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REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
PREPARATÓRIO DE ADMISSÃO PARA PROFESSORES DO ENSINO
PRIMÁRIO
QUESTIONÁRIO DE DIDÁCTICA DE MATEMÁTICA
I
1. Quais são os objectivos da Matemática no Ensino Primário?
2. Quais são as competências que se procura desenvolver no ensino da Matemática
no Ensino Primário?
3. A elaboração de conceitos para o professor é uma actividade permanentemente
quando se trata da introdução de conceitos novos.
De forma resumida, descreva o que o professor deve ter em conta para
elaborar conceitos em Matemática.
4. Um conceito antecede uma definição. Estabelece a diferença entre conceito e
definição.
5. Em sua opinião, ao ensinares a Matemática à criança o melhor método é
começares a introduzir conceito ou definição?
6. Qual é a diferença entre os conceitos de número e numeral?
7. A ideia da representação do nada tem sido várias vezes um motivo de confusão
para as crianças. Como é que o professor deve dar o conceito de zero em
Matemática no ensino primário?
8. Contar correctamente é uma habilidade usada todos os dias pelo homem. Como
professor do ensino primário, como ensinaria as crianças a contar?
9. O que o professor deve fazer ao ensinar os números naturais?
10. Sobre o ensino da contagem dos números naturais, são feitas quatro afirmações
seguintes:
I- Ensinar as crianças a contar pode ser fácil se o professor aproveitar as
habilidades individuais de cada criança.
II- O professor deve fazer um diagnóstico para perceber a habilidade de
contagem que cada criança traz.
III- As habilidades deverão ser aproveitadas para suprir as lacunas que o
professor notou em cada criança.
IV- Muitas crianças vêm à escola contando correntamente.
10.1 Dentre essas afirmações, três estão correctas. Identifique-as.
11. Os números fraccionários começam a ser vistos no ensino primário o que
obrigará o professor a fazer uma boa introducão.
11.1. Como farias a introdução desses números no ensino primário?
II
12. Como farias a introdução dos conceitos de sinais de comparação a criança?
13. Como ensinar a comparar e ordenar os números naturais?
14. Apresente uma estratégia didáctica para o ensino da comparação e ordenação?
15. O ensino da geometria no ensino primário tem sido um grande problema para os
professores.
15.1. O que o professor deve ter em conta no ensino da geometria?
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16. Para resolver um problema nas distintas classes do ensino primário o professor
deve ter em conta alguns aspectos.
16.1. Quais são os passos de resolver problemas matemáticos?
17. Como ensinar os números de 0 à 9?
18. Como ensinar a resolução de equações (1ª à 6ª classe)?
III
19. Um algoritmo é uma sequência de passos lógicos que permitem a resolução de
um problema.
19.1. Explique resumidamente como se elabora um procedimento de caracter
algoritmo.
19.2. Dada a seguinte equação ∆-7=10, elabore um algoritmo para o seu ensino.
20. Conhecer as operações fundamentais é importante para as crianças no ensino
primário.
20.1. Como ensinaria a adição com transporte na 3ªClasse?
20.2. Como professor do ensino primário, como explicaria a operação 105-89=?
21.Apresenta uma estratégia de resolução para cada um dos seguintes exercícios sem
recorrer aos algoritmos:
a) 7 + 23=?
B) 23 - 7=?
c) 23 x 7=?
d) 23 % 14=?
22.Para efectuarmos uma divisão de números decimais temos de considerar 5 formas
diferentes de resolução.
22.1. Estruture um procedimento de caráter algoritmo para resolver cada um dos
exercícios:
a) 47,6 : 15=?
B) 351,0 : 1,6=?
c) 8,8 : 2,2=?
d) 6,80 : 0,12=?
e) 8,57 : 1,2=?
23. Ensinar aos alunos as diferentes formas de aplicar as propriedades das operações e a
relação inversa entre a adição/subtracção e multiplicação/divisão é para simplificar os
cálculos e desenvolver o cálculo mental.
23.1. Ao seu critério, diga se as propriedades das operações são importantes e porquê?
24. Qual a importância dos sentidos associados às várias operações?
24.1. Quais são os sentidos associados à operação adição?
24.2. Quais são os sentidos associados à operação subtracção?
25. Como professor do Ensino Primário, Quais os diferentes tipos de cálculo que
ensinarias aos alunos?
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25.1. Tradicionalmente o entendimento de cálculo mental é contraposto ao cálculo
algorítmico e associado aos cálculos realizados com a cabeça, sem recurso a qualquer
registo escrito. No entanto, este entendimento origina alguma contradição pois é
possível calcular sem recorrer a um registo escrito e usar um algoritmo.
a) Assinale com V as características verdadeiras do cálculo mental:
A)-Trabalha-se com os números e não
com os dígitos;
B)-Usam-se as propriedades das
operações e várias relações numéricas;
C)-Apoia-se no uso de intuições e
conhecimentos sólidos sobre factos
numéricos;
D)-É possível efetuar registos escritos
embora haja predominância dos cálculos
mentais;
E)-Todas anteriores são verdadeiras
F)-Nenhuma verdadeira
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
6
Denominador
Só depois dos alunos compreenderem o denominador, começaria a consumir as partes
do todo, logo a seguir introduzir o conceito de numerador, que representa as partes
consumidas do todo.
Ex:
Só assim, daria a introdução da definição dos números fraccionários.
Ensinaria a leitura dos números. Para melhor compreensão dos alunos daria mais
exemplos.
E só depois é que se seguem as operações com os números fraccionários.
II
12) R: Ao introduzir o conceito de sinais de comparação podemos explicar aos alunos
que em Matemática existem três sinais para comparar, naqual temos o primeiro
símbolo com abertura virado ao lado esquerdo > indica o maior que e o que estiver
aberto ao lado direito < menor que, e as duas rectas no sentido horizontal paralela =
indica o sinal de igual.
20 + 10
30 logo, 7+23=30
b) R: 23-7=? Na subtracção, também podemos utilizar, a estratégia de decomposição dos
dois termos e utizando um diagrama.
Ex: 23-7=? 23 - 7=16
23 3 4
20 4
16 logo, 23-7=16
c) R: 23x7=? Na multiplicação podemos usar a estratégia da propriedade distributiva:
onde faz-se a decomposição de um dos termos e aplicar a propriedade distributiva em
relação a adição.
Ex: 23x7=151 7(20+3)=(7x20)+(7x3)
=140+21
=161
d) R: 24:2=? Na divisão, devemos aplicar a estratégia de: - procurar um número que
multiplicando com o divisor nos dê o dividendo, logo o número achado é o quociente.
Ex: 24:2=12; 2x12=24 logo o resultado é 12.
23.1.) R: As propriedades das operações são importantes sobretudo por elas serem
fundamentais para simplificar o cálculo, desenvolvendo o cálculo mental e para entender
as diferentes representações dos números.
As propriedades das operações são igualmente importantes para ‘olhar’ para os números
e os transformar, compondo-os ou decompondo-os de acordo com o cálculo que é
necessário efectuar, como no caso em que para determinar o valor de 77 + 28 se decompõe
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77 em 70 + 7, se adiciona 70 com 28 (usando-se a propriedade associativa e comutativa
da adição) e, finalmente, se determina o valor de 98 + 7.
24.) R: As operações aritméticas devem surgir em contexto de resolução de problemas,
associadas a situações diversificadas relacionadas com os vários sentidos de cada uma
delas. Assim, no Ensino Primário, o professor deve promover a exploração de problemas
em contextos reais, de modo a confrontar os seus alunos com situações que apelem aos
diferentes sentidos das operações.
A distinção entre os vários sentidos das operações é sobretudo importante para que o
professor esteja atento ao tipo de problemas que propõe, que deverão estar associados aos
vários sentidos e não apenas a um ou outro, mais usuais.
24.1) R: Distinguem-se dois sentidos associados à adição: o de juntar (ou combinar) e o
de acrescentar.
O sentido de juntar ou combinar diz respeito a situações em que duas ou mais
quantidades são transformadas (ou são combinadas) numa quantidade simples e a
operação adição é usada para calcular o número total.
Por exemplo, no problema “ O Luciano tem 13 berlindes e o Adelino tem 8. Quantos
berlindes têm os dois meninos?” temos inicialmente duas quantidades (ver figura 1). –
13 e 8 – que adicionadas permitem obter a quantidade 21.
Figura 5 Decompor 29 e 27
O desenvolvimento do cálculo mental requer trabalho intencional do professor que o
deverá continuamente trabalhar. Para isso, importa explorar com as crianças as
decomposições dos números e as propriedades e relações numéricas. É igualmente
importante trabalhar formas de registo como as que foram apresentadas para o cálculo de
29 + 27.
26.) R: De uma forma geral podemos identificar dois modos de adicionar e subtrair
mentalmente: linearmente ou por decomposição.
Quando se pensa linearmente partimos de um dos termos da adição/subtracção e
efectuamos sucessivas adições ou subtracções. Este procedimento traduz-se com bastante
facilidade na recta numérica, assinalando os ‘saltos’ aditivos ou subtractivos que se usam.
Exemplo de saltos aditivos na recta numérica: 29 + 27=?
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Atenção: O professor deve ter em conta que nas classes iniciais os alunos não conseguem
dar ‘grandes saltos’ e apenas ‘saltam’ de 10 em 10. Com o progressivo conhecimento dos
números vão conseguindo dar ‘saltos’ de 20, 30, 40, ..., para a frente e para trás.
Quando se pensa por decomposição, partimos de uma decomposição dos dois termos da
adição ou da subtracção. Este procedimento traduz-se com bastante facilidade em
‘diagramas’. Na tabela seguir, exemplificam-se dois tipos de estratégias por
decomposição para a adição e subtracção:
Tabela 1 Estratégias de cálculo mental para a adição e subtracção
57 + 35 = 83 – 27 =
57 + 30 = 87 , 87 + 5 = 92 83 – 20 = 63 , 63 – 7 = 56
57 + 40 = 97 83 – 30 = 53
97 – 5 = 92 53 + 3 = 56
57 + 5 = 62, 62 + 30 = 92 83 – 3 = 80, 80 – 24 = 56
50 + 30 = 80, 7 + 5 = 12 80 – 20 = 60 , 3 – 7 = (faltam 4)
80 + 12 = 92 60 – 4 = 56
60 + 20 = 80, 80 – 20 = 60
80 + 5 = 85 , 85 + 7 = 92 60 + 3 = 63 , 63 – 7 = 56
Existem muitas outras estratégias para adicionar e subtrair que recorrem ao uso flexível
de factos numéricos conhecidos, propriedades e relações numéricas. Na tabela seguinte
exemplificam-se algumas delas:
Tabela 2 Mais estratégias de cálculo mental para a adição e subtracção
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100 – 49 = 100 menos 50 é 50. Logo é Parte do conhecimento de
51 porque tirei 1 a mais que 50 + 50 =100, logo 100
– 50 = 50
24 + 25 = É 49 porque 25 + 25 = 50 Parte do conhecimento do
dobro de 50 e usa-o numa
situação de ‘quase’ dobro
O conjunto formado pelas camisolas tem cardinal 4 e o conjunto formado pelas calções
tem cardinal 3 pelo que a situação se pode representar por 4×3=12, sendo 12 o número
de maneiras diferentes que o Castro se pode vestir.
30.) R: Os sentidos mais frequentes associados a situações de divisão são o de medida e
o de partilha.
Estamos perante uma situação de divisão como medida quando temos uma certa
quantidade de elementos (objetos) que vai ser organizada em grupos com um certo
cardinal. O que se pretende saber é o número de grupos necessário para organizar a
quantidade inicial. Vejamos o seguinte problema:
Há 30 goiabas para embalar em caixas de cinco cada. De quantas caixas vamos precisar?
Tem-se uma certa quantidade de goiabas e caixas com uma certa "medida" (neste caso,
cada uma leva cinco goiabas). Quer-se saber quantas são as caixas que se precisa para
acondicionar todas as goiabas.
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Os problemas de divisão no sentido de medida têm sempre associadas questões do tipo:
Quantas medidas? (Caixas, sacos,...)
pois é sempre dada uma "medida" (o número de elementos de cada subconjunto) e
precisamos de calcular quantas medidas iremos precisar (número de subconjuntos) para
organizar um certo número de elementos.
Na resolução de problemas de divisão com sentido de medida é frequente os alunos
pensarem em termos de adição repetida, de subtração repetida ou de multiplicação.
Por exemplo, para resolver o problema anterior um aluno da 2.ª classe poderia adicionar
repetidamente o número 5 até perfazer 30. Ex.: 5+5+5+5+5+5=30
Também há alunos que podem subtrair sucessivamente 5 ao número inicial, efetuando:
30-5=25; 25-5=20;20-5=15; 15-5=10; 10-5=5 e 5-5=0, chegando à solução 6 (seis caixas
para embalar 30 goiabas).
Está-se perante uma situação de divisão no sentido de partilha quando se trata de repartir
um conjunto de elementos por um certo número de conjuntos (a partição).
O que se quer saber é o número de elementos que fica em cada conjunto.
Por exemplo: Há 30 goiabas para repartir por cinco amigos. Com quantas goiabas fica
cada um?
Neste caso tem-se 30 goiabas que se querem distribuir por cinco amigos. A solução
do problema indica o número de goiabas com que fica cada um dos amigos, ou seja,
seis.
Neste tipo de problemas de divisão no sentido de partilha estão sempre associadas
questões do tipo: Com quantos ficou cada um? Quantos couberam a cada um?
pois é-nos sempre dado um total (o número de elementos do conjunto de partida)
e precisamos de calcular como este é distribuído (repartido) por um certo número
de elementos.
Na resolução de problemas com sentido de partilha, embora menos frequente, há alunos
que usam a subtracção, distribuindo sucessivamente o número de objetos até o esgotarem.
Também podem pensar em termos da multiplicação.
31.) R: No que respeita ao cálculo mental associado à divisão este assenta também na
relação inversa entre esta operação e a multiplicação.
Desenvolver o cálculo mental na sala de aula deve ser uma das finalidades do trabalho
com as operações, o que implica da parte do professor um trabalho sistemático em torno
das diferentes estratégias como de decomposições dos números e das relações e
propriedades das operações. (consulta o Manual do PAT para mais exemplos)
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32.) R: Eis aqui algumas estratégias de cálculo mental relacionadas com a multiplicação
de 5x29=?:
− Pensar que 29 está próximo de 30 e calcular primeiro 5×30 e retirar depois 1×30. Neste
caso os alunos podem registar do seguinte modo:
5×29=5×30-5=150-5=145 ou escrever simplesmente, 5×30=150; 150-5=145 (esta
estratégia baseia-se no uso da propriedade distributiva da multiplicação em relação
à subtracção)
− Pensar que 29=20+9 e calcular os produtos parciais 5×20 e 5×9. Neste caso os
alunos podem registar o cálculo de cada um dos produtos separadamente ou então
fazer um registo semelhante a 5×29=5×20+5×9 (esta estratégia baseia-se no uso da
propriedade distributiva da multiplicação em relação à adição)
− Pensar que 5×29 é metade de 10×29, calculando primeiro 10×29=290 e efectuando
depois metade de 290. Para realizar metade de 290 os alunos podem pensar que metade
de 200 é 100 e metade de 90 é 45 (esta estratégia baseia-se no uso da propriedade
associativa da multiplicação).
33.) R: Estratégia de calcular mentalmente 48:3=? :
Pode-se pensar num número que multiplicado por 3 esteja ‘perto’ de 48. Por exemplo,
sabe-se que 10×3 é igual a 30. Então se tirar 30 ao 48 fico apenas com 18 e penso no
número que multiplicado por 3 é igual a 18, ou seja o 6. Pensando em termos de divisão
este raciocínio significa que 30:3=10 (porque 10×3=30) e que 18:3=6 (porque 6×3=10).
Então, 48:3=16, ou seja, se se adicionar os dividendos e mantiver o divisor, obtém-se um
quociente que é a soma dos quocientes parciais.
Esta estratégia de cálculo baseia-se na relação entre divisão e multiplicação e na
propriedade distributiva da multiplicação em relação è adição.
34.) R: Eis aqui algumas estratégias de cálculo mental relacionadas com a divisão de
140:5=?:
-Pode-se pensar num número que multiplicado por 5 fique próximo de 140 e começar
por um ‘número redondo’ 20×5=100, ou seja 100:5=20. Então agora só é preciso de
pensar num número que multiplicado por 5 seja igual a 40 (pertence à tabuada do 5),
que é o 8. Por isso, 40:5=8 logo 140:5=28
-Pode-se pensar em dividir por 10 porque 10 é o dobro de 5 e é mais fácil calcular com
o número 10. Se fosse 140:10 pensava-se no número que multiplicado por 10 fosse
igual a 140, ou seja 14. Então, se ao dividir 140 por 10 obtém-se um quociente igual a
14, se dividir o mesmo número por 5 (metade de 10) obtém-se um quociente que é o
dobro de 14, ou seja, 28.
35.1) R: a) 96 : 4=?
1º Pensa-se qual o número que multiplicado por 4 é igual ou próximo de 9;
2º Subtrai-se 8 de 9 e baixa-se o algarismo das unidades;
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9`6 4
-8 2
16