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ALFREDO LUNGANGA

Actividades educativas
para fortalecer a relação
entre professor e aluno no
processo de ensino e
aprendizagem dos alunos
da 6ª Classe do Complexo
Escolar 4 de
Fevereiro/Cunhinga.

2021
ALFREDO LUNGANGA

Actividades educativas para fortalecer a relação entre

professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem

dos alunos da 6ª Classe do Complexo Escolar 4 de

Fevereiro/Cunhinga.
INDICE Pág

INTRODUÇÃO 4
CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DA RELAÇÃO ENTRE
PROFESSOR E ALUNO NO PROCESSO DE ENSINO E 8
APRENDIZAGEM.
1.1 Considerações do processo de ensino e aprendizagem no ensino primário 8

1.2 Relação entre professor e aluno na sala de aula 11

O diálogo e a afectividade na relação entre professor e aluno na sala de


1.3 14
aula.

1.4 Caracterização psicológica dos alunos da 6ª classe 16

CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA DO


20
DIAGONÓSTICO E PROPOSTA DE ACTIVIDADES EDUCATIVAS.
2.1 População e amostra 20
Análise dos resultados do diagnóstico tendo em conta os instrumentos
2.2 aplicados 21

2.3 Fundamentação da proposta de actividades educativas 27


Proposta de actividades educativas para fortalecer a relação entre
2.4 professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem dos alunos da 6ª 29
Classe do Complexo Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga.
CONCLUSÕES 36
BIBLIOGRAFIA 37
APÊNDICES
ANEXOS
INTRODUÇÃO
O homem como ser social tem a necessidade de se relacionar com os seus
semelhantes para desenvolver a sua personalidade e produzir conhecimentos, fruto da
sua actividade. Uma sociedade desenvolve-se através de um processo de transmissão
cultural de geração para geração caracterizada como educação.
A educação diz respeito à existência de indivíduos e de como estes vêm a ser
individualmente inseridos na sociedade. A educação possui necessariamente uma
concepção de homem, pois o fim da educação é o homem que se deseja formar. Ela
deve proporcionar a participação efectiva do indivíduo em seu meio social como
sujeito activo, porque o ensino, mais do que promover a acumulação de
conhecimentos, cria modos e condições de ajudar os alunos a se colocarem diante de
sua realidade para pensá-la e actuar nela.
O acto de ensinar e aprender é um processo essencialmente social, pois, a relação
entre quem ensina e quem aprende tem sempre como repercussão aprendizagem em
seus variados momentos a luz de Bruner (2000, apud Souza, 2007). Assim, ao
professor cabe a responsabilidade de valorizar cada vez mais a interacção que deve
haver entre ele e seu aluno, pois se vê nesta interacção um processo de intercâmbio
dos conhecimentos, ideias e valores que actuam directamente na formação da
personalidade enquanto ser humano.
As constantes transformações políticas, sociais e económicas que tem acontecido nos
últimos séculos implicaram a necessidade de focar as atenções a educação e a
formação de valores que permita as novas gerações enfrentar os desafios do
momento. Assim, Angola, face à estas transformações, que vão acontecendo no
momento actual, cabe ao governo propor novos desafios no processo de ensino e
aprendizagem em todos os seus níveis de educação, essencialmente para o ensino
primário que constitui a base fundamental para a continuidade em outros níveis de
ensino.
O ensino primário é um subsistema de ensino unificado de seis anos, que constitui a
base do ensino geral, tanto para a educação regular como para a educação de adultos,
sendo o ponto de partida para os estudos do nível secundário.
O estado angolano, a partir do sistema de educação e ensino, tem feito bastantes
esforços a fim de melhorar a qualidade de educação e ensino no país, sendo o desafio
maior de aperfeiçoar todo o seu sistema, dando maior importância ao processo de
ensino e aprendizagem.
O processo de ensino e aprendizagem é uma das principais prioridades dentro do
sistema educativo. Pois, A lei nº 17/16 de 7 de Outubro do sistema de educação e
ensino, de uma forma geral, enfatiza que o processo de ensino e aprendizagem visa
preparar o indivíduo integralmente para as exigências da vida individual e colectiva.
O relacionamento humano, mesmo sendo complexo, constitui um elemento base na
realização comportamental e profissional de um indivíduo. Desta forma, a
2
abordagem sobre a relação professor e alunos envolve intenções e interesses, sendo a
mesma um eixo de consequências que surgem no ambiente escolar ou no processo de
ensino e aprendizagem.
Assim sendo, no processo de ensino e aprendizagem a relação entre professor e aluno
é de vital importância para que os alunos tenham maior confiança no professor, e
assim eliminar as suas dificuldades. (Siqueira, 2010)
O professor deve saber que enquanto mediador do processo, ele e os demais
aprendem em conjunto. Nesta senda, tanto o professor, quanto o aluno necessitam de
recorrer a métodos e técnicas, em virtude do processo de construção dos seus
próprios saberes e exigir análise, síntese, interpretação dos conteúdos, factos e
situações, isso para além da experiência de vida.
Muitos professores no Ensino Primário se posicionam com autoridade excessiva
diante de seus alunos. Se o ensino é a orientação da aprendizagem visando a
construção do conhecimento, a autoridade do professor na sala de aula deve ser uma
autoridade amigável que estimule, incentive, oriente, reforce os alunos, concerte as
falhas e ajude a impedi-las. Desta forma a autoridade precisa ser aquela que auxilia,
que descobre alternativas, que mostra o caminho e abre perspectivas. Nunca a que
pune, inibe e dificulta os relacionamentos. (Souza, 2007)
Escolhemos este tema relação entre professor e aluno, por se tratar de um assunto
actual e relevante na vida escolar no que tange ao processo de ensino e
aprendizagem, pois, é uma temática pouco abordada em nosso contexto. Sentimos e
vimos que seria muito útil investigar a relação entre professor e aluno no processo de
ensino e aprendizagem dos alunos da 6ª classe do Complexo Escolar 4 de
Fevereiro/Cunhinga, a fim de contribuir e sugerir os melhores caminhos que nos
levam a qualidade, comprovando a importância do relacionamento no processo de
ensino e aprendizagem.
Em função do diagnóstico feito no decorrer do processo de ensino e aprendizagem
em algumas aulas da 6ª Classe na escola já referenciada, comprovou-se a seguinte
situação problemática: Os professores, em alguns momentos da aula, não prestam
atenção as preocupações dos alunos; Alguns alunos nem sempre participam da aula
porque temem ser criticado quando suas respostas forem erradas; Os professores às
vezes fazem críticas severas aos alunos que não resolvem as tarefas; Os professores
se irritam facilmente quando os alunos não respondem acertadamente às perguntas de
controlo efectuadas ao longo da aula.
Assim, em consideração das insuficiências acima constatadas, levantou-se o seguinte
problema científico: Como fortalecer a relação entre professor e aluno no processo
de ensino e aprendizagem dos alunos da 6ª Classe do Complexo Escolar 4 de
Fevereiro/Cunhinga? Foi definido como objecto de estudo na presente investigação,
o processo de ensino e aprendizagem no ensino primário.
2
Campo de acção circunscrito na relação entre professor e aluno no processo de
ensino e aprendizagem dos alunos da 6ª Classe do Complexo Escolar 4 de
Fevereiro/Cunhinga.Objectivo geral propor actividades educativas para o
fortalecimento da relação entre professor e aluno no processo de ensino e
aprendizagem dos alunos da 6ª Classe do Complexo Escolar 4 de
Fevereiro/Cunhinga.
Perguntas Científicas: Quais são os fundamentos teóricos que sustentam a relação
entre professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem? Qual é o estado
actual da relação entre professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem dos
alunos da 6ª Classe do Complexo Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga? Qual é a via que
pode fortalecer a relação entre professor e aluno no processo de ensino e
aprendizagem dos alunos da 6ª Classe do Complexo Escolar 4 de
Fevereiro/Cunhinga?
Tarefas da Investigação Fundamentação teórica da relação entre professor e aluno no
processo de ensino e aprendizagem. Caracterização do estado actual da relação entre
professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem dos alunos da 6ª Classe do
Complexo Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga. Apresentação de actividades educativas
para o fortalecimento da relação entre professor e aluno no processo de ensino e
aprendizagem dos alunos da 6ª Classe do Complexo Escolar 4 de
Fevereiro/Cunhinga.
A investigação desenvolveu-se em função dos seguintes métodos: De nível teórico:
Análise - síntese - interpretar os factos de forma profunda a partir de diferentes
bibliografias. Partir do todo as partes ou mesmo das partes ao todo. Indutivo -
dedutivo - permitiu fazer um estudo analítico da relação entre professor e aluno de
forma particular e geral, através de princípios, teorias consideradas verdadeiras
seguindo uma base lógica.
De nível empírico: Análise documental – foi utilizada para realizar uma análise dos
documentos que regem o processo de ensino e aprendizagem perspectivando a sua
contribuição na relação entre professor e aluno. Observação - contemplar o
andamento do processo de ensino e aprendizagem dos alunos da 6ª classe
relativamente a relação entre professor e aluno. Entrevista - realizada na base de um
questionário, para a obtenção de informações sobre as atitudes do professor para com
os seus alunos, concretamente naqueles aspectos mais influenciadores do PEA como
o diálogo, a interacção, a participação e o afecto nas aulas.
Inquérito - foi empregue com a pretensão de questionar e constatar os alunos da 6ª
classe sobre como decorre o processo de ensino e aprendizagem em particular a
relação entre professor e aluno.
De nível estatístico: A análise percentual e a distribuição de frequências – para a
determinação da população alvo da investigação, assim como o cálculo percentual no
processamento dos questionamentos.
2
O trabalho de fim de curso realizado tem como contributo prático actividades
educativas, vinculadas no carácter dinâmico, desenvolvedor, facilitador, participativo
e compreensivo, que foram elaboradas com a pretensão de fortalecer a relação entre
professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem dos alunos da 6ª Classe do
Complexo Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga.
O modelo de investigação se baseou no qualitativo, pois este é o método que visa
focar o carácter subjectivo do objecto analisado, estudando as suas particularidades e
experiências individuais. O tipo de investigação aqui apresentada é descritiva, ela
tem o objectivo de descrever as características de uma população, um fenómeno ou
experiência para um estudo realizado.
O trabalho estrutura-se em introdução, dois capítulos, conclusões, recomendações,
bibliografia, apêndices e anexos.
Na introdução, se apresenta o desenho teórico constando à problemática que levou a
investigação, justificativa entre outros elementos essenciais do mesmo.
No capítulo 1, estão os fundamentos teóricos relacionados à relação entre professor e
aluno no processo de ensino e aprendizagem do ensino primário.
No capítulo 2, que se refere à fundamentação metodológica, estão caracterizados os
dados sobre a população e amostra, os dados do diagnóstico, a fundamentação da
proposta e a proposta.
Por fim as conclusões, as recomendações, a bibliografia, os apêndices e os anexos
para facilitar a compreensão do leitor.

2
CAPÍTULO 1: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DA RELAÇÃO ENTRE
PROFESSOR E ALUNO NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM.
Neste capítulo abordam-se as tendências teóricas da relação entre professor e aluno
no processo de ensino e aprendizagem. Com o levantamento bibliográfico e a escolha
de informações, relativamente aos diferentes teóricos e teorias conceptuais e
contextuais inerentes ao desenvolvimento dos alunos no ensino primário, quanto ao
assunto que diz respeito ao processo de ensino e aprendizagem, relação entre
professor e aluno, o diálogo e a afectividade na sala de aula.
1.1. Considerações do processo de ensino e aprendizagem no ensino primário.
Muitos pesquisadores como Piletti (2004), Haydt (2011), Libâneo (2006) e Freire
(2008) consideram o ensino e a aprendizagem termos inseparáveis na construção do
conhecimento. Assim, não se pode compreender a importância do primeiro, sem
reconhecer o significado a que o segundo apresenta nessa construção.
O ensino se caracteriza, portanto, como uma acção que se articula à aprendizagem.
Na verdade, é impossível falar de ensino desvinculado da aprendizagem. ”O processo
de ensinar e aprender é visto como uma unidade, que parece de fato, constituir um
desafio à permanência da mesmice no ensino” (Lemes & Alexandre, 2006, p.35)
O processo de ensino e aprendizagem é definido como um sistema de trocas de
informações entre professores e alunos, que deve ser pautado na objectividade do que
o aluno necessita aprender (Silva & Delgado, 2018). Assim, percebe-se que este
processo ocorre através de actividades conjuntas e organizadas entre professores e
alunos, objectivando a apropriação de um saber historicamente acumulado, tendo
como ponto de partida o nível actual de conhecimentos, experiências de vida e
maturidade dos alunos.
O ensino e aprendizagem, são conceitos que sofreram bastantes transformações no
decorrer da história de produção do conhecimento. Neste sentido, o processo ensino
e aprendizagem tem sido caracterizado de diferentes formas, ora procura dar ênfase à
figura do professor como detentor do saber, responsável pela transmissão do
conhecimento, ora vem destacar o papel do aluno como sujeito aprendiz, construtor
do seu próprio conhecimento.
Assim, a partir desta concepção pode-se reflectir sobre o processo de ensino e
aprendizagem na base dos principais modelos pedagógicos que dentre os quais
colocaram como maior objectivo o reflectir e o fazer do professor na construção do
conhecimento.
Começando pelo modelo tradicional, onde o processo ensino e aprendizagem era
totalmente centrado no professor. Tinha como objectivo principal formar o aluno
ideal, contudo não se levava em conta seus interesses.
Neste modelo, quanto mais rígido o ambiente escolar, mais concentrado e voltado
para a aprendizagem do aluno se mantinha. O professor era visto como mero
2
repetidor de conteúdo e o aluno como um ser passivo no processo. As habilidades
desenvolvidas no aluno eram a memorização e a repetição. (Mizukami, 1986)
A instrução magistral e a transmissão compulsória da cultura são tendências
importantes nesse modelo de escola, em que a relação entre professor e aluno
acabava por ser uma relação de domínio: o superior - professor, que sabe, ensina ao
inferior - aluno que aprende mediante a instrução. “O professor fala aquilo que sabe
sobre determinado assunto e espera que o aluno saiba reproduzir o que ele lhe disse”
(Piletti, 2004, p.29).
Para o modelo de escola nova, o aluno era visto como o centro e o protagonista do
processo de ensino e aprendizagem, o professor como orientador do processo
educativo, não transmissor de conhecimentos. Pois, defendia-se a modernização e
actualização da relação entre professor e aluno favorecendo o pleno envolvimento
dos alunos na construção de sua própria aprendizagem.
O professor conduz o processo de aprendizagem partindo da experiência do aluno, da
observação, manipulação, de actividades sobre a realidade concreta.”Não há lugar
privilegiado para o professor; antes, seu papel é auxiliar o desenvolvimento Livre e
espontâneo da criança; se intervém, é para dar forma ao raciocínio dela” (Luckesi,
1994, p.58).
Assim, a partir destas reflexões sobre o processo ensino e aprendizagem,
considerando as situações como se ensina e como se aprende, demonstram que hoje
não existe uma forma única de compreender estes processos.
A abordagem do processo de ensino e aprendizagem na realidade actual evidencia-se
em situar o aluno no centro do processo segundo a concepção de escola nova, isso
implica para o professor como promotor e facilitador da aprendizagem prestar maior
atenção a ele. Pois é para ele que cabe as iniciativas de aprendizagem sendo a acção
educativa situar-se na relação entre professor e aluno (Piletti, 2004).
O aluno através da sua interacção dinâmica, com a sua actividade independente sobre
o objecto da aprendizagem, constrói por si só o seu conhecimento, embora sempre
sobre a orientação do professor. Se a sua actividade for devidamente orientada e
motivada através de estímulos positivos, pode se esperar uma nova aprendizagem
nos alunos.
Assim, colocar o aluno no centro do processo de ensino e aprendizagem exige para o
professor conhece-lo profundamente em toda a sua originalidade e em cada uma de
suas fases ou etapas da sua vida, através da lei da individualização, se adapte às
características próprias do aluno e ao seu ritmo de aprendizagem. (Veiga, 2012)
Para o autor, ninguém nem nada tem tanta influência na aprendizagem como o
professor. Por isso ele deve ter sempre presente duas coisas:
 Saber ensinar e saber comunicar, juntamente com o conteúdo, gosto e o interesse
por aquilo que se ensina.
2
 Os alunos, sobretudo os do ensino primário, estudam mais pelo professor do que
pela cadeira em si; isto é, mais por associação simpática e afectiva com a pessoa
que ensina do que pelo conteúdo em si mesmo.
Entretanto, todas as estratégias, métodos do professor visam fazer funcionar as
experiências anteriores do aluno para lhe conduzir a uma nova aprendizagem. A
aprendizagem é o processo que se vê reflectido na mudança de potencialidades do
comportamento ou conduta do indivíduo em forma relativamente permanente.
Aprendizagem não é apenas um processo de aquisição de conhecimentos, conteúdos
ou informações (Piletti, 2004). Ele, considera que as informações são muito
importantes, mas precisam passar por um processamento muito complexo, a fim de
se tornarem significativas.
Na perspectiva de Schmitz (s.d, apud Piletti, 2004, p.31) “a aprendizagem é um
processo de aquisição e assimilação mais ou menos consciente, de novos padrões e
novas formas de perceber, ser, pensar e agir”. Para Haydt (2011) A aprendizagem é a
mobilização dos esquemas mentais do indivíduo, que o leva a participar activa e
efectivamente da acção de adaptar-se ao meio quer pela assimilação, quer pela
acomodação.
A aprendizagem é um processo de mudança de comportamento adquirida através da
experiência construída por factores emocionais, neurológicos, relacionais e
ambientais (Piaget, 1996). A aprendizagem é resultado da interacção do indivíduo
com o outro, considerando-se a maturação biológica, a bagagem cultural e a nova
situação que se apresenta (Vygotsky, 1998).
Diante destas diferentes definições, partindo da unanimidade dos autores em que
quase todos focam praticamente na aquisição de novas modos de comportamento. Os
autores do presente trabalho assumem a definição de Schmitz (s.d, apud Piletti,
2004). Julga-se ser a mais completa, porque leva a entender que este processo de
aprender implica de uma ou doutra forma a acção de modificação do comportamento
para o indivíduo ou a criança, de qualquer maneira a criança que aprende um
determinado conhecimento já não se torna a mesma, muda a sua forma de perceber
as coisas, ser, pensar e agir.
Nesta linha de ideias sobre a aprendizagem é importante ressaltar que se existe o
ensino é para motivar, orientar e facilitar a aprendizagem, pois estes processos estão
relacionados entre si na construção do conhecimento.
Assim, o ensino vem ser a acção, arte de ensinar, transmitir conhecimentos e
orientação no sentido de modificar o comportamento da pessoa humana. Também
ensinar é a actividade pela qual o professor, através de métodos adequados, orienta a
aprendizagem dos alunos. (Haydt, 2011)
O ensino depende de quem quer aprender “não se pode fazer beber um burro que não
tem sede” diz um provérbio judicioso. Do mesmo modo, não se pode fazer alguém
ouvir ou trabalhar, ainda mais uma criança, sem ter suscitado na pessoa um interesse,
2
ou seja, uma necessidade do saber agir. “Para que alguém aprenda é necessário que
ele queira aprender. Ninguém consegue ensinar nada a uma pessoa que não quer
aprender” (Piletti, 2004, p.33).
A partir destas concepções, sobre o ensino, alguns pesquisadores procuraram
desenvolver diferentes teorias sobre o ensino, procurando discutir e sistematizar o
processo de organização das condições para a aprendizagem.
O ensino, para Bruner (1971), citado por (Bock, Furtado & Teixeira, 2001), envolve
a organização da matéria de maneira eficiente e significativa para o aprendiz. Assim,
o professor deve preocupar-se não só com a extensão da matéria, mas,
principalmente, com sua estrutura.
Isso significa dizer que ao ensinar principalmente os alunos do ensino primário deve-
se partir em primeiro lugar as ideias mais gerais, elementares e essenciais da matéria.
O desenvolvimento de uma aula deve começar num ponto mais geral que vai se
desenrolando até ao ponto-chave, sempre dos conceitos mais gerais para os
particulares, aumentando gradativamente a complexidade das informações. Por
exemplo, em música é necessário começar pela noção som, voz, em estudo do meio
pela noção da vida e em história pelas noções de homem, natureza e cultura. (Bock,
Furtado & Teixera, 2001)
Entre tanto, os autores da presente investigação, depois da abordagem deste dois
conceitos ensino e aprendizagem, consideram que realmente as relações que se
estabelecem entre o ensinar e o aprender são fundamentais para perceber as relações
interpessoais entre professor e aluno.
1.2. A relação entre professor e aluno na sala de aula
A rotina diária da sala de aula está repleta de acontecimentos significativos, tanto na
vida do professor quanto na do aluno. Entre tantos acontecimentos, as manifestações
de afecto, muitas vezes presentes na relação entre professor com o seu aluno, podem
contribuir na aprendizagem do aluno e até mesmo na evolução do professor como
educador.
A abordagem sobre a sala de aula, significa entender melhor o processo de
aprendizagem, bem como as relações sociais pessoais e afectivas que se desdobram
entre professor e aluno no contexto da sala de aula. Dessa forma pode-se entender a
sala de aula, não apenas como um espaço físico mais como sinónimo da educação e
de troca experiência (Allwright, 1991).
A relação entre professor e aluno é o contacto e a convivência interpessoal que se
gera entre os intervenientes de uma situação de ensino e aprendizagem (Frederico,
2016). É a partir do processo de ensino e aprendizagem que se estabelece contactos
entre professor e aluno, para gerar conhecimentos com maior repercussão no aluno.
Essa relação entre professor e alunos, depende fundamentalmente do clima
estabelecido pelo professor na sala de aula, de sua capacidade de ouvir, reflectir e
discutir o nível de compreensão dos alunos, deixar que os mesmos contribuam com
2
opiniões, pontos de vista durante as aulas, gerando uma ponte entre ambos os
conhecimentos.
Assim, ressalta-se o papel importante do professor na sua prática pedagógica em sala
de aula, tendo em conta a sua forma de ensinar, nas experiências que possui e no
sentido que dá ao que realiza. Pois, é o professor, que através do ensino procura ligar
o aluno ao objecto do conhecimento.
A gestão da sala de aula é contudo um dos principais desafios apontados pelos
professores, sendo esta, relacionada a sua prática pedagógica (Arends, 1995). O
professor ao actuar na sala de aula, precisa pôr em prática os seus conhecimentos e
sua competência, para ter o controlo dos alunos de modos que venha a atingir os
objectivos.
Stanford (s.d), citado por (Arends, 1995) elaborou um estudo, que tinha como
objectivo perceber quais as práticas de gestão de sala de aula que estavam
relacionadas com o comportamento dos alunos nas tarefas e com o comportamento
de desordem, e ainda quais as semelhanças e as diferenças que existiam entre as
práticas dos gestores da sala de aula mais e menos eficazes.
Assim, a investigadora concluiu que há fortes relações entre os comportamentos do
aluno e os comportamentos do professor, chegando à conclusão que professores
eficazes, segundo Stanford (s.d), citado por (Arends, 1995):
 Dominam as conversas dos alunos, a participação, o movimento na sala, as
mudanças nos trabalhos e sabem o que fazer durante os tempos mortos;
 Tendem a propiciar que as actividades de sala de aula decorram de forma
tranquila e eficaz, uma vez que as instruções são claras e os comportamentos
inadequados dos alunos são rapidamente resolvidos;
 Definem claramente quais os requisitos para os trabalhos e acompanham o
progresso dos alunos;
 Efectuam apresentações e dão explicações claras, bem como indicações
explícitas para que os alunos tirem apontamentos.
Partindo destas reflexões do autor, entende-se que o trabalho do professor em sala de
aula, não é uma tarefa fácil. Assim, ele no seu relacionamento com o aluno em sala
de aula necessita pôr em prática acções que tendem a desenvolver no aluno atitudes
geradoras de uma boa convivência com o intuito de promover aprendizagem.
É importante que o professor interaja com os alunos, buscando descobrir seus
motivos e compreendê-los. Assim, é preciso dar espaço para que o aluno expresse
seus próprios sentimentos, sem por isso ser julgado, ajudando a expressá-los de
maneira social aceitável.
Na actuação do professor sobre o aluno, torna-se importante que se adopte alguns
princípios, para aprimorar e fortalecer a convivência entre ambos, assim como
promover aprendizagem.
2
Neste sentido, para que isso se concretize, na relação entre professor e aluno, o
professor deve ter em conta os seguintes princípios: Ter interesse real e verdadeiro
nos alunos, ser amigável para com o aluno, relacionar-se com o aluno como
indivíduo, reconhecer e cumprimentar o aluno dentro e fora da sala de aula, estar
disponível e acessível para o aluno dentro e fora da sala de aula, ser estimado pela
opinião, indirectamente relacionada com o assunto em destaque, respeitar os alunos
como pessoas. (Eble, 1979)
O professor e o aluno constituem um par unitário, indivisível quando analisamos o
que ocorre em sala de aula. A aprendizagem é o resultado desse encontro. Assim,
questiona-se da seguinte forma: quais comportamentos ocorrem nesse encontro, em
quais situações, para termos esse resultado?
A resposta para este questionamento se revela fundamentalmente nalguns factores
que podem facilitar a aprendizagem, de acordo com (Segundo, 2007), que são:
 Propor aulas dinâmicas e descontraídas que despertem o interesse do aluno;
 Explicar quantas vezes forem necessárias para que haja entendimento por parte
do aluno;
 Propor exercício que proporcionam o entendimento da matéria;
 Estar aberto a perguntas;
 Apresentar linguagem acessível ao aluno;
 Permitir a participação do aluno;
 Desenvolver aulas expositivas;
Na visão da autora, o bom professor é aquele que facilita a aprendizagem, aquele que
sabe conduzir a aula, o que para o aluno significa explicar bem, tornar a aula
interessante, pelo uso de estratégias diferenciadoras e actividades dinâmicas,
propiciando a participação do aluno, tornando o acto de aprender prazeroso.
Os comportamentos do professor que influenciam uma boa relação com os alunos na
sala de aulas, são: dirigir atenção ao aluno; preocupar-se com a aprendizagem do
aluno; apoiar o aluno; ser exigente, porém humano; ser calmo e paciente; respeitar o
ritmo do aluno; gostar do que faz; estimular e elogiar o aluno; saber ouvir. (Segundo,
2007)
Tudo isso mostra que a influência do relacionamento positivo entre professor e aluno
em sala de aula demonstra que é tão importante quanto planejar uma boa aula e o
desenvolvimento dela. O facto de o professor dirigir a atenção ao aluno
demonstrando preocupação com a sua aprendizagem, facilita o processo de
aprendizagem e optimiza a aceitação do conteúdo por parte do aluno. (Ibidem)
O professor precisa de capacitação para se tornar um bom profissional e conseguir
modificar constantemente a sua maneira de explicar até que todos os alunos
aprendam (Perrenoud, 2004). Ao inibir a participação ou produção dos alunos, o
professor conduz a aula como se fosse dele e para ele perdendo a grande
2
oportunidade de fazer com que o aluno se torne sujeito do processo de ensino e
aprendizagem.
O professor deve se colocar como mediador do conhecimento, ele o representa; nesse
sentido, deve sair no lugar do conhecimento para que esse conhecimento possa
circular entre todos alunos e professores. Sobre o compromisso e competência do
professor. Almeida (2005), citado por (Segundo, 2007)
Assim, comportamentos do professor na sala de aula como não dar atenção ao aluno
ou mostrar indiferença; ser injusto; ser impaciente ou tolerante; desrespeitar o aluno;
ser agressivo; expor o aluno a situações vexatórias; não ter pulso sendo permissivo
com os alunos indisciplinados; não dialogar e levantar o tom de voz; tratando o aluno
aos gritos são comportamentos que contribuem decisivamente para dificultar a
relação entre professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem. (Amorim &
Manteiro, s.d)
Um comportamento desrespeitoso com o aluno é extremamente prejudicial a sua
auto-estima, prejudicando decisivamente o seu desempenho em sala de aula e,
possivelmente, também na vida.
1.3. O diálogo e a afectividade na relação entre professor e aluno na sala de
aula.
O diálogo é de suma importância para a relação entre professor e aluno. Somente o
diálogo, que implica um pensar criativo, é capaz, também de gerá-lo. Sem esse
diálogo, não há comunicação e sem comunicação não há verdadeira educação. É
preciso haver diálogo para que juntos professores e alunos aprendam e ensinem ao
mesmo tempo. (Freire, 2008)
O diálogo é a base da relação entre professor e aluno, uma vez que, na enunciação de
um problema há sempre necessidade de considerar as experiências anteriores dos
alunos, tal como no-lo afirma Haydt (2011):
Na relação entre professor-aluno. O diálogo é fundamental. A atitude
dialógica no processo ensino-aprendizagem é aquela que parte de uma
questão problematizadora para desencadear o diálogo, no qual o professor
transmite o que sabe, aproveitando os conhecimentos prévios e as
experiências anteriores do aluno. Assim, ambos chegam a uma síntese que
elucida, explica ou resolve a situação-problema que desencadeou a
discussão. (Haydt, 2011, p.63)
Assim, quanto mais o professor compreender a dimensão do diálogo como postura
necessária em suas aulas, maiores avanços estará a conquistar em relação aos alunos,
pois desse modo, sentir-se-ão mais curiosos e mobilizados para transformarem a
realidade. Quando o professor actua nessa perspectiva, ele não é visto como um mero
transmissor de conhecimentos, mas como um mediador, alguém capaz de articular as
experiências dos alunos com o mundo, levando-os a reflectir sobre seu entorno,
assumindo um papel mais humanizador em sua prática pedagógica.
2
O diálogo é uma exigência existencial que possibilita a comunicação e para por em
prática o diálogo, o professor deve colocar-se na posição humilde de quem não sabe
tudo. (Gadotti, 1999)
O diálogo contribui para que haja uma comunicação democrática, na qual
professores e alunos sejam participantes e aprendentes, para isso faz-se necessário
que o professor reconheça que não é o detentor de todo o conhecimento. O aluno
como parte integrante deste processo trás consigo conhecimentos e experiências que
em muitos casos não têm valor para o professor. (Freire, 2014)
O acto de ensinar não se resume apenas em transferir conhecimentos ou
informações, trata-se do meio com que o professor levará seu aluno a
compreender, aprender e reaprender e assim ter este conhecimento como
construção do ser social e crítico dentro da sociedade, fazendo do professor um
mediador e facilitador desse conhecimento não o dono do mesmo. (Ibidem)
Assim também as relações afectivas que o professor estabelece com os seus alunos
são de grande importância dentro da sala de aula, visto que a afectividade constitui a
base relacional da pessoa em sua vida indispensável para a aprendizagem já que é
através dessa, em sua manifestação como diálogo, que os alunos assimilam
conhecimentos e desenvolvem bons hábitos de convívio social.
O professor, ao demonstrar a relação de afecto pelos alunos contribui para que estes
se sintam mais seguros e aprendem com maior facilidade. “A conduta do professor
influi sobre a motivação, afectividade e a dedicação do aluno ao aprendizado”
segundo (Morales, 1998, p. 61). O professor ao reforçar a auto-confiança dos alunos,
contribui para manter uma atitude de respeito e cordialidade em sala de aula, que se
reflecte no meio social.
É preciso levar em consideração aspectos emocionais e propiciar para os alunos uma
boa relação dialógica desde os primeiros contactos. Ao professor numa relação
dialógica cabe expor suas ideias e ouvir os comentário dos alunos de modos a tornar
o ambiente da sala de aula agradável e afectivo. (Haydt, 2011)
Embora a função fundamental da escola seja a construção e a transmissão do
conhecimento, há que se considerar as relações afectivas como sendo
importantíssimas no processo de ensino e aprendizagem, visto que a construção e
transmissão de conhecimentos proposta pela escola gera a relação interpessoal, ou
seja, a troca de experiências entre os indivíduos.
Assim, o afecto e o diálogo devem ser considerados elementos presentes e activos no
processo de ensino e aprendizagem, uma vez que estes processos acontecem através
da relação entre professor e aluno que é tão importante no desenvolvimento da
personalidade do aluno. (Almeida & Mahoney, 2004)
Para estes autores, na relação afectuosa entre professor e aluno, partindo da ideia de
desenvolvimento da personalidade do aluno, inclui beijar, abraçar, assim como
conhecer, ouvir, conversar e admirar o aluno. Pois, assim como os professores, os
2
alunos são movidos pelo carinho, afecto, abraços e beijos, muitas vezes a
aproximação do professor ao aluno ouvindo os seus problemas, estar sempre presente
e participar em qualquer situação da sua vida, tem sido muito importante no seu
rendimento.
Esta é uma forma de perceber que a afectividade está intimamente ligada à
Aprendizagem e às relações que os alunos e professores mantêm na sala de aula. O
professor precisa aproximar-se e conquistar o aluno, utilizar a transmissão de
conhecimento de forma positiva, a fim de envolvê-lo, motivá-lo com palavras de
incentivo e expressões positivas, pois o grau de envolvimento afectivo e emocional
do professor interfere positiva ou negativamente no processo de aprendizagem do
aluno. (Antunes, 2007)
A afectividade representa a força que direcciona e motiva o aluno ao acto de
aprender, desta forma, confirma-se a importância do relacionamento afectivo durante
o processo de ensino e aprendizagem e as atitudes, tanto do professor quanto do
aluno na sala de aula.
As relações e convívios em sala de aula estruturam-se por meio de todos os
envolvidos, pois o professor como mediador do processo e ao valorizar o carinho, os
elogios e a importância da opinião dos alunos, contribui para uma boa comunicação e
manifestação afectiva na sala de aula (Mello & Rubio, 2013). È na sala de aula onde
os alunos devem ter as suas necessidades atendidas para que isto se transforme em
condições intelectuais de aprender; é nela que ocorre o diálogo, o convívio e o
relacionamento.
1.4. Caracterização psicológica dos alunos da 6ª classe
Os alunos da 6ª Classe estão na fase da adolescência, que vem depois da infância e
antes da juventude, esta fase começa por volta dos 12 anos e termina aos 18 anos. A
adolescência, vem do latim adolescentia, que significa período de crescer, de
desenvolver-se. Está implícito no significado que é um período conflituoso ou de
crise, um processo de mudança. (Griffa & Moreno, 2015)
A fase da adolescência apresenta tarefas particulares, que, muitas vezes, envolvem
todos os intervenientes do processo educacional. O diálogo nessa etapa do
desenvolvimento assume um papel fundamental. Muitas vezes, é importante uma
preparação por parte do professor para lidar com seus alunos adolescentes que
precisam de orientações, que sirvam de referência para enfrentar situações, que
necessitem de reflexão e tomada de decisões. (Outeiral, 2015)
Existem muitos autores que abordaram diferentes teorias do desenvolvimento
humano, os quais falam desta etapa caracterizando as actividades que os adolescentes
ou os alunos realizam, entre elas mencionamos, algumas como: a teoria de Piaget
(1960), a teoria de Wallon (1999) e a teoria de Vygotsky (1998).
Para entender melhor as características psicológicas dos alunos nesta fase os autores
da presente investigação assumem a teoria de Piaget sobre o processo de
2
desenvolvimento humano. Na sua teoria acerca do desenvolvimento humano divide-
os de acordo com o aparecimento de novas qualidades do pensamento, o que, por sua
vez, interfere no desenvolvimento global.
Estes períodos são caracterizados nomeadamente pelo: 1º Período: Sensório-motor (0
a 2 anos), 2° período: Pré-operatório (2 a 7 anos), 3º período: Operações concretas (7
a 11 ou 12 anos) e 4º período: Operações formais (11 ou 12 anos em diante).
Segundo Piaget (1960), cada período é caracterizado por aquilo que de melhor o
indivíduo consegue fazer nessas faixas etárias. Todos os indivíduos passam por todas
essas fases ou períodos, nessa sequência, porém o início e o término de cada uma
delas dependem das características biológicas do indivíduo e de factores
educacionais, sociais. Portanto, a divisão nessas faixas etárias é uma referência, e não
uma norma rígida.
Cavicchia (s.d) enfatiza que a concretização ou realização dessas possibilidades
dependerá do meio no qual a criança se desenvolve, uma vez que a capacidade de
conhecer é resultado das trocas do organismo com o meio. Da mesma forma, essa
capacidade de conhecer depende, também, da organização afectiva, uma vez que a
afectividade e a cognição estão sempre presentes em toda a adaptação humana.
Neste período, na visão de Piaget (1960), ocorre a passagem do pensamento concreto
para o pensamento formal, abstracto, isto é, o adolescente realiza as operações no
plano das ideias, sem necessitar de manipulação ou referências concretas, como no
período anterior. É capaz de lidar com conceitos como liberdade, justiça etc. A
criança domina, progressivamente, a capacidade de abstrair e generalizar cria teorias
sobre o mundo, principalmente sobre aspectos que gostaria de reformular. Isso é
possível graças à capacidade de reflexão espontânea que, cada vez mais descolada do
real, é capaz de tirar, e a contestação é a marca desse período.
A capacidade de livre exercício da reflexão garante ao adolescente, primeiramente,
“submeter” o mundo real aos sistemas e teorias que o seu pensamento é capaz de
criar. Isto se vai atenuando de forma crescente, através da reconciliação do
pensamento com a realidade, até ficar claro que a função da reflexão não é
contradizer, mas se adiantar e interpretar a experiência. (Bock, Furtado & Teixera,
2001)
Nos relacionamentos sociais, também ocorre o processo de caracterizar-se,
inicialmente, por uma fase de interiorização, em que, aparentemente, é anti-social.
Ele se afasta da família, não aceita conselhos dos adultos; mas, na realidade, o alvo
de sua reflexão é a sociedade, sempre analisada como passível de ser reformada e
transformada. Posteriormente, atinge o equilíbrio entre pensamento e realidade,
quando compreende a importância da reflexão para a sua acção sobre o mundo real.
Por exemplo, no início do período, a criança que tem dificuldades na disciplina de
Matemática pode propor sua retirada do currículo e, posteriormente, pode propor
soluções mais viáveis e adequadas, que considerem as exigências sociais. (Ibidem)
2
No aspecto afectivo, a criança vive conflitos. Deseja libertar-se do adulto, mas ainda
depende dele. Deseja ser aceito pelos amigos e pelos adultos. O grupo de amigos é
um importante referencial para o jovem, determinando o vocabulário, as vestimentas
e outros aspectos de seu comportamento. Começa a estabelecer sua moral individual,
que é referenciada à moral do grupo. Os interesses do adolescente são diversos e
mutáveis, sendo que a estabilidade chega com a proximidade da idade adulta.
Os 12 anos são de maior objectividade e amadurecimento, perspectivas mais amplas
para as coisas, a criança já se apresenta como entusiasta e impaciente. O seu maior e
mais importante problema é o trabalho escolar, tem grande equilíbrio na sua
evolução, embora sendo etapa de transição mostra-se feliz, simpática, tranquila,
amável, sincera e amigável. Mas, as vezes manifesta sentimentos de ira, mesmo
assim encontra um modo de desafogar a irritação, são momentos breves e
superficiais. Observa-se também nesta fase, uma maior amplitude de gostos e
interesses, que se manifestam em todo o seu âmbito pessoal, familiar e social.
Mostra-se mais reflexiva perante os diferentes problemas e procura solucioná-los
sozinha, é muito responsável na organização do seu tempo e no cuidado dos seus
próprios objectos. Convém ao professor como profissional de educação, despertar-
lhe o interesse com um estímulo suficiente, já que gosta de aprender, esta idade é
óptima para o uso do material gráfico e meios audiovisuais, o que é um meio eficaz
para a sua educação e formação.
Especialmente no início deste estágio, é imprescindível que as aprendizagens
contemplem oportunidades de contar, comparar, analisar, experimentar e rever. Uma
estratégia interessante é unificar áreas para tornar óptima aprendizagem.
Assim, ao leccionar na 6ª classe um tema de uma disciplina, torna-se importante
utilizar os seguintes exemplos: em Ciências da Natureza “A importância da água
para a sobrevivência humana” pode ser trabalhado em Ciências da natureza,
enquanto pesquisa sobre a origem da água, Língua Portuguesa, na qual pode ser
elaborado um texto sobre o assunto (grafia correcta das palavras, parágrafos,
construção de frases etc.), em Matemática, com a realização de problemas que
envolvem questões do quotidiano (como analisar a conta de água, qual foi o gasto de
um mês para outro, análises de técnicas eficazes para a economia de água etc.).
(Rodrigues & Melchiori, s.d)
Pode-se entender que Piaget (1960), ao descrever comportamentos que as crianças
estão aprendendo dos 7 aos 11, 12 anos, contempla comportamentos descritos no
exemplo do parágrafo anterior. O autor defende que, ao final deste período, o
desenvolvimento de comportamentos descritos a seguir deve estar instalado no
repertório comportamental da maioria das crianças.
Entre eles, estão: pensamento espacial (calcular distâncias, saber ir e voltar da escola,
calcular o tempo de ir e vir de algum lugar, decifrar mapas); noção de causa e efeito
(saber que atributos afectam um resultado); classificação e seriação (organiza
objectos em categorias, em classes e subclasses); raciocínio indutivo (parte de factos
2
específicos, particulares, para conclusões gerais); noção de conservação (a
quantidade é a mesma independente da forma) e habilidade para lidar com números,
solucionando problemas matemáticos envolvendo as quatro operações. (Papalia,
Olds & Feldmanl, 2006).
Com essas habilidades, a criança em idade escolar está em uma fase de grande
avanço cognitivo e com capacidade para compreender os conteúdos abordados em
sala de aula. Ela apresenta também interesse em organizar colecções e está apta a
participar de jogos com regras complexas. Todo esse processo é gradual, mas o
ambiente deve oportunizar situações sistemáticas e organizadas para que isso
aconteça.
No ensino primário o aluno apresenta modificações consideráveis na sua forma de se
comportar, na sua linguagem, nas suas interacções, com os seus companheiros e
principalmente na qualidade de raciocínio. O professor deve saber que a “cada
criança é, por definição um ser original e único com desejos, comportamentos e
capacidades diferentes dos outros”(Vayer e Trudelle, s.d, p.107). Pois, a criança
nesta etapa possui grande parte das habilidades dos adultos, algumas das quais
bastantes especializadas.
Conclusão parcial do capítulo I
Após a revisão e consulta de diversos autores sobre a relação entre professor e aluno,
permitiu perceber que não pode existir aprendizagem se não houver uma óptima
relação entre eles, daí, ser de extrema importância a relação entre ambos. Além disso,
percebeu-se que a participação e entrega dos professores na relação com os seus
alunos determinam em grande parte, a possibilidade de adaptação e permanência dos
alunos na escola.

2
CAPÍTULO 2: FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA DO
DIAGONÓSTICO E PROPOSTA DE ACTIVIDADES EDUCATIVAS.
Neste capítulo aborda-se o enquadramento metodológico especificamente o tipo e o
modelo de investigação, a análise dos resultados do diagnóstico realizado através dos
diferentes instrumentos de colecta ou recolha de dados e a contribuição das
actividades educativas elaboradas em função da investigação sobre a relação
professor e alunos no processo de ensino e aprendizagem dos alunos da 6ª Classe do
Complexo Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga.
Caracterização da escola
A investigação foi realizada no Complexo Escolar 4 de Fevereiro que localiza-se na
sede do Município do Cunhinga, 30 km a Norte da cidade do Cuito, limitada a sul
pela estrada nacional 140 e pelo projecto habitacional 100 casas, a norte e este pelos
terrenos de autoconstrução dirigida, e a Oeste pelo comando municipal da polícia
nacional.
Estruturalmente e funcionalmente, a escola contém 12 salas de aulas, uma secretaria
e cinco gabinetes de directores, 04 casas de banho construídas de blocos e cobertas
de chapas de zinco. Estão matriculados 717 alunos, dos quais 80 frequentam a 6ª
classe.
O organigrama da escola é constituído pelo director geral, subdirector pedagógico e
administrativo, coordenador do ensino primário, chefe de secretaria, coordenadores
de disciplinas, chefe do gabinete psico-pedagógico e professores. A escola conta no
total com 15 professores, dos quais 2 leccionam a 6ª classe no período vespertino.
A escola lecciona o Ensino Primário e o Iº ciclo do Ensino Secundário,
resumidamente, da iniciação à 9ª classe. No que tange às áreas curriculares e
académicas estão implementadas as disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática,
Estudo do Meio, Educação Musical, Manual e Plástica, Física, Moral e Cívica,
Geografia e História, para Ensino Primário, e a partir das disciplinas mencionadas,
no caso do Iº ciclo complementam-se, Biologia, Química, Física, Inglês, Educação
Laboral e Educação Visual e plástica.
2.1. População e amostra
Tabela 1. Apresentação da população-alvo da investigação

Tipo de Critério de
Extracto População Amostra %
amostra selecção

Direcção 5 - - - -

Professores 2 - - - -

Alunos 80 - - - -
2
Considerando a população acima exposta, neste trabalho não se declara a amostra, o
tipo e nem o critério de amostragem porque foram todos elementos da população
considerados acessíveis para a investigação realizada.
2.2. Análise e processamento dos resultados do diagnóstico realizado
Para a realização do diagnóstico da relação entre professor e alunos no processo de
ensino e aprendizagem dos alunos da 6ª Classe do Complexo escolar 4 de
Fevereiro/Cunhinga, foram utilizados os métodos empíricos, designadamente a
observação, a análise documental, o inquérito e a entrevista, incluindo os métodos
estatísticos, entre os quais a análise percentual e a distribuição de frequências cujos
resultados obtido, de maneira discriminada, se apresentam em seguida.
Análise e processamento dos resultados da análise documental
Quanto a análise documental (Vide apêndice Nº1) foram analisados os seguintes
documentos: a Lei 17/16 de 7 de Outubro, que aprova o Sistema de Educação e
Ensino angolano, o Decreto Presidencial n.ᵒ 160/18 de 3 de Julho, que aprova o
Estatuto da Carreira de Agentes da Educação, o regulamento interno da escola e o
plano de aula.
À luz da Lei 17/16 de 7 de Outubro, […] o indivíduo desenvolve-se na convivência
humana […] e por via do sistema educativo […] se prepara de forma integral para as
exigências da vida individual e colectiva. (Pontos 1, 2 e 3 do art.2).
Nessa conformidade, segundo o Decreto Presidencial n.ᵒ 160/18 de 3 de Julho, "o
professor do ensino primário deve saber utilizar as suas capacidades e os recursos e
ter consciência dos efeitos da sua actuação na sala de aulas e na escola"(Art.16.a)
Ainda nessa direcção, sobre a relação entre professor e aluno no processo de ensino e
aprendizagem, no regulamento interno do Complexo Escolar 4 de
Fevereiro/Cunhinga (ponto 14 do art.8 e ponto 2 do art. 4), constam aspectos
relevantes quanto a este assunto, os quais explicam que os alunos devem respeitar os
professores, os membros de direcção, os demais trabalhadores e seus colegas. E, não
obstante a esse dever, também gozam o direito de expor abertamente as suas ideias e
inquietações aos professores ou ainda aos órgãos próprio, exercendo a crítica e a
autocrítica como factor correcto.
Nesse sentido, percebe-se que quer a Lei 17/16 de 7 de Outubro, quer o Decreto
Presidencial n.ᵒ 160/18 de 3 de Julho e o regulamento interno do Complexo Escolar 4
de Fevereiro/Cunhinga consideram a relação entre professor e aluno, de maneira
específica, a de professor e alunos, como sendo fundamental no processo de ensino e
aprendizagem. Mas contrariamente aos planos de aula analisados (Vide anexo nº3),
denotou-se que a relação professores e alunos tem sido apenas circunscrita numa
pseudoparticipação dos alunos estimulada pelos professores no momento de efectuar
o controlo dos conteúdos que se tratam ao longo da aula (introdução,
desenvolvimento e conclusão).
Análise e processamento dos resultados da observação às aulas
2
Quanto a observação às aulas (Vide apêndice nº2), foi utilizada um guia com dez
aspectos que permitiram obter os resultados descritos abaixo:
Sobre a atenção e a escuta atenta, nas cinco aulas observadas denotou-se que
existiam momentos em que os professores limitavam-se a prestar atenção e escutar
atentamente as preocupações dos alunos, envolvendo-se num estilo de aula onde os
alunos desenvolviam comportamentos de passividade;
Em consequência do aspecto anterior, foi registada rara participação activa dos
alunos nas abordagens desenvolvidas na sala de aulas pelos professores;
Os alunos em algum momento da aula, deixaram de manifestar o comportamento de
retraimento e demonstraram sentimento de liberdade;
Os professores para além da sala de aula, dificilmente mantiveram conversa com os
alunos fora da sala de aulas com muita naturalidade;
Nem sempre os alunos aproximam-se aos seus professores com facilidade;
Os professores no momento da saudação não estendem as suas mãos para abraçar
assim como não saúdam os seus alunos com um aperto de mãos;
Os alunos às vezes têm sido pontuais e assíduos tais como os seus professores;
Os alunos nem sempre trazem as tarefas resolvidas a partir de casa;
Nas aulas, o tom de voz utilizado pelos professores é alto, com isso alguns alunos
mostram-se intimidados.
Análise e processamento dos resultados do inquérito aplicado aos alunos
Na sequência foi aplicado inquérito aos alunos (Vide apêndice nº5) composto por
dez questões, que facilitou a obtenção dos resultados descritos abaixo.
Acerca da questão que procurou saber se os professores têm prestado atenção e
escutado atentamente as preocupações de seus alunos e atende-los, 37 alunos que
representam 46,25% dos inquiridos disseram que sim têm sido prestado atenção,
escutado atentamente e visto os seus problemas atendidos pelos seus professores e 43
alunos que representam 53,75% dos inquiridos disseram que não têm sido prestado
atenção, escutado atentamente e visto os seus problemas atendidos pelos seus
professores.
No que concerne ao incentivo dos professores aos alunos para a sua participação
activa nas aulas, 32 alunos que representam 40% dos inquiridos disseram que sim
têm sido incentivados pelos professores para participarem activamente nas aulas e 48
alunos que representam 60% dos inquiridos disseram que não têm sido incentivados
pelos professores para participarem activamente nas aulas.
Questionados sobre o modo como se sentem nos contactos que mantém com os seus
professores, 30 alunos que representam 37,5% dos inquiridos disseram que têm se
sentido bem; 7 alunos que representam 8,75% dos inquiridos disseram que têm se
2
sentido muito bem e 43 alunos que representam 53,75% dos inquiridos disseram que
não se têm sentido bem.
Questionados se seus professores têm mantido consigo conversas dentro e fora da
sala de aulas, 10 alunos que representam 12,5% dos inquiridos disseram que sim têm
mantido; 68 alunos que representam 85% dos inquiridos disseram que não têm
mantido e 2 alunos que representam 2,5% dos inquiridos disseram que as vezes têm
mantido.
Continuando, questionados se tem sido fácil para os alunos se aproximarem aos seus
professores e exporem os seus problemas, incluindo assuntos que não têm nada que
ver com as matérias que estes leccionam, 13 alunos que representam 16,25% dos
inquiridos disseram que sim tem sido fácil; 59 alunos que representam 73,25% dos
inquiridos disseram que não tem sido fácil e 8 alunos que representam 10% dos
inquiridos disseram que as vezes tem sido fácil.
E, quando questionados se têm recebido abraços ou apertos de mãos na saudação
com os seus professores, 6 alunos que representam 7,5% dos inquiridos disseram que
sim, têm recebido; 74 alunos que representam 92,5% dos inquiridos disseram que
não têm recebido. E nessa questão, os alunos nos seus argumentos disseram que os
professores os saúdam apenas de maneira geral na sala de aula e dificilmente
estendem as suas mãos para um ou outro aluno da sala para o aperto ou mesmo
abraços.
Na questão que procurou saber se os professores são sempre pontuais e assíduos, 72
alunos, que representam 90% dos inquiridos, disseram que sim, são sempre pontuais;
assíduos e 3 alunos que representam 3,75% dos inquiridos disseram que não são
sempre pontuais e assíduos e 5 alunos que representam 6,25% dos inquiridos
disseram que as vezes têm sido sempre pontuais e assíduos
A questão referente a forma como os alunos têm sido tratados pelos professores
quando chegam tarde as aulas, 13 alunos, que representam 16,25% dos inquiridos,
disseram que têm sido bem tratados; 67 alunos, que representam 83,75% dos
inquiridos, disseram que têm sido maltratados.
Na sequência, colocada a questão que procurou saber se eles (os alunos) têm sempre
trago as tarefas para casa orientadas nas aulas pelos professores resolvidas, 5 alunos
que representam 6,25% dos inquiridos disseram que sim têm trago as tarefas
resolvidas; 20 alunos que representam 25% dos inquiridos disseram que não têm
trago as tarefas resolvidas e 55 alunos que representam 68,75% dos inquiridos
disseram que nem sempre às resolvem.
Por fim, colocada a questão que procurou saber o tom de voz que de forma regular o
professor utiliza nas aulas, 59 alunos que representam 73,75% dos inquiridos
disseram que o tom de voz dos professores tem sido alto; 11 alunos que representam
13,75% dos inquiridos disseram que o tom de voz dos professores tem sido médio; 6
alunos que representam 7,5% dos inquiridos disseram que o tom de voz dos
2
professores tem sido muito alto e 4 alunos que representam 5% dos inquiridos
disseram que o tom de voz dos professores tem sido baixo.
Contudo, os resultados obtidos demonstram haver deficiências que indicam uma
fraca relação entre professor e aluno, pelo que os autores entendem ser imperioso a
observância das particularidades individuais dos alunos por parte dos professores, de
modo a proporcionar uma boa relação com os mesmos, propiciando o diálogo e o
afecto que são elementos importantes nesta convivência.
Análise e processamento dos resultados da entrevista com os professores
Para a obtenção de dados que pudessem solidificar a informação que se pretendeu
recolher sobre a relação entre professor e aluno, foi também aplicada uma entrevista
(Vide apêndice nº4) baseada em sete questões que tiveram como foco central o
registo de comportamentos adoptados pelos professores diante de seus alunos, cujos
resultados são apresentados abaixo:
Quanto a formação dos professores entrevistados e o tempo de experiência no ensino
primário, os 2 professores que representam 100% dos inquiridos que leccionam a 6ª
Classe no Complexo Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga, possuem como habilitações
literárias a 12ª Classe, nas áreas de ciências humanas e ciências físicas e biológicas.
E, em relação a experiência de trabalho, ambos os professores possuem um tempo de
experiência docente correspondente a 12 anos de trabalho no ensino primário.
No que concerne a questão dirigida aos professores, onde se procurou saber se os
professores prestam atenção e escutam atentamente as preocupações de seus alunos,
1 professor que representa 50% dos inquiridos afirmou que tem sim, prestado
atenção e escutado atentamente as preocupações de seus alunos e tem também
atendido as mesmas preocupações. Ainda na mesma questão 1 professor que
representa 50% dos inquiridos afirmou que não tem prestado sempre atenção e
escutado atentamente as preocupações de seus alunos e, nem tão pouco tem sempre
atendido as mesmas preocupações, isto é, atendendo ao número de alunos
matriculados na sua turma.
Na questão que procurou saber se os professores têm incentivado a participação
activa de seus alunos nas aulas, 1 professor que representa 50% dos inquiridos disse
que tem sim, incentivado seus alunos e 1 professor que representa 50% dos
inquiridos disse que não tem incentivado seus alunos, porque mesmo os
incentivando, muitos alunos têm se mostrado preguiçosos em participar das aulas.
Sobre a questão que procurou obter informações acerca da forma como os
professores se têm sentido diante do comportamento de seus alunos face as aulas, 2
professores que representam 100% dos inquiridos disseram que têm se sentido bem.
Nos seus argumentos, foram unânimes ao dizer que, estar com os alunos nunca foi e
nunca será tarefa fácil, principalmente quando se trata de alunos mais
indisciplinados.
2
Feita a questão que procurou obter informações sobre a conversa dos professores
com os seus alunos dentro e fora da sala de aula, 2 professores que representam
100% dos inquiridos disseram que de vez enquanto, na sala de aula, têm conversado
com os seus alunos. E nos seus argumentos, ambos foram unânimes em dizer que,
conversam apenas de vez enquanto na sala de aula por causa de outras ocupações
ligadas as suas vidas particulares que os limitam.
Ainda nessa senda, na questão que procurou saber dos professores se tem sido fácil
aproximarem-se de seus alunos e ouvir os seus problemas, incluindo aqueles que não
têm nada que ver com as matérias por eles leccionadas, 2 professores que
representam 100% dos inquiridos disseram que não tem sido fácil. E nos seus
argumentos, também de maneira coincidente, ambos disseram que os próprios alunos
se apresentam tímidos e dificilmente falam dos seus problemas.
Já no que concerne a saudação, questionados se por ventura consideram seu o hábito
de, em algumas vezes, abraçar ou apertar as mãos dos seus alunos no momento de
saudação, 2 professores que representam 100% dos inquiridos disseram que não faz
parte de seus hábitos o abraço ou o aperto de mãos de seus alunos nos momentos de
saudação, porque isto levaria muito tempo e tal acto condicionaria o cumprimento
dos programas didácticos que têm sob sua gestão.
Finalmente, na questão apresentada aos professores para efectuarem a sua
autoavaliação, procurando saber se têm sido pontuais e assíduos, os 2 professores
que representam 100% dos inquiridos disseram que têm sido frequentemente
pontuais e assíduos, ambos nos seus argumentos disseram que ser pontual e assíduo
ajuda o cumprimento dos programas didácticos que gerem.
Considerando a opinião dos dois professores, a partir dos resultados colhidos na
entrevista, permitiram deduzir que eles (os professores), dominam suficientemente
alguns assuntos que lhes foram colocados, mas não os têm praticado. Eles alegam um
maior número de alunos o que dificulta atende-los, além disso, afirmam que alguns
alunos são preguiçosos em participar das aulas, não conversam e nem se aproximam
aos professores.
Assim, é preciso que os professores sejam os grandes motivadores ao interagir com
os alunos, pois, a relação entre professor e aluno depende fundamentalmente do
ambiente que o professor cria.
Análise e processamento dos resultados da entrevista com a direcção da escola.
Com a intenção de reforçar os demais dados anteriormente descritos e de modo a
obter extracto das políticas educativas que a direcção do Complexo Escolar 4 de
Fevereiro/Cunhinga tem fomentado para contribuir no fortalecimento da relação
entre professor e aluno, foi realizada uma entrevista (Vide apêndice nº3)
subordinada num questionário que conteve quatro questões cujos resultados, a seguir
se descrevem:
2
Num primeiro momento, na questão que procurou saber se existe nas estratégias de
direcção uma orientação que incentiva os professores a prestarem atenção e escutar
atentamente as preocupações dos alunos e atende-las, os 3 membros de direcção que
representam 100% dos inquiridos por unanimidade disseram que os professores têm
sido orientados para o efeito. E não obstante a essa orientação, têm sido realizados
seminários de capacitação e de refrescamento para os professores, com o foco no
tratamento de conteúdos didácticos e no relacionamento entre professores e alunos na
sala de aula, para que elas se tornem cada vez mais interactivas possíveis.
Na mesma direcção, na questão que procurou saber se os professores têm sido
orientados a prestarem ajuda aos alunos, incentivando-os a participar activamente das
aulas, 3 membros de direcção que representam 100% dos inquiridos por unanimidade
disseram que os professores têm sido orientado a prestarem ajuda aos alunos, bem
como planificarem as suas aulas de maneira que, na sua execução, haja participação
activa dos alunos.
Ainda nesse sentido, uma vez colocada a questão que procurou saber da direcção do
complexo se os professores são pontuais e assíduos, 3 membros de direcção que
representam 100% dos inquiridos por unanimidade disseram que os professores não
são pontuais e nem assíduos. E, justificando esse posicionamento, disseram que os
professores em às vezes chegam muito tarde e, em outras ocasiões saiam muito antes
da hora indicada nos seus horários docentes; facto que em muitas circunstâncias, tem
contribuído para o incumprimento dos programas didácticos da classe que leccionam.
Por fim, na quarta questão, sobre o tratamento que têm sido dados aos professores
que chegam atrasados e os que não são assíduos, os 3 membros de direcção que
representam 100% dos entrevistados disseram que os professores têm merecido um
tratamento à luz do regulamento da escola, plasmado na secção que trata dos direitos
e deveres dos funcionários, incluindo o expresso na lei geral do trabalhador. E,
quanto a sua aplicação, tem sempre começado por uma admoestação verbal, seguida
de conselhos de modos a evitar que esses comportamentos se repetiam.
A interpretação que se faz aos resultados obtidos na entrevista com a direcção,
notou-se que existe da parte da direcção insuficientes actividades que visam a
incentivar os professores promover uma boa relação entre professores e alunos, pois,
quase que apenas apelam aos professores nos momentos dos seminários de
capacitação e refrescamento.
Além disso, é importante ressaltar que existe também uma certa resistência por parte
dos professores no cumprimento das poucas medidas aplicadas pela direcção da
escola, para promover a participação activa dos alunos na aula, assim como prestar
atenção às suas preocupações.
Principais regularidades do diagnóstico
2
A triangulação feita dos resultados do diagnóstico a partir de diferentes instrumentos
da investigação aplicados a população alvo da investigação, como a entrevista, o
inquérito e a análise documental, permitiu determinar as seguintes regularidades:
 Os professores, prestam pouca atenção aos alunos na aula, pois para eles, o mais
importante é cumprir o programa das suas disciplinas.
 Os professores, nem sempre atendem os assuntos que os alunos os colocam,
quando não estiverem ligados ao conteúdo da aula que ministram.
 Os alunos, têm dificuldades de aproximar-se com facilidade aos professores.
 Os professores utilizam na sala de aulas um tom de voz alto, passível de
intimidação aos alunos .
 A direcção da escola tem incentivado pouco os seus professores a pautarem por
uma conduta diálogica e afectiva na sala de aula, na relação com os seus alunos.
 Os documentos consultados principalmente o plano de aula, revelou que nas
aulas, as acções planificadas pelos professores, de maneira frequente, são aquelas
que relegam os alunos para actividades que se resumem em prestar atenção ao
discurso e participar dos questionamentos do professor, desenvolvendo cada vez
mais no aluno, uma atitude de obediência e passividade.

2.3. Fundamentação da proposta de actividades educativas


O que difere o homem dos outros animais é a sua capacidade de planear e atingir
objectivos conscientemente, assim, aceita-se que as actividades são formas do
homem se relacionar com o mundo, traçando e perseguindo objectivos, de forma
intencional, por meio de acções planeadas.
As acções são formadas por transacções recíprocas entre o sujeito e o objecto,
concretamente é através desta combinação que o homem chega a ter o conhecimento
do mundo que o rodeia. Actividades não podem ser entendidas sem acções e acções
não podem ser compreendidas sem actividade.
Actividade é uma acção ou processo essencialmente consciente com um objectivo
estimulante na sua execução. Toda uma actividade é dirigida por um objectivo que
estimula o sujeito a realizar a mesma. (Leontiv, 2006)
Actividade deve ser entendida como um sistema de acções funcionais das interacções
socioculturais que constitui comportamento e produz aquele tipo de mudança
denominada aprendizagem Carrelli (2003). A actividade é uma forma de acção dum
sujeito, direccionada a um objecto e que a transformação deste objecto em um
produto é a motivação da própria existência da actividade. (Kuutti, 1996)
Assim, diante destas ideias, os autores da presente investigação partindo da ideia de
que actividade deve ter sempre um objectivo a ser seguido ou mesmo perseguido,
assumem os argumentos de Leontiev (2006) relativamente a actividade.
Para este trabalho, apresenta-se actividades educativas que se baseiam na criação de
situações de aprendizagem, pelo professor com a intenção de elevar a possibilidade
2
de que os alunos tenham contacto com experiências que permitam atingir seus
objectivos educacionais. Essas actividades educativas podem consistir em
experiências durante as aulas ou extra-aulas. (Panteliades, 2016)
Elas ajudam o professor na direção, orientação das tarefas do ensino e da
aprendizagem, dando a ele uma segurança profissional. Segundo Libâneo (1994), O
objectivo da actividade educativa deve cingir-se nos seguintes princípios:
 Assegurar aos alunos o domínio mais seguro e duradouro possível dos
conhecimentos científicos;
 Criar as condições e os meios para que os alunos desenvolvam capacidades e
habilidades intelectuais de modo que dominem métodos de estudo e de trabalho
intelectual visando a sua autonomia no processo de aprendizagem e
independência de pensamento;
 Orientar as tarefas de ensino para objectivo educativo de formação da
personalidade, isto é, ajudar os alunos a escolherem um caminho na vida, a
terem atitudes e convicções que norteiem suas opções diante dos problemas e
situações da vida real.

Assim, a aplicação destes princípios nas actividades educativas envolve um carácter


colectivo, pois, a construção do conhecimento não pode ser entendida como algo
individual. O conhecimento é produto da actividade e relações humanas, o que
constitui um marco social e cultural. Sendo assim, na relação entre professor e
aluno, o professor tem um importante papel que consiste em agir como
intermediário entre os conteúdos da aprendizagem e a actividade construtiva para
assimilação dos mesmos.
Nesta perspectiva, as actividades educativas que se propõem tem como propósito
aproximar o professor ao aluno para fortalecer a relação, logo, a mesma contém um
carácter, organizativo, dinâmico, desenvolvedor, facilitador, participativo, assim
como compreensivo.
Carácter organizativo: refere-se na capacidade de organizar ou reunir condições
para as actividades educativas. Pois, a organização deve ser constituinte principal e
central de toda actividade. Os objectivos das acções não organizadas ou mesmo mal
organizadas têm a maior probabilidade de não serem atingidos.
Carácter compreensivo: para este, o importante em toda a actividade educativa é a
compreensão, a qual pressupõe escutar, entender e perceber o que se faz nela de
forma consciente. Logo, as preocupações, dúvidas e problemas que surgem nesta
actividade devem ser atendidas e encaradas como partes integrantes da mesma.
Carácter dinâmico: porque este carácter pressupõe que a actividade se torne num
ambiente social em que cada um tenha a possibilidade de exprimir suas ideias
deixando de parte a passividade e tornar os alunos sujeitos activos na construção de
sua própria aprendizagem.
2
Carácter desenvolvedor: Como é sabido, ao transmitirmos conhecimentos aos
alunos, esperamos que estes mudem de comportamentos, que sejam diferentes na sua
maneira de pensar, de agir diante de diferentes situações na vida desenvolvendo a sua
personalidade, isto através do objecto de aprendizagem, pois é disso que depende o
progresso do aluno.
Carácter facilitador: este implica o emprego de métodos e técnicas eficazes e
facilitadores que permitam a actividade educativa favorecer aprendizagem.
Carácter participativo: o que consiste na possibilidade de intervenção e fomento
para fazer parte na actividade.
A proposta de actividades educativas tem como objectivo fortalecer a relação entre
professor e alunos no processo de ensino e aprendizagem, e composta por um total de
6 actividades. Cada uma das actividades aqui apresentadas, estão estruturadas por um
objectivo, tempo de duração, título, métodos e técnicas, recursos didácticos,
responsáveis, participantes e procedimentos metodológicos os quais incluem quatro
momentos que servem de guia para dirigir a actividade.
2.4. Proposta de actividades didácticas para fortalecer a relação entre
professor e alunos no processo de ensino e aprendizagem dos alunos da 6ª
Classe do Complexo Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga.
O trabalho educativo não trata apenas de um conteúdo, mas de um processo que
envolve um conjunto de pessoas na construção de conhecimento. Assim, a escolha de
actividades educativa, deve levar em consideração o conhecimento do aluno, seu
modo de ser, de agir, de estar, além de sua dinâmica pessoal. Até porque todo
conteúdo possui em sua lógica interna uma forma que lhe é própria e que precisa ser
captada e apropriada para sua efectiva compreensão.
Actividade nº1
Título: “Conheço os meus alunos e eles conhecem a mim”.
Objectivo: Explorar o conhecimento dos alunos sobre a sua relação com o professor.
Métodos e técnicas: Conversação
Recursos didácticos: Folha de papel, esferográficas, quadro e giz.
Duração: 90 minutos
Responsáveis: Autores da investigação
Participantes: Alunos e professores
Procedimentos metodológicos:
 Primeiro momento: Saudar os participantes; explicar as regras da actividade e o
objectivo; repartir a turma em 4 grupos; dar para o professor 4 folhas de papel A4
que corresponde aos grupos criados.
2
 Segundo momento: O responsável pede ao professor que comece por escrever
em uma folha de papel A4 informações verdadeiras e falsas a seu respeito,
misturando informações pessoais, familiares e profissionais, como por exemplo:
número de filhos, ano ou escola onde se formou se tem irmãos ou não, uma
viagem que fez o que gosta ou não de comer etc.
 Terceiro momento: Em seguida calcula 5 informações para cada grupo de
alunos; distribui as informações para os grupos, eles deverão decidir quais
informações imaginam serem verdadeiras e quais falsas sobre o professor; dá 15
a 20 minutos para eles discutirem e avaliarem as informações; dividir o quadro
em duas partes reservando um lado para as informações verdadeiras e outro para
as falsas.
 Quarto momento: Por fim o professor pede para que cada grupo leve para o
quadro o que decidiu distribuindo as informações conforme julgam ser
verdadeiras ou falsas e justificando para a turma porquê dessa decisão; no final o
professor comenta que grupo mais acertou.
Actividade nº2
Título: “Sou feliz com o professor e com o meu aprendizado”
Objectivo: Discutir as posições dos alunos quanto aos estados de ânimo que têm
vivido com seus professores durante o processo de intermediação de suas
aprendizagens.
Métodos e técnicas: Conversação heurística e chuva de ideias
Recursos didácticos: Folha de papel A4, tiras de esparadrapos ou de fita-cola,
cartolinas, caneta de cor, lápis, borracha e quadro de giz.
Duração: 90 minutos
Responsáveis: Autores da investigação
Participantes: Alunos
Procedimentos metodológicos:
 Primeiro momento: O responsável saúda os participantes, em conjunto
organizam a sala, divide a turma em grupos de 3 a 6 alunos, distribui uma
cartolina, três a 6 folhas A4, um lápis, uma borracha, uma caneta a cor, 8 tiras de
esparadrapos ou de fita-cola para cada grupo e apresenta o objectivo da sessão,
incluindo as regras ou passos de como realizar a actividade.
 Segundo momento: O responsável orienta aos alunos que criem na primeira
folha A4, um desenho onde estejam eles e o seu professor e numa segunda folha
A4, cada aluno, primeiro escreva em forma de conceitos, o que aprendeu, o que
mais gostou quando aprendeu, as lembranças que criou do professor quando
mediou a aprendizagem dos conhecimentos que descreveu, bem como, se
possível, apontar até 3 aspectos que deseja que seu professor se tivesse que
mudar, mudasse para o bem dos seus aprendizados.
2
 Terceiro momento: O responsável orienta aos alunos que analisem os desenhos
feitos pelos colegas e escolham um para ser colado na cartolina. Em seguida,
devem analisar as ideias apresentadas pelos colegas acerca do que aprenderam, o
que mais gostaram quando aprenderam, as lembranças que têm de seus
professorem nos dias em que mediaram as aprendizagens reveladas, bem como,
os aspectos que esperam ver mudados de seus professores para o bem de suas
aprendizagens. Feito esse exercício, produzem uma síntese na cartolina e, em
seguida, é afixada com esparadrapo e/ou fita-cola numa das paredes da sala
indicadas pelo responsável da actividade.
 Quarto momento: O responsável pede o apoio de um voluntário para fazer notas
no quadro de giz no decorrer da análise dos conteúdos exposto nas cartolinas
afixadas. durante a análise são discutidos todos elementos apresentados em cada
cartolina e, são seleccionados apenas, aquelas ideias que de maneira implícita ou
explícita, dão possibilidade de melhorar a relação entre professor e alunos no
PEA. Depois de todos os registos terem sido feitos pelo aluno voluntário no
quadro, o responsável lembra os participantes de forma sintética, todos os
trabalhos apresentados pelos grupos constituídos e depois segue lendo o resumo
escrito no quadro de giz, o melhora e solicita para que os participantes tomem
nota como conclusão da sessão realizada.
Actividade nº3
Título: “Sou bom professor e atencioso com os meus alunos”.
Objectivo: Favorecer a atenção e a participação dos alunos nas aulas, para o
aprimoramento da sua aprendizagem, diminuindo as suas dificuldades.
Métodos e técnicas: Chuva de ideias
Recursos didácticos: Quadro, folha de papel A4, lápis e esferográfica, borrachas..
Duração: 90 minutos
Responsáveis: Autores da investigação
Participantes: Alunos e professores
Procedimentos metodológicos:
 Primeiro momento: o responsável saúda os participantes; organiza a turma em
um círculo de forma que os alunos possam se ver e ver o professor; orienta as
regras e o objectivo da actividade; distribui as folhas de papel A4, lápis e
esferográficas para os alunos.
 Segundo momento: o professor pede para que cada aluno coloque na folha de
papel A4 forma livre as suas inquietações, dificuldades ou preocupações. Por
exemplo: alguma dificuldade ao resolver as tarefas em casa, as razões que o
lavam a não participar da aula. Aos alunos que não quiserem colocar na folha,
podem expressar oralmente; o professor garante que todos tenham o direito de
expressar suas dificuldades. Todas elas devem ser aceites pelo professor
2
incluindo por todos os seus colegas, mesmo que pareçam incoerentes ou
impraticáveis até os mais tímidos devem ter seu momento. Evitar criticar, pois
elas podem fazer com que alguns colegas sintam constrangidos ou limitados e
optem por não participar da actividade.
 Terceiro momento: em seguida o professor regista tudo quanto os alunos
elaboraram, sem crítica ou análise; Após todos terem feito a exposição, a turma
com a ajuda do professor, revê as dificuldades ou assuntos de cada aluno e
melhora os argumentos por eles escritos divide-os em quatro folhas de papel A4.
 Quarto momento: o professor orienta os alunos e os divide em 4 grupos, cada
grupo recebe uma folha de papel A4, onde consta os assuntos por eles
expressados, com ajuda do professor ficam responsáveis pela elaboração de uma
proposta para a sua realização ou solução. O professor divide o quadro em 4
partes para se escrever em cada uma delas a dificuldade e as suas possíveis
soluções, pede para os alunos copiarem.
Actividade Nº4
Título: “Os meus alunos são um presente para mim”
Objectivo: Exprimir sentimentos de cordialidade e aproximação aos alunos nos
primeiros contactos com professor.
Duração: 45 minutos
Métodos e procedimento: Conversação heurística
Recursos didácticos: Uma caixa, espelho.
Participantes: Professor e alunos
Responsáveis: Autores da investigação
Procedimentos metodológicos:
 Primeiro momento: Saudar os participantes, o professor utiliza uma caixa com
um espelho no fundo e uma tampa removível, embalada por um laço bem largo e
bonito; dentro da caixa deverá colocar o espelho colado no fundo.
 Segundo momento: Em seguida o professor chega com a caixa diante de seus
alunos na sala de aula; Coloca a caixa num dos cantos da sala mais antes, abre a
diante dos alunos olha sorridentemente o que esta por dentro da caixa; comenta
com os seus alunos o seguinte: “Hoje é um dia muito especial para mim! Recebi
um lindo presente. Ele é muito importante, pois juntos vamos crescer e aprender
muitas coisas. Vocês não podem imaginar a felicidade que eu sinto em recebê-lo”
o professor questiona-os da seguinte forma: o que vocês acham que tem aqui
nesta caixa?
 Terceiro momento: O professor deixa os alunos curiosos e imaginando o que
possa estar na caixa; em seguida convida a cada aluno para ir olhar o presente
que esta dentro da caixa. Pede que não comente um com o outro sobre o que viu,
2
a medida que eles abrem a tampa da caixa e olham para dentro dela, eles se vêem
reflectidos no espelho e cada um tem uma reacção diferente.
 Quarto momento: Depois que todos olharem na caixa, o professor fará um
comentário a respeito da sua felicidade, ao receber e estar com seus alunos; em
seguida diz aos alunos o seguinte: realmente vocês são para mim uns presentes
que a escola me deu; após isso colhe da sala opiniões sobre a sensação que cada
um teve ao se ver reflectido no espelho.
Actividade nº 05
Título: “O meu professor favorito”.
Objectivo: Identificar a preferência do aluno, relativamente ao seu professor tendo
em conta sua aproximação.
Métodos e procedimento: Elaboração conjunta.
Recursos didácticos: Folha de papel A4 e esferográficas
Duração: 90 minutos.
Responsáveis: Autores da investigação.
Participantes: Alunos e professores da 6ª classe.
Procedimentos metodológicos:
 Primeiro momento: Saudar os participantes; apresentar o objectivo da
actividade; explicar as regras de como será a execução da actividade; orientar a
composição de um grupo de 2 professores da 6ª classe;
 Segundo momento: o responsável distribui folhas de papel A4 para os alunos;
solicitar a cada aluno que escreva na folha em suas mãos o nome do seu professor
favorito entre os que compõem o grupo; no verso da folha, escrever de forma
livre algo sobre o professor ex.: como gostaria que o professor actuasse em sala
de aula? uma experiência boa e mal que teve com o professor? o que mais gosta
do professor? na classificação de 0 a 10 quanto daria ao professor?. o que
gostaria de conversar com o professor fora das abordagens desenvolvidas na sala
de aulas? ou mesmo as qualidades do professor.
 Terceiro momento: cada aluno entrega ao seu professor favorito a folha com um
aperto de mãos e abraço. Em seguida sob orientação dos responsáveis o professor
escolhido lê num tom de voz médio e sereno tudo quanto o seu aluno escreveu e
dirige algumas palavras que ele achar convenientes, assim sucessivamente com
os outros alunos.
 Quarto momento: o responsável orienta os alunos que de forma ordeira façam
uma diferença dos aspectos por eles já mencionados com o outro professor.
Actividade nº 06
Título: “Sou um professor afectivo com os meus alunos”.
2
Objectivo: Aperfeiçoar os vínculos afectivos do professor no encontro com o aluno
na aula.
Métodos e procedimento: Elaboração conjunta.
Recursos didácticos: Quadro, giz,
Duração: 60 minutos.
Responsáveis: Autores da investigação.
Participantes: Alunos e professor da 6ª classe.
Procedimentos metodológicos:
 Primeiro momento: O professor começa por saudar os alunos com um tom de
voz sereno e afectivo; faz a chamada e ao mesmo tempo pergunta aos alunos
presentes, a razão da ausência dos outros; direcciona a atenção aos alunos mais
tímidos e motiva-os.
 Segundo momento: O professor escreve no quadro os preliminares; organiza a
turma; monitora os alunos se estão escrevendo o sumário correctamente passando
de lugar para lugar; pede aos alunos de forma humorada a tarefa da aula anterior
ao mesmo tempo conversa de forma serena com àqueles que não resolveram a
tarefa perguntado os motivos e resolve a tarefa no quadro possibilitando os
alunos que não acertaram, acertar.
 Terceiro momento: A seguir faz uma retrospectiva da aula anterior
apresentando as ideias chaves; a partir dos conhecimentos empíricos dos alunos
faz uma ligação destes de modos a introduzir o novo conteúdo, estimulando o
aluno a participar ou a falar; no decorrer da aula o professor presta atenção a
qualquer uma dúvida dos alunos procurando esclarecê-las; no momento em que
estiver a ministrar a aula, movimenta-se na sala para certificar que todos os
alunos estão participando da aula.
 Quarto momento: Por fim, o professor efectua perguntas de controlo da aula aos
alunos; em cada resposta do aluno acertada pede a turma uma salva de palmas e
nas respostas erradas corrige imediatamente; também pede uma salva de palmas
pela intenção do aluno; ao terminar a actividade o professor fica na porta de saída
e dá para cada aluno que sair um abraço e um aperto de mãos.
2
Conclusões parciais do capítulo II
 Os métodos de nível empírico nomeadamente a observação, entrevista e
inquérito, permitiram os autores da presente investigação concluir que os alunos
da 6ª Classe do Complexo Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga têm dificuldades de
aproximar-se com facilidade aos professores em função do medo, da timidez e o
receio. os professores utilizam na sala de aulas um tom de voz alto, para
intimidar os alunos. Este tipo de comportamento tanto da parte dos alunos quanto
dos professores pode dificultar o bom andamento do processo de ensino e
aprendizagem.
 Com os resultados do diagnóstico foram elaboradas a proposta de actividades
educativas, com carácter dinâmico, desenvolvedor, facilitador, compreensivo,
organizativo e participativo, para fortalecer a relação entre professor e aluno no
processo de ensino e aprendizagem dos alunos da 6ª Classe do Complexo
Escolar4 de Fevereiro/Cunhinga.

2
CONCLUSÕES GERAIS
 Os fundamentos teóricos sistematizados no capítulo 1 sobre a relação entre
professor e aluno no PEA, sustentados nas ideias de Piletti, Haydt, Veiga,
Luckesi, Piaget e Vygotsky, permitiram deduzir que a relação entre professor e
aluno é muito mais importante que as paredes e carteiras lindas existentes na sala
de aulas. O relacionamento em sala de aula determina em grande parte o sucesso
e progresso dos alunos no processo de ensino e aprendizagem.
 Os resultados obtidos por via do diagnóstico aplicado aos alunos, professores e
ao corpo directivo, revelaram que a relação entre professor e aluno no Complexo
Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga apresenta evidentemente algumas dificuldades
que confirmam sinais de um fraco relacionamento.
 A partir dos resultados do diagnóstico foi elaborada uma proposta de actividades
educativas dinâmicas, desenvolvedoras, facilitadoras, participativas, organizadas
e compreensivas, capazes de contribuir para o fortalecimento da relação professor
e alunos da 6ª Classe do Complexo Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga.

2
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2
Apêndice Nº1
Análise documental
Objectivo: Analisar a contribuição dos documentos no fortalecimento da relação
professor e alunos na 6ª classe do Complexo Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga

Documentos analisados:
 Decreto Presidencial n.ᵒ 160/18 de 3 de Julho, que aprova o Estatuto da
Carreira de Agentes da Educação.
 Lei 17/16 de 7 de Outubro, que aprova o Sistema de Educação.
 Regulamento interno da escola.
 O plano de aula do professor
Aspectos analisados nos documentos:
 Perfil do Professor do Ensino Primário Art.16.a
 Educação e Sistema de Educação e Ensino, Pontos 1, 2 e 3 do art.2
 Direitos dos alunos (Art. 4) e percursos das aulas (Art. 8) .
 Actividades professor e alunos, apresentadas no plano de aula.

2
Apêndice Nº 2
OBSERVAÇÃO

AS
ASPECTOS A OBSERVAR SEMPRE NUNCA
VEZES

Na aula o professor presta atenção e escuta


atentamente as preocupações dos alunos e as
atende.

Na aula os alunos participam activamente nas


abordagens que são desenvolvidas.

Na sala de aula os alunos manifestam


comportamento de liberdade e não de retraimento.

O professor mantém conversas com os alunos


dentro e fora da sala de aulas com muita
naturalidade.

Os alunos aproximam-se dos seus professores com


muita facilidade.

O professor, em algum momento, na saudação


estende a mão aos alunos e em outros tem os
abraçado.

Os alunos chegam cedo

Os alunos trazem resolvidas as tarefas de casa

O professor é pontual e assíduo

Muito alto Alto Médio Baixo

O professor na aula utiliza um tom de voz


2
Apêndice Nº 3
Entrevista ao corpo directivo da escola
Objectivo: colher informações fundamentais inerentes ao normal funcionamento da
escola sobre sua tutela relativamente ao critério sobre a relação professor e alunos.
1. A direcção tem orientado e incentivado os professores a prestarem atenção e
a escutar atentamente as preocupações dos alunos e atende-las? Sim ______.
Não _____ Algumas vezes.________De que maneira?

______________________________________________________________
______________________________________________________

2. A direcção tem incentivado os professores a ajudar os alunos a participarem


das aulas de maneira activa? Sim _______. Não ________. Como?

______________________________________________________________
__________________________________________________

3. Quanto a assiduidade e pontualidade, os professores chegam sempre cedo e


não faltam? Sim _____. Não_____ Nem sempre _______ Porquê?

______________________________________________________________
__________________________________________________

4. Qual tem sido o tratamento dos professores que chegam atrasados e aqueles
que não são assíduos? Mal _____. Bem _______ Porquê?

_______________________________________________________

Muito bom!
2
Apêndice Nº 4
Entrevista para o professor
Objectivo: Procurar comportamentos adoptados pelos professores para com os seus
alunos em sala de aula como em outras ocasiões, no processo de ensino e
aprendizagem.
Idade___AnosTempo de serviço____ Habilitações literárias___________

1. O professor acha que nas aulas presta atenção e escuta atentamente as


preocupações dos alunos e as atende?
Sim ______. Não ______ As vezes______Porquê?

______________________________________________________________

2. O professor tem incentivado os seus alunos a participar das aulas de maneira


activa?
Sim _______. Não _________ De que maneira?

______________________________________________________________

3. Como se sente o professor nas aulas diante de seus alunos?


Muito bem _____. Bem ______. Mal ________. Porquê?

______________________________________________________________
__________________________________________________

4. O professor conversa com os alunos dentro e fora da sala de aulas?.


Sim _______. Não _______ As vezes _______ Porquê?

_____________________________________________________________

5. Tem sido fácil para ti te aproximares dos teus alunos e ouvir os problemas
deles, incluindo os que não têm nada a ver com as matérias que leccionas?
Sim _______. Não _______ As vezes _______ Porquê?

______________________________________________________________

6. Em algum momento, na saudação já abraçou ou apertou a mão dos seus


alunos? Sim _______. Não _______ As vezes _______ Porquê?

______________________________________________________________
2
7. O professor é pontual e assíduo?
Sim _____ Não ____ Nem sempre ____ Porquê?

______________________________________________________________
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Muito Obrigado!
Apêndice Nº 5
Inquérito para o aluno
Caro aluno(a)!
O presente questionário destina-se a um estudo para fortalecer a relação professor e
alunos no processo de ensino e aprendizagem dos alunos 6ª Classe do Complexo
Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga. Informamos que os dados fornecidos serão
utilizados apenas no âmbito da presente investigação e garantimos a
confidencialidade dos mesmos. Por toda a colaboração prestada, sem a qual este
estudo é inviável, manifestamos desde já o nosso agradecimento, uma vez que da tua
sinceridade e da ponderação das tuas respostas depende a validade desta
investigação.

Idade:_______Anos Género: Masculino( ) Feminino( )

1. Na aula o professor tem prestado atenção e escuta atentamente as vossas


preocupações e as atende? Sim ______. Não _________. Porquê?

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2. O professor, vos tem incentivado a participar das aulas de maneira activa?


Sim _______. Não _________. Porquê?

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3. Como é que se tem sentido nas aulas com o professor?


2
Muito bem _____. Bem ______. Mal ________. Porquê?

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4. O professor tem mantido conversa com vocês dentro e fora da sala de aulas?
Sim _______. Não _______ As vezes _______ Porquê?

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5. Tem sido fácil para ti te aproximares ao teu professor e expor os teus


problemas, incluindo os que não têm nada a ver com as matérias que ele
lecciona? Sim _______. Não _______ As vezes _______ Porquê?

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6. Em algum momento, na saudação já recebeu um abraço ou um aperto de mão


do teu professor? Sim _______. Não _______ As vezes _______ Porquê?

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7. O professor é sempre pontual e assíduo?


Sim____Não___As vezes______
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8. Como o professor te trata quando chegas tarde nas aulas?
Bem_____Mal____
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9. Tens sempre trago resolvidas as tarefas? Sim


_______. Não _______ As vezes _______ Porquê?
2
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10. Qual tom de voz o professor utiliza nas aulas?


Muito alto_____Alto _______Baixo ______Médio_____

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Muito Obrigado!
Anexo Nº1

2
Anexo Nº2

2
Anexo Nº3

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