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MANUAL DE

METODOLOGIA
DE MATEMÁTICA
PARA ENSINO
PRIMÁRIO

Manual Elaborado pelos Professores:


Celestino Ernesto
Hercullamussungo 1
ÍNDICE
1. Problemas didácticos específico do ensino da matemática para o ensino
primário
1.1. Elaboração de conceito e definição
1.2. Tipos de conceitos
1.3. Exigência para a realização metodológica
1.4. Passos fundamentais para introdução de um conceito matemático
2. O ensino do vocabulário básico da matemática
Conceito de vocabulário básico vocabulário básico de matemática
2.1. Relação do vocabulário básico com os conceitos matemáticos
2.2. Fases da matemática
2.3. Factores a considerar numa aula de matemática
2.4. Operações mentais do pensamento matemático
2.5. Método de matemática
2.6. Passos a seguir numa aula de matemática
2.7. Passos principais na resolução de um problema nas distintas
classes de ensino primário
2.8. Aplicação desses passos em lições de revisão
2.9. Passos de lição de matemática na primeira classe
2.10. Como apresentar os problemas
2.10.1. Via oral:
2.10.2. Via escrita:
3. Estudo dos números naturais
3.1. Estudo das operações fundamentais
3.1.1. Adição de números naturais
3.1.2. A subtracção dos números naturais
3.1.3. A multiplicação dos números naturais
3.1.4. Divisão dos números naturais
3.2. Comparação dos números até 5
3.3. Comparação dos números até dez
3.4. Como ensinar o conceito de zero
3.4.1. Como introduzir a noção de zero 4. Formação de ordem
dos números até 20
4.1. Como ensinar os faccionários.
4.1.1. Dúzia e meia dúzia
4.1.2. Relação dos números decimais com os fraccionários
4.1.3. Os números de 0 a 100
4.2. Como trabalhar com 2ª classe 5. O
que é um procedimento algorítmico?
5.1. Elaboração de um procedimento de caracter algorítmico

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INTRODUÇÃO
O Manual elaborado para que os formandos aprofundem os seus conhecimentos
científicos necessários para leccionarem no Ensino Primário e se apropriem das
rotinas escolares, em especial aquelas que se referem à mediação do processo de
ensino aprendizagem.
O Manual apresenta uma abordagem metodológica que vai permitir que, tanto os
formadores quanto os formandos, desenvolvam a arte de bem ensinar que os
capacitem a leccionarem em contextos desafiadores
O Manual de Didáctica da Matemática é complementado pela unidade curricular
“Resolução de Problemas Matemáticos” cujo principal objectivo é praticar
estratégias de desenvolvimento do gosto pela Matemática no Ensino Primário,
através de técnicas criativas de resolução de problemas.

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6. PROBLEMAS DIDÁCTICOS ESPECÍFICO DO ENSINO DA MATEMÁTICA
PARA O ENSINO PRIMÁRIO
6.1. ELABORAÇÃO DE CONCEITO E DEFINIÇÃO
Conceito: é uma reflexão mental de uma classe de coisas «objectos», processos e
relações da realidade objetiva ou de consciência.
6.2. TIPOS DE CONCEITOS
Conceitos de objectos: Ex.: triangulo
Conceitos de Características: Ex.: isóscele
Conceitos de Relação: Ex.: Paralelo
Conceitos de Operação: Ex.: Adição
DEFENIÇÃO: é uma estipulação do que é um objecto, como se cria ou como se
conhece.
Ex.: (Circunferência) ou uma regra ou estipulação como se aplica-utiliza um sinal
linguístico.
Ex.: (Adição de um número faccionários) ou uma estipulação do que significa um
sinal linguístico.
6.3. EXIGÊNCIA PARA A REALIZAÇÃO METODOLÓGICA
Tratar um conceito matemático significa introduzir e consolidar o conceito numa
unidade inseparável.
Na introdução do conceito existem duas possibilidades principais:
a. Partir de certos exemplos e desenvolver o conceito por meio de descrições,
explicações e aplicações. Depois de definir o conceito-abstrato e realizar uma
primeira aplicação. (método indutivo)
b. Partir da definição e depois detalhar, explicar e aplicar o conceito abstrato
(Método dedutivo)
6.4. PASSOS FUNDAMENTAIS PARA INTRODUÇÃO DE UM CONCEITO
MATEMÁTICO
1. Criação de nível de partida;
2. Motivação e orientação para os objectivos;
3. Elaboração dos conteúdos;
4. Definição ou explicação de conceito;
5. Primeira aplicação de conceito;
6. Classificação de conceito num sistema de conceitos.

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Os passos (3 e 4) podem ser trocadas, depende do método utilizado (dedutivo ou
indutivo). O passo (6) ao mesmo tempo já faz parte da fase de consolidação a
seguir.
7. O ENSINO DO VOCABULÁRIO BÁSICO DA MATEMÁTICA
Cada disciplina possui um conjunto de termos específicos que, por vezes, só têm
sentido quando usando no contexto. A disciplina de Matemática não foge da regra.
Esta tem um conjunto de termos que são usados em contextos matemáticos,
embora sejam termos usados noutras com o mesmo significado. No contexto
matemático existem termos ou expressões que as crianças usam muito antes de
frequentar a escola e que têm uma relação com a Matemática informal. São estes
termos que, com o seu aproveitamento, permitem a que aprendam a Matemática
com muita facilidade. Estes termos ou expressões (vocabulário básico de
Matemática) devem servir de ponto de partida para a leccionação de Matemática
formal.
• CONCEITO DE VOCABULÁRIO BÁSICO VOCABULÁRIO BÁSICO DE
MATEMÁTICA
É o conjunto de termos ou de expressões matemáticas que a criança precisar
desenvolver para garantir uma aprendizagem efectiva de Matemática. Este conjunto
de termos ou expressões, a criança não aprende na escola. Ela apenas desenvolve
este conhecimento porque entra na escola enquanto já o tem. O tratamento deste
conceito deve ser feito a partir de actividades lúdicas (jogos e desenhos) dentro e
fora da sala de aulas.

• Noções de quantidade, tamanho, posição, distância, direcção e sentido e de peso


existem 6 (seis) categorias de vocabulário básico a desenvolver nos alunos:
i) Quantidade - Muito/pouco, mais/menos, tanto como, cheio/vazio,
mesmo, algum, nenhum, pôr/ tirar, aumentar/diminuir, juntar/separar.
ii) Tamanho - Grande/pequeno, maior/menor, igual, comprido/curto,
alto/baixo, largo/estreito, grosso/fino.
iii) Posição - Esquerda/directa, a frente/atrás, em cima/em baixo,
dentro/fora, antes/depois, interior/exterior, primeiro/último, entre, à volta
de, ao lado, na fronteira.
iv) Distância - Perto/longe, aqui, ali, lá, próximo, afastado.
v) Direcção e sentido - Para esquerda/para directa, para frente/para atrás,
para cima/para baixo, para dentro/ para fora, para interior/para exterior.
vi) Peso - Pesado/leve.

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7.1. RELAÇÃO DO VOCABULÁRIO BÁSICO COM OS CONCEITOS
MATEMÁTICOS
Como pode ter se apercebido, o conjunto de termos ou expressões que constituem
o vocabulário básico é um conhecimento ligado à Matemática informal. Estes
conhecimentos aprendidos informalmente em casa servem de base para a
aquisição de saber matemático formal. Deste modo, o vocabulário aqui tratado
torna-se muito importante porque serve de base para o tratamento formal de todos
os conceitos matemáticos na escola. Por exemplo, as noções de muito/pouco ou de
mais/menos, uma vez bem desenvolvidas, permitem que a criança possa aprender
a adicionar e a subtrair com muita facilidade dado que ela vai saber que ao adicionar
terá “muitos” ou “mais” e ao subtrair o resultado será “poucos” ou “menos” do que o
número onde se fez a subtracção.
7.2. FASES DA MATEMÁTICA

1. Manipulação: a operação manual deve proceder sempre a operação


matemática. É durante a observação e a manipulação que deve ser
apresentado o vocabulário novo necessário a expressão da realidade
observada, por exemplo: manipular colecções de objectos (agrupar, ajuntar,
tirar, construir formas geométricas, medir grandezas diversas, etc.).
2. Figuração Esquemática: constitui um intermediário útil entre a realidade das
coisas e o simbolismo da sua expressão esquemática. É o caminho da
abstração.
Exemplo: I + I+ I= III; 000+0= 0000.
3. Figuração Matemática: os exercícios precedentes vão sendo
progressivamente traduzidos pela utilização de símbolos matemáticos. Ex: 2 +
1= 3. 3 – 1= 2
4. Automatização: não basta que uma noção seja compreendida, é necessário
que depois disso o sujeito seja capacitado dos necessários automatismos. Por
isso terão de realizar exercícios de consolidação. Ex: realizar-se exercícios
ligados a pequenos problemas – o Pick recebeu laranja e duas tangerinas.
Quantos frutos tem agora o Pick?
5. Exploração: uma vez compreendida e automatizada uma noção, deverá ser
integrada num conjunto de conhecimentos anteriores, isto é, se durante a sua
aquisição ele for isolado para construir quase objecto de estudo agora deverá
ser integrado todo saber, e exploração em prol da aquisição de novos
conhecimentos, exercícios de aplicação, de verificação e extensão tendo
este como finalidade específica, a lição vertical da nova noção ao objecto de
lição seguinte.

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7.3. FACTORES A CONSIDERAR NUMA AULA DE MATEMÁTICA
Para uma aprendizagem com êxito numa aula de Matemática o professor deve ter
em conta os seguintes factores:
➢ Idade dos alunos;
➢ Características individuais;
➢ Fadiga;
➢ Actividades Práticas nos intervalos;
➢ Condições de Saúde;
➢ Meio ambiente socioeconómico.

7.4. OPERAÇÕES MENTAIS DO PENSAMENTO MATEMÁTICO

a) Relacionamento: operação que compara, verifica ligações entre objectos


(ou número) de um grupo, relaciona elementos por diferentes ou
semelhantes;
b) Classificação: separar em grupo segundo o mesmo critério;
c) Ordenação: estabelece ordem especial como filas ou colunas, ordena pelo
tema (ordem cronológica) enumera, faz séries ou sequências;
d) Correspondência: estabelece uma organização de um para um ou de dois
para um;
e) Substituição: reconhece um dado, uma parte que poderá ser simplificada
resolvida e a substitui por esta solução parcial;
f) Conclusão: fornece o resumo ou síntese de um processo;
g) Generalização: descobre as regras principais ou propriedades comuns
através de actividades feitas com mesmo critério e conteúdo.

7.5. MÉTODO DE MATEMÁTICA

O método como já dissemos, deve ser bem seleccionado para que o Professor atinja
os objectivos traçados. Tal como qualquer outra disciplina não se usa métodos
únicos. Utiliza-se método misto.
Os procedimentos ou métodos secundários, também devem ser cuidadosamente
selecionados. Assim para o ensino da matemática são aconselháveis os métodos
indutivo e dedutivo e como procedimento, análise, síntese e exemplificação.
7.6. PASSOS A SEGUIR NUMA AULA DE MATEMÁTICA

1. Observar a realidade;
2. Aplicá-la praticamente;
3. Expressá-la oralmente;
4. Expressá-la por desenho;
5. Expressá-la por escrita;

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6. Expressá-la matematicamente.
O ensino torna-se assim activo e prático levando os alunos a lição através de
observação e manipulação do material, pela dificuldade da criança na abstração,
assim manuseando servindo-se da linguagem do desenho, como transição para
expressão numérica.
7.7. PASSOS PRINCIPAIS NA RESOLUÇÃO DE UM PROBLEMA NAS
DISTINTAS CLASSES DE ENSINO PRIMÁRIO

a) Interpretação e compreensão do problema;


b) Evocação dos factores e dos princípios sugeridos pelo problema e
necessário a sua solução;
c) Formação do Plano de Solução;
d) Cálculo escrito (indicação, operação, prova, resposta dada por meio de frase
completa);
e) Verificação do resultado.

7.8. APLICAÇÃO DESSES PASSOS EM LIÇÕES DE REVISÃO

➢ Formação do Problema e a sua apresentação à classe;


➢ Repetição do Enunciado por dois ou três alunos;
➢ Interpretação e compreensão;
➢ Formação das soluções apresentadas;
➢ Chamada de um aluno ao quadro para resolver o problema, enquanto os
outros o fazem no caderno diário; ➢ Formação da resposta.

7.9. PASSOS DE LIÇÃO DE MATEMÁTICA NA PRIMEIRA CLASSE

➢ Formação do problema e a sua apresentação à classe;


➢ Repetição do Enunciado;
➢ Interpretação e Compreensão;
➢ Solução objectiva (concretização);
➢ Solução simbólica (algarismo);
➢ Solução Ideográfica (feita no quadro);
➢ Resposta

7.10. COMO APRESENTAR OS PROBLEMAS


Os problemas apresentam-se por: Via oral e Escrita.
7.10.1. Via Oral:
Os problemas são expostos pelo professor ou por um aluno, oralmente escrevendo
no quadro logo os dados numéricos ou ideográfico. Toda a classe deve intervir na

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sua analise e solução. O Professor deve apreciar e respeitar as diferentes formas
de pensamento que surgirem.
É um processo bastante dinâmico e desperta interesse à classe conduz, orienta e
aconselha-se impor, sem dominar nem amedrontar pela autoridade do professor.
7.10.2. Via Escrita:
O professor escreve o enunciado do problema no quadro ou distribui fichas,
problemas, processo utilizando quando se quer individualizar o ensino.
8. ESTUDO DOS NÚMEROS NATURAIS
Ao iniciar um novo ano lectivo deve se fazer em primeiro lugar, a revisão dos
conhecimentos adquiridos para facilitar as cancões de aprendizagem dos novos
conteúdos. Assim, ao inicio da 1* da classe deve-se observar o seguinte:
a) REVISÃO DO VOCABULÁRIO MATEMÁTICO, FAZENDO ALGUNS
TIPOS DE EXERCÍCIOS.
Exemplo:
➢ A presentar no desenho de alunos com várias alturas. Mandar pintar ao aluno
pequena ou grande;
➢ Apresentar no desenho de árvore, mandar pintar mais alta ou mais baixa,
fazer ao mesmo tempo revisão do conceito de largo, comprido, baixo, aberto,
etc.
b) REVISÃO DA NUMERAÇÃO ATÉ 9

➢ A presentar um desenho de objectos com folhas, flores, lápis, borrachas,


quadros, círculos, etc, exemplo: quantas flores são?
➢ Mandar ligar objectos iguais desenhados;
➢ Ligar o número do objecto;
➢ A presentar vários desenhos e pedir aos alunos que colocam dentro uma
bola o número correspondente.
Apresentar varias barras divididas e mandar pintar as divisões que correspondem
ao número, ex.: 2, 5, 6 e 8. O conteúdo novo deve começar a ser introduzido, quando
se está a fazer a revisão da comparação dos números até 5.
8.1. ESTUDO DAS OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS
8.1.1. ADIÇÃO DE NÚMEROS NATURAIS
Há 8 laranjas numa caixa e 3 laranjas numa bacia. Se juntar as laranjas da caixa e
da bacia, quantas laranjas são ao todo?
P. Observe as figuras. Quantas laranjas tem a caixa?
A: 8 laranjas.
P: Quantas laranjas cabem na caixa?
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A: Podem caber 10 laranjas na caixa.
P: Como descobrimos quantas laranjas se tem no total?
A: Adicionando.
P: Qual é a expressão matemática para encontrar o número total de laranjas?
A: 8 + 3.
P: Como podemos calcular?
A: Completando 10.
P: Quantas laranjas faltam para completar 10?
A: 2 laranjas.
P: Então, vamos tirar 2 laranjas na bacia para juntar com as laranjas da caixa.
P: Quantas laranjas tem a caixa?
A:10 laranjas.
P: Quantas laranjas ficaram na bacia?
A: 1 laranja.
P: Se juntar todas as laranjas, quantas laranjas são ao todo?
A: 11 laranjas.
P: O resultado da adição é 8 + 3 = 11.
Para adicionar dois números de um algarismo cada e cuja soma é maior que 10,
decompõe-se o número menor de modo a formar com o maior, o número 10. Por
exemplo, para o caso de 8 + 3, decompõe-se o 3 em 2 e 1, adiciona-se 2 e 8 para
formar 10 e, então, adiciona-se 10 e 1 para formar 11.
8.1.2. A SUBTRACÇÃO DOS NÚMEROS NATURAIS
Para o caso da subtracção de números naturais com empréstimo, decompõe-se o
diminuendo em “10 e algo mais”, subtraindo o diminuendo de 10 e adicionando ao
resto. Por exemplo, para o caso de 12 – 7, decompõe-se 12 em 10 e 2, subtrai-se 7
de 10 para obter 3 e, então, adiciona-se 3 e 2 para obter 5.
8.1.3. A MULTIPLICAÇÃO DOS NÚMEROS NATURAIS
A multiplicação representa uma adição sucessiva de parcelas iguais. O sinal da
multiplicação é ×, o qual lê-se vezes ou ...multiplicar por...
Por exemplo, 8+8+8=3×8

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3×8 = 24 Produto
Multiplicador
Multiplicando
8.1.4. DIVISÃO DOS NÚMEROS NATURAIS
Usa-se divisão quando o número de objectos que devem constar num grupo é
encontrado a partir de um número que pode formar grupos. O símbolo da divisão é
÷, que se lê “a dividir”.
Por exemplo, se 12 doces foram divididos igualmente por 3 meninos, o número de
doces que cada menino recebeu pode ser encontrado por uma divisão; isto é, 12 ÷
3:
12 : 3 = 4 quociente
Divisor
Dividendo
8.2. COMPARAÇÃO DOS NÚMEROS ATÉ 5
Nesta altura introduzem-se já os sinais que as crianças apenas estavam
familiarizados oralmente, com as palavras que apresentam esses sinais. Os
exercícios são de seguinte tipo. Exemplo: Colocam-se os números correspondentes
às gravuras e os alunos colocam o sinal de mais ou menos assim: 6=6; 3 4;
3 3 6 5; 4 5; 3 3 5
4
1 2
Partindo da composição introduzem-se números ordinais até 5. O que pode
aparentar através de um desenho em ordem crescente ao mesmo tempo que vai
indicando os ordinais. Exemplo: em seguida apresentam-se exercícios do tipo a
seguir:
. 1 2 1 4
. 2 2 2 2
. 3 2 2 4
. 4 2 4 4
. 5 2 5 4
Consolidados os conhecimentos até 5 com adição e subtração, passa-se ao estudo
da comparação dos números ate 9. Lembre-se que o aluno deve saber o
fundamento de isto é maior ou menor que após a colocação dos números em ordem

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crescente e decrescente, o aluno deverá conhecer a localização dos números
segundo a sua ordem (1º, 2º, 3º,4º, 5º, 6º, 7º 8º, 9º).
Os exercícios são semelhantes aos já efetuados, na comparação e ordem dos
números até 5. O desenho a seguir servirá para auxiliar os exercícios de comarcão
de ordem dos números até 9. Acabando de estudar a1ª Unidade Didáctica que tem
como objectivo de desenvolver os dez como dezena e zero unidade no sistema
decimal, é dado de forma global.
Para o efeito deve-se apresentar vários conjuntos de 10 objectos e introduzir-se a
palavra dez, quando escrever no quadro, ao lado dos conjuntos dos objectos o
número 10. Não se deve fazer a juncão de 9 mais 1. Lava-se a criança a observar
com figuras geométricas conjuntos com dez objectos e a contar esses objectos de
1 a 10.
8.3. COMPARAÇÃO DOS NÚMEROS ATÉ DEZ
Seguem-se os procedimentos da comparação dos números até 99 a que se deve
introduzir e trabalhada a noção de sucessor e antecessor. Com sugestões temos
os seguintes exercícios:
6 é sucessor de 5 e 5 antecessor de 6.
Ex.: 6 5 e 5 6
Poderá fazer outros exercícios como este, com os outros número.
8.4. COMO ENSINAR O CONCEITO DE ZERO
8.4.1. COMO INTRODUZIR A NOÇÃO DE ZERO
Feito a comparação dos números e ordem dos números, as operações de edição e
subtração até ao número dez, é está altura em que a criança está apta a
compreender o número zero como ausência de unidades. Para o efeito podem-se
utilizar exercícios como os seguintes:
a. 2-1=1 2-2=0
b. Mandar completar os seguintes exercícios, mas antes de apresentar o modelo:
01 2 0 3 0 0 7
0 2 3 0 3 0 0 8
0 3 1 0 1 0 01
___________________________
2-1= 3-1= 4-1= 5-1= 3+0=
4-0= 2-2= 3-2= 4-2= 5-2=
3-0= 0+5= 5-0= 3-3= 4-3=
5-3= 4+0= 4-4= 5-4= 3-4=

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9. FORMAÇÃO DE ORDEM DOS NÚMEROS ATÉ 20
Para dar ordem dos números até 20 deve-se fazer vários exercícios com a ordem
numérica, tabelas, igualdade e desigualdades. Deve-se insistir para que os alunos
escrevam os números da esquerda para directa. Exemplo: 1 5
É necessário que os alunos tenham a prática dos números sucessores e
antecessores, os exercícios poderão ser os seguintes:
-Determinar os números situados entre os dois números;
-Indicar todos os números situados entre 11 e 19; -Indicar
o sucessor e o antecessor de um número; -Escrever
números em ordem crescente e decrescente.
9.1. COMO ENSINAR OS FACCIONÁRIOS.
9.1.1. DÚZIA E MEIA DÚZIA
A noção de dúzia deve ser dada como todo, em conjunto. Apresenta-se à criança
vários exemplos de dúzia «uma de ovo, bolo, de alunos, etc». A seguir fala-se da
meia dúzia. Esta noção tem apenas carácter prático, para a vida real, não necessita
de uma prática até a dominação completa, uma vez que não faz uso dela no
pensamento matemático.
Uma fracção é um número que representa parte de uma unidade. Uma fracção é
composta por dois números naturais, o de cima chama-se numerador e o de baixo
chama-se denominador, os quais estão separados por um traço de fracção. O
numerador indica o número de partes tomadas e o denominador indica o número
1
de partes em que a unidade foi igualmente dividida. Numerador Traço de
2
fracção Traço de Fracção
Denominador
Exemplo: A irmã da Rosa levou uma cartolina de forma rectangular e dividiu-a em
duas partes iguais. Usou uma parte para desenhar e a outra parte ofereceu-a à
amiga. De que maneira ela poderá dividir a cartolina? Que parte da cartolina a irmã
da Rosa usou para desenhar?
Os alunos podem dobrar a folha ao meio com o auxílio e explicação do professor,
usando uma folha de papel com o formato de um quadrado ou rectângulo.
P: de quantas maneiras se pode dobrar a folha de papel?
A: A folha pode ser dobrada de várias formas.
P: em quantas partes iguais se pode dividir a folha de papel?
A: em 2 partes iguais.
P: que parte da folha corresponde cada parte?

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A: cada parte do papel corresponde à metade da folha de papel.
P: então, que parte da cartolina usou a irmã da Rosa para desenhar?
A: A parte da cartolina que a irmã da Rosa usou para desenhar corresponde à
metade da cartolina.
P: Assim, cada parte da cartolina corresponde à metade da cartolina e é chamada
um meio da cartolina e escreve- . A esta representação designa-se fracção. A
mesma fracção pode ser representada graficamente de várias maneiras.
O número decimal é usado para representar uma quantidade e é composta por
duas partes:
a) Parte inteira – aquela que fica à esquerda da vírgula;
b) Parte decimal – aquela que fica à direita da vírgula. 0,1 é uma unidade
decimal e é a casa inicial da parte decimal; 0,01 é também uma unidade
decimal 1 de 0,1.
10

Na abordagem dos conteúdos desta unidade, o professor deve demonstrar o


significado de noção de um número decimal e unidades decimais. Portanto, o uso
da fita como método de demonstração de número decimal pode, também, ser
aproveitado para esclarecer o significado do número decimal, para além de outros
materiais que se podem explorar a partir de experiências do quotidiano dos alunos.
Um dos propósitos dos números decimais é ampliar o sistema de numeração de
base 10 para números menores que 1 (unidades decimais como 0,1; 0,01 e 0,001).
Para os números naturais, quando a quantidade de uma unidade particular alcança
10, é expressa como a unidade seguinte. Todavia, para o caso dos números
decimais, uma certa unidade (1) é igualmente dividida em dez partes para formar
uma nova unidade (0,1). Por sua vez, 0,1 é igualmente dividido em 10 partes para
formar a próxima unidade (0,01), e, assim, sucessivamente. O tamanho de uma
quantidade é representado pelo número destas unidades.
9.1.2. RELACÃO DOS NUMEROS DECIMAIS COM OS FRACCIONÁRIOS
Os números decimais estão relacionados com fracções, pois toda a fracção pode
ser escrita na forma decimal e todo o número decimal pode ser escrito como uma
fracção. Pode-se comparar um número decimal e uma fracção, convertendo o
número decimal para fracção, usando 0,1 ou fracção para número decimal,
usando .
9.1.3. OS NÚMEROS DE 0 A 100
Depois de dar conhecimento de 0 aa 20 de forma global e dar vários exercícios de
comparação, ordem e composição, o professor deve dar os números até 100, numa
visão geral, conduzindo os alunos à contagem de 10 em 10, uma vez que a

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numeração deve ser dada no sistema de posição decimal, isto é, com base no
numero 10.
Este procedimento serve de base a introdução dos múltiplos de 10 até 100 e da
respectiva ordem. Está noção poderá ser dada a partir de quadriculados da seguinte
maneira:
a. Desenha uma barra com quadrado;
b. Mandar os alunos a contar;
c. Desenhar outra barra com 10 quadrados;
d. Dizer 10+10=20 2x10=20;
e. Usar o mesmo procedimento até 100.
__________________________________________
10 10+10=20
__________________________________________
20 20+10=30
__________________________________________
30 30+10=40
__________________________________________
40 40+10=50
__________________________________________
50 50+10=60
__________________________________________
60 60+10=70
__________________________________________
70 70+10=80
__________________________________________
80 80+10=90
__________________________________________
90 90+10=100
__________________________________________
100
__________________________________________
f. Apresentar os números :10, 20, 30, 40, 50, 60, 70, 80, 90, 100;
g. Par consolidar usar a moeda nacional até 100, fazendo adição, subtração
e multiplicação;
h. Para exercitar, fazer grupos de bolinhas de 10 em 10 quadrados,
pedrinhas, folhas, etc. Os números 20, 60, 30, 50.
i. Consolidar com as seguintes equações:
________+10=20 __________=10 _______x10=60

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40x______=40 ________x10=70 70=______x
j. Compara os números: 10 é menor que 20 20 é menor que 30
k. Compara: 30 com 40
l. Assim sucessivamente até 100-
Apresenta os números em recta-numérica a sua respectiva ordem:
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
____________________________________
0; 10; 20; 30; 40; 40; 50; 60; 70; 80; 90; 100.
Feito este estudo é chegada o momento de s alunos aprenderem os números
que já conhecem. Pode-se dar esta noção, continuando com os processos
do quadrado através de moeda.
Ex.:______________________________________________________20+
3=23

______________________________________________________23=20+
3

______________________________________________________20=10x
+3

______________________________________________________20+3=2
3
Desta maneira poder-se-á ver com os alunos outros números que se poderão
usar para concretizar as moedas nacionais:
Após isso fazem-se exercícios de leitura e escrita de números. Adição de
números como:
90+3=93
20+7=27
64=60+4
20+4=24
30+7=37
40+20=
9.2. COMO TRABALHAR COM 2ª CLASSE
Em relação aos alunos da 2ª classe não aprendem nada de novo. Toda a sua
actividade se baseia nos números naturais até 100. Na 3ª classe entra-se de novo
na numeração cuja unidade matemática são os números naturais até 1000.
10. O QUE É UM PROCEDIMENTO ALGORÍTMICO?
Um procedimento de caracter algorítmico constitui-se de indicações para a
realização de um certo sistema de operações elementares numa sequencia
claramente determinada.

Manual Elaborado pelos Professores:


Celestino Ernesto
Hercullamussungo 16
10.1. ELABORAÇÃO DE UM PROCEDIMENTO DE CARACTER ALGORÍTMICO
a) Motivação e orientação para os objectivos, criação do nível de partida;
b) Determinar as operações elementares;
c) Estruturar as operações;
d) Fixar a estrutura e formação detalhada do procedimento algorítmico.

Manual Elaborado pelos Professores:


Celestino Ernesto
Hercullamussungo 17

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