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Contabilidade

Comercial
Antô nio Maria Henri Beyle de Araú jo
Comércio
• Troca de mercadoria por dinheiro ou de uma mercadoria por outra
mercadoria.
• Inerente à pró pria natureza do homem e à sua necessidade de
sobrevivência.
• Capaz de colocar à disposiçã o do consumidor uma grande variedade de
bens e serviços.
• Comerciante – pessoa física ou jurídica que faz o meio de campo entre
produtores (e outros vendedores) e compradores, facilitando o acesso a
bens e serviços por meio da chamada “operaçã o comercial”.
Classificaçõ es das entidades mercantis
• Entidades mercantis atacadistas – clientela formada por empresas
industriais, agrícolas, que utilizam as mercadorias vendidas como
insumos para as suas atividades fins, e as chamadas “empresas
mercantis intermediá rias”. Geralmente, os produtos vendidos por
atacadistas nã o alcançam diretamente o consumidor final.
• Entidades mercantis varejistas – geralmente comercializam bens de
consumo diretamente para o consumidor.
• Ressalte-se que o custo de distribuiçã o (muitos intermediá rios
envolvidos na transaçã o comercial) pode tornar proibitivo o preço final
do produto para o consumidor final.
Contabilidade Comercial
• “O ramo da Contabilidade aplicado ao estudo e ao controle do
patrimô nio das empresas comerciais, com o fim de oferecer informaçõ es
sobre sua composiçã o e suas variaçõ es, bem como sobre o resultado
decorrente da atividade mercantil”
(Hilá rio Franco)
• Informaçõ es relevantes para o usuá rio da informaçã o contá bil no que
diz respeito à s entidades do setor comercial: (i) resultado com
mercadorias, (ii) custo da mercadoria vendida, (iii) capital de giro, (iv)
questõ es de cará ter tributá rio e (v) controle e gestã o dos estoques.
Classificaçõ es das entidades mercantis
• Entidades que executam compra e venda “por conta pró pria”.
• Entidades que executam compra e venda “por conta de terceiros”
(exemplos: as comissionadas, os representantes comerciais e as
representaçõ es comerciais).
• Entidades mercantis varejistas – geralmente comercializam bens de
consumo diretamente para o consumidor.
• Ressalte-se que o custo de distribuiçã o (muitos intermediá rios
envolvidos na transaçã o comercial) pode tornar proibitivo o preço final
do produto para o consumidor final.
Conceito de Sociedade
• “Sociedade é o contrato em que duas pessoas ou mais se
obrigam a conjugar esforços ou recursos para a consecuçã o de
um fim comum, ou celebram contrato de sociedade as pessoas
que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens e
serviços, para o exercício de atividade econô mica e a partilha,
entre si, dos resultados. A atividade pode restringir-se à
realizaçã o de um ou mais negó cios determinados”. (Iudícibus,
Sérgio de; Marion, José Carlos. Contabilidade Comercial - Texto
(p. 9). Atlas. Edição do Kindle).
Có digo Civil
• Sociedade comercial – chamada atualmente de sociedade empresá ria.
• A sociedade empresá ria tem os seus instrumentos de constituiçã o e
alteraçõ es registrados na Junta Comercial.
• “Considera-se empresá rio quem exerce profissionalmente atividade
econô mica organizada para a produçã o ou circulaçã o de bens e serviços
(que substitui a figura do comerciante, aquele que praticava atos do
comércio). Para exercício da atividade econô mica o empresá rio deverá
efetuar inscriçã o na Junta Comercial”. (Iudícibus, Sérgio de; Marion, José
Carlos. Contabilidade Comercial - Texto (p. 10). Atlas. Edição do Kindle).
Có digo Civil
• “O CC determina que conste no nome empresarial a
designaçã o do objetivo da sociedade. Assim, é
necessá rio que o nome empresarial contenha
especificamente qual a atividade que a sociedade
exerce”. (Iudícibus, Sérgio de; Marion, José Carlos.
Contabilidade Comercial - Texto (p. 10). Atlas. Edição do
Kindle).
Tipos de Sociedade
• Sociedade em nome coletivo – todos os só cios (pessoas físicas) respondem,
solidá ria e ilimitadamente, pelas obrigaçõ es sociais. A administraçã o da
sociedade é competência exclusiva dos só cios.
• Sociedade em comandita simples – formada por duas categorias de só cios:
os comanditados (pessoas físicas responsáveis, solidá ria e ilimitadamente,
pelas obrigaçõ es sociais) e os comanditá rios (responsáveis somente pelo
valor de sua quota).
• Observação importante sobre a sociedade em comandita simples –
“Sem prejuízo da faculdade de participar das deliberaçõ es da sociedade e de
lhe fiscalizar as operaçõ es, nã o pode o comanditá rio praticar qualquer ato de
gestã o, nem ter o nome na firma social, sob pena de ficar sujeito à s
responsabilidades de só cio comanditado’” (Iudícibus, Sérgio de; Marion, José
Carlos. Contabilidade Comercial - Texto (p. 12). Atlas. Ediçã o do Kindle).
Tipos de Sociedade
• Sociedade limitada – responsabilidade dos só cios é restrita ao valor de
suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralizaçã o
do capital.
⇒ cerca de 90% das empresas brasileiras sã o limitadas.
⇒ o contrato social pode prever que a sociedade limitada seja regidas
pelas normas da sociedade anô nima.
⇒ capital dividido em quotas.
⇒ administraçã o por uma ou mais pessoas designadas no contrato
social.
Tipos de Sociedade
• Sociedade limitada – responsabilidade dos só cios é restrita ao
valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela
integralizaçã o do capital.
⇒ ao término do exercício social, exige-se a elaboração do
inventá rio, do Balanço Patrimonial e do Balanço de
Resultado Econô mico (Demonstraçã o do Resultado do
Exercício).
⇒ Pode instituir conselho fiscal.
Tipos de Sociedade
• Sociedade anô nima – o capital é dividido em açõ es, obrigando-se cada
só cio (acionista) somente pelo preço de emissã o das açõ es que
subscrever ou adquirir. Rege-se por lei pró pria (Lei nº 6.404/76), sendo
também chamada de “companhia”.

• Sociedade em comandita por açõ es – o capital é dividido em açõ es. A


sociedade é regida pelas normas aplicáveis à sociedade anô nima. Somente
o acionista pode administrar a sociedade e, na qualidade de diretor,
responde solidá ria e ilimitadamente pelas obrigaçõ es da sociedade.
Constituiçã o de Sociedade por Açõ es
• Subscriçã o, pelo menos por duas pessoas, de todas as açõ es em que se
divide o capital social fixado no estatuto;
• Realizaçã o, como entrada, de 10%, no mínimo, do preço de emissã o das
açõ es subscritas, em dinheiro;
• depó sitos, no Banco do Brasil S.A., ou em outro estabelecimento bancá rio
autorizado pela Comissã o de Valores Mobiliá rios, da parte do capital
realizado em dinheiro.

(Iudícibus, Sérgio de; Marion, José Carlos. Contabilidade Comercial - Texto (p.
15). Atlas. Edição do Kindle).
Escrituraçã o
• Registro, em livros pró prios, das operaçõ es que afetam (ou podem vir a afetar
no futuro) o patrimô nio da empresa.
• Livros Diá rio e Razã o.
• Método das partidas dobradas (a todo o crédito corresponde um débito de
igual valor. Nã o há credor sem devedor. Toda aplicaçã o de recursos exige uma
fonte)
• Aplicaçõ es de recursos (uso dos recursos) sã o geralmente registradas no
Ativo (depó sitos bancá rios, imó veis, veículos, duplicatas a receber, estoques,
caixa).
• Fontes de recursos (origem dos recursos) sã o geralmente registradas no
Passivo (se o recurso é de terceiros) ou no Patrimô nio Líquido (se o recurso é
dos só cios da empresa).
Escrituraçã o
• Exemplo:
Obtenção de empréstimo num banco: qual a origem dos recursos? (o
pró prio Banco); o recurso é capital pró prio ou de terceiros? (de terceiros);
o recurso recebido do banco gera alguma obrigaçã o para a empresa
beneficiá ria? (Sim). Conclusã o: a empresa está diante de um passivo, que
pode receber o nome, por exemplo, de EMPRÉ STIMOS A PAGAR. Tal conta
representa a figura do Banco e deve ser creditada, pois o Banco é credor
da empresa nessa operaçã o.
Entã o, temos um lançamento a crédito da conta EMPRÉ STIMOS A PAGAR,
que será reconhecida no Passivo da empresa beneficiá ria. Essa obrigaçã o
será exigida da empresa em datas previamente estabelecidas em contrato.
Escrituraçã o
E para onde foi esse recurso que a empresa pegou emprestado no Banco?
Ou seja, qual foi a contrapartida dessa obrigaçã o assumida pela empresa?
Ora, o Banco depositou a valor do empréstimo na conta corrente da
empresa. Entã o, o dinheiro decorrente do empréstimo foi inicialmente
aplicado em uma conta de depó sito em nome da empresa. Como a conta
de depó sito é de propriedade da empresa, ela terá que registrar esse novo
ativo no seu balanço patrimonial, cujo valor será equivalente ao valor do
depó sito feito pelo Banco. Entã o, a empresa deve lançar como ativo, no
seu balanço patrimonial, o valor que passou a ter em sua conta corrente
em funçã o do depó sito feito pelo banco. Ou seja, a contrapartida do valor
do empréstimo obtido é o direito de sacar os recursos no Banco no
momento que a empresa quiser. Tal registro deve ser feito, entã o, a débito
da conta BANCOS CONTA MOVIMENTO.
Escrituraçã o
Ativo Passivo
Bancos Conta Movimento Empré stimos a Pagar
Significado: Significado:
Direito da empresa Obrigaçã o da empresa
Aplicaçã o de recursos Origem de recursos
Uso de recursos Fonte de recursos
Pode gerar receitas Pode gerar despesas
Pode gerar entradas futuras de caixa Pode gerar saídas futuras de caixa
Saldo devedor Saldo credor
Escrituraçã o
Fato permutativo: nã o altera a situaçã o patrimonial líquida
Troca dinheiro (depó sito em banco) por dívida.
Ativo aumenta e passivo aumenta no mesmo valor.
Patrimô nio Líquido nã o é afetado.
A empresa irá ganhar na operaçã o se conseguir aplicar os recursos do
empréstimo a uma taxa maior do que a cobrada pelo banco para realizar a
operaçã o.
Elementos a serem registrados: data, histó rico, conta devedora, conta
credora e valor.
1ª Operaçã o: subscriçã o do capital
Subscrição: compromisso assumido pelo acionista ou cotista no sentido de
integralizar um determinado valor para formar o capital social da empresa
dentro de um prazo específico.
Estatuto social: contrato que formaliza o compromisso assumido pelos
só cios no sentido de integralizarem capital na empresa.
Representação do capital subscrito em termos de ações ou cotas: cada
montante que é subscrito pelos só cios será representado por uma quantidade
específica de açõ es ou cotas, calculada com base no valor nominal ou no preço
de emissã o dessas açõ es ou cotas. Essas açõ es ou cotas representam fraçõ es
do capital social da empresa.
1ª Operaçã o: subscriçã o do capital
Diversas pessoas resolveram fundar uma sociedade anônima, denominada “Cia.
Atenas”, com o capital registrado de $ 10.000 fracionado em 10.000 ações de $ 1
cada uma. A entidade iniciou suas atividades em 15-1-2021, e dedica-se ao ramo
de papelaria.
Após a subscrição, como fica o balanço patrimonial da Cia. Atenas?
Ativo Passivo -
Capital a Integralizar $ 10.000 Patrimônio Líquido (PL) $ 10.000
Capital Subscrito $
10.000
Total do Ativo $ 10.000 Total do Passivo + PL $
10.000
1ª Operaçã o: subscriçã o do capital
Desta operação resulta que a entidade adquiriu um Ativo (Acionistas/ Capital a
Realizar) consubstanciado por um direito a receber dos acionistas quando da
integralização em dinheiro ou bens do capital ora subscrito.
Como isso não produz dívidas (Passivo) na entidade perante terceiros, aparece,
pela necessidade do equilíbrio na representação, o “peso” Patrimônio Líquido, sob
a forma de “Capital” (investimento).
ATIVO – PASSIVO = PL
$ 10.000 – 0 = $ 10.000
Iudícibus, Sérgio de; Marion, José Carlos. Contabilidade Comercial - Texto (p. 31).
Atlas. Edição do Kindle.
1ª Operaçã o: subscriçã o do capital
Representando a mesma ocorrência na balança de dois pratos, há: no prato do
lado esquerdo, o “direito” que a empresa adquiriu junto aos acionistas, e no lado
direito, o valor do Capital representativo do investimento feito pelos
proprietários.
LADO DIREITO
LADO ESQUERDO
PATRIMÔ NIO
ATIVO
LÍQUIDO
CAPITAL A
CAPITAL
INTEGRALIZAR
SUBSCRITO

Iudícibus, Sérgio de; Marion, José Carlos. Contabilidade Comercial - Texto (p. 31).
Atlas. Edição do Kindle.
1ª Operaçã o: subscriçã o do capital
REGISTRO CONTÁBIL:
DATA: 15-1-2021
DÉBITO: CAPITAL A INTEGRALIZAR (CONTA DE ATIVO – REPRESENTA DIREITOS)
CRÉDITO: CAPITAL SUBSCRITO (CONTA DE PL – REPRESENTA CAPITAL DOS SÓCIOS)
VALOR: $ 10.000
HISTÓRICO: SUBSCRIÇÃO DO CAPITAL DA CIA. ATENAS
NOTA 1: SALDOS DE CONTAS DE ATIVO AUMENTAM A DÉBITO.
NOTA 2: SALDOS DE CONTAS DE PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO AUMENTAM A
CRÉDITO.
2ª Operaçã o: integralizaçã o do capital
Integralização: entrega formal dos valores prometidos
pelos só cios quando da subscriçã o do capital social.
Na integralizaçã o, a empresa baixa o direito que tinha
junto aos só cios (registrado na conta Capital a
Integralizar) e registra os bens que forem recebidos
dos só cios por ocasiã o do processo de integralizaçã o.
Nesse caso, há uma troca do direito ao capital
prometido pelos só cios pelos bens que enfim estã o
sendo integralizados.
2ª Operaçã o: integralizaçã o do capital
Trata-se, portanto, de um fato meramente permutativo.
Assim, o direito vai sumir do balanço patrimonial,
dando lugar ao bem objeto de integralizaçã o.
Podem ser objeto de integralizaçã o de capital: dinheiro,
bens mó veis, bens imó veis, títulos de créditos e outros
direitos.
Bens que sejam passíveis de avaliaçã o.
Laudos de avaliaçã o e transferência de propriedade.
2ª Operaçã o: integralizaçã o do capital
Considerando que a integralizaçã o se dê em dinheiro no dia 31-1-2021,
voltemos ao caso da Cia. Atenas:
Nesta operaçã o há apenas uma permuta entre os elementos do Ativo:
Capital a Integralizar e Caixa (dinheiro). A entidade recebe um novo Ativo
(Caixa) no valor de $ 10.000 e, em contrapartida, perde outro Ativo
representado por um direito (Capital a Integralizar).
Ativo Passivo -
Caixa $ 10.000 Patrimônio Líquido (PL) $ 10.000
Capital Subscrito $ 10.000
Total do Ativo $ 10.000 Total do Passivo + PL $ 10.000
Iudícibus, Sérgio de; Marion, José Carlos. Contabilidade Comercial - Texto (pp. 31-32).
Atlas. Ediçã o do Kindle.
2ª Operaçã o: integralizaçã o do capital
REGISTRO CONTÁBIL:
DATA: 31-1-2021
DÉBITO: CAIXA (CONTA DE ATIVO – REPRESENTA UM BEM)
CRÉDITO: CAPITAL A INTEGRALIZAR (CONTA DE ATIVO – REPRESENTA UM
DIREITO)
VALOR: $ 10.000
HISTÓRICO: INTEGRALIZAÇÃO DO CAPITAL DA CIA. ATENAS
NOTA: SALDOS DE CONTAS DE ATIVO AUMENTAM A DÉBITO E DIMINUEM A
CRÉDITO.
2ª Operaçã o: integralizaçã o do capital
Representando a mesma ocorrência na balança de dois pratos, há: no prato do
lado esquerdo, o “bem” que a empresa recebeu dos acionistas, e no lado direito, o
valor do Capital representativo do investimento feito pelos proprietários.

LADO DIREITO
LADO ESQUERDO PATRIMÔ NIO
ATIVO LÍQUIDO
CAIXA CAPITAL
SUBSCRITO

Iudícibus, Sérgio de; Marion, José Carlos. Contabilidade Comercial - Texto (p. 31).
Atlas. Edição do Kindle.
3ª Operaçã o: Compra de imó vel para servir de
loja
A empresa resolve adquirir em 10-2-2021, mediante pagamento à vista, uma loja
para abrigar suas instalações, pela importância de $ 3.000.
Com essa transação a empresa adquiriu novo Ativo (Imóveis), mas viu seu dinheiro
(Caixa) diminuído do mesmo valor.
Vejamos como fica, então, o seu balanço patrimonial atualizado:
Ativo Passivo -
Caixa $ 7.000 Patrimônio Líquido (PL) $ 10.000
Imóveis $ 3.000 Capital Subscrito $ 10.000
Total do Ativo $ 10.000 Total do Passivo + PL $ 10.000
Iudícibus, Sérgio de; Marion, José Carlos. Contabilidade Comercial - Texto (p. 32).
Atlas. Edição do Kindle.
3ª Operaçã o: Compra de um imó vel para servir
de loja
REGISTRO CONTÁBIL:
DATA: 10-2-2021
DÉBITO: IMÓVEIS (CONTA DE ATIVO – REPRESENTA UM BEM)
CRÉDITO: CAIXA (CONTA DE ATIVO – REPRESENTA UM BEM)
VALOR: $ 3.000
HISTÓRICO: AQUISIÇÃO DE IMÓVEL À VISTA
NOTA: SALDOS DE CONTAS DE ATIVO AUMENTAM A DÉBITO E DIMINUEM A
CRÉDITO.
3ª Operaçã o: Compra de um imó vel para servir
de loja
Fato permutativo (troca dinheiro por imóvel).
O patrimônio não se altera de forma quantitativa (continua sendo $ 10.000 o valor
do ativo), mas tem uma mudança significativa em termos qualitativos (a liquidez
será reduzida em prol de uma expectativa de maiores resultados no futuro).
O imóvel vai permitir a geração de receitas com vendas, mas vai gerar no futuro
uma despesa relevante: a depreciação.
Alternativamente, a empresa poderia alugar, em vez de comprar, um imóvel para
servir de loja. Nesse caso, o imóvel não seria reconhecido como ativo, pois a
empresa não detém o pleno controle do referido imóvel, que continua sendo um
bem pertencente ao locador.
Conceitos importantes
Ativo – o que é mesmo?
Passivo – o que é mesmo?
Patrimônio Líquido – o que é mesmo?
Despesas e receitas – o que são?
Estrutura conceitual – sociedades anônimas companhias abertas.
Ativo
• Recurso econômico – representado por um bem ou direito.
• Está sob o controle da empresa.
• Resultado de eventos passados (houve uma transação que fez
nascer o ativo).
• Espera-se que traga benefícios econômicos futuros (em forma de
fluxos de caixa ou de serviços).
• Aplicações de recursos/investimentos.
• Expectativa de entradas de caixa e receitas futuras.
• Podem sofrer perdas de valor ao longo de sua vida útil
(depreciação, provisão para devedores duvidosos, etc.)
Controle do Ativo
• A entidade controla um recurso econômico se ela tem a capacidade
presente de direcionar o uso do recurso econômico e obter os
benefícios econômicos que podem fluir dele. Controle inclui a
capacidade presente de impedir outras partes de direcionar o uso do
recurso econômico e de obter os benefícios econômicos que podem
fluir dele. Ocorre que, se uma parte controla um recurso econômico,
nenhuma outra parte controla esse recurso.
• Para a entidade controlar um recurso econômico, os benefícios
econômicos futuros desse recurso devem fluir para a entidade direta
ou indiretamente, e não para outra entidade.
• Pode haver controle sem que se tenha a propriedade?
Reconhecimento do Ativo
• Reconhecer um ativo é o ato de incluí-lo no balanço patrimonial.
• Primeira exigê ncia para o reconhecimento de um ativo: o elemento deve
se inserir na definiçã o de ativo.
• Outras exigências: (i) prestaçã o de informaçã o ú til para a tomada de
decisã o (a informaçã o deve ser relevante e fidedigna); e (ii) o benefício
gerado pela informaçã o supera o custo para obtê -la.
• Quando um bem ou direito nã o atende mais à s condiçõ es para ser
considerado um ativo, esse bem ou direito deve ser baixado da
Contabilidade.
É ativo ou nã o?
• Duplicata considerada incobrável pela empresa (possibilidade zero de
recebimento do dinheiro).
• Veículo que se envolveu em acidente, tendo gerado perda total para a
empresa.
• Uma sala comercial alugada pela empresa.
• Um imó vel que a empresa pretende comprar no pró ximo mês.
• Os empregados sã o o maior patrimô nio da empresa.
• Uma patente para fabricaçã o de um remédio.
Passivo
• Obrigaçã o presente.
• Derivada de eventos passados.
• A sua liquidaçã o deve resultar na saída de recursos capazes de gerar
benefícios econô micos.
• Origens de recursos/captaçã o de recursos.
• Exigibilidade (obrigaçã o perante terceiros).
• Expectativa de saídas de caixa e de reconhecimento de despesas.
Reconhecimento de Passivo
• Reconhecer um passivo é o ato de inclui-lo no balanço patrimonial.
• Primeira exigê ncia para o reconhecimento de um passivo: o elemento
deve se inserir na definiçã o de passivo.
• Outras exigências: (i) prestaçã o de informaçã o ú til para a tomada de
decisã o (a informaçã o deve ser relevante e fidedigna); e (ii) o benefício
gerado pela informaçã o supera o custo para obtê -la.
• Quando uma obrigaçã o nã o atende mais à s condiçõ es para ser
considerada um passivo, essa obrigaçã o deve ser baixado da
Contabilidade.
Patrimô nio Líquido
• O interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos
os passivos.
• Ativo menos Passivo.
Receitas
• Aumentos dos benefícios econô micos durante o período contá bil.
• Decorrem de aumento de ativo ou diminuiçã o de passivo.
• Aumentam o Patrimô nio Líquido.
• Exemplo: se a empresa tem um empréstimo a receber no valor de R$ 100.000,00 e,
em funçã o da incidência de juros, tal valor aumenta para R$ 101.000,00, os benefícios
econô micos desse direito aumentarã o em R$ 1.000,00 (esse valor será entã o
reconhecido como receita financeira).
Entã o: Ativo aumenta em R$ 1.000,00
Passivo nã o se altera.
Logo, o Patrimô nio Líquido aumentará em R$ 1.000,00.
Conclusã o: estamos diante de uma receita.
Receitas
• Nem todo aumento de ativo é, portanto, receita.
• Por exemplo: a compra de mercadorias a prazo aumenta o ativo
(estoques) e aumenta o passivo (fornecedores) no mesmo montante.
Lembre a equaçã o patrimonial: Ativo – Passivo = PL
Se o ativo e o passivo aumentam em igual valor, o Patrimô nio Líquido nã o
se altera. No caso específico, nã o há a figura da receita. O fato foi
meramente permutativo (a empresa recebeu estoques e, em troca,
assumiu uma dívida com o fornecedor). Nã o ganhou nada na transaçã o.
Despesas
• Sã o decréscimos nos benefícios econô micos futuros durante o período contá bil.
• Decorrem de diminuiçã o de ativos ou de aumento de passivos.
• Diminuem o patrimô nio líquido.
• Exemplo: se a empresa tem um empréstimo a pagar no valor de R$ 100.000,00 e, em
funçã o da incidê ncia de juros, tal valor aumenta para R$ 101.000,00, os benefícios
econô micos da empresa diminuirã o em R$ 1.000,00 (esse valor será entã o reconhecido
como despesa financeira).
Entã o: Passivo aumenta em R$ 1.000,00
Ativo nã o se altera.
Logo, o Patrimô nio Líquido diminuirá em R$ 1.000,00.
Conclusã o: estamos diante de uma despesa.
Despesas
• Nem todo aumento de passivo é, portanto, despesa.
• Por exemplo: a compra de mercadorias a prazo aumenta o ativo
(estoques) e aumenta o passivo (fornecedores) no mesmo montante.
Lembre a equaçã o patrimonial: Ativo – Passivo = PL
Se o ativo e o passivo aumentam em igual valor, o Patrimô nio Líquido nã o
se altera. No caso específico, nã o há a figura da despesa. O fato foi
meramente permutativo (a empresa recebeu estoques e, em troca,
assumiu uma dívida com o fornecedor). Nã o perdeu nada na transaçã o.
4ª Operaçã o: Compra de mercadorias para
revenda (impacto patrimonial)
Em 13-2-2021, a empresa adquire, a prazo, mercadorias para revenda no valor de
$ 5.000,00.
Com essa transação a empresa adquiriu um novo Ativo (Mercadorias), assumindo,
ao mesmo tempo, uma obrigação de pagar ao fornecedor $ 5.000,00 no futuro.
Vejamos como fica, então, o seu balanço patrimonial atualizado:
Ativo Passivo
Caixa $ 7.000 Contas a Pagar $ 5.000
Mercadorias $ 5.000 Patrimônio Líquido (PL) $ 10.000
Imóveis $ 3.000 Capital Subscrito $ 10.000
Total do Ativo $ 15.000 Total do Passivo + PL $ 15.000
Iudícibus, Sérgio de; Marion, José Carlos. Contabilidade Comercial - Texto (p. 32). Atlas. Edição do
Kindle.
4ª Operaçã o: Compra de mercadorias para
revenda (registro contá bil)
REGISTRO CONTÁBIL:
DATA: 13-2-2021
DÉBITO: MERCADORIAS (CONTA DE ATIVO – REPRESENTA UM BEM)
CRÉDITO: CONTAS A PAGAR (CONTA DE PASSIVO – REPRESENTA UMA OBRIGAÇÃO)
VALOR: $ 5.000
HISTÓRICO: AQUISIÇÃO DE MERCADORIAS
NOTA: SALDOS DE CONTAS DE ATIVO AUMENTAM A DÉBITO E DIMINUEM A
CRÉDITO ENQUANTO OS SALDOS DE CONTAS DE PASSIVO AUMENTAM A CRÉDITO E
DIMINUEM A DÉBITO.
4ª Operaçã o: Compra de mercadorias para
revenda (consequências e atribuiçã o de valor)
Fato permutativo (assume uma obrigação em troca de mercadoria).
Temos agora uma obrigação com terceiros (passivo exigível).
A empresa terá que honrar com tal obrigação no futuro (deve se preparar para ter
recursos suficientes da data do vencimento da obrigação).
A empresa estará apta a obter receitas com a revenda dessas mercadorias a seus
clientes.
Uma pergunta que não quer calar: Como a empresa chegou ao valor de $ 5.000,00?
Por qual valor deve ser registrada a compra de mercadorias por uma empresa
comercial?
O que vocês acham?
4ª Operaçã o: Compra de mercadorias para
revenda (atribuiçã o de valor)
• As mercadorias devem ser registradas pelo valor que foi pactuado entre o
comerciante e o fornecedor, na data da transação.
• Esse será o valor das mercadorias enquanto elas forem de propriedade da
empresa.
• Tem-se, portanto, que o registro se dá pelo custo original (histórico), que será,
então, a base de valor.
• Mas o que entra mesmo no cálculo do custo original (histórico) das
mercadorias? O que está sendo considerado no valor de $ 5.000,00?
• Entrará tudo que o comerciante teve que pagar para ter o estoque na empresa
em condições de ser revendido a seus clientes.
• Então, temos que serão contemplados no referido valor: (i) gastos com o
transporte da mercadoria até a loja (frete); (ii) impostos de importação; (iii)
seguros de transporte da mercadoria; entre outros.
4ª Operaçã o: Compra de mercadorias para revenda (um
exemplo numérico de atribuiçã o de valor)
• Compra, para revenda, de 1.000 unidades de uma mercadoria, ao preço unitário
de R$ 5,00.
• Valor do frete cobrado pelo fornecedor para a entrega das mercadorias: R$
200,00
• Seguro de transporte das mercadorias adquiridas: R$ 50,00
• Impostos incidentes sobre as mercadorias adquiridas: R$ 100,00 (impostos
recuperáveis)
• Qual o custo de aquisição das mercadorias?
4ª Operaçã o: Compra de mercadorias para revenda (um
exemplo numérico de atribuiçã o de valor)
Preço das mercadorias (1.000 unidades x R$ 5,00) = R$ 5.000,00

+ Frete = R$ 200,00

+ Seguro de transporte = R$ 50,00

= Custo de aquisição (sem considerar imposto) = R$ 5.250,00


- Impostos Recuperáveis = (R$ 100,00)

= Custo de aquisição (considerando imposto) = R$ 5.150,00

Como os impostos incidentes sobre a compra são recuperáveis, a empresa ficará com um
direito junto ao Governo (imposto a recuperar), que será satisfeito quando a mercadoria for
revendida pela empresa comercial aos seus clientes. Dessa forma, tais impostos não
entrarão no cálculo do custo de aquisição das mercadorias.

Esse será o valor original das mercadorias no balanço patrimonial.

E no futuro? As mercadorias deverão ficar registradas pelo mesmo valor? Haverá alteração
de valor no balanço patrimonial?
4ª Operaçã o: Compra de mercadorias para revenda (um
exemplo numérico de atribuiçã o de valor)
Custo da mercadoria adquirida = R$ 5.150,00
D – MERCADORIAS R$ 5.150,00 (BEM)
D – ICMS A RECUPERAR R$ 100,00 (DIREITO)
C – CONTAS A PAGAR R$ 5.250,00 (OBRIGAÇÃO)

CUSTO DE AQUISIÇÃO – GASTOU PARA TER A MERCADORIA EM ESTOQUE


4ª Operaçã o: Compra de mercadorias para
revenda (avaliaçõ es subsequentes)
• A legislação societária determina que, no caso de o valor de mercado dos
estoques apresentar-se em valor inferior ao seu custo original em algum
momento após o seu registro inicial, a empresa comercial deve constituir
provisão para ajuste ao valor de mercado.
• Por exemplo: mercadorias adquiridas a $ 5.000,00 estão sendo negociadas hoje
a R$ 4.000,00 no mercado. Assim, o contador deve reduzir o saldo da conta
Mercadorias em $ 1.000,00, já que o valor de mercado se encontra mais baixo.
• No entanto, se as mercadorias estiverem sendo negociadas a $ 6.000,00, nenhum
ajuste será exigido na contabilidade. Prevalece, nesse caso, o custo histórico das
mercadorias.
• A regra apresentada nos dois itens anteriores costuma ser chamada de CUSTO
OU MERCADO, DOS DOIS O MENOR.
4ª Operaçã o: Compra de mercadorias para
revenda (avaliaçõ es subsequentes)
• Constatada a redução do valor de mercado das mercadorias, a empresa deve
reconhecer uma despesa, pois estará diante de uma perda patrimonial.
• Essa despesa não é definitiva. Pode ser que a situação se reverta antes de a
empresa vender a mercadoria. Dessa forma, existe a possibilidade dessa
despesas ser estornada no futuro, bastando para isso que o valor de mercado
venha a igualar ou superar o custo de aquisição dessas mercadorias.
• Com a finalidade de manter o custo histórico como base de valor, a redução do
valor de uma mercadoria em função de condições adversas de mercado não será
feita na própria conta de estoque (que continua refletindo o valor original da
transação), mas numa conta conhecida como CONTA RETIFICADORA. Esse conta,
de saldo credor, retifica (conserta) o saldo da conta Mercadorias, de modo que
reflita o valor de mercado dessas mercadorias, sempre que este for inferior ao
custo que a empresa comercial teve para adquiri-la.
4ª Operaçã o: Compra de mercadorias para
revenda (avaliaçõ es subsequentes)
• Essa conta retificadora é uma provisão (provisão para ajustes a valor de
mercado). Ela reflete uma expectativa de perda patrimonial quando da revenda
da mercadoria a algum cliente.
• O lançamento será:
DESPESA DE PROVISÃO PARA AJUSTES A VALOR DE MERCADO
A PROVISÃO PARA AJUSTES A VALOR DE MERCADO
• No exemplo apresentado, o valor do lançamento será R$ 1.000,00
• Trata-se de um fato contábil modificativo, que afetará negativamente o resultado
da empresa comercial.
4ª Operaçã o: Compra de mercadorias para
revenda (avaliaçõ es subsequentes)
• No Balanço Patrimonial, a apresentação das contas envolvendo mercadorias será
feita da seguinte forma:
ATIVO
Mercadorias 5.000,00
(-) Provisão para Ajustes a Valor de Mercado (1.000,00)
= Valor contábil líquido 4.000,00
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Despesas de Provisão para Ajustes a Valor de Mercado 1.000,00
4ª Operaçã o: Compra de mercadorias para
revenda (avaliaçõ es subsequentes)
• Compra de mercadorias por R$ 5.000,00
• Avaliação inicial dos estoques fica pelo valor de aquisição (custo histórico) – R$
5.000,00
• Se o preço de venda da mercadoria não cair, esses R$ 5.000,00 serão o valor das
mercadorias no balanço patrimonial até elas serem vendidas.
• Se o preço cair, você faz um ajuste na Contabilidade. LANÇA UMA DESPESA NO
VALOR DA REDUÇÃO DO PREÇO. Em contrapartida, RECONHECE UMA PROVISÃO
PARA AJUSTE A VALOR DE MERCADO, em conta de Ativo separada da conta de
Mercadorias.
• Então, o valor de mercado representará o valor contábil líquido das
mercadorias.
• Na venda, o ativo será baixado pelo valor original das mercadorias.
Reduçõ es do Custo das Mercadorias Adquiridas
• Desconto comercial obtido – reduçã o do preço da mercadoria, que
geralmente ocorre no ato da compra, a partir de uma negociaçã o entre o
vendedor e o comprador. Pode decorrer do fato de a empresa comercial já
ser um cliente habitual ou de o volume negociado ser expressivo (superior
ao que costuma ser praticado pelo vendedor). O desconto comercial pode
decorrer também de uma prá tica usual do vendedor em condiçõ es
preestabelecidas.
• Alguns chamam tal desconto de desconto incondicional (nã o depende de
uma condiçã o específica a ser cumprida pelo adquirente no futuro). Já vem
deduzido o seu valor na nota fiscal.
• Exemplo: a empresa comercial compra 1.000 unidades de uma mercadoria
cujo preço unitá rio é R$ 100,00, mas é beneficiada com um desconto de
5%.
Reduçõ es do Custo das Mercadorias
• Temos, entã o, que o valor a ser contabilizado como custo da mercadoria
adquirida será :
1.000 unidades x R$ 100,00 = R$ 100.000,00
Desconto Comercial; 5% x R$ 100.000,00 = R$ 5.000,00
Custo da mercadoria: R$ 100.000,00 – R$ 5.000,00 = R$ 95.000,00
• Será R$ 95.000,00 o valor a ser lançado no Ativo Estoques de Mercadorias.
• Como o desconto é concedido no ato da compra, o registro contá bil das
mercadorias se dá pelo valor líquido (valor com desconto).
Reduçõ es do Custo das Mercadorias
• Abatimento obtido – reduçã o de preço combinada entre o vendedor e o
comprador para evitar a devoluçã o da mercadoria adquirida. Ocorre quando, ao
receber a mercadoria, o comprador percebe que ela se encontra divergente do
pedido que efetuou. Pode decorrer de problemas relacionados à divergência de
qualidade/especificaçã o das mercadorias e até do atraso na sua entrega ao
cliente.
• O abatimento será contabilizado pelo comprador como um ajuste no custo do
estoque, pois geralmente ocorre apó s ter sido feito o registro original da compra.
• Exemplo: a empresa comercial compra 1.000 unidades de uma mercadoria cujo
preço unitá rio é R$ 100,00, mas descobre que há pequenas avarias em algumas
unidades. Para nã o cancelar a venda, o vendedor oferece um abatimento de 20%
como compensaçã o ao comprador.
Reduçõ es do Custo das Mercadorias
• Temos, entã o, que o valor a ser contabilizado como custo da mercadoria adquirida
será baseado no preço normal da mercadoria, no dia em que ela é recebida:
1.000 unidades x R$ 100,00 = R$ 100.000,00
• Registro contá bil: D – ESTOQUES e C – FORNECEDORES, no valor de R$
100.000,00
• Na data do acordo com o vendedor, o abatimento será calculado da seguinte
forma:
Abatimento: 20% x R$ 100.000,00 = R$ 20.000,00
• Registro contá bil do abatimento: D – FORNECEDORES e C – ESTOQUES, no valor
de R$ 20.000,00.
Reduçõ es do Custo das Mercadorias
• Cancelamento da compra – ocorre quando o comprador nã o está satisfeito
com a aquisiçã o feita e nã o concorda em ficar com as mercadorias
adquiridas mesmo com a proposta de concessã o de abatimento feita pelo
vendedor. Nesse caso, a operaçã o é desfeita e o lançamento contá bil de
compra é estornado na contabilidade.
• Com base no exemplo de compra apresentado anteriormente, eis o registro
contá bil do cancelamento total da compra realizada:
• D – FORNECEDORES R$ 100.000,00
C – ESTOQUES R$ 100.000,00
Impostos incidentes sobre as operaçõ es
envolvendo mercadorias
• Incidem sobre as vendas e guardam proporcionalidade com o preço da
transaçã o.
• Quanto maior o montante das vendas, maiores serã o os impostos sobre
vendas.
• Se nã o houver venda, obviamente, nã o haverá incidê ncia de imposto.
Impostos incidentes sobre as operaçõ es
envolvendo mercadorias
• IPI – É o imposto sobre produtos industrializados.
• O IPI é de competência da Uniã o (governo federal).
• A alíquota varia de acordo com o produto. Produtos de primeira necessidade
tê m alíquota baixa ou zero. Já os produtos supérfluos têm alíquota elevada
(cigarros, por exemplo, costumam ter alíquota pró xima a 400%.
• O IPI é, portanto, um imposto seletivo.
• Gerado apenas para as empresas industriais.
Impostos incidentes sobre as operaçõ es
envolvendo mercadorias
• ICMS – É o imposto sobre operaçõ es relativas à circulaçã o de mercadorias e
sobre prestaçã o de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e
de comunicaçõ es.
• O ICMS é de competência dos estados e do Distrito Federal.
• É um imposto nã o cumulativo (pode-se compensar o valor do ICMS devido
durante a venda com o ICMS sobre a mercadoria adquirida para revenda.
• O ICMS é calculado “por dentro”. Isso significa que o valor do ICMS integra o
preço do valor a ser cobrado do adquirente do produto.
Impostos incidentes sobre as operaçõ es
envolvendo mercadorias
• Exemplo de cálculo do ICMS:
• Se a alíquota do ICMS é a de 18%, os $ 100 correspondem nã o à base de cá lculo, sobre a qual seria
aplicada a alíquota, mas sim aos 82% dessa base, sem o ICMS, que corresponderá aos 18%
remanescentes. Portanto, para melhor explicar, faz-se a regra de três:
$ 100 estã o para 82%, assim como X está para 18%.
$ 100 .......................... 82%
X ................................ 18%
X = 1.800 / 82
X = $ 21,95

• Iudícibus, Sérgio de; Marion, José Carlos. Contabilidade Comercial - Texto (p. 97). Atlas. Ediçã o do
Kindle.
Impostos incidentes sobre as operaçõ es
envolvendo mercadorias
• Exemplo de cálculo do ICMS:
• Dessa forma, o valor da nota fiscal (preço final da mercadoria) ficará em R$ 121,95.
R$ 121,95 x 18% = R$ 21,95
R$ 121,95 – R$ 21,95 = R$ 100,00
A alíquota real sobre o preço seria 21,95%, e nã o 18%.

PREÇO DA MERCADORIA = R$ 121,95


ICMS INCLUSO NO PREÇO DA MERCADORIA = R$ 21,95

• Iudícibus, Sérgio de; Marion, José Carlos. Contabilidade Comercial - Texto (p. 97).
Atlas. Ediçã o do Kindle.
Impostos incidentes sobre as operaçõ es
envolvendo mercadorias
• O ICMS pago (ou a pagar) por ocasiã o da compra é uma espécie de
adiantamento feito pela empresa adquirente, pois os impostos sobre venda
sã o cobrados do consumidor e nã o da empresa. A empresa seria
simplesmente a depositá ria desses recursos (ou o responsável pela
arrecadaçã o).
• Daí surge o ICMS a recuperar, que será registrado como um ativo a
compensar no futuro quando da venda da mercadoria adquirida.
Impostos incidentes sobre as operaçõ es
envolvendo mercadorias
• Cofins – é a contribuiçã o para financiamento da seguridade social.
• A arrecadaçã o da Cofins é destinada a investimentos em saú de, previdência social e
assistência social.
• PIS – é a contribuiçã o para o Programa de Integraçã o Social.
• A arrecadaçã o do PIS é destinada à integraçã o do empregado do setor privado com
o desenvolvimento da empresa. É uma espécie de participaçã o do empregado no
lucro da empresa, na forma de poupança individual.
• Excluem-se do cá lculo do PIS, as vendas canceladas, as devoluçõ es de vendas e os
descontos incondicionais.
• Cá lculo efetuado de acordo com o regime de tributaçã o da empresa (fica o assunto
para a disciplina Contabilidade Tributá ria).
Impostos incidentes sobre as operaçõ es
envolvendo mercadorias
• Uma empresa comercial, quando adquire produtos de uma indú stria, paga
IPI, ICMS, PIS e Cofins, recuperando apenas o ICMS, já que é cobrado do seu
cliente. O PIS e a Cofins, durante a aquisiçã o das mercadorias, caracterizam
custo; o IPI, durante as vendas de empresas comerciais, também caracteriza
custo, já que nã o é cobrado do cliente.

• Iudícibus, Sérgio de; Marion, José Carlos. Contabilidade Comercial - Texto (p.
100). Atlas. Ediçã o do Kindle.
5ª Operaçã o: Venda de Mercadorias a Prazo
Em 20-2-2021, a empresa vende, a prazo, por R$ 8.000,00, as mercadorias
que comprou no dia 13-2-2021 (Valor de aquisiçã o: R$ 5.000,00).
Com essa transaçã o a empresa se desfez de um Ativo (Mercadorias), em
troca do direito de receber do cliente R$ 8.000,00 no futuro.
A operaçã o vai gerar uma receita de vendas, que será reconhecida no
momento da entrega da mercadoria ao cliente.
Ao mesmo tempo, a contabilidade vai reconhecer uma despesa,
relativamente ao custo da mercadoria vendida. Tal despesa decorre da
baixa do Ativo Mercadorias do Balanço Patrimonial.
Sobre a operaçã o, haverá incidência de ICMS, no percentual de 17%.
5ª Operaçã o: Venda de Mercadorias a Prazo
Temos, entã o, como consequência da operaçã o:
Reconhecimento de uma receita (receita de vendas) – R$ 8.000,00
Reconhecimento de uma despesa (em decorrência da baixa da mercadoria que foi
vendida) – R$ 5.000,00
Reconhecimento de um direito (Duplicatas a Receber) – R$ 8.000,00
Baixa do Ativo Mercadorias – R$ 5.000,00
Reconhecimento de uma despesa relativamente ao ICMS – R$ 8.000,00 X 17% = R$
1.360,00, em contrapartida a uma obrigaçã o de recolher tal imposto ao Governo (ICMS a
Recolher).
5ª Operaçã o: Venda de Mercadorias a Prazo
REGISTRO CONTÁBIL 1:
DATA: 20-2-2021
DÉBITO: CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS (CONTA DE DESPESA – REPRESENTA
UMA PERDA PATRIMONIAL PELA BAIXA DE UM BEM)
CRÉDITO: MERCADORIAS (CONTA DE ATIVO – REPRESENTA UM BEM)
VALOR: $ 5.000
HISTÓRICO: VENDA DE MERCADORIAS A PRAZO
NOTA: SALDOS DE CONTAS DE DESPESAS AUMENTAM A DÉBITO E DIMINUEM A
CRÉDITO ENQUANTO OS SALDOS DE CONTAS DE ATIVO AUMENTAM A DÉBITO E
DIMINUEM A CRÉDITO.
4ª Operaçã o: Venda de Mercadorias a Prazo
REGISTRO CONTÁBIL 2:
DATA: 20-2-2021
DÉBITO: DUPLICATAS A RECEBER (CONTA DE ATIVO – REPRESENTA UM DIREITO)
CRÉDITO: RECEITA DE VENDAS (CONTA DE RECEITA – REPRESENTA UM GANHO
PATRIMONIAL PELA VENDA DE UM BEM)
VALOR: $ 8.000
HISTÓRICO: VENDA DE MERCADORIAS A PRAZO
NOTA: SALDOS DE CONTAS DE RECEITAS AUMENTAM A CRÉDITO E DIMINUEM A
DÉBITO ENQUANTO OS SALDOS DE CONTAS DE ATIVO AUMENTAM A DÉBITO E
DIMINUEM A CRÉDITO.
5ª Operaçã o: Venda de Mercadorias a Prazo
Vejamos como fica, então, o seu balanço patrimonial atualizado:
Ativo Passivo $ 5.000
Caixa $ 7.000 Contas a Pagar $ 5.000
Duplicatas a Receber $ 8.000 Patrimônio Líquido (PL) $ 13.000
Imóveis $ 3.000 Capital Subscrito $ 10.000
Receitas de Vendas $ 8.000
(-) Custo das Mercadorias Vendidas ($ 5.000)
Total do Ativo $ 18.000 Total do Passivo + PL $ 18.000

Antes, tínhamos R$ 5.000 no saldo da conta MERCADORIAS. Agora, zeramos o saldo da


referida conta e lançamos $ 8.000,00 em duplicatas a receber. O saldo do Ativo passa, então
de $ 15.000 para $ 18.000.
Receitas e despesas vão provocar alterações no patrimônio líquido (passa de $ 10.000 para
$ 13.000).
5ª Operaçã o: Venda de Mercadorias a Prazo
E como fica a questão do ICMS?
Na operaçã o de compra, havia um ICMS embutido no preço das
mercadorias ($ 5.000,00).
Usando a regra de trê s que aprendemos em aulas passadas, o valor do
ICMS da compra é $ 726,50.
(x + 0,17x = $ 5.000,00)
1,17x = $ 5.000,00
X = $ 5.000,00/1,17 = $ 4.273,50
ICMS = $ 5.000,00 – 4.273,50 = $ 726,50
5ª Operaçã o: Venda de Mercadorias a Prazo
Na operaçã o de compra, temos, entã o, que acrescentar um registro
contá bil referente ao ICMS:
D – ICMS A RECUPERAR $ 726,50
C – MERCADORIAS $ 726,50
Valor do Ativo MERCADORIAS no Balanço seria entã o: $ 5.000,00 - $
726,50 = $ 4.273,50 (esse é o verdadeiro custo da mercadoria adquirida)
5ª Operaçã o: Venda de Mercadorias a Prazo
Na operaçã o de venda, temos, entã o, que acrescentar um registro contá bil
referente ao ICMS:
D – DESPESAS DE ICMS $ 1.360,00
C – ICMS A RECOLHER $ 1.360,00

ATIVO PASSIVO
MERCADORIAS $ 4.273,50 ICMS A RECOLHER $ 1.360,00
ICMS A RECUPERAR $ 726,50
5ª Operaçã o: Venda de Mercadorias a Prazo
Na hora de recolher o ICMS, a empresa pagará somente a diferença.
$ 1.360,00 - $ 726,50 = $ 633,50

No recolhimento o lançamento será :


D – ICMS A RECOLHER $ 1.360,00
C – ICMS A RECUPERAR $ 725,50
C – CAIXA $ 633,50

O governo só receberá $ 633,50, pois já recebeu $ 726,50 do fornecedor,


quando a empresa comercial adquiriu as mercadorias para revenda
(primeira transaçã o)
5ª Operaçã o: Venda de Mercadorias a Prazo
Em resumo, a empresa recolherá ICMS sobre a parcela nã o tributada na
transaçã o, pois o ICMS é um imposto nã o cumulativo.

$ 8.000 (valor da venda) - $ 4.273,50 (valor sobre o qual foi pago ICMS
pelo fornecedor) = $ 3.726,50 (valor restante a cobrar de ICMS)
$ 3.726,50 X 17% = $ 633,50 (justamente o valor a recolher pela empresa
comercial)
Controle de Estoque
• Fichas de estoques abertas por tido de mercadoria.
• Controle extracontá bil.
• Informaçõ es das fichas: data, saldo anterior, entradas de mercadorias,
saídas de mercadorias, saldo atual.
• Mercadorias: 5.000,00 (saldo anterior) – 5.000,00 (saída) = 0,00 (saldo
atual)
• Ficha de estoque: mercadorias entram com preços diferentes.
• Preço de hoje – R$ 5,00; Preço de amanhã – R$ 5,50; Preço de depois de –
R$ 5,60
Controle de Estoques
• As entradas sã o feitas com preços diferentes.
• Quando for dar a saída, vem a pergunta – qual preço eu vou usar (R$
5,00, R$ 5,50 ou R$ 5,60)?
• 100.000 unidades (ENTRADAS)
• 30.000 unidades (R$ 5,00)
• 20.000 unidades (R$ 5,50)
• 50.000 unidades (R$ 5,60)
• 20.000 unidades (SAÍDAS) – Qual será o valor das sá idas?
• Métodos distintos: Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair (PEPS)
Controle de Estoques
• Ú ltimo a entrar, Primeiro a Sair (UEPS)
• Média ponderada dos preços (Média Ponderada)
• Escolher um dos métodos para usar.
• Fisco nã o aceita o UEPS
• Método mais ló gico (PEPS)
• Método mais usado (Média ponderada)
• Preço específico (preço de cada mercadoria)
Controle de estoques
• DATA - ENTRADAS - SAÍDAS – SALDO ATUAL
• ENTRADAS: Preço x Quantidade
• SAÍDAS: Preço x Quantidade
• SALDO ATUAL: Preço x Quantidade
PEPS
UEPS
MÉ DIA PONDERADA
Provisã o para Créditos de Liquidaçã o Duvidosa
• “O recebimento das Contas a Receber nã o é líquido e certo, uma vez que a empresa
está sujeita aos riscos de crédito. Se a empresa tiver perdas com seus clientes (os
que nã o sã o bons pagadores), o saldo de Contas a Receber será reduzido, isto é, a
empresa nã o receberá o montante registrado, mas aquele montante menos as
possíveis perdas”.
• Valor registrado na Contabilidade acaba ficando diferente do valor que a empresa
espera receber dos clientes no futuro.
• O ideal, entã o, é que o valor da conta seja equivalente ao seu valor realizável líquido.

Iudícibus, Sérgio de; Marion, José Carlos. Contabilidade Comercial - Texto (p. 183).
Atlas. Ediçã o do Kindle.
Provisã o para Créditos de Liquidaçã o Duvidosa
• É necessá rio, entã o, se fazer um ajuste no saldo de Contas a Receber, de
modo que a Contabilidade reflita o valor que realmente se espera receber.
• Esse ajuste é feito em uma conta retificadora de Ativo, denominada
Provisã o para Perdas Estimadas em Cré ditos de Liquidaçã o Duvidosa.
• A contrapartida é uma despesa (Despesa de Provisã o para Perdas
Estimadas em Créditos de Liquidaçã o Duvidosa).
• Essa despesa irá contrapor-se à receita de vendas, que foi reconhecida
integralmente pelo regime de competência.
Provisã o para Créditos de Liquidaçã o Duvidosa
• O registro contá bil será :
D – Despesas de Provisã o para Perdas Estimadas em Cré ditos de Liquidaçã o
Duvidosa
C – Provisã o para Perdas Estimadas em Créditos de Liquidaçã o Duvidosa

No balanço patrimonial, ficará :


Contas a Receber R$ 100.000,00
(-) Provisã o para Perdas Estimadas em CLD (R$ 10.000,00)
= Valor Contá bil Líquido R$ 90.000,00
Provisã o para Créditos de Liquidaçã o Duvidosa
Na Demonstraçã o do Resultado do Exercício, ficará :
Receitas de Vendas R$ 100.000,00
(-) Despesas de Provisã o para Perdas Estimadas em CLD (R$ 10.000,00)
= Lucro R$ 90.000,00
Provisã o para Créditos de Liquidaçã o Duvidosa
• Se a perda nã o se confirmar, temos que providenciar a reversã o da
provisã o.
• Reverte-se a provisã o fazendo um lançamento contá bil inverso à
constituiçã o da provisã o (é um estorno da provisã o)
• Registro Contá bil
D – Provisã o para Perdas Estimadas em Créditos de Liquidaçã o Duvidosa
C – Despesas de Provisã o para Perdas Estimadas em Créditos de Liquidaçã o
Duvidosa
Provisã o para Créditos de Liquidaçã o Duvidosa
• No Balanço Patrimonial
Contas a Receber R$ 100.000,00
(-) PCLD (R$ 0,00)
Valor Contá bil Líquido R$ 100.000,00

Na DRE:
• Receita de Vendas R$ 100.000,00
(-) Despesas de PCLD (R$ 0,00)
Lucro R$ 100.000,00
Provisã o para Créditos de Liquidaçã o Duvidosa
• Provisã o de R$ 10.000,00 (VCL = R$ 90.000,00)
• Cliente paga tudo (como a gente faz na contabilidade?)
PELO PAGAMENTO FEITO PELO CLIENTE (RECEBIMENTO PELA EMPRESA):
• D – CAIXA R$ 100.000,00
• C – CONTA A RECEBER R$ 100.000,00
PELO ESTORNO DA PERDA PROVISIONADA:
• D – PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA R$ 10.000,00
• C – DESPESAS DE PROVISÃO R$ 10.000,00
Provisã o para Créditos de Liquidaçã o Duvidosa
• Se a perda se confirmar, temos que baixar em definitivo a conta a receber na
Contabilidade.
• A baixa é feita usando o saldo da conta Provisã o para Perdas Estimadas em
Créditos de Liquidaçã o Duvidosa.
• Registro Contá bil
D – Provisã o para Perdas Estimadas em Créditos de Liquidaçã o Duvidosa
C – Contas a Receber
Vejam que nã o haverá mais impacto no resultado, pois o valor da perda já estava
provisionado.
R$ 100.000,00 (Contas a Receber) – R$ 10.000,00 (Provisã o) = R$ 90.000,00
Provisã o para Créditos de Liquidaçã o Duvidosa
• Contas a Receber R$ 100.000,00 – R$ 90.000,00 = R$ 10.000,00
• Lançamento 1 (CLIENTE PAGANDO SÓ 90% DO VALOR):
D – Caixa – R$ 90.000,00
C – Contas a Receber – R$ 90.000,00
• E OS R$ 10.000,00 QUE FICARÃ O FALTANDO?
D – PROVISÃ O PARA PERDAS EM CRÉ DITOS DE LIQUIDAÇÃ O DUVIDOSA R$
10.000,00
C – CONTAS A RECEBER – R$ 10.000,00
Provisã o para Créditos de Liquidaçã o Duvidosa
• Se a perda for maior do que o valor provisionado, temos que baixar em
definitivo a conta a receber na Contabilidade, usando o saldo da conta
Provisã o para Perdas Estimadas em Cré ditos de Liquidaçã o Duvidosa e
lançando o restante do valor em uma conta de despesa.
• Registro Contá bil
D – Provisã o para Perdas Estimadas em Créditos de Liquidaçã o Duvidosa
D – Perdas em Contas a Receber
C – Contas a Receber
Vejam que o impacto no resultado somente contemplará o valor que exceder
o valor que foi provisionado.

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