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Metodologias de Ensino de Matemática
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Sandra Regina Fonseca Moreira
Metodologias de Ensino de Matemática
Objetivo
• Apresentar um panorama sobre o processo de resolução de problemas, discutindo sobre
a importância de trabalhar com contextos significativos.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
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Metodologias de Ensino de Matemática
Contextualização
Nos últimos anos, em vários países do mundo, há indicações curriculares apontando
metodologias diferenciadas para o ensino de Matemática. No Brasil, apesar das tendên-
cias mundiais e das indicações de documentos curriculares dos últimos anos como os
PCN e a BNCC, nas aulas de Matemática, os professores costumam dar uma explicação
de um conceito, depois dar um ou mais exemplos e solicitar aos alunos que resolvam
exercícios parecidos com os exemplos dados.
A maneira de se ensinar Matemática nas escolas mostra quais aspectos são privile-
giados pelo professor, em maior ou menor escala. Se o ensino for apoiado em fórmulas,
o professor privilegia aspectos tecnicistas, de memorização, sem compreensão. Se for
baseado na compreensão, o professor privilegia o desenvolvimento de capacidades inte-
lectuais, estruturando o pensamento e o raciocínio lógico.
Diante dessas questões, algumas reflexões precisam ser feitas para que a Matemática
seja ensinada para ser compreendida pelas crianças.
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Introdução
Documentos curriculares recentes1 apontam para a importância da diversificação
das estratégias de ensino de Matemática desde a Educação Infantil. Entre as diferentes
estratégias, esses documentos valorizam a resolução de problemas, o uso de jogos, as
tecnologias da informação e da comunicação, entre outros.
A BNCC indica que a Resolução de Problemas pode ser uma metodologia para o ensi-
no de Matemática e pode ser também processo matemático, ou seja, um objeto de estudo
na Matemática. Os dois focos são importantes de serem discutidos: o metodológico, com
base em Charles e Lester (1984), e como objeto de estudo, com base em Polya (1985).
Para que os alunos se interessem por um problema, este deve ser divertido, interes-
sante, desafiador, prático, e não pode estar muito longe das condições dos alunos para
resolvê-lo, ou seja, um problema deve ser motivador, mas o grau de exigência cognitiva
deve ser adequado aos estudantes.
Um problema não pode ser vago, confuso, em que o estudante não saiba como co-
meçar ou fique em pânico e em estresse quando precisa resolvê-lo, e decide que não vale
a pena perder tempo e esforço com o assunto.
O problema deve ser proposto pelo professor de forma que seja significativo àquele
grupo de alunos. Ao selecionar um problema, o professor deve levar em conta tanto os
saberes dos alunos quanto os conteúdos que pretende ensinar.
1
Referenciais Curriculares para a Educação Infantil (MEC, Brasília, 1998), Parâmetros Curriculares Nacionais (MEC,
Brasília, 1998), Orientações Curriculares e Proposição de Expectativas de Aprendizagem da Secretaria Municipal
de Educação de São Paulo, São Paulo (SME/DOT, 2008), Currículo da Cidade de São Paulo – Matemática (2017),
BNCC (2017) entre outros.
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A partir dessas concepções, Charles e Lester (1984) afirmam que, devido a diferenças
no conhecimento, experiência, habilidades, um problema para uma pessoa pode não ser
um problema para outra pessoa. Além disso, um problema extraordinário tornar-se-á
rotina, se for excessivamente exposto.
De acordo com Polya (1985), para solucionar um problema é preciso uma ação para
encontrar uma maneira quando nada se sabe; encontrar uma saída para a dificuldade;
encontrar uma maneira de contornar um obstáculo; chegar a um final desejado, ao qual
não se chega imediatamente por meios diretos.
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O Problema como Processo
Polya destaca 4 etapas de resolução de um problema:
• Compreender o problema;
• Criar um plano;
• Colocar o plano em prática;
• Validar a resolução.
Mas, por que um professor precisa de um Modelo de Solução de Problemas?
Certamente, se o professor conhecer as etapas do modelo de solução de problemas,
ele poderá: saber o que fazer quando um estudante “empaca”; fornecer uma maneira
sistemática de solucionar um problema e perceber como matemáticos pensam.
Assim, vamos discutir o que é importante em cada etapa da resolução de um problema.
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Tabela 1
Abertura Colaboração Comunicação
Colaborar com os colegas na resolu-
Descobrir coisas novas Escutar o colega e falar na sua vez
ção de um problema
Conversar a respeito da resolução
Elaborar perguntas Apoiar os colegas
do problema, respeitando o colega
Fazer registros adequados usando a
Questionar os colegas e o professor Ajudar os colegas e receber ajuda
simbologia matemática correta
Discutir com seus colegas sua reso-
Perceber que o sucesso da resolu-
Alterar um procedimento após re- lução e as deles e escolher a solução
ção de um problema em grupo é de
fletir sobre suas estratégias iniciais mais econômica e adequada para
toda a equipe
aquele problema
Não ter medo de errar e de expor Fazer antecipações e ouvir as an- Argumentar sobre os processos
seu raciocínio e não criticar os erros tecipações dos colegas, refletindo de resolução do problema e vali-
dos colegas sobre elas dar os resultados
Com certeza, os problemas que você encontra no seu cotidiano não são similares aos
que a escola apresenta, e nem sempre sua solução é tão evidente. Artur Baroody (1988),
no seu livro O pensamento matemático das crianças2, apresenta um quadro compa-
rativo sobre os problemas apresentados na escola, por meio de materiais curriculares e
no cotidiano, que se encontra a seguir.
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BAROODY, A. El pensamiento matemático de los niños. Madrid, Visor, 1988.
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Problemas na escola e na vida cotidiana
Tabela 2
Problemas encontrados
Problemas do cotidiano
em materiais curriculares
A incógnita está especificada ou é muito evidente A incógnita pode não estar especificada nem ser tão evidente
O texto do problema oferece apenas os dados ou informa- O problema apresenta muitas informações ou poucas infor-
ções necessários para calcular a resposta mações para sua resolução
Mais de um procedimento pode ser usado para resolver um
Os procedimentos de resolução do problema são evidentes
problema; a sua solução pode ser evidente ou não
Pode haver mais de uma solução, ou pode não haver solu-
Há uma única solução correta
ção para um problema
A solução do problema é encontrada imediatamente Os problemas mais importantes se resolvem lentamente
Fonte: Adaptado de BAROODY, 1988
Conhecimentos Necessários
para a Resolução de Problemas
Mas, afinal, que conhecimentos são necessários para a resolução de problemas na
Educação Infantil?
Analise o problema:
Numa caixa, há 7 balas de leite e 8 balas de chocolate. Quantas balas há nessa caixa?
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Você saberia dizer que conhecimentos são necessários para sua resolução? Ela apre-
senta dois aspectos distintos: perceber que 7 + 8 é a operação matemática adequada
para resolver o problema e calcular o resultado dessa adição, ou seja, a soma de 7 + 8.
Esses dois aspectos são constitutivos do sentido da adição. Quando o professor in-
terfere na escolha da operação que resolve o problema, respondendo à criança se o
problema é de mais ou de menos, a criança acaba resolvendo apenas o cálculo.
Embora para as crianças o problema e a “conta” sejam “a mesma coisa”, é possível
afirmar que o problema proposto pelo professor não foi resolvido pelas crianças. Nesse
caso, as crianças não colocaram em prática todos os seus conhecimentos para resolvê-lo.
Podemos dizer que para resolver a operação alguns conhecimentos são necessários,
tanto em relação às propriedades da operação (comutativa, associativa), como em rela-
ção às propriedades específicas do sistema de numeração decimal. Essas propriedades
são colocadas em prática nos procedimentos usados pela criança intuitivamente.
Quanto ao conhecimento envolvido na escolha da operação, mesmo que implícito, refere-
-se ao aspecto cardinal do número em relação à adição de quantidades. O cálculo da adição,
por si só, não coloca em prática o conhecimento relativo ao aspecto cardinal do número,
embora existam outros conhecimentos do objeto, como as propriedades da operação.
Segundo Panizza, o professor deve refletir sobre esses dois aspectos em relação ao
problema: a operação como recurso para resolvê-lo e o “fazer a conta”, do ponto de vis-
ta do saber matemático e, consequentemente, dos conhecimentos que devem ser cons-
truídos pelas crianças para resolver um problema. Segundo a autora, essa compreensão
permite à criança escolher a resolução de problema com convicção e, ao professor, uma
nova orientação para a prática (PANIZZA, 2003).
Cabe destacar a importância de a criança formular um problema para ser resolvido.
É por meio dessa ação alternada, de resolver problemas e de propor problemas, que o
aluno avança e amplia seus conhecimentos matemáticos.
Embora os problemas mais utilizados na escola envolvam Números e Operações, é
possível resolver problemas com outros temas da Matemática, como a Geometria, as
Medidas e o Tratamento da Informação.
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ou de um conjunto de informações pouco estruturadas, para se chegar a uma solução,
ou seja, ponto de partida para procurar e formular questões mais precisas com um
melhor detalhamento e, sobre elas, produzir diversas conjecturas. Logo depois, essas
conjecturas são testadas, algumas das quais, perante contradições do interesse por parte
do investigador, poderão ser descartadas.
Tabela 3
Momentos de uma investigação Atividades
Reconhecer uma situação
problemática;
Exploração e formulação de questões
Explorar a situação problemática;
Formular questões;
Organizar dados;
Formulação de conjecturas
Formular conjecturas;
Realizar testes;
Teste e reformulação de conjecturas
Refinar uma conjectura;
Justificar uma conjectura;
Justificação e avaliação Avaliar o raciocínio ou o resultado do
raciocínio.
Fonte: PONTE, 2003
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Sobre Jogos
É muito comum ouvir de professores que atuam nos anos iniciais do ensino funda-
mental, que gostam de ensinar matemática por meio de jogos.
O jogo, por ser considerado como uma atividade natural nas vivências das crianças,
e por possibilitar que conheçam o mundo que as cerca, articulando realidade, fantasia,
conhecimento e emoção, pode ser considerado uma estratégia interessante de ser utili-
zado nas aulas de Matemática. O interesse que o jogo desperta nas crianças permite que
ele seja usado em situações didáticas.
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a intervenção do professor possibilita ainda introduzir a linguagem matemática que,
pouco a pouco, será incorporada aos conceitos matemáticos formais.
Um ponto bastante positivo em relação ao uso dos jogos nas aulas de matemática
se refere à formação de atitudes e ao desenvolvimento de habilidades. Os jogos podem
contribuir para enfrentar desafios, buscar soluções, desenvolver a crítica, a intuição,
criar estratégias e possibilidades de alterá-las quando o resultado não é satisfatório. Essas
atitudes são fundamentais para a aprendizagem da Matemática.
Você já percebeu que há diferentes tipos de jogos? Vamos explorar alguns deles....
Jogo de estratégias
Nesse tipo de jogo, o jogador procura táticas para ganhar, parte de uma situação real e
não da repetição de modelos já vivenciados; a habilidade em tomar decisões supera a sorte
como fator de determinação do vencedor. Ele é diferente de outros tipos de jogos, pois apre-
senta um baixo grau de aleatoriedade. No jogo de estratégia, os jogadores têm o mesmo
conhecimento dos elementos e das regras do jogo, mas precisam usar estratégias para jogar
e vencer. São exemplos de jogos de estratégia: os jogos de damas e xadrez, entre outros.
Jogo de regras
Kamii e Devrie (1985), em seu livro “Jogos coletivos na primeira infância”, publicado
em Madrid, destacam a importância dos jogos de regras. No jogo de regras, o foco está
na socialização das regras que devem ser compartilhadas. As regras podem não ser fixas,
nem todas devem ser propostas pelo professor e os participantes podem propor mudanças.
Como o foco recai sobre as regras, esse tipo de jogo permite o desenvolvimento de atitudes.
Um exemplo de jogo de regras é o jogo de trilhas, que tem regras específicas depen-
dendo dos combinados. O jogo de trilhas permite desenvolver conteúdos matemáticos,
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Muitas vezes, o professor justifica o uso do jogo nas aulas de matemática pelo seu caráter
lúdico. Dessa forma, ele deve ter clareza de que, se não houver intenção de ensinar mate-
mática, o jogo não cumpre seu papel didático.
Tabela 4
Objetivo Jogo Orientações
Jogo para trabalhar o número Jogo de guerra Orientações ao professor:
como memória de quantidade Material: cartas numeradas (po- Os números das cartas variam
dem ter pontinhos com a quanti- de acordo com os conhecimen-
dade e o número) tos das crianças. A comparação
Regras: jogo em duplas. Cada dos números para identificar o
criança da dupla retira uma carta maior, ou menor, ou igual, pode
do monte. As duas crianças viram ser de maneira direta, ou pelo
as cartas com os números para reconhecimento da configuração
cima. A criança que tirar a carta dos pontos na cartas, ou pela lei-
com o maior número fica com as tura dos números, ou pela conta-
duas cartas. Ao final das cartas gem dos pontos.
do monte, ganha quem tiver o
maior montinho.
Assim, é preciso que a escola incorpore as tecnologias nas aulas de matemática, tanto
a calculadora ou celular, para fazer leitura ou ditado de números, como um computador,
para que a criança insira formas geométricas e monte um desenho, por exemplo.
Você já pensou sobre o uso das tecnologias desde os anos iniciais do ensino fundamen-
tal? Algumas dúvidas certamente surgirão: Que tipo de software deve ser utilizado? Como
usá-lo? Como trabalhar com os alunos? É válido o uso das tecnologias nos anos iniciais do
ensino fundamental?
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Essas e outras questões, aos poucos estão sendo discutidas em pesquisas, e você vai
refletir sobre elas na continuidade do texto.
O fato é que hoje os alunos, antes mesmo de aprender a ler e escrever, não encon-
tram nenhuma dificuldade diante do computador e da calculadora, pelo contrário, logo
se familiarizam com esses instrumentos tecnológicos.
O uso de computadores e tablets proporcionam às crianças o prazer da descoberta,
a motivação, a emoção, a alegria, entre outras emoções.
É possível explorar um software educativo e pedir aos alunos que analisem a tela e
deem sugestões de como essa tela poderia ser refeita, sugerindo ideias, levantando hipó-
teses, fazendo críticas. Ou então propor um jogo no computador para que as crianças
pensem em estratégias para usar a máquina.
No trabalho com as tecnologias, o professor passa a ser o mediador entre o conhe-
cimento, os estudantes e a máquina. O professor passa a ser um pesquisador junto às
crianças. Ao invés de explicar um determinado conteúdo, o professor organiza o tra-
balho de modo que o aluno participe ativamente da construção de sua aprendizagem.
Mesmo mediante um desafio cognitivo alto, as crianças não se intimidam diante das
tecnologias, que podem ser consideradas como ferramenta de auxílio nas aprendizagens.
Listamos abaixo, na Tabela 5, algumas vantagens e desvantagens do uso das tecno-
logias com as crianças, de acordo com Flores (1996, p. 86-89).
Tabela 5
Vantagens Desvantagens
A participação dos alunos no desenvolvimento de Não basta disponibilizar tecnologias para os alunos
uma atividade com tecnologias é fundamental, pois a ou para os professores. É preciso fazer a formação dos
criança, ao chegar à escola, traz consigo uma grande professores para que possam utilizar qualitativamente
vivência com as tecnologias, o que serve como ponto essa ferramenta.
de partida para a construção de novos conhecimentos.
O uso das tecnologias proporciona a integração pro- O uso da tecnologia não aumenta espontaneamente o
fessor-aluno, transformando-os em parceiros no pro- desempenho dos alunos, necessita de o professor me-
cesso ensino-aprendizagem. diar o processo do aprendiz.
O uso das tecnologias desenvolve o pensamento crítico O uso da tecnologia não significa melhoria da quali-
dos alunos, incentiva a pesquisa e a criatividade, mo- dade do ensino, a interatividade deve ser construída.
tiva, permite a emoção, cooperação, interação, princi- Nenhum equipamento ou programa substitui um bom
palmente porque permite que as crianças sejam atores projeto educacional.
e autores de seu próprio trabalho.
Portanto, não se espera que os usos das tecnologias proporcionem uma solução
mágica e rápida na aprendizagem das crianças, contudo, elas podem ser usadas pelo
professor como um importante instrumento pedagógico que permite ao aluno ampliar
o seu conhecimento e a sua criatividade.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
A Metodologia da Resolução de Problemas
http://bit.ly/2N31JnD
Tarefas investigativas promovendo o pensamento matemático em alunos da educação básica
http://bit.ly/2N86OLl
Resolução de problemas, segundo Pólya, para o ensino de probabilidade usando jogos de loteria
http://bit.ly/2sJ1rvj
Trabalhar através da resolução de problemas: possibilidades em dois diferentes contextos
http://bit.ly/37IJ4VV
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Referências
BAROODY, J. El pensamiento matemático de los niños. Madrid: Visor, 1988.
KAMII, C. Jogos em grupo na educação infantil. São Paulo: Trajetória Cultural, 1985.
________. (org.) Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 7. Ed. São Paulo, SP:
Cortez, 2003.
MOURA, M. O. A séria busca no jogo: do lúdico na matemática. São Paulo: Cortez, 2000.
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