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Angélica Muteto
Hortência Mulau
Josefa Chembene Mathe

Procedimento metodológico para o ensino da subtracção

Licenciatura em Ensino Básico

Universidade Pedagógica
2018
Índice de Tabelas e Gráficos
Angélica
Tabela 1: Nível académico dos professores Muteto
........................................... Error! Bookmark not defined.
Tabela 2: Anos Hortência
de Mulau
experiencia profissional dos
Josefa Chembene Bookmark
professores…………………………………….Error! Mathe not defined.
Tabela3: Distribuição da amostra por sexo………………………………………………………28
Gráfico 1. Exploração de uma situação de comunicação (histórias, jogos, imagens, etc.) e
formação de frase que contenha a letra em estudo………………………………………………29
Gráfico 2. Leitura da frase e destaque da Palavra-Chave………………………………….…….30
Gráfico 3. Leitura da palavra-chave e sua divisão em sílabas…………………………………...30
Gráfico 4.Leitura da sílaba-chave e destaque/identificação da letra em estudo……………...….31
Procedimento metodológico para o ensino da subtracção
Gráfico 5.Formação de novas sílabas com a letra em estudo……………………………………31
Gráfico6.Formação de novas palavras com a letra em estudo………………….………………..32
Gráfico7.Formação de novas palavras com a letra em estudo…………………………………...33

Trabalho de pesquisa sobre Procedimento


metodológico para o ensino da subtracção a ser
apresentado ao Docente da cadeira de Matemática II
para efeitos de avaliação.
Docente: Dr. Chadreque Guambe

Universidade Pedagógica
2018
Introdução
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1. Introdução
A matemática constitui um património cultural da humanidade e um modo de pensar de tal
maneira que a sua apropriação é um direito de todos. Todas as crianças e jovens devem ter
possibilidade de desenvolver a capacidade de usar a matemática para analisar e resolver
situações problemáticas do seu dia-a-dia. Daí a importância da compreensão do sistema de
numeração de posição e do modo como este se relaciona com os algoritmos das quatro
operações.
É neste âmbito que o trabalho objectiva compreender os procedimentos metodológicos do ensino
da subtracção nas classes iniciais. Onde ira-se abordar as seguintes estratégias: contagem
regressiva e progressiva, a composição a decomposição, do uso da recta graduada assim como do
procedimento escrito sem e com empréstimo.
As operações de subtracção assumem-se como foco na área curricular de matemática, sobretudo
nas classes iniciais, sendo necessário que os alunos adquiram fluência de cálculo e destreza no
uso desta operação matemática.
A estrutura do trabalho está dividida em quatro partes, compreendidos pela Parte Introdução que
para além da introdução, temos os objectivos e metodologias; Revisão da Literatura, onde faz-se
o enquadramento teórico e conceptual, apresenta-se as definições e discussão dos conceitos sobre
a temática em estudo; Considerações Finais e Referências Bibliográficas.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral

» Compreender os procedimentos metodológicos do ensino da subtracção nas classes iniciais

1.1.2. Objectivos específicos

» Estudar a concepção das crianças sobre a subtracção;

» Identificar as estratégias do ensino da subtracção nas classes iniciais;

» Descrever as estratégias do ensino da subtracção nas classes iniciais.


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1.2. Aspectos Metodológicos


Para a elaboração deste trabalho recorreu-se à revisão bibliográfica das obras que versam sobre o
assunto, bem como de artigos extraídos na internet como forma de construir um referencial
teórico favorável para a compreensão do tema em estudo.
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2. Fundamentação Teórica
2.1. Discussão dos conceitos básicos
Neste trabalho são consideradas como conceitos básicos e frequentes em todo trabalho os
seguintes: Metodologia, Método e Subtracção.

Metodologia
A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exacta de toda acção
desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa. (Nérici.1978:15).
Portanto, metodologia pode ser entendida como a ciência dos métodos, técnicas e estratégias.

Método
Para Fonseca (2002) citado por (PIRES 2001:45), “methodos” significa (caminho ou via) e que
se refere ao meio utilizado para chegar a um fim.
Portanto para o grupo, um método compreende um conjunto de acções previamente fixadas que
permitem a concretização dele, neste caso, essas acções recebem o nome de técnicas.

Subtracção
Na perspectiva de KILBORN (2005:109), no sentido matemático a subtracção é definida como a
operação inversa da adição. Para o grupo a subtracção é uma operação em que é possível
encontrar uma quantidade diminuindo um número por outro.

A–B=C

Onde: A é o diminuindo
B é o subtraendo
C é a diferença ou resto
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2.2. Concepção das crianças sobre a subtracção


Na vida quotidiana, a subtracção não é somente a operação inversa da adição ou uma questão de
dividir um conjunto por subconjuntos. De facto a maioria das crianças em idade pré-escolar tem
ideias mais desenvolvidas sobre a subtracção. KILBORN (2005:110)
Portanto, as crianças ingressam na escola com algumas noções da subtracção que aparecem no
seu quotidiano por meio de situações-problema, uma ferramenta de estrema importância para o
professor levar o aluno a entender e compreender a subtracção na sala de aulas. Assim, o autor
destaca três modelos de raciocínio de subtracção em situações simples, a saber:

Tirar
Esse raciocínio consiste na representação do valor do diminuendo pelos dedos, eliminação da
quantidade a ser subtraída e contagem, em seguida, das unidades restantes. Exemplo: O pai do
João tinha 10 vacas e tirou 3 para fazer caril no dia do casamento do seu filho. Com quantas
vacas o pai do João ficou?

10 _ 3 7

Completar
No ponto de vista de KILBORN (2005:112), a ideia de completar surge nas situações em que
as crianças são expostas a situações tais como: Recebeste 5C (5 Contos) e pretendes comprar
coisa que custe 7 Contos. Quantas mais precisas?
Nesta situação, normalmente a criança começa por contar 5 contos, ou seja, o que recebeu e
de seguida avança para 5, 7 contos de modo a obter 7, e logo percebe que a diferença é de 2
contos.
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Comparar
Este modelo de raciocínio é muitas das vezes aplicado as mesmas situações que as descritas
atrás. Mas nesta altura, a criança coloca os objectos em ordem e em parelha, tal como ilustra
na seguinte ilustração. No fim, é claro que alguns objectos não têm parceiro.
Exemplo: existem 9 mulheres que não são casadas e 6 homens que pretendem casar. Se cada
homem casar com uma mulher, quantas mulheres vão ficar sem marido?

A comparação acontece muito também nos casos em que um casal com 2 filhos decide comprar
3 calcas para um e 5 para o outro, geralmente o que tem 3 calcas chora por ver que não tem o
mesmo número de calcas com o irmão.
Portanto, nenhuma destas noções é mais importante em relação, somente através de um trabalho
com todos esses conceitos e ideias, integrando uma às outras, possibilitará que nossos alunos
desenvolvam competências para a resolução de problemas do seu quotidiano relacionado com a
subtracção.

2.3. Estratégias de resolução de cálculos na Subtracção


Das várias estratégias que existem para resolução de cálculos de subtracção destacam-se as
seguintes: contagem, comparação, decomposição.
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2.3.1. Contagem
N perspectiva de PONTE (200:102), destacam-se 2 formas de contagem: Contagem Regressiva e
Progressiva

2.3.1.1. Contagem Progressiva


Contagem Progressiva a nível das unidades exclusivamente, a partir do subtraendo, até atingir o
diminuendo e notação, pelos dedos, do número de unidades contadas. Essa forma esta associada
a ideia de “Completar”.
Contagem progressiva a nível mais elaborado (…centenas, dezenas e unidades) a partir do
subtraendo, utilizando como padrão valores iguais ou maiores a duas (2) unidades, até a
aproximação máxima do diminuendo, sendo acrescentadas, então, as unidades restantes, caso
necessário.
Exemplo:
[200-38] - "38 Para 40 faltam 2.
Depois de aumentar 2 no 38 para ser 40, a criança vai contar de forma crescente (utilizando o
subtraendo como ponto de partida) em múltiplos de 10 ate atingir o diminuendo: 50, 60, 70, 80,
90, 100, 110, 120, 130, 140, 150, 160, 170, 180, 190, 200. (Vai acompanhando esta contagem
pelos dedos). São 16 dezenas que é o mesmo que dizer 160, daí vai adicionar nos 160 as
unidades que aumentou no subtrendo: 160 aumenta 1 fica 161, aumenta a outra unidade fica 162.
Assim chega ao valor da operação.

2.3.1.2. Contagem Regressiva


Contagem regressiva (utilizando recursos externos) é a retirada do valor do diminuendo, uma a
uma, das unidades correspondentes ao valor do subtraendo, chegando, assim, ao resto.
Contagem Regressiva a partir do diminuendo, utilizando como padrão valores iguais ou maiores
a (2) duas unidades.
Exemplo:
[200-38] Primeiro é fundamental a criança entender que 38 corresponde a 3 dezenas e 8
unidades e daí subtrai sucessivamente as dezenas correspondentes ao subraendo e posteriormente
faz o mesmo para as unidades. De 200 tira 10, fica 190, menos 10, 180, menos 10, 170. Assim
termina a contagem regressiva a nível das dezenas e continua com o processo fazendo a
8

contagem regressiva a nível das unidades. Dos 170, tira 1 fica 169, mais 1, 168, mais 1, 167,
mais
1, 166, mais 1, 165, mais 1, 164, mais 1, 163, mais 1, 162."

Para que estas formas mais elaboradas de contagem ocorram é necessário haver uma
decomposição implícita dos valores dos termos tomados como referência para a escolha do valor
padrão usado para a constituição da sequência. As crianças também realizam nestes casos um
processo de dupla contagem. Ao mesmo tempo em que vão adicionando e subtraindo unidades
aos valores originais de cálculo, vão acompanhando com os dedos ou mentalmente o número de
unidades adicionadas.

2.3.2. Decomposição
Transformação do (s) termo (s) da soma ou subtracção por sua decomposição em números que
facilitem a operação. FERREIRA (2008:97)
A estratégia de decomposição apresenta mais variações nos problemas de subtracção. No
entanto, destacam-se 3 formas de decomposição, a destacar:

» Subtracção do diminuendo sucessivamente de partes decompostas do subtraendo (em suas


dezenas e unidades ou numa soma de parcelas conhecidas) de forma a obter muitas vezes
valores de 5, 10 ou seus múltiplos nos subtotais.
Exemplo1:
[23-5] – Pode se dividir o 5 em duas partes. 2 e 3 que dá 5 Então nos 23, tira-se o 3, e fica 20, 20
menos 2, 18.

Exemplo2:
[36-14] – Tira-se 4 de 36, fica com 32. E de seguida o 10, fica 22.

» Separação do diminuendo em partes, cada uma delas de valor 5, 10 ou seus múltiplos. Retirar
(subtrair) da parte múltipla de 5 ou de 10 o subtraendo (ou sucessivamente suas partes
decompostas) e adicionar este subtotal com o restante (parte não múltipla do valor padrão
utilizado) do diminuendo.
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Exemplo
[52-38] – Como 2 não pode tirar 8, então pega-se 1dezena dos 50. Aí fica 12, de seguida faz-se
10 menos 8, que dá 2 com mais 2, dá 4. E 4 dezenas que restaram no diminuendo menos 3
dezenas do subtraendo, dá 1 dezena e depois adicionadas às unidades fica 14.

» Decomposição do diminuendo a partir do valor do subtraendo, em uma soma com parcelas


conhecidas. Delas é cancelado o valor do subtraendo e o resultado é dado pela soma das
partes restantes.
Exemplo
[12-8] Decompõe-se o 12 em uma soma a partir do valor do subtraendo:
12=[8+2+2] - 8 e daí anula-se os valores semelhantes. 8 e 8.

2.3.3. Procedimento Escrito da Subtracção


Para FERREIRA (2008:97), na subtracção vertical as unidades devem ficar por baixo das
unidades e as dezenas por baixo das dezenas e idem para as centenas e milhares. Vejamos o
seguinte exemplo.

DM M C D U
5 5 7
- 2 4 1
= 3 1 6

Como se pode notar, as unidades estão de baixo das unidades, as dezenas por baixo das dezenas
e as centenas por baixo das centenas. Um dos pré-requisitos para o domínio do procedimento
escrito é ter em mente que 10 unidades formam uma dezena; 10 dezenas, uma centena; 10
centenas, um milhar.
No caso da subtracção sem empréstimo, subtrai-se primeiro as unidades, em segundo lugar as
dezenas, as centenas e daí em Dante.
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2.3.3.1. Subtracção com um empréstimo.


A subtracção com empréstimo acontece quando as unidades d subtraendo são superiores que as
do diminuendo. Neste caso empresta-se 10 unidades nas dezenas de modo a tornar possível a
operação nas unidades. Veja o exemplo a seguir:

DM M C D U
5 5 1
- 2 3 5
Empréstimo
nas dezenas = 3 1 6

Nota que assim que não é possível tirar 5 numa unidade, devolveu-se uma dezena para as
unidades e logo ficou 11 unidades, onde posteriormente subtraiu-se 5 e ficou 6. Nota que já
ficamos com 4 dezenas devido ao empréstimo feito. Daí subtrai-se 3 dezenas nas restantes 4 e
fica uma dezena.
E fundamental destacar que o empréstimo pode ser a nível das dezenas, centenas ou ainda em
dois casos.

DM M C D U
5 5 9
Empréstimo
nas centenas - 2 8 5
= 2 7 4

2.3.3.2. Subtracção com dois empréstimos.


Os reais problemas começam quando os aprendentes se deparam com dois empréstimos. Isto
deve se a duas razoes fundamentais, primeiro falta de conhecimento de factos básicos, segundo
falta de compreensão de como operar com empréstimos. Efectuemos como exemplo, a
subtracção 423-146 em dois modos diferentes.
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DM M C D U
4 2 3
Dois Empréstimos - 1 4 6
= 2 7 7

No primeiro passo, como não podemos subtrair 6 no 3, precisamos levar uma das dezenas para
juntar as unidades e serem 13 de modo a tornar possível a operação nas unidades (subtrai-se 13
por 6 e o resultado é 7). Assim, recomenda-se que os aprendentes anotem isto, riscando o
algarismo 2 e registar o 1 que resta.
No passo seguinte, nota-se que não podemos subtrair 4 dezenas numa simplesmente por isso
tomamos uma centena, riscando o algarismo 4 e, anotando, no seu lugar as restantes 3 centenas.
Assim obtemos 110 – 40 que dar 60 ou simplesmente 7 dezenas.
Nas centenas efectuamos a subtracção de acordo com as centenas disponíveis.
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3. Conclusão
Depois duma leitura minuciosa e exaustiva de letra de livros e artigos que debruçam sobre as
metodologias do ensino da subtracção, seguida duma discussão entre os elementos do grupo,
tem-se a concluir que os alunos recorrem essencialmente duas formas de representação do
cálculo para resolverem os exercícios de subtracção, nomeadamente: horizontal, vertical.
Igualmente constatou-se que os alunos começam a vida escolar enquanto já tem algumas noções
sobre a subtracção, portanto, estas noções são baseadas nos problemas do seu quotidiano. O
professor deve usar essas noções como recurso didáctico para levar os alunos a dominarem os
cálculos relacionados com a subtracção. É importante destacar que os conteúdos a serem
abordados devem ser expostos em forma de problema para garantir que ensino seja prático e não
abstracto.
As estratégias identificadas para o cálculo das operações que envolvem a subtracção são:
contagem, decomposição, comparação, uso da recta graduada e procedimento escrito. Para uma
boa eficiência no ensino da subtracção, o professor deve ser reflexivo na sua prática, pois só
desta forma é possível melhora-las e readapta-las conduzindo à aprendizagem dos alunos, dando
forma aos problemas encontrados, descobrindo novos caminhos e concretizando soluções, pois
muitas vezes quando os alunos não atingem os resultados esperados e assim é necessário
identificar a base do problema e elaborar um plano de acção para radicalização dos mesmos.
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Bibliografia

» CÉLIA M. D. Tendências e expectativas em torno da educação e do desenvolvimento.


França Editores. 2007.

» PERREIRA, E. A adição e subtracção no contexto de ensino de números. Lisboa:


Universidade de Lisboa. Instituto de Educação. 2008.

» PONTE, J. P. & SERRAZINA, M. D. Didáctica de matemática do 1º ciclo. Lisboa:


Universidade Aberta. 2000.
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Índice

1. Introdução…………………………………………………………………………………..…2
1.1.Objectivos……………………………………………………………………………………..2
1.1.1. Objectivo g eral………………………………………… ………………………………….2
1.1.2. Objectivos específicos………………………………………………………………….…2
1.2. Aspectos Metodológicos…………………………………………………………………...…3
2. Fundamentação Teórica…………………………………………………………………….…4
2.1.Discussão dos conceitos básicos………………………………………………………...…….4
2.2.Concepção das crianças sobre a subtracção………………… ……………………………...…5
2.3. Estratégias de resolução de cálculos na Subtracção…………………………………...….6
2.3.1. Contagem……………………………………………………………………………….…7
2.3.1.1.Contagem Progressiva…………………………………………………………………….7
2.3.1.2.Contagem Regressiva…………………………………………………………………...…7
2.3.2. Decomposição……………………………………………………………………………..8
2.3.3. Procedimento Escrito da Subtracção……………………………………………………...9
2.3.3.1.Subtracção com um empréstimo………………………………………………………....10
2.3.3.2.Subtracção com dois empréstimos……………………… ……………………………….10
3. Conclusão…………………………………………………………………………………….12
4. Bibliografia…………………………………………………………………………………..13

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