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MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E

INOVAÇÃO
ESCOLA SUPERIOR PEDAGÓGICA DO BIÉ
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
SECTOR DE EDUCAÇÃO PRIMÁRIA / REGULAR

Título: Actividades didácticas para fortalecer a relação entre professor-aluno


no processo de ensino e aprendizagem dos alunos da 6ª Classe do Complexo
Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga.

(TRABALHO DE FIM DO CURSO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE


LICENCIADO EM CIÊNCIAS PEDAGÓGICAS, NA ESPECIALIDADE DE
EDUCAÇÃO PRIMÁRIA)

Autores: Alfredo Sassoma Yembo Lunganga


Júnior Chicala Chavonga Sapalo
Maurício Vinevala Jambela Francisco

Cuito-Angola, 2020
MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E
INOVAÇÃO
ESCOLA SUPERIOR PEDAGÓGICA DO BIÉ
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
SECTOR DE EDUCAÇÃO PRIMÁRIA / REGULAR

Título: Actividades didácticas para fortalecer a relação entre professor-aluno


no processo de ensino e aprendizagem dos alunos da 6ª Classe do Complexo
Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga.

(TRABALHO DE FIM DO CURSO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE


LICENCIADO EM CIÊNCIAS PEDAGÓGICAS, NA ESPECIALIDADE DE
EDUCAÇÃO PRIMÁRIA)

Autores: Alfredo Sassoma Yembo Lunganga


Júnior Chicala Chavonga Sapalo
Maurício Vinevala Jambela Francisco

Tutor- Lic. Diamantino Esmael Nachinganguela Luciano. Assistente


Co-tutor- Lic. Filipe Tetessi Bongue. Assistente.

Cuito-Angola, 2020

FICHA APROVAÇÃO

MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO


ESCOLA SUPERIOR PEDAGÓGICA DO BIÉ

FICHA CATALOGRÁFICA

Autores: LUNGANGA, Alfredo Sassoma Yembo


SAPALO, Júnior Chicala Chavonga
FRANCISCO, Maurício Vinevala Jambela
DEDICATÓRIA

A minha dedicatória é dirigida aos meus familiares especialmente ao meu


pai Gabriel Lunganga e a minha mãe Eulália Yembo (em memória) é graças
a eles que hoje cheguei até aqui. A tia Severina Namuntango que cuidou de
mim quando mais precisava e aos meus irmãos/irmãs Felícia Nangongo,
Ana Vimbuando, Luciano Cachípia, Eduardo Lunganga, Sandra Bayeta,
Julieta Nalupale que estão sempre ao meu lodo dando apoio e aos que
fizeram parte da execução deste trabalho.

Alfredo Sassoma Yembo Lunganga


DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu benigno pai Geraldo Sapalo por ter me ajudado
durante e fim da minha formação e a minha mãe Adélia Chavonga que
apesar das dificuldades sempre me acarinhou e encorajou para que de facto
a ambição que tivéssemos começado fosse uma realidade.

Júnior Chicala Chavonga Sapalo


DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente meu pai Guilherme Sapalo e a minha


mãe Cristina Eyala Conceição Jambela que mesmo com algumas
dificuldades, acreditaram no êxito deste trabalho e a minha esposa Rosaria
Chicomba Franciscoque foi dando apoio e coragem para que este facto
fosse uma realidade, aos meus filhos Guilherme Sapalo Francisco,
MauríciaAntónia Francisco e Luciana Sia Francisco, agradeço pelo apoio
prestado.

Maurício Vinevala Jambela Francisco


AGRADECIMENTOS

Os nossos agradecimentos são dirigidos primordialmente á Deus Todo-


Poderoso, o criador do universo que nos concedeu vida, força e saúde para
que este trabalho hoje fosse uma realidade.

Ao nosso querido tutor Lic. Diamantino Esmael Nachinganguela Luciano e


co-tutor Filipe Tetessi Bongue, a nossa profunda gratidão pela atenção que
nos prestaram durante a execução deste trabalho, pois várias vezes
dispensaram os seus afazeres para estar connosco sempre que
precisávamos.

E finalmente, aos nossos familiares, amigos e colegas que estiveram


connosco para prestar qualquer tipo de ajuda, agradecemos profundamente
pelo gesto!

Os autores
RESUMO

O trabalho realizado teve como objectivo principal propor actividades


didácticas para o fortalecimento da relação professor e alunos no processo
de ensino e aprendizagem dos alunos da 6ª Classe do Complexo Escolar 4
de Fevereiro/Cunhinga. E para a execução foi adoptado o modelo de
investigação qualitativo. Em conformidade com o modelo e o tipo
declarados, para a fundamentação teórica dos pressupostos que sustentam
a relação professor e alunos no processo de ensino e aprendizagem foram
utilizados os métodos teóricos, onde se destaca o própriohistórico-lógico, o
analítico–sintético e o indutivo-dedutivo. Mas, na sequência, para a obtenção
de dados práticos que caracterizam a relação professor e alunos no
processo de ensino e aprendizagem dos alunos da 6ª Classe do Complexo
Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga, sustentação prática entre os métodos
empíricos foram utilizados: a observação, a análise documental, a entrevista
e o inquérito. Já para a determinação da população e amostra, incluindo o
processamento de dados do diagnóstico, nos métodos estatístico-
matemáticos foram utilizados a análise percentual e a distribuição de
frequências. Os resultados obtidos mediante a utilização dos métodos
empíricos e estatístico-matemáticos revelaram que a relação professor e
alunos no processo de ensino e aprendizagem dos alunos da 6ª Classe do
Complexo Escolar 4 de Fevereiro/Cunhingaé fraca. Pois, a partir desse
resultado obtido na base da aplicação destes métodos,foi estruturada uma
proposta para contribuir no fortalecimento da relação professor e alunos no
processo de ensino e aprendizagem dos alunos da 6ª Classe do Complexo
Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga.
ABSTRACT

The work now carried out had as main objective to propose didactic activities
for the strengthening of the teacher and students relationship in the teaching
and learning process of the 6th Class students of4 February/Cunhinga
School Complex. And for the execution, a qualitative investigation model
was adopted. In accordance with the declared model and type, the theoritical
methods were used for the theoritical foundation of the presuppositions that
support the relationship between teacher and students in the teaching and
learning process, with emphasis on the historical-logical, the analytical-
synthetic and theinductive-deductive. But, in the sequence, to obtain
practical data that characterize the teacher student relationship in the
teaching and learning process the students of the 6th Class of
4February/Cunhinga School Complex practical support, among the empirical
methods were used: observation, documentary analysis, interview and
inquiry. For the determination of the population and sample, including the
processing of diagnostic data, in the statistical-mathematical methods,
percentage analysis and frequency distribution were used. The results
obtained through the use of empirical and statistical-mathematical methods
revealed that the relationship between teacher and students in the teaching
and learning process of the students in the 6th Class of4February/ Cunhinga
School Complex is weak. Therefore, based on this result obtained by the
application of these methods, a proposal was structured to contribute to the
strengthening of the teacher and students relationship in the teaching and
learning process of the students of the 6th Class of 4February/Cunhinga
School Complex.
INDICE Pág

INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA SOBRE A RELAÇÃO
PROFESSOR E ALUNOS NO PROCESSO DE ENSINO E 8
APRENDIZAGEM DO ENSINO PRIMÁRIO.
Evolução histórica sobre a relação professor e alunos no
1.1 8
processo de ensino e aprendizagem do ensino primário.
Concepções sobre a relação professor e alunos no processo de
1.2 13
ensino e aprendizagem no ensino primário.
Caracterização do processo de ensino e aprendizagem no
1.3 21
contexto Angolano relativamente a relação professor e alunos.
Caracterização psicológica dos alunos da 6ª classe no contexto
1.4 25
Angolano.
CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA DO
32
DIAGONÓSTICO E PROPOSTADE ACTIVIDADES DIDÁCTICAS.
2.1 População e amostra 32
Análise dos resultados do diagnóstico tendo em conta os
2.2 33
instrumentos aplicados
2.3 Fundamentação da proposta de actividades didácticas 41
Proposta de actividades didácticas para fortalecer a relação entre
professor e alunos no processo de ensino e aprendizagem dos
2.4 44
alunos da 6ª Classe do Complexo Escolar 4 de
Fevereiro/Cunhinga.
CONCLUSÕES 52
RECOMENDAÇÕES 53
BIBLIOGRAFIA

APÊNDICES
ANEXOS
INTRODUÇÃO

O homem como ser social, tem a necessidade de se relacionar com os seus


semelhantes para desenvolver a sua personalidade e produzir
conhecimentos, fruto da sua actividade. Uma sociedade desenvolve-se
através de um processo de transmissão cultural de geração para geração
caracterizada como educação.

A educação enquanto fenómeno social e universal que acontece em


variados momentos da sociedade, tem como fim proporcionar aos seres
humanos uma participação nas actividades sociais enquanto resultado do
seu trabalho, bem como, na sua construção e desenvolvimento.

O acto de ensinar e aprender é um processo essencialmente social, pois, a


relação entre quem ensina e quem aprende tem sempre como repercussão
aprendizagem em seus variados momentos a luz de Bruner (2000) citado
por Souza (2007). Assim, ao professor cabe a responsabilidade de valorizar
cada vez mais a interacção que deve haver entre ele e seu aluno, pois se vê
nesta interacção um processo de intercâmbio dos conhecimentos, ideias e
valores que actuam directamente na formação da personalidade enquanto
ser humano.

As constantes transformações políticas, sociais e económicas que tem


acontecido nos últimos séculos implicaram a necessidade de focar as
atenções a educação e a formação de valores que permita as novas
gerações enfrentar os desafios do momento. Assim, Angola, face à estas
transformações, que vão acontecendo no momento actual, cabe ao governo
propor novos desafios no processo de ensino e aprendizagem, em todos os
seus níveis de educação essencialmente para o ensino primário que
constitui a base fundamental para a continuidade em outros níveis de
ensino.

O ensino primário é um subsistema de ensino unificado de seis anos, que


constitui a base do ensino geral, tanto para a educação regular como para a
educação de adultos, sendo o ponto de partida para os estudos do nível
secundário.
O estado angolano a partir do sistema de educação e ensino tem feito
bastantes esforços a fim de melhorar a qualidade de educação e ensino no
país, sendo o desafio maior de aperfeiçoar todo o seu sistema, dando maior
importância ao processo de ensino e aprendizagem.

O processo de ensino e aprendizagem é uma das principais prioridades


dentro do sistema educativo. Pois, A lei nº 17/16 de 7 de Outubro do sistema
de educação e ensino, de uma forma geral, enfatiza que o processo de
ensino e aprendizagem visa preparar o indivíduo integralmente para as
exigências da vida individual e colectiva.

O relacionamento humano, mesmo sendo complexo, constitui um elemento


base na realização comportamental e profissional de um indivíduo. Desta
forma, a abordagem sobre a relação professor e alunos envolve intenções e
interesses, sendo a mesma um eixo de consequências que surgem no
ambiente escolar ou no próprio processo de ensino e aprendizagem,
praticamente a educação é uma das fontes fundamentais do
desenvolvimento comportamental e elemento agregador de valores nos
membros de uma sociedade.

A interacção estabelecida entre o ensino e aprendizagem com maior ênfase


a relação entre professor-aluno se caracteriza pela selecção, preparação,
organização e sistematização didáctica dos conteúdos para facilitar o
aprendizado dos alunos (Brait, et al, 2010).

A relação entre professor-aluno no ensino e aprendizagem depende


fundamentalmente, do ambiente estabelecido pelo professor, da relação
empática com seus alunos, de sua capacidade de ouvir, reflectir e discutir o
nível de compreensão dos alunos e da criação das pontes entre o seu
conhecimento e o deles.

O professor deve saber que enquanto mediador do processo, ele e os


demais aprendem em conjunto. Nesta senda, tanto o professor, quanto o
aluno necessitam de recorrer a métodos e técnicas, em virtude do processo
de construção dos seus próprios saberes e exigir análise, síntese,
interpretação dos conteúdos, factos e situações, isso para além da
experiência de vida.
Muitos professores no Ensino Primário se posicionam com autoridade
excessiva diante de seus alunos. Se o ensino é a orientação da
aprendizagem visando a construção do conhecimento, a autoridade do
professor na sala de aula deve ser uma autoridade amigável que estimule,
incentive, oriente, reforce os alunos, concerte as falhas e ajude a impedi-las.
Desta forma a autoridade precisa ser aquela que auxilia que descobre
alternativas, que mostra o caminho e abre perspectivas. Nunca a que pune,
inibe e dificulta os relacionamentos (Souza, 2007).

Escolhemos este tema relação entre professor-aluno, por se tratar de um


assunto actual e relevante na vida escolar no que tange ao processo de
ensino e aprendizagem, pois, é uma temática pouco abordada em nosso
contexto. Sentimos e vimos que seria muito útil pesquisar a relação entre
professor-aluno, a fim de contribuir e sugerir os melhores caminhos que nos
levam a qualidade, comprovando a importância do bom relacionamento no
processo de ensino e aprendizagem.

Em função do diagnóstico feito no decorrer do processo de ensino e


aprendizagem em algumas aulas da 6ª Classe na escola já referenciada,
comprovou-se as seguintes situação problemática:

 Existe da parte dos professores a tendência de ignorar as preocupações


dos alunos;
 Existe da parte dos professores a tendência de interromper a
participação dos alunos na aula;
 Alguns alunos se limitavam a ouvir os professores e murmuravam entre
eles pela dificuldade de exporem suas dúvidas ao professor;
 Alguns alunos não resolvem as tarefas e a maioria dos alunos que
resolve a tarefa tem dificuldade de se levantar para apresentar sua tarefa
resolvida.

Assim, em consideração das insuficiências acima constatadas, levantou-se o


seguinte problema científico:
 Como fortalecer a relação professor e alunos no processo de ensino e
aprendizagem dos alunos da 6ª Classe do Complexo Escolar 4 de
Fevereiro/Cunhinga.

Foi definido como objecto de estudo na presente investigação, o processo


de ensino e aprendizagem.

Campo de acção circunscrito na relação entre professor-aluno no processo


de ensino e aprendizagem dos alunos da 6ª Classe do Complexo Escolar4
de Fevereiro/Cunhinga.

Objectivo geral

Propor actividades didácticas para o fortalecimento da relação entre


professor-aluno no processo de ensino e aprendizagem dos alunos da 6ª
Classe do Complexo escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga

Perguntas Científicas

 Quais são os fundamentos teóricos que sustentam a relação


professor e alunos no processo de ensino e aprendizagem?
 Qual é o estado actual da relação entre professor-aluno no processo
de ensino e aprendizagem dos alunos da 6ª Classe do Complexo
Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga?
 Qual é a via que pode contribuir para o fortalecimento da relação entre
professor-aluno no processo de ensino e aprendizagem dos alunos da
6ª Classe do Complexo Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga?

Tarefas da Investigação

 Fundamentação teórica da relação entre professor-aluno no processo


de ensino e aprendizagem.
 Caracterização do estado actual da relação entre professor-aluno no
processo de ensino e aprendizagem dos alunos da 6ª Classe do
Complexo Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga.
 Proposta de actividades didácticas para contribuir no fortalecimento
da relação entre professor-aluno no processo de ensino e
aprendizagem dos alunos da 6ª Classe do Complexo Escolar 4 de
Fevereiro/Cunhinga

A investigação desenvolveu-se em função dos seguintes métodos:

- De nível teórico:

Empregou-se o histórico-lógico - para caracterizar os estudos efectuados


ao longo dos tempos sobre a relação entre professor-aluno no processo de
ensino e aprendizagem.

Análise-síntese - interpretar os factos de forma profunda a partir de


diferentes bibliografias. Partir do todo as partes ou mesmo das partes ao
todo.

Indutivo-dedutivo - permitiu fazer um estudo analítico da relação professor


e alunos de forma particular e geral, através de princípios, teorias
consideradas verdadeiras seguindo uma base lógica.

- De nível empírico:

Análise documental – foi utilizado para realizar uma análise dos


documentos que regem o processo de ensino e aprendizagem
perspectivando a sua contribuição na relação entre professor-aluno.

Observação - contemplar o andamento do processo de ensino e


aprendizagem dos alunos da 6ª classe relativamente a relação entre
professor-aluno.

Entrevista -realizada na base de um questionário, para a obtenção de


informações sobre as atitudes do professor para com os seus alunos,
concretamente naqueles aspectos mais influenciadores do PEA como o
diálogo, a interacção, a participação e o afecto nas aulas.

Inquérito - foi empregue com a pretensão de questionar e constatar os


alunos da 6ª classe sobre como decorre o processo de ensino e
aprendizagem em particular a relação entre professor-aluno.

- De nível matemático:
Estatístico - este teve como objectivo definir a população e amostra
representando em gráfico e tabela e também com este método se realizou a
análise numérica dos principais resultados da investigação.

Contributo Prático

O trabalho de fim de curso realizado tem como contributo prático as


actividades didácticas, estas que são dinâmicas, desenvolvedoras,
facilitadoras, participativas, organizadas e compreensivas que foram
elaboradas com a pretensão de fortalecer e dinamizar a relação professor e
alunos no processo de ensino e aprendizagem dos alunos da 6ª Classe do
Complexo Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga.

Modelo e tipo de investigação e sua perspectiva geral

O modelo de investigação se baseou no qualitativo, pois este é o método


que visa focar o carácter subjectivo do objecto analisado, estudando as suas
particularidades e experiências individuais. O tipo de investigação aqui
apresentada é descritiva, ela tem o objectivo de descrever as
características de uma população, um fenómeno ou experiência para um
estudo realizado.

Estrutura do trabalho

O trabalho estrutura-se em introdução, dois capítulos, conclusões,


recomendações, bibliografia, apêndices e anexos. Na introdução se
apresenta o desenho teórico constando à problemática que levou a
investigação, justificativa entre outros elementos essenciais do mesmo. No
capítulo 1 estão os fundamentos teóricos relacionados à relação entre
professor-aluno no processo de ensino e aprendizagem do ensino primário.
No Capítulo 2 que se refere à fundamentação metodológica estão
caracterizados os dados sobre a população e amostra, os dados do
diagnóstico, a fundamentação da proposta e a proposta. Por fim as
conclusões, as recomendações, a bibliografia, os apêndices e os anexos
para facilitar a compreensão do leitor.
CAPÍTULO 1: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA SOBRE A RELAÇÃO
PROFESSOR E ALUNOS NO PROCESSO DE ENSINO E
APRENDIZAGEM.

Neste capítulo abordam-se as tendências históricas, bases teóricas e


metodológicas sobre a relação professor e alunos no processo de ensino e
aprendizagem no ensino primário. Com o levantamento bibliográfico e a
escolha de informações, relativamente aos diferentes autores que abordam
às bases teóricas, definições, conceitos e actividades muito importantes no
desenvolvimento dos alunos no ensino primário, quanto ao assunto que diz
respeito à relação professor e alunos no processo de ensino e
aprendizagem.

1.1. Algumas considerações sobre o processo de ensino e


aprendizagem.

Historicamente ensinar e aprender são processos antigos que vêm


acompanhando o desenvolvimento do homem em suas distintas acções.
Nas comunidades primitivas já se transmitiam conhecimentos mesmo não
existindo escolas, pois, imitar era a forma fundamental desta transmissão de
conhecimentos. As crianças imitavam os adultos nas suas diferentes
actividades, assim elas aprendiam viver em comunidade.

No decorrer da história da humanidade, o ensino e aprendizagem foram


adquirindo cada vez mais importância. Por isso com o passar do tempo
muitas pessoas começaram a se dedicar exclusivamente as tarefas
relacionadas com o ensino. Também surgiram as instituições escolares
voltadas para essas tarefas (Piletti, 2004).

Muitos pesquisadores consideram o ensino e a aprendizagem termos


inseparáveis na construção do conhecimento. Assim, não se pode
compreender a importância do primeiro, sem reconhecer o significado a que
o segundo nos remete nessa construção.

Da antiguidade até o início do século XIX, predominou na prática escolar


uma aprendizagem do tipo passivo e receptivo. Aprender era quase
exclusivamente memorizar. Nesse tipo de aprendizagem, a compreensão
desempenhava um papel muito reduzido. Baseava-se na concepção de que
o ser humano era semelhante a um pedaço de cera ou argila húmida que
podia ser modelado à vontade (Haydt, 2011).

Na visão da autora, esta forma de aprendizagem a que se refere, foi


praticada na escola tradicional, a qual, focava simplesmente na reprodução
de conhecimentos decorados pelos alunos. Nela a prioridade era decorar e
não compreender o que se falava ou se escrevia, em consequência disso, o
aluno repetia as respostas mecanicamente sem usar sua inteligência nem
criatividade, não tomava parte de sua elaboração, concretamente não
reflectia sobre o assunto estudado.

Com este facto, as relações no processo de ensino e aprendizagem na


antiguidade, em muitos casos, não favoreciam os interesses dos alunos. A
escola tradicional desenvolveu-se no século XIX e é a principal protagonista
deste modelo de prática escolar onde não se questionava a autoridade e
nem se discutiam as decisões. O protótipo de professor era caracterizado
pelo seu estilo de agente burocrata e autoritário, cuja principal preocupação
era o controlo da aplicação de normas, dos programas e ordens
provenientes do ministério (Leão, 1999).

Neste modelo, as preocupações da escola estavam centradas na vontade do


aluno, em que na memória deste reter as ordens, recomendações, assim
como na disciplina, obediência e no espírito de trabalho.
Como as iniciativas cabiam ao professor, o importante era contar
com um professor razoavelmente bem preparado. Assim as
escolas eram organizadas em formas de classes, cada uma
contando com um professor que expunha as lições que os alunos
seguiam atentamente e explicava os exercícios que os alunos
deveriam realizar disciplinadamente (Saviani 1991, p.18)

Partindo desta ideia, entende-se que a instrução magistral e a transmissão


compulsória da cultura são tendências importantes nesse modelo de escola,
em que a relação professor e alunos acabava por ser uma relação de
domínio: o superior-professor, que sabe, ensina ao inferior-aluno que
aprende mediante a instrução. “O professor fala aquilo que sabe sobre
determinado assunto e espera que o aluno saiba reproduzir o que ele lhe
disse” (Piletti, 2004, p.29). Logo, o clima que se cria é de forte disciplina,
ordem, silêncio, atenção e obediência em relação aos valores vigentes.

Neste modelo, a relação professor e alunos era centrada na autoridade do


professor, conforme afirma o autor, que:

O relacionamento professor-aluno — Predomina a autoridade do


professor que exige atitude receptiva dos alunos e impede
qualquer comunicação entre eles no decorrer da aula. O professor
transmite o conteúdo na forma de verdade a ser absorvida; em
conseqüência, a disciplina imposta é o meio mais eficaz para
assegurar a atenção e o silêncio. (Luckesi, 1994, p.57)

O papel do gestor consistia, essencialmente, em verificar se o professor é


eloquente e domina as matérias que ensina; se o aluno aprendeu os
conhecimentos e os reproduz com rigor; se existe silêncio e disciplina na
sala de aula; se o estilo de trabalho pedagógico favorece a mais ampla e
activa participação do aluno no processo de aprendizagem ou mesmo na
sua própria aprendizagem.

Ao longo desta época muitos grandes filósofos e educadores como:


Sócrates, Coménios, Pestalozzi, Herbart, Dewey, entre outros, exortavam os
mestres a dar mais ênfase a compreensão e elaboraram diferentes teorias
implicadas no acto de conhecer, que se repercutia na pedagogia. Com isso
eles tentaram explicar e reflectir a essência da compreensão em detrimento
da memorização. Pretendiam tornar o ensino mais estimulante e adaptado
aos interesses dos alunos e suas reais condições de aprendizagem.

A partir destas concepções a escola tradicional mostrou-se cada vez mais


ineficaz, o que originou uma série de apreciações desfavoráveis e com isso
foi dando origem a uma nova tendência de educação (Piletti, 2004). Esta
tendência ficou denominada como escola nova, que surgiu no princípio do
século XX, a fim de reagir contra os princípios da escola tradicional. Trata-se
de um sistema de escola aberta e descentralizada, onde são valorizadas as
interações com o meio social e se procura enriquecer as vivências dos
alunos, incorporando nos currículos a cultura circundante. Fala-se pouco em
disciplina, mas muito em convivência dando importância à participação, à
autogestão e à auto responsabilidade (Leão, 1999).

Neste modelo, o aluno era visto como o centro e o protagonista do processo


de ensino e aprendizagem, o professor como orientador do processo
educativo, não transmissor de saberes. Pois, defendia-se a modernização e
actualização da relação professor e alunos favorecendo o pleno
envolvimento dos agentes discentes na construção de sua própria
aprendizagem.

O professor conduz o processo de aprendizagem partindo da experiência do 
aluno, da observação, da manipulação, de actividades sobre realidades conc
retas.”Não há lugar privilegiado para o professor; antes, seu papel é auxiliar
o desenvolvimento Livre e espontâneo da criança; se intervém, é para dar
forma ao raciocínio dela” (Luckesi, 1994, p.58). Assim, para complementar
“só o aluno pode descobrir e realizar certezas que apenas a ele pertencem.
O professor, no entanto, deve estar atento ao acontecimento, fazendo
perguntas, sugerindo respostas e meios, corrigindo desvios, orientando
[...]”conforme acrescenta (Veiga, 2012, p.183).

O tipo de ensino que se realizava na escola nova era difícil, tudo porque,
implicava custos muito mais elevados com relação a escola tradicional.
Precisava de salas de aulas equipadas com os mais modernos meios de
ensino adequados a realidade doalunos; Obrigava para o aluno, além de
informações que recebia da escola, também buscar ou investigar
informações em fontes diversas a fim de actualizar e diversificar os saberes
e ao professor se exigia os melhores métodos e técnicas de ensino que
possam facilitar a aprendizagem do aluno, também promover uma relação
pedagógica que estimule, encoraje e desperte o interesse em aprender no
aluno.

Sendo assim, com estas exigências, a escola nova passou a abranger


apenas a pequenos grupos de elite, originando consequências mais
negativas do que positivas, uma vez que provocando o afrouxamento da
disciplina, e a transmissão de conhecimentos, acabaram por rebaixar o nível
de ensino destinado às camadas populares, as quais muito frequentemente
tem na escola único meio de acesso do ensino elaborado. Em
compensação, a escola nova fez um aperfeiçoamento a qualidade de ensino
destinada às elites. Saviani (sd) apud Piletti (2004)

Em função desta situação, a escola actua, assim, no aperfeiçoamento da


ordem social vigente (o sistema capitalista) e muitas outras teorias, modelos
foram ganhando espaço, com o intuito de dar sustento e auxílio ao modelo
de escola nova. Até aos dias de hoje em muitas realidades educativas
permanece o modelo de escola nova que coloca o aluno no centro das
atenções, mesmo que existam vestígios do modelo tradicional.

Para o modelo actual, como Rogers alerta que “ninguém ensina ninguém”.
Podemos possibilitar a aprendizagem, mas o indivíduo é que aprende o
importante não é o ensino, mas a aprendizagem. O professor facilita
aprendizagem e ajuda no crescimento do aluno. O professor numa relação
de ajuda vai permitindo ao aluno um melhor conhecimento de si e a tomada
de consciência de seu valor e de suas necessidades. O papel do professor
não é apenas transferir conhecimentos para a mente do aluno, mas construir
um ambiente simpático onde haja comunicação livre e onde todos possam
se comunicar com autenticidade e sem medo de pressões.

Nesta linha de ideias e pensamentos os autores da presente investigação


acreditam que entre os caminhos a serem percorridos para a promoção do
ensino e da aprendizagem no ensino primário, está à relação entre o
professor e os alunos, mesmo se submetendo a regras, objectivos, esta
interação transforma-se no ponto central do processo de ensino
aprendizagem. “A relação docente é o núcleo do exercício profissional do
professor. Uma boa relação beneficia a educação do educando na
generalidade e também o desenvolvimento” (Kuenhe, 2017, p.119)

Considerando este argumento, no processo de ensino e aprendizagem o


professor sendo a personalidade com um vínculo directo ao aluno, deve
saber que qualquer uma de suas atitudes podem se repercutir no aluno, pois
o aluno vê o professor como um espelho o qual se inspira. Assim estaríamos
de acordo com Veiga (2012) quando diz o professor deve dar conta que ele
próprio é também matéria de sua exposição.

Por isso ele não é só por aquilo que diz ou ensina, mas também por aquilo
que ele é. Antes de partir para o aluno é necessário que o professor seja um
exemplo para ele, não se recomenda exigir ou insistir no aluno que seja
tolerante e solidário quando o professor não o é (Kuenhe, 2017).

O processo de aprender tem muita influência na relação directa saber-aluno;


aqui o professor torna-se o organizador de situações, de condições externas
de aprendizagem, através das quais coloca directamente em contacto o
saber e alunos, desempenhando o papel de mediador. Logo, "o assunto
ensinar e aprender de uma forma sistemática significa abordar a
problemática das relações entre o sistema de ensino do professor e o
sistema de aprendizagem do aluno” segundo (Altet, 1997, p.23).

O aluno necessita do professor para que este o oriente na sua


aprendizagem, não é possível aprender sozinho, o aluno aprende com a
intervenção do professor. “As nossas metas e os nossos sonhos precisarão
da interação e cooperação das outras pessoas” (Monteiro, 2018, p.57). O
processo de ensino e aprendizagem é um intercâmbio de conhecimentos,
pois, de certa forma o professor sempre aprende algo com o seu aluno, na
medida em que reconhece que esse aluno traz consigo um mundo particular,
cheio de conhecimentos singulares, que adquiriu no seu ambiente familiar,
no seu grupo social.

Numa das suas abordagens Rousseau (sd) ao criticar sistema de ensino


tradicional aconselhava que “com a criança é preciso perder tempo para
ganhar tempo”, para ele à relação professor e alunos deve ser de
camaradagem, o papel do professor consiste em fornecer condições
necessárias de aprendizagem, ele não ensina apenas facilita, orienta e
assume uma função de mediador da aprendizagem e o papel do aluno
consiste em ser activo, voluntário, empenhado, mas também tenaz.

Em suma, a relação professor e alunos, depende fundamentalmente do


clima estabelecido pelo professor, de sua capacidade de ouvir, reflectir e
discutir o nível de compreensão dos alunos, deixar que os mesmos
contribuam com opiniões, pontos de vista durante as aulas, gerando uma
ponte entre ambos os conhecimentos.

1.2. Concepções sobre a relação professor e alunos no processo de


ensino e aprendizagem no ensino primário.

Desde o primeiro aparecimento de grupos que se relacionavam entre


sidando o surgimento da ideia do que seria educação e da origem daqueles
que são considerados os primeiros mestres, iniciava o processo educativo e
as relações interpessoais. (Tardiff & Gauthier, 2010)

Pois, o começo deste processo levou a criança aprender por intermédio de


sua participação na rede de relações que constitui a dinâmica social.
Praticamente, convivendo com pessoas, seja com adultos ou com seus
colegas, grupos de brinquedo ou de estudo, assim como com professor, a
criança chega a assimilar conhecimentos e desenvolve hábitos e atitudes de
convívio social, como a cooperação e o respeito humano.

Assim, cada classe constitui um grupo social. Dentro desse grupo, que
ocupa o espaço de uma sala de aula, a interação social se processa por
meio da relação professor e aluno e da relação aluno e aluno. É no contexto
da sala de aula, no convívio diário com o professor e com os colegas, que o
aluno vai paulatinamente exercitando hábitos, desenvolvendo atitudes,
assimilando valores.

Na base destas ideias pode-se dizer que a palavra relação é um termo muito
abrangente que possui variados significados, dentre eles a ligação entre
pessoas, convivência, conhecimentos recíproco de pessoas, trato, pessoa
com que se convive, interação pessoal. Na perspectiva educacional ou no
processo de ensino e aprendizagem sendo o aluno e o professor elementos
integrantes e fundamentais dos componentes pessoais precisam estar
interligados um ao outro a fim de fazer acontecer o binómio ensino-
aprendizagem. Monteiro (2018), afirma que quando alguém se conecta ao
outro, a fim de aprender recebe imputes que precisa para chegar longe. Para
ele, aquilo que nós temos, os outros têm e aquilo que os outros precisam,
nós temos e assim vice-versa com isso geramos uma interdependência e a
cooperação mútua.

Entre tanto, a relação interpessoal no processo de ensino e aprendizagem é


muito importante, tudo porque esta determina o andamento do processo. O
processo ensino e aprendizagem só pode ser analisado como uma unidade,
pois ensino e aprendizagem são faces da mesma moeda; nessa unidade, a
relação interpessoal professor e alunos é um facto determinante (Mahoney,
Almeida, 2005).

O aluno é aquele que aprende um determinado conhecimento através de


diferentes situações organizadas, pois, este conceito é aplicado em diversos
contextos deaprendizagem, o dicionário de língua portuguesa conceptualiza
como alguém que aprende algo, educando, discípulo, aprendiz. É importante
que o professor conheça quem é o aluno? Como ele aprende? Que atitudes
deve adoptar para lidar com ele? Antes de partir primeiro para o conteúdo.

Como já se afirmou anteriormente, o aluno é o centro do processo de ensino


e aprendizagem, logo, o professor deve prestar a maior atenção a ele.
“Segundo a concepção de ensino da escola nova a iniciativa desloca-se para
o aluno e o centro da acção educativa situa-se na relação professor-alunos.
A questão pedagógica é aprender a aprender” (Piletti, 2004, p.31)

Se o processo de ensino organiza-se em situar o aluno no centro de toda


acção educativa convertendo-o em sujeito activo de sua própria
aprendizagem, a concepção deste percurso será mais flexível. Passa a
incluir temáticas de interesse e organização do conteúdo com carácter
globalizador que possibilita a escola construir o seu próprio percurso em
estreita relação com o contexto sociocultural e os interesses e necessidades
do aluno, contando com a sua participação na solução dos problemas.

O aluno através da sua interação dinâmica, com a sua actividade


independente sobre o objecto da aprendizagem, constrói por si só o seu
conhecimento, embora sempre sobre a orientação do professor. Se a sua
actividade for devidamente orientada e motivada através de estímulos
positivos, pode se esperar uma nova aprendizagem nos alunos.

Assim, Colocar o aluno no centro do processo de ensino e aprendizagem


exige para o professor conhece-lo profundamente em toda a sua
originalidade e em cada uma de suas fases ou etapas da sua vida, através
da lei da individualização, se adapte às características próprias do aluno e
ao seu ritmo de aprendizagem. (Veiga, 2012)

A questão de aprender esta relacionada com o aluno, enquanto a questão


de ensino cabe ao professor, mesmo assim não se descarta a possibilidade
de que o professor com o aluno, enquanto ensina também aprende. Logo,
esta ligação que se faz um ao outro no campo educacional, tem como
resultado a aprendizagem.

Entretanto, todas as estratégias, métodos do professor visam fazer funcionar


as experiências anteriores do aluno para lhe conduzir a uma nova
aprendizagem. A aprendizagem é o processo que se vê reflectido na
mudança de potencialidades do comportamento ou conduta do indivíduo em
forma relactivamente permanente, será o resultado da prática sendo este o
factor básico para a mesma.

Muitos autores e diferentes teorias enfatizam variadas concepções sobre


aprendizagem.Piletti (2004) argumenta que aprendizagem não é apenas um
processo de aquisição de conhecimentos, conteúdos ou informações. Ele
considera que as informações são muito importantes, mas precisam passar
por um processamento muito complexo, a fim de se tornarem significativas.
Ainda assim ele acrescenta que todas as informações, todos os dados de
experiências devem ser trabalhados de maneira consciente e crítica, por
quem os recebe.
Na perspectiva de Schmitz (s.d) apud (Piletti, 2004, p.31) “a aprendizagem é
um processo de aquisição e assimilação mais ou menos consciente, de
novos padrões e novas formas de perceber, ser, pensar e agir”. Para Haydt
(2011) A aprendizagem é a mobilização dos esquemas mentais do indivíduo,
que o leva a participar activa e efectivamente da acção de adaptar-se ao
meio quer pela assimilação, quer pela acomodação.

Por sua vez, Gagné define como a modificação na disposição ou capacidade


do indivíduo. Ainda, na visão de Conneil a aprendizagem é uma mudança de
comportamento ligada a sucessivas repetições de uma situação e a
repetidos esforços dos indivíduos. Por fim Falcão sublinha que
aprendizagem é uma modificação relativamente duradoura do
comportamento tendo em conta o treino, experiências e observações.

Diante destas diferentes definições, partindo da unanimidade dos autores


em que todos focam praticamente a mudança de comportamento. Os
autores do presente trabalho assumem a definição de Schmitz apud Piletti.
Julga-se ser a mais completa, porque leva a entender que este processo de
aprender implica de uma ou doutra forma a acção de modificação do
comportamento para o indivíduo ou a criança, de qualquer maneira a criança
que aprende um determinado conhecimento já não se torna a mesma, muda
a sua forma de perceber as coisas, ser, pensar e agir.

Onde há aprendizagem é porque existe o ensino para motivar a


aprendizagem orientá-la dirigi-la. Piletti (2004) ensinar é descobrir o gesto de
colocar ou gravar conhecimentos, ideias e informações na cabeça do aluno.
Ensinar é procurar descobrir interesses, gosto, necessidades e problemas
do aluno, escolher conteúdos, técnicas e estratégias, prover materiais
adequados e criar ambiente favorável para o estudo e aprendizagem como
processo, através do qual uma nova informação se relaciona como um
acontecimento do indivíduo. (Karling 1991).

Portanto, é importante ressaltar que o ensino depende de quem quer


aprender “não se pode fazer beber um burro que não tem sede” diz um
provérbio judicioso. Do mesmo modo, não se pode fazer alguém ouvir ou
trabalhar, ainda mais uma criança, sem ter suscitado na pessoa um
interesse, ou seja, uma necessidade do saber agir. “Para que alguém
aprenda é necessário que ele queira aprender. Ninguém consegue ensinar
nada a uma pessoa que não quer aprender” (Piletti, 2004, p.33).

A partir destas concepções, sobre o ensino, alguns pesquisadores


procuraram desenvolver diferentes teorias sobre o ensino, procurando
discutir e sistematizar o processo de organização das condições para a
aprendizagem.

O ensino, para Bruner (1971, citado por Bock, Furtado & Teixera, 2001),
envolve a organização da matéria de maneira eficiente e significativa para o
aprendiz. Assim, o professor deve preocupar-se não só com a extensão da
matéria, mas, principalmente,com sua estrutura.

Isso significa dizer que ao ensinar principalmente as crianças deve-se partir


em primeiro lugar as ideias mais gerais, elementares e essenciais da
matéria. O desenvolvimento de uma aula deve começar num ponto mais
geral que vai se desenrolando até ao ponto chave, sempre dosconceitos
mais gerais para os particulares, aumentando gradativamente a
complexidade das informações. Por exemplo, em Música é necessário
começar pela noção som, voz, em Estudo do meio pela noção da vida e em
História pelas noções de Homem, Natureza e Cultura. (Bock, Furtado &
Teixera, 2001)

O processode ensino é uma actividade conjunta de professores e alunos


organizada sob a direcção do professor com a finalidade de prover as
condições e meios pelos quais os alunos assimilam activamente
conhecimentos, habilidades, convicções. (Libâneo 2006)

O professor é aquele que professa ou ensina, num sentido mais amplo


podemos dizer que o professor é aquele que favorece, que propicia, que
fortalece a própria aprendizagem do aluno, além de ser um grande
facilitador, orientador, guia e mediador do processo de ensino e
aprendizagem. A expressão ensino ou mesmo processo de ensino nos leva
a diversos factores entre eles a prática do professor, pois para que haja um
bom relacionamento entre professor e alunos, é necessário que haja um
professor eficaz na sua prática.
Silva (1992, apud Galvão, 2002), na tentativa de fundamentar uma definição
de professor eficaz, referencia diversos autores como (Guarnieri, 1990;
Lellis, 1989; Kramer & André, 1986; Libâneo, 1984; e Mello, 1982) que
referem algumas características básicas desse professor. Três aspectos são
comuns a todos os estudos consultados: domínio do conteúdo e
metodologia; envolvimento e apropriação da realidade dos alunos; e carácter
reflexivo do trabalho docente.

Assim, para Veiga (2012) Ninguém nem nada tem tanta influência na
aprendizagem como o professor. Por isso ele deve ter sempre presente duas
coisas:

 Saber ensinar e saber comunicar, juntamente com o conteúdo, gosto e o


interesse por aquiloque se ensina.
 Os alunos, sobretudo os mais novos, estudam mais pelo professor do
que pela cadeira em si; isto é, mais por associação simpática e afectiva
com a pessoa que ensina do que pelo conteúdo em si mesmo.

Para tal, na sala de aula o professor deve ser e agir como um líder a fim de
manter um ambiente de satisfação, simpatia, disciplina e afecto entre ele e
os alunos. Logo, Pilleti(2004) fez menção a três tipos de liderança que são:

 Liderança autoritária: é aquela que tudo o que deve ser feito é


determinado pelo líder.
 Liderança democrática: é aquela que todas as actividades são objecto
de discussão e decisão do grupo.
 Liderança Permissiva: é aquela que o líder desempenha um papel
muito passivo dando liberdade completa ao grupo de indivíduos, a fim de
estes determinem suas próprias actividades.

Segundo este autor em consideração ao estudo experimental para verificar o


comportamento de cada tipo de liderança sobre o comportamento e
aprendizagem dos meninos de onze anos, realizado por Kurti Lewin e seus
colaboradores, salienta que a liderança democrática é a mais importante.
Porque as decisões são partilhadas ou discutidas, há mais liberdade e
responsabilidade para a condução da actividade.
Concordando com este autor, sobre a liderança democrática, é preciso criar
sempre em sala de aula ambientes de discussão trocando ideias, opinar e
optar sempre em decisões em grupo.

O professor e o aluno são partes fundamentais no processo educativo.


Assim, não se deve considerar somente a relação professor e alunos, mas
também a relação aluno e aluno, uma vez que a construção do
conhecimento se dá colectivamente (Vygotsky, 1989).

Ao contrário de Vygotsky, Piaget coloca que o aprendizado é individual,


sendo construído a partir das estruturas mentais que cada indivíduo já
possui. Entretanto, sobre a relação professor e alunos, Piaget afirma que
uma boa relação só se dará com a cooperação de ambos. Ou seja, é por
meio do debate e discussão que o processo do desenvolvimento cognitivo
se constrói (1996).

Como consequência dessa cooperação, haverá a descentralização, a


socialização, a construção de um conhecimento racional e dinâmico por
ambas as partes, sendo que a produção dos alunos passa a fazer parte do
processo de ensino e aprendizagem, buscando compreender o significado
do processo e não só o produto.

Ainda sobre a relação professor e alunos, Piaget (1996) coloca que essa
relação tem que ser baseada no diálogo, onde os chamados erros dos
estudantes passam a ser vistos como integrantes do processo de
aprendizagem. Isso se dá porque à medida que o aluno erra o professor
consegue ver o que já se está sabendo e o que ainda deve ser ensinado.
Sendo o professor que realiza e concretiza a prática pedagógica, sua
intervenção no processo de ensino e aprendizagem, na sala de aula,
objectivará promover situações que contribuam para o bom andamento do
trabalho colectivo realizado na sala, tendo como base o diálogo.

De acordo com Haydt (2011) realça o diálogo como forma fundamental na


relação professor e alunos, em que esta começa com um problema
considerando as experiências anteriores dos alunos:

Na relação professor-alunos. O diálogo é fundamental. A atitude


dialógica no processo ensino-aprendizagem é aquela que parte de
uma questão problematizadora para desencadear o diálogo, no
qual o professor transmite o que sabe, aproveitando os
conhecimentos prévios e as experiências anteriores do aluno.
Assim, ambos chegam a uma síntese que elucida, explica ou
resolve a situação-problema que desencadeou a discussão.
(Haydt, 2011, p.63)

Assim, quanto mais o professor compreender a dimensão do diálogo como


postura necessária em suas aulas, maiores avanços estará a conquistar em
relação aos alunos, pois desse modo, sentir-se-ão mais curiosos e
mobilizados para transformarem a realidade. Quando o professor actua
nessa perspectiva, ele não é visto como um mero transmissor de
conhecimentos, mas como um mediador, alguém capaz de articular as
experiências dos alunos com o mundo, levando-os a reflectir sobre seu
entorno, assumindo um papel mais humanizador em sua prática pedagógica.

O professor deve saber que a questão do afecto na relação com o aluno é


um outro aspecto fundamental. Ao demonstrar a relação de afecto pelos
alunos contribui para que estes se sintam mais seguros e aprendem com
maior facilidade. De acordo com Morales (1998, p. 61) “a conduta do
professor influi sobre a motivação, afectividade e a dedicação do aluno ao
aprendizado”. Assim, o professor ao reforçar a auto-confiança dos alunos,
contribui para manter uma atitude de respeito e cordialidade em sala de
aula, que se reflecte no meio social.

Nessa perspectiva, a emoção é manifestação do campo afectivo e


expressão dos sentimentos. Conforme Chalita (2004), as emoções são
essências para a aprendizagem e ressalta que o professor é um incentivador
do aluno a se dedicar e buscar resultados significativos na aprendizagem.
Para o autor: “O professor é a referência, é o modelo, é o exemplo a ser
seguido e, exactamente por causa disso, o pouco que fizer afectuosamente,
uma palavra, um gesto, será muito para o aluno com problemas” (Ibidem, p.
153).

Entretanto, o relacionamento entre professor e aluno deve ser de amizade,


de respeito mútuo, de troca, de solidariedade, não aceitar de maneira
alguma um ambiente hostil e opressor que semeie o medo e a raiva no
contexto de sala de aula. Quando todos os participantes do processo
educacional conseguem entender o poder da pedagogia, da afectividade e
todas as vantagens que a mesma traz, mais e mais alunos aprenderão com
maior facilidade e gosto acima de tudo, mais e mais professores passarão
pela vida dos alunos deixando suas marcas positivas.

1.3. Caracterização do processo de ensino e aprendizagem no


contexto Angolano relativamente a relação professor e alunos.

Angola viveu por muito tempo sob domínio colonial que terminou com a
proclamação da independência, a 11 de Novembro de 1975, desde ai, a lei
constitucional da República Popular de Angola consagrou o sistema de
educação e ensino para todos, sem distinção e com direitos iguais no
acesso a frequência aos diferentes níveis de ensino para todos os
Angolanos. A uniformização da orientação, da estrutura, planos e programas
de todo o sistema educativo, a gratuitidade e obrigatoriedade do ensino de
base, constituíram elementos fundamentais de uma nova etapa de ensino.

Decorrente da constituição de 1975 e estabelecido o princípio da


gratuitidade do ensino desembocou numa enorme explosão escolar com a
entrada massiva no ensino primário e secundário a partir de crianças,
adolescentes e jovens com variadas educações informais, diferenciadas
aptidões, motivações, interesses e com diferentes necessidades e projectos
de vida. A entrada do pessoal discente em massa necessitou do
recrutamento de professores em massa na sua maioria sem habilitações
requerida para o ensino.

A maior ênfase no novo sistema de educação e ensino deveu-se a adesão


massiva da população ás escolas, pois se em 1974 apenas cerca meio
milhão de angolanos estudavam, em 1978 esse número passou para 1,8
milhões. Estes indicadores não foram possíveis de se manter, pois que
apesar da conquista da independência, o país continuou em guerra, cujas
consequências nocivas se faziam sentir principalmente nas zonas rurais.
Inúmeras escolas foram destruídas. (Octávio, 2013)

Em consequência disso, a entrada massiva de crianças e adolescentes


oriundos de meios populares camponeses e operários trouxe uma
adversidade cultural à escola que torna completamente inadequado o
currículo até então existente, inadequação expressa nas baixas de qualidade
do ensino, expressa sobre a qualidade docente e a escassez de sala de
aula, com consequências até aos dias de hoje.

Em 1986, foi efectuado pelo Ministério da Educação um diagnóstico do


sistema de educação que permitiu fazer um levantamento das suas
debilidades e necessidades. Com base a este diagnóstico chegou-se a
conclusão da necessidade de uma nova reforma educativa e foi então
possível traçar ás linhas gerais para nortear a mesma. (Octávio, 2013)

Angola em 1990, foi enverada por um sistema multipartidário, que acarretou


mudanças na política educativa. Com isso em 1992, a situação de educação
da nova reforma piorou, estimando-se que o número de crianças em idade
pré-escolar ultrapasse os dois milhões, mas somente 1% dessas crianças
tiveram acesso ao ensino. Para atenuar o fraco poder de absorção da rede
escolar foram criados, no ensino primário, o horário triplo e turmas
pletóricas, com 60 a 80 alunos. A partir deste contexto se deram os
primeiros passos para a 2ª reforma do sistema de educação. Desde então
em 2001, a Assembleia da República de Angola aprovou a lei de base do
sistema de educação Lei nº13/01 de 31 de Dezembro a qual foi revogada
pela presente Lei nº17/16 de 7 de Outubro. (Ibidem)

Considerando a análise da estrutura do Sistema estabelecido pela Lei


nº17/16, conclui-se que as principais alterações à antiga Lei relacionam-se,
entre outras, com a gratuitidade e obrigatoriedade do ensino, que passa a
compreender as classes da Iniciação, do Ensino Primário e do Primeiro Cíclo
do Ensino Secundário, bem como a nomenclatura das instituições.Nesta
vertente, assume-se que o Subsistema de Ensino Geral é o fundamento do
Sistema de Educação e Ensino em Angola (Lei nº 17/16, art. 24.º), que visa,
de acordo com o artigo em referência, assegurar uma formação integral,
harmoniosa e sólida, necessária para uma boa inserção no mercado de
trabalho e na sociedade, bem como para o acesso aos níveis de ensino
subsequentes.
Com base a este pressuposto a educação em Angola além de um direito
também é um dever de todos os cidadãos, com a qualidade requerida para a
construção de uma nova sociedade. Sendo assim, a escola atráves do
processo de ensino e aprendizagem em todos os seus níveis de ensino e,
especialmente no ensino primário, tem a missão favorecer a formação de
personalidades capazes de influenciar com o seu saber e suas qualidades
no desenvolvimento do país.

Com isso, actualmente o Processo de Ensino e Aprendizagem é uma


importante variável para a análise do Sistema de Educação e Ensino em
Angola, um sistema perspectivado com base nos “princípios da legalidade,
da integridade, da laicidade, da universalidade, da democraticidade, da
gratuitidade, da obrigatoriedade, da intervenção do Estado, da qualidade de
serviços, da educação e promoção dos valores morais, cívicos e patrióticos”
(Lei nº17/16, art. 5.º)

Com os princípios acima já refenciados da nova lei, se notarmos, na


realidade actual, o estado Angolano persegue a qualquer custo a qualidade
de ensino eis a razão das constantes análises do Sistema. Numa
perspectiva histórico-evolutiva e funcional, de acordo com Ngaba (2012) e
Liberato (2014), permite concluir que existem avanços e retrocessos no
processo educativo angolano, que em termos de política educativa
condicionaram a sua evolução positiva bem como o seu reconhecimento ao
nível internacional e até mesmo regional.

Muitos avanços têm sido realizados desde que se começou a


implementação da reforma educativa em Angola, em 2004. Isso pode ser
constatado na ampliação da rede escolar, no recrutamento de novos
professores e na explosão da matrícula em todos os níveis de ensino. Taís
medidas têm permitido ao sistema educativo avançar no sentido da melhoria
da qualidade educativa, contemplando, por exemplo, na diminuição das
taxas de abandono escolar, reprovação e na melhoria das taxas de
conclusão. Por tanto há muito por se fazer a fim de atingir os objectivos
propostos pelo sistema de educação e o caminho é longo. (Cassinda,
Lunganga e Chitumba, 2015)
A partir desta ideia geral sobre o estado do Sistema de Educação e Ensino
em Angola, que de modo especial se realiza por meio do Processo de
Ensino e Aprendizagem, é possível compreender que, estruturalmente, está
bem concebido, se analisam todos os factores intencionais de entrada e
saída de um nível de ensino para outro. Mais precisamos perceber que no
sector de educação em Angola, ainda existem muitos problemas para serem
resolvidos, visto que a mesma não é ainda uma das melhores ou mesmo
desejável ao nível internacional.

Por isso, o maior desafio da educação em Angola hoje é o de vencer a


contradição existente em que são atribuídas culpas isoladas ou ao aluno que
não estuda, ou ao professor que não está preparado e não motiva, ou às
matérias que não são atractivas e adaptadas à realidade profissional e do
contexto de vida dos alunos, ou aos pais que não acompanham
suficientemente os filhos ou ainda ao próprio Sistema Educativo de maneira
geral. (Silva e Moisés, 2016)

Ainda em função da bibliografia consultada, Silva e Moisés (2016) afirmam


que os desafios parapromover a qualidade de ensino no país devem primar
por um estudo sistemático das partes envolvidas, porque tanto o professor, o
aluno, as matérias, a família, como o próprio sistema de ensino são
importantes para o funcionamento normal ou não do processo de ensino e
aprendizagem,atendendo aos princípios de integridade do Sistema e da
obrigatoriedade e qualidade dos serviços educativos. Para este facto implica
uma política educativa enquadrada à realidade, promovendo a formação
contínua dos professores assim como garantir meios materiais necessários
ao processo.

Com base a esta ideia, os autores da presente investigação acreditam com


estes autores na vertente de que, se o que queremos é uma educação de
qualidade necessitamos em primeira instância prestar bastante atenção a
todas as partes envolvidas no processo, não apenas apontar culpas de
forma separada, isto porque todos influenciam no geral a própria
aprendizagem do aluno. Começando pelo professor que com a sua
experiência se torna no principal influenciador da aprendizagem do aluno,
pois, precisa ter um profundoconhecimentos sobre a matéria que lecciona,
precisa conhecer seus alunos, a ele não basta apenas ensinar mais também
certificar aprendizagem.

Para tal é fundamental que o professor seja constantemente investigador


para encontrar as melhores técnicas e estratégias incentivadoras da
aprendizagem da criança. Como aconselha o grande pedagogo Veiga
(2012) o professor deve possuir a arte e a ciência. Para ele a arte é ter muito
jeito de educar.

Cabe também aos pais, não apenas matricular a criança na escola e no final
cobrar os resultados, mas acompanhá-la a todo o seu percurso prestando o
seu apoio em todas as suas dimensões. A criança principalmente no ensino
primário é bastante dependente dos pais, para tal o vínculo da escola com
os encarregados de educação é fundamental na sua formação.

Precisa-se construir uma verdadeira comunidade educativa em que todos os


agentes educativos como a família, a escola e a comunidade na sua
dimensão mais alargada participem. Por isso, é necessário repensar a
educação para que seja possível a construção de um país novo, como
afirmara José Eduardo dos Santos (2008) nos seguintes termos: “um novo
país está a nascer e com ele, há-de florescer também um cidadão novo”.
Ainda para terminar Nelson Mandela sublinhou “a educação é a principal
arma para o desenvolvimento de um país”

1.4. Caracterização psicológica dos alunos da 6ª classe no contexto


Angolano.

O sistema de ensino em Angola é composto por quatro níveis de ensino que


são: Educação Pré-escolar, Ensino primário, Ensino secundário e Ensino
superior. O ensino primário é o fundamento do ensino geral que constituindo
a sua conclusão com sucesso, que vai da 1ª classe até 6ª Classe, se torna
na condição indispensável para a frequência do ensino secundário. A 6ª
classe é a última classe onde se efectua a avaliação final dos objectivos
pedagógicos dos alunos do ensino primário.
Antes de falarmos da própria caracterização é importante ainda ressaltar que
para o ensino primário a lei que actua ou regulamenta o sistema de
educação, no seu artigo 28, define alguns objectivos específicos do ensino
primário que são seguintes:

 Desenvolver a capacidade de aprendizagem.


 Aperfeiçoar hábitos, habilidades, capacidades e atitudes tendentes a
socialização.
 Proporcionar conhecimentos e oportunidades para o desenvolvimento de
faculdades mentais.
 Estimular o desenvolvimento de capacidades, habilidades e valores
patrióticos.
 Garantir a prática sistemática da expressão motora e de actividades
desportivas.

Para entender melhor as características psicológicas dos alunos nesta fase


precisa-se primeiro entender o processo de desenvolvimento humano
segundo Piaget. Na sua teoria acerca do desenvolvimento humano os
períodos do desenvolvimento humano são divididos de acordo com o
aparecimento de novas qualidades do pensamento, o que, por sua vez,
interfere no desenvolvimento global.

 1º período: Sensório-motor(0 a 2 anos)


 2° período: Pré-operatório (2 a 7 anos)
 3º período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos)
 4º período: Operações formais (11 ou 12 anos em diante)

Segundo Piaget, cada período é caracterizado por aquilo que de melhor o


indivíduo consegue fazer nessas faixas etárias. Todos os indivíduos passam
por todas essas fases ou períodos, nessa sequência, porém o início e o
término de cada uma delas dependem das características biológicas do
indivíduo e de factores educacionais, sociais. Portanto, a divisão nessas
faixas etárias é uma referência, e não uma norma rígida.

Cavicchia (sd) reforma que a concretização ou realização dessas


possibilidades dependerá do meio no qual a criança se desenvolve, uma vez
que a capacidade de conhecer é resultado das trocas do organismo com o
meio. Da mesma forma, essa capacidade de conhecer depende, também, da
organização afectiva, uma vez que a afectividade e a cognição estão sempre
presentes em toda a adaptação humana.

Sendo assim, à luz da lei de base do sistema de educação e ensino na 6ª


classe frequentam alunos com idades compreendidas entre os 11 ou 12
anos e aqueles que não tenham terminado o ensino primário com esta
idade, ficando no intervalo de 12 a 14 anos, beneficiam de programas
específicos de apoio pedagógico para permitir a sua inclusão caso
ultrapasse os 14 anos passam para o ensino de adultos. Para Piaget o
período que vai dos 11 ou 12 em diante é chamado de operações formais
conforme já nos referimos anteriormente.

Neste período, na visão do autor, ocorre a passagem do pensamento


concreto para o pensamento formal, abstracto, isto é, o adolescente realiza
as operações no plano das ideias, sem necessitar de manipulação ou
referências concretas, como no período anterior. É capaz de lidar com
conceitos como liberdade, justiça etc. A criança domina, progressivamente, a
capacidade de abstrair e generalizar cria teorias sobre o mundo,
principalmente sobre aspectos que gostaria de reformular. Isso é possível
graças à capacidade de reflexão espontânea que, cada vez mais descolada
do real, é capaz de tirar, e a contestação é a marca desse período.

A capacidade de livre exercício da reflexão garante ao adolescente,


primeiramente, “submeter” o mundo real aos sistemas e teorias que o seu
pensamento é capaz de criar. Isto se vai atenuando de forma crescente,
através da reconciliação do pensamento com a realidade, até ficar claro que
a função da reflexão não é contradizer, mas se adiantar e interpretar a
experiência. (Bock, Furtado & Teixera, 2001)

Nos relacionamentos sociais, também ocorre o processo de caracterizar-se,


inicialmente, por uma fase de interiorização, em que, aparentemente, é anti-
social. Ele se afasta da família, não aceita conselhos dos adultos; mas, na
realidade, o alvo de sua reflexão é a sociedade, sempre analisada como
passível de ser reformada e transformada. Posteriormente, atinge o
equilíbrio entre pensamento e realidade, quando compreende a importância
da reflexão para a sua acção sobre o mundo real. Por exemplo, no início do
período, a criança que tem dificuldades na disciplina de Matemática pode
propor sua retirada do currículo e, posteriormente, pode propor soluções
mais viáveis e adequadas, que considerem as exigências sociais. (Ibidem)

No aspecto afectivo, a criança vive conflitos. Deseja libertar-se do adulto,


mas ainda depende dele. Deseja ser aceito pelos amigos e pelos adultos. O
grupo de amigos é um importante referencial para o jovem, determinando o
vocabulário, as vestimentas e outros aspectos de seu comportamento.
Começa a estabelecer sua moral individual, que é referenciada à moral do
grupo. Os interesses do adolescente são diversos e mutáveis, sendo que a
estabilidade chega com a proximidade da idade adulta.

Os 12 anos são de maior objectividade e amadurecimento, perspectivas


mais amplas para as coisas, a criança já apresenta-se como entusiasta e
impaciente, embora às vezes se mostre um tanto amorfa no pensamento e
na acção. O seu maior e mais importante problema é o trabalho escolar, tem
grande equilíbrio na sua evolução, embora sendo etapa de transição mostra-
se feliz, simpática, tranquila, amável, sincera e amigável. Mas, as vezes
manifesta sentimentos de ira, mesmo assim encontra um modo de desafogar
a irritação, são momentos breves e superficiais. Observa-se também nesta
fase uma, maior amplitude de gostos e interesses, que se manifestam em
todo o seu âmbito pessoal, familiar e social.

Mostra-se mais reflexiva perante os diferentes problemas e procura


solucioná-los sozinha, é muito responsável na organização do seu tempo e
no cuidado dos seus próprios objectos. Convém ao professor como
profissional de educação, lhe despertar o interesse com um estímulo
suficiente, já que gosta de aprender, esta idade é óptima para o uso do
material gráfico e meios audiovisuais, o que é um meio eficaz para a sua
educação e formação.

Especialmente no início deste estágio, é imprescindível que as


aprendizagens contemplem oportunidades de contar, comparar, analisar,
experimentar e rever. Uma estratégia interessante é unificar áreas para
tornar óptimaa aprendizagem.

Assim, ao leccionar na 6ª classe um temaque pode ser específico de


qualquer área, utilizar a Matemática, a Língua Portuguesa e outras áreas do
conhecimento. Por exemplo, em ciências da natureza “A importância da
água para a sobrevivência humana” pode ser trabalhado em Ciências da
natureza, enquanto pesquisa sobre a origem da água, em Língua
Portuguesa, na qual pode ser elaborado um texto sobre o assunto (grafia
correcta das palavras, parágrafos, construção de frases etc.), em
Matemática, com a realização de problemas que envolvem questões do
cotidiano (como analisar a conta de água, qual foi o gasto de um mês para
outro, análises de técnicas eficazes para a economia de água etc.).
(Rodrigues&Melchiori, s/d)

Podemos observar que Piaget (1960), ao descrever comportamentos que as


crianças estão aprendendo dos 7 aos 11, 12 anos, contempla
comportamentos descritos no exemplo acima. O autor defende que, ao final
deste período, o desenvolvimento de comportamentos descritos a seguir
deve estar instalado no repertório comportamental da maioria das crianças.
Entre eles, estão: pensamento espacial (calcular distâncias, saber ir e voltar
da escola, calcular o tempo de ir e vir de algum lugar, decifrar mapas); noção
de causa e efeito (saber que atributos afectam um resultado); classificação e
seriação (organiza objectos em categorias, em classes e subclasses);
raciocínio indutivo (parte de factos específicos, particulares, para conclusões
gerais); noção de conservação (a quantidade é a mesma independente da
forma) e habilidade para lidar com números, solucionando problemas
matemáticos envolvendo as quatro operações. (Papalia, Olds & Feldmanl,
2006)

Com essas habilidades, a criança em idade escolar está em uma fase de


grande avanço cognitivo e com capacidade para compreender os conteúdos
abordados em sala de aula. Ela apresenta também interesse em organizar
colecções e está apta a participar de jogos com regras complexas. Todo
esse processo é gradual, mas o ambiente deve oportunizar situações
sistemáticas e organizadas para que isso aconteça.

No ensino primário o aluno apresenta modificações consideráveis na sua


forma de se comportar, na sua linguagem, nas suas interacções, com os
seus companheiros e principalmente na qualidade de raciocínio. O professor
deve saber que a “cada criança é, por definição um ser original e único com
desejos, comportamentos e capacidades diferentes dos outros”(Vayer e
Trudelle, sd, p.107). Pois, a criança nesta etapa possui grande parte das
habilidades dos adultos, algumas das quais bastantes especializadas.

Conclusão parcial do capítulo I

Após a revisão e consulta de diversos autores sobre a relação professor e


alunos, permitiu perceber que não pode existir aprendizagem se não houver
uma óptima relação entre eles, daí, ser de extrema importância a relação
entre ambos. Além disso, percebeu-se que a participação e entrega dos
professores na relação com os seus alunos, determina em grande parte a
possibilidade de adaptação e permanência dos alunos na escola.
CAPÍTULO 2: FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA DO
DIAGONÓSTICO E PROPOSTA DE ACTIVIDADES
DIDÁCTICAS.

Neste capítulo aborda-se o enquadramento metodológico especificamente o


tipo e o modelo de investigação, a análise dos resultados do diagnóstico
realizado através dos diferentes instrumentos de colecta ou recolha de
dados e a contribuição das actividades didácticas elaboradas em função da
investigação sobre a relação professor e alunos no processo de ensino e
aprendizagem dos alunos da 6ª Classe do Complexo Escolar 4 de
Fevereiro/Cunhinga.

Caracterização da escola

A escola localiza-se na sede do Município do Cunhinga, 30 km a Norte da


cidade do Cuito, limitada a sul pela estrada nacional 140 e pelo projecto
habitacional 100 casas, a norte e este pelos terrenos de autoconstrução
dirigida, e a Oeste pelo comando municipal da polícia nacional.

Estrutural e funcionalmente, a escola contém 12 salas de aulas, uma


secretaria e cinco gabinetes de directores, 04 casas de banho construídas
de blocos e cobertas de chapas de zinco. Estão matriculados 717 alunos,
dos quais 80 frequentam a 6ª classe.
O organigrama da escola é constituído pelo director geral, subdirector
pedagógico e administrativo, coordenador do ensino primário, chefe de
secretaria, coordenadores de disciplinas, chefe do gabinete psicopedagógico
e professores. A escola conta no total com 15 professores, dos quais 2
leccionam a 6ª classe no período vespertino.

2.1.População e amostra

Tabela 1. Apresentação da população alvo da investigação

Tipo de Critério de
Extracto População Amostra %
amostra selecção

Direcção 5 - - - -

Professores 2 - - - -

Alunos 80 - - - -

Considerando a população acima exposta, neste trabalho não se declara a


amostra, o tipo e nem o critério de amostragem porque foram todos
elementos da população considerados acessíveis para a investigação
realizada.

2.2. Análise e processamento dos resultados do diagnóstico realizado

Para a realização do diagnóstico da relação pedagógica entre professor e


alunos no processo de ensino e aprendizagem dos alunos da 6ª Classe do
Complexo escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga, foram utilizados os métodos
empíricos, designadamente a observação, a análise documental, o inquérito
e a entrevista, incluindo os métodos matemático-estatísticos, entre os quais
a análise percentual e a distribuição de frequências cujos resultados obtido,
de maneira discriminada, se apresentam em seguida.

Análise e processamento dos resultados da análise documental

Quanto a análise documental (Vide apêndiceNº1)foram analisados os


seguintes documentos: a Lei 17/16 de 7 de outubro, que aprova o Sistema
de Educação e Ensino angolano, o Decreto Presidencial n.ᵒ 160/18 de 3 de
Julho, que aprova o Estatuto da Carreira de Agentes da Educação, o
regulamento interno da escola e o planode aula.

À luz da Lei 17/16 de 7 de outubro, […] o indivíduo desenvolve-se na


convivência humana […] e por via do sistema educativo […] se prepara de
forma integral para as exigências da vida individual e colectiva.(Pontos 1, 2 e
3 do art.2).

Nessa conformidade, segundo o Decreto Presidencial n.ᵒ 160/18 de 3 de


Julho, "o professor do ensino primário deve saber utilizar as suas
capacidades e os recursos e ter consciência dos efeitos da sua actuação na
sala de aulas e na escola"(Art.16.a)

Ainda nessa direcção,sobre a relação professor e alunos no processo de


ensino e aprendizagem, no regulamentointerno do Complexo Escolar 4 de
Fevereiro/Cunhinga(ponto 14 do art.8 e ponto 2 do art. 4),constam aspectos
relevantes quanto a este assunto, os quais explicam que os alunos devem
respeitar os professores, os membros dedirecção, os demais trabalhadores
e seus colegas. E, não obstante a esse dever, também gozam o direito de
expôr abertamente as suas ideias e inquietações aos professores ou ainda
aos órgãos próprio, exercendo a crítica e a autocrítica como factor correcto.

Nesse sentido, percebe-se que quer a Lei 17/16 de 7 de outubro, quer o


Decreto Presidencial n.ᵒ 160/18 de 3 de Julho e o regulamento interno do
Complexo Escolar 4 de Fevereiro/Cunhingaconsideram a relação
pedagógica, de maneira específica, a de professor e alunos, como sendo
fundamental no processo de ensino e aprendizagem. Mas contrariamente
aos planos de aula analisados(Vide anexo nº3), denotou-se que a relação
professores e alunos tem sido apenas circunscrita numa pseudoparticipação
dos alunos estimulada pelos professores no momento de efectuar o controlo
dos conteúdos que se tratam ao longo da aula (introdução, desenvolvimento
e conclusão).

Análise e processamento dos resultados da observação às aulas

Quanto aobservação ás aulas (Vide apêndice nº2), foi utilizada uma guia
com onze aspectos que permitiram obter os resultados descritos abaixo:
 Sobre a atenção e a escuta atenta, nas cinco aulas observadas denotou-
se que os professores em algumas vezes prestaram atenção e
escutaram atentamente as preocupações dos alunos e as atenderam;
 Em algumas vezes foi registada a participação activa dos alunos nas
abordagens desenvolvidas na sala de aulas pelos professores;
 Em algumas vezes os alunos na sala deixaram de manifestar o
comportamento de retraimento e demonstraram sentimento de liberdade;
 Os professores para além da sala de aula, nunca mantiveram conversa
alguma com muita naturalidade fora da sala de aulas com os alunos;
 Em algumas vezes alguns alunos aproximam-se aos seus professores
com muita facilidade;
 Os professores nunca estendem as suas mãos para abraçar os seus
alunos e nem para saudá-los;
 Os professores nas aulas sempre tratam os alunos com preferência de
género;
 Os alunos às vezes têm sido pontuais e assíduos tais como os seus
professores;
 Os alunos às vezes trazem as tarefas resolvidas a partir de casa;
 Na aula os professores utilizam um tom de voz alto;

Os presentes resultados, indicam a manifestação de um fraco


relacionamento entre os professores e os alunos o que influencia
negativamente na aprendizagem, pois se notou também que nas aulas a
participação dos alunos não é assim tão importante praticamente prevalece
em alguns momentos uma tendência de condicionamento da participação
dos alunos nas aulas. Nesta observação é evidente o pouco incentivo dos
professores aos alunos no que diz respeito a aprendizagem.

Análise e processamento dos resultados do inquérito aplicado aos


alunos

Na sequência foi aplicado inquérito aos alunos(Vide apêndice nº5)


composto por onze questões, que facilitou a obtenção dos resultados
descritos abaixo.
Acerca da questão que procurou saber se os professores têm prestado
atenção e escutado atentamente as preocupações de seus alunos e atende-
los, 37 alunos que representam46,25% dos inquiridosdisseram que sim têm
sido prestado atenção, escutado atentamente e visto os seusproblemas
atendidos pelos seus professores e 43 alunos que representam 53,75% dos
inquiridosdisseram quenãotêm sido prestado atenção, escutado atentamente
e visto os seus problemas atendidos pelos seus professores.

No que concerne ao incentivo dos professores aos alunos para a sua


participação activa nas aulas, 32 alunos que representam 40% dos
inquiridosdisseram quesimtêm sido incentivados pelos professores para
participarem activamente nas aulas e 48 alunos que representam 60% dos
inquiridosdisseram quenãotêm sido incentivados pelos professores para
participarem activamente nas aulas.

Na mesma direcção, questionados sobre o modo como se sentem nos


contactos que mantém com os seus professores, 35 alunos que representam
43,75% dos inquiridosdisseram quetêm se sentido bem;7 alunos que
representam 8,75% dos inquiridosdisseram quetêm se sentido muito bem e
38 alunos que representam 47,5% dos inquiridosdisseram quenão se têm
sentido bem.

Nessa conformidade, questionados se seus professores têm mantido


consigo conversas dentro e fora da sala de aulas, 10 alunos que
representam 12,5% dos inquiridosdisseram quesim têm mantido; 68 alunos
que representam 85% dos inquiridosdisseram quenão têm mantido e 2
alunos que representam 2,5% dos inquiridosdisseram queas vezes têm
mantido.

Ainda na continuidade, questionados se tem sido fácil para os alunos se


aproximarem aos seus professores e exporem os seus problemas, incluindo
assuntos que não têm nada que ver com as matérias que estes leccionam,
13 alunos que representam 16,25% dos inquiridosdisseram quesim tem sido
fácil;59alunos que representam 73,25% dos inquiridosdisseram quenão tem
sido fácil e 8alunos que representam 10% dos inquiridosdisseram queas
vezes tem sido fácil.
E, quanto questionados se têm recebido abraços ou apertos de mãos na
saudação com os seus professores,6alunos que representam7,5%dos
inquiridosdisseram quesim, têm recebido; 74alunos que
representam92,5%dos inquiridosdisseram quenão têm recebido. E nessa
questão, os alunos nos seus argumentos disseram que os professores os
saúdam apenas de maneira geral na sala de aula e dificilmente estendem as
suas mãos para um ou outro aluno da sala para o aperto ou mesmo abraços.

Continuando, questionados se os professores tratam da mesma maneira os


colegas da turma, 57alunos que representam 71,25% dos
inquiridosdisseram quesim, têm sido tratados da mesma maneira; 13alunos
que representam 16,25% dos inquiridosdisseram quenão têm sido tratados
da mesma maneira e 10alunos que representam 12,5% dos inquiridos
disseram que as vezes têm sido tratados da mesma maneira.

Nessa conformidade, na questão que procurou saber se os professores são


sempre pontuais e assíduos, 72alunos que representam 90% dos inquiridos
disseram que sim, são sempre pontuais; assíduos e 3alunos que
representam3,75% dos inquiridos disseram que não são sempre pontuais e
assíduos e 5alunos que representam 6,25% dos inquiridos disseram que as
vezes têm sido sempre pontuais e assíduos

Circundando a questão anterior, na questão sobre o modo como os alunos


têm sido tratados quando chegam tarde as aulas, 13alunos que
representam16,25%dos inquiridos disseram que têm sido bem
tratados;67alunos que representam83,75%dos inquiridos disseram que têm
sido maltratados.

Na sequência, colocada a questão que procurou saber se eles (os alunos)


têm sempre trago as tarefas para casa orientadas nas aulas pelos
professores resolvidas, 5alunos que representam 6,25% dos
inquiridosdisseram que sim têm trago as tarefas resolvidas; 20alunos que
representam 25% dos inquiridosdisseram que não têm trago as tarefas
resolvidase 55alunos que representam 68,75% dos inquiridosdisseram que
as vezes têm trago as tarefas resolvidas.
Nesse sentido, colocada a questão que procurou saber o tom de voz que de
forma regular o professor utiliza nas aulas, 59alunos que representam
73,75% dos inquiridosdisseram que o tom de voz dos professores tem sido
alto;11alunos que representam 13,75% dos inquiridosdisseram que o tom de
voz dos professores tem sido médio; 6alunos que representam 7,5% dos
inquiridosdisseram que o tom de voz dos professores tem sido muito alto e
4alunos que representam5% dos inquiridos disseram que o tom de voz dos
professores tem sido baixo.

Análise e processamento dos resultados da entrevista com os


professores

Em seguida, para a obtenção de dados que pudessem solidificar a


informação que se pretendeu recolher sobre a relação pedagógica entre
professores e alunos, foi também aplicada uma entrevista (Vide apêndice
nº4) baseada em oito que teve o foco centralizado no registo de
comportamentos adoptados pelos professores diante de seus alunos, cujos
resultados são apresentados abaixo.

Quanto a formação dos professores entrevistados e o tempo de experiência


no ensino primário, os 2professores que representam100% dos inquiridos
que leccionam a 6ª Classe no Complexo Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga,
possuem habilitações literárias que compreendem a 12ª Classe, nas áreas
de ciências humanas e ciências físicas e biológicas. E, em relação a
experiência de trabalho, ambos os professores possuem um tempo de
experiência docente no ensino primário contabilizado de 12 anos de
trabalho.

No que concerne a questão dirigida aos professores, onde se procurou


saber se os professores prestam atenção e escutam atentamente as
preocupações de seus alunos, 1professor que representam 50% dos
inquiridos afirmou que tem sim, prestado atenção e escutado atentamente as
preocupações de seus alunos e tem também atendido as mesmas
preocupações. Ainda na mesma questão 1professor que representa 50%
dos inquiridos afirmou que não tem prestado sempre atenção e escutado
atentamente as preocupações de seus alunos e, nem tão pouco tem sempre
atendido as mesmas preocupações, isto é, atendendo ao número de alunos
matriculados na sua turma.

Na continuação, na questão que procurou saber se os professores têm


incentivado a participação activa de seus alunos nas aulas, 1professor que
representa 50% dos inquiridos disse que tem sim, incentivado seus alunos e
1professor que representa 50% dos inquiridos disse que não tem incentivado
seus alunos, porque mesmo os incentivando, muitos alunos têm se mostrado
preguiçosos em participar das aulas.

Nessa senda, na questão que procurou obter informações sobre a forma


como os professores se têm sentido diante do comportamento de seus
alunos face as aulas, 2professores que representam100% dos inquiridos
disseram que têm se sentido bem. Pois, não obstante a esse estado de
sentimento declarado, como é do conhecimento de todos professores, estar
com os alunos nunca foi e nunca será tarefa fácil, principalmente quando se
trata de alunos mais indisciplinados.

Na mesma direcção, feita a questão que procurou obter informações sobre o


espaço de conversa dos professores com os seus alunos,2professores que
representam100% dos inquiridos disseram que de vez enquanto, na sala de
aula, têm conversado com os seus alunos. E nos seus argumentos, ambos
foram unânimes em dizer que, conversam apenas de vez enquanto na sala
de aula por causa de outras ocupações ligadas as suas vidas particulares
que os limitam.

Ainda nessa senda, na questão que procurou saber dos professores se tem
sido fácil aproximarem-se de seus alunos teus alunos e ouvir os seus
problemas, incluindo aquele que não têm nada que ver com as matérias por
eles leccionadas, 2professores que representam 100% dos inquiridos
disseram que não tem sido fácil. E nos seus argumentos, também de
maneira coincidente, ambos disseram que os próprios alunos se apresentam
tímidos e dificilmente falam para nós os seus problemas.

Já no que concerne a saudação, questionados se por ventura consideram


seu o hábito de, em algumas vezes, abraçar ou apertar as mãos dos seus
alunos no momento de saudação, 2 professores que representam100% dos
inquiridos disseram que não faz parte de seus hábitos o abraço ou o aperto
de mãos de seus alunos nos momentos de saudação, porque isto levaria
muito tempo e tal acto condicionaria o cumprimento dos programas
didácticos que têm sob sua gestão.

E, para circundar a resposta anterior, na questão que procurou saber sobre


a forma como os professores tratam os seus alunos na sala de aula,
2professores que representam100% dos inquiridos disseram que tratam os
seus alunos da mesma maneira, ou seja, sem preferência.

Finalmente, na questão apresentada aos professores para efectuarem a sua


autoavaliação, procurando saber se têm sido pontuais e assíduos, os
2professores que representam100% dos inquiridos disseram que têm sido
frequentemente pontuais e assíduos, ambos nos seus argumentos disseram
que ser pontual e assíduo ajuda o cumprimento dos programas didácticos
que gerem.

Análise e processamento dos resultados da entrevista com a direcção


da escola.

Com a intenção de reforçar os demais dados anteriormente descritos e de


modo a obter extracto das políticas educativas que a direcção do Complexo
Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga tem fomentado para contribuir no
fortalecimento da relação pedagógicas entre professores e alunos, foi
realizada uma entrevista colectiva (Vide apêndice nº3) subordinada num
questionário que conteve quatro questões cujos resultados, a seguir se
descrevem:

Num primeiro momento, na questão que procurou saber se existe nas


estratégias de direcção uma orientação que incentiva os professores a
prestarem atenção e escutar atentamente as preocupações dos alunos e
atende-las, os 3 membros de direcção que representam100% dos inquiridos
por unanimidade disseram que os professores têm sido orientado para o
efeito. E não obstante a essa orientação, têm sido realizados seminários de
capacitação e de refrescamento para os professores, com o foco no
tratamento de conteúdos didácticos e no relacionamento entre professores e
alunos na sala de aula, para que elas se tornem cada vez mais interactivas
possíveis.

Na mesma direcção, na questão que procurou saber se os professores têm


sido orientados a prestarem ajuda aos alunos, incentivando-os a participar
activamente das aulas, 3 membros de direcção que representam100% dos
inquiridos por unanimidade disseram que os professores têm sido orientado
a prestarem ajuda aos alunos, bem como planificarem as suas aulas de
maneira que, na sua execução, haja participação activa dos alunos.

Ainda nesse sentido, uma vez colocada a questão que procurou saber da
direcção do complexo se os professores são pontuais e assíduos, 3
membros de direcção que representam100% dos inquiridos por unanimidade
disseram que os professores não são pontuais e nem assíduos. E,
justificando esse posicionamento, disseram que os professores em algumas
vezes chegam muito tarde e, em outras ocasiões saiam muito antes da hora
indicada nos seus horários docentes; facto que em muitas circunstâncias,
tem contribuído para o incumprimento dos programas didácticos da classe
que leccionam.

Por fim, na quarta questão, sobre o tratamento que tem sido dados aos
professores que chegam atrasados e os que não são assíduos, os 3
membros de direcção que representam 100% dos entrevistados disseram
que os professores têm merecido um tratamento à luz do regulamento da
escola, plasmado na secção que trata dos direitos e deveres dos
funcionários, incluindo o expresso na lei geral do trabalhador. E, quanto a
sua aplicação, tem sempre começado por uma admoestação verbal, seguida
de conselhos de modos a evitar que esses comportamentos se repetiam.

Principais regularidades do diagnóstico

A triangulação feita dos resultados do diagnóstico a partir de diferentes


instrumentos da investigação aplicados a população alvo da investigação,
como a entrevista, o inquérito e a análise documental, permitiu determinar as
seguintes regularidades:
 Os professores prestam pouca atenção aos alunos na aula, pois para
eles, o mais importante é cumprir o programa das suas disciplinas.
 Os professores são pouco pacientes no relacionamento com alunos
indisciplinados.
 Os professores não atendem os assuntos que os alunos os colocam
sempre quando não estiverem ligados ao conteúdo da aula que
ministram.
 Os alunos têm dificuldade de aproximar-se com facilidade aos
professores em função do medo, da timidez e o receio.
 Os professores utilizam na sala de aulas um tom de voz alto, passível de
intimidação aos alunos.
 A direcção da escola tem incentivado pouco os seus professores a
pautarem por uma conduta de solidariedade, amizade e o respeito mútuo
na relação com os seus alunos. Pois, ainda pouco se importa com o
ambiente de hostilidade e opressão que possa cultivar o medo e a
timidez do aluno na sala de aula.
 Os documentos consultados principalmente o plano de aula, revelou que
nas aulas, as acções planificadas pelos professores, de maneira
frequente, são aquelas que relegam os alunos para actividades que se
resumem em prestar atenção ao discurso e participar dos
questionamentos do professor, desenvolvendo cada vez mais no aluno,
uma atitude de obediência e passividade.

2.2. Fundamentação da proposta de actividades didácticas

O que difere o homem dos outros animais é a sua capacidade de planear e


atingir objectivos conscientemente, assim, aceita-se que as actividades são
formas do homem se relacionar com o mundo, traçando e perseguindo
objectivos, de forma intencional, por meio de acções planeadas.

Pois, tais acções são formadas por transacções recíprocas entre o sujeito e
o objecto, concretamente é através desta combinação que homem chega a
ter o conhecimento do mundo que o rodeia.
Segundo Leontiev define a actividade como sendo aqueles “processos
psicologicamente caracterizado por aquilo que o processo, como um todo se
dirige, coincidindo sempre com o objectivo que estimula o sujeito a executar
está actividade, isto é o motivo” (Leontiev, 2006, p.60)

Para Carrelli (2003) a actividade deve ser entendida como um sistema de


acções funcionais das interações socioculturais que constitui comportamento
e produz aquele tipo de mudança denominado aprendizagem.

Ainda Kuutti (1996) acrescenta que a actividade é uma forma de acção dum
sujeito, direccionada a um objecto e que a transformação deste objecto em
um produto é a motivação da própria existência da actividade.

Assim, diante destas ideias, os autores da presente investigação partindo da


ideia de que actividade deve ter sempre um objectivo a ser seguido ou
mesmo perseguido, assumem os argumentos de Leontiev relativamentea
actividade. Pois, este autor caracteriza a actividade como sendo um
processo essencialmente consciente com um objectivo estimulante na sua
execução.

Sendo assim, a execução de uma actividade em sala de aula e não só, é


capaz de levar o aluno a aprender com mais facilidade os conteúdos
trabalhados e de ter mais motivação durante a aula. Toda uma actividade
didáctica na sua realização deve sempre ser executada na base de um
objectivo, o qual se torna no elemento reitor da mesma.

Entre tanto, as actividades didácticas constituem um marco importante na


vida do aluno,é através destas acções que o aluno é ligado ao objecto de
conhecimento, pós são meios de organização do trabalho pedagógico em
sala de aula, que concretizam um conjunto de procedimentos específicos,
próprios da situação de ensino e aprendizagem e servem como mediadoras
da relação entre os alunos e um objecto de conhecimento ou entre as
relações sociais inerentes ao contexto pedagógico. (Monteiro, 2010)

Assim, nas actividades didácticas a construção do conhecimento não pode


ser entendida como algo individual. O conhecimento é produto da actividade
e relações humanas,o que constitui um marco social e cultural. Sendo assim,
na relação professor e alunos, o professor tem um importante papel que
consiste em agir como intermediário entre os conteúdos da aprendizagem e
a actividade construtiva para assimilação dos mesmos.

Nesta perspectiva, as actividades didácticas que se propõem tem como


propósito aproximar o professor ao aluno para fortalecer a relação, logo, a
mesma deve ser praticamente de carácter, organizativo, dinâmico,
desenvolvedor, facilitador, participativo, assim como compreensivo.

Carácter organizativo: refere-se na capacidade de organizar ou reunir


condições para as actividades didácticas. Pois, a organização deve ser
constituinte principal e central de toda actividade. Os objectivos das acções
não organizadas ou mesmo mal organizadas têm a maior probabilidade de
não serem atingidos.

Carácter compreensivo: para este, o importante em toda a actividade


didáctica é a compreensão, a qual pressupõe escutar, entender e perceber o
que se faz nela de forma consciente. Logo, as preocupações, dúvidas e
problemas que surgem nesta actividade devem ser atendidas e encaradas
como partes integrantes da mesma.

Carácter dinâmico: porque este carácter pressupõe que a actividade se


torne num ambiente social em que cada um tenha a possibilidade de
exprimir suas ideias deixando de parte a passividade e tornar os alunos
sujeitos activos na construção de sua própria aprendizagem.

Carácter desenvolvedor: Como é sabido, ao transmitirmos conhecimentos


aos alunos, esperamos que estes mudem de comportamentos, que sejam
diferentes na sua maneira de pensar, de agir diante de diferentes situações
na vida desenvolvendo a sua personalidade, isto através do objecto de
aprendizagem, pois é disso que depende o progresso do aluno.

Carácter facilitador: este implica o emprego de métodos e técnicas eficazes


e facilitadores que permitam a actividade didáctica favorecer aprendizagem.

Carácter participativo: o que consiste na possibilidade de intervenção e


fomento para fazer parte na actividade.
Pois, no processo de ensino e aprendizagem as actividades didácticas
contribuem para a construção do conhecimento. Logo, Huizinga (1996)
afirma que as actividades didácticas são direccionadas para o processo e
para a obtenção de conhecimentos e sua aplicação criativa na prática.

Ainda, segundo Rodrigues (2013), acrescenta que a actividade didáctica


deve ter como ponto de partida o nível de conhecimento, as experiências
que proporcionam uma transmissão progressiva das capacidades cognitivas
comointelectuais, o que liga o ensino a aprendizagem.

Nessa conformidade, a experiência mostra que os alunos aprendem melhor


e mais depressa quando aprendem através de um jogo, animado pela
alegria e pelo prazer de descoberta. Pois é importante propor aos alunos
muitas actividades divertidas e educativas que estimulem a sua criatividade
e o seu pensamento.

O papel do professor é essencial, uma vez que ele ocupa um lugar


privilegiado na vida do aluno. Em cada actividade o professor deve
aproveitar todas as oportunidades para falar com o seu aluno, perguntando-
lhe de forma simples e ajudando-o a organizar o seu pensamento.

Pois, para isso é preciso que o professor ao pôr em prática a sua actividade,
não deve colocar-se na posição de detentor do saber, deve antes, colocar-se
na posição de quem não sabe tudo, reconhecendo que mesmo um
analfabeto é portador do conhecimento mais importante: o da vida. (Gadotti,
1999)

Pois, se actividade didáctica for conduzida assim, o aprender se torna mais


interessante quando o aluno se sente parte e contemplado pelas atitudes e
métodos de motivação em sala de aula.

Portanto, o prazer pelo aprender não deve ser uma actividade que surge
espontaneamente nos alunos, pois, não é uma tarefa que se cumpre com
satisfação, sendo em alguns casos encarada como obrigação. Para que o
professor consiga êxito entre os alunos, cabe uma difícil tarefa de despertá-
los à curiosidade, ao aprendizado prazeroso, e à necessidade de cultivar
sempre novos conhecimentos em meio às actividades propostas e
acompanhadas pelo professor.

A proposta de actividades didácticas para fortalecer a relação professor e


alunos no processo de ensino e aprendizagem é composta por um total de 5
actividades. Como objectivo geral da proposta: fortalecer a relação
professor e alunos para a diminuição dos problemas de evasão e do fraco
aproveitamento no processo de ensino e aprendizagem dos alunos da 6ª
classe.

Cada uma das actividades aqui apresentadas, estão estruturadas por um


objectivo, tempo de duração, título, métodos e técnicas, recursos didácticos,
responsáveis, participantes e procedimentos metodológicos os quais incluem
quatro momentos que servem de guia para dirigir a actividade.

2.3. Proposta de actividades didácticas para fortalecer a relação entre


professor e alunos no processo de ensino e aprendizagem dos
alunos da 6ª Classe do Complexo Escolar 4 de
Fevereiro/Cunhinga.

O trabalho docente não trata apenas de um conteúdo, mas de um processo


que envolve um conjunto de pessoas na construção de conhecimento.
Assim, a escolha de actividades didácticas, deve levar em consideração o
conhecimento do aluno, seu modo de ser, de agir, de estar, além de sua
dinâmica pessoal. Até porque todo conteúdo possui em sua lógica interna
uma forma que lhe é própria e que precisa ser captada e apropriada para
sua efectiva compreensão.

Actividade didáctica nº1

Título:Conheço os meus alunos e eles conhecem a mim.

Objectivo:Exploraro conhecimento dos alunos sobre a sua relação com o


professor.

Métodos e técnicas:Conversação

Recursos didácticos:Folha de papel, esferográficas, quadro e giz.

Duração:90 minutos
Responsáveis:Autores da investigação

Participantes:Alunos e professores

Procedimentos metodológicos:

 Primeiro momento:Saudar os participantes; explicar as regras do jogo e


o objectivo; repartir a turma em 4 grupos; dar para o professor um
número folha A4 que corresponde aos grupos criados.
 Segundo momento:o responsável orienta ao professor que comece por
escrever em uma folha de papel A4 informações verdadeiras e falsas a
seu respeito, misturando informações pessoais, familiares e profissionais,
como por exemplo: número de filhos, ano ou escola onde se formou se
tem irmãos ou não, uma viagem que fez o que gosta ou não de comer
etc.
 Terceiro momento:Em seguida calcula 5 informações para cada grupo
de alunos; distribui as informações para os grupos, eles deverão decidir
quais informações imaginam serem verdadeiras e quais falsas sobre o
professor; da uns 15 a 20 minutos para eles discutirem e avaliarem as
informações; dividir o quadro de giz em duas partes reservando um lado
para as informações verdadeiras e outro para as falsas.
 Quarto momento:Por fim o professor pede para que cada grupo leve
para o quadro degiz o que decidiu distribuindo as informações conforme
julgam ser verdadeiras ou falsas e justificando para a turma porquê
dessa decisão; no final o professor comenta que grupo mais acertou.

Actividade didáctica nº2

Título:Sou feliz com o professor e com o meu aprendizado

Objectivo:Discutir as posições dos alunos quanto aos estados de ânimo que


têm vivido com seus professores durante o processo de intermediação de
suas aprendizagens.

Métodos e técnicas:Conversação heurística e chuva de ideias

Recursos didácticos:Folha A4tiras de esparadrapos ou de fita cola,


cartolinas, caneta de cor, lápis, borracha e quadro de giz.
Duração:90 minutos

Responsáveis:Autores da investigação

Participantes:alunos

Procedimentos metodológicos:

 Primeiro momento:o responsável saúda os participantes, em conjunto


organizam a sala, divide a turma em grupos de 3 a 6 alunos, distribui
uma cartolina, três a 6 folhas A4, um lápis, uma borracha, uma caneta a
cor, 8 tiras de esparadrapos e / ou de fita-cola para cada grupo e
apresenta o objectivo da sessão, incluindo as regras ou passos de como
realizar a actividade.
 Segundo momento:o responsável orienta aos alunos que criem na
primeira folha A4, um desenho onde estejam eles e o seu professor e
numa segunda folha A4, cada aluno, primeiro escreva em forma de
conceitos, o que aprendeu, o que mais gostou quando aprendeu, as
lembranças que criou do professor quando mediou a aprendizagem dos
conhecimentos que descreveu, bem como, se possível, apontar até 3
aspectos que deseja que seu professor se tivesse que mudar, mudasse
para o bem dos seus aprendizados.
 Terceiro momento:oresponsável orienta aos alunos que analisem os
desenhos feitos pelos colegas e escolham umpara ser colado na
cartolina. Em seguida, devem analisar as ideias apresentadas pelos
colegas acerca do que aprenderam, o que mais gostaram quando
aprenderam, as lembranças que têm de seus professorem nos dias em
que mediaram as aprendizagens reveladas, bem como, os aspectos que
esperam ver mudados de seus professores para o bem de suas
aprendizagens. Feito esse exercício, produzem uma síntese na cartolina
e, em seguida, é afixada com esparadrapo e/ou fita-cola numa das
paredes da sala indicadas pelo responsável da actividade.
 Quarto momento:o responsável pede o apoio de um voluntário para
fazer notas no quadro de giz no decorrer da análise dos conteúdos
exposto nas cartolinas afixadas. durante a análise são discutidos todos
elementos apresentados em cada cartolina e, são seleccionados apenas,
aquelas ideias que de maneira implícita ou explícita, dão possibilidade de
melhorar a relação pedagógica entre professor e alunos no PEA. Depois
de todos os registos terem sido feitos pelo aluno voluntário no quadro de
giz, o responsável lembra osparticipantes de forma sintética, todos os
trabalhos apresentados pelos grupos constituídos e depois segue lendo o
resumo escrito no quadro de giz, o melhora e solicita para que os
participantes tomem nota como conclusão da sessão realizada.

Actividade didáctica nº3

Título: Sou bom professor e comunico-me bem com os alunos

Objectivo: Desenvolver a comunicação entre professor-a5luno e o respeito


mútuo entre eles.

Métodos e técnicas: Chuva de ideias

Recursos didácticos: Quadro de giz,fichas, lápis, borrachas.

Duração: 90 minutos

Responsáveis: Autores da investigação

Participantes: Alunos e professores

Procedimentos metodológicos:

 Primeiro momento: o responsável saúda os participantes; organiza a


turma em um círculo de forma que os alunos possam se ver e ver o
professor; orienta as regras e o objectivo da actividade; distribui as fichas
e lápis para todos os alunos.
 Segundo momento: o professor pede para que cada aluno coloque na
ficha de forma livre as suas ideias, problemas ou preocupações. Por
exemplo: actividades a serem desenvolvidas nas aulas ao longo do ano
lectivo, alguma dificuldade ao resolver as tarefas em casa, etc; em
seguida garantir que todos tenham o direito de expressar suas ideias e
estimular a cooperação e a combinação entre ideias. Todas elas devem
ser aceites pelo professor incluindo por todos os seus colegas, mesmo
que pareçam incoerentes ou impraticáveis até os mais tímidos devem ter
seu momento. Evitar criticar, pois elas podem fazer com que alguns
colegas sintam constrangidos ou limitados e optem por não participar da
actividade.
 Terceiro momento: em seguida o professor regista o nome na ficha do
aluno onde constam os aspectos que lhe foi pedido, sem crítica ou
análise; Após todos terem feito a exposição, o grupo com a ajuda do
professor, revê a ideia ou assunto de cada ficha e escolhem quais sãos
as mais concretizáveis em seguida o professor melhora as escolhidas.
 Quarto momento: o responsável orienta os alunos e os divide em 4
grupos, cada grupo recebe uma ficha onde consta a ideia concretizável
escolhida por eles, com ajuda do professor ficam responsáveis pela
elaboração de uma proposta para a sua realização ou solução. O
professor divide o quadro em 4 partes para se escrever em cada uma
delas uma ideia e as suas possíveis soluções, pede para os alunos
copiarem.

Actividade didáctica Nº4

Título: A caixa de presente

Objectivo: Exprimir sentimentos de cordialidade e aproximação aos


alunoscom o real significado deles para o professor.

Duração:45 minutos

Métodos e procedimento:Conversação heurística

Recursos didácticos: Uma caixa, espelho.

Participantes: Professor e alunos

Responsáveis:Autores da investigação

Procedimentos metodológicos:

 Primeiro momento:Saudar os participantes; o professor utiliza uma


caixa no tamanho do espelho com uma tampa removível, embalada por
um laço bem largo e bonito; dentro da caixa deverá colocar o espelho
colado no fundo.
 Segundo momento: Em seguida o professor chega com a caixa diante
de seus alunos em sala de aula. Abre a caixa e olha o presente,
sorridente, comenta com os seus alunos o seguinte: “Hoje é um dia muito
especial para mim! Recebi um lindopresente. Ele é muito importante, pois
juntos vamos crescer e aprender muitas coisas. vocês não podem
imaginar a felicidade que eu sinto em recebê-lo. o que vocês acham que
tem aqui nesta caixa?”
 Terceiro momento: O professor deixa os alunos curiosos e imaginando
o que possa estar na caixa; coloca a caixa num dos cantos da sala, em
seguida convida a cada aluno para ir olhar o presente. Pede que não
comente um com o outro sobre o que viu;a medida que eles abrem a
tampa da caixa e olham para dentro dela, eles se vêem reflectivos no
espelho e cada um tem uma reacção diferente.
 Quarto momento: Depois que todos olharem na caixa, o professor fará
um comentário a respeito da alegria em que está, ao receber e estar com
seus alunos. Diz aos alunos o seguinte: realmente vocês sãopara mim
um presente que a escola me deu; após isso colheda sala opiniões sobre
a sensação que cada um teve ao se ver reflectido no espelho.

Actividade Didáctica nº 05

Título: O meu professor favorito.

Objectivo: Identificar o professorpreferido do aluno o qual ele se revê tendo


em conta a sua aproximação.

Métodos e procedimento: Elaboração conjunta.

Recursos didácticos: Folha de papel A4 e esferográficas

Duração: 90 minutos.

Responsáveis: Autores da investigação.

Participantes: Alunos e professores da 6ª classe.

Procedimentos metodológicos:

 Primeiro momento: Saudar os participantes; apresentar o objectivo do


jogo; explicar as regras de como será a execução do jogo; orientar a
composição de um grupo de 2 professores; primeiramente
 Segundo momento: o responsável distribui folhas de papel A4 para os
alunos; solicitar a cada aluno que escreva na folha em suas mãos o
nome do seu professor favorito entre os que compõem o grupo; no verso
da folha, escrever de forma livre algo sobre o professor ex.: como
gostaria que o professor actuasse em sala de aula? uma experiência boa
e mal que teve com o professor? o que mais gosta do professor? na
classificação de 0 a 10 quanto daria ao professor?. o que gostaria de
conversar com o professor fora das abordagens desenvolvidas na sala
de aulas? ou mesmo as qualidades do professor.
 Terceiro momento: cada aluno entrega ao seu professor favorito a folha
com um aperto de mãos e abraço. Em seguida sob orientação dos
responsáveis o professor escolhido lê num tom de voz médio tudo quanto
o seu aluno escreveu e dirige algumas palavras que ele achar
convenientes, assim sucessivamente com os outros alunos.
 Quarto momento: o responsável orientaos alunos que façam uma
diferença dos aspectos por eles já mencionados com o outro professor.
Conclusões parciais do capítulo II

 Os métodos de nível empírico nomeadamente a observação, entrevista e


inquérito, permitiram os autores da presente investigação concluir que os
alunos da 6ª Classe do Complexo Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga têm
dificuldades de aproximar-se com facilidade aos professores em função
do medo, da timidez e o receio. os professores utilizam na sala de aulas
um tom de voz alto, para intimidar os alunos. Este tipo de comportamento
tanto da parte dos alunos quanto dos professores pode dificultar o bom
andamento do processo de ensino e aprendizagem.

 Com os resultados do diagnóstico foram elaboradas a proposta de


actividades didácticas, com carácter dinâmico, desenvolvedor, facilitador,
compreensivo, organizativo e participativo, para fortalecer a relação entre
professor e alunos no processo de ensino e aprendizagem dos alunos da
6ª Classe do Complexo Escolar4 de Fevereiro/Cunhinga.
CONCLUSÕES GERAIS

 Os fundamentos teóricos sistematizados no capítulo 1 sobre a relação


professor e alunos no PEA, sustentados nas ideias de Piletti, Haydt,
Veiga, Luckesi, Piaget e Vygotsky, permitiram deduzir que a relação
professor e alunos é muito mais importante que as paredes e carteiras
lindas existentes na sala de aulas. O bom relacionamento em sala de
aula determina em grande parte o sucesso e progresso dos alunos no
processo de ensino e aprendizagem.
 Os resultados obtidos por via do diagnóstico aplicado aos alunos,
professores e ao corpo directivo, revelaram que a relação professor e
alunos no Complexo Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga apresenta
evidentemente algumas dificuldades que confirmam sinais de um fraco
relacionamento.

 A partir dos resultados do diagnóstico foi elaborada uma proposta de


actividades didácticas dinâmicas, desenvolvedoras, facilitadoras,
participativas, organizadas e compreensivas, capazes de contribuir para
o fortalecimento da relação professor e alunos da 6ª Classe do Complexo
Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga.
RECOMENDAÇÕES

Tendo em conta a investigação realizada, os autores da presente


monografia, recomendam o seguinte:

 Analisar com a direcção do Complexo Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga,


a possibilidade do contributo deste Trabalho de Fim do Curso ser
trabalhado com os demais professores para que seja fortalecida a
relação professor e alunos.
 Ao DEIC-ED, analisar a possibilidade de incentivar mais estudantes a
continuar a desenvolver mais trabalho de investigação acerca do
fortalecimento da relação professor e alunos.
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Vygotsky, L. S. (1989). A formação social da mente: o desenvolvimento dos


processos psicológicos superior. 3ª Edição. São Paulo: Martins Fontes.
Apêndice Nº1

Análise documental

Objectivo: Analisar a contribuição dos documentos no fortalecimento da


relação professor e alunos na 6ª classe do Complexo Escolar 4 de
Fevereiro/Cunhinga

Documentos analisados:

 Decreto Presidencial n.ᵒ 160/18 de 3 de Julho, que aprova o Estatuto


da Carreira de Agentes da Educação.
 Lei 17/16 de 7 de outubro, que aprova o Sistema de Educação.
 Regulamento interno da escola.
 O plano de aula do professor

Aspectos analisados nos documentos:

 Perfil do Professor do Ensino Primário Art.16.a


 Educação e Sistema de Educação e Ensino, Pontos 1, 2 e 3 do art.2
 Direitos dos alunos (Art. 4) e percursos das aulas (Art. 8) .
 Actividades professor e alunos, apresentadas no plano de aula.
Apêndice Nº 2

OBSERVAÇÃO

ASPECTOS A OBSERVAR SEMPRE AS VEZES NUNCA

Na aula o professor presta atenção e escuta


atentamente as preocupações dos alunos e as X
atende.

Na aula os alunos participam activamente nas X


abordagens que são desenvolvidas.

Na sala de aula os alunos manifestam


comportamento de liberdade e não de X
retraimento.

O professor mantém conversas com os alunos


dentro e fora da sala de aulas com muita X
naturalidade.

Os alunos aproximam-se dos seus professores X


com muita facilidade.

O professor, em algum momento, na saudação X


estende a mão aos alunos e em outros tem os
abraçado.

Na aula o professor trata os alunos sem X


preferência de género

Os alunos chegam cedo X

Os alunos trazem resolvidas as tarefas de casa X

O professor é pontual e assíduo X


Muito alto Alto Médio Baixo

O professor na aula utiliza um tom de voz X

Outros:

_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
Apêndice Nº 3

Entrevista ao corpo directivo da escola

Objectivo: colher informações fundamentais inerentes ao normal


funcionamento da escola sobre sua tutela relativamente ao critério sobre a
relação professor e alunos.

1. A direcção tem orientado e incentivado os professores a prestarem


atenção e a escutar atentamente as preocupações dos alunos e
atende-las? Sim ______. Não _____ Algumas vezes.________De
que maneira?

________________________________________________________
________________________________________________________
____

2. A direcção tem incentivado os professores a ajudar os alunos a


participarem das aulas de maneira activa? Sim _______. Não
________. Como?

________________________________________________________
________________________________________________________
____

3. Quanto a assiduidade e pontualidade, os professores chegam sempre


cedo e não faltam? Sim _______. Não _______ As vezes _______
Porquê?

________________________________________________________
________________________________________________________
____

4. Qual tem sido o tratamento dos professores que chegam atrasados e


aqueles que não são assíduos?
Mal _____. Bem _______ Porquê?

_______________________________________________________
Muito bom!

Apêndice Nº 4

Entrevista para o professor

Objectivo: Procurar comportamentos adoptados pelos professores para


com os seus alunos em sala de aula como em outras ocasiões, no processo
de ensino e aprendizagem.

Idade___AnosTempo de serviço____ Habilitações literárias___________

1. O professor acha que nas aulas presta atenção e escuta atentamente


as preocupações dos alunos e as atende?
Sim ______. Não ______ As vezes______Porquê?

________________________________________________________
________________________________________________________

2. O professor tem incentivado os seus alunos a participar das aulas de


maneira activa?
Sim _______. Não _________ De que maneira?

________________________________________________________
________________________________________________________

3. Como se sente o professor nas aulas diante de seus alunos?


Muito bem _____. Bem ______. Mal ________. Porquê?

________________________________________________________
________________________________________________________

4. O professor conversa com os alunos dentro e fora da sala de aulas?.


Sim _______. Não _______ As vezes _______ Porquê?

________________________________________________________
________________________________________________________

5. Tem sido fácil para ti te aproximares dos teus alunos e ouvir os


problemas deles, incluindo os que não têm nada a ver com as
matérias que leccionas? Sim _______. Não _______ As vezes
_______ Porquê?

________________________________________________________
________________________________________________________

6. Em algum momento, na saudação já abraçou ou apertou a mão dos


seus alunos? Sim _______. Não _______ As vezes _______
Porquê?

________________________________________________________
________________________________________________________
____

7. Na aula, o professor trata os alunos da mesma maneira, sem


preferência? Sim _______. Não _______ As vezes _______
Porquê?

________________________________________________________
________________________________________________________
____

8. O professor é pontual e assíduo?


Sim _____ Não ____ As vezes ____ Porquê?

________________________________________________________
________________________________________________________
____

Muito Obrigado!
Apêndice Nº 5

Inquérito para o aluno

Caro aluno(a)!

O presente questionário destina-se a um estudo para fortalecer a relação


professor e alunos no processo de ensino e aprendizagem dos alunos 6ª
Classe do Complexo Escolar 4 de Fevereiro/Cunhinga. Informamos que os
dados fornecidos serão utilizados apenas no âmbito da presente
investigação e garantimos a confidencialidade dos mesmos. Por toda a
colaboração prestada, sem a qual este estudo é inviável, manifestamos
desde já o nosso agradecimento, uma vez que da tua sinceridade e da
ponderação das tuas respostas depende a validade desta investigação.

Idade:_______AnosGénero: Masculino( ) Feminino( )

1. Na aula o professor tem prestado atenção e escuta atentamente as


vossas preocupações e as atende? Sim ______. Não _________.
Porquê?

________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
2. O professor, vos tem incentivado a participar das aulas de maneira
activa?
Sim _______. Não _________. Porquê?

________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________

3. Como é que se tem sentido nas aulas com o professor?


Muito bem _____. Bem ______. Mal ________. Porquê?

________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________

4. O professor tem mantido conversa com vocês dentro e fora da sala de


aulas? Sim _______. Não _______ As vezes _______ Porquê?

________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________

5. Tem sido fácil para ti te aproximares ao teu professor e expor os teus


problemas, incluindo os que não têm nada a ver com as matérias que
ele lecciona? Sim _______. Não _______ As vezes
_______ Porquê?

________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
6. Em algum momento, na saudação já recebeu um abraço ou um
aperto de mão do teu professor? Sim _______. Não _______ As
vezes _______ Porquê?

________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________

7. Na aula, o teu professor te trata da mesma maneira que trata os


outros colegas? Sim _______. Não _______ As vezes _______
Porquê?

________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________

8. O professor é sempre pontual e assíduo?


Sim____Não___As vezes______
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
9. Como o professor te trata quando chegas tarde nas aulas?
Bem_____Mal____
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________

10. Tens sempre trago resolvidas as tarefas?


Sim _______. Não _______ As vezes _______ Porquê?

________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________

11. Qual tom de voz o professor utiliza nas aulas?


Muito alto_____Alto _______Baixo ______Médio_____

________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________

Muito Obrigado!

Anexo Nº1
Anexo Nº2
Anexo Nº3

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