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Actividades educativas
para fortalecer a relação
entre professor e aluno no
processo de ensino e
aprendizagem dos alunos
da 6ª Classe do Complexo
Escolar 4 de
Fevereiro/Cunhinga.
2021
ALFREDO LUNGANGA
Fevereiro/Cunhinga.
INDICE Pág
INTRODUÇÃO 4
CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DA RELAÇÃO ENTRE
PROFESSOR E ALUNO NO PROCESSO DE ENSINO E 8
APRENDIZAGEM.
1.1 Considerações do processo de ensino e aprendizagem no ensino primário 8
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CAPÍTULO 1: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DA RELAÇÃO ENTRE
PROFESSOR E ALUNO NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM.
Neste capítulo abordam-se as tendências teóricas da relação entre professor e aluno
no processo de ensino e aprendizagem. Com o levantamento bibliográfico e a escolha
de informações, relativamente aos diferentes teóricos e teorias conceptuais e
contextuais inerentes ao desenvolvimento dos alunos no ensino primário, quanto ao
assunto que diz respeito ao processo de ensino e aprendizagem, relação entre
professor e aluno, o diálogo e a afectividade na sala de aula.
1.1. Considerações do processo de ensino e aprendizagem no ensino primário.
Muitos pesquisadores como Piletti (2004), Haydt (2011), Libâneo (2006) e Freire
(2008) consideram o ensino e a aprendizagem termos inseparáveis na construção do
conhecimento. Assim, não se pode compreender a importância do primeiro, sem
reconhecer o significado a que o segundo apresenta nessa construção.
O ensino se caracteriza, portanto, como uma acção que se articula à aprendizagem.
Na verdade, é impossível falar de ensino desvinculado da aprendizagem. ”O processo
de ensinar e aprender é visto como uma unidade, que parece de fato, constituir um
desafio à permanência da mesmice no ensino” (Lemes & Alexandre, 2006, p.35)
O processo de ensino e aprendizagem é definido como um sistema de trocas de
informações entre professores e alunos, que deve ser pautado na objectividade do que
o aluno necessita aprender (Silva & Delgado, 2018). Assim, percebe-se que este
processo ocorre através de actividades conjuntas e organizadas entre professores e
alunos, objectivando a apropriação de um saber historicamente acumulado, tendo
como ponto de partida o nível actual de conhecimentos, experiências de vida e
maturidade dos alunos.
O ensino e aprendizagem, são conceitos que sofreram bastantes transformações no
decorrer da história de produção do conhecimento. Neste sentido, o processo ensino
e aprendizagem tem sido caracterizado de diferentes formas, ora procura dar ênfase à
figura do professor como detentor do saber, responsável pela transmissão do
conhecimento, ora vem destacar o papel do aluno como sujeito aprendiz, construtor
do seu próprio conhecimento.
Assim, a partir desta concepção pode-se reflectir sobre o processo de ensino e
aprendizagem na base dos principais modelos pedagógicos que dentre os quais
colocaram como maior objectivo o reflectir e o fazer do professor na construção do
conhecimento.
Começando pelo modelo tradicional, onde o processo ensino e aprendizagem era
totalmente centrado no professor. Tinha como objectivo principal formar o aluno
ideal, contudo não se levava em conta seus interesses.
Neste modelo, quanto mais rígido o ambiente escolar, mais concentrado e voltado
para a aprendizagem do aluno se mantinha. O professor era visto como mero
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repetidor de conteúdo e o aluno como um ser passivo no processo. As habilidades
desenvolvidas no aluno eram a memorização e a repetição. (Mizukami, 1986)
A instrução magistral e a transmissão compulsória da cultura são tendências
importantes nesse modelo de escola, em que a relação entre professor e aluno
acabava por ser uma relação de domínio: o superior - professor, que sabe, ensina ao
inferior - aluno que aprende mediante a instrução. “O professor fala aquilo que sabe
sobre determinado assunto e espera que o aluno saiba reproduzir o que ele lhe disse”
(Piletti, 2004, p.29).
Para o modelo de escola nova, o aluno era visto como o centro e o protagonista do
processo de ensino e aprendizagem, o professor como orientador do processo
educativo, não transmissor de conhecimentos. Pois, defendia-se a modernização e
actualização da relação entre professor e aluno favorecendo o pleno envolvimento
dos alunos na construção de sua própria aprendizagem.
O professor conduz o processo de aprendizagem partindo da experiência do aluno, da
observação, manipulação, de actividades sobre a realidade concreta.”Não há lugar
privilegiado para o professor; antes, seu papel é auxiliar o desenvolvimento Livre e
espontâneo da criança; se intervém, é para dar forma ao raciocínio dela” (Luckesi,
1994, p.58).
Assim, a partir destas reflexões sobre o processo ensino e aprendizagem,
considerando as situações como se ensina e como se aprende, demonstram que hoje
não existe uma forma única de compreender estes processos.
A abordagem do processo de ensino e aprendizagem na realidade actual evidencia-se
em situar o aluno no centro do processo segundo a concepção de escola nova, isso
implica para o professor como promotor e facilitador da aprendizagem prestar maior
atenção a ele. Pois é para ele que cabe as iniciativas de aprendizagem sendo a acção
educativa situar-se na relação entre professor e aluno (Piletti, 2004).
O aluno através da sua interacção dinâmica, com a sua actividade independente sobre
o objecto da aprendizagem, constrói por si só o seu conhecimento, embora sempre
sobre a orientação do professor. Se a sua actividade for devidamente orientada e
motivada através de estímulos positivos, pode se esperar uma nova aprendizagem
nos alunos.
Assim, colocar o aluno no centro do processo de ensino e aprendizagem exige para o
professor conhece-lo profundamente em toda a sua originalidade e em cada uma de
suas fases ou etapas da sua vida, através da lei da individualização, se adapte às
características próprias do aluno e ao seu ritmo de aprendizagem. (Veiga, 2012)
Para o autor, ninguém nem nada tem tanta influência na aprendizagem como o
professor. Por isso ele deve ter sempre presente duas coisas:
Saber ensinar e saber comunicar, juntamente com o conteúdo, gosto e o interesse
por aquilo que se ensina.
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Os alunos, sobretudo os do ensino primário, estudam mais pelo professor do que
pela cadeira em si; isto é, mais por associação simpática e afectiva com a pessoa
que ensina do que pelo conteúdo em si mesmo.
Entretanto, todas as estratégias, métodos do professor visam fazer funcionar as
experiências anteriores do aluno para lhe conduzir a uma nova aprendizagem. A
aprendizagem é o processo que se vê reflectido na mudança de potencialidades do
comportamento ou conduta do indivíduo em forma relativamente permanente.
Aprendizagem não é apenas um processo de aquisição de conhecimentos, conteúdos
ou informações (Piletti, 2004). Ele, considera que as informações são muito
importantes, mas precisam passar por um processamento muito complexo, a fim de
se tornarem significativas.
Na perspectiva de Schmitz (s.d, apud Piletti, 2004, p.31) “a aprendizagem é um
processo de aquisição e assimilação mais ou menos consciente, de novos padrões e
novas formas de perceber, ser, pensar e agir”. Para Haydt (2011) A aprendizagem é a
mobilização dos esquemas mentais do indivíduo, que o leva a participar activa e
efectivamente da acção de adaptar-se ao meio quer pela assimilação, quer pela
acomodação.
A aprendizagem é um processo de mudança de comportamento adquirida através da
experiência construída por factores emocionais, neurológicos, relacionais e
ambientais (Piaget, 1996). A aprendizagem é resultado da interacção do indivíduo
com o outro, considerando-se a maturação biológica, a bagagem cultural e a nova
situação que se apresenta (Vygotsky, 1998).
Diante destas diferentes definições, partindo da unanimidade dos autores em que
quase todos focam praticamente na aquisição de novas modos de comportamento. Os
autores do presente trabalho assumem a definição de Schmitz (s.d, apud Piletti,
2004). Julga-se ser a mais completa, porque leva a entender que este processo de
aprender implica de uma ou doutra forma a acção de modificação do comportamento
para o indivíduo ou a criança, de qualquer maneira a criança que aprende um
determinado conhecimento já não se torna a mesma, muda a sua forma de perceber
as coisas, ser, pensar e agir.
Nesta linha de ideias sobre a aprendizagem é importante ressaltar que se existe o
ensino é para motivar, orientar e facilitar a aprendizagem, pois estes processos estão
relacionados entre si na construção do conhecimento.
Assim, o ensino vem ser a acção, arte de ensinar, transmitir conhecimentos e
orientação no sentido de modificar o comportamento da pessoa humana. Também
ensinar é a actividade pela qual o professor, através de métodos adequados, orienta a
aprendizagem dos alunos. (Haydt, 2011)
O ensino depende de quem quer aprender “não se pode fazer beber um burro que não
tem sede” diz um provérbio judicioso. Do mesmo modo, não se pode fazer alguém
ouvir ou trabalhar, ainda mais uma criança, sem ter suscitado na pessoa um interesse,
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ou seja, uma necessidade do saber agir. “Para que alguém aprenda é necessário que
ele queira aprender. Ninguém consegue ensinar nada a uma pessoa que não quer
aprender” (Piletti, 2004, p.33).
A partir destas concepções, sobre o ensino, alguns pesquisadores procuraram
desenvolver diferentes teorias sobre o ensino, procurando discutir e sistematizar o
processo de organização das condições para a aprendizagem.
O ensino, para Bruner (1971), citado por (Bock, Furtado & Teixeira, 2001), envolve
a organização da matéria de maneira eficiente e significativa para o aprendiz. Assim,
o professor deve preocupar-se não só com a extensão da matéria, mas,
principalmente, com sua estrutura.
Isso significa dizer que ao ensinar principalmente os alunos do ensino primário deve-
se partir em primeiro lugar as ideias mais gerais, elementares e essenciais da matéria.
O desenvolvimento de uma aula deve começar num ponto mais geral que vai se
desenrolando até ao ponto-chave, sempre dos conceitos mais gerais para os
particulares, aumentando gradativamente a complexidade das informações. Por
exemplo, em música é necessário começar pela noção som, voz, em estudo do meio
pela noção da vida e em história pelas noções de homem, natureza e cultura. (Bock,
Furtado & Teixera, 2001)
Entre tanto, os autores da presente investigação, depois da abordagem deste dois
conceitos ensino e aprendizagem, consideram que realmente as relações que se
estabelecem entre o ensinar e o aprender são fundamentais para perceber as relações
interpessoais entre professor e aluno.
1.2. A relação entre professor e aluno na sala de aula
A rotina diária da sala de aula está repleta de acontecimentos significativos, tanto na
vida do professor quanto na do aluno. Entre tantos acontecimentos, as manifestações
de afecto, muitas vezes presentes na relação entre professor com o seu aluno, podem
contribuir na aprendizagem do aluno e até mesmo na evolução do professor como
educador.
A abordagem sobre a sala de aula, significa entender melhor o processo de
aprendizagem, bem como as relações sociais pessoais e afectivas que se desdobram
entre professor e aluno no contexto da sala de aula. Dessa forma pode-se entender a
sala de aula, não apenas como um espaço físico mais como sinónimo da educação e
de troca experiência (Allwright, 1991).
A relação entre professor e aluno é o contacto e a convivência interpessoal que se
gera entre os intervenientes de uma situação de ensino e aprendizagem (Frederico,
2016). É a partir do processo de ensino e aprendizagem que se estabelece contactos
entre professor e aluno, para gerar conhecimentos com maior repercussão no aluno.
Essa relação entre professor e alunos, depende fundamentalmente do clima
estabelecido pelo professor na sala de aula, de sua capacidade de ouvir, reflectir e
discutir o nível de compreensão dos alunos, deixar que os mesmos contribuam com
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opiniões, pontos de vista durante as aulas, gerando uma ponte entre ambos os
conhecimentos.
Assim, ressalta-se o papel importante do professor na sua prática pedagógica em sala
de aula, tendo em conta a sua forma de ensinar, nas experiências que possui e no
sentido que dá ao que realiza. Pois, é o professor, que através do ensino procura ligar
o aluno ao objecto do conhecimento.
A gestão da sala de aula é contudo um dos principais desafios apontados pelos
professores, sendo esta, relacionada a sua prática pedagógica (Arends, 1995). O
professor ao actuar na sala de aula, precisa pôr em prática os seus conhecimentos e
sua competência, para ter o controlo dos alunos de modos que venha a atingir os
objectivos.
Stanford (s.d), citado por (Arends, 1995) elaborou um estudo, que tinha como
objectivo perceber quais as práticas de gestão de sala de aula que estavam
relacionadas com o comportamento dos alunos nas tarefas e com o comportamento
de desordem, e ainda quais as semelhanças e as diferenças que existiam entre as
práticas dos gestores da sala de aula mais e menos eficazes.
Assim, a investigadora concluiu que há fortes relações entre os comportamentos do
aluno e os comportamentos do professor, chegando à conclusão que professores
eficazes, segundo Stanford (s.d), citado por (Arends, 1995):
Dominam as conversas dos alunos, a participação, o movimento na sala, as
mudanças nos trabalhos e sabem o que fazer durante os tempos mortos;
Tendem a propiciar que as actividades de sala de aula decorram de forma
tranquila e eficaz, uma vez que as instruções são claras e os comportamentos
inadequados dos alunos são rapidamente resolvidos;
Definem claramente quais os requisitos para os trabalhos e acompanham o
progresso dos alunos;
Efectuam apresentações e dão explicações claras, bem como indicações
explícitas para que os alunos tirem apontamentos.
Partindo destas reflexões do autor, entende-se que o trabalho do professor em sala de
aula, não é uma tarefa fácil. Assim, ele no seu relacionamento com o aluno em sala
de aula necessita pôr em prática acções que tendem a desenvolver no aluno atitudes
geradoras de uma boa convivência com o intuito de promover aprendizagem.
É importante que o professor interaja com os alunos, buscando descobrir seus
motivos e compreendê-los. Assim, é preciso dar espaço para que o aluno expresse
seus próprios sentimentos, sem por isso ser julgado, ajudando a expressá-los de
maneira social aceitável.
Na actuação do professor sobre o aluno, torna-se importante que se adopte alguns
princípios, para aprimorar e fortalecer a convivência entre ambos, assim como
promover aprendizagem.
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Neste sentido, para que isso se concretize, na relação entre professor e aluno, o
professor deve ter em conta os seguintes princípios: Ter interesse real e verdadeiro
nos alunos, ser amigável para com o aluno, relacionar-se com o aluno como
indivíduo, reconhecer e cumprimentar o aluno dentro e fora da sala de aula, estar
disponível e acessível para o aluno dentro e fora da sala de aula, ser estimado pela
opinião, indirectamente relacionada com o assunto em destaque, respeitar os alunos
como pessoas. (Eble, 1979)
O professor e o aluno constituem um par unitário, indivisível quando analisamos o
que ocorre em sala de aula. A aprendizagem é o resultado desse encontro. Assim,
questiona-se da seguinte forma: quais comportamentos ocorrem nesse encontro, em
quais situações, para termos esse resultado?
A resposta para este questionamento se revela fundamentalmente nalguns factores
que podem facilitar a aprendizagem, de acordo com (Segundo, 2007), que são:
Propor aulas dinâmicas e descontraídas que despertem o interesse do aluno;
Explicar quantas vezes forem necessárias para que haja entendimento por parte
do aluno;
Propor exercício que proporcionam o entendimento da matéria;
Estar aberto a perguntas;
Apresentar linguagem acessível ao aluno;
Permitir a participação do aluno;
Desenvolver aulas expositivas;
Na visão da autora, o bom professor é aquele que facilita a aprendizagem, aquele que
sabe conduzir a aula, o que para o aluno significa explicar bem, tornar a aula
interessante, pelo uso de estratégias diferenciadoras e actividades dinâmicas,
propiciando a participação do aluno, tornando o acto de aprender prazeroso.
Os comportamentos do professor que influenciam uma boa relação com os alunos na
sala de aulas, são: dirigir atenção ao aluno; preocupar-se com a aprendizagem do
aluno; apoiar o aluno; ser exigente, porém humano; ser calmo e paciente; respeitar o
ritmo do aluno; gostar do que faz; estimular e elogiar o aluno; saber ouvir. (Segundo,
2007)
Tudo isso mostra que a influência do relacionamento positivo entre professor e aluno
em sala de aula demonstra que é tão importante quanto planejar uma boa aula e o
desenvolvimento dela. O facto de o professor dirigir a atenção ao aluno
demonstrando preocupação com a sua aprendizagem, facilita o processo de
aprendizagem e optimiza a aceitação do conteúdo por parte do aluno. (Ibidem)
O professor precisa de capacitação para se tornar um bom profissional e conseguir
modificar constantemente a sua maneira de explicar até que todos os alunos
aprendam (Perrenoud, 2004). Ao inibir a participação ou produção dos alunos, o
professor conduz a aula como se fosse dele e para ele perdendo a grande
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oportunidade de fazer com que o aluno se torne sujeito do processo de ensino e
aprendizagem.
O professor deve se colocar como mediador do conhecimento, ele o representa; nesse
sentido, deve sair no lugar do conhecimento para que esse conhecimento possa
circular entre todos alunos e professores. Sobre o compromisso e competência do
professor. Almeida (2005), citado por (Segundo, 2007)
Assim, comportamentos do professor na sala de aula como não dar atenção ao aluno
ou mostrar indiferença; ser injusto; ser impaciente ou tolerante; desrespeitar o aluno;
ser agressivo; expor o aluno a situações vexatórias; não ter pulso sendo permissivo
com os alunos indisciplinados; não dialogar e levantar o tom de voz; tratando o aluno
aos gritos são comportamentos que contribuem decisivamente para dificultar a
relação entre professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem. (Amorim &
Manteiro, s.d)
Um comportamento desrespeitoso com o aluno é extremamente prejudicial a sua
auto-estima, prejudicando decisivamente o seu desempenho em sala de aula e,
possivelmente, também na vida.
1.3. O diálogo e a afectividade na relação entre professor e aluno na sala de
aula.
O diálogo é de suma importância para a relação entre professor e aluno. Somente o
diálogo, que implica um pensar criativo, é capaz, também de gerá-lo. Sem esse
diálogo, não há comunicação e sem comunicação não há verdadeira educação. É
preciso haver diálogo para que juntos professores e alunos aprendam e ensinem ao
mesmo tempo. (Freire, 2008)
O diálogo é a base da relação entre professor e aluno, uma vez que, na enunciação de
um problema há sempre necessidade de considerar as experiências anteriores dos
alunos, tal como no-lo afirma Haydt (2011):
Na relação entre professor-aluno. O diálogo é fundamental. A atitude
dialógica no processo ensino-aprendizagem é aquela que parte de uma
questão problematizadora para desencadear o diálogo, no qual o professor
transmite o que sabe, aproveitando os conhecimentos prévios e as
experiências anteriores do aluno. Assim, ambos chegam a uma síntese que
elucida, explica ou resolve a situação-problema que desencadeou a
discussão. (Haydt, 2011, p.63)
Assim, quanto mais o professor compreender a dimensão do diálogo como postura
necessária em suas aulas, maiores avanços estará a conquistar em relação aos alunos,
pois desse modo, sentir-se-ão mais curiosos e mobilizados para transformarem a
realidade. Quando o professor actua nessa perspectiva, ele não é visto como um mero
transmissor de conhecimentos, mas como um mediador, alguém capaz de articular as
experiências dos alunos com o mundo, levando-os a reflectir sobre seu entorno,
assumindo um papel mais humanizador em sua prática pedagógica.
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O diálogo é uma exigência existencial que possibilita a comunicação e para por em
prática o diálogo, o professor deve colocar-se na posição humilde de quem não sabe
tudo. (Gadotti, 1999)
O diálogo contribui para que haja uma comunicação democrática, na qual
professores e alunos sejam participantes e aprendentes, para isso faz-se necessário
que o professor reconheça que não é o detentor de todo o conhecimento. O aluno
como parte integrante deste processo trás consigo conhecimentos e experiências que
em muitos casos não têm valor para o professor. (Freire, 2014)
O acto de ensinar não se resume apenas em transferir conhecimentos ou
informações, trata-se do meio com que o professor levará seu aluno a
compreender, aprender e reaprender e assim ter este conhecimento como
construção do ser social e crítico dentro da sociedade, fazendo do professor um
mediador e facilitador desse conhecimento não o dono do mesmo. (Ibidem)
Assim também as relações afectivas que o professor estabelece com os seus alunos
são de grande importância dentro da sala de aula, visto que a afectividade constitui a
base relacional da pessoa em sua vida indispensável para a aprendizagem já que é
através dessa, em sua manifestação como diálogo, que os alunos assimilam
conhecimentos e desenvolvem bons hábitos de convívio social.
O professor, ao demonstrar a relação de afecto pelos alunos contribui para que estes
se sintam mais seguros e aprendem com maior facilidade. “A conduta do professor
influi sobre a motivação, afectividade e a dedicação do aluno ao aprendizado”
segundo (Morales, 1998, p. 61). O professor ao reforçar a auto-confiança dos alunos,
contribui para manter uma atitude de respeito e cordialidade em sala de aula, que se
reflecte no meio social.
É preciso levar em consideração aspectos emocionais e propiciar para os alunos uma
boa relação dialógica desde os primeiros contactos. Ao professor numa relação
dialógica cabe expor suas ideias e ouvir os comentário dos alunos de modos a tornar
o ambiente da sala de aula agradável e afectivo. (Haydt, 2011)
Embora a função fundamental da escola seja a construção e a transmissão do
conhecimento, há que se considerar as relações afectivas como sendo
importantíssimas no processo de ensino e aprendizagem, visto que a construção e
transmissão de conhecimentos proposta pela escola gera a relação interpessoal, ou
seja, a troca de experiências entre os indivíduos.
Assim, o afecto e o diálogo devem ser considerados elementos presentes e activos no
processo de ensino e aprendizagem, uma vez que estes processos acontecem através
da relação entre professor e aluno que é tão importante no desenvolvimento da
personalidade do aluno. (Almeida & Mahoney, 2004)
Para estes autores, na relação afectuosa entre professor e aluno, partindo da ideia de
desenvolvimento da personalidade do aluno, inclui beijar, abraçar, assim como
conhecer, ouvir, conversar e admirar o aluno. Pois, assim como os professores, os
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alunos são movidos pelo carinho, afecto, abraços e beijos, muitas vezes a
aproximação do professor ao aluno ouvindo os seus problemas, estar sempre presente
e participar em qualquer situação da sua vida, tem sido muito importante no seu
rendimento.
Esta é uma forma de perceber que a afectividade está intimamente ligada à
Aprendizagem e às relações que os alunos e professores mantêm na sala de aula. O
professor precisa aproximar-se e conquistar o aluno, utilizar a transmissão de
conhecimento de forma positiva, a fim de envolvê-lo, motivá-lo com palavras de
incentivo e expressões positivas, pois o grau de envolvimento afectivo e emocional
do professor interfere positiva ou negativamente no processo de aprendizagem do
aluno. (Antunes, 2007)
A afectividade representa a força que direcciona e motiva o aluno ao acto de
aprender, desta forma, confirma-se a importância do relacionamento afectivo durante
o processo de ensino e aprendizagem e as atitudes, tanto do professor quanto do
aluno na sala de aula.
As relações e convívios em sala de aula estruturam-se por meio de todos os
envolvidos, pois o professor como mediador do processo e ao valorizar o carinho, os
elogios e a importância da opinião dos alunos, contribui para uma boa comunicação e
manifestação afectiva na sala de aula (Mello & Rubio, 2013). È na sala de aula onde
os alunos devem ter as suas necessidades atendidas para que isto se transforme em
condições intelectuais de aprender; é nela que ocorre o diálogo, o convívio e o
relacionamento.
1.4. Caracterização psicológica dos alunos da 6ª classe
Os alunos da 6ª Classe estão na fase da adolescência, que vem depois da infância e
antes da juventude, esta fase começa por volta dos 12 anos e termina aos 18 anos. A
adolescência, vem do latim adolescentia, que significa período de crescer, de
desenvolver-se. Está implícito no significado que é um período conflituoso ou de
crise, um processo de mudança. (Griffa & Moreno, 2015)
A fase da adolescência apresenta tarefas particulares, que, muitas vezes, envolvem
todos os intervenientes do processo educacional. O diálogo nessa etapa do
desenvolvimento assume um papel fundamental. Muitas vezes, é importante uma
preparação por parte do professor para lidar com seus alunos adolescentes que
precisam de orientações, que sirvam de referência para enfrentar situações, que
necessitem de reflexão e tomada de decisões. (Outeiral, 2015)
Existem muitos autores que abordaram diferentes teorias do desenvolvimento
humano, os quais falam desta etapa caracterizando as actividades que os adolescentes
ou os alunos realizam, entre elas mencionamos, algumas como: a teoria de Piaget
(1960), a teoria de Wallon (1999) e a teoria de Vygotsky (1998).
Para entender melhor as características psicológicas dos alunos nesta fase os autores
da presente investigação assumem a teoria de Piaget sobre o processo de
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desenvolvimento humano. Na sua teoria acerca do desenvolvimento humano divide-
os de acordo com o aparecimento de novas qualidades do pensamento, o que, por sua
vez, interfere no desenvolvimento global.
Estes períodos são caracterizados nomeadamente pelo: 1º Período: Sensório-motor (0
a 2 anos), 2° período: Pré-operatório (2 a 7 anos), 3º período: Operações concretas (7
a 11 ou 12 anos) e 4º período: Operações formais (11 ou 12 anos em diante).
Segundo Piaget (1960), cada período é caracterizado por aquilo que de melhor o
indivíduo consegue fazer nessas faixas etárias. Todos os indivíduos passam por todas
essas fases ou períodos, nessa sequência, porém o início e o término de cada uma
delas dependem das características biológicas do indivíduo e de factores
educacionais, sociais. Portanto, a divisão nessas faixas etárias é uma referência, e não
uma norma rígida.
Cavicchia (s.d) enfatiza que a concretização ou realização dessas possibilidades
dependerá do meio no qual a criança se desenvolve, uma vez que a capacidade de
conhecer é resultado das trocas do organismo com o meio. Da mesma forma, essa
capacidade de conhecer depende, também, da organização afectiva, uma vez que a
afectividade e a cognição estão sempre presentes em toda a adaptação humana.
Neste período, na visão de Piaget (1960), ocorre a passagem do pensamento concreto
para o pensamento formal, abstracto, isto é, o adolescente realiza as operações no
plano das ideias, sem necessitar de manipulação ou referências concretas, como no
período anterior. É capaz de lidar com conceitos como liberdade, justiça etc. A
criança domina, progressivamente, a capacidade de abstrair e generalizar cria teorias
sobre o mundo, principalmente sobre aspectos que gostaria de reformular. Isso é
possível graças à capacidade de reflexão espontânea que, cada vez mais descolada do
real, é capaz de tirar, e a contestação é a marca desse período.
A capacidade de livre exercício da reflexão garante ao adolescente, primeiramente,
“submeter” o mundo real aos sistemas e teorias que o seu pensamento é capaz de
criar. Isto se vai atenuando de forma crescente, através da reconciliação do
pensamento com a realidade, até ficar claro que a função da reflexão não é
contradizer, mas se adiantar e interpretar a experiência. (Bock, Furtado & Teixera,
2001)
Nos relacionamentos sociais, também ocorre o processo de caracterizar-se,
inicialmente, por uma fase de interiorização, em que, aparentemente, é anti-social.
Ele se afasta da família, não aceita conselhos dos adultos; mas, na realidade, o alvo
de sua reflexão é a sociedade, sempre analisada como passível de ser reformada e
transformada. Posteriormente, atinge o equilíbrio entre pensamento e realidade,
quando compreende a importância da reflexão para a sua acção sobre o mundo real.
Por exemplo, no início do período, a criança que tem dificuldades na disciplina de
Matemática pode propor sua retirada do currículo e, posteriormente, pode propor
soluções mais viáveis e adequadas, que considerem as exigências sociais. (Ibidem)
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No aspecto afectivo, a criança vive conflitos. Deseja libertar-se do adulto, mas ainda
depende dele. Deseja ser aceito pelos amigos e pelos adultos. O grupo de amigos é
um importante referencial para o jovem, determinando o vocabulário, as vestimentas
e outros aspectos de seu comportamento. Começa a estabelecer sua moral individual,
que é referenciada à moral do grupo. Os interesses do adolescente são diversos e
mutáveis, sendo que a estabilidade chega com a proximidade da idade adulta.
Os 12 anos são de maior objectividade e amadurecimento, perspectivas mais amplas
para as coisas, a criança já se apresenta como entusiasta e impaciente. O seu maior e
mais importante problema é o trabalho escolar, tem grande equilíbrio na sua
evolução, embora sendo etapa de transição mostra-se feliz, simpática, tranquila,
amável, sincera e amigável. Mas, as vezes manifesta sentimentos de ira, mesmo
assim encontra um modo de desafogar a irritação, são momentos breves e
superficiais. Observa-se também nesta fase, uma maior amplitude de gostos e
interesses, que se manifestam em todo o seu âmbito pessoal, familiar e social.
Mostra-se mais reflexiva perante os diferentes problemas e procura solucioná-los
sozinha, é muito responsável na organização do seu tempo e no cuidado dos seus
próprios objectos. Convém ao professor como profissional de educação, despertar-
lhe o interesse com um estímulo suficiente, já que gosta de aprender, esta idade é
óptima para o uso do material gráfico e meios audiovisuais, o que é um meio eficaz
para a sua educação e formação.
Especialmente no início deste estágio, é imprescindível que as aprendizagens
contemplem oportunidades de contar, comparar, analisar, experimentar e rever. Uma
estratégia interessante é unificar áreas para tornar óptima aprendizagem.
Assim, ao leccionar na 6ª classe um tema de uma disciplina, torna-se importante
utilizar os seguintes exemplos: em Ciências da Natureza “A importância da água
para a sobrevivência humana” pode ser trabalhado em Ciências da natureza,
enquanto pesquisa sobre a origem da água, Língua Portuguesa, na qual pode ser
elaborado um texto sobre o assunto (grafia correcta das palavras, parágrafos,
construção de frases etc.), em Matemática, com a realização de problemas que
envolvem questões do quotidiano (como analisar a conta de água, qual foi o gasto de
um mês para outro, análises de técnicas eficazes para a economia de água etc.).
(Rodrigues & Melchiori, s.d)
Pode-se entender que Piaget (1960), ao descrever comportamentos que as crianças
estão aprendendo dos 7 aos 11, 12 anos, contempla comportamentos descritos no
exemplo do parágrafo anterior. O autor defende que, ao final deste período, o
desenvolvimento de comportamentos descritos a seguir deve estar instalado no
repertório comportamental da maioria das crianças.
Entre eles, estão: pensamento espacial (calcular distâncias, saber ir e voltar da escola,
calcular o tempo de ir e vir de algum lugar, decifrar mapas); noção de causa e efeito
(saber que atributos afectam um resultado); classificação e seriação (organiza
objectos em categorias, em classes e subclasses); raciocínio indutivo (parte de factos
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específicos, particulares, para conclusões gerais); noção de conservação (a
quantidade é a mesma independente da forma) e habilidade para lidar com números,
solucionando problemas matemáticos envolvendo as quatro operações. (Papalia,
Olds & Feldmanl, 2006).
Com essas habilidades, a criança em idade escolar está em uma fase de grande
avanço cognitivo e com capacidade para compreender os conteúdos abordados em
sala de aula. Ela apresenta também interesse em organizar colecções e está apta a
participar de jogos com regras complexas. Todo esse processo é gradual, mas o
ambiente deve oportunizar situações sistemáticas e organizadas para que isso
aconteça.
No ensino primário o aluno apresenta modificações consideráveis na sua forma de se
comportar, na sua linguagem, nas suas interacções, com os seus companheiros e
principalmente na qualidade de raciocínio. O professor deve saber que a “cada
criança é, por definição um ser original e único com desejos, comportamentos e
capacidades diferentes dos outros”(Vayer e Trudelle, s.d, p.107). Pois, a criança
nesta etapa possui grande parte das habilidades dos adultos, algumas das quais
bastantes especializadas.
Conclusão parcial do capítulo I
Após a revisão e consulta de diversos autores sobre a relação entre professor e aluno,
permitiu perceber que não pode existir aprendizagem se não houver uma óptima
relação entre eles, daí, ser de extrema importância a relação entre ambos. Além disso,
percebeu-se que a participação e entrega dos professores na relação com os seus
alunos determinam em grande parte, a possibilidade de adaptação e permanência dos
alunos na escola.
2
CAPÍTULO 2: FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA DO
DIAGONÓSTICO E PROPOSTA DE ACTIVIDADES EDUCATIVAS.
Neste capítulo aborda-se o enquadramento metodológico especificamente o tipo e o
modelo de investigação, a análise dos resultados do diagnóstico realizado através dos
diferentes instrumentos de colecta ou recolha de dados e a contribuição das
actividades educativas elaboradas em função da investigação sobre a relação
professor e alunos no processo de ensino e aprendizagem dos alunos da 6ª Classe do
Complexo Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga.
Caracterização da escola
A investigação foi realizada no Complexo Escolar 4 de Fevereiro que localiza-se na
sede do Município do Cunhinga, 30 km a Norte da cidade do Cuito, limitada a sul
pela estrada nacional 140 e pelo projecto habitacional 100 casas, a norte e este pelos
terrenos de autoconstrução dirigida, e a Oeste pelo comando municipal da polícia
nacional.
Estruturalmente e funcionalmente, a escola contém 12 salas de aulas, uma secretaria
e cinco gabinetes de directores, 04 casas de banho construídas de blocos e cobertas
de chapas de zinco. Estão matriculados 717 alunos, dos quais 80 frequentam a 6ª
classe.
O organigrama da escola é constituído pelo director geral, subdirector pedagógico e
administrativo, coordenador do ensino primário, chefe de secretaria, coordenadores
de disciplinas, chefe do gabinete psico-pedagógico e professores. A escola conta no
total com 15 professores, dos quais 2 leccionam a 6ª classe no período vespertino.
A escola lecciona o Ensino Primário e o Iº ciclo do Ensino Secundário,
resumidamente, da iniciação à 9ª classe. No que tange às áreas curriculares e
académicas estão implementadas as disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática,
Estudo do Meio, Educação Musical, Manual e Plástica, Física, Moral e Cívica,
Geografia e História, para Ensino Primário, e a partir das disciplinas mencionadas,
no caso do Iº ciclo complementam-se, Biologia, Química, Física, Inglês, Educação
Laboral e Educação Visual e plástica.
2.1. População e amostra
Tabela 1. Apresentação da população-alvo da investigação
Tipo de Critério de
Extracto População Amostra %
amostra selecção
Direcção 5 - - - -
Professores 2 - - - -
Alunos 80 - - - -
2
Considerando a população acima exposta, neste trabalho não se declara a amostra, o
tipo e nem o critério de amostragem porque foram todos elementos da população
considerados acessíveis para a investigação realizada.
2.2. Análise e processamento dos resultados do diagnóstico realizado
Para a realização do diagnóstico da relação entre professor e alunos no processo de
ensino e aprendizagem dos alunos da 6ª Classe do Complexo escolar 4 de
Fevereiro/Cunhinga, foram utilizados os métodos empíricos, designadamente a
observação, a análise documental, o inquérito e a entrevista, incluindo os métodos
estatísticos, entre os quais a análise percentual e a distribuição de frequências cujos
resultados obtido, de maneira discriminada, se apresentam em seguida.
Análise e processamento dos resultados da análise documental
Quanto a análise documental (Vide apêndice Nº1) foram analisados os seguintes
documentos: a Lei 17/16 de 7 de Outubro, que aprova o Sistema de Educação e
Ensino angolano, o Decreto Presidencial n.ᵒ 160/18 de 3 de Julho, que aprova o
Estatuto da Carreira de Agentes da Educação, o regulamento interno da escola e o
plano de aula.
À luz da Lei 17/16 de 7 de Outubro, […] o indivíduo desenvolve-se na convivência
humana […] e por via do sistema educativo […] se prepara de forma integral para as
exigências da vida individual e colectiva. (Pontos 1, 2 e 3 do art.2).
Nessa conformidade, segundo o Decreto Presidencial n.ᵒ 160/18 de 3 de Julho, "o
professor do ensino primário deve saber utilizar as suas capacidades e os recursos e
ter consciência dos efeitos da sua actuação na sala de aulas e na escola"(Art.16.a)
Ainda nessa direcção, sobre a relação entre professor e aluno no processo de ensino e
aprendizagem, no regulamento interno do Complexo Escolar 4 de
Fevereiro/Cunhinga (ponto 14 do art.8 e ponto 2 do art. 4), constam aspectos
relevantes quanto a este assunto, os quais explicam que os alunos devem respeitar os
professores, os membros de direcção, os demais trabalhadores e seus colegas. E, não
obstante a esse dever, também gozam o direito de expor abertamente as suas ideias e
inquietações aos professores ou ainda aos órgãos próprio, exercendo a crítica e a
autocrítica como factor correcto.
Nesse sentido, percebe-se que quer a Lei 17/16 de 7 de Outubro, quer o Decreto
Presidencial n.ᵒ 160/18 de 3 de Julho e o regulamento interno do Complexo Escolar 4
de Fevereiro/Cunhinga consideram a relação entre professor e aluno, de maneira
específica, a de professor e alunos, como sendo fundamental no processo de ensino e
aprendizagem. Mas contrariamente aos planos de aula analisados (Vide anexo nº3),
denotou-se que a relação professores e alunos tem sido apenas circunscrita numa
pseudoparticipação dos alunos estimulada pelos professores no momento de efectuar
o controlo dos conteúdos que se tratam ao longo da aula (introdução,
desenvolvimento e conclusão).
Análise e processamento dos resultados da observação às aulas
2
Quanto a observação às aulas (Vide apêndice nº2), foi utilizada um guia com dez
aspectos que permitiram obter os resultados descritos abaixo:
Sobre a atenção e a escuta atenta, nas cinco aulas observadas denotou-se que
existiam momentos em que os professores limitavam-se a prestar atenção e escutar
atentamente as preocupações dos alunos, envolvendo-se num estilo de aula onde os
alunos desenvolviam comportamentos de passividade;
Em consequência do aspecto anterior, foi registada rara participação activa dos
alunos nas abordagens desenvolvidas na sala de aulas pelos professores;
Os alunos em algum momento da aula, deixaram de manifestar o comportamento de
retraimento e demonstraram sentimento de liberdade;
Os professores para além da sala de aula, dificilmente mantiveram conversa com os
alunos fora da sala de aulas com muita naturalidade;
Nem sempre os alunos aproximam-se aos seus professores com facilidade;
Os professores no momento da saudação não estendem as suas mãos para abraçar
assim como não saúdam os seus alunos com um aperto de mãos;
Os alunos às vezes têm sido pontuais e assíduos tais como os seus professores;
Os alunos nem sempre trazem as tarefas resolvidas a partir de casa;
Nas aulas, o tom de voz utilizado pelos professores é alto, com isso alguns alunos
mostram-se intimidados.
Análise e processamento dos resultados do inquérito aplicado aos alunos
Na sequência foi aplicado inquérito aos alunos (Vide apêndice nº5) composto por
dez questões, que facilitou a obtenção dos resultados descritos abaixo.
Acerca da questão que procurou saber se os professores têm prestado atenção e
escutado atentamente as preocupações de seus alunos e atende-los, 37 alunos que
representam 46,25% dos inquiridos disseram que sim têm sido prestado atenção,
escutado atentamente e visto os seus problemas atendidos pelos seus professores e 43
alunos que representam 53,75% dos inquiridos disseram que não têm sido prestado
atenção, escutado atentamente e visto os seus problemas atendidos pelos seus
professores.
No que concerne ao incentivo dos professores aos alunos para a sua participação
activa nas aulas, 32 alunos que representam 40% dos inquiridos disseram que sim
têm sido incentivados pelos professores para participarem activamente nas aulas e 48
alunos que representam 60% dos inquiridos disseram que não têm sido incentivados
pelos professores para participarem activamente nas aulas.
Questionados sobre o modo como se sentem nos contactos que mantém com os seus
professores, 30 alunos que representam 37,5% dos inquiridos disseram que têm se
sentido bem; 7 alunos que representam 8,75% dos inquiridos disseram que têm se
2
sentido muito bem e 43 alunos que representam 53,75% dos inquiridos disseram que
não se têm sentido bem.
Questionados se seus professores têm mantido consigo conversas dentro e fora da
sala de aulas, 10 alunos que representam 12,5% dos inquiridos disseram que sim têm
mantido; 68 alunos que representam 85% dos inquiridos disseram que não têm
mantido e 2 alunos que representam 2,5% dos inquiridos disseram que as vezes têm
mantido.
Continuando, questionados se tem sido fácil para os alunos se aproximarem aos seus
professores e exporem os seus problemas, incluindo assuntos que não têm nada que
ver com as matérias que estes leccionam, 13 alunos que representam 16,25% dos
inquiridos disseram que sim tem sido fácil; 59 alunos que representam 73,25% dos
inquiridos disseram que não tem sido fácil e 8 alunos que representam 10% dos
inquiridos disseram que as vezes tem sido fácil.
E, quando questionados se têm recebido abraços ou apertos de mãos na saudação
com os seus professores, 6 alunos que representam 7,5% dos inquiridos disseram que
sim, têm recebido; 74 alunos que representam 92,5% dos inquiridos disseram que
não têm recebido. E nessa questão, os alunos nos seus argumentos disseram que os
professores os saúdam apenas de maneira geral na sala de aula e dificilmente
estendem as suas mãos para um ou outro aluno da sala para o aperto ou mesmo
abraços.
Na questão que procurou saber se os professores são sempre pontuais e assíduos, 72
alunos, que representam 90% dos inquiridos, disseram que sim, são sempre pontuais;
assíduos e 3 alunos que representam 3,75% dos inquiridos disseram que não são
sempre pontuais e assíduos e 5 alunos que representam 6,25% dos inquiridos
disseram que as vezes têm sido sempre pontuais e assíduos
A questão referente a forma como os alunos têm sido tratados pelos professores
quando chegam tarde as aulas, 13 alunos, que representam 16,25% dos inquiridos,
disseram que têm sido bem tratados; 67 alunos, que representam 83,75% dos
inquiridos, disseram que têm sido maltratados.
Na sequência, colocada a questão que procurou saber se eles (os alunos) têm sempre
trago as tarefas para casa orientadas nas aulas pelos professores resolvidas, 5 alunos
que representam 6,25% dos inquiridos disseram que sim têm trago as tarefas
resolvidas; 20 alunos que representam 25% dos inquiridos disseram que não têm
trago as tarefas resolvidas e 55 alunos que representam 68,75% dos inquiridos
disseram que nem sempre às resolvem.
Por fim, colocada a questão que procurou saber o tom de voz que de forma regular o
professor utiliza nas aulas, 59 alunos que representam 73,75% dos inquiridos
disseram que o tom de voz dos professores tem sido alto; 11 alunos que representam
13,75% dos inquiridos disseram que o tom de voz dos professores tem sido médio; 6
alunos que representam 7,5% dos inquiridos disseram que o tom de voz dos
2
professores tem sido muito alto e 4 alunos que representam 5% dos inquiridos
disseram que o tom de voz dos professores tem sido baixo.
Contudo, os resultados obtidos demonstram haver deficiências que indicam uma
fraca relação entre professor e aluno, pelo que os autores entendem ser imperioso a
observância das particularidades individuais dos alunos por parte dos professores, de
modo a proporcionar uma boa relação com os mesmos, propiciando o diálogo e o
afecto que são elementos importantes nesta convivência.
Análise e processamento dos resultados da entrevista com os professores
Para a obtenção de dados que pudessem solidificar a informação que se pretendeu
recolher sobre a relação entre professor e aluno, foi também aplicada uma entrevista
(Vide apêndice nº4) baseada em sete questões que tiveram como foco central o
registo de comportamentos adoptados pelos professores diante de seus alunos, cujos
resultados são apresentados abaixo:
Quanto a formação dos professores entrevistados e o tempo de experiência no ensino
primário, os 2 professores que representam 100% dos inquiridos que leccionam a 6ª
Classe no Complexo Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga, possuem como habilitações
literárias a 12ª Classe, nas áreas de ciências humanas e ciências físicas e biológicas.
E, em relação a experiência de trabalho, ambos os professores possuem um tempo de
experiência docente correspondente a 12 anos de trabalho no ensino primário.
No que concerne a questão dirigida aos professores, onde se procurou saber se os
professores prestam atenção e escutam atentamente as preocupações de seus alunos,
1 professor que representa 50% dos inquiridos afirmou que tem sim, prestado
atenção e escutado atentamente as preocupações de seus alunos e tem também
atendido as mesmas preocupações. Ainda na mesma questão 1 professor que
representa 50% dos inquiridos afirmou que não tem prestado sempre atenção e
escutado atentamente as preocupações de seus alunos e, nem tão pouco tem sempre
atendido as mesmas preocupações, isto é, atendendo ao número de alunos
matriculados na sua turma.
Na questão que procurou saber se os professores têm incentivado a participação
activa de seus alunos nas aulas, 1 professor que representa 50% dos inquiridos disse
que tem sim, incentivado seus alunos e 1 professor que representa 50% dos
inquiridos disse que não tem incentivado seus alunos, porque mesmo os
incentivando, muitos alunos têm se mostrado preguiçosos em participar das aulas.
Sobre a questão que procurou obter informações acerca da forma como os
professores se têm sentido diante do comportamento de seus alunos face as aulas, 2
professores que representam 100% dos inquiridos disseram que têm se sentido bem.
Nos seus argumentos, foram unânimes ao dizer que, estar com os alunos nunca foi e
nunca será tarefa fácil, principalmente quando se trata de alunos mais
indisciplinados.
2
Feita a questão que procurou obter informações sobre a conversa dos professores
com os seus alunos dentro e fora da sala de aula, 2 professores que representam
100% dos inquiridos disseram que de vez enquanto, na sala de aula, têm conversado
com os seus alunos. E nos seus argumentos, ambos foram unânimes em dizer que,
conversam apenas de vez enquanto na sala de aula por causa de outras ocupações
ligadas as suas vidas particulares que os limitam.
Ainda nessa senda, na questão que procurou saber dos professores se tem sido fácil
aproximarem-se de seus alunos e ouvir os seus problemas, incluindo aqueles que não
têm nada que ver com as matérias por eles leccionadas, 2 professores que
representam 100% dos inquiridos disseram que não tem sido fácil. E nos seus
argumentos, também de maneira coincidente, ambos disseram que os próprios alunos
se apresentam tímidos e dificilmente falam dos seus problemas.
Já no que concerne a saudação, questionados se por ventura consideram seu o hábito
de, em algumas vezes, abraçar ou apertar as mãos dos seus alunos no momento de
saudação, 2 professores que representam 100% dos inquiridos disseram que não faz
parte de seus hábitos o abraço ou o aperto de mãos de seus alunos nos momentos de
saudação, porque isto levaria muito tempo e tal acto condicionaria o cumprimento
dos programas didácticos que têm sob sua gestão.
Finalmente, na questão apresentada aos professores para efectuarem a sua
autoavaliação, procurando saber se têm sido pontuais e assíduos, os 2 professores
que representam 100% dos inquiridos disseram que têm sido frequentemente
pontuais e assíduos, ambos nos seus argumentos disseram que ser pontual e assíduo
ajuda o cumprimento dos programas didácticos que gerem.
Considerando a opinião dos dois professores, a partir dos resultados colhidos na
entrevista, permitiram deduzir que eles (os professores), dominam suficientemente
alguns assuntos que lhes foram colocados, mas não os têm praticado. Eles alegam um
maior número de alunos o que dificulta atende-los, além disso, afirmam que alguns
alunos são preguiçosos em participar das aulas, não conversam e nem se aproximam
aos professores.
Assim, é preciso que os professores sejam os grandes motivadores ao interagir com
os alunos, pois, a relação entre professor e aluno depende fundamentalmente do
ambiente que o professor cria.
Análise e processamento dos resultados da entrevista com a direcção da escola.
Com a intenção de reforçar os demais dados anteriormente descritos e de modo a
obter extracto das políticas educativas que a direcção do Complexo Escolar 4 de
Fevereiro/Cunhinga tem fomentado para contribuir no fortalecimento da relação
entre professor e aluno, foi realizada uma entrevista (Vide apêndice nº3)
subordinada num questionário que conteve quatro questões cujos resultados, a seguir
se descrevem:
2
Num primeiro momento, na questão que procurou saber se existe nas estratégias de
direcção uma orientação que incentiva os professores a prestarem atenção e escutar
atentamente as preocupações dos alunos e atende-las, os 3 membros de direcção que
representam 100% dos inquiridos por unanimidade disseram que os professores têm
sido orientados para o efeito. E não obstante a essa orientação, têm sido realizados
seminários de capacitação e de refrescamento para os professores, com o foco no
tratamento de conteúdos didácticos e no relacionamento entre professores e alunos na
sala de aula, para que elas se tornem cada vez mais interactivas possíveis.
Na mesma direcção, na questão que procurou saber se os professores têm sido
orientados a prestarem ajuda aos alunos, incentivando-os a participar activamente das
aulas, 3 membros de direcção que representam 100% dos inquiridos por unanimidade
disseram que os professores têm sido orientado a prestarem ajuda aos alunos, bem
como planificarem as suas aulas de maneira que, na sua execução, haja participação
activa dos alunos.
Ainda nesse sentido, uma vez colocada a questão que procurou saber da direcção do
complexo se os professores são pontuais e assíduos, 3 membros de direcção que
representam 100% dos inquiridos por unanimidade disseram que os professores não
são pontuais e nem assíduos. E, justificando esse posicionamento, disseram que os
professores em às vezes chegam muito tarde e, em outras ocasiões saiam muito antes
da hora indicada nos seus horários docentes; facto que em muitas circunstâncias, tem
contribuído para o incumprimento dos programas didácticos da classe que leccionam.
Por fim, na quarta questão, sobre o tratamento que têm sido dados aos professores
que chegam atrasados e os que não são assíduos, os 3 membros de direcção que
representam 100% dos entrevistados disseram que os professores têm merecido um
tratamento à luz do regulamento da escola, plasmado na secção que trata dos direitos
e deveres dos funcionários, incluindo o expresso na lei geral do trabalhador. E,
quanto a sua aplicação, tem sempre começado por uma admoestação verbal, seguida
de conselhos de modos a evitar que esses comportamentos se repetiam.
A interpretação que se faz aos resultados obtidos na entrevista com a direcção,
notou-se que existe da parte da direcção insuficientes actividades que visam a
incentivar os professores promover uma boa relação entre professores e alunos, pois,
quase que apenas apelam aos professores nos momentos dos seminários de
capacitação e refrescamento.
Além disso, é importante ressaltar que existe também uma certa resistência por parte
dos professores no cumprimento das poucas medidas aplicadas pela direcção da
escola, para promover a participação activa dos alunos na aula, assim como prestar
atenção às suas preocupações.
Principais regularidades do diagnóstico
2
A triangulação feita dos resultados do diagnóstico a partir de diferentes instrumentos
da investigação aplicados a população alvo da investigação, como a entrevista, o
inquérito e a análise documental, permitiu determinar as seguintes regularidades:
Os professores, prestam pouca atenção aos alunos na aula, pois para eles, o mais
importante é cumprir o programa das suas disciplinas.
Os professores, nem sempre atendem os assuntos que os alunos os colocam,
quando não estiverem ligados ao conteúdo da aula que ministram.
Os alunos, têm dificuldades de aproximar-se com facilidade aos professores.
Os professores utilizam na sala de aulas um tom de voz alto, passível de
intimidação aos alunos .
A direcção da escola tem incentivado pouco os seus professores a pautarem por
uma conduta diálogica e afectiva na sala de aula, na relação com os seus alunos.
Os documentos consultados principalmente o plano de aula, revelou que nas
aulas, as acções planificadas pelos professores, de maneira frequente, são aquelas
que relegam os alunos para actividades que se resumem em prestar atenção ao
discurso e participar dos questionamentos do professor, desenvolvendo cada vez
mais no aluno, uma atitude de obediência e passividade.
2
CONCLUSÕES GERAIS
Os fundamentos teóricos sistematizados no capítulo 1 sobre a relação entre
professor e aluno no PEA, sustentados nas ideias de Piletti, Haydt, Veiga,
Luckesi, Piaget e Vygotsky, permitiram deduzir que a relação entre professor e
aluno é muito mais importante que as paredes e carteiras lindas existentes na sala
de aulas. O relacionamento em sala de aula determina em grande parte o sucesso
e progresso dos alunos no processo de ensino e aprendizagem.
Os resultados obtidos por via do diagnóstico aplicado aos alunos, professores e
ao corpo directivo, revelaram que a relação entre professor e aluno no Complexo
Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga apresenta evidentemente algumas dificuldades
que confirmam sinais de um fraco relacionamento.
A partir dos resultados do diagnóstico foi elaborada uma proposta de actividades
educativas dinâmicas, desenvolvedoras, facilitadoras, participativas, organizadas
e compreensivas, capazes de contribuir para o fortalecimento da relação professor
e alunos da 6ª Classe do Complexo Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga.
2
BIBLIOGRAFIA
Allwright, L. M.(1991). Sala de aula: Aluno e professor. Brasil: PUC
Freire, P. (2008). A pedagogia do oprimido. 47ª ed. São Paulo: Paz e terra.
2
Apêndice Nº1
Análise documental
Objectivo: Analisar a contribuição dos documentos no fortalecimento da relação
professor e alunos na 6ª classe do Complexo Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga
Documentos analisados:
Decreto Presidencial n.ᵒ 160/18 de 3 de Julho, que aprova o Estatuto da
Carreira de Agentes da Educação.
Lei 17/16 de 7 de Outubro, que aprova o Sistema de Educação.
Regulamento interno da escola.
O plano de aula do professor
Aspectos analisados nos documentos:
Perfil do Professor do Ensino Primário Art.16.a
Educação e Sistema de Educação e Ensino, Pontos 1, 2 e 3 do art.2
Direitos dos alunos (Art. 4) e percursos das aulas (Art. 8) .
Actividades professor e alunos, apresentadas no plano de aula.
2
Apêndice Nº 2
OBSERVAÇÃO
AS
ASPECTOS A OBSERVAR SEMPRE NUNCA
VEZES
______________________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________________
__________________________________________________
______________________________________________________________
__________________________________________________
4. Qual tem sido o tratamento dos professores que chegam atrasados e aqueles
que não são assíduos? Mal _____. Bem _______ Porquê?
_______________________________________________________
Muito bom!
2
Apêndice Nº 4
Entrevista para o professor
Objectivo: Procurar comportamentos adoptados pelos professores para com os seus
alunos em sala de aula como em outras ocasiões, no processo de ensino e
aprendizagem.
Idade___AnosTempo de serviço____ Habilitações literárias___________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
__________________________________________________
_____________________________________________________________
5. Tem sido fácil para ti te aproximares dos teus alunos e ouvir os problemas
deles, incluindo os que não têm nada a ver com as matérias que leccionas?
Sim _______. Não _______ As vezes _______ Porquê?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
2
7. O professor é pontual e assíduo?
Sim _____ Não ____ Nem sempre ____ Porquê?
______________________________________________________________
______________________________________________________
Muito Obrigado!
Apêndice Nº 5
Inquérito para o aluno
Caro aluno(a)!
O presente questionário destina-se a um estudo para fortalecer a relação professor e
alunos no processo de ensino e aprendizagem dos alunos 6ª Classe do Complexo
Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga. Informamos que os dados fornecidos serão
utilizados apenas no âmbito da presente investigação e garantimos a
confidencialidade dos mesmos. Por toda a colaboração prestada, sem a qual este
estudo é inviável, manifestamos desde já o nosso agradecimento, uma vez que da tua
sinceridade e da ponderação das tuas respostas depende a validade desta
investigação.
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4. O professor tem mantido conversa com vocês dentro e fora da sala de aulas?
Sim _______. Não _______ As vezes _______ Porquê?
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______________________________________
Muito Obrigado!
Anexo Nº1
2
Anexo Nº2
2
Anexo Nº3