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JÊ 0 ^ W
As razoes de
Aristóteles
Tradução
Dion Davi Macedo
JNt.
Edições Loyola
T ítu lo original:
Le ragioni di Aristotele
© 1989, Gius. Laterza & Figli
ISBN: 88-420-3358-8
Edição de texto
Marcos Marcionilo
Consultores
Carlos Arthur Ribeiro do Nascimento
Eliane Christina de Souza
Preparação
Maurício Balthazar Leal
Revisão
Renato Rocha Carlos
Edições Loyola
Rua 1822 n" 347 - Ipiranga
04216-000 São Paulo, SP
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P r e m is s a ..............................................................................................VII
Capítulo 5o — A retórica
A racionalidade da “arte” ............................................................157
Poética e retó rica........................................................................ .164
Relação entre retórica, dialética e filo so fia ............................171
Relação entre retórica, dialética e política..............................177
/
costume, ou deveria sê-lo, que ao publicar um novo livro
E o autor procure justificá-lo — o que pode ser oportuno
especialmente hoje, quando os livros não constituem mais uma
mercadoria rara — e também dizer o que exatamente propõe-
-se a fazer por meio dele, a fim de não suscitar expectativas que
venham a ser posteriormente frustrada^. Esta última precaução
é oportuna sobretudo da parte de quem, como o autor, já publi
cou vários livros sobre Aristóteles. Eu poderia defender-me
rapidamente declarando que o livro contém, e é verdade, cinco
aulas ministradas sobre o tema no Instituto Italiano de Estudos
Filosóficos de Nápoles em junho de 1988, o que já seria, por
si só, uma ótima justificação, mas com isso teria somente trans
ferido o problema, visto que me restaria explicar por que esco
lhi para elas este tema.
Começando, então, pelo ponto mais delicado, tenho de dizer
que este novo livro, mesmo sendo, também ele, inegavelmente
sobre Aristóteles, não quer ser uma contribuição original ao
conhecimento do filósofo antigo (ainda que nem todas as coi
sas que direi a propósito dele sejam de domínio comum), por
que não se confronta continuamente, como seria exigido de um
intento similar, com a literatura crítica precedente. Ele quer
enfatizar, ao contrário — por mais estranho que isso possa
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As razões Ac Aristóteles
VIII
Premissa
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As razões de Aristóteles
X
Premissa,
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As razões de Aristóteles
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Premissa
XIII
As razoes de Aristóteles
XIV
Premissa
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As razões de AristAteies
obra por Aristóteles. Tal reexame, ainda que não acresça nada
de novo a quanto já se sabe a respeito do filósofo, pode ser útil
para esclarecer os termos do debate hodierno, mostrando, por
exemplo, que há muitos modos racionais de ser, ou de fazer
discursos racionais, nem todos redutíveis ao “cálculo lógico”
ou aos métodos das ciências, exatas, naturais ou “humanas”,
nem todos dotados do mesmo grau de rigor, isto é, de concisão,
conclusividade. Não obstante, eles são todos igualmente váli
dos, isto é, universalizáveis, comunicáveis, controláveis: mo
dos que se aproximam, em diversas medidas, do âmbito do
não-racionalizável, seja para “cima” (isto é, para o âmbito da
arte, da religião, da mística), seja para “baixo” (isto é, para o
campo do instinto, da paixão, da animalidade), ainda que per
manecendo na esfera da racionalidade; modos que atingem até
mesmo o nível de uma racionalidade intuitiva, ou, de qualquer
modo, não mais discursiva (como a intuição intelectual, ou a
intuição prática, ou a criativa), ou que se elevam um pouco
sobre o nível da conversação cotidiana, ou até da tagarelice.
XVI
s razões de
Aristóteles
6n0tub Primeira
podíctica e dialética
A ciência apodíctica
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As razões de Aristóteles
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A dialética
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15. Para uma resenha das discussões, mas também uma interes
sante interpretação desta passagem, veja-se C. Rossitto, “La dialettica
platônica in Aristotele, Metafisica A 6 e M 4”, in Verifiche. 7: 487-508,
1978. Para uma mais ampla justificação da interpretação por mim
proposta, compreendidas as explicações acrescidas em colchetes, veja-
-se o meu ensaio “Differenza tra la dialettica socratica e quella platônica
secondo Aristotele, Metaph. M 4”, in AA.VV. Energeia. Etudes
aristotéliciennes offertes à Mgr Antonio Jannonne, Paris, Vrin, 1986,
pp. 50-65.
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método da física
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O procedimento diaporético
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A semântica ontológica
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A demonstração elenktica
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O método dat metafísica
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A teologia “dialética”
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16. Sobre ela chamou a atenção K. Oehler, “Der B ew eis für den
unbewegen B ew eger bei Aristotelis (M etaph. L 6, 1071 b 3 -2 0 )”, in
Philologus. 99: 70-92, 1955, seguido por H. G. Gadamer.
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portanto, vida, que sua vida é eterna e feliz e que, por conse
guinte, é um deus (eternidade e beatitude eram, com efeito,
para os gregos, as prerrogativas da divindade; como tal, ele é
absolutamente pessoal, ou seja, “capaz de entender e de que
rer”, malgrado quanto se costuma dizer da impessoalidade do
deus aristotélico); enfim, que é dotado de “potência infinita”
(no sentido de potência ativa, não de potencialidade) (cap. 7).
Tudo isso é demonstrado com procedimentos rigorosamente
racionais, baseados ora na implicação dos conceitos (ato, pen
samento, vida), ora na analogia com o homem (analogia que,
no entanto, reconhece as profundas diferenças), mas não mais
no mito ou em qualquer revelação: neste sentido, trata-se de
uma teologia “científica” ou filosófica, a mais rigorosa jamais
formulada, porque de todo imune à influência das grandes reli
giões do “Livro”.
No capítulo oitavo, pois, Aristóteles permite-se também
uma crítica da religião tradicional, isto é, da teologia mítica.
Depois de ter demonstrado que os princípios imóveis são mui
tos, precisamente tantos quantas são as esferas celestes que
giram eternamente sobre si mesmas, ele acrescenta:
transm ite-se em form a de mito dos prim itivos e
antiqüíssimos aos pósteros a tradição de que estes
são deuses e de que o divino envolve toda a natureza.
Ás c o isa s rem anescen tes fo ra m a crescen ta d a s
miticamente a fim de persuadir muitos e para usá-las
em vista das leis e da utilidade. Dizem alguns, com
efeito, que estes [deuses] têm forma humana e que
são semelhantes a alguns outros animais, e a isso
acrescentam outras coisas conseqüentes e semelhan
tes a estas ditas. Se, após tê-la separado destas últi
mas, alguém tomasse apenas a primeira afirmação,
isto é, que consideravam as substâncias primeiras ser
deuses, seria considerado falar divinamente (1074 a
38-b 10).
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(?crpítub (Süüírta
método da filosofia
prática
A intenção tipológica
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O método da filosofia prática
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G^apítub (Quinfr
retórica
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vndice de autores
A Dionisio 183
Dionisiodoro 168
Anaxágoras 61, 77, 107, 147
Dioniso 166
Antifonte 67 Dörrie, H. 74
Ares 166
Düring, Ingemar XII, 74
Aubenque, Pierre XII, XIII, 153
E
B
Eléia, Zenão de 19, 32, 33, 36,
Bacon, Francis X, XI, 3 82, 103
Balme, D. M. 74 Empédocles 27, 61, 77, 107, 167
Baumgarten 13 Espeusipo 9 0 , 106, 107
Bergson, H. 14 Espinosa, B. 13
Bien, Gunther XV, 141, 142 Euclides 7, 10
Boécio 13 Eudoxo 10, 11
Bubner, Rüdiger XV, 142, 143 Eutidemo 168
Burnet, John 141, 142
F
C
Ferécides 107
Cálias 160, 161 Feuerbach 65
Crane, R. S. XV Feyerabend, Paul XV
Filodemo 169
D
G
Demócrito 54
Derrida, Jacques XV Gadamer, Hans Georg XIV, XV,
Descartes, R. X, XI 109, 143, 163
189
ytf razdes tie Aristoteles
I Olson, Elder XV
Orfeu 107
Isocrates 167, 169, 170 Owen, G. E. L. IX, XIII, 15, 60,
133
J
Jaeger, Werner XII, 108 P
Parmênides 32, 33, 36, 37, 54,
K 60, 64, 82, 83, 90, 107
Kaflt, I. 13, 58, 103, 104, 111, Perelman, Chaim XIV, 170
151, 154 Péricles 146, 147
Kepler 108 Pisistrato 182
Kierkegaard, S. 65 Platào 4 , 9, 10, 32, 33, 36, 37,
Kuhn, Helmut 141, 142 46, 60, 64, 7 1 ,7 6 , 77, 80, 82,
83, 84, 9 0 ,1 0 6 ,1 0 7 ,1 0 8 ,1 0 9 ,
L 110, 111, 124, 129, 130, 144,
Larnpsaco, Anaximenes de 168 167, 168, 169, 170
Le Blond, Jean Marie XII, XIII, 52 Plutarco 108
Leibniz X Pôggeler, Otto 141, 142
Lyotard, Jean François XV Popper, K. IX
M R
Magos 107 Ravaisson, J.-G.-F. 108, 186
M ansion, d om A ugustin XII, Ritter, Joachim XV
XIII, 53 Rodes, Andrônico de 43
190
índice de autores
191