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3 2 1
O professor poderá introduzir o número zero (0), a partir de situações concretas, com a
representação da ausência de objectos.
Esta estratégia metodológica permitirá compreender o conceito do número zero (0)
O professor poderá utilizar outras metodologias, recorrendo por exemplo à subtração
sucessiva.
Exemplos:
O professor poderá colocar 5 lápis em cima da sua secretária e chamar 5
alunos.
Em seguida, pedirá a cada aluno que tire um lápis (facilmente os alunos
observarão a ausência de lápis em cima da secretária do professor, após terem
retirados os lápis)
Deverá também fazer a transcrição da operação no quadro.
4. 1. 1. Algoritmo da Adição
Vejamos um possível caminho para construir o algoritmo da adição, calculando
471+314. Numa fase inicial os alunos decompõem cada parcela (400+70+1 e
300+14+4) e organizam horizontalmente os cálculos:
400+300=700
70+10=80
1+4=5
700+80+5=785
Numa segunda fase organizam-se os registos verticalmente. Adiciona-se da esquerda
para a direita, começando pelas centenas, depois as dezenas e, finalmente, as unidades.
471
+314
700
80
+ 5
785
No caso em que a soma por coluna é maior que 10, usamos a mnemónica ‘e vai 1’ para
nos lembrar que temos de adicionar 1 à coluna imediatamente à esquerda:
Ao introduzir o algoritmo o professor deve começar com números com 2 dígitos,
propondo, que se determine 46+32 ou 73+26. Depois, pode introduzir a adição com
transporte propondo, por exemplo, 46+36 ou 78+43. No entanto, importa ter sempre
presente que nos casos em que se consegue operar mentalmente com os números não é
necessário recorrer ao algoritmo. De facto, não faz sentido usá-lo para adicionar
números com 1 dígito e para adicionar vários números com 2 ou mais dígitos como
acontece com 25+10, 15 + 15, 30 + 5, 40 + 20, 50 + 50, 25 + 25, 100 + 100, 100 + 10,
ou 200 + 5.
3 0 15
-1 8 7
8
Como não posso retirar 8 de 0 transforma-se 3 centenas e 0 dezenas em 2 centenas e 10
dezenas.
2 10 15
-1 8 7
128
-1 2 7 -127 -1 2(1) 7
8
Como 5 é inferior a 7 não se pode retirar 7 de 5. Adicionam-se 10 unidades ao aditivo e
1 dezena ao subtrativo. Ao somar 10 unidades ao aditivo, fico com 15 unidades e já
posso agora facilmente subtrair 7 de 15.
4 6 5(+10)
- 1 2(+1) 7
338
A seguir podemos concluir a subtracção subtraindo 3 de 6 nas dezenas e 1 de 4 nas
centenas.
Todos sabemos como é fácil esquecer este tipo de detalhes e como usar uma mnemónica
ajuda a usar correctamente um determinado procedimento. Por isso, depois de calcular
15 menos 7, se diz ‘e vai 1’ para indicar que adiciono uma dezena ao subtractivo,
ficando com 3 (dezenas).
10 4
7 x 10 7x4
7
16 96 divisor 24 quociente
- 16 4 dividendo 00 resto
00
Note-se que esta representação em coluna não é o algoritmo pois está-se a calcular com
números e não com dígitos. Além disso baseia-se no cálculo mobilizado por cada indivíduo ao
"olhar" para os números em causa.
025 10x23=230
485 23
- 460 21 (2x23=46)
025 (1x23=23)
- 23
02
ii) «Como fazemos para saber quem é o mais velho na nossa sala de aula?»
iii) «Quem tem mais lápis na nossa sala de aula?»
iv) «O que significa somar?»
v) «Alguém desta sala já sabe fazer contas de adição? Como se faz? Quem pode
explicar aos colegas?»
vi) «Que palavra utiliza o professor quando se trata de adição?»
Seguidamente, o professor ajudará os alunos na observação e interpretação de figuras e
realização de actividades semelhantes. O exemplo dado abaixo poderá ser um modelo a
seguir.
2 3 5
Obs: Um conjunto de duas estrelas (2), mais um conjunto de duas (3) estrelas somam
um total de cinco (5) estrelas.
5.2. Como ensinar a Subtracção?
A subtracção é uma operação básica da Matemática, sendo representada pelo sinal de
(–). O desenvolvimento da subtracção entre números naturais é, de certa forma, bem
simples.
A introdução da subtracção faz-se através da retirada de objectos de um conjunto,
partindo de problemas simples e reais com a manipulação de objectos.
O professor poderá ensinar a subtracção com a ajuda de desenhos ou objectos e
seguindo os passos apresentados em seguida.
1.º Passo
Apresente aos alunos um problema de subtracção com palavras. Escreva ou recite um
problema para os alunos, como por exemplo:
«Há 5 maçãs na mesa. O Jorge comeu 3 maçãs. Quantas maçãs sobraram na mesa?»
2.º Passo
Explique o problema com um desenho.
Circunde 5 maçãs no quadro ou numa folha de papel. Peça aos alunos que contem as
maçãs (o professor pode rotular cada uma delas com um número). À medida que explica
que o Jorge 3 maçãs, risque ou apague 3 círculos. Pergunte aos alunos quantas maçãs
sobraram.
3.º Passo
Explique o problema com objectos.
Coloque 5 maçãs na mesa e peça aos alunos que as contem. Retire 3 maçãs da mesa,
explicando que o Jorge comeu 3 delas. A seguir, peça-lhes que contem quantas maçãs
sobraram na mesa.
4.º Passo
Escreva uma expressão numérica.
Explique aos alunos que pode demonstrar esse problema com uma expressão numérica.
Guie os alunos ao longo do processo de transpor o problema das palavras para os
números.
Por exemplo:
• Pergunte aos alunos quantas maçãs estão na mesa. Escreva «5» no quadro.
• Pergunte aos alunos quantas maçãs o Jorge comeu. Escreva «3» no quadro.
• Pergunte aos alunos: – Trata-se de um problema de adição ou subtracção? Escreva «
– » entre «5» e «3».
• Pergunte aos alunos qual é a solução de «5 – 3». Escreva «=» seguido por um «2».
5.3 Como ensinar a multiplicação?
Introdução à multiplicação – Adição de parcelas iguais
A introdução à multiplicação faz-se partindo das situações o raciocínio multiplicativo.
Esta operação deve ser criada com base na adição de parcelas iguais.
Na demonstração do conteúdo, o professor poderá fazer agrupamentos com material
reciclado (por exemplo, tampas de garrafas plásticas) de 2 em 2, de 3 em 3, etc. Isto
direcciona para a tabuada e para o conjunto.
O professor deverá perguntar aos alunos:
i). «Quantos montinhos de 2 fizeram?»
ii) «Quantos montes de tampinhas existem?»
iii) «Quantas tampinhas existem ao todo?»
Quando o professor começar a escrever no quadro, deverá levar os alunos a acompanhar
seu raciocínio:
COMPILADO POR ALFREDO LUNGANGA LICENCIADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO 1
ESPECIALIDADE DE EDUCAÇÃO PRIMÁRIA 1
METODOLOGIA DE ENSINO DA MATEMÁTICA PARA O CONCURSO PÚBLICO DA EDUCAÇÃO 12
Para chegar ao mesmo destino podemos utilizar dois caminhos e podemos fazê-
lo a pé ou de bicicleta:
Indo a pé, o trajecto faz-se mais devagar – o mesmo se passa com a adição. 3 + 3 +
3 + 3 = 12
4 x 3 = 12
A multiplicação é a operação que faz a acção de repetir a mesma quantidade e procura
o total.
Para consolidar a aprendizagem, o professor pode dar muitos outros exemplos sobre o
mesmo conceito.
6. Como ensinar a criança a divisão com números fraccionários?
Afinal, o que é uma fracção? E que vocabulário específico está associado a esta noção?
Uma fracção é uma notação usada em Matemática para representar o resultado da
divisão exacta entre duas quantidades. Nesta notação há três componentes a considerar:
um traço (horizontal ou oblíquo) que simboliza a operação divisão: o traço de fracção;
um número escrito acima, ou à esquerda desse traço: o numerador da fracção; um
número escrito abaixo, ou à direita desse traço que tem que ser diferente de 0: o
denominador da fracção. Tanto o numerador como o denominador são designados por
termos da fracção.
O denominador de uma fracção indica o número de partes iguais em que uma
quantidade foi dividida; o numerador indica o número de partes considerado.
3
Por exemplo, significa que uma unidade foi dividida em 8 partes iguais e que se
8
estão a considerar 3 dessas partes.
3 Numerador
- Traço da Fracção
8 Denominador
Embora a fracção seja um modo particular de representar números, neste texto e por
uma questão de simplificação de linguagem, a palavra fracção refere-se ao número que
é por ela representado.
3
Como ler a fracção ? Uma possibilidade seria dizer três sobre oito. Esta leitura directa
8
dá jeito quando o numerador e o denominador são números grandes. Por exemplo, se
quisermos referir-nos a o mais prático é dizer cento e vinte e cinco sobre quatrocentos
e oito. No entanto, há fracções que têm designações especiais ou que admitem outras
possibilidades de leitura (tabela 1).
Fracções Leitura
1 Um meio
2
1 Um terço
3
1 Um quarto
4
3 Três quintos
5
7 Sete décimos
10
12 Doze quinze avos
15
19 Dezanove vinte avos
20
98 Noventa e oito centésimos
100
Observando a tabela 1, constatamos que quando os termos de uma fracção são números
inteiros, se usam as palavras associadas ao aspecto cardinal do número para ler o
numerador. Além disso, quando o denominador é inferior ou igual a 10 ou é um
1 1
múltiplo de 10 — com excepção de e de - as palavras utilizadas para o referir estão
2 3
associadas às que designam o aspecto ordinal do número (por exemplo, quarto, quinto,
décimo, centésimo). Estas palavras passam ao plural se o numerador é maior do que 1:
3
por exemplo, lê-se três quintos e não três quinto. Com bastante frequência quando os
5
denominadores estão entre 10 e 100, costuma justapor-se à leitura dos números que os
indicam a palavra “avos” (por exemplo, doze quinze avos).
É importante que o professor ajude os alunos a entender que as partes fracionárias de
uma quantidade considerada como o todo, têm nomes especiais que nos indicam
quantas dessas partes são necessárias para obter o todo. Por exemplo, se se referirem
meios há necessidade de dois meios ter o todo; do mesmo modo, se se falar em quartos,
oitavos ou décimos, há que ter, respectivamente, quatro quartos, oito oitavos e dez
décimos. Não é relevante insistir na utilização da palavra “avos” para designar fracções,
sobretudo quando o seu denominador é superior a 20. Esta compreensão é favorecida se
1
se recorrer a contextos familiares aos alunos. Por exemplo, de um ananás, ou seja,
2
3
um meio de um ananás, é metade desse ananás; se para fazer um vestido é necessário
4
(três quartos) de uma capulana, pode dividir-se, através de duas dobragens, a capulana
em quatro partes iguais e usar três dessas partes. Através deste segundo exemplo, os
alunos poderão contactar, informalmente, com as ideias de que metade de metade é um
quarto e que se retiramos três quartos a uma unidade sobra um quarto desta unidade
(figura 1), o que pode favorecer, mais tarde, a aprendizagem de operações com fracções
1 1 1
( x = e ).
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Tratamento didático da fracção e de número fraccionário
Para o tratamento didáctico deste complexo de matéria, no ensino primário, faz-se sobre
a base de material concrecto, gráfico ou diagramas que ilustrem o que se faz de forma
intuitiva e de maneira clara.
Assim, ao abordar o tema devemos vincular ás situações que signifiquem algo para o
aluno, que aprenda utiliza-las, relaciona-las e aplica-las.
Como se introduz o conceito de fracção?
O conceito de fracção no ensino primário introduz-se a partir de situações em que esteja
implícita a relação parte e todo. Esta relação é a base do proceder metodológico para sua
elaboração.
Ex.: A mãe da Kilembeketa fez um bolo para reparti-lo a quatro irmãos. Que parte
recebe cada irmão?
A situação resolve-se com ajuda de uma representação gráfica ou de forma prática.
Condições prévias a reativar nos alunos:
Conceito de divisão e seu significado prático.
Calculo com números naturais com ênfase na divisão.
Á luz dos procedimentos didacticos para trabalhar problemas do típicos do ensino
primário, o professor pode proceder à solução de forma aritmética através de diferentes
impulsos:
Como expressar numericamente a situação exposta?
Quantos bolos fez a mãe do Kimbeleketa?
Em quantas partes temos de dividi-lo?
Desenhar o bolo e dividi-lo em quatro partes, chegaremos à conclusão de que cada
1
irmão receberá .
4
Fracção é um representante de numero fraccionário composta por numerador e
denominador onde o segundo elemento que é o denominador é diferente de Zero. A
partir da simplicidade ou ampliação de uma fracção podemos ter um número
fraccionário que é uma classe de pares ordenados com igualdade de quociente.
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Ex.: ; ; a essa classe dá-se o nome de número fraccionário e cada representante
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é uma fracção.
7. Como ensinar a criança a contar?
A contagem ensina-se começando nas atividades lúdicas. No princípio introduz-se a
contagem sem objetos com recursos a canções, histórias, pequenas dramatizações,
contando de frente para trás e trás para frente, preparando a adição e subtração
simultaneamente. Na segunda, introduz-se a contagem com os números, apresentando
os símbolos o seu nome. Na mesma, conta de frente para trás e de trás para frente,
antecessor e sucessor, o número depois do outro número.
Exemplo: