
Proclamada titubiantemente a república, como acabamos
de ver, os interesses dos grupos que se alinharam temporariamen-
te ao redor da mesma causa rapidamente se desencontraram, re-
velando que mesmo entre republicanos, abolicionistas, ex-escra-
vistas, ex-monarquistas e militares liberais havia pouco consenso
que não fosse o próprio fim da monarquia. Sobre essa aparente
desordem, o historiador Renato Lessa escreveu:
Nem mesmo aqueles que acreditam ter a história algum sentido
podem honestamente supor que havia ordem subjacente e invisí-
vel a regular o caos da primeira década republicana no Brasil (1990,
p. 73).
8. A ERA VARGAS
As eleições de 1930 foram vencidas por Julio Prestes que,
como vimos, era o candidato de São Paulo. No entanto, os rumores
de golpe e revolução alastravam-se entre os Estados, sobretudo
Minas Gerais e Rio Grande do Sul, o Estado acostumado com agi-
tações desde o início da República!
Um assassinato aceleraria os acontecimentos: o candidato a
vice de Getúlio Vargas, o paraibano João Pessoa, havia sido mor-
to pouco antes do anúncio oficial do resultado das eleições. Sua
morte acirrou os nervos e o governo foi acusado pelo assassinato.
Uma resposta era esperada. Essa resposta foi a Revolução de 1930.
A maioria dos Estados aderiram rapidamente à Revolução,
que começou em três de outubro de 1930. Dois dias depois, ape-
nas São Paulo, Bahia e o Pará não haviam aderido ao movimento.
O Rio de Janeiro era ainda uma incógnita, mas com a deposição de
Washington Luís e a montagem do governo provisório liderado por
Getúlio Vargas, a capital do país tomava o partido da Revolução.
Vargas ocuparia o poder como presidente do governo pro-
visório até 1934, depois seria presidente constitucional até 1937
e ditador, durante o Estado Novo, até 1945. Deposto, retornaria
em 1951 pelo voto direto e ficaria até 1954, quando, segundo ele
mesmo, saiu da vida para entrar na história.
Como presidente, Vargas buscou apoio em diversos setores,
como os cafeicultores, que já estavam em crise mesmo antes da
crise da Bolsa de Nova York. A compra dos excedentes de café foi
um expediente frequente do governo para garantir aos produtores
de café a sobrevida da produção, muitas vezes queimando esses
excedentes para valorizar a oferta do produto. Mas o apoio po-
pular ao governo Vargas veio também como fruto de sua política
trabalhista, um dos pontos de maior coerência de seu governo e
um dos fatores que o faz ser lembrado por muitos ainda hoje.
Se em muitos estados as medidas centralizadoras do gover-
no central se mostraram adequadas, ou pelo menos eficientes, em
São Paulo ocorria o inverso: a centralização política, a nomeação
de um tenente não paulista para governar o Estado e a ausência
de uma constituição eram as principais causas dos protestos pau-
listas, além, é claro, do seu afastamento do poder central e da au-
sência de uma constituição.
O descontentamento paulista tornou-se, em 1932, a Revolu-
ção Constitucionalista, inflamada pelo episódio dramático do as-
sassinato, a tiros, de quatro jovens em frente a um jornal ocupado.
Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo deram nome a um dos agru-
pamentos revolucionários, o MMDC.
A revolução estourou em nove de julho, com o estado de São
Paulo contando com o apoio do Rio Grande do Sul e até mesmo de
Minas Gerais, mas ambos negaram-se a apoiar uma revolução con-
tra um governo que, menos de dois anos antes, tinham ajudado a
colocar no poder. O estado do Mato Grosso manteve seu apoio à
causa da revolução, enviando apoio militar liderado pelo general
Bertoldo Klinger.
A campanha para arrecadação de fundos para os revolucio-
nários paulistas, chamada dê ouro para o bem se SP, incentivava
a doação de ouro e até de joias de família para a causa constitu-
© U4 – Conteúdos de História nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental: O Brasil Republicano 129
9. OS ANOS DE JK E JANGO
Com o fim da Era Vargas, o clima político ficou bastante tu-
multuado, e foi nesse cenário que Juscelino Kubitschek e João
Goulart conseguiram assumir como novos presidente e vice-pre-
sidente do Brasil.
No entanto, depois de assumir o poder, o primeiro ano do
governo JK no Brasil foi de calmaria política e otimismo quanto ao
futuro, embalados por slogans otimistas de “nacionalistas desen-
volvimentismo”, como “50 anos em 5”!
© U4 – Conteúdos de História nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental: O Brasil Republicano 131