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Contabilidade

Comercial
Antô nio Maria Henri Beyle de Araú jo
Operaçõ es Financeiras (Aplicaçõ es)
• Aplicaçã o dos recursos ociosos existentes no Caixa ou nos bancos.
• Se a sobra de caixa for momentâ nea, a aplicaçã o do dinheiro deve ser
feita em operaçõ es com liquidez imediata.
• A empresa comercial deve estimar por quanto tempo os recursos devem
ficar excedentes no caixa.
• Opçõ es de aplicaçã o no curto prazo: aplicar em fundos de investimentos
de renda fixa (investem basicamente em títulos pú blicos); em
certificados de depó sitos bancá rios (CDB); em poupança, etc.
• Benefício: retorno do capital investido corrigido, acrescido de juros.
Operaçõ es Financeiras (Aplicaçõ es)
• Opçõ es de aplicaçã o no longo prazo: aplicar em fundos de investimentos
de renda variável (investem basicamente em açõ es de companhias
abertas); em bolsas de valores; no mercado futuro, etc.
• Benefício: o retorno do capital investido dependerá basicamente da
valorizaçã o desses papéis no mercado. No caso de açõ es, o retorno
também virá do pró prio desempenho da empresa onde o capital foi
investido (lucro – distribuiçã o de dividendos).
• Para melhor gerenciar os seus investimentos, a empresa precisa ter um
orçamento de caixa.
• Projeçã o das entradas de caixa versus as saídas de caixa.
Operaçõ es Financeiras (Aplicaçõ es)
• Estimativas do orçamento de caixa:
• Entradas de caixa do dia 6 de maio de 2021 – R$ 10.000,00
• Saídas de caixa do dia 6 de maio de 2021 – R$ 8.500,00
• Excedente de caixa do dia 6 de maio de 2021 – R$ 1.500,00
• Valor disponível para aplicaçã o – R$ 1.500,00
• Se a empresa consegue manter um excedente diá rio de R$ 1.500,00 por
60 dias, por exemplo, pode fazer uma aplicaçã o nesse valor pelo referido
prazo.
Operaçõ es Financeiras (Aplicaçõ es)
• Registro contá bil da aplicaçã o financeira:
D – Aplicaçõ es Financeiras R$ 1.500,00
C – Caixa R$ 1.500,00

Trata-se de um fato permutativo: a empresa troca dinheiro por aplicaçã o.


Vantagem: perspectiva de retorno futuro.
Operaçõ es Financeiras (Aplicaçõ es)
• No final do mês, calcular o retorno do investimento e reconhecer o ganho como
receita, de acordo com o regime de competência.
• Vamos supor um ganho de R$ 5,00 durante o período contá bil. Esse valor deve
aumentar o saldo da conta Aplicaçõ es Financeiras, no Ativo, em contrapartida
à conta de Receitas de Aplicaçõ es Financeiras.
D – Aplicaçõ es Financeiras R$ 5,00
C – Receitas de Aplicaçõ es Financeiras R$ 5,00

Trata-se de um fato modificativo: os rendimentos obtidos pela empresa irã o


aumentar o lucro e, consequentemente, o patrimô nio líquido da empresa.
Operaçõ es Financeiras (Aplicaçõ es)
• Imagine que a empresa resolva desaplicar o dinheiro neste mesmo dia. O
lançamento será o seguinte:
D – Caixa R$ 1.505,00
C – Aplicaçõ es Financeiras R$ 1.505,00
Operaçõ es Financeiras (Aplicaçõ es)
• Imagine que a empresa resolva desaplicar o dinheiro neste mesmo dia. O
lançamento será o seguinte:
D – Caixa R$ 1.505,00
C – Aplicaçõ es Financeiras R$ 1.505,00
Operaçõ es Financeiras (Captaçõ es)
• Imagine agora uma situaçã o inversa. Em vez de ter dinheiro sobrando
no caixa, a empresa comercial está precisando de recursos para tocar o
seu negó cio no dia a dia. Nesse caso, ela precisa captar dinheiro no
mercado. Pode fazer isso, por exemplo, solicitando um empréstimo para
capital de giro junto a uma instituiçã o financeira.
• O valor do empréstimo concedido pela instituiçã o financeira será
lançado numa conta corrente em nome da empresa comercial. No
mesmo dia em que for feito o crédito, haverá um registro a dé bito da
conta BANCOS CONTA MOVIMENTO, no Ativo, em contrapartida a um
crédito na conta EMPRÉ STIMOS A PAGAR, no Passivo.
Operaçõ es Financeiras (Captaçõ es)
• Veja que, no momento da liberaçã o dos recursos pela instituiçã o
financeira, existe um fato meramente permutativo (a empresa comercial
está trocando uma dívida (obrigaçã o) por recursos financeiros que
serã o disponibilizados na sua conta corrente).
• No entanto, para deixar os recursos financeiros à disposiçã o da empresa
comercial pelo tempo que for pactuado entre as partes, a instituiçã o
financeira irá cobrar uma remuneraçã o, sob a forma de juros.
• Assim, com o passar do tempo, a empresa comercial terá que reconhecer
essa despesa com juros na sua contabilidade, em contrapartida a um
aumento do saldo da conta EMPRÉ STIMOS A PAGAR, no Passivo. Veja
que, assim, a dívida vai aumentando ao longo do tempo.
Operaçõ es Financeiras (Captaçõ es)
• Os juros vã o sendo, entã o, reconhecidos com o passar do tempo (pró -rata
die), de acordo com o regime de competê ncia, independentemente de
pagamento.
• Os juros sã o calculados com base no regime de capitalizaçã o composta
(juros sobre juros).
• Os juros vã o sendo capitalizados (registrados na conta EMPRÉ STIMOS A
PAGAR) com o passar do tempo, de modo que o passivo representará
sempre o valor atualizado da dívida.
• Dependendo do prazo da operaçã o, a conta EMPRÉ STIMOS A PAGAR será
classificada no PASSIVO CIRCULANTE ou no PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO
PRAZO.
Operaçõ es Financeiras (Captaçõ es)
• Se a operaçã o for do tipo prefixada (por exemplo: a empresa toma R$
5.000,00 emprestados para pagar R$ 6.000,00 daqui a 1 ano), o valor do
passivo ficar sempre avaliado no balancete/balanço ao seu valor
presente (quando seria a dívida se fosse paga na data do
balancete/balanço).
• R$ 6.000,00 daqui a 1 ano nã o valem R$ 6.000,000 hoje (questã o do
valor do dinheiro no tempo – lembrar da Matemá tica Financeira).
• Se a empresa comercial tiver que pagar alguma taxa para a instituiçã o
financeira que seja decorrente do empréstimo obtido, o valor dessa taxa
será contabilizado como despesa, de acordo com o regime de
competência.
Operaçõ es Financeiras (Captaçõ es)
• Se tiver que pagar também IOF (Imposto sobre operaçõ es financeiras),
tal valor também será tratado como uma despesa.
• Quando da liquidaçã o (ou amortizaçã o parcial) do empréstimo, a
empresa comercial deve debitar a conta EMPRÉ STIMOS A PAGAR e
creditar a conta CAIXA (se pagar em dinheiro vivo) ou BANCOS CONTA
MOVIMENTO, se autorizar um débito na sua conta corrente.
Folha de Pagamento (salá rio do mês)
• Os registros devem ocorrer seguindo o regime de
competência.
• Imagine um empregado com salá rio mensal de R$ 2.000,00. Se
ele tiver trabalhado o mês todo, sem faltas, o empregador
deve fazer o seguinte registro contá bil ao final do mês,
considerando que o pagamento será feito de acordo com a
legislaçã o trabalhista (até o 5º dia ú til do mês seguinte):
D – Despesas de Salá rios R$ 2.000,00
C – Salá rios a Pagar R$ 2.000,00
Folha de Pagamento (pagamento do salá rio)
• Por ocasiã o do pagamento, o registro contá bil a ser feito pelo
empregador será o seguinte:
D – Salá rios a Pagar R$ 2.000,00
C – Caixa/Bancos conta Movimento R$ 2.000,00
Nesse exemplo, nã o estamos considerando ainda a incidência
de impostos e encargos sociais sobre o salá rio do empregado.
Folha de Pagamento (adiantamento salarial)
• E se o empregador resolver adiantar o salá rio do empregado?
Se, por exemplo, decidir conceder um adiantamento de 50%
do valor do salá rio, como ficará , entã o, o registro contá bil?
• Nesse caso, é como se o empregador estivesse emprestando o
dinheiro ao empregado. Dessa forma, o empregador deve
reconhecer um direito (ATIVO) em relaçã o ao empregado. Veja
o registro contá bil decorrente da transaçã o:
D – Adiantamentos de Salá rios R$ 1.000,00
C – Caixa/Bancos Conta Movimento R$ 1.000,00
Folha de Pagamento (adiantamento salarial)
• No final do mês, quando for fazer o registro da despesa, o
empregador deve fazer o seguinte lançamento:
D – Despesas de salá rios R$ 2.000,00
C – Adiantamentos de Salá rios R$ 1.000,00
C – Salá rios a Pagar R$ 1.000,00
Folha de Pagamento (adiantamento salarial)
• No início do mês seguinte, quando for fazer o registro do
pagamento, o empregador deve fazer o seguinte lançamento:
D – Salá rios a Pagar R$ 1.000,00
C – Caixa/Bancos Conta Movimento R$ 1.000,00
Folha de Pagamento (descontos salariais)
• Parte do salá rio é retida pelo empregador para financiar a aposentadoria
do empregado (contribuiçã o à previdência social oficial).
• A empresa também é responsável por contribuir para a aposentadoria do
empregado.
• Assim, uma parte do valor recolhido para fins de aposentadoria é bancada
pelo empregador (20%) e a outra parte pelo empregado (percentual varia
de 7,5% a 14%) ).
• Essas contribuiçõ es ao INSS fazem parte dos chamados encargos sociais.
Folha de Pagamento (descontos salariais)
• Outros descontos que podem incidir sobre a folha de
pagamento do empregado sã o o imposto de renda e a
contribuiçã o sindical.
• Um exemplo: um empregado com salá rio de R$ 2.000,00, pode
ter os seguintes descontos: R$ 40,00 de imposto de renda, R$
12,00 de contribuiçã o sindical e R$ 150,00 de INSS. Como fica
a contabilizaçã o neste caso?
Folha de Pagamento (descontos salariais)
• Salá rio bruto: R$ 2.000,00
(-) INSS (R$ 150,00)
(-) Imposto de Renda (R$ 20,00)
(-) Contribuiçã o Sindical (R$ 12,00)
(=) Salá rio líquido: R$ 1.818,00
Folha de Pagamento (descontos salariais)
• Registro contá bil da folha de pagamento:
D – Despesas de salá rios R$ 2.000,00
C – Salá rios a Pagar R$ 1.818,00
C – INSS a Recolher R$ 150,00
C – Imposto de Renda a Recolher R$ 20,00
C – Contribuiçõ es Sindicais a Recolher R$ 12,00
Folha de Pagamento (descontos salariais)
• Registro contá bil do pagamento do salá rio:
D – Salá rios a Pagar R$ 1.818,00
C – Caixa/Bancos Conta Movimento R$ 1.818,00
Folha de Pagamento (descontos salariais)
• Registro contá bil do recolhimento do imposto de renda:
D – Imposto de Renda a Recolher R$ 20,00
C – Caixa/Bancos conta Movimento R$ 20,00
Folha de Pagamento (descontos salariais)
• Registro contá bil do recolhimento do INSS:
D – INSS a Recolher R$ 150,00
C – Caixa/Bancos Conta Movimento R$ 150,00
Folha de Pagamento (descontos salariais)
• Registro contá bil do recolhimento da contribuiçã o sindical:

D – Contribuiçõ es Sindicais a Recolher R$ 12,00


C – Caixa/Bancos Conta Movimento R$ 12,00
Folha de Pagamento (encargos sociais de
responsabilidade do empregador)
• Sã o de responsabilidade do empregador o INSS (parcela
patronal) e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
• Nesse caso, tais valores nã o sã o descontados do salá rio do
empregado, mas sã o reconhecimentos contabilmente como
despesas do empregador.
• Vamos imaginar que na situaçã o apresentada anteriormente,
o empregador tenha que recolher R$ 160,00 de FGTS e R$
400,00 de INSS em favor do empregado.
Folha de Pagamento (encargos sociais de
responsabilidade do empregador)
• Os registros contá beis por ocasiã o da folha de pagamento
serã o os seguintes:
D – Despesas de FGTS R$ 160,00
C – FGTS a Recolher R$ 160,00
e
D – Despesas de INSS R$ 400,00
C – INSS a Recolher R$ 400,00
Folha de Pagamento (encargos sociais de
responsabilidade do empregador)
• Os registros contá beis por ocasiã o do recolhimento dos
valores aos ó rgã os competentes sã o os seguinte:
D – FGTS a Recolher R$ 160,00
C – Caixa/Bancos Conta Movimento R$ 160,00
e
D – INSS a Recolher R$ 400,00
C – Caixa/Bancos Conta Movimento R$ 400,00
Folha de Pagamento (férias e 13º salá rio)
• Devem ser reconhecidos contabilmente mês a mês (1/12 avos do
valor do salá rio do empregado).
• Registro contá bil:
D – Despesas de Férias R$ 166,67
C – Provisã o para Férias R$ 166,67
e
D – Despesas de 13º salá rio R$ 166,67
C – Provisã o para 13º salá rio R$ 166,67

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